PREMONIÇÃO 6: LAÇOS DE SANGUE é bom? – Vale Crítica

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Super Oito
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Video Transcript:
Na década de 60, uma mulher prevê o desabamento de um prédio e evita a morte de uma cabojada de gentes. Décadas depois, sua neta começa a ter pesadelos recorrentes sobre esse tal incidente. É então que, cansada dessa tortura psicológica, ela decide voltar para casa em busca de respostas.
Porém, o que ela não podia imaginar é que estava prestes a entrar num ciclo de incidentes violentos e descatembantes junto com sua família. Olá, escapadores do além. Olá, escapadoras da lenha.
Eu sou o Otávio Uga. Este é o Super Oito e hoje, sexto filme dessa macabra franquia que começou em 2000 como mais um terrorzinho adolescente slasher, mas que mostrou sua peculiaridade por conta de um assassino invisível que provoca acidentes mirabolantes e brutais. Eu fiz um revisando a franquia bem completo aqui no canal.
Quem quiser dar uma relembrada antes de assistir a esse filme, só aproveitar e curtir. E não se preocupe, o quadro vai voltar com uma baita novidade, inclusive. Eu só preciso de um pouquinho mais de tempo para poder me organizar, porque que isso?
Você tá assistindo a esse vídeo no vaso? É isso mesmo, gente? Eu não sabia que a gente estava tão íntimo desse jeito.
Eu espero que não esteja faltando papel, né? Assim como você aí tomando banho, que eu prefiro não olhar muito porque dá para ver as suas partes. Tá tudo certo aí?
Tá faltando nada não. Sabonete, shampoo, condicionador. E você aí na cozinha lavando o prato tem detergente, esponja suficiente?
E você aí atrás preparando ranguinho delícia, tem todos os ingredientes necessários? Pois se tiver faltando alguma coisa, se tiver precisando de alguma coisa, não precisa se preocupar, é só entrar no app daqui e fazer a sua compra daí mesmo, de onde você tá, que ligeirinho chega para você, porque a daqui é o app de mercado mais rápida do Brasil. Eles prometem entregar em apenas 15 minutos todos os tipos de produtos na sua porta.
Isso porque a daqui não é uma intermediária, mas ela tem suas próprias lojas com seus próprios produtos e seus próprios entregadores. Ah, tá. E você não precisa só pedir o que tá faltando emergencialmente.
Você pode fazer a compra da semana, da quinzena ou do mês, porque lá tem frutas e legumes fresquinhos, bebidas, ingredientes pra sua receita, itens de padaria, proteínas, produtos de limpeza, tudo para você ter o máximo de comodidade e não perder tempo tendo que sair de casa, pegar um carro, ir no supermercado. Melhor usar esse tempo para alguma coisa para você, né? para assistir um filme, uma série, para jogar videogame, para ficar de bobeira.
E agora em maio tá rolando o aniversário daqui com diversas promoções dentro do app. Isso significa que não tem cupom de desconto nosso aqui? What?
Nan nina, não. Tem cupom também, Super 825, que te dá R$ 25 de desconto em compras acima de R$ 149. Dá para usar esse cupom três vezes para cada CPF, tá?
Pegou a dica então de como fazer as compras do mercado sem sair de casa, sem precisar gastar tempo demais com isso. Para te ajudar tem link na descrição, comentário fixado, ou basta apontar o seu celular para esse QR code aqui e baixar o seu aplicativo. E aí, quando você menos esperar, ó lá, o entregador da daqui tá na sua porta com a sua compra.
Mas agora chegou a hora de ver o que esse sexto filme da franquia Premonição nos trouxe. Então, simbora. Esse filme fala sobre o que?
Primos não são. Laços de sangue servem para amarrar bolsas de transfusão? Posso levar a criança pro cinema, porque esse é um filme que pré vê tudo isso e muito mais.
