Figura Bíblica e os efeitos da Verdadeira Devoção (parte II) - Pe. Jacinto Oliveira, FSM

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Nessa aula, o padre Jacinto Oliveira, FSM aborda sobre os capítulos VI e VII do Tratado da Verdade D...
Video Transcript:
[Música] Christus, Christus, vna chrus, krus. [Música] Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. São Luís Maria Grignon de Monfort, rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Então, vocês estão vendo aí na tela. Eu gosto
das imagens, né? Elas funcionam aqui como uma composição de lugar; pelo menos nas minhas aulas, eu procuro fazer um pouco assim, para eu também ter o pensamento... A gente tem um norte como composição de lugar, né? E que contém os elementos da nossa graça a pedir, né? Sobre os maravilhosos efeitos desta devoção em uma alma que é fiel. A gente precisa, de fato, procurar praticar. Não quer dizer que a gente vai fazer tudo com perfeição, mas, de fato, ter esse espírito, né? Que nós vimos por Nossa Senhora, nesse alto patamar que não somos nós que
estamos pondo. A Igreja é PIS, mas mais até do que a Igreja, o próprio Deus a pôs aí, né? Por isso está o mistério da Encarnação, a Anunciação, em que Nossa Senhora se torna a Mãe de Deus. E nós vamos ver depois, no final, a importância muito grande que esse fato tem. Tem muitas coisas importantes para se concluir, né, a partir do Mistério da Encarnação. E também estão vendo aí Isaac cego, né? E Jacó, filho de Isaac e de Rebeca, servindo o guisado que ele preparou ao pai, revestido lá com as vestes de Esaú. Mas
ele está aqui secundado, ou seja, guiado por Rebeca. Como São Luís faz uma aplicação e volta a alguns elementos, eu não vou explicar isso, porque seria o tema anterior, mas só aludir a alguns elementos. Recordar do evento, né, da Sagrada Escritura, desse fato do livro do Gênesis, em que Isaac já estava velho e cego. Ele tinha tido dois filhos de Rebeca: Esaú e Jacó. Eles eram gêmeos, mas Esaú tinha nascido primeiro, tinha saído da mãe primeiro. Então, ele tinha herdado, né, assumido os direitos da primogenitura. O filho primogênito, nesse contexto hebraico e enfim judaico, melhor
dizendo, tinha muitas prerrogativas, muitas vantagens, e especialmente uma bênção que o pai dava, né, antes da morte, e tornava a vida da pessoa muito abençoada. Como vocês sabem, Esaú representa os réprobos, os mundanos; ele vivia sempre fora, os hábitos dele. São Luís vai tecer muito bem, não veio ao caso aqui agora eu voltar a tudo isso. Ele era a figura dos rogos, ou seja, das pessoas que se condenam pelo desprezo que elas acabam tendo pelas coisas do céu, pela dissipação. É propriamente o mundano, o mundano que fica imerso nas coisas do mundo. Essa tentação de
todo católico fica ali no meio termo: não muito fervoroso, mas também não muito longe das coisas do mundo, está um pouco em conexão e se divertindo também como as pessoas do mundo se divertem. Essa é uma grande tentação que todos nós temos, né? Mas, enfim, Esaú representa isso. Jacó não; a pessoa que está em casa, que vive, não. É o contrário: a pessoa que vive em casa, que se sente mais recolhida e fica sempre próxima à sua mãe, para receber os conselhos que ela tem a dar. Bom, a história vai se desenrolando; a gente vai
conhecendo cada vez mais os aspectos, até que Esaú vai chegar a vender seu direito à primogenitura ao seu irmão Jacó. E ele chega lá onde ele está com fome, e claro, por uma necessidade física, animal, ele vai acabar trocando uma coisa espiritual de grande valor. Ele vê o prato de lentilhas e fala: "Eu te dou minha primogenitura por esse prato de lentilhas." E Deus escutando. Aí, Jacó foi lá, enganou o pai, né? E Deus escutando a venda da primogenitura. E o outro que tinha se tornado indigno da bênção. Porque as coisas não são assim também;
a gente não é só primogênito e faz tudo que quer e na hora dá tudo certo para mim porque eu sou primogênito. Não, não é assim as coisas de Deus. Nada é assim. Tudo para nós: podemos ter uma boa família, bons pais, as coisas estão bem encaminhadas, mas se eu não agir bem, eu vou me perder, apesar de papai e mamãe. E o contrário, às vezes, papai e mamãe não são tão bons, mas se eu corresponder à graça, eu posso me salvar. Então, a cada um, aquilo que lhe compete, né? E Deus escutando o comércio
da primogenitura, e Deus também aceitou a venda. Esaú vai, no final, chorar como se tivesse perdido uma coisa que era de direito, mas ele tinha vendido, ele tinha trocado. Assim também, a consagração que a gente dá para Nossa Senhora é uma coisa que Deus tem em vista, que Deus leva em conta, e grandemente espera também, né, pelo próprio mistério da Encarnação. A gente vai ver um pouco espera isso. Aí, chegam lá os finalmentes e escutam Isaac dizendo para o filho Esaú, primogênito: "Ó, vai, faz, vai lá, sai, faz uma caça, caça um animal e me
prepara um prato daquele jeito que eu gosto." Esaú cozinhava bem. Então, quem cozinha bem, portanto, na brincadeira… Não é isso, né? Essa é uma expressão comum. Esaú cozinhava bem, os padres têm fama gulosa. Eu estou falando isso para não parecer que estou falando mal só de Esaú. Mas enfim, Rebeca estava lá sempre atenta e escutou. Aí, quando Esaú sai, fala: "Ó, Jacó, vai." Lá, pega dois cabritos e traz aqui que eu vou preparar uma coisa pro seu pai e você vai, após, tô falando com as minhas palavras, tá bom? Tá muito mais bonito, muito melhor.
