“Escolha Entre Eu Ou o Bebê Imprestável Da Minha Falecida Irmã!” Sua Esposa Falou

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Histórias Fantásticas
“Escolha Entre Eu Ou o Bebê Imprestável Da Minha Falecida Irmã!” Sua Esposa Falou, Mas Logo Ele Soub...
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[Música] Ele escolheu entre eu ou o bebê emprestável da minha falecida irmã. Sua esposa falou, mas logo ele soube o que fazer. Igor segurava o pequeno Paulo com delicadeza, embalando-o com movimentos suaves na tentativa desesperada de acalmá-lo.
O choro incessante do bebê ressoava pelos cantos da casa, ecoando a dor e a perda que ainda pesavam no coração de Igor. Ele olhou para o rosto ruborizado do bebê e sentiu um aperto no peito. Em quatro dias, sua vida havia se transformado completamente.
A mãe de Paulo, Sofia, sua cunhada e irmã gêmea de sua esposa, Isabela, havia falecido ao dar à luz. Agora, ele se via diante da responsabilidade de cuidar do pequeno que chorava incessantemente pela ausência da mãe que nunca conheceria. Seus pensamentos foram interrompidos pelo som da porta se abrindo com força.
Isabela entrou na sala, os passos apressados ecoando em sua impaciência. Ela cruzou os braços e, sem esconder o desagrado, disparou: "Faça esse bebê parar de chorar! " "Igor!
" Isabela exigiu, o rosto contorcido de irritação. "Eu não aguento mais esse barulho infernal! " Igor a olhou, sentindo o peso das palavras dela o atingindo como uma bofetada.
Ele balançou o bebê nos braços mais uma vez, tentando acalmá-lo, enquanto uma angústia silenciosa crescia dentro dele. Como sua esposa podia ser tão insensível diante de tudo o que havia acontecido? Ela era a tia de Paulo, e ainda assim parecia incapaz de demonstrar qualquer traço de compaixão ou empatia.
"Você deveria ser mais paciente com o Paulinho," Isa disse, Igor com a voz firme, mas tentando não elevar o tom. "Ele é seu sobrinho; sua irmã deu a vida para ele nascer. " Isabela bufou, os olhos se estreitando.
"Minha irmã foi uma tola! Igor engravidou de um homem que a abandonou assim que soube da gravidez, e mesmo com a gestação de risco, preferiu salvar o bebê e não a própria vida. " As palavras dela eram frias, cortantes, e a indiferença no tom chocava Igor a cada frase.
"Eu jamais teria tomado a mesma decisão. " Igor sentiu uma pontada no peito, surpreso com a crueldade da esposa. Ele havia conhecido Isabela como uma mulher forte e determinada, mas nunca imaginara que ela pudesse ser tão dura, especialmente em uma situação tão delicada.
"Eu. . .
eu não sabia que você pensava assim," Isabela murmurou Igor, enquanto o pequeno Paulo continuava a soluçar, ainda inquieto. "Nós temos que cuidar dele, Isa! Nós somos os únicos que restaram para isso!
" Isabela soltou uma risada amarga. "Nós? " Ela repetiu com sarcasmo, cruzando os braços com ainda mais força.
"Igor, meus pais já se foram, minha irmã se foi. Esse garoto vai para o orfanato; eu não vou cuidar dele! " Igor parou de embalar o bebê por um momento, chocado com a frieza de Isabela.
Seu coração estava dividido entre o choque e a incredulidade. Como ela podia ser tão insensível ao próprio sobrinho, ao último resquício de sua irmã gêmea? "Você não pode falar sério," disse Igor, tentando manter a calma, mas sentindo o calor da raiva começando a subir.
"Não podemos simplesmente abandoná-lo! Mesmo que eu não seja o pai biológico, eu já sinto que sou! " A expressão de Isabela se contorceu de impaciência e seus olhos brilharam com uma raiva contida.
"Você está louco! " Igor, ela disparou, os punhos cerrados. "Eu não vou ser mãe desse moleque!
Não vou pagar pelos erros da minha irmã. Esse fardo não é meu! Eu não vou deixar que isso destrua nossas vidas!
" Igor respirou fundo, tentando manter a serenidade, mas as palavras de Isabela o feriam profundamente. Ele sabia que a morte de Sofia havia abalado todos ao redor, mas jamais imaginara que Isabela pudesse rejeitar Paulo com tanto ódio. "Ele é só um bebê, Isa!
Ele não tem culpa de nada! " Igor argumentou, a voz tremendo de emoção. "Sua irmã confiou a vida dele a nós; ela fez essa escolha e nós temos que respeitar isso!
" Isabela deu alguns passos à frente, parando diante de Igor com um olhar frio e desdenhoso. "Respeitar? " Ela zombou.
"A escolha estúpida de minha irmã! Eu jamais teria feito o que ela fez! " Sua voz era venenosa.
"Sofia escolheu morrer por um filho que não tem futuro. Eu não vou criar esse garoto! Não vou abrir mão da minha vida!
" "Então é melhor você fazer uma escolha agora: ou eu ou ele! " Ela apontou para o bebê como se ele fosse uma coisa indesejada. "Eu não vou morar com essa criatura que só vai atrapalhar nossas vidas!
" Um silêncio pesado caiu sobre o ambiente. Igor ficou imóvel, encarando Isabela, tentando absorver as palavras cruéis que ela acabara de pronunciar. Ele olhou para o pequeno Paulo em seus braços, o bebê que agora dependia dele para sobreviver.
Como ele poderia fazer uma escolha dessas? Como poderia simplesmente ignorar o instinto que já o ligava àquela criança? "Você está pedindo para eu escolher entre você e um bebê inocente, Isa!
