Muito boa noite a todos vocês, meus amigos. Sejam muito bem-vindos ao Lente Católica, desta noite, dia 26 de agosto de 2024. Uma alegria tê-los por aqui! Aqui na região de Campinas, estamos sob um frio grande, né? Não sei se aí, de onde vocês me ouvem, também estão nesse frio que está por aqui, né? Acredito eu que quem esteja mais para o norte/nordeste não esteja padecendo de frio nenhum, né? Há duas semanas atrás, eu estive em Mossoró e, embora seja inverno aqui para nós, lá estava bem quente, né? Estava ventando bem, mas com o tempo
bem quente, né? Então, agora por aqui, estamos no frio, né? Numa onda de alguns dias com uma temperatura um pouquinho mais baixa, né? Aqui em Campinas, agora, 11 graus, né? A temperatura aqui, a sensação térmica é um pouquinho menor. Viu? Se a gente ficar parado no vento fora, a temperatura é menor. Muito bem, né? Então, na noite de hoje, vamos falar a respeito de uma das figuras mais controversas do cristianismo, da história do cristianismo, que foi Martinho Lutero, né? E também da história da Igreja, porque, afinal de contas, Lutero era católico, sacerdote, religioso professo e
que depois iniciou a sua rebelião, a sua revolução contra Roma, contra o papado, contra a doutrina da Igreja, né? Então, vamos entender um pouquinho a história de Lutero dentro do seu contexto, dentro da época em que ele viveu, da cultura que reinava naquela situação. Enfim, vamos falar um pouquinho disso aí. Aproveito aqui para acolher todos vocês que estão chegando. Se você não conhecia o Lente Católica e está conhecendo, seja muito bem-vindo! Já faça a sua inscrição aqui no canal da Comunidade Católica Pantocrator, ative as notificações, assim você pode receber os nossos vídeos, todo o nosso
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outras pessoas que você sabe que podem se interessar por esse tema, esse assunto, tá bom? Também gostaria de agradecer a todos aqueles que já contribuíram com a nossa campanha da evangelização digital. Nessa campanha de evangelização digital, nós procuramos, através dessa arrecadação mensal que fazemos, manter toda a estrutura que envolve equipe, artes, compra de materiais e manutenção do espaço. Enfim, uma série de coisas que são necessárias para que programas como este que você está vendo agora cheguem até a sua casa numa qualidade adequada, com um som bom, com uma imagem bacana. Então, para que tudo isso
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do nosso programa, vamos colocar tudo isso nas mãos de Deus. Para fazer a nossa oração hoje, eu vou começar com a palavra de Deus. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Carta de São Paulo, primeira carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 12, versículo 12 e seguintes: "Porque, como o corpo é um todo, tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Em um só Espírito, fomos batizados todos nós para formar um só corpo: judeus ou gregos, escravos ou livres, e todos
fomos impregnados do mesmo Espírito. Assim, o corpo não consiste em um só membro, mas em muitos. Se o pé dissesse: 'Eu não sou a mão, por isso não sou do corpo', acaso deixaria ele de ser do corpo? E se a orelha dissesse: 'Eu não sou o olho, por isso não sou do corpo',..." Corpo deixaria ela de ser do corpo se o corpo todo fosse olho? Onde estaria o ouvido? Se fosse todo ouvido, onde estaria o olfato? Mas Deus dispôs no corpo cada um dos membros como lhe aprouve. Se todos fossem um só membro, onde estaria
o corpo? Há, pois, muitos membros, mas um só corpo. O olho não pode dizer à mão: "Eu não preciso de ti", e nem a cabeça aos pés: "Não necessito de vós." Antes, pelo contrário: os membros do corpo que parecem os mais fracos são os mais necessários; e os membros do corpo que temos por menos honrosos, a esses cobrimos com mais decoro. Os que em nós são menos decentes, recatamo-los com maior empenho, ao passo que os membros decentes não reclamam tal cuidado. Deus dispõe o corpo de tal modo que deu maior honra aos membros que não
a têm, para que não haja desens no corpo e que os membros tenham o mesmo cuidado uns para com os outros. Se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; se um membro é tratado com carinho, todos os outros se congratulam. Primeiramente, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os doutores; depois, os que têm o dom de milagres, o dom de curar, de socorrer, de governar, de falar diversas línguas. São todos apóstolos, são todos profetas, são todos doutores, fazem todos milagres, todos têm a graça de curar, falam todos em diversas línguas
e interpretam todos. Aspirai aos dons superiores, aspirai aos dons superiores. Palavra do Senhor, graças a Deus. Senhor Jesus, nós queremos, na força da Tua palavra, e como membros do Teu corpo, nos colocar na Tua presença e, pelas mãos de Vossa Mãe Santíssima, nós entregamos os nossos corações, as nossas mentes, os nossos desejos, pensamentos, sentimentos, tudo que é nosso. Pai nosso que estais no céu, santificado seja o Vosso nome; venha a nós o Vosso reino; seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as
nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Que o Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo mal, hoje e sempre. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, meus caros. Boa noite para quem chegou
agora e para quem já estava aqui. Sem delongas, vamos ao nosso tema. No dia de hoje, falaremos um pouquinho aqui a respeito de Martinho Lutero. E, quando nós falamos de Lutero, nós temos sempre – e isso vale para os meios católicos, mas vale também para as discussões sobre a história de um modo geral – então, geralmente, quando nós falamos de Lutero, existem algumas posições em relação a ele que as pessoas acabam tomando. Então, primeiro, uma posição de herói. Ah, ele foi um reformador, ele denunciou os crimes e pecados da Igreja Católica e quis purificar a
Igreja. Então, essa é uma visão positiva que você tem de Lutero, mas aqui eu começo já dizendo que é uma visão romântica; não corresponde à realidade dos fatos, é uma visão romântica. Aí temos uma segunda visão, que é uma visão material da coisa: não existia objetivamente um problema na época de Lutero, que era a questão de um certo comércio em torno das indulgências. Vamos falar disso já já, e Lutero protestou contra isso. Esta visão, ela é parcial. Por que que ela é parcial? Porque realmente havia um problema com as indulgências, ocasionado por um monge dominicano,
