em 2015 em Juiz de Fora Minas Gerais um sonho Começou a tomar forma a pedagogia para a liberdade nasceu pequena mas com uma grande vontade de transformar o mundo começamos na sala da minha casa movidos pela potência da Infância e pela importância de valorizar a diversidade cultural brasileira nossa jornada foi marcada por desafios e conquistas passamos por um formato semipresencial levamos Nossa pedagogia para diversas cidades do Brasil e diante de uma pandemia Global nos reinventamos e criamos um ambiente de aprendizado online com a mesma qualidade e acolhimento dos nossos encontros presenciais Hoje Somos um coletivo
forte e unido com inúmeras educadores e educadores formados em todo o país Nossa Missão continua a mesma formar profissionais críticos e comprometidos com as infâncias venha fazer parte da pedagogia pra Liberdade se junte a nós vamos construir um mundo melhor uma pessoa de cada vez mas juntos a gente consegue fazer isso boa noite gente linda sejam todos e todas e todes bem-vindos a mais uma noite pra gente discutir educação climática no nosso seminário da pedagogia paraa Liberdade eh É uma honra tá aqui na presença de você vocês e dessa galera incrível que tá aqui hoje
para compor para compor a nossa mesa São pessoas que me inspiram que eu acredito muito no trabalho e na missão que eles têm na vida eh ontem a gente teve uma discussão densa importante sobre toda essa mudança climática os impactos que isso tem causado as ações que a gente pode ter alguns relatos importantes e fortes e hoje a gente vai discutir um pouquinho como a gente lida com as emoções que vem junto com toda essa transformação climática que a gente tá vivendo que afeta cada um de nós então como é que a gente regula tudo
isso né como é que a gente trabalha com as crianças com os educadores com a sociedade em si né com seres humanos que estão envolvidos Nesse contexto planetário de grande transformação eh nem sempre muito fácil como a gente disse ontem a gente tá em ebulição mas a gente tá aqui a gente continua aqui a gente tem uma missão enorme muito trabalho pela frente muita coisa para fazer então a ideia Hoje é a gente tentar ferramentarias eh eh de algumas maneiras interessantes eh alguns avisos né Eh a lista de presença ela vai passar no final da
nossa noite então fiquem atentos ao chat eu vou est interagindo com o chat o tempo inteiro então façam perguntas se sintam-se à vontade para manifestar o que vocês quiserem vamos interagir vai ser uma noite bem proveitosa bem gostosa Podem trazer as dúvidas que vocês têm ali eu vou ser a voz vou est trazendo isso para essa mesa linda que tá aqui hoje com a gente e eh Aproveitem a ideia é que vocês aproveitem e sintam-se 100% à vontade queria dizer que é muito incrível tá aqui com a Camila com o Marcelo com a Tati e
com a Mônica passarinho A Mônica já é uma grande parceira da pedagogia pra Liberdade ela faz parte da nossa equipe ela é idealizadora da nossa pós-graduação de natureza Educadora Lindíssima que se conecta 100% com essa temática desse seminário de educação climática que afeta todos nós além dessa pós--graduação a gente pode dizer que eh o mote ambiental a natureza como mestra ela é um dos embasamentos da formação da pedagogia paraa Liberdade paraa licenciatura em pedagogia Então a gente tem aqui um dos alicerces da nossa jornada profissional essa discussão ela é uma discussão necessária urgente e que
tem que fazer parte do nosso cotidiano né ontem a gente viu o quanto eh ser um educador ambiental é algo fundamental em 2024 né então hoje a gente vai tentar expandir isso para toda essa angústia que fica dentro da gente como é que a gente lida com essas com essas questões eh enfim queria iia então passar a palavra antes antes de eu passar a palavra queria fazer minha audio minha Audi descrição não fiz no começo né então eu sou Dani Benício né sou uma mulher branca com cabelo comprido e loiro tô usando um colar vermelho
uma blusa preta e atrás de mim tem um estante com uma plantinha com uma placa da Maria Franco e com algumas fotos portas retratos e eu queria passar a palavra nesse comecinho pra Mônica chamar essa galera potente que tá aqui com a gente Moniquinha vamos lá Conta aí pra gente Obrigada Dani gente então boa noite a quem tá nos acompanhando aí nos diversos canais de transmissão como a Dani já colocou ontem foi um dia bem potente saímos daqui com emoções bem eh intensas dentro reverberando a gente teve a presença do professor Marcos Sorrentino que hoje
tá ocupando tá responsável pela parte de educação ambiental dentro do Ministério do meio ambiente e de mudanças climáticas que é uma pessoa referência na educação ambiental e que veio nos lembrar que essa questão da educação climática ela eh trata de uma ponta de iceberg que precisa mergulhar para olhar para esses sintomas climáticos conectados a várias outras questões estruturantes da nossa sociedade como as desigualdades eh questões de de classe de de cor de eh Ecologia também mas que tudo isso é abraçado por uma educação ambiental que é transversal então pra gente se lembrar disso e como
os respaldos aí de políticas públicas e de artefatos públicos podem nos ajudar e nos apoiar a desenvolver essa temática que é tão importante e que cada vez tá mais presente na nossa vida cotidiana né teve também a presença da Paula Mendonça que é do Instituto Alana que nos apresentou o conceito de escolas baseadas na natureza mostrando a potencialidade da gente naturalizar os espaços escolares de como essa transformação dos espaços influencia o currículo e busca garantir um direito que é das infâncias que é nascer e crescer em contato frequente com a natureza além das escolas poderem
ser esse ambiente eh de refúgio em caso de eventos extremos Então como que a gente se prepara para isso em termos de escola a gente teve também a presença do Rodrigo Rodrigo de o Rodrigo Jesus Ele é ativista do Green Peace no tema da Justiça climática também enfatizando muito do que o Sorrentino trouxe né quando a gente diz que a educação climática é uma ponta de iceberg e a presença da Taiana eh que fez essa relação dessa educação baseada na natureza com uma educação comprometida com uma educação antirracista que torna eh o desenvolvimento dessas práticas
muito mais potentes então eu sou a Mônica passarinho eu sou mulher branca eu tenho cabelos e olhos castanhos cabelos ondulados atrás de mim tem uma estante com livros algumas eh esculturas e visto uma blusa branca e aí eu tô aqui hoje eh para apresentar vocês para essas pessoas convidadas hoje que são pessoas que me inspiram estão aí na na minha vida a gente vai ouvir a Camila Camilo com uma experiência muito potente assim de vida e um engajamento muito forte nas questões ambientais e também da relação do ser humano com a natureza a gente vai
ouvir a Tatiane florest a ta que é uma das professoras convidadas também na nossa PS que trata da questão da Inteligência Emocional a gente olha como o desenvolvimento da inteligência ecológica ele é vinculado ao nosso desenvolvimento da Inteligência Emocional e ela vai trazer um pouquinho sobre como nós educadores podemos nos cuidar também para não colapsar no meio de tudo isso e aí a gente vai fechar com o Marcelo Cardoso que além de ser meu grande amigo é também meu professor uma pessoa com quem eu aprendo constantemente há vários anos tenho uma admiração enorme e vai
trazer um pouco dessa relação de trauma coletivo trauma individual como é que a gente olha aí para todas essas questões complexas recentemente a gente trouxe a Sônia uma professora da África do Sul de complexidade e ela fala olha eh a gente tá entre mundos né e faz a metáfora com a a metamorfose da borboleta Então tá tudo bem quando a gente é lagarta tá tudo bem quando a gente é borboleta agora no casulo é desconfortável Então como que a gente vive nesse entre mundos E aí o Marcelo vai trazer um pouco aí algumas reflexões pra
gente pra gente fechar esse seminário aqui com esperança ativa para seguir nessa trajetória que tem muito que fazer então que a gente Aproveite essa noite reforçando o que a Dani disse da gente trazer perguntas e aí eu vou passar paraa Camila abrir aqui a nossa sessão obrigada Obrigado amor obrigado Dani é sempre um prazer amor estar com você e eu tô muito honrada de de est aqui com todos vocês eu gosto de falar que a minha missão é mudar o mundo uma conversa por vez e se eu tô conversando com educadores Eu sinto que eu
tô fazendo milhões de conversas eh ao mesmo tempo então é super poderoso eu sou uma mulher negra de 1,74 cabelos cacheados grisalhos É eu tô vestindo uma blusa preta eu tô usando um um plano de fundo desses que desfoca assim e então atrás de mim tem uma parede bege e umas cortinas vim aqui contar um pouquinho para vocês do meu caminho e dentro do campo climático É uma honra mesmo minha história eu gosto de falar pras pessoas que eu me identificava como uma menina da cidade eu nasci na periferia de São Paulo eh Mais especificamente
em Guaianases na Zona Leste para quem conhece São Paulo ter nascido né num Território que era um território pobre morando num Quintal com que era quintal da casa da minha avó com muitas famílias e tal mas não era um lugar Eh meu acesso à natureza na minha infância era muito restrito eu lembro de tipo no começo a gente até tinha eu tinha um pouco mas a minha mãe a gente sempre teve meio mania de limpeza não sei se vocês lembram uns 20 anos atrás tinha uma propaganda na TV que falava que era sobre criança e
falava assim ai se sujar faz bem n não funcionava com a minha mãe de jeito nenhum assim não tinha essa coisa de se sujar faz bem Não tipo você só tem um uniforme menina não pode sentar no chão não pode bagunçar então eu cresci com muito desses não podes a terra era uma coisa que eu tinha tipo aversão eu não colocava a mão na terra eu eu não andava descalça eh eu não subia em árvore todas essas coisas que inclusive ajudam a gente a desenvolver o nosso senso de ser ajudam a gente a desenvolver cognição
ajudam a gente a desenvolver habilidades psicomotoras eu tinha um pouco de aversão a isso assim nem andar de bicicleta eu aprendi na vida e nem nadar porque a minha mãe tinha medo ela dizia que eu ia tipo assim morrer e aí nesse sentido eu falei bom então eu sou uma menina da cidade o que que eu gosto eu gosto de barulho do trânsito eu gosto de poluição e a cada vez que eu saía de São Paulo eu conseguia ficar três quatro dias fora e sentia dor de cabeça de est respirando um ar um pouquinho melhor
olha só que é isso que que maluqui gente e o tempo foi passando um pouco depois de adolescente com eh tinha acabado de fazer 18 para 19 anos mais ou menos eu tive um primeiro momento assim de liberdade na minha vida num lugar de tipo posso tomar decisões sou uma jovem adulta vou fazer as minhas coisas e o meu grupo da igreja da época ia fazer uma viagem pra praia eu nunca tinha ido à praia eh pelo menos não que eu tivesse memória e aí é muito louco assim se vocês quiserem deixar aqui no chat
a memória de vocês com mar a primeira memória de vocês com mar vai ser legal de ler a maior parte das pessoas quando eu pergunto elas não lembram muito bem porque elas eram muito crianças a primeira vez Então tem uma foto bonitinha fazendo um castelo de areia e etc mas a pessoa não lembra a primeira vez que eu vi o Mário eu tinha 19 anos Eu até tenho uma foto de qualidade bem duvidosa mas eu lembro do Cheiro das pessoas audim do Sol do pôr do sol do surfista de cabelo loiro bem queimado da água
