[Música] na minha família a hospitalidade é sinônimo de comida então quando a gente vai receber alguém ou vai comemorar alguma coisa sempre tem comida não é pouca comida é muita comida quando você acha que você já tá feito sempre tem alguém para colocar algo mais no seu prato e você ainda faz com amar me tinha do almoço de domingo para garantir jantar então na minha casa a estabilidade é comer ea gente trata nossos problemas de todas as nossas coisas com comida eu tive a oportunidade de viajar é e com 14 anos eu fui morar na
tailândia fiz intercâmbio e fui morar lá e foi uma das experiências mais incríveis da minha vida porque eu tive que reaprender tudo tudo o que eu sabia até os meus 14 anos teve que ser reaprendido naquele momento de usar o banheiro ao conceito de morte então eu cheguei na tailândia fiquei três dias em bancoc com todos os outros intercambistas e depois peguei um trem de bancoc até a última cidade da tailândia bem no norte chamada xangai cheguei na minha família e cheguei na casa onde eu ia morar por volta da meia noite eles me apresentaram
o meu quarto e sumiram foram cada um dormiu e eu não achava o banheiro e eu comecei a abrir um monte de portas e não achava o banheiro então olha que abre uma porta de uma varanda externa no segundo andar e achei isso ali uma bacia sanitária um tanque pequeno e um tanque grande não tinha chuveiro não tinha pia e eu olhei para ele e falei tá primeiro primeiro pensamento foi tá que eu estou fazendo aqui o segundo foi tá como é que eu uso isso então foi um reaprendizado completo aquela foto ali a maior
eu estou constrangida na frente de um túmulo como o tailandesa é budista e acredita em reencarnação em karma morrer significa que você vai para um outro lugar para um lugar melhor então existe uma celebração existe todo uma comemoração desse momento e você é então tira fotos na frente do túmulo celebra enfim então foi todo esse aprendizado mas uma das coisas que mais me chamou a atenção foi é a hospitalidade tailandesa aos tailandeses é muito diferente da nossa é não existe o toque você não beija não abraça mas o sorriso de um tailandês é uma das
coisas mais aconchegante que existe eles são genuinamente acolhedores e de novo porque eles são acolhedores por causa da religião eles acreditam que quando você serve alguém quando você acolhe alguém você constrói karma positivo então servir é na verdade uma dádiva então esse foi um contato com a hospitalidade depois eu tive a oportunidade de morar na áustria e ea gente tem esse estereótipo do alemão do áustria com muito mais seco muito mais duro na verdade não foi isso que eu encontrei lá eu encontrei o que eu chamo de hospitalidade cidadã que é aquela em que quem
serve e quem é servido tem o mesmo status que recebi é tão legal quanto ser recebido então assim todas as pessoas que cumprimentam o serviço é super eficaz mas existe uma relação de igualdade entre quem está prestando serviço e quem está recebendo então isso foi um aprendizado muito legal uma vez cheguei numa loja as 1750 e pedir pra provar uma peça ea vendedora falou claro amanhã porque assim a gente fecha às 18 horas e eu não vou conseguir atender adequadamente então existe esse respeito entre quem serve quem é servido mais tarde ainda fui morar na
espanha e apesar do espanhol ser um pouco mais ranzinza e não naturalmente hospitaleiros mas também existe uma hospitalidade quase festiva até parecida com a nossa muito relacionada com a comida e enfim então esse é um processo de a gente aprender as diversas formas de hospitalidade e eu escolhi fazer da hospitalidade a minha carreira é trabalhar com com hotelaria gastronomia e turismo é na verdade entregar essa hospitalidade e em um dos hotéis que eu trabalhei na minha história a gente recebia todos os chefes de estado e de governo que vinham para o brasil então em um
ano é receber 32 chefes de estado e essa é uma hospitalidade protocolar é uma cidade altamente ensaiada em que tudo tem que ser cronometrado em que cada gesto tem que ser pensado um chefe de estado desse está vindo para assinar um acordo comercial você tem que entregar o que o país tem de melhor para ele mas ao mesmo tempo você tem que também entender o que ele quer o que ele acredita qual é a cultura dele quando a gente recebeu vladimir putin ele trouxe média todos os carros da comitiva vieram da rússia e ele pediu
pra que xampu sabonete desodorante do quarto dele fossem todos de uma determinada marca é e aí a gente estava com todos os seguranças da equipe dele antes de eu chegar e os seguranças entravam no apartamento para fazer a verificação e todo mundo saia com o mesmo cheiro então eles usavam era compartilhado o item de banheiro é quando a gente recebeu o emir do qatar a gente teve que reconstruir o banheiro ele é um homem de dois por dois e que precisava de suporte então todo o banheiro foi reformado para garantir o atendimento das necessidades físicas
dos hábitos dele então quando você recebe as pessoas você precisa entender o que ela espera você precisa entender qual é a necessidade dela hospitalidade tem a ver com o outro e aí o que falar da nossa hospitalidade né da hospitalidade curitibana muitos diriam que hospitalidade ea gente pode não ser os mais efusivos no elevador a gente realmente ainda precisa desenvolver a nossa hospitalidade em elevadores mas uma coisa eu posso dizer com toda a garantia eu viajo o brasil inteiro ea viagem praticamente todas as semanas a gente tem uma hospitalidade sim que é muito eficaz e
o curitibano quando se torna íntimo é um amigo e hospitaleiro para a vida inteira daquele que você pode pode contar até para esconder um corpo então eu acho que a gente tem que impedir esse estereótipo começando dando hoje no elevador então essa é a primeira idéia deste ted que é bem o elevador é mais falando nessa hospitalidade por que que eu queria porque eu quero falar sobre isso porque eu trouxe esse tema porque pra mim hospitalidade é acolhimento que é diferente de serviço serviço que você faz pelo outro você presta um serviço ao outro você
atende o outro hospitalidade é como você faz o outro se sentir é o acolher o outro fazer com que ele se sinta bem sendo quem ele é então hospitalidade é esse ato máximo de acolhimento quando a gente fala de hospitalidade no meu entendimento a gente tem três grandes coisas a atenção o respeito ea empatia atenção porque você precisa conhecer o outro precisa saber quais são os desejos e as vontades dele você precisa saber quais são as preferências você precisa entender a cultura qual é aquele ponto de vista depois vem o respeito pra você entregar alguma
coisa para ele sem o teu juízo de valor respeitando aquelas preferências respeitando aquela cultura respeitando aquele hábito e isso também é ser empático que é olhar para o outro e se colocar no lugar dele não com o teu filtro mas com o filtro do outro então os qualidade é esse ato máximo de acolher e é por isso que eu acredito que a hospitalidade pode mudar o mundo se a gente começar a acolher mais as pessoas a gente vai ter um mundo melhor a gente consegue fazer com que a gente seja mais respeitoso atencioso e empático
porque no mundo em que reiterou estão protegidos pelas telas virtuais no mundo em que os nossos representantes falam atrocidades o que a gente precisa de hospitalidade a gente precisa de atenção de respeito e empatia que não é possível que em 2019 alguém ainda não se sinta acolhido por ser quem é independente de gênero de raça de sexualidade de opinião não é possível que a gente não se sinta acolhido nesse mundo por ser quem é a gente tem que ter mais hospitalidade que tal a gente começar já levante e deu um abraço no colega do lado
vocês são curitibanos eu sei é estranho ah olha gente rolou o excesso de hospitalidade já tá todo mundo se abraçando loma dinâmica obrigada muito bem gente não lembra em duas coisas vão acolher mais o outro e vamos dar o elevador obrigada [Aplausos]