Capítulo 02 - Um pouco de História e Filosofia da Ciência

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André Bacchi
A Ciência, como a conhecemos hoje, foi construída de uma maneira coletiva ao longo da história. Nest...
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e [Música] embora seja muito importante discutir a ciência é enquanto a ferramenta o método científico e tudo mais é muito importante entender como a gente chegou a pensar do jeito que a gente pensa ciência hoje porque Ana maioria dos lugares que a gente vai se paciência a gente não vê o caminho todo curvilíneo e tortuoso que a ciência foi tomando até chegar no na ciência moderna que a gente tem hoje né e eu quero falar um pouco com vocês aqui sobre algo que a gente devia muito pouco no dia a dia e sem se aprofundar demais longamente um só um delicioso aqui a ponto de querer esgotar uma coisa Tão rica que a história filosofia da ciência mas eu quero trazer alguns pensadores e alguns dos seus conceitos que ajudaram hoje que impactam hoje na forma que a gente vê ciência que a gente enxerga a ciência tá então a proposta desse momento aqui é deste Capítulo é que a a falar um pouquinho sobre filosofia da ciência é claro que a ciência é ferver seu muito mais aí a parte da revolução científica por volta de 1. 500 até mil setecentos e pouco uma época que ferver seu muito mas ela não começou aí é os pensadores científicos eles vêm desde muito antes de todos vem da mãe aí dos conhecimentos né que a filosofia Então a gente vai falar um pouquinho de alguns filósofos que se aproximaram mais dessa filosofia natural que a filosofia que depois foi se tornando e foi dando origem na verdade ao pensamento científico e ao método científico Então fala um pouco de história e filosofia da ciência sem seu negócio Cansativo maçante e lógico pessoal vou falar aqui com todas as limitações que eu tenho enquanto cientista da área da saúde quando tu farmacêutico né então não são filósofos não sou um Historiador não são sociólogo mas espero poder contribuir com vocês um pouco sobre alguns desses conceitos bom antes mais uma frase Olá queridos Ei mané também irmã algo muito bem escrito por ele né crescemos nesse planeta aprisionados nele em certo sentido sem saber da existência de nada que não seja de nosso ambiente imediato tendo que entender o mundo sozinho que corajosa e difícil empreitada a construir geração após geração em cima do que havia sido descoberto e no passado questionar o senso comum diz por si às vezes à custa de grande risco pessoal a desafiar o conhecimento predominante e fazer emergir dessa Tormenta gradativamente lentamente uma compreensão quantitativa fundamentada muitas vezes preditiva sobre a natureza do mundo que nos cerca né então isso aqui nada mais é do que um resumo da do pão do como interessante é esse processo de construção do conhecimento científico e tem tudo a ver com esse processo que a gente vai navegar agora em relação à filosofia E aí como ela evoluiu também começando Então gostaria de falar um pouco sobre Aristóteles muito antes aí de 1. 500 né muito tempo atrás a Aristóteles ele surge com um tipo de pensamento muito interessante que a gente pode chamar de pensamento dedutivo e dentro desse conceito de pensamento dedutivo da dedução a gente tem aí o silogismo aristotélico que que é o silogismo aristotélico é um argumento composto por três proposições que são duas premissas maior e menor e uma conclusão Como assim nós vamos dar um exemplo aqui o exemplo do próprio Aristóteles né ele traz o seguinte ó todo homem é mortal Essa é a premissa número um Sócrates é um homem premissa número dois logo Sócrates e mortal Essa é a conclusão então parar para o Aristóteles era é possível chegar em alguma e os homens apenas por um processo dedutivo de ficar raciocinando logicamente sobre as coisas então eu acredito que todos os Homens São Mortais Então essa é uma premissa o parto do pressuposto que todo homem é mortal todo homem morre um dia Sócrates é um homem essa Eu também é uma conclusão que eu tenho Quando eu olho para Sócrates Então logo com base nessas duas informações eu posso concluir que Sócrates é mortal e isso é um jeito muito interessante de pensar deu início à muitas formas de tentar concluir o eso sobre o mundo mas ela traz algumas dificuldades né que é o quê Qual é o risco que isso aqui oferece Pode ser que essa premissa e ela é arbitrária então pode ser que o r a premissa então quando eu digo que todo homem é mortal e quando eu digo que Sócrates é um homem eu estou afirmando arbitrariamente que é o mundo é assim como que eu concluí isso bom