" A voz de Igor estava grave, e ele sentiu o peso da decisão que Isabela colocava sobre ele. "Não posso acreditar que você esteja me pedindo isso. " Isabela o encarou sem piscar, como se realmente não esperasse outra resposta que não fosse a aceitação de sua imposição.
"Você me ouviu! Escolha entre eu ou o bebê emprestável da minha falecida irmã! " Ela cruzou os braços mais uma vez, sem esboçar qualquer traço de arrependimento.
Igor engoliu em seco, sentindo o peso da decisão iminente sobre seus ombros. O pequeno Paulo finalmente parou de chorar, talvez sentindo a tensão entre os adultos, e aninhou-se nos braços de Igor como se buscasse conforto em sua presença. O silêncio entre eles era quase ensurdecedor.
Enquanto Igor estava para encontrar as palavras, permaneceu em silêncio por alguns segundos, segurando Paulo firmemente em seus braços enquanto encarava Isabela. O ambiente parecia congelar com a tensão entre eles, mas ele sabia o que precisava ser feito. "Eu sei o que fazer," disse Igor calmamente, baixando o olhar para o bebê.
Bebê que, por um momento, parou de chorar, como se sentisse a decisão sendo tomada. Isabela o observou, confiante de que ele faria a escolha óbvia, a escolha por ela; afinal, ela era sua esposa e, em sua mente, o bebê não passava de um empecilho. No entanto, Igor não disse mais nada.
Sem hesitar, ele virou-se e saiu da sala, ainda com Paulo nos braços. Ele subiu as escadas em direção ao quarto improvisado que havia montado para o bebê: uma mistura de roupas apressadamente colocadas e poucos móveis que mal representavam o início de uma vida estruturada. Igor começou a pegar suas próprias coisas, jogando-as numa mala com uma pressa resoluta.
Ele então preparou uma pequena mala para Paulo, cuidando para levar as roupas e fraldas suficientes para os próximos dias. O bebê, ainda agitado, olhava para ele com olhos grandes e curiosos, incapaz de entender o que estava acontecendo. Quando Igor desceu as escadas, Isabela estava na porta da sala, com as mãos nos quadris e uma expressão de incredulidade no rosto.
— Eu não acredito que você vai escolher essa criança! — ela exclamou, a voz alta quase histérica, refletindo a raiva e o choque que sentia. Igor parou por um instante, respirou fundo e a encarou com uma calma que a irritou ainda mais.
— Sim, Isabela, ele é um ser inocente, ao contrário de você! — sua voz era fria e cortante. A raiva de Isabela cresceu rapidamente; ela deu um passo à frente, o rosto contorcido de frustração.
— Ele vai arruinar nossas vidas, Igor! — ela gritou, apontando para o bebê como se fosse uma coisa. — Eu sou uma advogada promissora!
Você sabe quantos casos eu teria que abandonar? Isso me custaria uma fortuna! Sem contar que você.
. . — ela fez uma pausa, respirando fundo para controlar o tom de voz — .
. . você terá que abrir mão de vários projetos de arquitetura também!
Você acabou de ganhar aquele contrato enorme para construir um prédio comercial! São milhões, Igor! Você está disposto a jogar tudo isso fora?
Igor apertou os lábios, refletindo por um breve momento sobre o que estava em jogo. O projeto que ela mencionava era, de fato, um dos maiores da sua carreira, e a oportunidade de crescimento profissional era imensa. Porém, ao olhar para o pequeno Paulo, algo dentro dele sabia que nenhum valor financeiro substituiria o que ele sentia por aquele bebê.
— Igor respondeu, sem hesitar: — Mesmo se eu largar tudo, ainda serei um homem rico, Isabela. Mas Paulo. .
. — Ele olhou para o bebê que agora se aconchegava em seu peito. — Paulo precisa de um pai.
Isabela balançou a cabeça em desaprovação, os olhos faiscando de raiva. Ela não conseguia entender como Igor podia estar escolhendo algo tão irracional. — Você é um tolo, Igor!
— ela gritou. — Se é isso o que quer, vá embora! Eu não quero um homem que não tenha ambição, que não pense no futuro!
Ela se dirigiu até a porta da frente, abrindo-a com um gesto brusco e gesticulando para que ele saísse. — Vá embora! — a voz dela tremia de raiva e desdém.
— Eu mandarei meu advogado com os papéis do divórcio. Você não faz mais parte da minha vida. Igor não olhou para trás, com a cabeça erguida e uma firmeza que não havia sentido em muito tempo.
Ele saiu da casa luxuosa que compartilhava com Isabela. Ao cruzar a porta, o vento da noite fria bateu em seu rosto, mas, pela primeira vez em dias, ele sentiu que havia tomado a decisão certa. — Vai ficar tudo bem, Paulinho — murmurou Igor, beijando a testa do bebê.
E, surpreendentemente, como se sentisse o conforto e a segurança nas palavras dele, Paulo finalmente parou de chorar. Os próximos dias foram um turbilhão de emoções e responsabilidades para Igor. Ele e Paulo ficaram em um hotel simples enquanto Igor tentava organizar sua vida.
Ele ainda estava abalado pelo ócio iminente, mas também sabia que não havia mais volta. Isabela estava irredutível, e isso ficou claro quando, apenas alguns dias depois, o advogado dela bateu à porta do hotel com os papéis do divórcio. — Está tudo pronto, senhor Igor.
A senhora Isabela pediu urgência no processo — disse o advogado de maneira profissional e fria, estendendo a pasta com os documentos. Igor não disse nada, apenas assinou. O processo foi rápido, quase mecânico, e logo tudo estava resolvido.