Então, filho, vai lá, pega dois cabritos e me traz aqui. Seu pai pediu pro Esaú fazer caçar um animal e fazer aquele guisado que ele gosta. Eu vou fazer o guisado e você vai se apresentar porque a Rebeca também devia saber da venda da primogenitura e ela vai entrar em ação sem perder tempo, né? Tudo isso é figura da ação de Nossa Senhora e Jacó vai ir, né? Uma hora ele faz aquela pergunta típica, né? O pai é judeu, Jacó também é. E aí ficou um duelo, né, de tit: todo mundo é esperto, judeu, muito
esperto. Ele foi com uma perguntinha assim pra mãe: "falou, mãe, e se o pai, ao invés de me abençoar, descobre tudo e me amaldiçoa?" Que é verdade, pai tá fazendo uma coisa séria, o filho vai lá com essa pataquada e quer roubar uma coisa espiritual do irmão. Ela falou assim: "filho, faz o que eu tô te dizendo e recaia a maldição sobre mim". Aí, bom, já melhora um pouco. Em todo caso, ele vai e vai seguir os conselhos da mãe. Vai pegar os cabritos, ela vai preparar, ela tinha lá no baú roupas de Esaú com
perfume de Esaú. Não é perfume coisa nenhuma, né? Era o cheiro de Esaú, né? Mas tudo isso é muito bonito, tem sentido espiritual. A gente tem que se desprender um pouco do que aconteceu literalmente. V passou aqui, aconteceu, mas a gente tem que ter um pouco de senso espiritual. Esta história aconteceu, do que tá dito na Sagrada Escritura, mas ela contém elementos, uma mensagem espiritual de alcance praticamente ilimitado. Um pouquinho, mas em todo caso. Então, por que que eu tô dizendo isso? Ao fazer meditação, ao rezar, o que depois tudo isso pra gente, no fundo,
preparar pra gente interpretar a própria vida, fazer uma exegese dos próprios acontecimentos da nossa vida, né? Ele é uma coisa fazendo. Já tá vendo que não vai ficar tão curto, né? Brincadeira, mas é uma coisa extremamente interessante. Então, esquecer. Eu falo quem sabe não esqueça, mas que Santo Gregório fala a respeito disso, né, do sentido literal e das coisas na Sagrada Escritura. E isso com os fatos que a gente tem que fazer, esta leitura ou decifragem ou decodificação. Ela é como as águas foram postas nas talhas. São água. Elas existem, mas a gente deve aprender
a tirar o sentido espiritual e aí que a gente faz delas vinho. Tudo bem, todo mundo domina o milagre das bodas de Caná, né? Nosso Senhor fez da água vinho. Então, a gente deve aprender a fazer isto. Aqui nós estamos fazendo devagarinho. Nós estamos vendo a água, parece até que tem enganação. Não, não. A gente não deve se prender. Isso é uma coisa que foi aprovada, que deu certo. Isaac fez uma coisa, tem aprovação de Deus, porque no fundo mostra que a providência de Deus guia as coisas. A pessoa vai agindo mal e parece que
mesmo assim ela vai se dar bem. Ela enganou, ela trapaceou e vai se dar bem. Ela não vai se dar bem. A gente também não deseja que ela se dê mal. Deus tomara que ela se converta, né? Mas Deus vai guiando as coisas para mostrar que a gente não precisa ter preocupação. As coisas parecem que vão pra um lado que não tem mais jeito, de repente, as coisas mudam. Pra gente desejar o castigo de ninguém, mas saber que, se por exemplo, para nós, está acontecendo o mal ou coisas difíceis, Deus pode num piscar de olhos
fazer da água virar vinho. E no céu vai ser assim se nós nos salvarmos. Se a gente não conseguir fazer porque a gente vai conseguir. Deus é muito bom. A gente faz essa, a gente tem essa doçura ou esse sabor das coisas reais feitas num vinho espiritual, entendendo as coisas de Deus. A gente entendeu aqui, mas ainda que não descesse, bastaria um segundo do céu. Um segundo do céu a gente poderia ver tudo e tudo viraria vinho. Agora entendi! É que nem Dom Bosco, que teve muito vinho durante a vida, mas ele contava, tive um
sonho, tal coisa, aquela outra. Ele contava, claro que ele acreditava e se guiava por aquelas coisas, mas Nossa Senhora tinha dito pra ele que a seu tempo ele tudo entenderia e ele vai entender tudo de uma vez só na missa que ele celebrou, a primeira missa que ele celebrou na Basílica que ele fez pro Sagrado Coração em Roma, em que ele vai celebrar a missa inaugural no altar de Nossa Senhora, foi interrompida, não sei, 20 vezes. Lá, parou de rezar a missa pra chorar porque não aguentava prosseguir. Mas ele fala: "agora entendi tudo!". Né? Deus
pode fazer isso! Então, aqui, fazer da água vinho. Então, escaparam um pouco. Não é que a gente vai inventar, né? Sem regras, não é isso. Não é um convite ao livre exame, livre imaginação, livre sonho. Não é nada disso, né? Mas aprender como é que se faz. Claro, eu tô fazendo aqui, mas eu já fiz a leitura dos Santos Padres, não só desse trecho, de outros, e a gente vai vendo que há certos elementos que eles vão interpretando do mesmo modo. E a gente vai aprendendo também a fazer uma aplicação. E é isso que a
gente deve fazer pra nossa vida também. Bom, então, Rebeca tem lá as roupas, reveste Jacó com as roupas de Esaú. Ele vai ficar com o mesmo odor de Esaú e pega as peles lá do cabrito e põe, reveste as partes dele. Fala, mãe! Mas se mermão é peludo, eu não sou. Ela já tinha pensado tudo; ela vai amarrar lá as peles nele, no pescoço e nos braços, e pronto. Ele faz a caça, né? De cabrito, ela pega animal de caça, né? Ela pega lá o boi do pasto e o sei lá o quê, e fala
que é javali selvagem. E faz lá, mas ela faz bem. E ele vai lá, se apresenta, tem a conversa, o sal, alimento. Depois, eu acho que vai aparecer. Eu vou só remembrar isso aqui. Ah, ele vai e conversa com o pai. O pai, claro, que distinguia as vozes dos dois, ele fala: "És tu, meu filho?" Essa ele fala: "Sim, pai, sou eu. É Jacó." Ele vai: "Então, se aproxima aqui para eu te dar um beijo, um ósculo, né? Um beijo." Então, ele foi, mas o Isaac queria o quê? A primeira coisa que ele faz é
o tato; põe a mão para ver se ele também sabia como eram os dois filhos. Não era a primeira vez que ele ia abraçar um dos filhos. Óbvio que ele, um cego, acaba aprendendo a se guiar por muitos outros sentidos quando perde a visão; as outras coisas se aguzam. Então, a primeira coisa é: "Os pelos estão lá", mas já fica um pouco perplexo; abraça e beija. E aí sente o cheiro de Isaú. Aí ele fala: "A dúvida dele, a voz é de Jacó, o perfume é de Isaú." Isso é para acabar com tudo. Quando a
gente fizer a consagração à Nossa Senhora, a voz vai ser nossa, mas o perfume de Cristo. E melhor ainda, melhor ainda, mais ainda, é de Nossa Senhora. Essas vestes, o comportamento, a semelhança; os nossos atos vão ser transmutados em atos de Nossa Senhora e como costuma ser de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela graça santificante. Aqui não há uma grande novidade, mas há esta particularidade que vai ser mais perfeita, porque se só ser batizado fizesse todos os nossos atos já semelhantes ao de Cristo, e pronto, nós nos salvaríamos. Mas existe uma medida subjetiva, alguma coisa que
a gente faz em estado de graça, mas que faz a gente parecer mais ou menos com Nosso Senhor Jesus Cristo. Entre São José e São Bento, quem parece mais com Jesus Cristo? São José, mais santo que São Bento, porque alguma coisa que a gente faz dá maior mérito. Por isso, o céu tem desigualdade. Tudo bem isso aqui. Então, a devoção a Nossa Senhora, ela vai entrar no quê? Nesse algo acidental que seria pessoal nosso, que leva, pela graça santificante, todo mundo a fazer atos divinos em união com Deus, embeleza, engrandece seus atos. Mas existe alguma
coisa subjetiva que é do nosso empenho. E é nesse pouco subjetivo, que é imperfeito, que a gente faz, que essa devoção atua e faz ele ficar enorme. Nossa Senhora assume como dela. E mais ainda, particularmente, Nosso Senhor assume os nossos atos se são apresentados por Nossa Senhora. Deu para entender o que tem de diferente de quem não pratica essa devoção? Isso não vai acontecer. Vão acontecer os méritos da pessoa, os efeitos previstos, enfim, da graça santificante; a pessoa pode se tornar santa também. Muito mais difícil, não quer dizer que não consegue, mas muito mais difícil.
