Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade | Nuno Lobo Antunes

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Drauzio Varella
TDAH é um distúrbio que afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar. Dificuldade para manter o fo...
Video Transcript:
olá meus amigos na internet eu estou em portugal na cidade de lisboa onde vim pra conversar com o meu amigo nuno lobo antunes onu e médico neuropediatra especializado no estudo e no tratamento dos problemas relacionados com o desenvolvimento infantil nós vamos começar conversando com o núcleo vai fazer companhia para nós aqui no nosso canal durante muito tempo falando sobre o défice que atenção e hiperatividade que nós chamamos no brasil ltda a h o que em que consiste esse déficit federal e eu diria o seguinte quando tem uma criança que tá sentar na minha frente é
que os pais dizem será que eu tenho esse transtorno quais são as perguntas que me vem à cabeça têm essa criança mais dificuldade em se manter focada em ter essas que existem exigem força mental não estou falando do jogo de consola não matemática história comparando com os seus colegas têm ou não mais dificuldade em se manter focado na primeira pergunta a segunda pergunta é essa dificuldade é testemunhada por diversas pessoas é o professor de matemática crise que fala é explicadora ea mãe quando faz o trabalho de casa toda a gente se queixa que se desliga
com facilidade tem dificuldade em se manter concentrado é o segundo aspecto o terceiro aspecto é perguntar se essa dificuldade é suficientemente intensa importante para provocar problema - resultados da escola não são tão bons quanto à sua inteligência a faria a prever para fazer cada trabalho não fica do morango horas em trabalho por fazer em minutos e assim eu não vai brincar e tem e prejudica também a não consegue conviver com os outros porque demora muito mais tempo então se você tem um link que têm dificuldade em cima divulgado essa dificuldade é testemunhado por diversas pessoas
e claramente o prejudica então eu tenho com grande probabilidade é um transtorno de déficit de atenção e hiperatividade só tem mais uma pergunta que é preciso fazer será que os pais estão denunciando será que alguém está doente em casa ou seja será que há uma circunstância ocasional que perturba a criança o comportamento das crianças de caracteriza pela atividade às vezes e santi a criança não para agora pra cá e pra lá como é que você diferencia a essa atividade vamos chamar de normal da hiperatividade relacionada com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade saberá
se todas as perturbações do desenvolvimento outras turmas se quiser são medidos pelo impacto não é que o comportamento tem sobre o próprio sobre os outros uma criança que é naturalmente ativa é não esse comportamento não tem um impacto negativo sobre ela para o contrário serve para explorar para conhecer e é absolutamente estimulado o problema é quando essa agitação resulta da incapacidade de manter focado numa tarefa importante ea inter fair com o seu aprendizado interfere com a tranquilidade da aula a tudo interfere com as amizades e os outros meninos tenham cansados da dessa criança que dão
que não permanece na brincadeira então é essa noção do que uma um transtorno se e ser valia pelo impacto é muito importante claro que têm algum grau de subjetividade mas eu acho que ninguém a qual o médico para um problema dessa ordem se não tiver uma ideia muito clara do que o potencial daquela criança não está a ser completamente 7 8 e realmente prejudica de uma maneira importante ano quando as pessoas pensam nesse déficit de atenção e hiperatividade em geral se referem a meninos e as meninas também apresentam entender h é a de dois tipos
as meninas que têm o mesmo tipo de comportamento que já passo também muitas citadas a mais em cada três meninas duas têm dificuldade em manter a atenção é manter o foco mas não são imperativas não são demasiado agitadas deve ser por isso que se diz que a proporção dos rapazes com distúrbio de atenção é quatro vezes superior à das meninas eu acredito que se deve o facto de as meninas passarem despercebidos elas são capazes de se manter focadas e olhar para professor mas a cabeça está lá no catar no outro lugar mas demoram mais tempo
a fazer os trabalhos e tudo mais e em boa verdade o diagnóstico para as meninas é ruim ter dado cerca de 45 anos quando se encontraram com o rapaz quando estudei medicina não se falava em transtorno de déficit de atenção e hiperatividade entender h hoje nós temos um grande número de casos é moda isso se diagnosticou foi inventado recentemente eu não eu não acho que seja a moda não penso que seja moda eu penso que estamos muito mais atentos às nossas crianças e aí esse tipo de problemas quando eu estava na escola primária o meu
professor tem em cima da secretária uma palmatória uma régua eu não sei como funciona a moratória da história bom claro que ninguém se mexia todo mundo estava quieto porque tinha medo não é verdade tinha medo eu trabalho em cima da mesa para a gente ficar bom então hoje em dia naturalmente nós não queremos educar as nossas crianças assim e ela se manifestou mais naturalmente por outro lado a antigamente e as famílias era muito numerosas e portanto não havia nem tempo para para perceber o que se passava não dava pra escola sai da escola não é
