Finitude e o sentido da vida | Ligia Py

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Café Filosófico CPFL
A tensão que existe entre a certeza da finitude e o desejo da infinitude leva o ser humano a constru...
Video Transcript:
[Música] C [Música] Por que falar de finitude a cultura contemporânea ocidental parece querer negar a morte vivemos na fantasia da imortalidade se a realidade da morte evidencia a nossa finitude e temporalidade é também diante da Perspectiva da Morte que surge a urgência da Vida tema desta série do Café Filosófico dizem que a maior angústia do homem não é o medo da morte mas sim o de uma vida sem sentido como viver sem um propósito vida é oportunidade de fazer escolhas construir um caminho e deixar um legado aceitar a dor o fracasso e as perdas assim
como a alegria o sucesso e a felicidade é viver plenamente Nenhum de Nós é responsável pelo fato de ter nascido no entanto cada um de nós e todos nós quando alcançamos a percepção da nossa presença no mundo nós somos responsáveis pela nossa existência corresponsal por aquilo que os outros fazem da nossa existência Assim como nós somos responsáveis e corresponsáveis pela existência de outras pessoas isso nos dá uma dimensão muito interessante para nossa existência nessa aventura que é a nossa vida nós somos feitos nesta matéria de vida pulsante e somos feitos de material inorgânico Isto vai
nos acompanhando a vida toda até o momento em que nós ao morrermos nós temos Então essa oportunidade de estarmos nos integrando à infinitude do universo quer sejamos enterrados Voltamos ao útero da terra mãe quer sejamos evaporados em pó quer estejamos misturados águas de qualquer forma na nossa morte nós estamos entrando na infinitude da matéria Universal e nós temos essas formas curiosas de lidar com a nossa morte a dificuldade é tão grande de nós nos entendermos diante da brutalidade desta perda absoluta desse nunca mais que nós seres humanos vamos criando ilusões vamos criando expedientes muito hábeis
para que nós possamos lidar dar com issso esse tempo que é cronológico e aí Nós lembramos como os gregos erigiram esse Deus Cronos um Deus tirano um Deus que devorava os seus próprios filhos esse tempo que não conseguimos apreender E então nós temos um outro tempo nós temos um tempo que ainda foram gregos que nos inspiram que é o tempo caótico um tempo de intuição um tempo de vivência um tempo de oportunidades Quanto valem 10 minutos de espera por um telefonema que pode nos anunciar algo que mude a nossa vida e o telefone não toca
Quanto valem 10 minutos nos braços da pessoa amada essas diferenças nos levam a pensar como nós temos a oportunidade de fazer a nossa vida um pouco mais a nosso favor como nós podemos evitar para nós mesmos tanta tirania que nos colocamos para que nós possamos estar usufruindo um tempo que seja um tempo mais favorável quanto sofrimento nós temos por algo que passou e que se perdeu sem que a gente se lembre que é possível nós estarmos nos alegrando que é possível nós estarmos recobrando uma por aquilo que a gente teve em Casa Blanca há um
amor Fantástico vivido por aquele casal belíssimo boger com aquele Charme todo e a beleza inou da Ingrid Bergman e ele renuncia a ess amor ele renuncia a esse amor em nome de uma ética em nome de um Son sonho que faz com que as pessoas se liguem a um ideal coletivo para o bem comum estávamos em plena segunda guerra mundial com a França ocupada e esse amor foi vivido numa Paris que é invadida brutalmente e vejam que interessante Quando parece que tânatos o Deus da morte da destruição com invoca Eros o deus do amor e
no momento de despedida naquele momento em que vai haver o corte radical desta relação ele traz para ela a lembrança de que nós sempre teremos Paris esta lembrança é uma vivência que recorrida que recordada ela pode e deve ser celebrada esta celebração da nossa vida que tantas vezes nós esquecemos dela Celebrar aquilo que é bom aquilo que faz de nós pessoas felizes e é tão fugaz essa felicidade a Jara faz a seguinte pergunta para você como lidamos com o medo de finais precoces que podem trazer consigo a preocupação com aqueles que deveríamos cuidar os nossos