E talvez com menos êxito do que os que se entregam a Nossa Senhora. Tudo bem, dá para ver um pouco onde é que a devoção atua na nossa vida espiritual. É nisso aí, naquilo que seria pessoal, começa a ser mais pessoal e tomado por Nossa Senhora. Mas Nossa Senhora também começa a, na nossa alma, pra gente começar a querer as coisas como ela queria, a aceitar as coisas como ela aceitava, a recusar como ela recusava. Entende? O que que é? Vai havendo uma assimilação e uma absorção, mas sem destruição da nossa personalidade. Ela continua sendo
nossa personalidade. Enfim, naquilo que ela tem de bom, uma coisa boa, específica e única que Deus criou. Cada alma é única. Isso Deus preza. Nós devemos ser o que nós somos, mas se eu puser fogo no concreto, é concreto que pegou fogo. Se eu puser fogo em rocha de um certo tipo, é aquela rocha que pegou fogo. Elas vão ter, na hora, vai ficar tudo meio parecido como o fogo, mas cada coisa é específica. Ou chega ou pega fogo numa certa temperatura. Tem coisas que para pegar fogo tem que estar muito, muito quente, muito quente.
Esses são os santos que estão extremamente quentes, né? Então, a devoção a Nossa Senhora nos leva a esse encandeamento especial. O encantamento usando metáforas, tá vendo? Linguagem cifrada, codificada, para falar disso. Então, ela reveste Rebeca, reveste o filho. Assim, isso significa o que Nossa Senhora faz conosco. O pai vai dizer: "Filho, como encontraste tão de pressa?" Que eu te pedi, porque ele também achou esquisito isso. Ele falou: "Foi Deus que me fez encontrar logo o que tu desejavas." Na verdade, é Nossa Senhora que, aquilo que se faz no mundo com muita dificuldade, ela faz a
gente fazer logo. E veja bem aqui que aquilo que eu fui interpretar, né? Esaú é o filho primogênito. O primogênito de Deus é o Verbo, é Jesus Cristo. O que quer dizer isso? Que Esaú sabe fazer obras ao gosto de um Deus. O que quer dizer isso? Por exemplo, a redenção, obras de mérito infinito que agradam a um Deus infinito. Esaú é Cristo que sabe fazer para Isaac, Deus Pai, obras perfeitíssimas. Agora veja aqui: quem é que fez de uma coisa inferior um prato superior? Rebeca, ou seja, Nossa Senhora, sabe também com elementos imperfeitos fazer
a mesma coisa que Esaú sabia fazer. Nossa Senhora sabe, de algum modo. Detém uma mesma arte que Cristo, é o que está dito aqui no fato, no evento bíblico. Nossa Senhora tem, por graça de Deus, as mesmas habilidades, o que para nós é muito bom, porque exatamente o que nós temos aqui não é carne de caça; nós temos uma carne de cabrito ou coisa pior para entregar para Nossa Senhora fazer algo agradável a Deus. Mas ela sabe, por certos elementos, que transformam aquela coisa inferior em algo muito superior. Tudo bem com isso aqui? Então, feita
essa rememoração, vamos agora para o tema aqui. Então, isso aqui, 203; esses números que aparecem são os números do tratado. Eu coloquei aqui a foto das Bodas de Caná porque exatamente é uma das ocasiões em que isso que São Luís fala se dá. Nossa Senhora espreita, fica em vigilância como Rebeca, né? Ela vigia as ocasiões favoráveis para lhes fazer bem, para os engrandecer e enriquecer. Este é um dos efeitos. Como assim, Padre? Tem uma frase na Escritura que eu não pus aqui, mas que eu gosto de repetir; está lá no Livro dos Provérbios, que é
a sabedoria que diz: "Ego diligentes me diliget." Eu amo os que me amam. A gente pode ir trocando aqui; eu prefiro os que me preferem. Então, quem faz a consagração, Nossa Senhora começa a vigiar mais para se alguma ocasião de engrandecer e favorecer um dos seus devotos. Mas ela é mãe de todos, mas ela vai favorecer mais do que a outros. Claro, um filho que está em casa, uma criança que vai lá toda hora, abraça a mãe, a mãe vai e beija, e o outro fica fora; ele não veio para casa. A mãe gosta dos
dois, mas o outro que está toda hora ali vai acabar recebendo mais carinho, certo? Assim é também na devoção com o Nosso Senhor. Ó, quem está ali mais perto vai receber mais. Então, para fazer bem, para engrandecer, exemplo: as Bodas de Caná. Aqueles servos que estavam lá, que Nossa Senhora vai falar com eles, porque ela podia depois intermediar ela mesma; não, mas ela vai colocá-los em contato diretamente com Nosso Senhor, porque ela queria também que os servos ali vissem o milagre. Ela queria também isso; ela queria que os discípulos vissem, mas ela queria que os
empregados também vissem, porque ela devia ser amiga ou eles deviam ser amigos dela. Então, Nossa Senhora fica ali. Mesmo que a gente seja pequenininho, se a gente só souber e tiver inteligência só para colocar água num tacho, já Nossa Senhora vai dar um jeito da gente fazer uma coisa grande para os engrandecer e enriquecer. Ela os favorece com bons conselhos, né? Como Rebeca: "Meu filho, segue os meus conselhos; fica tranquilo." E existem ocasiões mais delicadas na vida, a eleição de um estado, se eu caso, se fico religioso, ou se fico feliz para sempre, né? A
pessoa reza para Nossa Senhora e fala: "Puxa, se eu não estiver fazendo a vontade de Deus..." dá sempre o medo, né? Se eu estiver errando, aí o pessoal está pensando em casar; aí você chega na sacristia, o padre fala: "Ô, por que que você vai ser padre, menino?" A pessoa já começa a falar: "Ih, tá vendo, tô escolhendo errado." Então, o padre não deve dizer nunca isso para ninguém, em nenhum lugar, porque a pessoa às vezes está esperando um sinal, né? Mas, enfim, ela os favorece com seus bons conselhos. Tem Nossa Senhora, o Bom Conselho,
que de fato favorece com um bom conselho: "Segue meus conselhos e vai dar tudo certo." Mesmo que tenham momentos difíceis, né? Coisas que a gente não entende tão bem como se fará a vontade de Deus, mas basta que a gente confie nela. E, claro, a própria devoção a Nossa Senhora vai aguçar a nossa confiança, né? A gente vai ficando mais próximo, mais... você poderia dizer amigo ou devoto, né? Eu falei que o fim da devoção a Nossa Senhora é a semelhança com ela, como o fim de toda a devoção; a gente deve procurar se aproximar
pela imitação possível que a gente conseguir dos Santos, mas começa na admiração e, por fim, em alguma imitação. Essa é a verdadeira devoção que leva, então, à semelhança das partes. Bom, então, conforme a devoção vai sendo praticada, a pessoa vai penetrando, digamos, no poder de Nossa Senhora. Enfim, a Senhora vai pondo também os livros certos no caminho dela. Ela vai cada vez vendo que mais é grande o poder de Nossa Senhora. Ela vai ter uma confiança total, então mais ela vai se entregando, apesar de reveses, né? Bom, e entre outros conselhos, inspirações, o de lhe