assim sabe subindo eh porque eu tava em mesas então tipo via a dificuldade do cara de subir a praia de tombo assim sabe eu lembro de tudo aquilo e aquela foi até para mim um primeiro encontro de falar assim tá se Deus não habita em templos feitos por mãos essa daqui é a igreja Tipo isso aqui é o templo é É nisso daqui que Deus tá e eu fiquei com aquilo nada de me me engajar com nenhuma questão ambiental naquela época mas aquele sentimento começou a nascer em mim alguns anos depois mais ou menos uns
19 eu tava com 24 então 5 anos depois eu fui convidada para ir pela primeira vez paraa floresta amazônica ser voluntária num projeto e enfim tem vários estudos que falam do Poder das viagens nas nossas vidas né o quanto uma experiência imersiva o quanto saída zona na nossa zona de conforto eh ajuda a acelerar a nossa Mudança de Comportamento ajuda a gente a assimilar eh novos sentimentos ajuda a gente a desfazer crenças que a gente tinha sobre determinadas culturas você só vai ter se você experienciar se você viver e aí eu fui pra Amazônia para
ser voluntária num projeto chamado barco hacker fundado pela minha xará Camila Brito que hoje não está mais entre nós ela fez a passagem dela durante a pandemia O que foi muito difícil assim para mas naquela viagem eu eu brinco e falo assim se eu tinha renascido no meu batismo Cristão ter feito um mergulho sem saber nadar no rio Guamá me fez Renascer pessoa Floresta sabe me fez Renascer pessoa natureza me deu uma dimensão do que é a natureza em mim diferente e eu tava numa região ali de Belém na região Metropolitana de Belém no município
de Barcarena uma região muito afetada pelos acidentes da mineradora que tem lá perto uma galera que tem o abastecimento de água muito muito comprometido uma galera que fica por muitos muito tempo mesmo estando muito perto de Belém sem energia elétrica eh ter ter visto assim com os meus olhos o desafio daquelas pessoas e mesmo assim elas não desistirem começou a me dar uma urgência assim fala tipo para mim o que mais me doeu foi eu ver as embalagens que o a água do rio levava pra comunidade E aí quando eu olhei as embalagens eram todas
embalagens de marcas que eu consumia em São Paulo seja do refrigerante do Salgadinho do shampoo de cabelo to tudo plástico e tudo coisas que eu consumia e aí na minha cabeça foi a primeira vez que eu fiz o nexo entre o meu comportamento da cidade e o impacto na degradação ambiental fora de um lugar que eu pudesse ver porque daí na minha cabeça foi assim eu sei que não é o meu lixo necessariamente que tá subindo o oceano e chegando aqui mas é o jeito e a velocidade que eu e pessoas como eu consomem que
estimulam hábitos de consumo nesses territórios similares que tá mudando a cultura que tá mudando a a a cultura alimentar que tá mudando o comportamento de consumo e etc porque no fim do dia a gente tá tentando vender para esses territórios como se o estilo de vida de super consumo fosse a melhor coisa ao mesmo tempo que quando eu falo para aquela pessoa fala nossa você é feliz e não sabe aí a pessoa vira para mim e fala assim você que não sabe o que é ser feliz é um pé no saco não tem energia um
pé no saco não ter transporte todo dia um pé no saco não ter escola de qualidade eu falo as nossas violências elas vão tangenciar Talvez eu tenha a escola Talvez eu tenha o transporte público mas eu não posso de dizer que todas essas coisas são de qualidade eu não posso dizer que eu não tenho violências que pessoas negras não estão sendo assassinadas na rua todos os dias tipo as balas que cruzam a floresta e matam as pessoas da floresta também matam as pessoas nas ruas e nas periferias dos centros urbanos por razões muito similares controle
do ório controle das pessoas e disputa de poder é sempre essas coisas que tão tão em disputa E aí eu fiquei bom como é que eu posso contribuir com isso então como é que eu posso ser uma ponte entre esses territórios porque depois que você vê uma injustiça depois que você vê uma desigualdade pelo menos para mim é impossível desver não consigo me alienar depois que eu tomei consciência e aí o Marcelo uma vez na minha primeiro módulo no módulo dois da da me quando eu tava fazendo ele falou uma coisa que eu tenho repetido
para todo mundo é que quando a gente tem consciência de algo a gente precisa encontrar as pessoas no lugar e no nível de consciência que elas estão então se eu ganhei consciência sobre o impacto ambiental que o meu comportamento o comportamento de pessoas como eu podem causar na Amazônia eu preciso encontrar pessoas que não chegaram no mesmo nível de consciência até onde elas estão e tentar o máximo que eu posso suportar a jornada dessas pessoas não posso dizer que a gente vai dar informação que eu vou ensinar nada disso mas que eu vou estar presente
na jornada de descobrimento na jornada de desenvolvimento de consciência daquela pessoa sobre como ela pode ser melhor para ela mesma paraas relações dela e pro meio ambiente e descobri isso e me D me dar conta disso dentro da floresta foi muito transformador eu comecei aí voltar como voluntária de diversos projetos fossem a comunidade de empreend ores do Pará depois o global shapers em Manaus e que a gente teve um encontro com a nossa rede E aí quando eu fui pro Amazonas a Amazônia é muito diversa e daí uma experiência de Alto Rio Negro e comunidades
ribeirinhas bem diferente de uma experiência no Pará e tudo aquo F Nossa um novo mundo se abriu para mim como é que eu continuo sendo ponte talvez eu preciso construir uma ponte maior a ponte de conhecimentos que eu tava fazendo não era o suficiente a gente precisava de uma plataforma para fazer com que as histórias daquelas pessoas que já são histórias incríveis histórias de resiliência histórias de transformação histórias de soluções para os problemas do nosso tempo baseado nos conhecimentos que são daquele território e que são os conhecimentos que são bons para aquele lugar não só
a visão colonizadora de resolvedora de problemas que chega lá achando que a solução tá pronta E aí eu falei bom tem gente que tem tem gente que tem conteúdo tem gente que tem plataforma será que eu consigo unir quem tem plataforma com quem tem conteúdo e ampliar tudo isso e aí em 2021 eu tive a oportunidade de participar da minha primeira conferência das partes na discussão de mudanças do clima a tal da cop que tá chegando no Brasil que vai acontecer no Pará eh o espaço onde os países membros das Nações Unidas especificamente no quadro
de mudanças climáticas ali na chamada unfccc eh discutem como é que eles vão fazer para resolver as questões climáticas e como é que eles vão fazer para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que causa as mudanças climáticas e etc fui para aquele lugar e pasm quem me guiou naquele lugar foram crianças e adolescentes ativistas que ocupam aquele território muito antes de mim e E aí muito louco pedir como é que eu posso dizer pedir ajuda para eles e para elas Porque na minha cabeça eu falei não eu sei o que eu tô fazendo
eu tava descobrindo o que eu tava fazendo né Eu sou muito boa de me virar assim nas coisas mas eu fui morar numa casa com ativistas por um mês e eu era a segunda pessoa mais velha depois de mim a próxima pessoa mais velha tinha 24 anos e a pessoa mais nova tinha 16 que era a pessoa que manjava de toda a institucionalidade sabia todos os processos o que tava sendo negociado Quem era Quem e eu tipo assim gente não sabia nada eu tava assim me informando e tal mas Navegar as minúcias a menina de
16 anos já tava na terceira quarta cop dela falei nossa vim para cá desde que você era uma criança e ela não sim eu venho eu faço as minhas greves pelo clima desde a sétima série na e eu nunca tinha ido numa greve pelo clima mas a humildade de aprender com os adolescentes num outro continente porque é isso eu tava lá na Escócia E aí eu fui tive muitos insights conheci muita gente e aí eu entendi mais uma vez tive mais um salto mais um nexo de que existem salas em que o futuro da nossa
vida tá sendo discutido e a gente não tá nessa sala corpos como os como o meu não estão nessas salas daí eu me fiz a pergunta quero eu estar nessa salas ou eu quero aumentar o volume da conversa sobre isso para que outras pessoas possam estar porque eu não vou me tornar uma especialista em negociação climática Não é esse o ponto para mim Mas mais pessoas deveriam saber do desafio de que é tudo isso e como isso impacta as vidas delas e eu falei bom uma viagem transformou a minha vida eu queria trazer pessoas que
tenham plataforma E alcance global ou alcance Nacional virei para um amigo meu e falei assim e se eu levasse um grupo de influenciadores digitais paraa Amazônia botasse todo mundo num barco viajasse pelas comunidades ribeirinhas pelas comunidades indígenas conhecendo as histórias vivendo a cultura e criasse conteúdo na internet sobre isso fácil rápido acessível baseado no Afeto e Se a gente pudesse sentir a floresta sentir a natureza para depois falar sobre ela porque a gente tá vivendo num momento em que todo mundo recebe um briefing um texto pronto e aí você sai falando só da só da
cabeça o corpo não viveu as a verdade é que eu e aí eu comecei a estudar sobre a nossa relação e as emoções que envolvem o meio ambiente e daí eu descobri uma coisa muito doida que é o nosso cérebro não sabe a diferença entre imaginação e realidade Especialmente quando a gente é apresentado com uma imagem A na nossa razão a gente sabe que é uma foto mas pro nosso cérebro a sensação que é gerada pro nosso corpo é a mesma como se a gente estivesse naquele momento experienciando então por exemplo quando talvez muitos de
vocês hoje viram as imagens do que da chuva das inundações em Valência vocês devem ter sentido no corpo de vocês o medo de estar numa casa que tá sendo inundada naquela velocidade porque é como se a gente pro nosso cérebro é como se a gente tivesse vivendo aquilo tá registrado na gente e a nossa sociedade tá vivendo traumas coletivos com as mudanças climáticas cada evento climático extremo que acontece tá gerando em todos nós medos absurdos e aí um enfim afiliado de uma grande amiga ele tem 6 anos ela tava chovendo eles moram no Rio e
ela postou um Stories dele e ele perguntando assim a gente vai morrer porque tá chovendo eu acho que a casa vai inundar a casa vai alagar a gente tem que sair daqui a gente tem que sair daqui e aí ela respondendo Não a gente tá seguro aí ele falou Ai mas o meu amigo mora na onala as crianças com 6 anos já TM consciência da dor eu via vídeos incontáveis do Rio Grande do Sul de crianças chorando porque perderam o brinquedo não tavam vendo amigo não podiam voltar para resgatar alguma coisa que tinha um valor
afetivo para elas essa dor da perd tá sendo transferida pra natureza tá sendo transferida paraa chuva A culpa não é da chuva é da irresponsabilidade das pessoas da sociedade que enfim consumiu tanto produziu tanto combustível fóssil fez tanta emissão de gases de efeito estufa que a gente tá lidando com tudo isso e eu falei quem tá moldando a mentalidade das pessoas os criadores de conteúdo para vocês terem uma ideia no Brasil hoje são mais de 13 milhões de influências digitais no top três de profissões do Brasil as crianças querem ser YouTubers Liv streamers e jogadores
de futebol jogador de futebol ainda persiste lá ali no top três mas o astronauta já não é mais o médico a médica já não é mais eh e aí quando eu vejo a ideia a vontade de ser um Live streamer de ser um youtuber de ser um tiktoker nesse começo a necessidade que eu leio por trás é que essas crianças querem ser relevantes elas querem ser vistas elas querem ser querem que as opiniões delas sejam consideradas porque se você é famoso a sua voz importa a sua opinião importa a gente falou bom Então vamos convidar