um frade dominicano, aliás, perdão, chamado Johan Tetzel. O Tetzel era um dominicano que pregou e começou a recolher esmolas na região da Mogúncia, ali na Alemanha, e excedeu-se, e cometeu erros graves na sua pregação, incentivando as pessoas a darem dinheiro para a reforma. Aliás, não era nem a reforma, era a demolição e construção da Basílica de São Pedro, e realmente o Tetzel cometeu diversos erros e depois foi punido por isso. Então, aqui temos uma visão que é real, mas não é completa, porque aí parece que todo o movimento de Lutero se relacionou à questão das
indulgências. Isso é falso; existiam muitas outras questões teológicas que ele levantou, muitas outras críticas que ele acabou fazendo. Então, temos uma terceira visão, que é uma visão de que Lutero é um completo herege, que é um condenado e que está no inferno e tudo mais. E é um exagero ter uma visão assim, sem considerar o contexto histórico em que ele estava inserido. Outra coisa: muitos que acabam já condenando Lutero diretamente ao inferno fazem aquilo que a igreja não faz. A Igreja Católica nunca disse que fulano, ciclano, beltrano estão no inferno. Por quê? Porque o juízo
de Deus cabe a Deus. A única coisa que a Igreja consegue dizer é de alguns fiéis se estão no céu ou não, que aí é o que nós chamamos de processo de beatificação e canonização. Quando a Igreja faz um processo de beatificação e canonização, a Igreja consegue, mediante critérios muito rígidos, estabelecer se uma pessoa se salvou e já está na visão de Deus, a visão beatífica, ou não. Então a Igreja consegue fazer isso. Alguns processos de beatificação, eles começam, mas não andam. Então a Igreja não consegue dar um parecer final, mas em alguns casos a
Igreja consegue. E aí a Igreja aplica os critérios. Um dos critérios é se essa pessoa teve uma vida santa e morreu em odor de santidade. Se depois alguém rezou pedindo ajuda dessa pessoa e a pessoa alcançou uma graça, um milagre, uma coisa, então é um indício fortíssimo de que esta pessoa está na visão beatífica. Certo? Então, isso a Igreja faz. Então, essas três visões que eu apresentei aqui a respeito de Lutero podem estar equivocadas. Então, vamos entender: quem foi Martinho Lutero? É claro que, para falar de Lutero, um lente católica aqui, que é curtinho o
nosso tempo, dá no máximo aqui pra gente dar uma pincelada, porque seria muito complexo trabalhar a vida dele, a teologia dele. Então, esse não será o meu objetivo aqui. O meu objetivo é fazer uma apresentação geral e lançar uma luz, uma visão católica a respeito das atitudes e da própria obra do Lutero. Então, Martinho Lutero nasceu em Einleben, na Alemanha, em novembro de 1483. Então, ele nasce no fim do século XV e vai morrer antes de completar-se a primeira metade do século XVI. Ele morreu em 1546. Nasceu em novembro de 1483, então ele nasceu um
pouquinho antes do descobrimento da América. Lutero nasce naquela transição da Idade Média para a Idade Moderna. A Idade Média, tecnicamente, terminou com a queda de Constantinopla, o último Império cristão do Oriente, em 1453. Em 1483, nasce Lutero. Então, ele já nasce nesse mundo em ebulição, é um mundo das grandes navegações, do avanço tecnológico, do Renascimento, que foi aquele movimento filosófico, político, artístico e cultural que quis retomar os padrões de beleza greco-romanos que o Renascimento fez. Lutero nasce na época do Renascimento e, como filho do seu tempo, ele absorveu muitas ideias desse período histórico específico. Então,
Lutero vai pensar a partir dessa mentalidade. E o que o Renascimento trouxe de novidade? O Renascimento é uma transição da Idade Média, onde as pessoas tinham um pensamento teocêntrico. O que significa teocêntrico? Onde Deus é o centro. Então, na Idade Média, a luz do Evangelho iluminava a política, a economia, o direito; todos os aspectos da vida humana eram iluminados pelo Evangelho, eram regidos pela lei da Igreja. Mas, no fim da Idade Média, nós temos um rechaço desse modelo de sociedade, sobretudo depois da peste negra, depois das Cruzadas. Todos esses acontecimentos históricos ali da Idade Média
foram alterando o modo de pensar das pessoas e dos povos, em geral, das pessoas como um todo. Isso tudo foi se alterando. E, pelo fato de essas coisas terem-se alterado, o que acabou acontecendo? As pessoas começaram a querer voltar a ter uma mentalidade inspirada, não mais na fé católica. As pessoas queriam voltar aos padrões de beleza e de estética do Império Romano da Grécia Antiga. Então, o Renascimento foi um triunfo, um transbordar de paganismo, de modelos culturais, modelos artísticos, modelos estéticos da Antiguidade. Então, o Evangelho foi posto de lado, a doutrina da Igreja foi posta
de lado, e agora o que é o centro de tudo? O homem. O ser humano é o centro de tudo. O homem é o centro e medida de todas as coisas. Essa era a visão que os gregos tinham. Essa visão começa a voltar, e isso aumentou ainda mais com o avanço da ciência. O avanço científico trouxe isso: as grandes navegações, os instrumentos náuticos. Tudo isso que foi sendo criado começou a dar ao homem um falso sentimento de que ele estava no comando de tudo e de que o homem, o próprio ser humano, seria capaz de
reger o seu próprio destino, sem precisar de Deus, sem precisar daquilo que é transcendente. Então, essa mentalidade vai crescendo, e Lutero viveu nessa época, nasceu nessa época. Ele nasceu numa família que não era pobre, mas eram, a gente poderia dizer, numa linguagem moderna, remediados. Eles tinham ali suas propriedades; o pai e a família toda viveram na zona rural um bom tempo. Mas o pai tinha a pretensão de que Lutero se tornasse funcionário público e de que ele desse uma condição de vida melhor para a própria família. Então, ele estudou na sua própria cidade e é
interessante que ele foi mandado para a universidade aos 17 anos, já era considerado velho para os padrões daquela época. Foi estudar em Erfurt e depois estudou também em Frankfurt. Então, Lutero começa a estudar; primeiramente, ele vai começar a estudar direito e se interessou por aquilo que estudava. E um belo dia, em 1505, enquanto estava na faculdade, ele tocava muito, participava de festas com os amigos e vivia uma vida bastante dissipada, como muitos jovens daquela época já estavam começando a viver na universidade. Ele era apelidado de "o filósofo" por ser aquele que gostava muito de vinho,