trazerem dois cabritos. Isto é, há uma interpretação: o corpo e a alma. Os dois cabritos que Jacó trouxe, que Nossa Senhora pediu, representam o nosso corpo e a nossa alma. Mais do que isso, até os nossos bens temporais: dinheiro, casa, filhos. "Jó não teve que entregar a esposa?" Aí, padre, foi uma vantagem, né? Falou: "Padre, a sogra também foi?" Não, essa ficou, porque é brincadeira. E Jó teve que entregar a esposa, mas ela não morreu; ela perdeu a confiança nele. Entende? Ele teve que entregar, né? Bom, Jó entregou os bens físicos; tinha muitos camelos, mas
depois vai entregar algo mais precioso. Vêm três sábios conversarem com ele e eles falam: "Você está assim porque pecou e não admite, você é orgulhoso." Então, o prestígio de Jó, era pagão. E Jó, todo dia à tarde, dava aula na varanda da casa dele e as pessoas vinham para escutar, porque ele falava eloquentemente e sabiamente instruía. E isso que os amigos, falsos amigos, que ele vai perder, mas ele também vai ter que... Perder o prestígio intelectual e perder a fama de santidade. Entendeu os bens corpóreos, corpo e alma, físico e espiritual? Tá bom, nossa Senhora
vai nos ajudar. Veja como a entrega o corpo, e nossa Senhora vai arrancar de nós o corpo e a alma. Ela vai conseguir! Ela vai tornar a gente desapegado de tudo. A gente vai ver depois da fé pura, mas ela vai, vai de tal maneira mostrar como Deus é tudo que a gente vai aprender a deixar todas essas coisas, como escamas. A gente vai se desapegar de todas elas. Tá tudo bem? Como é feito? Está ensinando os efeitos que vão acontecendo. Bom, nesse item aqui, ele vai dizer que a participação na fé de Maria tem
a ver com o sepulcro e a fé de Maria. Nossa Senhora, desculpe citar o texto, estava aí no sepulcro, mulheres. Ela não foi porque sabia que ia ressuscitar, certo? Então, a fé pura quer dizer pura, que fará com que não te preocupes mais com o que é sensível. A gente não vai se preocupar mais com isso. O que é puro? O que é pura? Puro é uma coisa que é simples. Essa água aqui é pura, né? Vamos dizer: tem água aqui, aquilo que eu posso constatar. Mas se eu pusesse um pó, fizesse aqui suco, já
não era mais água pura. Água pura é quando está ela mesma, está simples, separada de outros elementos. Então, ela vai purificando a nossa fé de necessidades sensíveis. Eu tô querendo sempre ver um milagrinho aqui, um sinalzinho ali, e outra coisinha aqui: será que é para ter mais esse filho aqui? Puxa, Deus podia fazer algum milagre, né? Santa Teresinha podia dar uma rosa. Tomara que Santa Teresinha dê, mas a pessoa está ali sempre querendo um negocinho, entendeu? Os católicos de direita estão sempre querendo mais uma visão. Quer dizer que as visões que tiveram aprovadas pela Igreja,
que sejam aprovadas pela Igreja, não sejam verdadeiras, não sejam boas, não sejam um alento que Deus nos dá. Mas a gente não pode estar na avidez de coisas sensíveis. E não é verdade que tem certos movimentos na Igreja que são muito devotados à sensação, ao sentir? Repouso no espírito. Não é brasileiro essa coisa, né? Porque é repouso no espírito. O brasileiro não vai trabalhar, não descansar com as coisas, né? É deitado em berço esplêndido, no hino nacional, faz ler. É o quê, né? Bom, mas voltando aqui, então, nossa Senhora vai nos desvincular disto, porque é
assim que ela era. Deus não precisava dar prêmios a ela. Eu não tô criticando aqui nenhum sistema de educação, tá? Mas é só para ver. Santa Teresa fala uma coisa muito bonita, né? "Há um que não era no poema que ela tem: a que Céu te temer e a que Céu te amar. Se não tivesse Céu, eu te temeria; e se não tivesse Inferno, eu te temeria. Não precisa me ameaçar com nenhum castigo, eu teria por causa da majestade de Deus." E se não tivesse Céu, eu te amaria. Pronto, é a pureza! O que é
a pureza? Eu não tô preocupado com o que acontece comigo, nem de mal temor servil, nem de bem com consolações e prêmios. Eu amo a Deus porque Deus tem que ser amado por nós. Às vezes isso é meio difícil, mas que nem uma pessoa que tinha, lá, um menino. Quando era garoto, ele tinha um monte de brinquedos. Óbvio que ele tinha um monte de meninos em volta dele, quem era amigo dele. E se ele não tivesse nenhum brinquedo, é que toda pessoa rica, ou eu sabia, ficava desconfiando ali de todo mundo. Óbvio que se a
pessoa tá ali por interesse, se era amigo dele, se gostava dele, se era preocupada com ele ou queria ficar ali nas graças dele e poder jogar. Ele tinha um jogo lá de batalha naval que era, né, muito bom. Então, assim também, nossa Senhora não vai fazer a gente ficar próximo, vai, vai tirar de nós esse interesse em Deus por causa de nós. Eu quero ficar amigo de Deus, que Deus pôs de brinquedos para entender, para dividir com a gente. Não, a gente vai gostar. O que a gente quer? Que as pessoas gostem da gente pelo
que a gente tem ou pelo que a gente é? Pelo que a gente é, e a gente gosta mais ainda de uma pessoa que conhece os nossos defeitos, mesmo assim nos estima, porque ela vê algo além dos defeitos, vê alguma coisa em nós mais profunda até do que os nossos defeitos. E ela é nosso amigo. Esse é nosso amigo que, se não tivesse medo, ele nos temeria. Enfim, não é por interesse, tudo bem? Fé pura! Uma fé que crê com a fé que nosso Senhor elogiou, né? Extraordinário! Ó, sensível, sensível às consolações, né? Algo que
eu possa tatear, tocar para ter certeza. Ai, queria um sinal para fazer a consagração. Não! O sinal tá que é inteligência sendo convencida. E extraordinário: visões e milagres. Senhor, digo, com essas palavras: "Bem-aventurados os que não viram e creram." Tudo bem? Uma fé como nosso Senhor gosta. Uma fé que nem é do centurião. Fala: "Meu servo tá doente, vou lá e curo ele." Falou: "Não, não. Você não precisa vir, não. Eu tenho servos, eu falo, faz, ele faz." O Senhor fala: "Tá aqui mesmo." Nossa! Aí nosso Senhor falou: "Não encontrei fé tão grande." Eu não
preciso, você não precisa. E eu vi o Senhor falar: "O Senhor fala daqui, eu acredito." Entendeu? Ele acreditava que o Senhor podia fazer. Precisava nosso Senhor dizer? Ele tinha percebido, né? A grandeza do nosso Senhor. Uma fé pura, então, uma fé que não precisa dessas, vamos dizer assim, muletas. Deus é muito bom, e mesmo se... Nós somos fracos. Deus nos ajuda, mas Nossa Senhora vai nos ajudar a ter uma fé que glorifique mais a Deus, que honre mais a Deus do que Deus merece prestígio. Se eu vou lá falar com um anjo, pergunto alguma coisa