essas pessoas para viverem essa experiência e serem uma plataforma paraas vozes dos territórios e desde então então desde 2022 a gente vem fazendo essas experiências porque a gente acredita que sentir primeir sentir vem primeiro para depois fomentar A reflexão e depois fomentar a ação e eu queria compartilhar para encerrar minha fala um vídeo com vocês eh que é o vídeo sobre a última edição da Creators Academy para vocês sentirem um pouquinho do que do que foi a nossa experiência a Creators Academy é um convite para retornar à natureza consciência da importância probleminhas técnicos pessoal já
vamos solucionar vamos entender o que que tá rolando aqui qualquer coisa a a gente deixa o link aqui no no nosso chat aconteceu aqui atrás boa vamos ver se rola acho que agora vai agora vai a Creators Academy é um convite para retornar à natureza a gente é [Música] natureza escutar as vozes da floresta das pessoas que são guardiã eu como cque tenho preocupação quero cuidar para que as pessoas Tom consciência da importância que nós temos de conviver com essa Floresta com essa natureza e brigar sempre a proteção dela tá aqui nesse espaço foi muito
tá sendo né muito bom essa conexão e com a natureza com com a ancestralidade a missão é aproximar O mundos olhar pro outro reconhecer o outro na diferença eu peço a Deus é o que eu tenho mais feito aqui sabe para que eu possa ser um um instrumento uma ferramenta de de envio de uma mensagem que é necessária e que é urgente não existe outra forma de lutar contra crise climática se não for entendendo mesmo a gente tá em um só planeta isso aqui e a gente tem obrigação de preservar esse lugar de cuidar desse
lugar de respeitar esse lugar e se questionar qual que é meu papel no meio disso tudo o que que eu posso fazer é inserir aos poucos isso na minha vida e automaticamente vai ser inserido nos meus conteúdos um muito importante para virar uma chavinha na cabeça das pessoas não dos seus seguidores que vocês vão comear agora a falar disso e eles vão virar essa chavinha de nós mesmos respirar fundo e reconhecer que antes de tudo eu também sou parte do problema mas que eu também posso ser parte da solução a viagem me fez sair da
bolha ouvir mais e falar menos valorizar as raízes não há presente nem futuro sem a floresta mas também sem os povos da floresta eu sou muito grata muito grata por estar aqui assim e que vou vou poder puxar ainda mais esse essa paa esse roleto a pergunta que fica diante disso tudo é onde você quer estar do lado de quem que eu quero [Música] est Nossa que incrível Camila influência do bem é isso que a gente precisa Obrigadão maravilha Muito bom depois dá uma olhada também bapo e a Dani sempre traz aqui um pouco do
que tá acontecendo aqui no chat que o pessoal tá bem bem tocado bem animado e essa aí de que a gente tem que encontrar as pessoas onde elas estão e não onde a gente gostaria que elas estivessem Eu também aprendi com Marcelo e virou um mantra pra minha vida e eu repito em todas as aulas né E aí uma coisa aqui Mica rapidinho aqui todo mundo foi aluna do Marcelo tá gente só para vocês saberem aprendi com Marcelo é porque o Marcelo foi professor coincidentemente ele foi professor dessas quatro mulheres que estão aqui inas diferentes
é em momentos diferentes mas coincidentemente Ele eles nos deu ele deu aula para todo mundo que tá aqui isso muito bom obrigada Dani e gente agora eh eu queria que vocês fossem percebendo sabe essa questão das potências que são as histórias de vida as possibilidades que a gente tem E aí eu quero convidar a ta para dar sequência para ver como como que a gente vai criando esse esse stoque emocional assim interno para conseguir ir lidando com eh a dimensão de todos todos esses desafios entendendo que acho que é uma uma coisa que o Marcelo
sempre toca ele pode eh complementar na fala dele depois mas entendendo que as transformações que a gente quer ver de fato elas são muito maiores do que o tempo da nossa vida né como é que a gente não desiste então no meio dessa caminhada como que a gente não perde eh a energia mesmo né para continuar no dia a dia principalmente falando para quem tá dentro das salas de aula então quero chamar a ta para dar sequência aqui na nossa conversa de hoje oi gente nossa um prazer enorme est aqui com vocês eh eu acompanhei
ontem né foi Foi incrível eu eu acho uma grande oportunidade a gente poder ter esses espaços de escuta que a gente possa ampliar a nossa visão né Não só de problemas tão complexos como esse que a gente tá vivendo mais de várias perspectivas eh não só o problema mas também possíveis soluções né convidar tudo isso paraa nossa realidade Então queria eh agradecer apresentar eu sou a Tati florest eu sou uma mulher branca tô com uma blusa verde eh cabelo preso castanho brinquinho preto tem uma estante cheia de livros atrás de mim uma um vaso com
uma árvore grande do tamanho da estante e e eu tô muito feliz assim eu conheço a o Marcelo como como vocês falaram foi meu professor também e a Mônica passarinho que me convidou para est aqui eh e a gente já trabalhou juntos tanto eu com a Mônica eu com o Marcelo também e é uma alegria assim poder est aqui poder contribuir um pedacinho com com essa reflexão com a com a minha própria experiência um pedacinho que eu posso contribuir eh Então eu queria começar Contando um pouquinho eh da minha história como que eu me conecto
com tudo isso que a gente tá falando aqui educação natureza e clima e e esse olhar e hoje Mais especificamente esse olhar pro cuidador né para pra pessoa que vai cuidar de outras pessoas pro educador eh Então se a gente puder começar a apresentação será isso eh de sal at de floreste pode passar eu queria falar eu comecei meu meu trabalho com com aqui é um pouquinho do que a gente falou né então que os nosso Foco hoje aqui de conversa é o adulto no centro da educação né como os educadores podem enfrentar essa ansiedade
as pressões da crise climática um pouco pra gente ampliar essa perspectiva E aí eu queria contar um pouquinho da da minha experiência como que eu cheguei nesse tema de educação e natureza né eu comecei trabalhar com educação em 2005 mas ainda aqui em São Paulo e aí em 2009 eu mudei para uma fazenda no interior de São Paulo uma fazenda de orgânicos que que a gente começou lá uma produção de orgânicos uma agricultura regenerativa agroflorestal e e como a Camila falou assim foi fundamental para mim ter essa imersão né Essa Experiência Direta com a natureza
isso foi realmente muito transformador Às vezes a gente tem conceitualmente muitas ideias né a hora que a gente chega e tem outra realidade a comunidade local e eh realmente tudo ganhou uma outra dimensão mas desde o dia um eu entendi que não era só a parte de produção orgânica que a gente tinha um lugar muito importante de trabalhar com as pessoas com a parte de educação Então já no primeiro ano eu eu fundei o Instituto toca que foi onde a Mônica trabalhou também com a gente durante muitos anos se quiser a gente pode passar para
outro slide eh lá a gente tinha uma escola que foi muito falado do que a gente falou aqui ontem né Então as crianças em contato direto com essa com a natureza alfabetização ecológica o desenvolvimento integral tava muito presente na nossa abordagem e a gente desenvolveu isso dentro da Fazenda eh mas a gente também fez uma experiência em escolas públicas então a gente levou isso para uma escola na no Município próximo da gente ali que era Tirapina Mas o que eu queria trazer o recorde que eu queria trazer daqui é que mesmo a gente estando lá
com essa oportunidade trazendo isso tanto num contexto quanto outro tanto na escola pública quanto na na escola dentro da fazenda a gente percebeu a necessidade de trabalhar com esse professor para que ele ganhasse recursos internos para desenvolver esse olhar sensível pro outro ele precisava ter esse olhar sensível com ele mesmo e daí a gente juntou tudo que a gente sabia a gente tinha uma equipe ali multidisciplinar muito bacana E aí se quiser mostrar o próximo slide a gente desenvolveu ali empiricamente uma junção de tudo que a gente sabia e tinha práticas semanais que a gente
chamava de Pac que eram as práticas de autocuidado então pra gente escutar sobre as nossas emoções angústias coletivamente ter práticas e ferramentas que a gente pudesse usar no dia a dia e isso foi muito importante Em ambos os projetos eh hoje esse projeto não não existe mais nesse formato isso se espalhou pelo Brasil em várias sementinhas de vários de várias maneiras eu fico muito feliz que isso seja muito vivo de diversas maneiras mas em mim Eh como isso ficou entre muitas coisas que eu poderia falar aqui muitas horas sobre essa experiência mas uma pergunta que
me ficou quando eu saí de lá é como é que eu aprofundava esse olhar sobre o educador como que eu trabalhava essa questão das emoções nem esses espaços coletivos aí a gente pode passar para outro slide por favor então como a gente pode facilitar esses recursos internos pro educador O que que a ciência tinha para falar em relação a isso eh o que que vinha sendo feito no mundo em relação a essas práticas e aí eu fui caí numa pós--graduação que eu fiz no eisten sobre gestão emocional nas organizações eh me e venho estudando e
praticando e dando aulas em diversos contextos sobre isso tanto em grupos eh individualmente e também projetos parceiros né então Eh trabalho no treino na laje que dá aulas de yoga e meditação em várias comunidades ou com a comunidade eh com a terapia Comunitária integrativa que a gente usa também as técnicas daqui em rodas de escuta gratuitas pode seguir por favor eh Então o que eu fui pesquisar né e estudar e me aprofundar e é a base de tudo que eu faço hoje eh como é essa união da Ciência contemplativa da neurociência e da Psicologia como
isso poderia ser uma ferramenta que a gente já usava ali das nossas práticas mas o que que isso tinha de comprovado eh que Poderia virar uma maneira prática no dia a dia pra gente inserir no nosso dia a dia e ajudar a ser esse suporte para esses recursos internos que eram tão importantes que eu vi o quanto era importante e eu vou dizer não só pros educadores mas isso Eu me incluo e e e nos meus colegas ativistas e quanto é importante a gente ter esse recurso interno Porque mesmo muito apaixonado pelo que a gente
faz é muito importante pra gente não colapsar e pode seguir por favor então os dois programas que são a base de tudo que eu faço e como eles são cursos internacionais eu vou falar o nome aqui em inglês é o CB culate emotion B cultivando equilíbrio emocional e o MSC mindful self compassion que é autocompaixão consciente eh Podemos seguir por favor E aí desses dois programas primeiro eu queria contar uma curiosidade né que quando eles foram medir esses programas eh então eles falaram muito legal vamos vamos ver vamos ver se funciona né e o primeiro
que eles S que o primeiro que aconteceu foi esse no CBI foi em 2000 eh Então tinha esses montte de pesquisadores e tal Ah muito Ah mas legal mas a gente não vai deixar isso na academia como isso vai pra prática vamos testar Tá bom vamos escolher um grupo mas pris ser um grupo saudável mas que esteja com um enfrentamento de um estess constante que grupos vamos escolher ah médicos bombeiros adivinha professoras né um stress constante que não era uma coisa Pontual idade ali de questões e sobrecarga emocional então eles ficaram acompanhando esse grupo por