Agora, perguntinha aqui para vocês. A qualidade de uma obra é diretamente proporcional ao tempo que se gasta para sua realização? Hum.
Uhum. Ok. Concordo com quem diz que depende, porque isso não é uma regra, mas uma coisa é certa, tempo pode ser sim um aliado de uma produção, tá?
Mas por que que eu tô falando sobre isso? É porque desde que o primeiro Premonição foi lançado em 2000, do quinto paraa realização de premonição seis laços de sangue, foi o maior período de tempo sem um filme novo da franquia. E te falar, isso me pareceu ter feito bem para que depois de cinco filmes desgastando as fórmulas, esse aqui pudesse chegar com um certo frescor de novidade e alguns bons aprimoramentos, de modo que eu talvez só não considere melhor do que o primeiro, pois para mim a originalidade e os riscos que ele tomou ao iniciar os caminhos que viraram marcas dessa série de filmes, ainda tem um baita valor.
Fora que eu gosto muito daquele protagonista. Eu acho que é o protagonista mais intenso de todos. Aham.
Sei, mas tirando isso, eu diria que esse sexto até superou o original em algumas questões que, na verdade, já haviam sido superadas pelas continuações, a começar pela sequência de abertura, que pode não ser a mais competente em causar novos traumas no espectador, mas apenas por não refletir um medo tão comum como um acidente de avião, de estrada ou de montanha russa. Como a abertura daqui se passa num restaurante construído no alto de uma torre, essa arquitetura mais peculiar e difícil de encontrar nos distancia um pouco mais da catástrofe que lá acontece. No entanto, a forma como toda a sequência é construída, aí sim é digno de elogio, desde a preparação com as pistas, maus presságios, apresentação da geografia do ambiente em sua completude, dando pra gente um panorama bem completo de tudo que podia dar errado e o destaque de alguns personagens chave passando pelos personagens escolhidos para protagonizar a situação, que dessa vez se mostrou uma coisa bem mais íntima do que os filmes anteriores, uma decisão bacana que proporcionou mais tempo para que a gente pudesse se aproximar desses personagens.
O que também deixou uma incógnita no ar de quem mais teria envolvimento ou ligação nesse quase acidente que inicia a trama que só foi evitada por causa da premonição. E falando na premonição, quando chego, vamos ver mesmo, o negócio que acontece aqui até potencializa a intensidade da sequência da ponte que abre o filme cinco. Ao prestar atenção em mais óticas, dando um panorama muito preciso do Cal generalizado, em que a personagem principal desse momento tenta achar uma saída entre o povo se atropelando e o desespero comendo solto.
Fora que sendo um lugar bem isolado e restrito, a sensação de perigo inescapável é preservada com maestria. Por fim, se as ideias do texto de Guy Music e Lorry Evans Taylor já propunham um alto potencial de tensãozinha e intensidade, sendo bem correspondidas pela direção da dupla Zlipovski e Aon Bein, que capricham na condução para adicionar ainda mais o caos e a plausibilidade, os efeitos visuais e sonoros selam o capricho e a verosilhança de tudo que é visto nessa abertura. Isso acontece, aliás, não só na abertura.
Esse início dá só um aperitivo das traquinagens que a morte vai aprontar nesse capítulo. Traquinagens tão brutais e cruéis como aquelas que a franquia apresentou em seus pontos mais altos não chegam a ser uma coisa totalmente realista. Para quem conhece essa franquia sabe que ela é famosa pelo espatifamento de gente de forma bem gratuita e esse filme nem tentou fugir disso.
Digamos que a violência gráfica aqui se aproxima suficiente do plausível, mas sem negar aquele ar singelamente absurdo e fantástico. Afinal de contas, se trata de um filme em que a morte persegue pessoas implacavelmente. Mesmo que ela não apareça aqui de forma materializada, é nítido o viés mirabolantemente fantasioso em suas realizações, maquinações.