Ele não veria mais Isabela, nem tinha interesse em tentar reverter a situação. A vida que tinham construído juntos desmoronou tão rápido quanto fora erguida. Enquanto tentava cuidar de Paulo e administrar seu trabalho, Igor também estava à procura de uma nova casa.
As noites eram longas e cansativas, repletas de fraldas para trocar, mamadeiras e choros intermináveis. Durante o dia, Igor equilibrava as responsabilidades de seu emprego como arquiteto, recusando alguns dos projetos maiores que antes pareciam ser o ápice de sua carreira. Tudo parecia uma luta constante para se adaptar à nova realidade.
Certa manhã, exausto após mais uma noite sem dormir direito, Igor observava Paulo brincar em um dos cobertores no chão do quarto do hotel. Ele estava começando a se acostumar com a ideia de ser pai; mesmo com todas as dificuldades, o amor que sentia por aquele pequeno ser crescia a cada dia. Igor sabia que os desafios estavam apenas começando, mas ele também sabia que havia feito a escolha certa, mesmo que ela tivesse custado tudo o que ele e Isabela haviam construído.
Igor finalmente sentia que as coisas estavam começando a se ajustar, pelo menos um pouco. A casa que ele havia encontrado era simples, mas acolhedora, com espaço suficiente para ele e Paulo começarem uma nova vida. Ele ainda se sentia sobrecarregado com a responsabilidade de criar um bebê tão pequeno sozinho, mas a presença de Rosa, sua nova babá e enfermeira, trazia um certo alívio.
Ela parecia saber exatamente o que fazer, sempre calma e segura. Mas havia algo em seu olhar que Igor não conseguia ignorar: uma tristeza silenciosa, um tipo de melancolia que transparecia, principalmente quando ela. .
. "Segurava Paulo em seus braços. No início, Igor achou que poderia ser apenas o desgaste emocional de lidar com um bebê recém-nascido, mas conforme os dias passavam, ele percebeu que a melancolia de Rosa ia além disso.
Havia algo mais profundo, um fardo invisível que ela carregava em silêncio, e Igor se questionava sobre o que poderia ser. Apesar disso, ele nunca quis invadir a privacidade dela com perguntas até aquele momento, quando a saúde de Paulo se tornou uma preocupação real. Paulo estava com menos de um mês de vida quando os primeiros sinais começaram a aparecer.
Sua pele ficava avermelhada com frequência, o abdômen parecia inchado e ele chorava constantemente. Além disso, o bebê não estava ganhando peso como deveria, o que deixava Igor cada vez mais preocupado. Ele sabia que não poderia continuar assim por muito tempo.
Certa manhã, após uma noite difícil em que Paulo mal dormiu, Igor se sentou à mesa da cozinha, exausto, observando Rosa enquanto ela cuidava do bebê. Ela o segurava com cuidado, mas o mesmo olhar distante e melancólico estava lá. Decidido a resolver a questão, ele perguntou: "Rosa, o que você acha que pode estar causando isso?
O Paulo não parece melhorar. " Rosa olhou para o bebê com a expressão suave e preocupada de sempre. Ela suspirou antes de responder, como se já tivesse refletido sobre o assunto.
"Senhor Igor, acho que o problema pode estar na fórmula infantil que ele está tomando. Alguns bebês têm dificuldade em digerir o leite industrializado. O leite materno, em muitos casos, é mais fácil de processar, especialmente para bebês tão pequenos como o Paulo.
" Ela fez uma pausa, olhando novamente para o bebê que choramingava em seus braços. "Mas é claro, o ideal seria você levá-lo ao médico para confirmar isso. " Igor sabia que Rosa tinha razão; não havia tempo a perder, e ele levou Paulo ao médico o mais rápido possível.
O diagnóstico foi o que ele temia, mas não era uma surpresa: a fórmula estava, de fato, causando os problemas. O médico sugeriu que Paulo precisaria de leite materno, o que deixou Igor com uma nova preocupação: como poderia conseguir leite materno com tanta urgência? Quando voltou para casa, ele compartilhou com Rosa o que o médico havia dito.
Ela ouviu atentamente, mas a mesma melancolia que ele vinha notando nos últimos dias parecia se intensificar naquele momento. Ela balançou a cabeça, confirmando suas suspeitas. "Eu já desconfiava disso, senhor Igor.
" Mas Rosa hesitou, olhando para o chão por um momento antes de continuar, como se estivesse prestes a revelar algo difícil para ela. "Há algumas opções. " "Que opções?
" Igor perguntou, sem perceber a atenção nas palavras dela. Rosa deu um longo suspiro, e seus olhos se encheram de uma tristeza profunda antes que ela respondesse: "Existem bancos de leite, é claro, podemos tentar isso, mas também há outra opção. " Igor franziu a testa, sem entender o que ela queria dizer.
"Que outra opção? " Rosa desviou o olhar, segurando Paulo com ainda mais delicadeza, como se aquele momento fosse difícil demais para ela suportar. Sua voz saiu baixa, quase um sussurro: "Eu posso amamentá-lo, senhor Igor.
" Igor ficou em silêncio, surpreso com a sugestão inesperada. Ele não sabia como responder no primeiro momento. "Você perguntaria?
" Finalmente tentou entender o que ela queria dizer. Rosa assentiu, embora visivelmente desconfortável. Ela olhou para Paulo e depois para Igor, como se estivesse decidindo se deveria continuar ou não.
Quando finalmente falou, a dor em sua voz era palpável. "Recentemente fiquei grávida, mas perdi meu bebê há duas semanas. " Sua voz tremia levemente enquanto falava.