de música e de ficar pensando, devaneando, e criando ali pensamentos e discussões e tudo mais. Os biógrafos são unânimes em dizer que ele tinha uma conversa muito fluida, muito boa, e era um sujeito atrativo; as pessoas se aproximavam dele com uma certa facilidade. E um dia, ele, estando com um colega, com um amigo, isso no ano de 1505, eles tinham saído à noite, ido a uma taberna, tomado bastante vinho, cantaram, se divertiram. E quando ele fazia o seu trajeto de volta, caiu um raio perto de onde ele estava. Esse raio poderia tê-lo atingido e matado
ali mesmo. Quando cai esse raio, ele, temeroso de que não escapasse naquela grande tempestade e de que, em algum momento, um raio pudesse atingi-lo, ele chama pela santa de devoção da sua família, Sant'Ana, a mãe de Nossa Senhora, e ele chama... Por Santana e pede socorro. Ele pede a Santana que o proteja e faz a promessa de que ele se tornaria monge se Ele saísse vivo. Então, a partir desse momento, ele abandona os estudos de direito, vende os seus livros, mas olha que interessante: ele vendeu praticamente todos os livros dele e só ficou com os
livros de Virgílio, o antigo poeta romano. Virgílio, então, vejam vocês, Lutero é filho do seu tempo. Na época de Lutero, o que era a moda do pensamento? Aquela época lia os poetas e escritores pagãos. Ou seja, era uma época que já estava começando a negar a grande e riquíssima produção literária da Idade Média, porque a produção literária da Idade Média era uma produção que, em maior ou menor medida, era muito influenciada pela fé católica e o maior pensamento, o maior pensador, aliás, medieval, quem era? Santo Tomás de Aquino, sem dúvida alguma. Então, já há uma
recusa daquilo que a Idade Média havia produzido. Lutero vende tudo e fica com as obras de Virgílio e entra para a Ordem dos Frades Agostinianos. Na Ordem dos Agostinianos, Lutero se fará monge e então vai para esse convento. Ali havia nele um desejo de conversão, um desejo de santidade, mas, ao mesmo tempo, uma profundíssima perturbação psiquiátrica. Mesmo hoje em dia, para qualquer um que leia as biografias de Lutero, dá para ver que ele sofria com o que a gente pode chamar, né? Santo Afonso chamava de doença, e realmente é uma doença. Santo Afonso chamava aquilo
que Lutero tinha de doença. O que Lutero tinha? Escrúpulos terríveis que o atormentavam. Ele ficava acabrunhado com a lembrança dos seus pecados e esse sentimento do pecado, a memória do pecado, a lembrança do pecado, isso o afetava a ponto de deixá-lo até doente fisicamente. Fisicamente, às vezes ele se debilitava de tanto que ele sofria pela memória dos seus pecados. Hoje em dia, se a gente visse um quadro semelhante a esse, seria um quadro de uma neurose, até, né? De uma fixação no mal que começa a destruir a pessoa psicologicamente. Então, nessa época, já na vida
religiosa, já professo, Lutero se confessava e confessava os mesmos pecados várias vezes. O filósofo francês Jacques Maritain escreveu um livro chamado "Os Reformadores", onde ele fala de Martinho Lutero, João Calvino e Henrique VIII: os três grandes nomes do protestantismo no século XVI. Maritain, ao falar de Lutero, vai dizer. Ele conta um caso, no mínimo curioso: no mínimo, ele conta que Lutero, em algumas ocasiões, chegou a ficar seis horas no confessionário remoendo os pecados e confessando e confessando de novo, e falando de pecados que já tinha falado, esmiuçando e dissecando o pecado, porque ele era atormentado;
ele era dominado pelos escrúpulos e parecia uma coisa insolúvel para ele essa questão do pecado. Então, Lutero começa, já nos seus primeiros anos de vida religiosa, a pensar no seguinte: tem que haver uma solução para esse desespero que eu tenho. Tem que haver. E aí Lutero começa a chegar a uma conclusão errada, errônea, distante da doutrina da Igreja. Qual é a conclusão que ele começa a chegar? De que, enquanto ele não se livrasse do sentimento de pecado e substituísse pelo sentimento de salvação e de amor de Deus, mas ele teria que sentir, teria que ser
algo sensível, algo perceptível. Enquanto ele não conseguisse fazer isso, ele não teria alcançado a verdadeira doutrina, o verdadeiro cerne do Evangelho. Então, essa situação dos escrúpulos o atormentaram durante muitos anos da sua vida. Lutero passou boa parte dos anos iniciais da sua vida consagrada lutando contra esses escrúpulos, esses escrúpulos que eram terríveis, né? Que o submetiam muitas vezes a situações de que beirava o pânico por conta dos próprios pecados. Mas Lutero tinha um superior que era um homem bem experiente nas coisas de Deus, e o superior de Lutero foi uma pessoa que confiou muito nele,
apostou muito nele. Este superior, então, num primeiro momento, o fez suspender os seus estudos, trabalhar mais, se ocupar mais, para parar de pensar um pouco nisso. Quando o superior avaliou que essa situação já tinha melhorado, o superior, então, o envia para estudar mais teologia. E aí é quando ele vai conquistar o grau de doutor em Teologia. E aí ele foi se aprofundando em Teologia. Nessa época, ele faz muito uso dos conhecimentos que adquiriu de grego e de latim também, então ele começa a estudar as Escrituras, começa a tentar entender as expressões bíblicas para captar aquilo
que mais tarde ele vai chamar de o sentido profundo das Escrituras. Depois eu vou explicar o que seria isso. E aí, então, passa um tempo a Ordem dos Agostinianos, querendo acalmar esse rapaz atormentado, entrega a ele a missão de lecionar. Ele começa a ensinar Teologia. E é nessa época que ele vai travar contato com Frederico da Saxônia, o príncipe daquela região, que o chama para ensinar na cidade de Wittenberg. E aí, então, Lutero vai ensinando Teologia. No seu estudo e no seu ensino de Teologia, Lutero rejeita a teologia de Santo Tomás de Aquino e passa
a se autodenominar como um teólogo agostiniano. Ele dizia que valorizava o conhecimento teológico a partir de Santo Agostinho, mas que não olhava para a teologia de Santo Tomás com os mesmos olhos. A grande questão também está aí: a teologia tomista é uma teologia precisa. Santo Tomás de Aquino já fez a sua teologia séculos depois de Santo Agostinho. A filosofia, o conhecimento, a teologia, tudo isso já tinha feito um caminho, já tinha evoluído bastante. E quando vem Santo Tomás, ele conseguirá dar algumas respostas, desenvolver algumas ideias que Santo Agostinho não tinha conseguido desenvolver pela... Falta de...