oito semanas né Eh com essas práticas e e os resultados de redução de ansiedade redução de stress redução eh aumento da da resiliência emocional né e a maior capacidade de de lidar com as suas próprias emoções e ampliar afeto isso no CBI e depois o de autocompaixão também tem essas mesmas bases né doss contemplativos e neurociência e Psicologia e novamente normalmente as pesquisas deles são com esses grupos com muita sobrecarga então socorristas bombeiros educadoras Claro não não pode faltar nunca isso sempre tá presente então eu queria fazer um recorte aqui já que eu daria para
falar aqui Sobre muitas coisas né mas a gente vai fazer um recorte sobre uma prática uma das práticas que é sobre autocompaixão né uma da uma das frentes que que a gente trabalha nesses programas pra gente definir um pouquinho pra gente tá falando da mesma coisa eu vou fazer uma definição do que que é compaixão e autocompaixão paraa ciência que aqui não tem esse não tem um viés religioso pode seguir por favor de um apagadinha aqui para mim isso eh paraa ciência a compaixão é o sentimento que surge ao testemunhar o sofrimento do outro e
que motiva um desejo posterior de ajudar então isso envolve alguns aspectos né o reconhecimento da dor eu criar empatia criar uma ressonância emocional mas ter um desejo de ação porque se eu paro ali só na empatia também aquilo lá eu fico sentindo junto mas não ten um desejo de ação não é exatamente compaixão então para ciência é isso e isso é uma habilidade uma habilidade que a gente tem tanto emocional quanto cognitiva e que ela pode ser praticável treinável e desenvolvida e quando a gente vai falar de autocompaixão é quando essa capacidade de olhar pra
dor e ter um desejo de ação se volta pra gente mesmo pode seguir por favor o eh então a autocompaixão é uma habilidade que ela pode ser aprendida que ela pode ser treinada que você pode praticar no meio da sua vida diária que essa era uma premissa também quando não é uma coisa que a gente vai colocar as pessoas para meditar na montanha ou que sejam só esse tipo de prática são vários tipos de prática né Não só esse modelo clássico que a gente entende de de de meditação sentadinho de olho fechado tem muitos tipos
de prática e que isso pudesse ser feito durante as a a sua vida diária ainda mais Para com esses grupos que eram tão sobrecarregados emocionalmente para não ser mais uma carga como é que eu podia inserir isso muito bem vamos seguir E aí a chis enf que é uma das criadoras desse programa é a pioneira na pesquisa de autocompaixão ela vai falar a autocompaixão ela envolve três ingredientes assim três elementos principais O primeiro é essa aut bondade que a gente vai falar um pouquinho dela mindfulness mas não é a prática de meditação mindfulness no sentido
de atenção plena de ter em mente de trazer a consciência para e aqui no caso vai ser para as nossas emoções e a humanidade compartilhada Podemos seguir falar um pouquinho delas então a autondade né autondade versus autocrítica que que isso quer dizer porque em geral e as Pesquisas mostram cerca de 80% das pessoas tem muito mais facilidade de de ter essa compaixão isso que a gente vez de sintonizar com a com a dor do outro né e fazer algo a respeito do que com consigo Vamos dar um exemplo aqui se um amigo seu chega para
você e fala eh puxa tô muito Tô muito chateado tô muito esgotado não tô conseguindo mais lidar com o meu trabalho tô me sentindo insuficiente tô me sentindo fracassado você provavelmente vai chegar para ele vai convidar ele para para entrar vai dar um chazinho vai conversar com ele vai ouvir vai tentar dar uma motivação um apoio com toda paciência com calma vai escolher as palavras vai dar esse acolhimento mas quando você tá se sentindo assim quando você fracassa em algum projeto quando você eh tá se sentindo puxa o que eu tô fazendo não é suficiente
eu tô eu dei o meu melhor mas eu não tô conseguindo parece que eu tô aqui enxugando gelo como é que a gente se trata então aí em contraposição a essa esse olhar de bondade pra gente mesmo vem a voz autocrítica né então eh a gente se critica a gente se cobra vem a culpa e vem e esse e essas microagressões que às vezes são as mais difíceis da gente perceber porque a gente faz automaticamente o corpo vai entendendo como ameaças como se isso se mantém constantemente né Paul Gilbert vai falar é é como se
fosse uma ameaça externa o nosso sistema nervoso entra nesse estado de sistema de defesa e ameaça Como se você tivesse vindo um cachorro te ameaçar e seu corpo reage né no fuga paralisação e luta a gente faz isso internamente e quando a gente vai fazendo isso constantemente pode vir no estess crônico o Burnout e muitas coisas que a gente conhece né então a a autocompaixão tem muitas práticas pra gente trazer esse olhar de bondade com a gente mesmo de de se tratar como a gente se trata como a gente trata o nosso melhor amigo cognitivamente
parece muito fácil fala assim Nossa é muito Óbvio ah faço pronto podemos parar aqui né mas a gente sabe que na prática não é assim por quê aí vamos olhar o segundo slide eh a gente vai falar da humanidade compartilhada porque às vezes quando eu tô sentindo né Eh Uma emoção eu tenho a sensação que só eu tô sentindo aquilo né quem tá na na linha de frente eu tenho muitos amigos ativistas fala eu tô fazendo tudo eu tô vendo mas parece que só eu não tô conseguindo né a gente sabe que a gente olha
no Instagram e que aquilo é só um recorte da realidade que não é a verdade a gente entende isso cognitivamente mas a nossa mente Nossa nossas emoções nossas Sensações Nossa tá todo mundo conseguindo todos os projetos estão muito bem sucedidos eu é que não tô então essa sensação de isolamento de só eu não tô conseguindo Então isso que ela fala que eh e a a a a autocompaixão ela vai trazer esse olhar né que essas experiências fazem parte da experiência humana e como é que a gente amplia esse olhar como é que a gente até
faz práticas mesmo da gente se ouvir em grupo né por isso que normalmente as práticas até elas são em grupo para a gente ouvir outras passando outras pessoas passando pelos mesmos problemas que eu e por último o mindfulness né Eh que é o que eu falei dessa atenção plena que não é exatamente só a prática a gente pode passar para outro slide que daí vai mostar um pouquinho melhor que é eu Verê a dor que eu tô sentindo do tamanho que ela é né nem porque a emoção ela vai acontecer no meu corpo na minha
mente nos meus pensamentos e aquilo vai me gerar muitos pensamentos Então como é que eu consigo enxergar o que eu tô sentindo sem colocar debaixo do tapete mas também sem cair num lado oposto que é a sobre identificação que é esse lugar da sobrecarga quando eu sou devastado e arrastado pelas emoções né como é que eu trago isso pro tamanho que ela é sem esconder a gente fala não é para tirar aquela emoção mas para eu ir aprendendo técnicas para eu sentir no meu corpo PR eu nomear as emoções muitas práticas que a gente faz
para ir ajudando essa regulação emocional e por último eu queria trazer num outro slide por favor eh que as pesquisas mais recentes de autocompaixão elas são voltadas pro Burnout ela é uma uma técnica que ela é muito eficiente na em todas as fases do Burnout e aqui eu não vou entrar muito no que que é o Burnout vou dar só uma breve explicação que tá no próximo slide que esse esgotamento essa sensação de esgotamento normalmente é definida por esses três sintomas uma exaustão Então se sentir esgotado fadigado sem mais nada para dar a despersonalização que
é sentirse distante que eu quero evitativo né cínico negativo em relação ao seu trabalho mesmo sendo uma coisa que às vezes você ama que você é apaixonado pode você pode entrar em Burnout porque vai vai te dando essa sensação e você nem sabe da onde ela vem porque começa ele vai vindo multifatorial né E essa redução de realização de se sentir ineficaz inepto incompetente então eu vou entrando num ciclo isso vai me gerando uma sensação de impotência e como é que eu faço para lidar com isso isso vai alimentando esse ciclo do Burnout do esgotamento
então as pesquisas mais recentes Elas mostram a gente pode ver no próximo slide como as práticas de autocompaixão né O que que a ciência comprova que que nesses grupos que eles foram acompanhando Isso tem em 21 países as pessoas que trabalharam as técnicas de autocompaixão elas se sentem menos exaustos esgotados deprimidos sem esperança com esse cinismo né que a gente esse essa afastamento e mais conectados eficazes satisfeitos equilibrados e com e capazes de estabelecer limites né então isso é um pouquinho do que eu posso falar aqui sobre autocompaixão eu poderia falar muitas coisas né Eu
acho que eh a gente tá abraçando aqui n nessas nossas conversas esse olhar um pouco mais amplo é claro a gente não tá querendo ser Poliana aqui que tá ai nossa eu faço só isso faço uma prática e vai resolver né a gente sabe que é um problema complexo e que as soluções também não são simples mas existem algumas soluções já acontecendo né Então essa é a boa notícia existe técnica existe apoio isso pode ser incluo né no nosso dia a dia nas nossas nossas práticas está sendo testado comprovado e pode ser muito é um
dos caminhos possíveis E aí para finalizar queria terminar com uma frase de uma monja budista phd antropóloga uma ativista ela bem Senhorinha mas muito porreta que é a John halifax ela fala o mundo precisa de pessoas que suportem o sofrimento sem colapsar e isso a compaixão pode ser um grande suporte né ela fala costas fortes peito aberto e frente suave então que a gente possa apoiar a gente mesmo e uns aos outros e o nosso planeta é Nossa Tati que coisa linda e eu acho que todo mundo se identifica com tudo isso que você disse
aqui sensacional porque se a gente olhar o que tá acontecendo fora isso reflete dentro né e e os educadores estão muito na linha de frente não é à toa que os toos escolheram os educadores para lidarem com isso né porque a gente tem o papel de lidar com dados informações apresentar o conhecimento e ao mesmo tempo levar Esperança então a gente carrega tudo isso todos os dias todos os dias né e com uma galera e agora eu tô falando dessa galera que são as crianças que olham pra gente com olhar de espanto da primeira vez
né porque as crianças quando olham pro mundo ela elas elas estão vivendo pela primeira vez tudo é aquele Encantamento da primeira vez né e e e então é muito importante nós educadores nós educadores temos essa essas ferramentas e eh a gente precisa disso a gente precisa dessa autocompaixão a gente precisa desse autocuidado ainda mais no mundo que a gente vive acho que Marcelo agora vai abordar um pouquinho sobre essa coletividade né E é difícil você conversar com com um educador ou com uma pessoa hoje que não não se identifique com acho que eu tô com
Burnout tô sentindo alguma coisa existe um mal-estar coletivo Né verdade é essa a gente tá vivendo um mal-estar coletivo por muitas causas né então é fundamental tudo isso e gratidão por você tá aqui com a gente fala inspirador e conheçam a nossa anal que é o projeto da Tati maravilhoso que pode dar um suporte para tudo isso tem vários cursos né ta tem vários cursos aí tô aberta para conversar Se alguém quiser saber mais saber das pesquisas outros lugares tô tô aí est aí obrig muito bom muito bom Tati Obrigada eh eu já fiz um
dos cursos de autocompaixão tava ali na beira de não acredito que eu vou somar para essas estatísticas meu quase estafada ou já estafada e realmente assim eh contribui muito porque são práticas muito democráticas a gente não precisa de nada além da nossa própria mente do nosso próprio corpo e na nossa própria respiração então eh a Delmar que a esposa do Marcelo ela ela fala né para algumas informações desse tipo tipo tinha que ser utilidade pública né todo mundo tinha que saber e ter acesso porque realmente causa um impacto muito positivo e por que a gente