para ele, me responde e fala: “Mas você jura por Deus?” Eu dou minha palavra. “Sim, mas só se você jurar por Deus.” Quer dizer, a tua palavra não vale, você jurar. Peraí! É uma fé que eu tenho nele, desonrosa, entendeu? Assim também a fé que eu tenho em Deus. Se eu não fico exigindo, sabe, uma porção de coisas, é mais honroso para Deus esse tipo de fé, que de longe crê, que sem ver, adere. Né? Tá bom. Uma fé viva e animada de caridade, que sobre essa fé pura eu falei do ano passado, né? Fiz
um comentário magnífico, mas não vou fazer agora não. E Nossa Senhora diz magnífica, anime-me, domino ela. Então era pura sua fé, e porque a sua alma estava com ela e não apegada a nenhuma criatura. Simples como essa água. Ela mesma, Nossa Senhora, não estava manchada ou apegada a nenhuma criatura, e era sua alma que engrandecia a Deus mais do que todas as coisas. Sim, Nossa Senhora nos dará uma fé como a dela, que engrandece a Deus, né? Né? Que nosso Senhor se admire, né? Uma fé viva e animada de caridade que levará a fazer tudo
unicamente movido por puro amor. Então a gente já não vai considerar se uma coisa é difícil ou fácil. Se a gente perceber que é o que Deus quer, a gente vai… só isso que nos basta. Entende como isso é vantajoso para a alma? É extremamente vantajoso. Dá uma… uma grande em que a gente não mede o sacrifício, né? Não mede o esforço, né? Para fazer aquilo de uma certa maneira, se é para Deus, né? A gente acha que tá tudo pago e tudo parece como que se ficasse fácil como é a gente fazer alguma coisa
para quem a gente ama, né? Uma fé firme e inquebrantável como um rochedos que te fará permanecer constante e firme no meio das tempestades e tormentas. Como Nossa Senhora sempre foi. Muito estável, né? A fé de Nossa Senhora nesse mundo. Agora ela não tem mais fé, mas como diz São Luís, ela tem reservada de alguma maneira para comunicar aos seus escravos, né? Aos seus servos. A fé de Nossa Senhora nesse mundo foi como a aurora. Aqui é um pensamento que eu já desenvolvi em alguns outros momentos, mas eu só lembro aqui porque me parece oportuno,
né? Firme e inquebrantável. Né? Aurora é firme, é o primeiro brilho do sol que aparece sem o sol, né? Aurora é uma coisa bonita porque começa a brilhar. Ela, ela que cancela, digamos assim, põe fim ao limite às trevas. Quando tá surgindo, ora, a noite já acabou e vai começar a ser dia, né? Então ela fica ali, vigia, né? Na noite, e é fiel como constante nas adversidades. Nossa Senhora vai nos dar isso. Nos problemas, a gente não vai abandonar a fé e nem pensar que Deus nos abandonou. Como Jó, não deixou, não pensou e
como Nossa Senhora não fez assim. Ela foi, durante a Paixão, quando se fez noite no coração dos discípulos. Que quer dizer isso? Eles fugiram e desacreditaram de Nosso Senhor. São Pedro, pelo menos naqueles instantes, deixou de crer na divindade de Cristo, a negou e disse que não conhecia nem aquele homem, né? Bom, e mesmo no coração de São Pedro, mas no coração de Nossa Senhora era aurora. Era noite na história. Os homens estavam fazendo uma imensa tolice, mas Nossa Senhora estava sábia e vigilante, mantendo a sua fé. Por isso coloquei o sepulcro. Tem as santas
mulheres, mas não Nossa Senhora. Ela não foi. Ela sabia que ele não ia estar lá, que ele havia ressuscitado. Não foi cuidado dele morto porque sabia que ele estaria vivo, tá? Então ela nos dá essa fé, mas com esse matiz que foi uma coisa grandiosa, né? É esperar contra toda esperança, saber o que ninguém sabia ou podia saber, né? Uma fé ativa e penetrante como uma chave misteriosa ou gazua, né? Enfim, é um termo semelhante que te dará entrada em todos os mistérios de Jesus Cristo, que quando uma pessoa mostra adesão ao que nosso Senhor
revela, claro, nosso Senhor tende a dar mais ou fazer com que a pessoa adentre mais nos mistérios, na compreensão, né? Nos novíssimos do homem, dos novíssimos do homem, né? Na morte, considerações agudas sobre a morte, sobre o inferno, sobre o juízo, sobre o paraíso, né? E no coração do próprio Deus, que aqui, que é a coisa insondável, né? Um coração infinito, né? Nossa Senhora é a mãe do Verbo, né? Um dos títulos é a mãe da sabedoria de Deus. Por quê? Falo desse título, né? Porque em Deus estão todas as verdades que Deus quis dar
para nós conhecer por meio da criação ou do evangelho. Mas há outras muitas mais que Deus ainda não contou e que estão nele. É como se houvesse… vou dar só uma imagem, tá? Falar para dizer, é só uma imagem. É como se eu pudesse ver em Deus infinitos mundos. Esse mundo que eu vi com os peixes, com os animais, como se eu pudesse ver infinitos em Deus. Dá para entender o que são infinitas verdades, mas isso aqui é muito pálido porque há verdades que nem são espelhadas pelo mundo, que estão em Deus e que Deus
nos dará a visão e o conhecimento delas no céu, tudo bem? Esta fé de Nossa Senhora é penetrante e algo disto que está para o céu. Deus pode ou mesmo uma compreensão mais aguda de toda… Aquilo que nosso Senhor disse, né? Uma penetração direta. Se a gente pensar, por exemplo, Santo Antão entrou na igreja, o padre estava dizendo “aia”, e ele deu um trecho do evangelho: “Vai, vende tudo que tens, dá aos pobres, vem e me segue”. Ele escutou isso e falou: “É comigo.” O que ele fez? Ele voltou, ele vendeu tudo, foi serita de
uma vez. Pá! É isso que tem que ser, isso! Isso que é o bom. O mundo é nada; Deus é tudo. Eu vou fazer então essa... entende o que é? Por isso que ela fala: "F ativa é penetrante", porque entende logo e conclui logo o que deve ser feito e quer logo que deve ser querido. Tudo bem, quer? Não quer? Uma coisa assim, não é? A gente fica anos: “Eu queria ser mais humilde, eu queria mais aquilo, eu queria ter mais devoção, queria ter mais ardor”. Nossa Senhora pode nos ajudar com tudo isso! Uma fé
corajosa, né? Sem hesitações que te fará empreender e levar a cabo grandes coisas. Uma fé corajosa e sem hesitações que te fará empreender e levar a cabo grandes coisas pela causa de Deus, pela salvação das almas, né? Sei lá, vamos pensar em Santa Margarida Maria Alacoque, uma jovem e órfã, tão simples. Santa Bernadete, né? Quando perdeu a mãe, ela foi lá ajoelhar-se aos pés de Nossa Senhora e falou para Nossa Senhora: “Agora a senhora vai ser a minha mãe.” Ela não tinha mais mãe. Perdemos a nossa mãe, mas quem faz um ato como essa moça?