pela falta até de desenvolvimento ou de conhecimento de alguns termos ou de algumas obras filosóficas. Na época de Santo Tomás, ele já pôde usar Aristóteles, o filósofo Aristóteles, que o ajudou, aliás, Santo Tomás, muitíssimo, porque a filosofia de Aristóteles é uma filosofia precisa, cirúrgica, e Santo Tomás será preciso e cirúrgico nos seus conceitos teológicos. Lutero acreditava que a Escolástica, principalmente a escolástica de Santo Tomás, aprisionava o sentido profundo da palavra de Deus. Então, Lutero aqui vai começar a martelar nessa questão do sentido profundo da palavra de Deus. O que ele queria dizer com isso? Que
por detrás das palavras da Sagrada Escritura existe um sentido profundo, subjetivo, não objetivo, e este sentido é o que importa. É aquilo que está subentendido, é aquilo que está nas entrelinhas da Sagrada Escritura. Tanto é que, quando Lutero rompe com Roma e começa a fazer a tradução da Bíblia para o alemão, os próprios seguidores de Lutero começam a criticar a sua tradução, dizendo: "Olha, mas tem coisa faltando aí, tem expressões que você tirou." E aí ele vai dizer: "Eu não estou preocupado com a palavra, com a letra na hora de traduzir a Bíblia, mas com
o sentido profundo da escritura." E isso não é segredo para ninguém; até mesmo os teólogos protestantes luteranos admitem isso hoje em dia. Lutero adulterou conscientemente algumas palavras, alguns textos, algumas expressões bíblicas, porque ele dizia que o mais importante era o sentido e não tanto a palavra em si. Agora, acontece que Jesus diz o contrário. O que Jesus diz? "Quem alterar um iota..." O que é o iota? É o menor sinal da língua deles na época de Jesus. O iota, Jesus falou: "Yota unun". Quem adulterar um yota, um sinalzinho que seja, que esteja presente na palavra
de Deus, esse sujeito é maldito. Isso não é palavra da Igreja, não é coisa da minha cabeça, Rafa; Jesus disse isso: "Seja maldito, seja maldiçoado aquele que adulterar um iota da escritura." Mas Lutero traz essa ideia. Agora, por que Lutero traz essa ideia? Lutero viveu na época do Renascimento, e no Renascimento quem é o centro? O homem. Então, Lutero trouxe essa visão renascentista para o campo da teologia. Então, não é a autoridade do Papa, não é a Igreja que vai me dizer no que eu devo crer, sou eu mesmo, eu sou o critério. Eu escolhi
colocar o sentido da escritura ao invés de colocar literalmente o que está dito na escritura. Ah, mas quem te deu autoridade? Eu, usando a minha inteligência, a minha racionalidade, escolhi, fiz essa opção. É o antropocentrismo transplantado para o campo da religião. Então, eu começo a escolher; eu sou o critério, o meu juízo, o meu discernimento. Muito bem, então essas ideias começam a se amplificar. Ele vai ensinando teologia. Depois, ele foi nomeado delegado da Ordem dos Agostinianos. Então, Lutero chegou, durante um tempo, a exercer a função de delegado da congregação. O delegado é uma espécie de
visitador apostólico nomeado pelo padre provincial, e Lutero, como delegado apostólico, chegou a ter debaixo das suas ordens quase 20 mosteiros agostinianos que ele visitava periodicamente. Então, os superiores foram dando funções a ele: ele foi pregador, foi nomeado confessor de muita gente, publicamente, o Santo Sacrifício da Missa, várias vezes, em várias ocasiões. Então Lutero ganhou a confiança da sua ordem religiosa, e havia esse interesse também dos superiores em resgatar esse jovem escrupuloso, esse sacerdote escrupuloso, mas que tinha um certo talento; era inteligente, era uma pessoa agradável, as pessoas queriam se aproximar dele, seus alunos o amavam.
Então, os superiores começaram a buscar meios de ajudá-lo, mas volta e meia algumas questões apareciam. Entre essas questões, a interpretação teológica das escrituras feita por Lutero. Lutero, no tempo que estudou Direito em Erfurt, tomou contato com uma corrente filosófica, que é a corrente ocista. O que é isso? É uma corrente filosófica que segue as interpretações teológicas e filosóficas de Guilherme de Ockham. Guilherme de Ockham era um franciscano inglês que, na Idade Média, criou uma tese, uma corrente filosófica chamada nominalismo. Basicamente, o que essa corrente dizia? Que os nomes das coisas se atribuem a seres concretos,
mas não possuem um significado profundo; é só um nome. Então, vamos dar um exemplo aí, né, de nominalismo: quando eu digo "caneca", estou me referindo a este objeto particular. Caneca, segundo Guilherme de Ockham, é isso, mas eu não estou captando na minha mente o sentido profundo, a essência do que é uma caneca. Então, filosoficamente, para Guilherme de Ockham, o que existe? O nome. O nominalismo são nomes; o que existe são só os nomes. Mas eu não consigo, com a minha inteligência, alcançar o sentido das coisas. Se eu não consigo, usando a minha inteligência, alcançar a
essência, aquilo que é mais profundo de cada objeto, de cada ser, então isso significa que, racionalmente, eu não posso conhecer profundamente, claramente, concretamente a nada. Então, aqui está o grande problema: eu não posso conhecer nada profundamente. Agora, se eu pego essa tese e jogo isso na fé, olha o problema que eu tenho. Pois, se tudo que existe são apenas nomes, mas eu não atinjo a essência, então isso significa que, enquanto ser humano, eu não consigo atingir a essência de Deus, eu não consigo atingir a essência das coisas de Deus, eu não consigo atingir a essência
da revelação de Deus. Então, tudo que existe são nomes. Mas, aí, como que eu faço? Como que eu vou me salvar? Como que eu vou saber o que Deus quer de mim? Aí vem a resposta. Onde Lutero acha essa resposta? Onde ele constrói a sua resposta a partir de uma percepção equivocada. Das cartas de São Paulo, onde São Paulo fala que o justo vive da fé, e Lutero vai interpretar que, se o justo vive da fé, basta a fé para me salvar, porque eu não posso conhecer as coisas profundamente. Então, pela fé eu alcanço, e
aí Deus, pela graça, ele me salva. E essa fé que Lutero concebe, ela é o quê? Uma confiança. Uma confiança, eu confio. Já que eu não posso saber de tudo, então eu confio cegamente; e Deus vai me dar a salvação porque eu confio, eu creio. Se eu creio, Deus me dá a sua graça, e tudo que eu preciso saber está só na Escritura. Então, aqui eu já tenho três dos cinco princípios básicos da fé luterana, fé protestante: então o sujeito é salvo só pela fé, só pela graça e só pela Escritura. Essa é a interpretação
que ele faz: então, só pela fé, basta ter fé, basta ter confiança. Acontece que a doutrina católica nunca ensinou e interpretou assim, mas Lutero dizia que era assim. Então, o que é isso? É fruto de um antropocentrismo. Eu sou o centro! Então, quer dizer que todos os santos, todos os mártires que derramaram seu sangue, todos os missionários que arriscaram a sua vida pregando o evangelho, todos os fundadores de congregação que desenvolveram os seus carismas, todos os Papas, todas as virgens, todos os confessores... tá todo mundo errado? Mas Lutero dizia: "não, mas eu estou certo." Antropocentrismo!
Eu sou o centro, o homem é o centro e medida de todas as coisas. Então, quer dizer que tá todo mundo errado? Foram 1.500 anos de erro e agora o Espírito Santo, né? Que, segundo Lutero, ilumina a mente de cada fiel, durante 1.500 anos o Espírito Santo ficou dormindo e aí, em 1517, o Espírito Santo acordou, iluminou só ele e, então, ele falou: "não, então eu vou reformar a Igreja, porque isso aqui tá tudo errado". Entenderam? Então, ele começa a criar uma fé, uma ideia de fé maluca, equivocada, porque ele começa a entender a fé
como um sentimento e não como algo que eu consigo entender racionalmente. Porque, por conta do nominalismo, a filosofia nominalista é an-racional; ela começa a negar até mesmo o valor da filosofia. Por isso, para o protestantismo, a filosofia não será tão importante; por isso, eles não terão um foco tão grande no estudo da filosofia. Por quê? Porque isso aqui tudo é nome, não é a essência das coisas; a essência das coisas não pode ser conhecida. Então, você joga fora a razão humana, e aí por isso que você joga fora a Escolástica, que é profundamente racional. Santo
Tomás de Aquino tentava explicar as coisas da maneira mais clara, objetiva e racional possível. Santo Tomás usou os instrumentos da razão para explicar a fé, e por isso Lutero detestava a teologia tomista, porque ela é precisa; sim, sim, não, não. Não tem como dizer: "ah, isso aqui talvez seja assim". Não dá para esticar para lá e para cá; é ou não é. E aí entra na interpretação de Lutero essa visão nominalista, antirracional. E, por outro lado, entra essa concepção de fé como confiança no lugar do racionalismo, entre o quê? Um sentimentalismo. Eu tenho que me
sentir amado por Deus; por isso que ele ficava lá seis horas se confessando, porque ele martelava, martelava, que ele queria se sentir amado por Deus. Ele queria se sentir salvo e dizia: "quando eu me sentir, então pronto, eu atingi o perdão, eu me tornei agradável a Deus." É uma loucura isso! A Igreja nunca ensinou isso; a fé dos apóstolos nunca ensinou isso, que você tem que sentir alguma coisa. E aí entra essa visão do sentimentalismo no campo da fé, e a fé vira um... Aí a gente vai ver que isso foi desdobrando, depois, no protestantismo.