"Ainda sou lactante. Eu poderia amamentar o Paulo, se o senhor quiser. Claro, estou disposta a fazer todos os exames necessários para garantir que estou em boas condições de saúde.
Eu só quero ajudar, senhor Igor. " Igor se sentiu paralisado por um momento, processando a profundidade da dor de Rosa. Agora fazia sentido: a melancolia que ele via nos olhos dela toda vez que ela segurava Paulo era como se revivesse a perda que sofrera tão recentemente.
Ele sentiu um nó se formar em sua garganta ao perceber o peso que ela estava carregando. "Rosa, eu sinto muito por sua perda," Igor falou com sinceridade, sua voz cheia de compaixão. "Eu não sabia.
Isso deve ter sido horrível para você. Não quero pedir algo que possa te machucar ainda mais. " Ela balançou a cabeça, tentando manter a postura, mas seus olhos traíam a dor que ainda sentia.
"Senhor Igor, por favor, não se preocupe comigo. " Ela engoliu em seco, olhando para Paulo com carinho. "Talvez de alguma forma isso possa me ajudar também.
Se o senhor estiver confortável, eu realmente gostaria de ajudar o Paulo. " Igor olhou para o bebê em seus braços, que agora parecia mais calmo, como se sentisse a tranquilidade momentânea de Rosa. Ele sabia que o leite materno era o que Paulo precisava e que a oferta de Rosa era uma solução prática e carinhosa.
Mas ele também sabia que precisavam fazer isso da forma mais segura possível. "Claro," Rosa respondeu, ele com gratidão e cuidado na voz. "Se você fizer todos os exames e o médico der o aval, eu ficaria extremamente grato se pudesse amamentá-lo.
Não sei nem como agradecer por isso. " Rosa esboçou um pequeno sorriso, mas a melancolia ainda estava lá, como uma sombra que ela não conseguia afastar completamente. "Eu só quero ajudar, senhor Igor.
Paulo é forte, ele vai ficar bem. " Igor sentiu uma onda de alívio: mesmo em meio à dor, Rosa estava disposta a ajudar Paulo da forma mais generosa possível, e isso tocava profundamente seu coração. Rosa, com delicadeza, colocava Paulo no colo para amamentá-lo, e a cada dia Igor via o bebê melhorar.
Paulo ganhava peso, estava mais tranquilo e finalmente começava a dormir por períodos mais longos, algo que trouxe uma tranquilidade inesperada à casa. Igor, em um momento de gratidão genuína, agradeceu a Rosa por tudo o que ela estava fazendo: "Rosa, eu. .
. " Realmente, não sei como te agradecer. A melhora do Paulo é visível e sei que você tem uma grande parte nisso.
Ele disse enquanto a observava com Paulo nos braços. Rosa sorriu levemente, mas seus olhos carregavam aquela tristeza que Igor notava desde que a conhecera. - Não precisa me agradecer, Senor Igor.
É um prazer cuidar do Paulo. Ele é um bebê maravilhoso. Ela acariciou o rosto do menino com carinho antes de completar, hesitante: - Sabe, eu sempre quis ser mãe.
Igor sentiu a vulnerabilidade nas palavras dela, algo que ele não esperava. Ele ficou em silêncio, permitindo que ela continuasse: - Eu tentei ser mãe por tanto tempo, - Rosa começou, sua voz um pouco trêmula. - Meu namorado e eu tentamos por anos.
Até deixei meu emprego para me concentrar na gestação, mas não deu certo. Ela fez uma pausa, olhando para Paulo como se buscasse algum consolo. - Naquele momento, eu tive muitos problemas de fertilidade e, depois da última gestação que perdi, meu namorado.
. . ele me deixou.
Igor, sentindo o peso das palavras dela, observou enquanto Rosa desviava o olhar, claramente afetada por lembrar de sua perda. Ela suspirou antes de continuar: - Fiquei sem emprego e sem muito rumo. Foi assim que me candidatei como babá e acabei aqui.
Igor respirou fundo, sentindo uma tristeza profunda por Rosa. Era evidente que ela carregava cicatrizes emocionais muito maiores do que ele havia imaginado. - Sinto muito por tudo isso, Rosa, - ele disse, tentando demonstrar empatia.
- Eu não fazia ideia de que você tinha passado por algo tão difícil. Rosa sorriu novamente, embora o sorriso fosse contido, como alguém que não quer se deixar levar pela emoção. - A vida é assim, Senor Igor.
Nem sempre as coisas saem como planejamos, mas de certa forma cuidar do Paulo. . .
- ela hesitou, talvez receosa de dizer demais. - Bom, isso me trouxe algum conforto. O silêncio que se seguiu foi acolhedor, e Igor sentiu que também precisava abrir-se.
- Eu também não sou o pai biológico de Paulo, - Igor começou, encarando o chão por um momento antes de voltar os olhos para Rosa. - Minha ex-esposa, Isabela, é tia dele. Ela não quis criá-lo, nem quis que ele ficasse por perto.
Rosa levantou os olhos para Igor, surpresa, mas não disse nada, esperando que ele continuasse. - Ela poderia ter feito como você disse, apenas contratado uma babá, e nossa rotina não teria mudado muito, mas ela não queria. Igor suspirou, sentindo um peso sair de seus ombros ao desabafar.
- Ela simplesmente não queria o garoto em nossas vidas. Então eu fiquei com ele, e honestamente acho que essa foi a melhor decisão que já tomei. Rosa assentiu em silêncio, compreendendo.