tá falando isso gente lembrando assim também de de algumas coisas né que eu acho que conecta aqui com com a fala do Marcelo já passo para você Marcelo eh a escola é a instituição que mais existe no mundo a gente nem precisa rodar o mundo a gente pode ficar só aqui no Brasil a pandemia deixou completamente Evidente né até teve uma vez que tava dando participando de uma live dessas na entrevista e terminou a moça que tava me me entrevistando Ela perguntou e Mônica qual que é seu sonho paraa educação brasileira e tal foi cara
agora meu sonho é que as crianças não tenham que frequentar a escola para garantir três refeições por dia porque o que a gente viu na pandemia era uma coisa Desc nível e o que acontece na escola e quando eu e a Tati a gente trabalhou juntos lá no instituto toca nesse município de Tirapina e a gente fez uma intervenção eh mais intensa né tinha um grupo de educadores com uma intervenção mais intensa numa das escolas que tinha uma porcentagem muito significativa de crianças eh filhas de de famílias carcerárias né ou mãe ou pai muitas vezes
esses educadores chegavam nas reuniões e falavam eu não tive formação para lidar com isso né Eu estudei pedagogia eu estudei licenciatura eu não não sei o que fazer quando o menino chega na sala de aula eh e o irmão se matou no dia anterior eu não sei o que fazer quando chega lá na sala de aula e tem uma situação de abuso dentro de casa de alcoolismo de dependência química tudo isso a escola tem que lidar a escola tem que lidar com todos esses Desafios que são emergenciais assim completamente urgentes e depois disso é que
a gente vai poder pensar na didática no pedagógico porque a gente é atravessado por essas questões que são super intensos E aí agora tem vindo mais uma camada né Essa Eco ansiedade que se conecta também a história da ecob então como assim eu não tava viva quando foi criado tudo isso eu já o Tet fedendo Por que que sou eu que vou ter que resolver tudo isso agora então Eh olhando para tudo isso e paraas questões que vieram aqui queria eh te convidar Marcelo para você trazer aí a a a sua perspectiva e a gente
conhece uma parte do seu trabalho que olha muito para esse lugar da nossa autorregulação também né que é um pouco do que a gente quer compartilhar aqui com as educadoras e educadores fazendo muito uma uma metáfora né Eh quem jando de avião enfim tem sempre as orientações e a em caso de despressurização da cabine coloque a máscara primeiro em você e depois na outra pessoa né e a gente que tá em sala de aula tem muito esse lugar assim no sentido de se a gente não respirar a gente não vai conseguir apoiar ninguém à nossa
volta então Marcelo te convidar para seguir nessa conversa boa boa noite a todas e todos um privilégio prazer tá tá com vocês eh fazendo a minha descrição aqui eu sou um homem branco de 1,82 m tô vestindo uma camisa Bélgica uma faixa preta atrás de mim tem um sofá e uma pequena biblioteca com quadro de budismo eh eu eu acho que o convite é primeiro né a gente reconhecer esse esse dilema civilizatório que a gente tá vivendo e de alguma forma eh talvez pela primeira a gente né não é novo essa ideia de que a
gente tem que a gente né a própria Apocalipse na Bíblia traz um pouco ISO pra gente então essa essa ideia de que a gente vai eh se extinguir que tem um grande Apocalipse ela tá presente como artipic na nossa experiência humana mas parece que dessa vez é a primeira vez que a gente tá na eminência né de criar ruptura eu queria antes de entrar nessa história da da regulação eu gravei um um podcast com bio acomula que é um filósofo nigeriano maravilhoso e eu recomendo que vocês eh escutem infelizmente tá em inglês então talvez só
as pessoas que que que entendem inglês Vão ouvir mas tem muita coisa do Bio em português e e e acho que esse é a primeira reflexão porque quando a gente se coloca no nesses lugares de educador da gente tá tentando contribuir para soluções sistêmicas muito complexas como essas questões da mudança climática a simples fato da gente se colocar nesse lugar ele já nos sobrecarrega e o b trouxe uma visão que eu achei maravilhosa ele falou o seguinte Olha quem tá destruindo o sistema ou quem tá prejudicando sistema e quem tá tentando eh salvar ou construir
o sistema faz parte do mesmo sistema a gente não é um contra o outro mas tá todo mundo dentro do mesmo sistema e a transformação ela acontece não pelo centro do sistema e essa tensão de quem tá de onde tá de onde tá acontecendo ação e aí ele contou uma história maravilhosa que ele disse que quando os europeus chegaram na África começaram a a trazer as pessoas que foram escravizadas os os orixás se revoltaram e todos eles queriam vir juntos e Exu falou só eu vou porque eu atuo pelas frestas né e o Bao fala
uma coisa maravilhosa que é a o potencial de transformação não tá no centro do sistema porque quando você briga com o centro sistema só tem uma certeza você vai perder e você vai se sobrecarregar e você vai ser esmagado mas como o sistema emerge em padrões quando esses padrões emergem eles nunca são os mesmos eles emergem com falhas eles emergem com fissuras e para mim esse é o lugar de onde a nossa atuação é mais efetiva é encontrar esses espaços de fissura e é nesses espaços de fissura que tá o esperançar é nesses espaços de
fissura que tá a possibilidade da gente cocriar futuros possíveis e com um convite muito importante da gente abrir mão como a Mônica falou de ver o resultado em vida do que a gente trabalha para e talvez uma dos principais motivos de Sofrimento quando a gente entra na Eco ansiedade ou quando a gente entra nesse no Burnout por por est defendendo uma causa é a gente inconscientemente projetar o resultado que a gente gostaria e ter expectativa de ver esse resultado que no fim das contas é por uma causa transcedente é por um propósito mas essa motivação
é motivação egóica Ela não é uma motivação transcedente existencial Então tem um trabalho e E aí né eu gosto muito dessa ideia de que qual que é a saída para esse dilema existencial e civilizatório que a gente vive a saída não é para fora a saída é para dentro né E esse para dentro ele tem uma dimensão super importante quando a Mônica tá T falando da da questão da regulação né Tem um outro podcast que eu fiz que vale a pena também que é a o o o título dele é assim o mundo é nervoso
mas você não precisa ser nervoso né que essa capacidade ao que a Tati falou da da halifax é isso seja tem as coisas estão colapsando mas eu não preciso colapsar né tem trabalhos de trauma que são feitos maravilhosos em em zonas de guerra em zonas de em zonas de pós eh algum tipo de de de de de desastre onde o principal ponto é ajudar as pessoas a se regular para lidar com o que tá acontecendo Eu gosto muito de isso eu aprendi durante a pandemia eu acho quase um eu acho ofensivo a gente falar em
felicidade no contexto de mundo que a gente tá vivendo porque né Eh dado os limites de compaixão é muito difícil ser feliz com tanta gente passando por tanto sofrimento eu gosto muito da ideia de sobriedade Quais são os mecanismos que a gente desenvolve para não se diante do que a gente tá vivendo não buscar se anestesiar com drogas lícitas e ilícitas e e entretenimento e se manter sóbrio em contato com a realidade sem colapsar diante da realidade né Eu acho que isso é E a Tati foi falando aí dos dos vários recursos né eu queria
só tocar aqui nessa na dimensão do nosso sistema nervoso autônomo e na e na nossa capacidade de regulação do sistema nervoso autônomo Eh que que que tão impregnados dos nossos traumas e e as evidências têm mostrado não só dos nossos traumas mas dos nossos ancestrais Ou seja a mudança climática e a crise que a gente tá vivendo climática de desigualdade de guerra Ela não começou agora ela não é nova e ela também não começou há 20 anos ela também não começou a 50 anos ela tem 300 tem 500 anos e e elas são sempre repetições
de padrões de traumas que não foram resolvidos coletivamente e pelos nossos ancestrais e e que a epigenética mostra como isso nos afeta né então eh eh vocês estão me ouvindo agora e Se eu convidar cada um de vocês para medida que vocês estão me ouvindo sentir a sola do pé de vocês sentir o corpo de vocês a parte posterior do corpo de vocês tocando a cadeira onde vocês estão sentados se você descansar a mão sobre as suas pernas sentir a Palma das suas mãos se você quiser fechar os seus olhos se você na sua próximas
três respirações você prolongar sua respiração você inspirar em dois três expirar em 4 5 6 e ao mesmo tempo que você faz isso vai trazendo uma memória onde você se sentiu influxo já que a gente tá aqui nesse espaço influxo com a natureza onde você se sentiu um com a natureza Pode ser na cachoeira na praia numa trilha onde você percebeu que essas que essa ilusão de separação se foi e vai percebendo como essa memória tem registro no seu corpo e vai se apropriando desse registro vai deixando esse registro chegar em cada átomo do seu
corpo chegar em cada célula vai deixando vai ganhando tamanho é bom esse estado né ele tá disp seja enquanto você estava me ouvindo aqui a gente estava falando da crise a gente tava aqui ativando o ático que é a parte do nosso sistema nervoso autônomo responsável por luta ou fuga então eu tô aqui ativado com as memórias e a mudança climática Valência na Espanha quando eu vou para esse lugar eu ativo o parassimpático que é responsável por relaxamento né que é e esses sistemas funcionam em em reciprocidade em sincronia Então como é que a gente
consegue passar mais tempo nesse lugarzinho que a gente se colocou aqui nos últimos 2 minutos para conseguir passar mais tempo primeiro a gente tem que reconhecer que o nosso sistema nervoso que tá gravado no nosso sistema nervoso autônomo o padrão de traumas que a gente teve e todo mundo tem traumas todo mundo teve eh O que a ciência tá mostrando é que faz parte da nossa experiência humana e o fato dos nossos filhos nascerem semiprontos e e dependerem de cuidado e infelizmente os cuidados ainda geram muitas necessidades no atendidas gera um padrão de trauma então
tem traumas com T maiúsculo que nem eu por exemplo que sofri um abuso sexual quando tinha oito isso é um grande trauma que tá presente na minha vida em muitas camadas tem os pequenos traumas um recém-nascido que chora 5 minutos 5 minutos de eternidade para um recém-nascido é a mesma coisa então cada um de nós tem um padrão e esse desse padrão tem padrões que vão mais para uma resposta de luta ou fuga uma ativação ou por uma resposta de paralisia uma resposta de anestes amamento Então essa é como se o nosso sistema operacional tivesse
umas falhas de programação em função desses traumas que a gente tem dessa vida da nossa primeira infância basicamente estão marcados aí eh nos nossos primeiros primeiros anos de vida o primeiro ponto é entender o que que te gatil e quais são as coisas que te gatil para ir para uma resposta de luta ou fuga ou de paralisia porque cada um de nós tem respostas diferentes e fazer essa inv e assim e aí né como a Tati tava falando o corpo não mente não é mental interpretar não é é sensação corporal eu tenho frio na barriga
me Aperta o Peito me Trava a garganta eu tenho PES o pescoço eh perco a sensação das pernas ou seja você e e investigando e se tem um trauma com T maiúsculo é pedir ajuda é mais difícil quem teve por exemplo né eu falo normalmente do meu abuso seual aqui porque eu trabalhei muito em terapia e e eu falo porque seguramente muita gente tá me ouvindo também teve uma experiência de abuso infelizmente é parte da realidade do Brasil eh junto com isso tem os traumas ancestrais e os traumas coletivos né então primeiros traumas ancestrais é