Se desdobrou na teologia e, de certa maneira, se infiltrou, hoje em dia, até mesmo em alguns meios da Igreja Católica, graças a uma teologia, a um estudo das coisas de Deus deficitário. Entendeu? Deficitário! Quando você faz uma má teologia, uma teologia ruim, uma teologia que desconsidera o magistério da Igreja, o que os Papas disseram no passado, o que os Santos Padres ensinaram lá na Igreja Primitiva, quando você começa a desprezar tudo isso, você começa a fazer uma má teologia. Aí você vai distorcendo a coisa. E isso entrou até na Igreja Católica, a visão da fé
como sentimento. Então, a gente vai ver pessoas que rezam, ou pelo menos pretendem rezar, só e somente só se estiverem se sentindo bem. “Ai, porque eu não vou até aquela missa ali, porque eu não me sinto bem? Eu vou na missa do Padre Fulano, porque canta, toca violão, eu levanto a minha mão, então eu me sinto.” Mas acontece que não é isso que a Igreja ensina. Entendeu? Esse sentimentalismo. Deus nos deu sentimento, que é bom, mas o nosso sentimento tem que ser ordenado pela nossa razão. Entendeu? Então, independentemente de quem seja o padre e de
onde seja a missa, a fé da Igreja me diz: "Jesus está ali!" Jesus está ali, então eu não vou à missa para me sentir assim ou assado. Agora, é claro, eu não nego aqui, não estou negando; veja bem que tem lugares onde é melhor para você rezar. Puxa a vida, se você vai a uma paróquia que tem um coro que canta bem, que tem músicos que tocam bem, a liturgia tem uma ordem, a homilia é bem feita, o sacerdote celebra a missa com cuidado... Puxa vida, você sai edificado, você sai cheio, você reza, você presta
atenção, aquilo te alimenta espiritualmente. E, do mesmo jeito, se você vai numa paróquia onde tudo tá meio atrapalhado, você não reza direito, você se distrai... O fruto que você poderia tirar que seria muito maior, você acaba tirando um fruto menor. Mas isto não significa que Jesus não esteja lá. Então, quer dizer, o sentimento não pode ser a baliza das nossas escolhas. Aí, se eu me sinto bem, eu vou; se eu me sinto impulsionado, eu faço. A doutrina católica ensina justamente o contrário. A doutrina nos ensina. A doutrina católica nos ensina o quê? Maior será o
valor daquilo que nós fizermos se a gente não estiver sentindo nada, querendo nada, desejando nada e, mesmo assim, fazendo. Puxa vida! Eu preciso, eu tenho que rezar todo dia. Você também; eu também. Todos nós têm dia que você se senta para rezar e não está com vontade de rezar. Você não sabe o que falar. A sua vontade é ficar de boca fechada diante de Deus, porque você não tem, não tem vontade, não tem sentimento. Ótimo! O que a Igreja ensina? Reze assim mesmo! Reze sem vontade. Por quê? Porque a oração é alimento para a sua
vida e o que Deus quer ver é a sua fidelidade, não é o seu sentimento. Aliás, é muito fácil você passar horas rezando quando você está bem. Nossa! Hoje eu estou animado, vou rezar aqui um terço, vou acordar às 4 da manhã, vou fazer o terço da madrugada. Depois, durante o dia, vou fazer uma leitura espiritual. Ótimo! Tem dia que a gente está mais animado mesmo. Mas para Deus, vale muito mais uma oração só pela fidelidade em um dia em que a gente não quer rezar, não quer falar, não quer nada; mas a gente faz
isso. Vale muito mais do que você querer estar junto de Deus só quando você está bem. É igual, né? Vocês aí que são casados, eu sou casado também. Para, para pensar! Tem dia que você está sem paciência, você está cheio de problema, está cheio de coisa. Mas, como os problemas estão com você, são seus, é você que tem que resolver, você respira, engole e conversa com seus filhos, cuida da sua esposa, cuida do seu esposo. Você está fazendo isso porque você está com vontade? Não! A vontade era sumir. Mas o que você faz? Você fala:
"Não, eu não posso, eu tenho que cuidar dos meus." E você vai lá e cuida. Então, isso tem muito mais valor do que você estar lá cuidando da sua esposa, do seu esposo, num lar onde todo mundo é amável, onde todo mundo faz tudo para você, onde... entendeu? Então, como que funciona? Deus nos quer fiéis, fiéis! Deus não nos quer movidos pelo sentimento, até porque, se a gente olhar a ordem em que Deus constituiu o nosso corpo, próprio Santo Tomás fala isso: a ordem exterior reflete a ordem interior. O que fica acima de nós? A
nossa cabeça, o nosso cérebro. Por onde que a gente pensa? É por aqui! Então, o que coroa o corpo do ser humano? A cabeça. É a ordem natural. O que isso significa? Que a ordem natural reflete a ordem sobrenatural. Então, em primeiro lugar, vem a nossa inteligência, a nossa racionalidade. Aliás, amar é uma decisão! Para a doutrina católica, amor não é sentimento! Fé não é sentimento! É decisão. Eu escolhi a Deus, eu escolho Deus, eu amo a Deus. Então, eu tomo uma decisão por Deus e eu farei as coisas de Deus porque Deus é meu
pai; ele só quer o bem para mim. Eu, às vezes, não quero, eu não entendo, mas eu faço pela autoridade de quem me manda fazer. Então, por exemplo, eu tenho lá duas crianças: minha filha um pouquinho maior, meu filho menor. Como pai, o que eu espero dos meus filhos? Que eles me obedeçam, porque eu sei o que é melhor para eles. Então, quando eu digo: "Desce daí que você vai cair, você vai cair, você vai desequilibrar." Ah, mas eu quero subir, não sei o quê, não sei o quê. Quando vê, cai! Mas eu falei! Porque
eu sou pai, eu sei. Ele não sabe, ele está querendo testar, ele está querendo ver se cai mesmo. Até que ele cai! Quantas vezes meu filho e minha filha caíram assim! Eu acabei de falar, dali a pouco cai. Como pai, o que eu espero? Ser obedecido pelo bem deles! Assim é com Deus. O que Deus espera? Deus tem uma lei de amor, uma lei de amor. E nesta lei de amor, quando Deus me diz isso, a doutrina da Igreja pede isso, não é para nos tolher, não é para nos cortar, para nos podar; é para
o nosso bem. O que Deus espera de nós? Que nós o obedeçamos. E isso é racional. E aí vem o problema do protestantismo, que é uma visão das coisas antirracional, uma visão que se baseia muito no sentimento. "Eu sinto que é assim." Não é o que a Igreja ensina! A Igreja nos ensina a decidir, a escolher Deus, a desejar Deus, a buscar as coisas de Deus, mas por uma ação racional. E outra coisa, nós temos capacidade para entender as coisas de Deus! Os mistérios de Deus não são realidades sobre as quais nós não possamos saber
nada, mas são realidades sobre as quais nós não podemos saber tudo. Mas alguma coisa dá para saber! Muito bem! E aí, Lutero dizia: "Não, mas isso é obra da Graça. Deus basta que creiamos e ele, pela sua graça, nos salvará." E aí é interessante que Lutero se dizia agostiniano, mas ele não deve ter lido Agostinho por inteiro, porque o mesmo Agostinho que ele dizia defender diz o seguinte: "Deus que nos criou sem nós não quer nos salvar sem nós." Então Deus, que nos criou sem a nossa ajuda, não quer nos salvar sem a nossa cooperação,
sem a nossa ajuda. Então nós... Não podemos ter somente a fé; precisamos ter também as obras. Tiago 2:17: "A fé sem obras é morta." Então, ah, mas eu sou justificado porque eu creio em Jesus! Muito bem, e aí eu faço mal, eu roubo, eu suborno... Mas eu creio em Jesus, então estou salvo! Segundo Lutero, sim; mas, segundo a Escritura, segundo a doutrina da Igreja, segundo o magistério, não. Eu tenho que colaborar com Deus; Deus me criou sem mim, mas ele quer a minha colaboração para me salvar, e eu preciso colaborar correspondendo à graça de Deus.
