Calit, não fuja do diálogo, porque se você me convencer que as suas ideias são mais verdadeiras do que as minhas, amanhã você vai me encontrar na rua vivendo as suas ideias. E peguei pensamentos de três grandes pensadores históicos, que é a tríade latina, Cênica, Epiteto e Marco Aurélio. Cada pensamento desse eu fiz uma reflexão sobre ele e um exercício para você fazer por uma semana.
Eu vi hoje de manhã, tava vendo um vídeo de 76 da Globo perguntando pr as pessoas na rua do Rio de Janeiro, é sobre leitura. Tem um livro novo, inclusive a gente falava um pouco sobre isso também. E as pessoas responderam assim: "Tranzeuntes da do dia a dia, tipo uma coisa esquisita de olhar, nossa, isso é uma TV", sabe assim?
E aí perguntavam pras pessoas assim, tipo, juro, na média as pessoas respondiam cinco, seis livros por mês que elas liam e aí perguntavam: "Ah, mas aonde você lê livro? " Um cara tinha o clube do livro, o outro cara tinha não, eu leio todos mes na faculdade. E hoje em dia a gente nunca produziu e vendeu tantos livros e ao mesmo tempo menos pessoas estão lendo.
E a qualidade dos livros também, né? queria que você falasse um pouco das reflexões que você colocou nesse livro novo, agenda histórica, né? O Lucão vai botar na tela ali, e um pouco sobre o que te inspirou a a manter essa forma de inclusive de arte, né, que é a leitura e a escrita, dado que você tem já tem 600 palestras, para que como que isso se encaixa dentro do que você quis escrever?
É engraçado, passei pelo aeroporto ontem, cheguei em São Paulo. Ah, tá o livro na tela. São Paulo.
Ontem eu passava por uma livraria no aeroporto. Todos os títulos eram como ganhar dinheiro assim assado, como se destacar, como ter sucesso, todos os livros que estavam lá. Eu falei: "Bom, nesse nível eu não vou conseguir ter muitos leitores do meu livro, porque eu não ensino absolutamente nada dessas coisas, absolutamente nada.
A agenda histórica, ela nasceu a partir de um estudo que eu fiz dentro de técnicas de estudo. Eu sou professora de técnicas de estudo, gosto muito disso, ensinar as pessoas a aprenderem direito. E em técnicas de estudo, uma coisa que a gente percebe é que quando você trabalha sobre uma ideia todos os dias por um tempo, por exemplo, 4 meses, todos os dias eu leio uma coisa, eu trabalho com aquilo, eu reflito sobre aquilo.
em 4 meses é é possível que você já tenha incorporado isso, integrado como um hábito. É um tempo de assimilação profunda, sabe? você já pode ter incorporado isso como um hábito.
E aí eu imaginei dividir o livro em setores, ou seja, convivência, eh, autoconhecimento, setores da vida. E peguei pensamentos de três grandes pensadores históricos, que é a tríade latina, Cênica, Epiteto e Marco Aurélio. Peguei pensamentos deles referentes a todos esses setores da vida, tá?
Então, fiz rondas, a primeira ronda, digamos, convivência. Uhum. Esses pensamentos, cada pensamento desse, eu fiz uma reflexão sobre ele, o que você poderia retirar de prático desse pensamento e um exercício para você fazer por uma semana.
Hum. Cada um desses três pensamentos, reflexões sobre ele e exercícios práticos para você fazer durante uma semana. exemplo de um exercício assim prático, por exemplo, que essa semana, esses essa semana, todos os dias eu vou parar para pensar o que foi que eu fiz, não pensando apenas em mim mesmo, mas nos demais.
Ah, por exemplo, um exercício, antes de dormir, vou parar para pensar em que momento do meu dia eu fui eu mesmo e não uma máscara. Reflexões desse tipo, exercícios práticos para que você se autoconheça, se perceba, né? Então isso você cobre essas rondas todas num prazo de 4 meses.
A ideia é que você repita isso duas vezes e faça isso por um ano. E tem integrado alguns desses pensamentos ao longo desse ano. Ou seja, que no final do ano isso não seja só dos históicos, seja teu também.