Ela não fez perguntas, apenas ofereceu o apoio silencioso que Igor tanto precisava naquele momento. O tempo passou rapidamente, um ano se foi e a relação entre Igor e Rosa floresceu de uma maneira natural e delicada. Eles haviam desenvolvido um laço de respeito profundo e carinho genuíno, embora ambos mantivessem seus sentimentos guardados por medo de estragar a amizade que haviam construído.
Rosa cuidava de Paulo como se fosse seu próprio filho, mesmo sem poder chamá-lo assim. Mas tudo mudou quando Isabela reapareceu, um dia, sem aviso prévio. Isabela apareceu na porta de Igor.
Ele estava surpreso, sem entender como ela havia conseguido seu novo endereço. - Ao abrir a porta, lá estava ela, bem vestida como sempre, com um sorriso enigmático nos lábios. - Igor!
- ela disse, sem hesitar, como se não tivessem passado meses desde a última vez que se viram. - Eu voltei para a cidade e queria saber como você está, e claro, como está o meu sobrinho. A surpresa de Igor foi evidente.
Ele não sabia o que pensar de sua visita repentina, mas a calma que Isabela exibia era quase perturbadora. Mesmo assim, ele não recusou sua presença. - Ele está bem, - Igor respondeu com cautela.
- Paulo está bem. Isabela entrou na casa, seus olhos percorrendo o ambiente como se analisasse cada detalhe. Rosa, que estava na sala com Paulo, ficou visivelmente desconfortável ao ver a ex-esposa de Igor, mas manteve a compostura.
- Como foi o processo de adoção? - Isabela perguntou casualmente. - Já sou o pai oficial de Paulo, - Igor respondeu, tentando manter o tom neutro.
Rosa, sem hesitar, levou Paulo até Isabela, que pegou o bebê em seus braços. Ela o olhou por alguns segundos, avaliando-o, antes de falar com um tom de falsa gentileza: - Ele parece estar bem cuidado, - disse ela, devolvendo o bebê à Rosa com um leve sorriso. Depois de uma breve conversa, Isabela se levantou e se despediu, mas antes de sair, virou-se para Igor e perguntou: - Será que eu posso visitar o Paulo de vez em quando agora que estou morando por perto?
Acho que seria bom eu ter contato com ele, afinal, ele é meu sobrinho. Igor ficou em silêncio por alguns segundos, ponderando sobre o pedido. Ele não sabia ao certo quais eram as intenções de Isabela, mas ao mesmo tempo sabia que ela tinha algum direito de ver o sobrinho.
- Sim, você pode visitá-lo, - ele respondeu, relutante. Isabela sorriu mais uma vez antes de sair pela porta, deixando um ar de incerteza no ambiente. Quando a porta se fechou, Igor suspirou pesadamente, e Rosa se aproximou, ainda segurando Paulo.
Ela sabia que aquela visita havia mexido com ele e, no fundo, também sentia a agora com Isabela de volta. Isabela costumava visitar Igor e Paulo apenas nos finais de semana. Igor sempre se mantinha neutro em relação a ela, mas, com o passar do tempo, ele percebeu que Isabela aparentava estar mudada e tratava Paulo com um carinho que antes ele não havia visto.
Isso o deixava mais tranquilo, apesar de ainda haver algo que o incomodava na súbita reaproximação dela. Durante as visitas, Isabela notou a ânsia de Rosa na vida deles, observando como Paulo se sentia confortável nos braços dela e como Igor confiava cegamente na babá. Em uma dessas ocasiões, enquanto observava Rosa de longe, Isabela comentou: - Rosa parece ser uma peça.
. . importante na vida de vocês não é.
Igor, sem tirar os olhos de Paulo, brincando, respondeu com sinceridade: "Foi essencial. Eu não pensaria em ninguém melhor para cuidar do meu filho se não fosse por ela. Não sei como teria passado por esse último.
" Isabela assentiu como se compreendesse o valor de Rosa. "Ela realmente parece ser uma boa pessoa," disse Isabela, com uma leveza na voz que não costumava usar. Com o tempo, a relação de Igor com Isabela parecia estar se tornando mais cordial; ele notava que ela estava fazendo um esforço para ser presente na vida de Paulo e isso começava a restaurar um pouco da confiança que ele tinha perdido nela.
Então, em uma tarde, quando estava fora, Isabela pediu para conversar com Igor a sós. O tom de sua voz era sério e Igor pôde perceber que havia algo importante naquilo que ela estava prestes a dizer. "Igor, eu queria falar com você sobre a Rosa," Isabela começou, encarando-o com uma expressão difícil de decifrar.
"Eu sei que talvez você não acredite em mim, especialmente depois de tudo o que aconteceu no passado, mas eu fiz algumas pesquisas sobre a vida dela. " Igor arqueou uma sobrancelha, confuso. "Pesquisas?
" ele perguntou, tentando entender o que ela queria dizer com isso. Isabela suspirou, como se tivesse se preparado mentalmente para o que viria a seguir. "Fiz isso porque me preocupo com Paulo; afinal, ele é meu sobrinho.
Queria ter certeza de que ele estava sendo cuidado por uma babá confiável. " Ela fez uma pausa antes de continuar. "O que eu descobri sobre Rosa é preocupante.
" Igor a encarou incrédulo. "Isabela, o que você está tentando dizer? " Ela olhou para ele com seriedade.
"Descobri que Rosa foi acusada de maus-tratos no passado. " Igor, Isabela disse, mantendo o tom calmo, mas deixando claro que estava falando de algo sério: "E não estou dizendo isso só para te irritar ou me vingar de alguma coisa. Existem testemunhas, pessoas que afirmam que ela machucou crianças sob seus cuidados.