Nossa Senhora escutou, e Nossa Senhora depois foi visitá-la no convento, né? Entende? Fazer grandes coisas ou dizer grandes coisas a Deus, dizer coisas só a Deus, ou dizer coisas do fundo da alma para Deus, que é o que Deus quer ouvir de nós: coisas nossas e do fundo da nossa alma, de verdade. Pronto! Nossa Senhora pode nos ajudar. Uma fé corajosa, porque quem ousaria agradar o próprio Deus? Quem ousaria seguir a vocação? A gente lê os livros de vocação; todos eles desencorajam. Você fala: "Não pode ser para mim." E não é, de fato! Mas quando
Deus quer, Deus capacita. Enfim, uma fé reluzente, né? Uma fé que se destaca! Enfim, que será a tua tocha luminosa, a tua vida divina, o teu tesouro, ouro da divina sabedoria escondido. A gente, que São Luís, né? Tava nublado, né? E a tua arma onipotente, de que te servirás para iluminar os que estão nas trevas e sombras da morte. Por isso coloquei aqui, né? São João, porque esse é um trecho, né? Ele tá parafraseando a oração que São Zacarias fez no nascimento, né? Na circuncisão de São João, em que ele recebe o nome. Ele diz:
"Confirma que o nome da criança tem que ser João e não Zacarias." E pronto! E aí ele recebe a fala e vai então profetizar, vai dizer o "Benedictus," né? E aí ele diz isso: "Luz para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, para guiar os nossos caminhos." Né, São João Batista? Por que ele foi assim, essa luz? Porque ele foi santificado por Nossa Senhora, né? Foi assumido, digamos assim, por ela. Ela queria; ele seria o precursor de Nossa Senhora e de Nosso Senhor, e ela queria assumí-lo, queria colocar sobre a sua
proteção, de alguma maneira, sobre a sua influência, né? Então, ela vai até lá porque ele entende tudo, porque ele também ouviu a voz de Nossa Senhora. O que ele vai fazer? Ele vai para o deserto. Ele não vai ter nem ouvido o evangelho, porque ouvindo Nossa Senhora entende que as coisas podem se antecipar. A pessoa fica de um certo espírito, de um certo jeito. Então, ele foi para o deserto calar as vozes do mundo, renunciar a todos os amores: namoradinha, matrimônio, que é uma coisa mais séria, mas todas as vozes do mundo. Uma bela profissão,
um sacerdócio no templo; o pai dele era sacerdote, iria bem empregado, participar, porque os sacerdotes recebiam das carnes que se ofereciam. Renunciou a tudo, largou tudo, porque escutou aquela ação; para ele bastou, né? Então, uma fé corajosa que vai para o deserto, que deixa tudo. Uma fé que é corajosa, como nós não temos, né? Nós não temos a fé para fazer as coisas que temos que fazer. Quantos casais têm medo, tu vendo os casais, enfim, de ter os filhos? Eles acham que se não têm dinheiro, não é para ter filho, e tá tudo errado. Não
têm coragem, não têm coragem para acreditar. Mas Nossa Senhora faz cada um, no seu estado, ter a coragem que precisa, a coragem que honra a Deus e cada um, né? Cada um no seu estado. Nossa Senhora pode aperfeiçoar todos. Graça do puro amor, grande confiança em Deus e nela, né? Em Maria. Uma imagem aí, né? O exemplo é o Luiz de CMO, né? A mãe do amor formoso. Diz ele: “Tirará do teu coração todo escrúpulo e temor servil.” Às vezes, nós passamos por muitas fases da vida espiritual. Uma delas costuma... outros talvez não passem, passem
muito ligeiramente, mas outros passam de uma maneira tremenda e ela vira um tormento. Os santos às vezes viviam atormentados, né? Porque qualquer imperfeição que eles percebiam neles, eles se viam como verdadeiramente grandes pecadores, né? Aquilo quando eles estavam muito próximos de Deus, né? Então, qualquer coisa menos perfeita parecia enorme. Então, eles já tinham medo de ser condenados ao inferno, né? E assim foi com o Luiz CMO, que foi amigo e seminarista, né? Com o discípulo de São João Bosco no seminário. Menino santo, né? M só era alguém por quem São João Bosco tinha admiração. Eu
me lembro de quando eu tinha visto na vida de Dom Bosco... Tomar umas anotações, mas são Dom São João Bosco quando descreve como, como ele destaca lá sete virtudes. O leitor desapercebido só vê uma enumeração lá qualquer. Mas se a gente contar, são sete. Sete coisas e a gente por aí, né? Eu estava interessado em conhecer como é que é o coração de Dom Bosco. E quando a pessoa mostra admiração por alguma coisa, ela um pouco abriu a guarda do que ela pretende ser. Entende? Então, mais ou menos com esse pensamento, eu prestei atenção nisso.
Eu não me lembro nem anotei aqui, mas é só aqui para mostrar que Dom Bosco o tinha por um menino santo, por um colega virtuoso, né? Eles tinha lá várias combinações. Eles, seminaristas ainda, faziam um para o outro uma igia sobre Nossa Senhora, uma coisa de amizade. Falou: "Puxa, Deus levou como pro céu! Não ficou padre, paciente, né? Deus sabe o que faz." Mas enfim, ele, quando estava à beira da morte, foi invadido por esses escrúpulos, por esses tormentos, a ponto de ter delírios. Ele gritava, né? E na véspera dele morrer, e depois de um
grande período — não sei quanto tempo foi, estimar uma hora, um pouco mais — dele estar nesse estado que ele chegava a gritar. Ele vai ter, vai ficar calmo, vai ficar lá em paz. E aí Dom Bosco vai se aproximar, perguntar para ele o que tinha acontecido. Como eles eram muito amigos, o CMO não vai fazer segredo do que aconteceu, mas ele disse que estava tendo um sonho, uma visão, e de que a alma dele estava indo pro inferno. Ele estava caindo no inferno, né? E que ele tentava escapar, e que ele andava para escapar
desse lugar, e vinham lá uns demônios, umas figuras com aspecto monstruoso, tentando agarrá-lo. E que ele corria, ele conseguia se afastar um pouco, ele fazia o sinal da cruz. Eles, sei lá, se requebravam, se sentiam, assim, atingidos, digamos. Mas eles paravam, mas sempre eles conseguiam avançar um pouco mais, até que ele ficava desesperado porque eles começaram a chegar muito perto, né? Ele é italiano, tá? Então, com medo ele estava e falou: "Vou me pegar, vou me pegar." Até que uma hora falou: "Agora vou me pegar mesmo!" A que a hora que ele estava gritando. E
apareceram lá uns jovens de belo aspecto, que estavam formosos, vestidos, e começaram a lutar contra aquelas criaturas lá. E ele conseguiu escapar, e ele correu, italiano, para longe dali, até que ele ficou meio exausto e desmaiou, né? De cansaço. Depois que ele desmaia, aparece uma senhora a ele, né? Muito bela, né? Que transmitia muita paz. E ela fala com ele, e a primeira coisa que ela fala com ele, ele que estava exausto, ele sente as pernas, ele consegue ficar de pé. E ela vai dizer aquela frase que estava lá no meu primeiro slide, estava escrito:
"Vem comigo!" Em italiano. Falou italiano com ele. Nossa Senhora sabe italiano, crianças! Por isso que é bom estudar línguas. Vai que Nossa Senhora vem falar com você, vai falar outra língua e você não sabe. E ela fala: "Vem comigo! Vem comigo!" E ela estende a mão. Isso aqui é bem interessante, lembra das coisas a gente interpretar. Ela estende a mão, e ele dá a ela. Aqui é um pacto porque dar a mão, entregar as obras, simbolicamente falando, né? Então, ele dá a mão à Nossa Senhora e, é claro, se sente consolado, corroborado, melhor dizendo, fortalecido.