E que maquinações? Inclusive, esse é mais um ponto em que Premonição 6 não fica nada a dever a seus antecessores. Depois da apresentação da protagonista e seu problema com pesadelos, que motiva ela a buscar respostas, o filme entra de vez naquela fase de confronto da moça contra a vilã invisível.
E enquanto ela tenta entender como a morte pensa e passa a caçar pistas por todo lugar, isso contamina a fotografia que leva a câmera a entrar no mesmo clima de neurose, frisando em qualquer coisa no cenário que possa oferecer um mínimo risco. E quando acha alguma coisa suspeita, insiste e frisa, insiste quase como se quisesse nos avisar para que a gente pudesse interceder, mas a gente não pode, obviamente. E é justamente essa nossa consciência impotente junto com a imprecisão de como as peças vão se encaixar até finalmente desgrumelar mais uma vítima que joga a tensãozinha mais para cima.
E olha, a morte aqui tá mirabolante como nunca, viu? Por mais que a câmera e ou os personagens consigam captar pistas, antecipar as rotas da vilã é uma tarefa complicadíssima. O que é ótimo, pois ainda que a gente tenha convicção de que um infortúnio vai acontecer, não dá para antecipar quando, como, em que nível ele vai acontecer.
Quer dizer, quanto ao nível, se tratando do sexto premonição, a gente consegue fazer uma ideia de que vai ser pesado e extraordinário. Quanto ao resto, realmente não dá para antecipar com facilidade. Às vezes a gente acha que sabe, mas tem algum tipo de desvio ali que muda o nosso panorama.
E é um roteiro que confia tanto na imprevisibilidade dos planos da sua vila metafísica que em certo momento a protagonista até antecipa com certa precisão como certo personagem vai ser atacado, mas ainda assim como não dá para compreender como essa teoria dela poderia resultar em algo letal, não parece ser a resposta certa. Mas como a gente já aprendeu nessa franquia, não dá para subestimar a morte. Quando ela quer uma coisa, ela não a ré do pé e faz qualquer coisa inofensiva se tornar perigosa.
Obstinação da morte, que inclusive é expandida aqui pela trama, que subverte aquela ideia comum nos filmes anteriores do protagonista que tem uma premonição, salva algumas pessoas e vê elas morrendo uma a uma logo depois. Uma calma também não é uma completa subversão, é o suficiente para que isso resulte em algumas novidades e potencialização dramática. Pois o que sucede?
Além da personagem premonitória e a protagonista não serem a mesma pessoa, o que dá uma embaralhadinha nas cartas dos papéis narrativos, a premonição inicial da vez salvou o número de pessoas muito grande e isso deu margem para que a trama atual fosse afastada da premonição original por muito tempo, décadas, o que foi útil para reforçar um viés investigativo no projeto. Pois tem mais coisa a ser desvendada aqui. E as respostas não são entregues de mão beijada, elas precisam ser caçadas ou deduzidas na base da tentativa e erro.
O problema é que a cada erro uma nova pessoa vai conhecer Jeová. E nesse caso, uma pessoa a mais faz muita diferença, porque todas as potenciais vítimas são importantes umas pras outras, já que elas fazem parte de um mesmo núcleo familiar. Mais uma novidade fruto da premonição acontecida décadas atrás e que faz com que os personagens aqui não tenham aquela mesma descartabilidade de alguns episódios da franquia.
Tudo bem que nem sempre os personagens lembram dos parentes que acabaram de morrer e raramente o luto dura mais do que uma bala juquinha, mas eles têm um certo perdão por estarem preocupados demais tentando salvar os restantes e pelo menos o luto e a preocupação são um tico mais consistentes do que nos filmes anteriores. Sim, com exceção do primeiro filme que valoriza bastante as mortes, elas são bem sentidas e ainda tem a neurose do protagonista para salvar todo mundo, mesmo que se arriscando, o que dá uma baita credibilidade da sua preocupação. Mas enfim, se depois que a franquia caiu na galhofa de vez, a graça se tornou ver o sangue espirrando da forma mais esdrúchula possível, o que até podia conferir as cenas um q de comicidade sórdida.