" Igor balançou a cabeça, recusando-se a acreditar; ele conhecia Rosa há um ano e durante todo esse tempo ela havia sido impecável com Paulo. "Isso não faz sentido, Isabela," ele disse, tentando manter a calma. "Rosa sempre foi uma excelente babá.
Ela jamais faria algo assim. " Isabela suspirou como se já esperasse essa reação. "Eu sabia que você não acreditaria em mim," disse ela calmamente, "mas eu trouxe algumas informações para você conferir por conta própria.
" Ela tirou dois pequenos papéis do bolso e os entregou a Igor. "Um é o endereço do ex-namorado de Rosa e o outro é de uma das famílias para as quais ela trabalhou. " Igor pegou os papéis com uma expressão confusa e irritada; ele não queria acreditar no que estava ouvindo, mas Isabela parecia tão certa de suas palavras.
"Eu só quero que você pense bem," Isabela disse ao sair, com uma expressão séria. "Paulo merece ser cuidado por alguém que você possa confiar de verdade. " Igor permaneceu imóvel por alguns minutos após a saída de Isabela, segurando os endereços nas mãos.
Apesar de tudo o que sua mente dizia, uma semente de dúvida havia sido plantada. Ele sabia que precisava resolver isso para o bem de Paulo. No dia seguinte, ainda relutante, Igor decidiu ir até o primeiro endereço.
Quando chegou, encontrou o ex-namorado de Rosa, um homem com aparência descuidada e um olhar cínico; era como se ele já esperasse a visita. "Você é o Igor, não é? O homem que contratou a Rosa?
" disse o ex-namorado com uma risada amarga. "Achei que alguém viria me procurar eventualmente. " Igor manteve a postura firme.
"Quero saber sobre Rosa," disse ele, tentando controlar o desconforto. "Isabela disse que você poderia me contar algo sobre o passado dela. " O homem deu de ombros, parecendo se divertir com a situação.
"Claro que posso. Rosa não é flor que se cheire, amigo. Ela mesma não queria aquele bebê que perdeu.
Diz para todo mundo que perdeu no parto, mas se você perguntar a quem a conhecia bem, a história é diferente. Ela causou aquilo a si mesma. " Igor sentiu o estômago revirar; ele não queria acreditar no que estava ouvindo, mas a maneira casual como o homem falava o deixou inquieto.
"Isso é sério? " Igor perguntou, a voz tensa. "Você está dizendo que Rosa.
. . ?
" "Estou dizendo para você ficar longe dela," o ex-namorado interrompeu. "Ela não é quem você pensa que é. " Igor saiu dali sem saber o que pensar, sentindo uma angústia crescente, mas ele ainda precisava ouvir o outro lado da história.
Foi então ao segundo endereço, o da família que havia contratado Rosa anteriormente. O casal que ele encontrou o recebeu com expressões cautelosas, como se já soubesse. "Rosa trabalhou para nós por um tempo," começou a mulher, evitando os olhos de Igor.
"Mas nosso filho começou a aparecer com pequenas manchas roxas. No início achamos que ele estava se machucando sozinho, mas depois descobrimos que Rosa não estava tratando ele bem. " Igor sentiu o chão desaparecer sob seus pés; as palavras ecoavam em sua mente enquanto o medo e a confusão tomavam conta.
Ele agradeceu ao casal rapidamente e saiu, com o coração disparado e as mãos trêmulas. Ele sabia o que precisava fazer: tinha que demitir Rosa imediatamente. Igor voltou para casa com a cabeça cheia de pensamentos conflitantes.
Assim que entrou, encontrou Rosa sentada no sofá, com Paulo dormindo em seus braços; a cena que tantas vezes o acalmava agora o enchia de confusão. Rosa parecia perceber a tensão no ar e olhou para Igor com uma expressão séria, como se soubesse que algo estava por vir. "Igor," ela começou, respirando fundo antes de falar.
"Eu preciso conversar com você. Tenho algo para te contar. " Igor parou no meio da sala, ainda segurando as chaves na mão.
Ele sabia que também precisava falar, mas decidiu deixá-la começar. "Diga," Rosa. Ela abaixou os olhos para Paulo e, com uma leve hesitação, começou a.
. . Falar, sei que o senhor é meu chefe e isso me deixa numa posição delicada, mas ela parou por um segundo, como se reunisse coragem.
Eu gosto muito de você, muito mesmo, e não consigo mais esconder isso. Igor sentiu o coração apertar. Essas eram as palavras que ele desejou ouvir por tanto tempo, especialmente nos meses após o divórcio.
Rosa sempre foi uma presença acolhedora e ele não podia negar que sentia algo por ela também. Mas, naquele momento, tudo parecia diferente: os rumores, as dúvidas plantadas por Isabela, as visitas ao ex-namorado de Rosa e ao casal que o fez acreditar que ela tinha um passado obscuro. Ele ficou em silêncio por alguns instantes, olhando para Rosa, e viu a esperança em seus olhos começar a desvanecer.
— Rosa. . .
— Igor comeu a voz embargada. — Eu também preciso te falar algo, não fácil. Rosa franziu o senho, sem entender o que estava por vir.
— Eu acho que você deve ir embora daqui — continuou Igor, sua voz mais firme agora. — Eu pagarei todos os seus direitos, mas não quero mais que você cuide do Paulo. Não quero mais você na minha casa.
Rosa arregalou os olhos, a expressão de surpresa e dor tomando conta de seu rosto. As lágrimas começaram a se formar, mas ela tentou falar, a voz vacilando. — Mas por quê?
— Ela perguntou, sem saber o motivo do coração apertar. — Foi por eu me declarar para você? Eu sinto muito, não devia ter dito nada.