ter curiosidade de entender Qual é o padrão de trauma que vem dos seus ancestrais que é como é seu pai e sua mãe qual é a história deles irmãos pais seus avós bisavós trisavós vieram de onde né os nossos antepassados do Brasil é recente então fora os povos originários os nossos antepassados vieram de algum lugar e ninguém veio feliz todo mundo veio fugindo de alguma coisa ou inclusive foi trazido foi escravizado então eh e aí o que vai acontecendo a gente vai entendendo por por por esse emaranhamento esses traumas vão interligando no outro e a
gente tem padrões eu tenho por exemplo na na história da minha tem uma história de de um padrão de traições são muitas traições tiveram dos dois lados e que chegaram dos meus pais e que chegaram inclusive na minha história que eu tô reproduzindo eh e entender de onde vem esses padrões e como eles te afetam e portanto né Eu gosto muito da frase do do Thomas rubo que é passado não integrado vira destino Ah eu não quero mexer com isso quanto mais você não quer mexer com isso mais o inconsciente vai te sequestrar e vai
fazer você dá de cara com as coisas que você tá fugindo né e tem o terceiro que são os traumas coletivos que vão além da nossa ancestralidade mas é o fato da gente tá no Brasil com a história eh da escravidão com a história de como o o tem um eu acabei de gravar um podcast agora e tem um dado Super Interessante que é até bioquímico o Brasil é o país com o menor nível de oxitocina do mundo na população que ess oxitocina é o hormônio da confiança né E aí quando a gente pensa nisso
a gente fala cara tem muito a ver com o vazio psíquico da da da alma do brasileiro da síndrome do viralata a gente é legal Mas é incapaz de confiar no outro é capaz de de criar tecido coletivo então quando a gente vai colocando essas camadas eh do trauma coletivo do trauma ancestral e do trauma individual a gente vai se informando e não vai se informando para se desesperar mas aí se informando para ganhar resiliência para ganhar antifragilidade porque é no trabalho de investigação é no trabalho do reconhecimento da sensação corporal do sentimento que emerge
da emoção e dos Pensamentos que você consegue ganhar repertório para ser resiliente para saber que quando você tá diante de alguém que nega as mudanças climáticas essa pessoa só tá daquele lugar negando as pessoas climáticas se você se agita fica raivoso você vai para esse lugar você colapsa a sua capacidade agir então é como é que você se como é que você se gatil menos n como é que você reconhece os seus gatilhos para fazer com que o dia a dia que faz com que você lide com a realidade eh não te vá criando situações
que vai te colocar no lugar de Burnout como como foi colocado que é você ganhar musculatura para ser né adorei a a frase da da da rifax e por fim eu acho que essa é a grande promessa né como é que a e eu acho que quando a gente faz isso individualmente a gente começa a criar as oportunidades né então por isso que eh todo mundo que tá aqui de alguma forma a gente T estado junto nessa nessa comunidade eu adoro para finalizar aqui a uma frase da vandana Shiva que eu tive que é uma
ativista que acho que todo mundo conhece quando eu tive com ela na na escola schumaker há 10 anos atrás ela falou por mais forte que qualquer indivíduo seja é impossível ele consiga lidar e resistir a força do do sistema mas uma comunidade tem força suficiente eh para produzir transformação e para produzir mudança Então esse tecido invisível que provavelmente vocês estão criando aqui nesse programa que cria essa intimidade que cria essa essa membrana invisível ela é muito poderosa porque além de fazer esse processo individual esse processo ganha força quando a gente faz junto quando a gente
faz em comunidade Então quem é a minha turma Quem são as minhas turmas né eu gosto eu eu talvez alguns de vocês não não lembrem né mas brincar muito de pega pega quando era criança eu gosto dessa ideia das Comunidades funcionarem Como pxs que é o lugar onde você não pode ser pego né a comunidade funciona naquele lugar onde você pode parar de correr e você não precisa se regular e falar não como é que eu é como é que eu chego nessa pessoa onde ela tá eu tenho responsabilidade não você relaxa e você é
quem você é e e esse é o lugar e esse é o lugar onde as comunidades permitem esse reabastecer e reenergizar para que a gente possa juntos ir encontrando as brechas e as frestas para produzir eh e cocriar esses futuros possíveis que talvez a gente não veja nessa vida ainda acho que é isso uau eh escutar o Marcelo é sempre intenso assim né para mim mobiliza muita coisa acho que quem escuta ele mobiliza a galera no chat tá perguntando se essa Live vai ficar gravada para para poder digerir né tudo isso eh e e e
quando a gente fala né quando você falou do PX eu achei ótimo porque é bem isso viu Marcelo é a gente se dá as mãos e se sentir dessa forma mesmo eu acho que criar comunidades né a gente se encontrar numa tribo né numa comunidade que que tem esse que tem esses valores eu acho que que a palavra seria essa né né que tem esses mesmos valores faz com que a gente se sinta nesse pix nesse lugar seguro não Pix de dinheiro no pique né pra gente realmente se apoiar se suportar diante desses traumas que
a gente tá vivendo e você falou uma coisa desculpa tá colocar aqui né eu me deparei com uma pessoa que era um negacionista climático eu fui apresentar um projeto para um super empreendedor um cara sim que tá trabalhando com inteligência artificial cara com inteligência artificial fui apresentar um projeto para ele assim jurando que é claro que imagina um cara que tá no mercado Super safo jamais e a minha primeira frase era pra gente fazer uma educação regenerativa que olhasse para as mudanças climáticas na hora o cara parou falou assim Como assim mudança climática você sabe
que isso não existe né Aquilo me trouxe um trauma Marcelo eu fiquei traumatizada eu saí daquela reunião com Burnout então eu me vi muito na sua fala eu fiquei juro para você durante uma semana assim com dificuldade para respirar de de entender que essas pessoas que tem muita gente que tem poder nas mãos que tem grana que tem poder de mobilização ainda se encontra nesse lugar de não acreditar nisso que tá rolando né Isso me chocou para caramba porque eu sabia que existia mas eu nunca tinha visto então foi muito doido isso né Mas enfim
só queria fazer esse desabafo que teve uma um alinhamento muito grande com o que você falou depois eu quero bater um papo com você sobre isso inclusive e assim eh queria incentivar a galera que tá aqui no chat agora a gente tem um tempinho para vocês fazerem perguntas né Eh já tem algumas perguntas aqui né Professor estoicismo seria uma sugestão para o momento contemporâneo tem várias falas aqui o pessoal quer saber o podcast a Mônica colocou aqui que é o metado né Eh eu vou só caminhar algumas perguntas Então essa questão do historicismo que o
Marcos de Napoli tá perguntando eh tem vários comentários aqui com relação às reflexões que foram feitas e isso se aplica durante a fala da ta da Camila também eh então eu vou encaminhar aqui qual o dado da ocitocina do brasileiro o pessoal ficou ficou chocado com esse dado da ocitocina do brasileiro que é realmente é impactante para caramba né além do PA mais ansioso agora essa da ocitocina vamos ter vamos ter que trabalhar gente sabe de novo ess é um podcast que eu gravei né de um cara que é um pesquisador a a hipótese dele
é que essa foto de ocitocina tá associada a à contaminação por agrotóxico e por poluição no brasileiro que é a tese dele eu tenho a tese mais coletiva que tem a ver com a história do trauma ancestral e coletivo da da alma do brasileiro Talvez seja uma combinação das Duas né Uhum é forte isso né Isso é muito forte é super intenso e gente aproveitando um momento aqui ó meu pai tá também assistindo aqui a gente Ele trouxe uma pergunta como lidar com o negacionismo E aí eu vou emendar uma E aí a gente fecha
esse bloco de três eh eu tava ouvindo uma fala da da Sueli Araújo né Ela é coordenadora de políticas públicas lá do Observatório do clima e ela tava apresentando não sei se vocês sabem o Observatório do clima lançou agora essa semana um um relatório sobre transição energética e a potencialidade do Brasil ser eh o primeiro país ã carbono negativo né então não é só zerar mas é inclusive eh neutralizar e ela apresentou duas pesquisas que mostravam o quanto na a a massa da população brasileira não é negacionista em relação às mudanças climáticas diferente da população
norte-americana que é bem negacionista real oficial E aí essas pesquisas ela tava compartilhando que essas Pesquisas mostram que embora eh a maioria da população brasileira não seja negacionista em relação às mudanças climáticas essa mesma população se sente muito impotente diante das ações possíveis e não faz eh uma correlação direta entre as suas possibilidades cidadãs então por exemplo não vê uma relação direta entre quem votou agora para pras prefeituras por exemplo e as questões climáticas não vê uma relação entre eh o ciclo do alimento e as questões climáticas Então a gente tem aí um um super
um super GAP Então como l com os negacionistas é uma pergunta que que chegou e tendo em vista eh esse lugar aí da da nossa da nossa população brasileira e a do Marcos de Napoli eh perguntando se o estoicismo seria uma sugestão para momento contemporâneo que é uma uma escola da filosofia gente da filosofia antiga então fica fica aberta e aí o dado da ocitocina eu já levo vocês pro Podcast metado para ouvirem e E aí tá aberto pra gente interagir com essas questões esse negócio de estoicismo é muito legal tem um movimento que nasceu
chama Rebel wisdom que nasceu durante a pandemia e desse movimento nasceu um negócio que chama est que é uma atualização do estoicismo eu eu acredito demais que essa ideia do estoicismo de encontrar essa integridade individual que tem sismo sem excesso sem hedonismo buscando sobriedade n né que o Marco Aurélio trouxe no império romano no há 2000 anos eh então tem esse movimento chama estou depois vou ver se até se eu acho eu posto aqui porque é uma tem um um um coletivo de gente atualizando o estoicismo para lidar com os desafios contemporâneos que a gente
tá vivendo então sem dúvida a a ideia do negacionismo né Eu acho que tem tem duas coisas aqui primeiro eh quem tava com com a gente com com a complexidade tem vários várias armadilhas que a gente tem para lidar com a incompreensão com a incerteza e a nossa incapacidade de entender eh eh e não tem o menor controle sobre o que tá acontecendo né então a para mim o negacionismo e as fake News tem a ver com uma lacuna cognitiva mesmo porque eh falta cognição e compreensão de complexidade que quando você compreende complexidade você precisa
abraçar incerteza precisa transceder o certo errado precisa fazer as pazes com abrir mão de controle Então como as pessoas não têm maturidade cognitiva e emocional elas vão para uma solução fácil que não faz muito sentido mas é mais fácil achar que a Terra é plana do que eh lidar com com a biosfera porque tem essa coisa do meta problema também né porque a a mudança climática por mais que a gente agora a gente tá vendo né mas há um tempo atrás a gente não conseguia nem ver os efeitos né agora a gente tá vendo os
desastres e tá ficando mais perto mas até pouco tempo atrás a não conseguir nem ver né então [Música] Eh é é Um Desafio né Eu acho que todos nós lidamos com com o negacionismo eh Li lidamos com os embolamento e a ideia É acho que é transitar por esses por esses universos eu acho que sem se gatilhar eu acho que o grande grande desafio é é é não gatilhar e não conflitar que é inclusive uma pergunta aqui no chat mas só para emendar isso que você falou eu queria dizer que a a ideia que a