Muito bem. Mais tarde, quando Lutero já tivesse se separado de Roma, ele começa a receber alguns teólogos em sua casa. Lutero se casou com uma freira que abandonou o convento, a Catarina de Bora; tiveram seis filhos. Então, ele não teve dispensa dos seus votos; traiu seus votos religiosos. Essa religiosa também fez a mesma coisa. Ele se casou com ela, e aí Lutero recebia à noite, na casa dele, alguns pastores, alguns teólogos protestantes para discutir alguns pontos de teologia, de interpretação bíblica. E foi nessa época que ele escreveu um livro. Esse livro, aí vocês acham por
aí para comprar e ler, é chamado "Conversas à Mesa do Lutero". Nesse livro, ele vai expondo os absurdos da interpretação teológica dele. Então, por exemplo, Lutero chega ao absurdo de dizer o seguinte: "Não, eu sou justificado pela fé. Então, se eu minto, se eu cometo qualquer pecado, estou, na verdade, esfregando na cara do demônio que ele não tem poder nenhum sobre mim." É a visão de Lutero! Lutero dizia isso; ele dizia: "Então, quanto mais eu peco, mais estou esfregando na cara do diabo que eu peco, peco, peco, e no fim eu vou me salvar!" Não
há nada mais absurdo, nada mais demoníaco do que acreditar numa loucura dessas! Quer dizer, quanto mais eu peco, então eu estou esfregando na cara do diabo o próprio pecado e dizendo "Ó, estou fazendo a obra que é sua, mas depois, no fim, eu vou me salvar!" Não faz sentido. Se eu não faço as obras de Deus, como Deus me receberá? Não faz sentido. Então, aqui começam a entrar alguns problemas. Esse livro "Conversas à Mesa", eu recomendo que todo mundo leia, para entender o que Lutero pensava. Por exemplo, ele diz que Jesus Cristo, nosso Senhor, adulterou
com a mulher no poço de Jacó. Ele diz que Jesus teria tido um caso com a mulher do poço de Jacó; depois ele ensinou a mesma coisa em relação a Maria Madalena. Dizer isso de Jesus Cristo é uma blasfêmia! É uma blasfêmia, né? E a gente precisa ter isso em vista, porque muita gente vê Lutero como "Ah, ele foi um arauto, ele reformou a Igreja numa época de corrupção." Sim, realmente a Igreja tinha problemas seríssimos! Os papas do Renascimento foram terríveis do ponto de vista moral. Não se trata aqui de tapar o sol com a
peneira; realmente havia papas muito ruins, cardeais muito ruins, padres muito ruins. E aí, muita gente exalta: "Ah, Lutero criticou isso e veio reformar!" Mas pera lá, ele reformou? Não, ele não reformou! Ele mesmo confessa que havia traído a mulher dele, com quem se casou, várias vezes. Ele mesmo confessa que via mais o demônio. Ele vai dizer isso nas "Conversas à Mesa": que ele dormia mais junto com o demônio do que com a própria esposa. Ele tinha visões constantes do demônio na casa de Lutero, na Alemanha, que é curioso, né? Uma das críticas de Lutero era
à veneração dos católicos às sagradas relíquias. Ele, quando estava fazendo a tradução da Bíblia para o alemão, belo dia, na sala onde estava, viu o demônio rindo dele, né? Lá na ponta da sala, o demônio olhando para ele traduzindo a Bíblia para o alemão, e o demônio ria dele. Aí ele pegou um tinteiro e jogou o tinteiro contra o demônio; o tinteiro se espatifou na parede, manchou toda a parede de preto. O demônio é um espírito; obviamente, um tinteiro não vai acertar um demônio. E aquela parede ficou manchada. Curiosamente, os protestantes que criticavam a veneração
às relíquias, quando Lutero morreu, iam até o quarto de Lutero, peregrinavam até lá para rezar e raspavam a parede para levar o pó daquele reboco com a tinta utilizada para traduzir as sagradas escrituras. O que é isso? Relíquia! As pessoas estavam levando relíquia! E aí foi tanta gente que visitou o quarto de Lutero que rasparam toda a parede. Todo o reboco foi tirado, e o que eles faziam? Reboqueavam, né? Então, o próprio Lutero dizia que via mais o diabo do que a própria esposa. Assim, há afirmações dele que mostram claramente que ele cometeu erros no
campo da filosofia, cometeu erros no campo da teologia. Mas os principais problemas dele estão ligados a uma fé errada. Então, muito bem. Até então, ele estava ensinando teologia e o superior, vendo já esses questionamentos dele, resolveu mandá-lo a Roma. Falou: "Não, você precisa fazer uma peregrinação, rezar um pouco, colocar as ideias no lugar" e o mandou a Roma. Ele foi a Roma e voltou pior ainda, porque, indo a Roma, ele se deparou com clérigos que levavam uma vida muito luxuosa, enquanto outros clérigos tinham uma vida mais pobre, austera até demais. Então, ele viu essa desigualdade;
isso o incomodou. Outra coisa: ele viu clérigos com uma má vida, uma má conduta, e isso também começou a perturbá-lo. E, depois dessa visita a Roma, ele também viu que muitos iam atrás da indulgência. O que é indulgência pessoal? Ensina na escola tudo errado, né? Fala a indulgência! A Igreja Católica vendia um pedacinho do céu, tem nada a ver, né? Isso aí a Igreja nunca fez; quem fala isso tem que estudar direitinho antes de sair falando besteira, porque não entendeu nada daquilo que é básico de doutrina católica e fica afirmando coisas que não conhece. Esse
é o grande problema, né? O grande problema é a gente ignorante ou que tem má vontade para estudar e aprender e sai falando aquilo que acha que é. Então, às vezes, as pessoas criticam aquilo que elas acham que a Igreja Católica fazia ou fez, né, e não procuram saber se realmente era assim ou se não era. Então, o que é a doutrina da indulgência? Rapidamente, quando nós cometemos um pecado, né, ofendemos a Deus, desobedecemos a Deus. É a comparação que eu sempre uso: se você bate um prego na parede, aí você arranca o prego. O