. . Mas Igor balançou a cabeça, cortando-a.
— Não é por isso, Rosa. Não tem nada a ver com seus sentimentos — ele suspirou, tentando manter o controle das emoções. — Eu descobri o seu passado.
Rosa ficou paralisada, piscando rapidamente, como se tentasse entender o que ele estava dizendo. — Meu passado? — Perguntou ela, com uma mistura de confusão e medo na voz.
— Eu não entendo. Igor olhou para o chão por um momento, sentindo um nó se formar em sua garganta. Ele sabia que a próxima parte seria ainda mais difícil.
— Eu falei com o seu ex-namorado e com uma das famílias para as quais você trabalhou. Eles me contaram sobre os maus-tratos e sobre a perda do seu bebê. Sua voz começou a se encher de raiva.
— Eu não posso deixar isso passar, Rosa. Se você fez algo com o Paulo, eu juro que vou te mandar para a cadeia! Rosa começou a chorar, as lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto ela balançava a cabeça desesperadamente.
— Isso não é verdade! Meu ex. .
. ele não é uma boa pessoa! — Igor, ela implorou.
— Eu nunca maltratei ninguém e muito menos o Paulo. Como você pode acreditar nisso? Igor, tomado pela raiva e pela confusão, apontou para a porta.
— Saia daqui! — ele gritou, sua voz cheia de fúria. — Eu não quero mais ouvir nada!
Rosa engoliu o choro, levantou-se com Paulo nos braços e o colocou delicadamente no berço. Com o rosto molhado de lágrimas, ela pegou suas coisas e, sem olhar para trás, deixou a casa que havia se tornado sua vida nos últimos meses. Horas depois, Isabela apareceu.
Ela entrou pela porta como se já soubesse o que tinha ocorrido. — Sei que esse momento é difícil para você — disse Isabela com um ar de falsa simpatia —, mas era melhor do que ter aquela mulher por perto. Agora você pode ficar em paz, sabendo que Paulo está seguro.
Igor não respondeu, apenas assentiu com a cabeça, cheio de dúvidas e o peito pesado de arrependimento. Os dias que se seguiram foram sombrios; a casa parecia vazia sem Rosa e o simples ato de cuidar de Paulo sozinho o deixava exausto. Mas o que realmente o incomodava era a culpa que o consumia lentamente.
Ele se pegava pensando se havia feito a coisa certa, se realmente podia confiar nas palavras de Isabela e nos relatos que havia ouvido. Após algumas noites mal dormidas e dias de reflexão, Igor decidiu ir mais a fundo. Ele precisava saber a verdade e a única forma de fazer isso era investigar por si mesmo.
Começou pesquisando o passado do ex-namorado de Rosa e o que descobriu o chocou: o homem tinha uma ficha criminal, processos por diversos crimes e seu histórico o mostrava como alguém nada confiável. Igor não parou por aí, também decidiu investigar o casal que havia dito que Rosa maltratava crianças. Foi então que descobriu algo ainda mais perturbador: o casal nunca havia contratado Rosa; eles eram amigos de Isabela e a conexão entre eles era clara.
Depois de alguns dias de investigação, ele descobriu que Isabela havia pago ao casal para mentir e assim convencer Igor a demitir Rosa. A raiva que Igor sentiu naquele momento foi quase insuportável. Ele se sentiu manipulado, enganado e, mais do que tudo, profundamente arrependido do que havia feito a Rosa.
Tudo o que ela havia dito era verdade e ele a havia demitido por causa das mentiras de Isabela. Sentindo o peso da culpa crescer ainda mais, Igor sabia que precisava consertar o que havia feito. Mas será que Rosa o perdoaria?
Quando Isabela entrou na casa de Igor, ela imediatamente sentiu a tensão no ar. O rosto de Igor estava fechado, seus olhos brilhando de raiva contida. Isabela tentou manter a compostura, mas a frieza dele era palpável.
— O que aconteceu? — Igor perguntou, Isabela tentando disfarçar sua apreensão. Igor cruzou os braços, mantendo-se firme e encarando-a diretamente.
— Eu descobri o seu plano, Isabela — sua voz saiu dura, cortante. Isabela piscou algumas vezes, como se processasse o que ele acabara de dizer, em seguida assumiu uma expressão pensativa, mas a reação de culpa era clara. — Eu.
. . eu só fiz isso porque queria ficar ao seu lado — Igor disse ela com uma tentativa desesperada de justificar suas ações.
— Eu me arrependi de ter pedido o divórcio. Eu ainda te amo, sempre te amei! Igor balançou a cabeça, incrédulo, seu olhar carregado de desprezo.
— Você está louca! — Ele respondeu direto. — Acha que me manipulando, tentando destruir a vida de uma pessoa, vai me fazer voltar?
Para você, Isabela, percebendo que seu plano estava se desmoronando, tentou uma última cartada. Eu vi como você olhava para a Rosa; ela engoliu em seco, suas palavras se tornando mais apressadas. Eu fiquei com ciúmes, Igor.
Eu fiz o que fiz porque eu me arrependi. Eu queria que tudo voltasse a ser como antes, queria criar Paulo com você, formar uma família de verdade. Igor interrompeu, a raiva fervendo ainda mais: "Família?
Você nunca quis Paulo, e agora você diz que o quer para ficar comigo? Isso é doentio, Isabela. " Ele fez uma pausa, observando a reação dela.
"E não me venha com esse papo de amor. Achei que você estava atrás da herança deixada pela sua irmã para Paulo. " Isabela parecia genuinamente confusa por um segundo.