Com base no meu senso comum com base na minha observação do mundo né então é se eu errar as premissas aqui são arbitrárias ou erra a conclusão se eu falar todo homem é imortal e olha que eu que vai dar aqui todo homem é mortal Sócrates é um homem logo Sócrates Zé e mortal eu errei completamente a minha conclusão porque porque Sócrates morreu em 399 antes da era comum então quer dizer eu tô errado porque que eu errei porque eu parte de um pressuposto errado então o pensamento é do tipo ele é muito interessante a gente usa essa lógica dedutiva em muitas situações a gente vai ver que ele foi sendo recuperado ao longo do tempo sendo usado em muito bom texto mas sozinho isoladamente o pensamento dedutivo não gera novos conhecimentos não reduz incertezas ele ajuda a gente chegar em conclusões em validar certas ideias mas ele pode ser até um pensamento circular e pode ter erros muito graves quando o parto de premissas erradas tá esse é o grande problema de quando a gente não consegue confrontar de uma maneira mais experimental determinadas é hipótese né bom mas a gente vai chegar lá então primeiro a gente começa com o pensamento dedutivo a ficar isotérmica silogismo depois a gente tem aqui e agora deu um salto no tempo tá dava para ver muita gente antes disso inclusive dava para vir ali Copérnico por exemplo que desafiou o modelo geocêntrico é da terra né a terra como centro do universo colocou o sol como centro do universo o muitas imprecisões mas já mudou o paradigma muito mais interessante e depois foi aprimorado por Galileu porque é Player etc isso já entrando na época aí da revolução científica demos um salto gigantesco no tempo para ser taria de 1500 e pouco 1.
600 tá é e contemporaneamente a esses caras que eu tô falando aqui surgiu né Francis Bacon e Francis Bacon ele vem confrontar essa ideia aristotélica do pensamento dedutivo através de um outro tipo de pensamento pensamento chamado indutivo olha o bacon falou falou de um jeito mais difícil e real mais que tá mais antiga mas a gente vai traduzir tá só a e só pode haver duas vias para a investigação e para descoberta da Verdade ele tá falando só existe duas formas de pensar dedutivo-indutivo tá uma que consiste no saltar se das Sensações e das coisas particulares aos axiomas as premissas mais Gerais e a seguir descobrirem-se os axiomas intermediários a partir desses princípios e do sua inamovível verdade tenta dizendo que o olho para o mundo através do senso comum eu acabo concluindo é chegando a premissa arbitrárias e a partir dessas premissas habilitar habilitaria seu tempo chegar em conclusões foi o silogismo que a gente mostrou E ele fala isso aqui ó Esta é a que horas se segue essa forma de pensar mais vigente a outra que recolhe os axiomas dos dados o sentidos e particulares ascendendo continua e gradualmente até alcançar em último lugar os princípios de máxima generalidade Este é o verdadeiro caminho porém ainda não está orar o que está dizendo é não eu não posso partir de premissas definidas arbitrariamente fazer um exercício mental para chegar numa conclusão porque eu não vou chegar a lugar nenhum eu preciso olhar sistematicamente para o mundo a partir disso gerar é tentar generalizar o o que eu tô falando por exemplo e eu poderia olhar aqui ó latão é um homem ele morreu a observação Sócrates é um homem morreu Aristóteles é um homem morreu e eu começo olhar para todos os seres humanos a partir de uma determinada faixa etária e começa a ver que eles morrem E aí começa que chegar em conclusões posso pensar bom alto parece todo mundo que eu fui observando principalmente indivíduos mais idosos acabaram em algum momento ainda óbvio né então talvez eu posso afirmar que todos os Homens São Mortais cheguei numa conclusão que Visa a generalização eu fui observando sistematicamente né e cheguei numa observar numa conclusão através da minha observação não foi uma premissa que o assumir arbitrariamente certo então o pensamento indutivo é isso e foi importantíssimo essa ideia por quê Porque isso parte através do algo empírico só que não empírico do senso comum de eu vivo a minha vida e vou ter nas minhas experiências pessoais e vou chegando e não o empírico sistematizado observo uma certa sistemática ao e tento generalizar para tudo então o pensamento indutivo trouxe muitos avanços essa forma de pensar só que o bacon fome o meio Rude né digamos assim que o pensamento aristotélico já não é saindo tive um serve para nada o importante é o pensamento indutivo e quais são as limitações esse tipo de pensamento Existe pouca valorização da hipótese o que acontece você não fica se não