E eles vão, aí aparece uma escada enorme, mas aí ele chega perto, ele vai tentar subir, a escada tá cheia de serpentes. E quando ele vai lá, elas atacavam ele, ele ficava com medo. Mas Nossa Senhora vai e põe o pé num degrau. Aí as cobras fogem, todas vão embora. A senhora devia ser patrona das desintetizadoras! Então, também disso, são Bito. É! E aí, ele sobe naquela escada enorme. Claro, vão lá. Aí tem um lugar lindo, óbvio que é o céu, óbvio que é o céu. E essa pessoa é Nossa Senhora, óbvio também, né? E
ela vai falar uma coisa para ele, para vocês escutarem bem aqui, que é uma das coisas que são Luí pede para fazer, como manda as práticas dessa verdadeira devoção, né? Mas para saber que ela lembra que ele estava todo assustado: "Vovô, cai no inferno!" Nossa Senhora apareceu. Foi Nossa Senhora que mandou os anjos lá para impedir os demônios e deu força para ele correr até onde ele tinha que correr. E depois apareceu para fazer ele percorrer um caminho que ele sozinho não ia poder. E ela aparece, mostra lá em cima tudo aquilo que é bonito
para ele no céu. Ele fica: "Nossa, que lugar lindo!" E tal. Aí ele falou assim: "Sim, você em vida me consagrou as comunhões, era justo que eu te viesse buscar na hora da tua morte." E aí ele falou: "É a minha escada que te deve conduzir ao sumo bem." Na minha escala, ela vai falar, né, que te deve fazer chegar ao sumo bem. A escada aqui é a devoção à Nossa Senhora. Quem se consagra a Nossa Senhora pode muito bem esperar aquilo que o CMO, o Luí, como o recebeu, porque Nossa Senhora está atenta. Eles
ofereciam a comunhão em honra dela. Eu falei: "São Luiz!" E enfim, fez o que os outros santos. Acabou juntando certas práticas esparsas que outros santos já faziam. São João Bosco fazia, o Luí como fazia, e é recomendável que nós façamos também, que a gente entregue isso. Uma coisa de grande valor, uma grande alegria. Que, primeiro, para a gente poder comungar, tá? Estar em estado de graça e vir à missa. Essa é uma grande alegria que a gente dá à Nossa Senhora, mas ela, de fato, não só na hora da morte, mas... Também a vida vem
expulsar os nossos temores: temores de decisões importantes, temores... Agora a gente está à beira de uma notícia que é preocupante, digamos, do certo ponto de vista. Não é uma coisa que glorifica a Deus, né? Sobre anulação ou maior perseguição, maior restrição à missa na sua forma antiga, enfim, a missa de São Pio V. Mas, por outro lado, a gente sabe que vai ter coisas difíceis. Não é que a gente é indiferente a esse sofrimento, nem tem a preocupação, mas a preocupação nossa não é excessiva, né? Pelo menos não deve ser. A gente saber o que
a gente não vai fazer, pronto. O que vai acontecer depois, a gente começa: vai isso, vai aquilo, vai aquilo... Aí do futuro entra o diabo e, como eu já disse, quando a gente conversou aqui da pandemia, né? Já há um tempo, o diabo junta todos os problemas, tira a providência divina e dá para você o pepino futuro para você ficar embaraçado, sem saber o que Deus vai fazer para te ajudar. Então, a gente não fica, mas não se assuste. Calma! Quando acontecer, a gente vê o que a gente faz e se acontecer e do jeito
que acontecer, porque Deus também, para cada tentação, dá uma graça. Então a gente reza, a gente confia em Deus e, pronto, reage conforme for e necessário. Tá bom? Comunicação da alma e do espírito de Maria, né? É o que exclamava Santo Ambrósio: que a alma de Maria esteja em cada um para glorificar o Senhor, o espírito de Maria esteja em cada um para se alegrar em Deus, né? Claro, Santo Luí vai isso, entre outros momentos, né? No Tratado, quer encontrar de novo Nossa Senhora nas almas, quer encontrar pessoas, por assim dizer, com as feições espirituais
de Nossa Senhora, gente que aja do mesmo jeito que ela. Óbvio, por isso ele fez questão de, já no Gênesis, nas bodas e no Calvário, falar da mulher e de uma descendência desta mulher: "A tua descendência esmagará a cabeça da serpente." Enfim, nas bodas, ele diz: "Mulher, o que temos tu e eu com isto?" Mas ele a chama de mulher não porque quer desprezar, mas porque quer aplicar a ela o texto profético, né? E quando diz também para ela no Calvário, ele não a chama de "mãe" por uma relação só pessoal, mas ele diz "mulher",
ele aplica o texto profético de novo: "Mulher, eis aí teu filho." Ou seja, ele quer a semelhança espiritual com ela, né? E essa devoção nos vai comunicar essas feições espirituais, esse jeito de fazer as coisas com que Nossa Senhora fez neste mundo e foi tão agradável a Deus, né? Eu coloquei essa imagem aí, Nossa Senhora foi extremamente agradável, né? Uma fé forte. Ela disse, e Santo Luí diz, uma fé inquebrantável. Aqui é aquela circunstância que o Rogério tratou na aula dele, recentemente, uma aula sobre São José, né? A angústia em que São José ficou de
saber que ela estava grávida, ver que ela estava grávida e o filho não era dele. Então, uma angústia tremenda. E ela, sabendo da angústia dele, sofria menos por ela, porque ela ser desprezada está tudo em casa, mas ver que ele não sabia e a perplexidade: o que ele poderia pensar? E ver também o silêncio dele, porque ela vê que ele confiava e que estava amargurado. Ela não queria aquilo para ele. Uma fé forte, né? Uma fé que venceu o céu novamente, fez o Filho de Deus descer do céu, fez mais facilmente ainda um anjo descer
do céu para explicar. E a fé de São José também, né? Que estava em silêncio e que não foi perguntar nada para ela o que aconteceu. Ele tinha direito a uma satisfação, óbvio, ele era marido, e ali tinha uma explicação que deveria ser dada. O fato dela não dar a explicação, desculpe, né, por essa nuvem sobre São José e Nossa Senhora. Mas, enfim, mais sobre Nossa Senhora. E se a explicação não era dada, parecia que tinha culpa, óbvio, se tivesse uma coisa a ser dita que fosse dizível, era a Senhora dizer: "Acontece que não era
dizível, né? Estou grávida do Espírito Santo." Então você lembra, ó, a conversa da profecia de Isaías. Então se concretizou, sou eu. Quer dizer, tem coisas que não dá para dizer. Por isso, quem viu Deus não quer falar; quem viu Nossa Senhora não quer falar nada. A pessoa quer se enfiar, quer se enterrar, não quer nada, não quer que ninguém saiba. Óbvio! Nossa Senhora, ela falou? Ih, falou isso aqui! A pessoa abre um pergaminho e Nossa Senhora disse... Falou! Nossa Senhora não falou nada no Evangelho, falou tudo isso para você. Nossa, né? Que coisa tremenda, a
pessoa não... Enfim, Nossa Senhora depois foi pro céu, mudou, mas enfim, Nossa Senhora aqui é um ser, uma fé forte, né? Ela está aqui, São José está em frente e está adormecido, porque os santos dormem. Porque a preocupação deles não impede isso, não os perturba. E Nossa Senhora está aqui, costurando, lendo, o livro não era assim, né? Mas, enfim, está meditando. Ela não abandona os trabalhos simples, apesar de uma imensa dor, né? Transformação das almas em Maria, a imagem de Jesus Cristo. Ói, perdão, tô Prada. Estamos quase lá. Santo Agostinho chama a Santíssima Virgem de
forma, forma de Deus como uma forma de bolo. Se tem uma forma redonda e no meio tem um cone, eu faço o bolo, o bolo sai com um cone ou com buraco no meio? Sai com buraco? É ou não é? A forma, a forma ou formato ao bolo. Nossa Senhora é uma forma, nesse sentido, quem for posto lá sai Jesus, "ificado". Não existe a palavra, mas enfim... Realidade existe, então devia existir a palavra. Ele sai criado, por assim dizer, né? E aqui para nós, lembra que eu tinha dito o mistério da Encarnação lá no começo,