Você tem integrado isso como uma maneira de pensar, como uma maneira de responder a vida. Uhum. Né?
tenha feito reflexões que te permitem entender o propósito dessa frase e tenha assimilado alguma dessas coisas como tuas. Ou seja, uma proposta de assimilação de um ponto de vista histórico de vida em um ano. Mas eu preciso colhar 4 da manhã para fazer essa reflexão.
Toma banho gelado, né? O importante é reflexão, né? Não gelada acord da 4 da manhã.
Não, você precisa dedicar 10 minutos por dia a isso em qualquer horário que você queira. Não precisa de nenhuma extravagância. Você precisa dedicar uns 10 minutos a ler a frase, ler a reflexão sobre a frase e se propor a fazer o exercício.
E quais são os anseios que passam no coração de uma pessoa como você, que pensa eh n na filosofia, nessa arte de eh de encantar os outros a conhecer o seu eu? O que que no seu coração é uma coisa que às vezes você o seu lado humano fala assim: "Nossa, eu tô sentindo isso". O que que te aflige eventualmente no dia a dia?
O que me aflige seria se eu não pudesse fazer nada. Eu tenho uma tranquilidade muito grande porque sei que eu tô indo no meu limite, fazendo o meu melhor. O que me aflige é não ver as pessoas mudando.
Quando uma pessoa me diz: "Olha, graças a alguma coisa que você propôs, eu cresci um pouquinho. Eu acho que meu trabalho tá super bem feito. Um pouquinho que seja, porque uma pequena mudança justifica uma vida.
O que não se justifica é você morrer do mesmo tamanho que você nasceu. Então uma pequena mudança, um pequeno crescimento já justifica uma vida, tá? Então para mim é muito estimulante quando eu percebo que para alguns pelo menos, esse esforço tem dado certo.
Uhum. Essa busca do autoconhecimento, às vezes ela é para mim é intrigante, né? Porque assim, eu sempre busco tentar entender, pô, por que que será que eu reagi daquela forma?
Mas ao mesmo tempo eu tenho amigos assim que eles não tão nem aí pro autoconhecimento. Eu acho interessante, intrigante, divertido, mas eles têm uma vida plena às vezes, né? Eu falo assim: "Olha, não me conheço tanto, mas vai vai viver".
Será que eles esse passo a mais de tentar se descobrir e entender, fazer essas reflexões? Eu particularmente me encanto por isso, mas é aquilo que o Garger falou. Será que às vezes a pessoa encontra mais paz levando a vida do Deixa a vida me levar meio Zéca Pagodinho?
Será que não não tem jeito, né? Vai vai chegar lá, vai morrer e tá tudo certo, não é? Eu eu acho inter será que é uma vida vazia?
Eu não acredito a menos que essa pessoa já fosse naturalmente muito virtuosa, aí sim seria tranquilo. Mas quando essa pessoa é dominada por uma cola e faz uma besteira, magoa alguém, ela não vai sofrer com isso. Hum.
Quando ela é dominada por uma paixão e abandona todos os seus compromissos em função de uma paixão louca, ela não sofre com isso. Ela tá sofrendo, ela é escrava dos seus defeitos. Ela tá sendo jogada de um lado para outro.
É impossível que essa pessoa esteja tão bem assim, porque nós somos escravos dos nossos defeitos. Eles fazem, como se diz popularmente, gatos e sapatos de nós. Temos perdas, temos sofrimentos, magoamos as pessoas que amamos, perdemos as pessoas que amamos.
Ou seja, os nossos defeitos não são indolores, eles causam estrago na nossa vida. Fazemos um monte de escolhas inadequadas, nos colocamos em situações ruins. Então, como é que isso?
Perigosas para nós e pros demais, paraas pessoas que amamos. Ou seja, como é que alguém pode estar feliz com isso? Eu acho muito difícil.
Acho muito difícil. É que é anestesia, né? Hoje a gente tem muitas anestesias para nos eh naquela expectativa do filme Click, sabe, do Adam Sandler, que ele passa o tempo controle remoto.