gera uma hipótese que você fica testando necessariamente você observa muito e através da observação você acaba conduzindo a direto a uma hipótese marginaliza veu então a a pura observação sistemática seria capaz de prever o futuro devemos assim é de conseguir fazer inferências sobre o mundo a nossa volta é claro que a gente pode trabalhar dessa forma e a gente usa o pensamento indutivo a gente tem que tomar cuidado que o próprio senso comum é uma forma indutiva de pensar e se a gente não organizar isso muito bem a gente pode também chegar nele e uma coisa importante também é que a gente não pode ignorar o papel do pensamento dedutivo o pensamento do tio por exemplo ele é fundamental na matemática que é fundamental provando científico então quando eu falo que 2 x = 4x = 2 eu tô falando Tô assistindo tô fazendo premissas e tô chegando em conclusões através do método dedutivo isso é importantíssimo para fazer cálculos matemáticos por exemplo né e cálculos da física teórica também e que vão ser depois importante para cálculos aplicados e depois que algumas correções Com base no que a gente observa do mundo a gente consegue fazer modelos que presenta coisa então é o pensamento do tipo ele não é dispensável graças ao pensamento indutivo e o pensamento indutivo tem algumas limitações também eu não vou falar agora delas mas quando a gente chegar no outro cara e é o David hume a gente vai ver a crítica que ele faz o pensamento indutivo e como a gente precisa superar isso como avançar um pouquinho mais ainda dentro dessa mesma época aí vamos falar um pouquinho sobre alguém que introduziu um conceito de ceticismo na ciência um ceticismo metodológico e foi Renner de kart né Então redcart olha que frase legal evitar cuidadosamente a precipitação o preconceito não incluir nos nossos juízos senão o que se apresentasse tão Clara e tão distintamente ao nosso espírito que não tivéssemos nenhum ocasião para por em dúvida quer dizer o da Caixa chegou com um ceticismo bastante radical né mas veja importante introduzir o conceito de ceticismo dentro da filosofia da ciência porque muitos filósofos da ciência estavam preocupados em fazer mensurações sobre o mundo mas eles não questionavam tanto a existência das coisas Não ouça aquele fenômeno era real ou era ilusório as coisas existem porque elas existem né e alguns é um cada unha da sua a sua explicação para isso mas o de Kate foi meio radical nisso foi importante até certo ponto porque ele trouxe a a Luz da Filosofia e da ciência o caráter 7 só que ele foi um pouco radical demais né ele chegou nessa e o penso logo existo que a frase clássica do de card vem desse ceticismo metodológico extremo né como é que ele chegou nessa conclusão bom eu não posso confiar em nada não posso confiar nos meus sentidos né de kart achava isso tá bom eu já vi pessoas que a Lucy não é a gente o dsm para definir o que é esquizofrenia Psicose por exemplo mas já sabia que tinha pessoas que enxergar alguma coisa que não existiam para ouvir um vozes então ele ele pensou bom não posso confiar nos meus olhos nos meus ouvidos no meu tatu não posso confiar em nada porque a minha mente pode me entregar peças então o mundo à minha volta ao mundo material e não é confiável O que é confiável é o meu raciocínio né então ele pensa dessa forma então e vamos ser radical aqui vamos duvidar da existência de tudo olha eu não estou aqui fazendo Live essa Live pode não existir esse computador da minha frente pode não existir esses o que pode não existir essa caneta aqui pode ser que não exista Pode ser que esse celular que eu tô aqui no Instagram não exista nada disso existe logo vou cogitar vou duvidar de Tais essência de tudo isso mas se eu duvidar da existência de tudo isso tem uma coisa e vai necessariamente existir para que eu possa fazer isso o ato de duvidar então ainda que eu duvide da existência de tudo se eu fizer isso existe a dúvida esse existe a dúvida e o ato de duvidar provavelmente existe alguém que está duvidando então se eu penso logo eu existo né Então essa é a frase que o de kart é falou E aí chegou numa conclusão correta né de Kate chegou de fato a gente pensa e a gente Existe existe o ser pensante só que veja penso logo existo já lembra um pouco o pensamento do silogismo aristotélico né só que dessa vez Pau tô numa dúvida extrema né e as regras do método cartesiano envolve muito isso principalmente isso ó verificação da existência de evidências indubitáveis acerca do fenômeno vocês não posso ter dúvida que existe né e várias outras regrinhas que ele foi colocando aqui a gente de compor o que a gente vai estudar depois