Camila teve né Eh de levar influenciadores para viver uma experiência profunda na floresta de se conectar de sentir na pele tem um potencial incrível porque hoje eles são a voz que que a maioria escuta né Camila então Eh esse Insight que você teve de fazer isso eu acho que contribui em muito porque o que a gente precisa são de vozes gritando por aí né e e e esse é um caminho né Queria que você falasse um pouco disso eu acho tem duas eu tenho duas perspectivas assim a primeira coisa que eu queria falar é que
a gente não vai resolver nenhum problema que a gente tem hoje tentando se comportar como a gente se comportou na época que a humanidade achava que o ser humano era um produto eh então toda vez que a gente e e eu não tô dizendo que a gente nega ou deixa de acessar esses conhecimentos ou que eles não tenham valor mas que toda vez que a gente se apoia num conhecimento que separava a humanidade por quem Vale alguma coisa e por quem não vale e por quem é produto eu sinto que a gente que a gente
não evolui assim eh também tem uma conversa não sei se vocês estão familiarizados com eh o termo dos tipping points ou pontos de não retorno eh e que para cada ponto de não retorno ou um sistema do nosso planeta que tá em risco por causa do nosso comportamento das nossas emissões a gente tem um social tipping point de melhora da humanidade é muito melhor uma mulher negra no Brasil em 2024 do que ser uma mulher negra no Brasil em 1824 eh só que pro Só que lá em 1800 e alguma coisa quando a gente descobriu
o carvão e começou a mover o mundo com essa com energias ruins é tão doido gente que a a ciência sabia lá atrás que carbono que que emissões de gases de efeitos que carbono era emissões de gás de efeito estufa e que era ruim lá atrás a gente já sabia que aquilo era ruim a gente sabia que ia ser ruim para todo mundo a gente não tinha essa dimensão mas a gente já sabia que era ruim as pessoas morriam com problemas respiratórios a galera que trabalhava nas máquinas eh a vapor e etc as pessoas morriam
com problemas respiratórios então a gente criou soluções contando com os tradeoffs era melhor a gente se mover e alguns poucos morrerem mas a gente evolui a fez umas escolhas ruins assim quando a gente fala de negacionismo eh eu acho que tem sempre duas abordagens né sempre dá para você abstrair e tentar buscar na onde a gente converge o meu convite Eu tenho um amigo Pedro eu não sei se você se vocês todos conhecem aquela Matriz dos espectros políticos direita esquerda Progressista conservador o Pedro fez uma proposta que eu achei maravilhosa ele disse assim e se
a gente a tirar essas quatro palavras e colocar segurança prosperidade Liberdade eh segurança prosperidade liberdade e justiça todo mundo quer essas quatro coisas todo mundo quer segurança todo mundo quer liberdade todo mundo quer Justiça todo mundo quer prosperidade Então quais são as coisas que nos unem ao invés da gente focar nas coisas que nos separam tem um desejo muito grande da gente de vencer a discussão eu gente eu fui tirei férias esse ano e eu fui pra Serra da Canastra e nossa um lugar pacato maravilhoso eu de bubuia ali nas margens do rio São Francisco
conversando com a esposa do dono da propriedade lá que eu que eu tava hospedada ela me viu fazendo o meu eu eu faço um uma um Vision board assim uma colagem com os meus propósitos por ano pro ano e tal ela me viu fazendo aquilo com incenso vela P posso conversar com essa menina aqui rapidinho rapidinho S só queria falar a o Marcelo ele ele ele vai ter que sair queria só agradecer ele fazer uma pausa no seu relato que tá sendo incrível agradecer super sua presença Marcelo dizer que é eterno convidado aqui e um
eterno mestre gratidão pela sua fala inspiradora e conheço o metado o podcast dele em todos em todos os operadores de podcasts né Tá joia obrigado não sempre que você me convidar aqui obrigado obrigada Marcelo obrigada Marcelo semana que vem é e E aí eu tava falando você tava falando dessa da história e aí pera aí qual meu Deus do céu meu thh é uma benção e esqueci o ponto que eu parei Ah desculpa desculpa eu acabei te interromper por isso mas você tava falando desse desse desse seu amigo dema da segurança é E aí quando
ele quando ele traz esse lugar de trocar essas eh entender onde a gente converge O que que a gente O que que a gente quer e aí eu tava contando da história lá das minhas férias no São Francisco E aí veio a mulher no chat board velas é ela me viu ela me viu com as minhas velas com o meu caderno fazendo a colagem e tal e veio conversar comigo e aí começou a conversar começou a conversar começou a conversar dali a pouco ela me solta assim você sabe que a gente não pode se deixar
levar por esses discursos globalistas né E aí eu falei bom ai caceta ouvi a palavra globalista a minha amiga de trás já saiu rindo assim eu falei pronto daí eu vou puar antivacina terra panismo mas eu falei assim essa Muler não pode conversar com ninguém não pode mesmo ela vira para mim e fala assim eu posso falar o que eu penso daí eu olhei para ela e disse pode ela Posso mesmo porque os meus filhos me chamam de louca daí eu falei eu vou te ouvir com coração talvez eu não compartilhe das mesmas coisas que
você pense mas eu vou te ouvir e gente de fato assim ela me trouxe todas as teorias aí eu fiquei assustada porque eu vi os grupos de WhatsApp os grupos de telegram gente viur lá embaixo né Camila gente indo pra faculdade fazendo a faculdade na ciência moderna que a gente tem para escrever uma tese para desmentir os dados da ciência que a gente tem tem pessoas investidas nesse conhecimento e aí o que eu me peguei eh pensando o seguinte no que que eu e essa pessoa nos nos afinamos Ai puxa quando a gente é muito
apaixonado por um tópico a gente vai até o final para descobrir mesmo que eu pense completamente o oposto sobre o mesmo tópico dá sempre para encontrar um ponto de afeto nas nossas relações se você não tá disposto disposta a ouvir com coração mesmo que seja para você não concordar com aquilo não fica na conversa o negacionista climático também vai tentar vencer no argumento e muitas vezes essas pessoas têm mais argumento do que do que o a galera que se diz pro tipo entender de de mudanças climáticas porque a verdade é que quando a gente acredita
numa coisa que é senso comum a gente tem uma tendência a não estudar não se aprofundar a tipo ficar no Raso a reproduzir o discurso de outras pessoas e quando alguém tá num lugar de oposição essa pessoa se se especializa um negócio assim sabe então a não ser que você e e de novo toda vez que alguém tem uma crença sobre algo a única coisa que vai mudar a crença daquela pessoa é muito afeto qualquer nenhum argumento vai mudar eu tenho aprendido isso assim tipo a receita paraa mudança de uma crença profunda estabelecida É o
afeto e a experiência pessoal tipo na argumentação infelizmente a gente não vence tem pessoas que que acompanham uma tendência quando elas recebem um dado mas se elas não conseguem pessoalmente apurar aquele dado elas não vão para aquilo não a toa eu tenho falado assim tipo a Creators nasce desse lugar falar dos dados sobre clima se eu falar para vocês que só esse ano nas queimadas que a gente teve na Amazônia e no Pantanal 52 o equivalente a 52 cidades de São Paulo queimaram quantos de vocês são capazes de imaginar o que são 52 cidades de
São Paulo em linha reta tipo é impossível a nossa mente não consegue eh vislumbrar Essa ordem de grandeza mas ao mesmo tempo você pensa se queimou 52 cidades de São Paulo e ainda tem Floresta para caramba ah tem coisa para queimar a a nossa cabeça a quando a gente simplifica fica demais esse lugar da dessa dessa complexidade eh é difícil é tipo a overs simplificação assim das coisas perde o contexto da ciência perde a até a própria objetividade da coisa então não dá pra gente simplificar ess esses esses assuntos o que dá é pra gente
escolher as nossas batalhas especialmente diante do negacionismo no momento como o que tá hoje eu fico pensando assim um não coloca sobre você a responsabilidade de resolver a crise climática eu falo pras pessoas que eu quero mudar o mundo uma conversa por vez porque não é o mundo inteiro é o meu mundo e o mundo daquela pessoa que eu tô interagindo naquele momento se um pensamento novo entra e encontra uma terra fértil e fica já é uma transformação imensa não tô dizendo que tipo e de novo a responsabilização do indivíduo pela crise é um projeto
da indústria de combustíveis fósseis é um projeto da indústria de marketing para fazer as companhias como Shell exom Mobil Petrobras e o caralha 4 continuarem e produzindo petróleo é melhor para elas que a gente se sinta responsável pela crise climática quando eles são os grandes responsáveis é melhor para Mach da vida que a gente se sinta péssimo pela Fast Fashion que a gente usa mas eles vão continuar produzindo com materiais que vão ficar para sempre no meio ambiente quando a responsabilidade de produzir melhor é deles e não nossa óbvio que a gente tem a nossa
parcela quando a gente consome porque colocar o nosso dinheiro em alguma coisa é um ato político mas se você tá ouvindo essa mensagem aqui se você tá ouvindo essa conversa aqui eu Suponho que você tá anos luz em em elevação da Consciência em relação a muita gente na sociedade então você tem condições de fazer escolhas melhores de escolher não associar o seu dinheiro não investir o seu dinheiro naquilo que faz mal pro meio ambiente pras políticas públicas para outras pessoas então eu acho mas a gente não é completamente responsável por isso eu falo pros pessoas
eu reduzi o meu consumo de carne mas tipo a responsabilidade de usar 17.000 L para produzir 1 kg de carne é da pecuária e não minha né tipo eles que tinham que deixar de fazer a pecuária em cima desse jeito precisando de tanta água tipo assim é eu acho que é muito nesse lugar assim da gente dá pra gente enxergar as coisas como elas são não é pra gente relaxar e tipo ah Viva vou viver a vida como se o mundo nunca fosse acabar não é isso o mundo tá em um certo colapso mas eu
gosto de eu eu adquiri um novo termo né eu falava pras pessoas que eu era pessimista Realista e aí eu conheci esse ano aa ees que foi a mulher que negociou o acordo de Paris que enfim faz lá aquele rolê do 1.5 gra né de manter a temperatura abaixo de dois da de temperatura média da Terra em menos de 2 graus etc ela foi a mulher que articulou as os 193 países da ONU membros naquele momento pro acordo de Paris e ela fundou um movimento que chama otimismo teimoso daí eu falei cara é isso eu
não eu não tenho um otimismo quando a assunto são mudanças climáticas mas eu vou ser teimosa em buscar todas as possibilidades para resolver esse problema e aí eu acho que tem uma e eu adicionei eu falei cara tem um otimismo baseado na ciência porque a ciência tá dizendo pra gente que ainda dá tempo que ainda tem boas práticas que a gente pode fazer que as indústrias podem aderir que a gente pode tomar decisões como gestores de políticas públicas como a gente pode melhorar enquanto sociedade então enquanto a ciência fala para mim que a gente ainda
tem tempo eu vou ser otimista teimosa e eu acho que a gente especialmente vocês educadores tem esse papel né quando a gente olha para uma criança e a gente insiste nela a gente olha para um adolescente e a gente insiste a gente persiste com aquela pessoa é porque a gente tá vendo mais do que aquela pessoa tá vendo sobre ela mesma então que a gente possa continuar sendo otimistas teimosos e teimosas para fazer com que a educação seja a porta de saída da crise climática porque é na Educação Básica que a gente vai deixar de
