Olá pessoal tudo bem com vocês eu sou elissa professora de literatura E hoje nós estamos aqui para falar um pouquinho sobre o conceito de poema o que significa isso quais são os tipos de poema como a gente pode compreender melhor esse conceito mas antes disso eu peço por favor inscreva-se em nosso canal e Ative o Sininho para receber as [Música] novidades a palavra poema refere-se a estrutura a uma estrutura a uma forma específica de determinados textos de certos tipos de texto que em geral eh exploram aspectos sonoros alguns às vezes exploram também aspectos visuais bem
como também a Organização das palavras né a escolha a distribuição a disposição das palavras na página e no final das contas eh tem um objetivo também Visa também alcançar certo efeito de sentido né com toda essa organização com toda essa composição então é uma estrutura que não se apresenta gratuitamente e por explorar eh essa disposição essa organização e escolha das palavras né da sonoridade das palavras das sílabas que se formam dos fonemas que são produzidos a partir das palavras que são organizadas dentro do texto né dentro dessa dessa disposição o poema ele explora muito né
ele utiliza muito de um recurso que é muito comum na língua que é natural a todos os falantes mas que é explorado de uma maneira mais específica e intencional na na na na construção dos versos que é a o ritmo então o ritmo dentro de um poema é muito marcado justamente por conta da sua estrutura da organização Isso significa que em linhas Gerais qualquer texto pode virar poema eh qualquer texto pode ser poema poema é uma estrutura né remete então uma estrutura que eu organizo que eu disponho eu posso pegar por exemplo uma bula de
remédio um manual de instrução de montagem de aparelho e se eu organizar em versos levando em consideração a sonoridade das palavras de repente aí até apontando para certas repetições sonoras como as rimas tanto as rimas externas né as rimas nos finais div verso como as rimas internas né que dentro é dentro dos versos ou então a repetição de fonemas consonantais de fonemas vocálicos se eu estruturo qualquer texto eu dessa forma né nesse formato eu posso transformar qualquer texto em poema qualquer texto inverso E por que que o poema tem essa estrutura tão específica né Por
que que ele explora o ritmo de uma maneira tão específica e isso porque ele deriva da canção o poema é um parente muito próximo da música e é muito interessante porque a gente às vezes escuta uma música a gente às vezes não entende nada da letra pode ser em outra idioma mas se aquela sonoridade fica muito marcante na cabeça da gente a gente memoriza rapidamente o refrão a gente memoriza o ritmo da música com muito mais facilidade do que muitas vezes memorizar a letra memorizar do que a música está falando e o poema então ele
ele toma emprestado essas características né porque existe aí um parentesco entre poesia entre poema e música eh o poema também tá muito ligado a oralidade a nossa fala tem um ritmo específico um ritmo natural e quando a gente quer mudar a nossa intenção a gente quer mudar os nossos objetivos né a nossa expressão a gente muda a entonação e quando muda a entonação a gente também muda o efeito a gente muda o ritmo a gente dá ênfase em algum ponto a gente suaviza outros pontos então o poema se estrutura justamente nessa estratégia né numa estratégia
de sonoridade de oralidade né remete muito ao ritmo da fala o ritmo da canção por isso que tem isso tão marcante tão peculiar na sua estrutura em relação à à sua própria estrutura a sua forma e também muitas vezes em relação aos seus temas aos seus conteúdos o poema pode se fragmentar pode se subdividir em diferentes categorias em diferentes tipos e a partir da dessa forma desse conteúdo né existe pode haver uma certa rigidez então havendo uma certa rigidez nós temos certos tipos específicos de poemas por exemplo o soneto italiano é uma composição poética que
apresenta enta via de regra dois quartetos e dois tercetos nessa ordem então no final das contas o soneto na sua estrutura apresenta 14 versos e eles são distribuídos numa quantidade específica de estrofes muitas vezes por ser uma composição curta trata brevemente dos temas tem uma tendência a racionalizar os temas tem uma tendência muitas vezes até argumentativa né de apresentar o a questão o tema desenvolver nas duas estrofes seguintes e finalizar dar um fecho na última estrofe o Haikai por exemplo também é uma estrutura é uma estrutura poética é um tipo de poema que também tem
algumas marcas bem características específicas dele normalmente o Haikai é uma composição curtíssima de três quatro versos no máximo e tem preferência aponta com mais destaque mais ênfase para temas ligados a questões da natureza temas que remetem às estações do ano a a as árvores à plantas aos animais ao Amanhecer ao anoitecer Então existe aí esse privilégio dos temas relativos à natureza ou então no caso da od que também é um tipo de poema é uma composição poética que sempre tem uma intenção de fazer uma homenagem né fazer um elogio a algo ou a alguém enaltecer
algo ou alguém então existem diferentes tipos de poemas né Existem várias outras possibilidades Principalmente quando a gente tá pensando eh numa questão de rigidez temática numa rigidez em relação ao conteúdo aos temas ou numa relação uma rigidez da forma em relação à forma em relação a estrutura como essas palavras e esses versos são distribuídos ao longo do corpo do texto em relação aos gêneros literários né em relação à classificação dos gêneros literários o poema se insere no gênero lírico né é de acordo com a perspectiva romântica proposta lá no século XIX nós temos basicamente três