filhos como lidar com a com com o medo da morte dos filhos filho é um pedaço de nós não é filho não devia morrer n não há não há prescrição para ldar com com a morte dos filhos agora nós podemos pensar no medo talvez eu não consiga meent do Medo os medos vivem conosco agora como eu posso faz com que el não me paralise com Que el nãoa que eu trave e não possa vi antídoto éem aag de vi o mais plenamente possív com os filhos a coragem de uma doação sem medida no respeito à
autonomia dos filhos a coragem de ver os filhos se independerem de nós o medo da perda dos filhos para a morte não é tão diferente do medo da perda dos filhos para a vida nós parimos os filhos pedaços de nós mesmos e a tendência é segurar vou precisar brigar comigo mesmo para aceitar algo num filho que é contrário ao que eu penso é na coragem de perder os filhos para a vida que talvez nós possamos encontrar uma coragem para se for o caso podermos chorar a morte deles preenchidos por tudo aquilo que vivemos com ele
eles tão intensamente com esse amor profundo que um correlato pode ser mais ou menos o que falávamos do Casablanca nós sempre teremos Paris nós sempre teremos os filhos se nós temos fiapos de felicidade nós podemos tecer com esses fiapos algum tecido alguma tessitura que possa nos agasalhar nos nossos momentos de tristeza maior porque nós vamos sofrer Inexoravelmente Que pena que nós estamos vivendo uma época em que somos levados a tamponar os nossos Sofrimentos a criar ilusões de prazer que se desmancham tão rapidamente quando fal falamos que a percepção da nossa finitude pode nos ajudar a
dar um sentido diferente à nossa vida estamos falando que o mergulho no sofrimento é que nos dá essa chance de darmos um salto à busca de superações possíveis e não estamos sozinhos E é isso que podemos pensar que nessa busca nós somos todos interligados porque o nosso tempo de vida é um tempo comum a todos que sentido tem o nosso tempo de vida se não ser um tempo de convívio com outras pessoas e aqui eu gostaria de emprestar a minha voz a uma psicanalista amiga minha Sueli ela diz que a eternidade Talvez seja a memória
que nós possamos deixar nos outros memória muitas vezes que nos escapa por mais que a gente se prepare para perder eu me preparo há muitos anos a morte é um buraco não há um dia sequer que eu não sinta falta do olhar do meu pai sei que ele vive em mim reconheço na forma como eu escuto m o formato dos dedos dos meus pés meu sorriso é o dele a minha carne a palavras que foi ele quem disse suas histórias correm no meu Rio pessoas que nós conseguimos tocar pela palavra pelo olhar pelo toque por
um gesto E essas pessoas nos carregam e nos eternizam E aí nós ficamos Lando é esse o trabalho do luto tudo aquilo que nós perdemos pode ser reintegrado no nosso mundo interno para ser revivido fazendo com que nós nos enriqueçam e quanto mais nós integramos aquilo que se perdeu aquilo que do outro ficou em nós mais ricos ficamos de tantos ganhos que vamos tendo para e passo com tantas perdas que vamos sofrendo porque não é tão difícil envelhecer e pensar a finitude quando temos saúde quando temos vigor quando somos capazes de dar conta da nossa
própria vida mas é profundamente dramático Quando pensamos que a nossa maior longevidade que isto pode nos acarretar incapacidades isso pode acarretar mais doenças isso pode acarretar dependência e isso nos deixa Aflitos inquietos pensando nessa aade que não conseguimos apreender pensando que todos os esforços que fazemos para manter a nossa saúde para manter o nosso vigor para manter a nossa beleza para manter o nossos status sociais econômicos familiares todos esses esforços poderão ruir na vulnerabilidade que a velhice poderá nos presentear lugares de trabalho lugares familiares que nos pareciam tão sólidos que nos pareciam perenes e que