que acontece? Bateu o prego, o prego é o pecado, pum! Cometeu um pecado, o pecado entrou ali na parede. E aí você se confessa; tirou o prego, mas o buraco tá lá. O que é indulgência? A indulgência são obras, orações ou práticas que a Igreja tem de impor aos fiéis, de sugerir aos fiéis. E aí o fiel, ao fazer isso, apaga a pena temporal porque todo pecado que a gente comete deixa em nós uma pena temporal. Eu me confessei; o pecado já não existe mais, mas eu tenho que fazer algo para reparar esse pecado. O
que repara o pecado? A caridade que eu pratico repara uma multidão de pecados. São Paulo ensina isso, mas a Igreja pode usar do seu poder porque Jesus mesmo disse lá em Mateus, capítulo 16, versículo 18 e seguintes: "Tudo que ligares na terra será ligado no céu; tudo que desligares na terra será desligado no céu". Jesus deu à Igreja a autoridade de ligar e desligar. E o que é a indulgência? É uma prática que a Igreja pode sugerir que o fiel faça e, fazendo essa prática, o fiel recebe a indulgência, o perdão da pena temporal. Então,
pode ser uma indulgência plenária, que apaga tudo, ou uma indulgência parcial. Por exemplo, quem reza o terço todo dia ganha indulgência plenária, se tiver em estado de graça. E aí o Lutero, quando vai a Roma, vê que muita gente dava esmolas para a construção da Basílica de São Pedro, e a Igreja concedia indulgência a quem desse esmola. Aí que surge essa história de que a Igreja estaria vendendo indulgências. Isso não era vender indulgência; a Igreja pode fazer o quê? Ela pode determinar uma prática e, se você cumpre essa prática, você pode ganhar a indulgência. Simples
assim! É como o que a gente faz quando vai marcar missa por um falecido. Por que a gente dá uma oferta? Porque essa oferta, eu estou tirando algo meu e dando para cobrir as necessidades materiais da Igreja como um ato de caridade em nome daquele falecido, que pode ser que esteja no purgatório. Não é que a Igreja está cobrando missa; a Igreja não está cobrando missa, mas é necessário que a gente tire de nós mesmos para dar à Igreja como um ato de caridade. A gente oferece esse ato de caridade em sufrágio por essa alma.
É isso aí. Aí, Lutero volta mais revoltado ainda e pregou três sermões contra as indulgências. E, então, a Igreja começa a responder a isso. No primeiro momento, quando o Papa Leão X foi informado do que Lutero estava fazendo, Leão X disse assim: "Ah, isso aí é um monge que deve ser um bêbado. Quando ele voltar a si, se ele for corrigido pela Igreja, ele vai se emendar." O Papa não deu importância; ele achou que era um sujeito que estava falando, mas, se os superiores corrigirem, ele vai voltar. Acontece que ele não voltou; ele foi continuando.
No primeiro momento, ele não atacou a autoridade de Roma e a autoridade do Papa; ele atacava a questão das indulgências. E aí Lutero fez uma denúncia contra Tetzel, que era um monge dominicano, um frade dominicano alemão, que realmente estava passando da conta, explorando essa questão das indulgências para conseguir muitas doações, talvez para se tornar mais conhecido e ganhar algum tipo de favor, ser eleito bispo, de repente. No fim das contas, Tetzel foi preso, foi punido pela Igreja. Então, a Igreja deu razão ao que Lutero falou; Lutero falou contra Tetzel, e a Igreja investigou e achou
que, realmente, esse sujeito aqui estava passando da conta. Agora, depois, Lutero começa a criticar questões doutrinárias e aí ele já incorre no pecado de heresia. Ele começa a ensinar interpretações contrárias à Escritura, à tradição e ao magistério. E aí ele foi corrigido formalmente. Muita gente pensa que Lutero foi escandalizado assim de cara; ele não foi. Ele pregou as suas 95 teses em 1517, e a Igreja conversou com Lutero até 1523, tentando mostrar a ele a heresia, o erro em que ele se encontrava e dando a ele a oportunidade de se retratar dos seus erros e
voltar à comunhão plena com a Igreja. Acontece que ele foi informado dos seus erros pelo Cardeal Caetano, que era um dos maiores tomistas da Igreja naquela época, era um estudioso de Santo Tomás, um homem genial. Ele veio para conversar com Lutero; Lutero não aceitou nenhuma das correções. Então, ele foi declarado como um herege, uma pessoa que aderiu ao erro e quis permanecer no erro. E assim foi. E aí a Igreja vai excomungá-lo no ano de 1523. E aí entram também... Interesses políticos. Muita gente da política. Os príncipes alemães que queriam se livrar do domínio da
igreja, esses príncipes alemães, que muitas vezes, quando tomavam atitudes não tão boas, eram corrigidos pela igreja. Eles queriam se ver livres da influência da igreja católica, então aderiram à ideia de Lutero. E ao aderirem à ideia de Lutero, começam a fazer o quê? A romper a unidade com o corpo Místico de Cristo. Por isso que eu li, no começo do nosso programa hoje, o texto de Coríntios 12, onde São Paulo fala que um só é o corpo e este corpo tem uma única cabeça, que é Cristo. Então, existe um único corpo. Jesus não tem vários
corpos místicos; Jesus tem um único corpo místico. Ele é a cabeça de um único corpo e este corpo é a igreja. Então, quando Lutero pretende fazer uma reforma, na verdade, ele não faz uma reforma; ele cria algo novo. Reformar é quando você realça aquilo que já existe, limpa as estruturas. Então, os verdadeiros reformadores da Igreja Católica são os santos. São Francisco de Assis, ele foi um reformador; ele reformou a Igreja Católica pelo exemplo. Lá na Idade Média, ele corrigiu muitos erros dos membros da igreja, da hierarquia da igreja, pelo seu exemplo de vida e santidade.