não havia duas crianças - passavam da infância diretamente para a idade adulta bom e portanto eu acho que aquilo que sucede é verdadeiramente é que à medida que a sociedade se educa à medida que as pessoas vão tendo consciência à medida que os que os direitos da criança eo respeito pelo seu desenvolvimento aumenta naturalmente que os diagnósticos também aumentou porque estamos mais atentos o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é um tipo de transtorno que não têm um diagnóstico não tem um exame laboratorial que permita fazer o diagnóstico o diagnóstico é sempre esse objetivo
no qual é quais são as consequências de não fazer o diagnóstico ou de fazer esse diagnóstico muito tardiamente na evolução do transtorno o brasil deixa de dizer que eu diria quase todas as os transtornos psiquiátricos o desenvolvimento não têm marcador biológico você pensa na dispersão vocês sabem que está deprimindo só chora não tem vontade de viver nada lhe interessa e no entanto não análise de sangue novo exame o diagnóstico é real é uma coisa se passa com o transtorno vai acontecer de ser subjetivo não implica que é invenção não é bem é bem real e
com consequências muito sérias não estamos só a falar de que tem problema na escola não tem três a cinco vezes mais acidentes do que a população em geral duplica o abuso de droga na docência curiosamente o divórcio dos pais somente três a cinco vezes nas rampas pais da criança é verdade porque muitas vezes cria uma prisão entendo você não vai ao café você não tem um fim de semana não têm com quem deixar a criança por ninguém fica com ela existe uma base uma explicação neurológica para o déficit de atenção e hiperatividade existe sim eu
vou tentar explicar pra você de uma forma simples a os nossos pequenos de janeiro como o brasil sabe as células nervosas falam umas com as outras bom é que o que acontece é que o lobo pré-frontal a parte mais à frente do cérebro as células falamos com as outras utilizando uma substância química nos chama de neurotransmissor dopamina bom nas pessoas com défice de atenção a uma falta dessa dopamina então é como se estivesse falando com você um celular e houvesse pouca rede houvesse interrupções não falasse bom não soube se bem e é isso que acontece
quando você dá a indicação é como que aumentar a rede de celular falar entre si de uma forma mais mais perfeita então essa é a base da biológica neurológica do transtorno é é uma desafinação química que é corrigível você recebeu uma família que vem com criança você tirou a história o desenvolvimento da criança chegou à conclusão que realmente ela se enquadra um diagnóstico que deve se a atenção e hiperatividade como é que você como médico conduz a partir do diagnóstico feito ora bem eu tenho que ter sempre em atenção que crie dois aspectos fundamentais a
criança vive no sistema ecológico criança família escola se você mexe com você mexe necessariamente com os outros dois então se quiser fazer uma intervenção cuidando da criança você tem que cuidar também da família e cuidar também da escola das estratégias para a escola a estratégia para a família psicologia educação também o outro aspecto é a você compreender se para além do défice de atenção existem outros problemas emocionais estão condicionando ou ampliando o problema então você tem que ter uma visão bem global bom depois disso feito você tem que pode vir a ser a intervenção é
uma intervenção meramente psicológica o farmacológica isso depende de muita coisa se for uma criança muito pequena você vai tentar evitar ao máximo a utilização de indicação e vai tentar primeiro intervenção comportamental sou uma criança em idade escolar eu posso dizer sem sombra de dúvida que a medicação é a melhor resposta mas como pelo menos dois terços têm outros problemas associados aí você tem que estar sempre em colaboração com o psicólogo não é que e trabalhando em conjunto com os novamente com a escola e com a família a indicação não é inimigo do psicólogo não são
campos divididos são campos que têm de colaborar para o cuidar global da criança muitos médicos e muitas pessoas da sociedade também tem preconceito contra a medicação já mas fico dando remédio para as crianças a deixar as crianças mais espertas para aprender as coisas como é que você vê esse tipo de crítica e opinião dá muito trabalho existem em portugal e há muita gente que fala sem saber sem ter a experiência sem ter o conhecimento sem estudar sem ter estudado é uma praga uma praga mesmo é item vários problemas porque não só as famílias que estão
brincando se sentem angustiados que venham a ser ver como muita gente que podia ser ajudada não é deste modo e quem é que a gente vive falando mal da medicação são os peritos são os médicos não é socióloga política é jornalista bom a verdade é que em termos de eficácia para o défice de atenção a medicação é seguramente mais eficaz é conhecida desde 1940 é muitíssimo segura tem poucos defeitos acessórias e muitas vezes salva vidas no sentido da qualidade quantas vezes eu tenho mais lágrimas nos olhos e dizer agora sim eu acho que a minha