agora vemos o chão como que se gelatin nos nossos pés E agora José E agora José a festa acabou a luz apagou o povo sumiu a noite esfriou E agora José com a chave na mão quer abrir a porta não existe porta quer morrer no mar mas o mar secou quer ir para Minas Minas não há mais José e agora sozinho no escuro qu a bicho do mato S agonia sem parede nua para se encostar sem cavalo preto que fuja a galope você marcha José José para onde se nós não contarmos uns com os outros
e agora se nós não tivermos essa perspectiva de viver o tempo comum finito um tempo que acaba assim mas um tempo que pode se eternizar quando alguém capaz de nos dar a mão de nos dar uma sustentação alguém é capaz de nos olhar de nos escutar nesse momento de vulnerabilidade e nos ajudar a pensar essa transitoriedade de tudo de tudo transitoriedade que acontece no nosso corpo como uma amostra da transitoriedade de tudo que acontece no mundo e no universo é uma realidade concreta que não há necessidade de ficarmos presos a um edonismo vazio de sentido
que nós possamos pensar que viver momentos profundos de alegria tem a ver com compartilhar pode ter a ver com a nossa solidão uma solidão que não seja um isolamento um isolamento perverso que nos afasta do outro e que nos degrada numa condição Cruel de aprisionamento discriminação mas uma solidão como a Dores lessen lembrou nos tempos atuais uma solidão que é um luxo é um luxo no mundo que perdeu a privacidade dos seus habitantes é um luxo podermos mergulhar no nosso mundo interno para nos darmos conta disso tudo que nós somos com toda a nossa vulnerabilidade
com todas as nossas potencialidades com a marca da nossa mortalidade mas com a esperança de podermos ter tido uma competência existencial de modo a construirmos um legado que possamos deixar com para aqueles que ficam a comunidade social nega a morte exalta a juventude e coloca o hedonismo vazio como o nosso grande ideal e nos ilude com essa falsa sensação de felicidade que acaba muito rapidamente né falar da do envelhecimento da finitude das vicissitudes do ser humano da nossa vulnerabilidade é falar da construção da Felicidade humana a contradição é justamente essa quando nós nos deparamos com
esses temas reais concretos nós temos a oportunidade de criar um convívio entre nós muito mais proveitoso de usufruir de felicidades de verdade de usufruir de solidariedade humana não é no consumismo vazio que nós vamos ter isso nessa saciação ilusória nós vamos nos saciar se nós tivermos efetivamente amando com profundidade se nós tivermos generosidade para entregar ao outro um legado pensar na morte é pensar numa vida mais rica pensar na minha morte é pensar que eu não quero deixar uma marca de mediocridade eu quero deixar uma marca de riqueza de sentimentos de riqueza de produções para
contribuir com as gerações futuras então neste mundo que a cena com esse vazio de prazeres imediatos de gozos nós respondemos com uma proposta nós queremos pensar que nós somos precários nós queremos pensar que nós adoecemos nós queremos pensar que nós ficamos dependentes do outro nós queremos pensar que nós vamos morrer nós queremos pensar que é preciso deixar o mundo melhor para os que ficam aí então é essa resposta que nós podemos dar e quem dá essa resposta isto aqui está integrado numa forma de resposta se hoje fizermos a melhor escolha em tudo não apenas em
nossos atos mas também em nossas palavras em nossos pensamentos então teremos uma experiência incrivelmente feliz no momento da [Música] morte a velice pode ser o tempo da sabedoria isso se não lutarmos contra o tempo isso se nos deixarmos levar aprendi muito com a velice Acho que fiquei um pouco mais sábio sábio não é quem sabe mais que os outros o tal tching faz uma distinção entre o erudito e o sábio o erudito é aquele que ajuntou muitos saberes o sábio é aquele que saboreando os saberes ajuntados se dá conta de que muitos deles não TM