Aqui a gente não perde totalmente essa possibilidade, mas pelo menos como há uma inclinação maior para se importar com os personagens, já que até o mais chato acaba demonstrando características cativantes, a gente acaba ganhando em aperreiozinho ao ver essas pessoas na eminência de um perigo tão avaçalador, mesmo que o alívio semicômico ou uma ironia pontual permaneçam aqui ou ali. A diferença na prática mesmo é que eu não creio que o objetivo seja propriamente estabelecer um clima de humor ou de galhofa, mas nos dá uma suave desarmada, aliviar um pouco a tensão para em seguida voltar a nos aperrear. Porque se o negócio tá sempre lá em cima, é natural que a gente se acostume e fique de prontidão esperando o golpe.
Aí quando o perigo chega, ele não surpreende tanto como poderia. Agora, quando a gente tá despreparado com as carças arriada, o sustinho, o medinho e a tensãozinha podem agir com mais eficácia. Bom, como tá dando para perceber, eu achei esse um dos capítulos mais redondinhos da franquia.
Quem não curtiu nenhum dos demais, eu não creio que vai ser aqui que magicamente o conceito vai se transformar da água pro vinho, mas quem curte o conceito, quem curtiu um ou outro episódio, deve sentir esse equilíbrio com o qual esse projeto percorre do início ao fim, sempre com momentos inspirados, encurraladas criativas e planejamentos macabros intrigantes. Ah, eu não podia esquecer. Eu achei muito comovente a participação derradeira do icônico Tony Todd, que quase sempre dava um jeitinho de aparecer nos filmes anteriores, como o personagem William Bloodworth, um legista muito entendedor dos planos da morte e que aqui finalmente ganhou um histórico próprio.
Ainda que breve, esse histórico preserva a ideia das aparições anteriores do personagem, enquanto a doença terminal do próprio ator ainda foi incorporada na trama numa daquelas poéticas comunhões entre a arte e a realidade. doença essa que acabou por tirar a vida do Tony Todd em novembro de 2024 aos 60 anos. Nesse sentido, Premonição 6 me pareceu ter dado uma conclusão ao personagem tão condizente quanto respeitosa à memória do ator.
Já quanto ao resto do filme em si, ele continua brincando com hipotéticas formas de morrer exageradas, sanguinolentas e até, nesse caso, desrespeitosamente divertidas. Por que não? reforçando o pensamento de que às vezes é bom deixar uma marca como essa maturar um cadinho, deixar descansando na geladeira, pois isso pode dar tempo de chegar a ideias realmente interessantes que façam valer a pena a sua revitalização.
E essa é minha reação enquanto assisti ao filme. E lembrando que com o app daqui você não precisa mais sair de casa para fazer suas compras do supermercado. Você pode fazer tudo no seu aplicativo e chega rapidinho, porque a daqui é o app de supermercado mais rápido do Brasil, porque a daqui tem suas próprias lojas, produtos e entregadores.
Então, recebem seu pedido, já separam tudo e te enviam. Link na descrição, comentário fixado, ou já aponta o seu celular para esse QRcode aqui que já instala rapidinho no seu celular. Só lembrando que eu já fiz o revisando a franquia de todos os filmes de premonição, tá bem completo, só entrar aqui no canal e procurar que você vai encontrar e o quadro vai voltar, não se preocupe.
Só esperar um pouquinho assim, um pouquinho de paciência. Eu sei que eu tô cobrando bastante, mas espera aí um pouquinho. Então é isso, mais um super o tá chegando ao final.
Fico muito grato pela atenção de vocês. Muito obrigado. Eu tô no meu estúdio.
Quais são as chances disso acontecer?
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