Controle. Ah, sim, sei. Como se pudesse controlar o mundo, né?
É, não. O que eu vejo é muito de pessoas que estão virtualmente assim, Marião, né? Tipo assim, ah, não, a pessoa ela não tá nem aí.
Ela muitas vezes tá num estado de clique, que é o estado tipo assim, não, quando eu te for promovido, aí eu vou resolver as coisas. estão até lá, tá tranquilo, entendeu? Então ele não está obviamente passando a vida, mas ela é isso, ela anestesia uma parte do pensamento.
Então quando for promovido, eu vou pensar nisso. Agora não é é é vive em função talvez de um paraíso que não chega nunca, né? Porque ou o paraíso está aqui ou ele não está em lugar nenhum.
Existe uma passagem do epiteto que ele define a felicidade, que ele diz que a felicidade é um verbo, é a prática constante, contínua e permanente de atos de valor. Ou seja, a felicidade tá debaixo dos teus pés quando você tá fazendo aquilo que te corresponde como ser humano. Ela não tá no lugar que você vai alcançar.
Ou ela está aqui ou não está em lugar nenhum. Uhum. É, mas essa ideia de um xangrilar, um local perfeito, alguma coisa que você vai atingir, que vai resolver os seus problemas, esvazia o seu presente e te torna um ansioso.
Tá aqui também não traz felicidade esse tipo de posição. Muito pelo contrário. É fato.
O o no o livro então convida as pessoas a essa reflexão com esses exercícios também, né? É, o livro convida a viver o historicismo. Essa é a proposta, viver.
Seja, hoje eu vou ler isso, amanhã vou estar vivendo isso para ver que resultado dá. É uma experiência. Me recordo que tem uma passagem de um diálogo platônico Gorgeas, onde Sócrates, que é o personagem principal, ele vira para um sofista da época, Caliiclis, e diz: "Caliclis, não fuja do diálogo, porque se você me convencer que as suas ideias são mais verdadeiras do que as minhas, amanhã você vai me encontrar na rua vivendo as suas ideias.
" Não é uma coisa do outro mundo alguém dizer uma coisa dessas e sustentar. Se eu me convencer que as tuas ideias são mais verdadeiras do que as minhas, amanhã você vai cruzar comigo na rua vivendo as suas ideias. Poder de fazer isso.
Bom, eu acho que isso aqui é pertinente, que esse pensamento é cabível. Amanhã vou est vivendo. Vamos ver o que que acontece.
Vamos ver se eu encontro respostas melhores do que aquelas que eu tenho tido do meu jeito. Aham. Ou seja, é uma proposta de vivência do estoicismo.
É diferente do que simplesmente vou ler para me inspirar. Vamos viver e vamos ver que resultado a gente colhe essa quebra de paradigma pessoal, né? É uma, é incômodo, né?
Você mudar o pensamento, né? Encontrar uma nova realidade ou descobrir a verdade, né? Ela às vezes é dolorosa, a verdade pode doer.
Eu vejo às vezes um pouco no que o Geiger comentou sobre comunidades, eh, a pessoa começa a ter contatos, né, com outras ideias, conversar com outras pessoas, mas ela se retrai porque fala: "Não, mas isso não é como o meu grupo pensa". Uhum. Então, ela não pode pensar diferente por causa do grupo.
Ela não tem a vontade própria, o conhecimento próprio ali para o despertar, para poder estar aberta a outras ideias. Se é uma, se o grupo, os grupos pensam e num ambiente polarizado, principalmente na política, eh evita-se o diálogo para chegar no ponto comum. Então fica nunca nunca chegam em acordos, né?
É, existe uma coisa que me impressiona realmente é que não sei, pode ser que eu esteja errada do ponto de vista histórico, mas eu acho que nunca houve um tempo histórico onde as pessoas estivessem tão desinteressadas pela verdade como hoje. Eu tô interessada pela minha versão dos fatos. Não tô nem aí se você me disser: "Vem cá que eu vou te contar o que realmente aconteceu".
Não me interessa. A fake news é mais sedutora, muito mais. E aí, pessoal?
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