gosto ou tem um gosto que não lhe agrada o sábio degustador se livra deles o erudito soma saberes o sábio diminui SA ele escolhe o que é essencial os saberes essenciais são aqueles que nos ajudam a viver existe uma velice encoberta Que Nós não vemos uma velice invisível se nós conseguimos dar visibilidade a velice no sentido social de que os velhos são muitos e mais e aparecem nós temos uma invisibilidade de uma velice dentro das casas uma velice solitária uma velice isolada solidão no sentido do isolamento e uma velice usurpada Que Nós não vemos nós
temos dificuldade de de encontrar né então é os problemas são tantos e tantos que nós precisamos realmente nos manter não só competentes profissionalmente competentes existencialmente e militantes nós precisamos continuar militando por por isso todo esse movimento da revolução da longevidade fala a favor de se criarem condições mais amigáveis para que as pessoas com algum tipo de vulnerabilidade por exemplo os idosos possam ter uma vida mais digna a dignidade tem a ver com o respeito né o autorespeito o respeito ao outro e o respeito que o outro deve ter por nós e um respeito que inspire
solidariedade o respeito à autonomia das pessoas né isto na vida e na morte respeitar as pessoas idosas naquilo que as pessoas decidem assegurar o poder de decisão nós temos o dever de nos proteger Protegendo o outro a bioética da proteção ela vem falar exatamente nas nossas responsabilidades de estarmos atentos à nossa ao autoproteção e a proteção do outro especialmente dos vulnerados daquelas pessoas que têm suas fragilidades maiores nós vivemos hoje um um momento também bastante interessante eh Há uma ênfase para que se dê condições de vida melhores para os mais velhos e E isso nós
conseguimos nós temos uma política públ que assegura à pessoas mais velhas contribuintes ou não alguma coisa em termos financeiros para o seu sustento e o que vem acontecendo é que as famílias que estão em situação dos seus membros de desempregados ou não empregados as famílias estão sendo adas por esses idosos então é alguma coisa assim interessante em todos os níveis não é sóa família muito pobre não pessoas que os casamentos acabam e há dificuldades com os filhos que voltam para casa da mamãe há situações com os idosos que são deploráveis me lembro de uma idosa
que filha se separou voltaram todos paraa casa dela e o que a filha com os netos e o que aconteceu ela cedeu o seu pequeno apartamento para acomodar filhas e netos se transferiu para o quarto dos Fundos o chamado Quarto de Empregada pequeno as coisas dela se perderam enfim a vida dessa mulher virou do avesso e ela era uma mulher que tinha a sua autonomia tinha o seu lazer tinha o seu grupo de pertencimento e por conta dessa situação familiar eh ela realmente adoeceu e um dia a filha dela me apareceu lá e disse mamãe
não pode morrer porque mamãe se morresse o provento dela terminaria E só ficaria aquele apartamento pelo qual a filha não conseguiria pagar nem um condomínio Então esse é um exemplo para vocês verem que muitas vezes essa situação dos idosos né acabam carreando problemas familiares que os idosos encampam e a dignidade dessa mulher foi para onde nós somos um ser biográfico nós escr vemos uma história e que essa história tenha um sentido direcionado para se inscrever na história da coletividade humana esta a nossa responsabilidade os nossos ancestrais deixaram gravados nas cavernas inscrições que mostram essa preocupação
nós os eternizamos quando pela ciência antropológica pela história nós conseguimos remontar todo esse percurso esse tecido histórico que nós temos Fantástico nos ajuda a criar o nosso próprio tecido a fazer com que a nossa vida seja também captável numa história que se conta que pode nos imortalizar porque afinal Imortais mesmo ditos pela mitologia dito pelas religiões são os deuses nós Mortais Não nascemos prontos como os deuses nascem nós nos Fazemos entrelaçando o passado ao futuro com es anças renovadas e muitas vezes com tanto desperdício tanto desperdício da nossa capacidade de viver mais próximos de uma