Agora, o que Lutero fez? Lutero atacou, dividiu. Nós sabemos que, na Sagrada Escritura, quem atua dividindo é o demônio. O diabo atua dividindo. Aliás, a palavra diabo significa o divisor, diav, aquele que divide, aquele que separa. Então, nós não podemos entender esse fenômeno do protestantismo simplesmente como uma reforma. Não se tratou de uma reforma; se tratou de uma revolução que quis substituir uma coisa por outra. Então, o termo mais correto seria revolução. No seu livro, "Os Reformadores", Jacques Maritain narra o fim de Martinho Lutero e quem conta isso, né? Procurem esse livro, Jacques Maritain, se
escreve Marit. Ele vai dizer que o empregado de Lutero relata como foi o fim da vida dele. Ele morreu com 62, 63 anos, e esse empregado conta que, depois de ter comido bastante e bebido bastante, estando embriagado, foi carregado para o seu quarto. No dia seguinte, ele costumava levantar cedo. Como ele não levantou, esse empregado foi ver o que tinha acontecido com ele, se tinha passado mal, alguma coisa assim. Ao chegar ao quarto, se depara com Lutero pendurado em uma corda, enforcado. Então, ele teria se matado durante a noite. Esse foi o desfecho da vida
de Martinho Lutero, uma pessoa que viveu em desespero desde a juventude, foi muito atormentado por escrúpulos durante a sua vida. Ele teve essa concepção da fé como um sentimento, então viveu buscando uma resposta para isso, querendo entender a fé como um sentimento que provocou essa divisão no corpo místico de Cristo. Então, por isso que a igreja suspende até o juízo sobre a pessoa de Lutero. Embora ele tenha morrido excomungado, a igreja nunca emitiu nenhum parecer assim, até porque não dá para saber. Pode ser que ali no último minuto, último momento, ele tenha de fato se
arrependido. Então, a igreja não emite nenhuma opinião sobre ele. Embora haja revelações privadas, como a revelação privada da Beata Serafina Michele. Vocês podem depois procurar essa revelação privada. Só que revelação privada é aquilo que a igreja diz que é uma revelação privada. Então, quer dizer, não é a norma da fé. É uma experiência que a pessoa teve, que pode ser verdade ou pode ser fruto, também, de não ter origem sobrenatural, mas humana. Mas a história, resumidamente, é assim: a Beata Serafina Michele, uma religiosa, estava na Alemanha e chegou a uma determinada cidade. As igrejas estavam
fechadas, e ela gostaria muito de fazer uma visita a Jesus sacramentado. Como as igrejas estavam fechadas, ela saiu pela rua e viu lá uma igreja. E pensou: "Ah, tem uma igreja aqui! Eu vou me ajoelhar na porta e vou rezar para Jesus que está lá dentro, no sacrário." E, no que ela se ajoelhou e começou a rezar, ela teve uma locução interior, onde Jesus a avisou: "Minha filha, pode se levantar, embora esta igreja seja Luterana, não tem a minha presença real. Eu não estou no Santíssimo Sacramento aí dentro." Na sequência, ela teve uma visão de
Martinho Lutero. Ela teve uma visão de Lutero sendo atormentado no inferno por demônios. E havia um demônio que colocava sobre a cabeça dele um grande prego, e o outro martelava. É claro que isso é uma imagem, uma metáfora, querendo mostrar que ele supostamente estaria sendo punido no inferno eternamente pela dureza da sua cabeça, pela dureza da sua inteligência em não ouvir e abraçar aquilo que a igreja propôs a ele. A igreja tentou, durante 6 anos, trazê-lo de volta e ele não quis. Então, essa foi a visão da Beata Serafina Michele. Agora, a igreja nunca disse
isso aqui. Ah, isso... até porque a igreja nunca vai dizer se uma revelação privada é ou não é. Ah, isso não tá certo. Revelação privada é uma experiência da pessoa que pode ajudar e pode edificar os outros. Quando ajuda e edifica, a igreja até permite que isso seja publicado, mas a igreja não obriga ninguém a admitir a veracidade disso. Até mesmo as aparições, por exemplo, até as aparições marianas aprovadas pela igreja, em Fátima, Lourdes, a igreja não obriga a acreditar. Se um fiel católico fala: "Ah, eu não acredito", ótimo, sem problema nenhum. Agora, se um
fiel católico negar um dogma católico, um dogma de fé, aí é problema. Tá bom, meus caros? A hora vai avançadíssima. Acho que não vai dar tempo nem de responder aqui às perguntas. Eu só vou... até posso pegar as... Perguntas de hoje: E aí, na semana que vem eu começo a Live da semana que vem, começando a partir dessas perguntas que vocês deixaram aqui, tá bom? Que aí o tempo já tá bem além, né? Nós estamos aqui em quase 1000 pessoas ao vivo e eu queria aproveitar para fazer um convite para vocês. Amanhã, terça-feira, quarta-feira e
quinta-feira, eu estou promovendo um evento 100% online, 100% gratuito, chamado "Raízes e Rupturas". É um evento sobre a história da Igreja no Brasil. Esse evento, na verdade, é para lançar, ou melhor, relançar um curso sobre a história da Igreja no Brasil que eu já dei no passado, reformulei, aumentei, ampliei, mas esse evento é separado. Primeiro vai ter o evento, depois eu vou falar do curso, mas o evento vai tratar do quê? Das raízes católicas do Brasil. O Brasil nasceu católico, o Brasil se desenvolveu católico, o Brasil foi forjado pela Igreja Católica e parece que, hoje
em dia, muitos católicos perderam um pouco essa referência. O que aconteceu, né? Então nós vamos olhar para as raízes católicas e para as rupturas que foram ocorrendo ao longo da história da Igreja no Brasil. E aí, nesse meio tempo, eu vou falar do quê? Dos grandes eventos da história católica do Brasil, das grandes manifestações da providência de Deus, das vidas santas que existiram dentro do nosso território e o quanto isso pode nos inspirar, hoje em dia. Para participar desse evento "Raízes e Rupturas", você pode entrar lá na minha página do Instagram, Rafael Ponom, tá aqui
ó: abrindo a minha página do Instagram, no link da bio já tem lá o link de inscrição para o evento, só que só dá para se inscrever até hoje. Amanhã já não dá para se inscrever mais. Então, se inscreva! Ou você joga no Google "evento Raízes e Rupturas", você já vai cair na minha página lá, vai achar minha página e aí você pode fazer a sua inscrição. Esse evento precisa de inscrição. Então, o evento "Raízes e Rupturas" eu peço a inscrição, né? Porque serão três dias, então eu vou fazer ali uma sequência argumentativa, então é
necessário ter realmente um compromisso de estudar durante esses três dias. Quem não puder assistir ao vivo, depois, quem estiver inscrito, ficará disponível durante alguns dias para quem estiver inscrito, mas o conteúdo não ficará aberto lá no meu canal do YouTube. Então, eu tenho também o meu canal lá no YouTube, Rafael Ponom, fica aqui o convite para você também se inscrever lá no meu canal. Então participe comigo do evento "Raízes e Rupturas". E aí, depois, lá no final eu falo do curso sobre a história da Igreja no Brasil. Aliás, é um projeto meu, né? Eu tô
começando com a história da Igreja no Brasil, mas depois nós teremos outros vários cursos que a gente vai agregar aí nesse primeiro curso, tá bom? Deus os abençoe muitíssimo! E semana que vem, então, eu começo a partir das dúvidas de vocês, tá bom? Deus nos guarde, hoje e sempre, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! Até a semana que vem, se Deus quiser.