Como o cérebro aprende a ler- Estudos de Stanislas Dehaene- neurociência e leitura

[Música] esse garoto está aprendendo a ler ele está tentando reconectar áreas no cérebro dele para que formatos de letras no papel virem sons e palavras da língua falada na realidade a sua professora Pode não estar ajudando muito bem porque a maneira mais comum de ensinar provavelmente torna a leitura mais difícil estanislaz de Rayane sabe disso ele ganhou o prêmio cérebro em 2014 ele estuda como a leitura acontece no cérebro é professor na universidade da França e o líder do centro de neuroemagiologia cognitiva do Inferno ao sul de Paris esses Laboratórios são chamados de neuropen no

meu laboratório nós nos especializamos em analisar as funções do cérebro humano especialmente funções mais elevadas como a leitura idiomas matemática e a consciência que você pegou Você está vendo alguma ver o cérebro trabalhando requer instrumentos precisos de análise muito bem afinados assim como experimentos cuidadosamente desenvolvidos para que isso esteja certo de que se está estudando uma função específica do cérebro Isso significa que os cientistas no laboratório de stanislaz para ver como o cérebro lê possivelmente construirão um grupo de estímulos mais avançados variando de palavras reais a pseudo palavras ou até mesmo pseudo letras que parecem

letras mas são símbolos sem sentido algum desse modo nós podemos isolar alguns dos processos cerebrais por subtração nos perguntamos Que diferença faz se for uma palavra e se for pronunciável em que parte do cérebro esses processos específicos estão acontecendo Então o que de fato acontece no cérebro quando se está lendo e o que esses resultados nos mostram sobre como a leitura deve ser ensinada foi descoberto que os nossos cérebros se constroem no circuitos que repassamos quando absorvemos a língua falada em outras palavras para entender o alfabeto o cérebro deve aprender a falar primeiro isso é

fácil para uma criança durante milhões de anos a evolução ligou os pontos das estruturas do cérebro humano para que esse propósito se cumpra Nós não precisamos ir à escola para aprender a falar tudo que precisamos é vivenciar um idioma mais a evolução não modificou o cérebro para a leitura nenhuma estrutura cerebral foi criada durante a evolução para que letras e palavras fossem compreendidas nós Não nascemos para aprender a ler é uma invenção muito recente o que acontece é que nós reciclamos alguns circuitos do córtex visual alguns desses circuitos são especializados em reconhecimento de rostos mas

nós nos transformamos em circuito de reconhecimento de letras e trazemos essa informação para a área designada a língua falada essa área sabe a pronúncia das palavras Especialmente quando se é um leitor iniciante o desafio da Leitura é transformar as letras em sons É nisso que o cérebro dessa criança está tendo dificuldades transformar símbolos no papel em sons sons que façam sentido pois são parte da língua falada mas até aquele domine essa conversão ele não pode focar no significado da palavra que vai se tornando um leitor experiente você fica cada vez mais rápido nessa conversão você

consegue converter sequências de letras de uma só vez Então esse sentimento de conversão lenta não existe mais mas o processo ainda está acontecendo esses descobrimentos implicam em mudanças na educação em todo o mundo porque as crianças são treinadas para que reconheçam palavras inteiras quando aprendem a ler isso não ajuda a criança de modo algum existe um debate na educação sobre como ensinar a ler existe essa ideia de que as crianças só precisam ser expostas a palavras ou até mesmo frases inteiras irão absorver o sistema de leitura nós sabemos que não é o caso agora sabemos

que o aprendizado da Leitura é baseado no ensino explícito das correspondências entre grafemas e fonemas letras e sons que é o jeito certo de ensinar a ler porque esse é o jeito que mostra explicitamente o caminho do circuitos que vão da Visão até a língua falada o caminho mais fácil para o cérebro se você chama atenção para a palavra inteira a experimentos mostrando que você está explicitando outros circuito cerebral no hemisfério direito desse modo você não está treinando o cérebro para ler a descoberta de como o cérebro aprende a ler é um exemplo de como

medida científicas no cérebro podem levar a um entendimento melhor de processos psicológicos como a leitura a matemática e outras funções da consciência e acabou que até mesmo a matemática pode ser ensinada de modos que o cérebro identifica como mais ou menos naturais isso estava claro a estanislaz de Rayne Décadas atrás no campo da Matemática nós descobrimos que a outra região do cérebro bem aqui no suco interparietal que existiu por muito tempo na evolução até mesmo nos macacos que se encarrega de números espaço e tempo e que nos dá uma base aos conceitos matemáticos eu acho

que algumas implicações do que descobrimos na matemática para educação ela não deveria ser ensinada abstratamente e sim reconectada essa intuição inerente a crianças bebês e até mesmo primatas não humanos há mais de 100 anos a Torre Eiffel foi erguida em Paris como símbolo da celebração de maravilha científicas da engenharia e da era da Indústria a era do cérebro no próximo século instrumentos cada vez mais precisos irão auxiliar neurocientistas a desvendar como o cérebro funciona não só na leitura e outras funções do gênero mas por exemplo como sentimento de pertencimento nasce de sinais químicos e elétricos

profundos em nosso cérebro minha esperança de que logo teremos uma teoria que investiga Como ligar o plano neuronal ao plano psicológico no momento a grande diferença entre estudos psicológicos e estudos neurocientíficos e o meu objetivo é juntar esses dois ramos e criar teorias funções matemáticas que nos permitirão entender como grupos de neurônios rápidos e piscantes podem criar esses pensamentos e imagens