Plenitude se a vida é uma grande aventura nós não fazemos a aventura sem correr riscos se nós somos Mortais nós não vivemos sem arriscar morrermos antes daquilo que a nossa ilusão prevê nós vamos Fazendo a nossa história nós vamos fazendo a cultura nós vamos fazendo a arte fazemos dessa nossa vulnerabilidade alguma coisa que se torna tão forte tão sólido que atravessa o todo o tempo talvez por isso mesmo del ten pensado na velice como uma fase vulnerável sim não é mais a consciência da finitude que nós temos de uma maneira velada mais agora de uma
maneira próxima de uma maneira mais concreta mas ele diz o que a velice pode dar não é uma eterna Juventude com toda a sua do Corpo Velho o que a velice dá é alguma coisa que possa fazer da Liberdade que temos maior nesses momentos da vida algo que entrelace as peças dessa máquina humana e que possa criar uma toas as idades terão em perspectiva de toda sua trajeta de vida de toda his de tudo que viu acontecer no mundo de sucesso e de fracasso marcado no se próprio já se disse que a velice entrar na
velice é viver uma crise viver a crise é preciso a crise é o rompimento de uma estrutura mas com a possibilidade de um rearranjo desses fragmentos este catar os cacos para reconstruir algo novo e muita coisa vai ficar para trás quando vamos no nosso envelhecimento cheg próximo dessa consciência Clara da chegada da nossa morte nós podemos pensar alguma coisa muito curiosa que veio não com um ser humano mas com um robô vocês lembram do Caçador de Androides aquele filme Blade Runner o humano criou algo mais forte que ele mais poderoso do que ele e deu
a Esse instrumento uma forma de pensar próxima à forma humana este Androide quando tem sustentado pela mão humano a beira do precipício bastava que ele fizesse um simples gesto de soltar e o humano despencaria para uma morte absolutamente certa mas ele não faz ele ao invés disso ele resgata o humano e o mais curioso é que ele resgata o humano porque ele Androide pensa na sua própria morte ele tem um tempo de validade e o tempo dele está esgotando ele vai morrer e no momento em que ele vai morrer ele valoriza tanto a vida que
ele salva a vida do outro então nós ficamos pensando na nossa capacidade de salvar a vida do outro Principalmente as pessoas mais velhas que já viram tantas mortes Quais são as nossas chances de dar a mão ao outro e salvar a vida do outro quando nós nos defrontamos com a nossa própria morte e vemos que essa dádiva que recebemos da vida este presente que recebemos está acabando Vamos para o nada absoluto e o robô diz algumas coisas para o humano dentre as quais alguma coisa que vale a pena a gente pensar quando nós nos tornamos
tão poderosos quando nós nos tornamos tão arrogantes achando que podemos fazer tudo e ficamos tão frustrados estão murchinhos porque não vamos fazer tudo o androide diz nas minhas andanças pelo universo eu vi coisas que vocês humanos não acreditariam e ele vai descrevendo maravilhas que ele viu e conclui algumas dessas coisas ficarão perdidas no tempo como lágrimas na chuva e isso acontece tanto conosco quantas das nossas coisas ficam perdidas no tempo como lágrimas na chuva Talvez o sentido da finitude na velhice seja um pouco recolher algumas coisas Que Deixamos perdidos ou então encarar as nossas perdas
com realidade e encontrar algum sentido em algo que se perdeu como lágrimas na chuva mas em se perdendo não se perdeu porque se integrou a infinidade do universo nas águas que rolam sempre [Música] mesmo em meio a adversidades é possível encontrar forças para acreditar e lutar pela vida no momento em que a humanidade se deparava com a culdade nazista em um brutal extermínio humilhante e discriminatório um dos prisioneiros dos campos de concentração o médico psiquiatra Victor frankel se surpreende com as possibilidades de surgir daquele sofrimento profundo o impulso de viver essa sucia foi relat no
Liv em busca de sentido Por que Victor FR foi Pens bua seno momento que [Música] Vigo absolutamente positivo que coloca Human Busca de Um Mundo Melhor não para si apenas mas o mundo melhor para todos esse impulso de viver que não precisa necessariamente vir do horror nós temos isso em mãos nós temos o conhecimento que é uma outra dádiva fantástica dos nossos tempos essa avalanche de possibilidades de conhecer nós temos a arte nós temos os outros nós temos os nossos amores nós temos as pessoas que podem nos ajudar a buscar esse sentido alguns têm um