a gente junta tudo isso e daí a gente chega a conclusões né então duvido que o computador exista duvido que os celulares estão duvido que microfone exista agora que eu já duvidei de tudo isso nada disso existe acompanhe de novo mas se nada disso existe Tem que existir alguma coisa o ato de duvidar Então se tem alguém duvidando tenho ser tido vida então penso logo existo né legal funcionou chegou na conclusão correta né Mas o que aconteceu de kart os dois para muitas coisas pensamento radical radical' mente racional sem confiar no mundo material hipótese alguma é isso afastou um pouco da realidade e acabou chegando e algumas conclusões muito erradas usando esse mesmo raciocínio e foram colocados à prova e que desmerecer um pouco esse racionalismo extrema essa dúvida extrema é claro que aqui a gente também não pode negar todas as outras contribuições do de card em outras áreas né matemática etc e principalmente o grande mérito dele é trazer esse caráter do ceticismo para dentro da ciência é a principal limitação que o retorno ao pensamento dedutivo que pode levar a conclusões incorretas quando a gente partir de premissas incorretas né idade ignorou totalmente o empirismo da indução que o bacon tinha trazido E aí assim como Francis Bacon com se contrapôs Aristóteles alguns outros caras se contrapuseram a de card foram influenciados mas se contrapor zero então aqui a gente tem desse lado John Locke e desse lado George berkeley Vamos começar com John Locke mas os dois aqui de certa forma a gente tá falando sobre é de um retorno ao empirismo né então é a senhora de kart Vai com calma aí não dá para ficar só pensando assim né viajando aí o que você tava do penso logo existo duvidar da existência de tudo não dá para sair duvidando de tudo também o mundo material e existe ele serve para a gente poder tomar algumas decisões vamos tentar ter um pouco mais de parcimônia e voltar um pouco ao em e dá um John Locke ele traz esse conceito né que a experiência sensorial ela é a fonte mais confiável de conhecimento a gente precisa sim dos nossos sentidos digamos assim para perceber o mundo o mundo material de importa para a gente tomar decisões e para gente chegar a conclusões mas a gente tem que tomar alguns cuidados então o John Locke ele Manteve a ideia do ceticismo mas eu não vou ser tão radical assim então ele dividiu as coisas em qualidades primárias e qualidades secundárias e isso ajudou ele a tomar uma decisão mais objetiva ou achar existe maior risco de ser iludido né Como que Como funciona uma qualidade primária e qualidade de secundário vamos supor então é que a vamo pegar essa caneta que eu tô aqui usando para fazer algumas anotações para vocês nos slides essa caneta aqui ela tem um peso não sei qual o peso Dela pode ser seu a 30 gramas não sei o peso dessa caneta para o Blog seria uma qualidade primária porque se eu pegar uma balança bem calibrada e eu pesar essa caneta vai dar 40 gramas se outra pessoa vier pegar essa porcaria tem que usar na mesma balança vai dar 40 gramas essa caneta ela pesa 40 gramas para mim para você para qualquer pessoa que bota essa caneta na mesma balança aqui bem calibrada então isso seria uma qualidade primária objetiva quer dizer ela é algo que a gente poderia confiar segundo John Locke agora quando eu olho e pergunto qual é a cor dessa caneta algumas pessoas podem falar isso ainda é preta né a nossa caneta ela é chumbo ela é um cinza bem escuro essa caneta é petróleo né então cada um pode dizer uma cor diferente então tá dizendo olha nesse caso dependeu de que a a luz que foi refletida aqui né E que chegou até os meus olhos foram interpretados os filtros diferentes pessoas que interpretaram de maneira diferente essas cores Então as cores seriam características caráter secundário qualidade de secundária nessa caneta e por isso pode sofrer um viés de subjetividade que atrapalharia a questão da análise objetiva daqueles e teria menos valor científico é claro que eu posso medir isso aqui é o comprimento de onda disso aqui aí sim eu tenho uma análise objetivo né mesma coisa um som por exemplo né então um som que eu tô ouvindo cada um a gente tá muito alta não está muito baixo mesmo só uma pessoa percebe pessoas diferentes percebem diferente mas a onda sonora é a mesma então a onda sonora seria qualidade primária a o som que a pessoa percebe Síria secundária então ele diz assim não tão tudo que for qualidade primária científicamente é bom de ser usado porque a objetivo porque não vai ter essas variações não vai nos enganar eu tenho que ficar duvidando das qualidades em várias as coisas e aí chegou um outro