formar ou vai deixar de formar negacionistas né gente Tipo quem não teve educação acaba suscetível a receber essas mensagens e ficar cravados nelas então acho que é isso muito muito obrigada por me receberem aqui Camila seremos todos otimistas teimosos a partir de agora Adorei esse termo eu tenho eu tenho um outro termo que vem da música Coração Civil do Milton Nascimento não sei se vocês conhecem que é o hino da pedagogia paraa Liberdade né que é fazer o meu sonho teimoso se realizar ele tem essa frase o Milton né e agora vai ser essa que
você falou também vai se juntar é bom demais isso E é isso que maravilhoso que dá uma aquecida nos nossos corações a Mônica queria trazer trazer um ponto importante para nós que estamos nas escolas né que estamos na frente dos educadores e depois eu queria passar pra ta também que eu acho que ela respalda tudo isso que a Camila falou no sentido de a gente praticar pra gente dar conta de tudo isso né Camila é a gente praticar esse autocuidado e fazer isso ser possível Mônica Traz esse ponto perfeito muito bom gente eh uma coisa
que motivou muito a criação desse seminário né são os dois projetos de lei em relação à educação climática que estão como como proposta eh eles alteram ali né a LDB a lei de diretrizes e bases para incluir a educação climática como base da educação escolar E aí a proposta é que venha nos anos finais do fundamental e no ensino médio ontem na fala do professor Marcos Sorrentino né Eh e ele sempre consegue criar esse equilíbrio entre a visão crítica e a poética né e a otimista mostrando aquilo que tá acontecendo ele deixou bem Evidente o
quanto a gente já tem um respaldo político né que é a educação ambiental que ela é proposta como transversal mas a gente sabe os desafios que tem para colocar isso em prática no no currículo então eh numa visão de natureza que é o que a gente compartilha na pedagogia paraa liberdade que essa eh essa concepção de que a natureza detém sabedoria e por isso ela ensina né E até lá no início aqui do nosso encontro não vou lembrar mais o nome da pessoa desculpa mas ela até colocou lá no nos comentários Ah vocês estão falando
da natureza como se ela tivesse lá fora né Nós também somos natureza e uma coisa que a gente explora muito durante a nos a nossa pós-graduação natureza Educadora é uma Perspectiva Integral de natureza então sim a natureza tá lá fora as árvores os pássaros as bactérias eh as águas e ela também sou eu eu sou natureza né então a gente fala dessa natureza interna e da natureza externa então Eh nesse sentido a gente entende que é fundamental eh criar estratégias pra gente fazer esse movimento de uma transformação de concepção sobre natureza principalmente em relação à
sociedade hegemônica nesse sentido a gente tem muito que aprender Honrar eh com os povos originários os povos de matriz africana as comunidades tradicionais porque eles têm isso já assim totalmente dentro da sua das suas cosmologias da sua forma de ser e habitar E aí aí eh nesse sentido a gente dá as mãos paraa educação ambiental no intuito de que a construção desse significado ela deve ser transversal dentro do currículo Entretanto a gente não vai perder a oportunidade de uma PL da educação climática se estão nos dando 50 minutos por semana nós vamos usar só que
a gente não vai usar e aí eu acho que entra um pouco da da rebeldia que é saudável que a gente não vai usar esse momento simplesmente para informar a Camila já deixou aqui bem evidente que acessar esses dados e são de magnitudes tão amplas que a gente não consegue se vincular com aquilo em termos concretos então sim nós temos que saber das informações né E aproveito A Dani falou ontem mas tá aqui no no canal da pedagogia paraa liberdade a aula que a gente teve com Professor Carlos Nobre que é é um dos convidados
especiais na nossa na nossa pós-graduação as duas As duas aulas as duas aulas as duas aulas estão lá estão em site parece que a gente viajou no tempo é e é e assim e é muito atual né Apesar tem tem um tem três anos já né e e continua super atual então a gente quer sim informar a gente quer sim estar por dentro desses dados isso é importante agora eh o nosso compromisso é olhar para essa inteligência ecológica esse desenvolvimento dessa inteligência ecológica comprometidas com uma mudança de significado então deixar de ser o povo da
mercadoria que o David copena tanto fala sobre nós para entender essa perspectiva de uma natureza integral de uma natureza que detém sabedoria e a construção desse significado tá de mãos dadas com o desenvolvimento da nossa inteligência emocional por isso que eu faço questão também de sempre trazer a Tati aqui porque ela tá mergulhada nisso e assim é um pulo a gente conseguir desenvolver eh um currículo que passe sobre isso para que aquelas práticas que nós enquanto educadoras e educadores estamos praticando a gente vai ganhando tanta afinidade com isso que a gente promove esses exercícios eh
junto com os nossos alunos na sala de aula sem ter que ter nem nenhuma mudança estrutural nenhuma absolutamente nenhuma então gente eh que essa conversa aqui possa nos inspirar né agora eu acho que é # otimismo teimoso aí para nós que a gente possa se regular n otimismo teimoso então eh acho que só aqui pra gente se encaminhar aqui pro fechamento eh a agradecer mais uma vez Camila por ter vindo e deixar registrado aí o agradecimento ao Marcelo também agradecer em nome da Dani e de toda a equipe da PPL esse canal aberto né que
que a gente tem e um enfim eu me sinto em casa mesmo aqui eu tô desde a primeira turma da pedagogia é um lugar que me nutre nutre muito a minha alma is 10 anos Mônica 10 anos 10 anos e ano que vem eu 20 anos de trajetória de educação e natureza então Estamos ficando velhos cabelinho Branco tão aparecendo né E tem muito o que caminhar tem muita coisa que a gente já conseguiu assim eh então Relembrando aí que foi dito ontem né o prêmio do criativos da escola eh a gente vai compartilhar mais pela
pedagogia paraa Liberdade o prêmio que o Instituto Alana tá oferecendo E aí eh passar para você Tati eh só pr pra gente fechar contar pro pessoal da nossa na a escola que você tem desenvolvido aí com tanto tanta edificação carinho e beleza e aí a gente devolve pra Dani Ah é isso tem escola não tá na tem no Instagram tem o site E aí a gente tem cursos né desses programas a gente pode fazer grupos fechados específicos ou em comunidades individual em diversos formatos a gente faz então fica aí o convite Se alguém quiser continuar
conversando tiver ideias de onde a gente possa levar eh É sempre um prazer eu bom eu tô agora todo mundo precisando ta tá todo mundo precisando né é o grande objetivo dele né de toda essa turma ele falou assim a gente eh Há 100 anos atrás não era um hábito a gente escovar os dentes né e e hoje virou um hábito então olhar pra nossa mente olhar pro nosso mundo interno a gente né faz votos de que isso seja um hábito também porque é de onde começa tudo né E então vamos lá som aí eu
queria queria queria pegar a fala de vocês Camila você quer falar alguma coisa você Você levantou não queria pegar a fala de vocês dizer assim como foi lindo Esse seminário né como foi potente eu sei que a gente trouxe muita gente em dois dias foram muitas informações mas é esse o mundo que a gente vive né é esse mundo que que a gente tá vivendo em 2024 ontem foi aquela porrada de informação um monte de coisa pra gente pensar refletir hoje vários pontos de vistas que se conectam eh eu acho que numa esperança e nesse
otimismo teimoso que vai ficar aqui pra gente né e eu queria dizer um pouquinho para quem ainda não conhece a pedagogia para Liberdade né que a gente é um coletivo que tá construindo uma educação brasileira né E quando a gente fala em educação brasileira a gente tá levando em consideração toda a biodiversidade a a natureza como mestra que é Um fundamento básico daquilo que a gente faz eh a cultura popular brasileira que ensina muito pra gente eh da nossa ancestralidade da nossa matriz cultural a uma educação antirracista que é a base também do nosso curr
a gente tem inclusive uma pós-graduação de educação étnico racial incrível eh e eu queria convidar vocês a conhecerem o nosso projeto de formação de professores de licenciatura em pedagogia que aborda todos esses temas então a gente tá construindo um um modelo de educação faz 10 fazem 10 anos que a gente tá nessa jornada onde a gente subverte né a gente traz pro currículo aquilo que seria extracurricular que hoje em dia é tão necessário é fundamental é durante né E tem essa pós--graduação da natureza como mestra maravilhosa da Mônica natureza Educadora que leva a gente por
meio da natureza literalmente e faz com que a gente realmente eh consiga se sensibilizar com tudo isso e cria ferramentais também para que a gente possa atuar agir e transformar nesse mundo que precisa tanto a Camila teve que sair queria deixar aqui registrado como enaltecer a presença dela delí até ela aqui né e queria te agradecer Mônica por mobilizar toda essa galera eu acho que a gente tá numa parceria linda que a gente não se solta nunca mais porque a gente tá na mesma tribo né Unidas no mesmo propósito de transformar positivamente de impactar positivamente
a educação brasileira botar essas crianças com o pezinho na terra a Tati eh quando contou a história da da da da toca né do projeto que ela desenvolveu era uma grande Grand ilustração de como foi como é possível levar as crianças pr pra terra pra Floresta fazer uma escola que tem agrofloresta no seu currículo vou te convidar um dia Tati para você vir contar Da onde veio tudo isso que eu acho que isso já inspira muitos dos nossos alunos muitos dos coletivos que a gente atua e vai ser muito bonito ouvir isso em primeira pessoa
da pessoa que desenvolveu isso então você já tá convidada a contar a história dessa escola que você fez né que que inspira tanta gente me inspira inspira tantos projetos Então aqui tem gente que faz viu gente a tatia é uma dessas pessoas que faz que fez uma escola diferente nesse Brasil né E impactou tantas outras que continua sendo impactada até hoje eu não sei se você sabe mas você tá impactando um monte me inspirando né e é isso queria muito agradecer Mônica Tati Marcelo Camila toda a galera que teve aqui ontem com a gente a
Ana Paula que tá aqui no backstage fazendo Toda a manutenção dessa Live e vocês que estão aqui no chat Queria convidar vocês a curtirem essa Live para que ela tenha uma projeção porque o algoritmo funciona desse jeito então se vocês estão assistindo curtam deem um joinha lá se inscrevam no nosso canal compartilhem com quem vocês puderem compartilhar pra gente poder amplificar essa discussão que é tão importante tão pertinente pra gente tentar ter menos negacionistas climáticos nesse mundo e mais gente atuando na educação e transformando aquilo que precisa ser transformado e eu acho que a gente
termina otimist teimosos eh com fé de que tem tanta gente aqui né E tem tanta gente como o Rodrigo disse ontem né a gente tem que dar visibilidade pras coisas boas né apesar do mundo tá colapsando nesse lugar tem muita gente boa fazendo querendo fazer discutindo se engajando e eu acho que isso tem uma força extraordinária tem uma força extraordinária a gente tá aqui fazendo isso então vamos nos reconhecer e nos unir é isso gente muito obrigada pela presença no seminário um beijo no coração de vocês e é isso vamos ser teimoso otimist um beijo
galera obrigada obrigada l