grandes gêneros literários que se subdividem gênero narrativo gênero dramático e gênero lírico eh o gênero lírico é um um uma classificação é cuja voz ali dentro que fala pertence a um eu lírico a uma subjetividade lírica que expressa Suas Emoções expressa seus sentimentos eh dar a conhecer externaliza sua visão de mundo seus pensamentos diferente do que acontece por exemplo no gênero narrativo em que temos a voz de um narrador nos contando uma história e ele pode ou não eh ter ser juízo de valor a respeito do que ele tá contando no gênero lírico não a
gente tem um eu que fala esse eu pode às vezes se mesclar um pouco com a voz narrativa mas em geral dentro do gênero lírico dentro de um poema nós falamos que a voz que está ali se expressando é a voz de um eu lírico mas também o poema pode ter o seu ritmo muito marcado por uma coisa que nós chamamos de metro quando o poema é mais fixo a estrutura é mais fixa mais rígida a gente fala que ele pode ter uma métrica regular o metro dele é mais regular e o que é metro
afinal de contas metro é a medida do verso o metro é uma contagem que a gente faz dentro do verso do poema para verificar quantas sílabas poéticas aquele verso apresenta e o que são essas sílabas poéticas a gente conta as sílabas poéticas a partir da formação das sílabas gramaticais das palavras mas a gente leva em consideração a sonoridade delas então a gente leva em consideração os f que a junção dessas letras vai produzir para virar uma sílaba e a gente leva também em consideração a tona sidade dessas sílabas sílabas átonas têm um um um uma
marca menor dentro do verso sílabas tônicas tem marcas mais fortes podem dar ênfase pode acentuar o ritmo da leitra do poema e pode marcar a quantidade de sílabas poéticas que um verso tem e quando o poema apresenta esse metro muito fechadinho muito bem errado né Por exemplo a gente tem um soneto e nesse Soneto desses 14 versos a gente vai fazer a contagem né a gente vai levar em consideração os critérios de sílaba gramatical e de fonemas de tona cdade das sílabas a gente faz a contagem e de cima a baixo a gente tem todos
os versos 10 sílabas poéticas a gente tá diante de um decassílabo e quando a gente tá diante de um poema decassílabo né em que há essa regularidade métrica do início ao fim dos versos a gente fala que o poema tem uma metrificação regular ou uma regular agora quando acontece de uma forma contrária aposta a isso né não há uma preocupação o poema não evidencia na sua estrutura uma preocupação muito rígida com a sua com a sua divisão com a sua formação das sílabas poéticas dos versos aí você tá diante de um primeiro verso que tem
uma sílaba apenas o segundo verso tem 10 o terceiro verso tem quatro sílabas e por aí vai mais aleatoriamente a gente fala que estamos di Estamos diante de um poema que está em verso livre para ilustrar isso melhor eu trouxe dois poemas um poema bem rígido a estrutura bem rígida fechada um soneto do Carlos drumon de Andrade intitulado oficina irritada e o segundo poema já está disposto em verso livre e vocês vão perceber como há uma discrepância entre o tamanho né a extensão de um verso para o outro do poema tirado de uma notícia de
Jornal do Manuel Bandeira eu quero compor um soneto duro como poeta algum a usar escrever eu quero pintar um soneto escuro seco abafado difícil de ler quero que meu Soneto no futuro não desperte ninguém nenhum prazer e que no seu maligno ar imaturo ao mesmo tempo saiba ser não ser esse meu verbo antipático e impuro há de pungir há de fazer sofrer tendão de Veno sob o pé de curo ninguém o lembrará tiro no muro cão mijando no caos enquanto Arturo Claro Enigma se deixa surpreender João gostoso era carregador de feira livre e morava no
morro da Babilônia num Barracão sem número uma noite ele chegou no bar 20 de novembro bebeu cantou dançou depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado como vocês puderam perceber só de bater o olho nesses dois textos que apareceram aí na tela para vocês já há uma diferença muito grande a gente tem lá o primeiro poema todo redondinho quadradinho certinho chega bladin o segundo a gente tem uma discrepância no tamanho dos versos um primeiro verso gigantesco o segundo também aí os três seguintes compostos de apenas uma palavra cada né cada um deles
apresenta um verbo no pretérito né E isso essa estrutura ela até modifica o ritmo e o tom da minha leitura não sei se vocês perceberam é muito Sutil mas o primeiro poema Parece que enrijeceu um pouco mais a minha leitura a minha leitura ficou mais batida e pausada nos momentos em que precisava acontecer no segundo parece ter mais uma fluidez prosaica de cotidiano parece que estou diante de alguém contando uma fofoca né um um acontecimento marcante ali na vizinhança eu tô contando para alguém né Tem muita marca de oralidade Então essas estruturas né essa disposição
do poema emso porque o poema não tem linha gente o poema ele não tem linha nem tem parágrafo ele tem verso e estrofes essa disposição exige dos leitores um certo ritmo de leitura uma certa um certo fôlego para localização que modifica que diferencia o poema do habitual da fala do cotidiano bem gente essa foi nossa aula falamos um pouquinho sobre a estrutura poema né o tipo de estrutura que é o poema alguns diferentes tipos outras possibilidades eu espero que tenha sido esclarecedor que vocês tenham gostado já vão deixando o like aí Se quiserem saber um
pouco mais sobre esse tema sobre outros assuntos a respeito da teoria literária acessem os links aqui aqui na descrição eu agradeço a atenção de vocês eu vou ficando por aqui até a próxima [Música]