privilégio Supremo de ter uma fé Religiosa e nesta fé as pessoas encontram o sentido para sua vida transitam entre a sua carnalidade a sua abilidade a sua mortalidade e a infinidade do pertencimento ao Divino ao poder maior ao Supremo trabalhando com pessoas próximas a morte nós vemos que as pessoas com fé religiosa TM um modo de terminar a vida diferenciado traça um caminho na sua terminalidade com um sentido que está dado a ela pela fé que não tira o sofrimento mas trazem a esperança não permite o desespero é uma força inexplicável é um mistério e
justamente é fé porque é mistério já me disseram isso e quem não tem a fé religios vivendo os momentos finais com algumas pessoas que morrem de mãos dadas conosco aí lembramos que essas pessoas elas têm uma visão do infinito que nós falávamos aqui no início isto que alivia esse momento trágico do confronto com o nada absoluto luto o encontro com a beleza do universo o encontro com a infinitude já ouvi também pessoas agnósticas próximas à sua morte dizendo a eternidade é música outras religiosas ou não essas a eternidade é o amor que eu sinto pelas
pessoas e que deixo nelas Isto é a marca da infinitude não consigo fingir que não estou com medo mas meu sentimento predominante é a gratidão amei e fui amado Recebi muito e dei algo em troca li viajei pensei escrevi tive meu intercurso com o mundo o intercurso especial dos escritores e leitores acima de tudo Fi um ser sciente um animal que pensa neste Belo planeta e só isso já é um enorme privilégio e aventura alguém próximo a sua morte que diz pensa e sente o meu sentimento maior é de gratidão quantos de nós seremos capazes
próximos à nossa morte de ter esse sentimento de gratidão pela vida Talvez nós só possamos alcançar esse nível se nós tivermos aquilo que falávamos dessa tal competência existencial aquilo que procuramos ser tanto nas nossas profissões nós procuramos ser éticos profissionalmente nós procuramos ser competentes nós somos rigorosos com os nossos trabalhos com os nossos horários nos entregamos ao trabalho com uma competência ímpar e agora a gente se pergunta e a competência existencial Nós deixamos de cuidar da nossa alimentação Nós deixamos de cuidar dos nossos sono Nós deixamos de cuidar do nosso lazer Nós deixamos de cuidar
da nossa saúde do nosso corpo a nossa competência para amar e ser amado para dar e receber para sofrer e gozar para distinguir o ismo vazio da felicidade esta competência para que nós não cheguemos ao final da vida mediocri mas possamos chegar ao final da vida com esse sentimento de gratidão falar da morte da finitude da eternidade falar da Fé religiosa falar do ateísmo ligado à eternidade do universo e da beleza é algo que nos comve e é isso é essa amizade esse fio amoroso que perpassa e que nos permite nos permite comover todos nós
estamos movidos por essa reflexão é alguma coisa que na solidão de cada um de nós aqui na solidão da minha fala na solidão da reflexão de cada um está esse sentido amoroso que nos dá esse passe livre para falarmos de coisas tão dolorosas E falarmos de coisas tão sublimes que nós possamos unir ao final da nossa vida todas as peças desta esta máquina humana esta máquina pensante esta máquina amorosa esta máquina de sofrer que nós possamos reunir tudo isso e darmos Graças por termos vivido darmos Graças às pessoas que conviveram conosco e podemos nos despedir
delas de frente para a nossa morte Triste sim porque a vida foi boa e não é bom sair dela mas revivendo a felicidade de ter vivido mais reflexões sobre este outros temas você encontra no site em Facebook do Instituto CPFL e no canal do Café Filosófico CPFL no YouTube [Música] gra de [Música] Pies con [Música] uve mon [Música] laa
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