filha ou meu filho estão a realizar o seu potencial é como se fossem salvas entendo então eu fico mesmo bravo com 2 dizer em separado desses em relação à medicação o medicamento é usado por quanto tempo existe um momento que se diz agora chega eu costumo dizer assim o problema vai de férias de fim de semana se o problema vai de férias de fim de semana é tão publicamente também vai se o problema não vai de férias então praticamente não vai também é bom o que eu quero dizer com isso se só tem de dizer
tensão sem outras características de impulsividade e agitação grande que perturba todo mundo da família o próprio então se calhar só vale a pena dada em tempo de escola seu comportamento é muito de rotativo e cria problemas graves na sua relação com os outros então o problema não é apenas na escola e deve ser mantido também durante as férias e fins de semana o problema permanece sempre essa decisão individualizada que o médico com experiência vai pesando e tomada de decisão como a família é que muitas vezes não doutora eu próprio me pede porque sempre mais controlado
e as pessoas têm a melhor relação com ele outras dizem final eu já não pensa nas férias não é necessário estamos bem e quando você chega à conclusão de que talvez possa parar o tratamento que pode ser interrompido bruscamente o tem que ser descontinuado é minimamente uma das vantagens deste medicamento depende da formulação mas imagina que tem 12 horas da ação dos mais prolongados por volta disso você toma as sete da manhã e dura até sete da tarde a partir daí um medicamento já não está em circulação então em boa verdade a um medicamento para
todos os dias a partir de uma certa hora aí não se trata de fazer nenhuma espécie de semana você pode tomar um medicamento durante 20 anos e na segunda-feira desabou não precisa imagem não tem que fazer uma espécie e não há nenhum tipo de síndrome de abstinência em 11 0 eu costumo dizer que eu quando quero ver ponho os óculos para ler não preciso ler que os outros então basicamente pode ser utilizado até ponto aumento em nada alguns dias em que eu me sinto melhor focagem o maior exigência sobretudo em estudantes universitários de fora dos
períodos da prova eu posso dispensar esse mito de que essa é a droga da inteligência não é verdade tomara eu que força a droga dentro de si a íamos todos os brilhantes mas é um é infelizmente não faz milagres a única coisa que a medicação faz é aumentar a capacidade de concentração aí o trabalho que você tem rendido mais agora o mérito a inteligência a há a vontade de ser bem sucedido interesse era isso não depende da indicação ea medicação não faz milagres além do tratamento medicamentoso que tem indicações específicas no déficit de atenção e
hiperatividade que outro tipo de abordagens não medicamentosas vocês costin costumam utilizá lá naturalmente estratégias é em casa e na escola que os psicólogos podem é fornecer não é sobretudo na área chamada cognitivo comportamental mas dado que isto é um problema físico é essa abordagem é complementar ajuda mas não creio que nos casos que necessitam mesmo de atenção resolvam sozinhos o problema e depois a mostra que está o medicamento trata aumento da capacidade de concentração a renová reduzir a ansiedade que é frequente cima nestas crianças não vai tratar da sua autoimagem não é não vai a
tratar a eventualmente a adopção que se instalou em consequência da sua fraca autoimagem tudo mais é é a um conjunto de outros aspectos que não sintam da intervenção psicoterapêutica que não depende de todo da farmacologia há muita coisa que não se vende na farmácia quando você prescreve a medicação para o tratamento do déficit de atenção e hiperatividade os pais no estranho não ficam preocupados não tem medo de estigmatizar a criança que a criança seja vista com maus olhos pela sociedade sa braço eu fico há muito sangue gado quando as pessoas falarem o que querem é
pôr um colete de forças nas crianças que aumentarem paz querem é bom eu devo dizer que nunca tive uma família sentado na minha frente e eu recomendo que não engoliu duas outras vezes em seco em torno não tem outra alternativa fala sempre aquela história do medicamento natural é e e na verdade é algo que possa prejudicar as suas crianças bom e muitas vezes escondem da família acho que se escondem dos amigos porque o estigma associado curiosamente não só a briga só como a própria doença é uma vergonha que é que é uma coisa interessante então
toda essa gente que vai falar do que não sabe vai aumentando esse estigma e vai e vai e vai aumentando essa essa vergonha o sofrimento dos pais é tanto que de fato eu acho que é um insulto enorme é isso free momento e os sofrimentos das suas os seus filhos toda essa gente que vai falando que as pessoas querem é é atacar a atacar as crianças como com uma corda o o ou algo assim eu perguntei essas pessoas vocês acham verdadeiramente são melhores do que os outras pessoas vocês acham que se propusesse a uma indicação
aos vossos filhos se vocês teriam de ânimo leve ou ficariam região todas as perguntas ficaram angustiados que faz pensar que são meus pais do que todos os outros que ocorrem esta ajuda a entender é então acho que é um insulto mesmo a ao sofrimento de todas essas crianças de todas estas famílias
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