cara que também sofre influência do lote também questionava um pouco o de cá dica é o George berkeley e questionou ok também né Essas contribuições do Loki foram muito importantes até hoje a gente usa um pouco disso para tentar fazer análise mais objetivas né de algumas coisas o outro cara que vem então que foi o George berkeley ele falou assim olha John Locke não sei se é bem assim né essa caneta quando a pessoa tá vendo a caneta tá vendo a caneta como um todo ela não tá vendo só o peso da caneta ela tá vendo formato da caneta tá vendo a acordar caneta ela tá vendo a sentindo a textura da caneta é a caneta é uma coisa só Se você arrancar a cor da caneta a textura da caneta tudo bacana então não mais caneta ela é um peso peso ou não a caneta peso é uma característica da caneta passando pode ficar separando tudo não é tem que encarar as coisas de uma vez só e nesse sentido o berkeley e volta a pensar nas coisas com uma coisa que as é um pouco mais ilusórios até certo. As coisas materiais elas não necessariamente elas existem enquanto coisas materiais mas elas existem porque elas são percebidas por um observador pois ele já vai um pouco a lenha assim ele me dá umas para pô-la dano Loki ele fala assim não eu essa caneta não existe porque eu estou percebendo a existência dessa caneta que eu vejo essa caneta Quando eu olho para outro lugar ninguém tá vendo essa piscina que tem mais ninguém aqui nessa sala se vocês não tiverem aí se eu não tô aqui a caneta com a sozinha essa caneta Teoricamente ela não existe porque não tem ninguém percebendo a existência dela então essa foi a ideia do berkley e tanto que ele trouxe uma frase que aprimora Teoricamente né Ele é derivar do de kart falar Não não é penso logo existo é eu existo porque sou percebido então eu existo porque tem alguém me percebendo e eu e as pessoas desistem o quê e ela dizia assim que elas né então assim as coisas só só existem quando elas são percebidas se uma árvore cai no meio da floresta e não tem ninguém lá essa árvore existe essa árvore fez barulho se Ninguém percebeu ela né Então existe um pouco dessa coisa que ele empresta um pouco do Loki e exagera né só que ele chega no ponto que complica as coisas porque se ser é percebido Ok eu tô conversando com vocês aqui vocês estão me percebendo então eu existo mas é a hora que eu desligar o computador e eu for dormir e se eu for dormir sozinho e quem que vai estar me percebendo né eu existo mais ah ah eu tô num sonho e também percebendo no sono beleza nos sonhos não sono REM eu tô sendo percebido por alguma entidade lado da história que tá conversando no meu sonho mas e depois né eu sumo eu deixo de existir se não tem ninguém me percebendo E aí perguntaram isso para ele falou é aberto e aí ele falou não existe porque tem alguém te percebendo Deus Deus está te percebendo o tempo todo então você existe E aí no final de acaba apelando né porque ele acaba construindo todo se Deus percebe todo mundo e tudo então tudo sempre existe E aí o meio que os argumentos ficaram muito frágeis E aí a gente muita coisa que a gente tem a gente fica mais com John Locke do que coberto Leite foi extrapolando então a principal limitação desse empirismo novo empirismo né britânico aí foi o retorno ao pensamento indutivo EA dificuldade de estabelecer o que que é objetivo que que serve como evidência o que que é subjetivo O que que tá sujeito e na né os nossos sentidos e etc logo depois desses caras David Hill me chega e fala o seguinte ó eu né me identifico até certo ponto com coisas que vocês falaram eu entendo a crítica que vocês fizeram o método dedutivo Mas eu também nem tenho críticas ao método indutivo a indução aquilo que Francis Bacon trouxe aquilo que os novos filósofos ali depois dele como por exemplo de um blog trouxe essa questão de ficar observando o mundo para prever coisas pode dar errado também né então quê que o rio me traz ele levanta um problema muito importante para o pensamento indutivo ser válido ele deve ser vinculado a duas premissas então mesmo o pensamento indutivo que a gente pensou que era livre de premissas né a premissa lá do pensamento dedutivo o pensamento indutivo e tem as suas próprias premissas para de funcionar precisa obedecer duas premissas o futuro tem que ser semelhante ao passado Oi e o método indutivo tem que ter funcionado várias vezes no passado Então veja que a crítica do rio me é que o método indutivo ele não é capaz de prever o futuro a menos que o futuro seja uniforme que a natureza seja uniforme no futuro então para eu falar que o futuro vai ser de um jeito a partir de coisas que eu conheço hoje