"Herança? " Ela franziu a testa, como se estivesse tentando entender o que ele estava insinuando. Igor soltou uma risada amarga.
"Sofia deixou uma grande soma de dinheiro para Paulo, dinheiro que você de repente parece tão interessada em. " Os olhos de Isabela se arregalaram de surpresa, mas ela rapidamente tentou se defender. "Eu não me importo com dinheiro, Igor!
Eu só me importo com você. " Ela tentou se aproximar dele, mas Igor deu um passo para trás, evitando o toque dela. "Eu me arrependi.
Eu te amo. " Igor balançou a cabeça, sentindo a fúria aumentar. "Você não sabe o que é amar, Isabela," ele disse com firmeza, sua voz carregada de desdém.
"Saia daqui e não volte nunca mais! " Isabela, agora em lágrimas, tentou mais uma vez se justificar. "Mas Igor—" "Fique longe de mim e principalmente de Paulo!
" Igor a interrompeu bruscamente. "Você pode ser a tia dele, mas eu nunca vou deixar você fazer mal a ele. Agora vai embora!
" Com o coração acelerado e a respiração curta, Isabela percebeu que não havia mais o que dizer; as lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela dava as costas e saía da casa, caminhando pelas ruas arrependida e derrotada. Ela chorava por tudo o que havia feito e perdido. Igor, por outro lado, sabia que sua próxima ação era ainda mais importante.
Sem perder tempo, ele pegou as chaves e correu até a casa de Rosa. Ele sabia que tinha muito o que consertar e não podia perder mais tempo. Chegando lá, ele bateu na porta várias vezes, ansioso por falar com ela.
"Rosa, por favor, abra a porta! " Igor insistiu, tentando manter a voz calma, embora seu coração estivesse disparado. Rosa, ainda abalada com o que havia acontecido antes, hesitou por alguns momentos antes de finalmente abrir a porta.
Seus olhos estavam inchados de tanto chorar, e ela o olhou com uma mistura de dor e desconfiança. "O que você quer, Igor? " Ela perguntou, sua voz baixa e cansada.
Igor não perdeu tempo; sabia que precisava ser honesto. "Eu. .
. eu descobri a verdade, Rosa. " Ele respirou fundo, tentando conter as emoções.
"Descobri tudo o que Isabela fez, as mentiras que contou. Eu estava errado, muito errado, e estou profundamente arrependido. " Rosa cruzou os braços, lutando para não se deixar abater novamente; ela havia sofrido demais nas últimas semanas.
"Você disse coisas que me magoaram muito! " Igor respondeu, a voz embargada. "Eu amo Paulo como se fosse meu próprio filho.
Jamais faria mal a ele, e você sabia disso, mas mesmo assim me acusou. " Igor ajoelhou na porta, a expressão de arrependimento sincero estampada em seu rosto. "Eu sei, eu sei que te machuquei, e estou arrependido de cada palavra.
" Ele implorou, sentindo o peso da culpa em suas costas. "Por favor, Rosa, me perdoe! Eu não posso deixar você sair da minha vida, nem da de Paulo.
" Rosa olhou para ele, incrédula, com a cena diante de seus olhos. Ela nunca esperava que ele se ajoelhasse, que se rebaixasse tanto. Ela ainda estava magoada, mas outra parte sentia a sinceridade no olhar de Igor.
"Igor, levante-se, por favor," ela disse com a voz mais suave. "Não precisa fazer isso. " Igor se levantou lentamente, mas permaneceu com os olhos fixos nos dela.
"Rosa, eu também preciso te dizer outra coisa. " Ele hesitou por um segundo, respirando fundo antes de continuar. "Eu gosto muito de você, muito mesmo.
Eu deveria ter te dito isso antes, mas o medo de estragar tudo me impediu. " Rosa o olhou por alguns segundos, processando o que ele acabara de dizer. Ela estava em choque, não acreditando no que ouvia.
"Você gosta de mim? " Ela repetiu, surpresa. "Sim, Rosa," Igor respondeu sinceramente.
"Eu nunca deveria ter deixado que a dúvida, o medo ou as mentiras de Isabela me afastassem de você. Eu preciso de você e Paulo também. " Rosa, ainda incrédula, sentiu as lágrimas voltarem, mas dessa vez de alívio.
Ela o olhou nos olhos por um longo momento antes de finalmente se aproximar. Em um gesto espontâneo, ela o abraçou, e Igor a envolveu em seus braços, apertando-a contra si com um carinho desesperado. Eles se olharam nos olhos uma última vez antes de se beijarem, selando um momento que há muito era desejado, mas nunca admitido.
Dias depois, Rosa voltou para a casa de Igor, mas dessa vez, não como babá; ela voltou como sua namorada, com o coração leve e cheio de esperança. Futuramente, se tornaria sua esposa, mas no fundo, ela já considerava Paulo como seu próprio filho. O vínculo que havia se formado entre eles era inquebrável.
Com o passar dos anos, Rosa e Igor se casaram em uma cerimônia simples e cheia de amor. Rosa, determinada a realizar seu sonho de ser mãe novamente, passou por tratamentos de fertilidade e, para alegria de todos, conseguiu engravidar. O casal foi abençoado com uma linda e saudável menina, completando a felicidade da família.
Paulo, por sua vez, cresceu cercado de amor, feliz e saudável, amando sua nova irmã como o irmão mais velho protetor que se tornava. Enquanto isso, Isabela, depois de todas as suas tentativas fracassadas de reaproximação, nunca conseguiu se conectar novamente com Igor; ela se afastou. Definitivamente, sem encontrar mais um lugar na vida daquela família que agora estava [Música] completa.
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