que era para nós uma chave para a gente entender. Bom, então veja aqui, né? Nossa Senhora aqui olhando para o menino Jesus, né? E o menininho aqui, o menininho não, o anjo tá olhando para ela, né? Aí, por que não tá olhando para Jesus, né, que é Deus e tá interessado nela, né? Claro, muitas outras coisas poderiam ter acontecido, só pra gente, só uma coisa para aguçar nosso pensamento. Não é que é isso que eu tô dizendo, eu não quero me apoderar de nada, mas as coisas são símbolo e vocês sabem. Às vezes, o símbolo
de uma coisa que a pessoa fez, quando ela pôs certas verdades, às vezes aquilo alcança coisas que a pessoa nem pretendia, porque uma coisa verdadeira tem algumas verdades; ela contém todas, né? Ela vai até o profundo. Então, não sei se ele fez por isso, não, mas é bonitinho. O anjo porque tá olhando para ela, sendo que tá o Deus aqui, o Senhor dos Exércitos e o Senhor dos Anjos, mas ele tá admirado por algumas coisas. Eu não sei, e não tá escrito isso em lugar nenhum. Tá bom, mas é só uma coisa pra gente pensar:
o anjo primeiro olha para ela por gratidão, primeiro, ou em segundo, não sei, porque foi ela que o trouxe, óbvio, né? Mas também olha para ela para constatar que os dois são parecidos. Então, aqui tem uma mensagem de Nosso Senhor para nós da Encarnação e Ele ter se feito filho dela, em que consiste a santidade. Muitas coisas poderia dizer, né? Separação das criaturas, conversão a Deus, invertendo aquela fórmula do pecado. Mas a gente, olhando no universo, ó, as coisas foram feitas semelhantes a Deus, foram ou não foram? Digam "sim", sim. Aí você tá acordando. Quando
você dorme, começa esse processo de dominação. Como diz a madre, os padres T são mandões, sei lá o que tem que ser, enfim, são semelhantes. A gente nota na ordem da criação do mundo, né? Os minerais que têm uma certa semelhança com Deus, são feitos à imagem, ou seja, são parecidos com Deus, né? O diamante é parecido com Deus porque é duro e fura as coisas. Deus tem uma certa res, uma certa dureza, o diamante está na imutabilidade de Deus; o diamante é uma qualidade de Deus, assim como todas as coisas, não é verdade? Mas
há uma escada, ou uma igualdade entre os parentescos, ou ó, a semelhança com Deus. Há uma escada. Os vegetais são mais parecidos com Deus porque são vivos, se multiplicam, se reproduzem. Deus tem um filho. Os animais são mais parecidos com Deus porque se movem, etc. Os homens, porque pensam; os anjos, porque pensam muito mais poderosamente e não têm corpo, tudo bem. A agradação não é isso. Então, a perfeição consiste na semelhança com Deus, não é verdade? A perfeição e a santidade é também ser próximo, ser parecido. "Sede perfeitos como o Vosso Pai Celestial é perfeito."
A gente tem que imitar a Deus e se ficar parecido com Ele, não é verdade? Mas aqui tem uma inversão, porque aqui a santidade que fica parecida com ela, a perfeição que se parece com Nossa Senhora. E assumir as feições dela, claro que Nossa Senhora não é mais perfeita que Deus, mas é que Deus aqui dá aquele sorriso inteligente, aquele sorriso do anjo, do sorriso lá, né? De Hans, né? Ele tá de rã, um sorriso que é lindo, é maravilhoso aquilo lá. Vale a pena ir lá para ver ou vale a pena ter as fotos.
É um sorriso inteligente, muito bonito. Deus nos dá um sorriso daquele, dizendo: "Olha o que eu te fiz! Olha o enigma que eu te ponho! Olha o que eu te digo!" Porque a própria perfeição, que é ser próximo dela, a própria perfeição quis ter intimidade com ela, e uma intimidade que não dá para ter maior. Ser filho não dá para ter mais, né? Ligação do filho como a mãe e assumiu as feições dela, e por isso Ele quer que nós sejamos filhos, ou como São Luís traduz melhor isso: escravos em tudo que tá explicado no
Tratado, para a gente assumir e honrar esta perfeição de Nossa Senhora. Porque a devoção a Nossa Senhora leva a Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem procura se assemelhar a ela vai ser assemelhado a Cristo, porque ser como Nossa Senhora é ser como Cristo, é o que nos comprova o milagre, né? E o mistério da Encarnação em que Ele se apresenta com as feições dela. Deu para entender aqui o paralelo? E é isso que essa devoção nos faz, faz mais rapidamente parecer com Cristo, porque quem se parece com ela se parece com Ele. É óbvio, entendeu? Claro
que não é fisicamente, mas espiritualmente. E São Luís nos dá a trajetória para a gente chegar a isso. E esse é o meu último slide. Essa semelhança física, tá bom? Por esta prática fielmente observada, darás mais glória a Jesus Cristo em um só mês do que por qualquer outra prática, embora mais difícil, até que essa. E muito mais tempo fazendo os atos por meio desta devoção, entregando a Nossa Senhora. Claro, vai ser revestido com aquelas roupas daquele baú misterioso de Nossa Senhora. Vai estar sido feito com a arte que ela tem. Deus vai se espantar
da gente ter chegado: como é que você chegou aqui tão depressa? Porque esse é um caminho reto, é um caminho seguro, é um caminho mais rápido, né? Que Nossa Senhora tem. É isto, né? H este efeito. Veja que é o que a gente mais deseja, ou qual é a nossa... Finalidade neste mundo senão promover a glória de nosso Senhor Jesus Cristo e a glória de Deus. É isto que essa devoção vai nos levar a fazer, porque Nossa Senhora é ela que engrandece a Deus, né? Ela é tão grande que a minha alma engrandece o Senhor,
né? Nossa Senhora engrandece a Deus, o torna conhecido. Deus será também, de alguma maneira, assim como tem esse vitral aqui que tá aparecendo e nos dá estes símbolos e a verdade sobre Nossa Senhora. Nossa Senhora, aqui na Visão, né? Então essa devoção vai funcionar, cumprindo aquilo que Nosso Senhor pediu no Evangelho quando disse, né, na Parábola dos Talentos: “Como é que é que tá aqui?” Humm, ah! Ela é a negociante que multiplica os talentos. Eu não coloquei o Evangelho, mas lembra que o Senhor, quando volta para pedir as contas, o que ganhou cinco apresenta dez,
o que ganhou quatro apresenta oito, o que ganhou dois apresenta quatro, e o que ganhou um não vai ter nada. Deus espera que a gente tenha lucro, e em Nossa Senhora é exatamente o lugar ou a pessoa em quem a gente pode depositar para que todas estas coisas estejam engrandecidas. Faz-nos encontrar mais depressa a vontade de Deus, como você encontrou a casta tão depressa, né? E ela foi com pressa para as montanhas, por isso que tá aí essa foto. Eu queria... tava tentando lembrar porque eu pus, mas é por isso: Nossa Senhora foi com pressa,
chegou ao cume da perfeição mais rápido do que os seus antecessores, né? Porque ela estava imbuída desta sabedoria, estava muito intimamente unida a Deus. E, por fim, este trecho do Salmo que eu gosto muito, porque “vale mais um dia nos teus átrios do que mil fora”. Os Salmos estão falando dessa devoção, estão falando de Nossa Senhora; o que a gente põe nela se multiplica por mais do que mil. Tudo bem? Alguém quer fazer alguma pergunta? Não? Então, nós vamos encerrar esta formação de hoje, tá bom? E este evento, em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres; bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Auxílio dos cristãos, rogai por nós. São Bento e São Mauro, rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. [Música]
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