e do passado eu preciso do Futuro repita de certa forma o que foi o passado tensão uniforme em palavras mais simples vamos pensar é todo dia que a gente dorme aí chega por volta a 55 pouco 6 horas da manhã para nós tenho nascer do sol Então todo dia da nossa vida foi assim houve um nascer do sol né no dia seguinte é isso quer dizer que amanhã o sol vai nascer de novo né é um pensamento indutivo hoje eu vi Amanhã eu vejo sistematicamente eu vejo que o sol nasce no dia seguinte né aqui olhando para nós aqui amanhã o sol vai nascer segundo o pensamento indutivo do Francis Bacon a gente pode formular uma hipótese de realizar Vou sim amanhã o sol vai nascer que todo dia o sol sempre nasceu mas o que que o rio me vai falar olha se a natureza foram uniforme sim se continuar sempre do jeito que foi sim mas isso um dia o sol Deixar de existir e se um dia o sol que é uma estrela né é esse apagar né Ah ele não vai nascer no dia seguinte pode ser daqui trilhões de anos pode ser daqui não sei quanto tempo tudo bem mas pode ser que um dia a gente não possa mais fazer essa previsão Com base no que aconteceu então existe uma falha na indução que é eu não posso pra e com certeza o que vai acontecer no futuro com base no passado e aí o rio me solta esse problema a gente ó a indução do jeito que vocês estão fazendo aí não dá para garantir que as coisas vão acontecer do jeito vocês estão falando e aí que a gente vai fazer com isso né como é que a gente aprimora isso eu não sei muito bem Como aprimorar mas só que eu soltando o problema aí postei e sai correndo e agora sei se viram ainda batendo em cima disso tá Depois a gente vai retornar para tentar achar solução para esse problema mas nenhum problema a princípio filosoficamente insolúvel tá não tem como a gente garantir o futuro com base apenas no que a gente observou no passado e no presente porque a natureza não é tão uniforme assim então se o futuro for caótico e se diferenciar muito do modo que as coisas aconteceram no passado e que pode acontecer né então o fato da indução ter funcionado para obtenção de novos conhecimentos significa que sempre ela vai funcionar não sabe ah ah não podemos garantir isso vamos chegar dar um salto no tempo de novo né E chegamos aqui por volta de mil novecentos e pouquinho ali com Karl Popper né Copper from cara e retornou um pouco a questão da dedução abandonou um pouco indutivismo também é influenciado por essa crítica do filme daqui e acabou jogando um problemão aí para gente e ele traz a rejeição do indutivismo clássico né Ou seja a ênfase tem que estar na eliminação na possibilidade de refutar a hipótese e não na verificação dela por indução porque o próprio falou assim olha é assim indução ela tem um perigo ela pode levar a gente por um caminho errado e que eu rio-me decidirmos já nos alertou sobre isso né então por exemplo né O que que o próprio vai trazer que a gente já tem uma crença Prev e todo mundo e o cientista por exemplo ele já ele resolve falar sobre um assunto que ele por algum motivo chamou atenção dele então quando o cientista faz uma hipótese é porque ele teve a sua atenção chamada por algo ele viu no mundo e que ele quer questionar que ele tem investigar E se ele tem uma certa afinidade por esse tema significa que ele já observou já parou para observar mais esse tempo e significa que ele já tem um palpite sobre o assunto Então olha que interessante o pobre reforça o valor da hipótese a hipótese nada mais é do que um palpite científico né então como a gente já tem crenças prévias sobre o mundo a gente tem que tomar o cuidado para não usar o neto do que apenas confirme essa nossa crença tá senão se a gente usa um método que apenas confirma vou até grifar um método que apenas confirma Nossa crença Oi gente vai estar diante de resultados eu do científicos a infectar diante de pseudociência não eu não quero que vocês eu quero ciência e como é que a gente faz então ele vai dizer o seguinte por exemplo se você quer concluir algo sobre cisnes que tem lá num determinado o lago ou nos Lagos né de locais onde tem cisnes e você vai lá e vai observar cisnes você olha o siso falar esses em que passou aqui é branco esse outro Cisne Branco esse outro Cisne Branco ouvir 10x hoje todos eram cisnes brancos e talvez todos os dias e sejam brancos né mas aí eu vi depois outro dia eu fui em outro Lago tinha mais 10 20 30 100 cisnes brancos Será que eu posso concluir e todos os cisnes são brancos quando eu tiver observados em cisnes né Será que eu posso concluir que todos os cisnes são brancos observar 100.
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