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Muito bom dia, meus caros! Sejam todos bem-vindos à meditação do dia de hoje. Peçamos a Deus que nos abençoe, nos guarde, ilumine as nossas mentes e corações, para que possamos fazer bem essa nossa meditação.

Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia, dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.

Bendita sois vós dentre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal, hoje e sempre, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, hoje iniciamos o capítulo 32 do "Caminho de Perfeição".

Santa Teresa coloca como título "Trata da seguintes palavras do Pai Nosso: 'Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu'". Fala do muito que realiza quem profere essas palavras com toda determinação e diz quão bem paga por isso o Senhor. Começamos ouvindo o que nos diz Santa Teresa: agora que o nosso bom Mestre pediu por nós e nos ensinou a pedir coisa de tanto valor, que encerra em si todas as coisas que aqui podemos desejar, concedendo-nos a grande graça de nos fazer irmãos Seus.

Vejamos o que Ele quer que demos a seu Pai, o que lhe oferece por nós e o que nos pede. Pois é justo que o sirvamos em alguma coisa, quando recebemos tão grandes favores. Ó bom Jesus, se dais tão pouco de nossa parte, como pedis tanto em nosso benefício!

Sim, porque o que damos é, em si, nada diante do que devemos. Ainda mais se tratando de tão grande Senhor! Certo é, porém, Jesus, meu, que não nos deixeis sem nada e que, nós, vos dando tudo que podemos dar, se o dermos como dizemos: "Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.

" Bem fizestes, nosso bom Mestre, em apresentar primeiro o pedido anterior, para que pudéssemos cumprir aquilo que dais em nosso nome, porque é certo, Senhor, que se assim não fosse, não nos seria possível fazê-lo. Mas como o vosso Pai faz aquilo que lhe pedis, dar-nos aqui o seu reino, sei que não vos deixaremos faltar com a verdade ao dardes o que dais por nós, porque, tornada a terra céu, será possível fazer-se em mim a vossa vontade. Sem isso, contudo, e em terra tão ruim quanto a minha e tão estéril, não sei, Senhor, como isso poderia acontecer.

De fato, é coisa grandiosa o que ofereceis. Quando penso nisso, divirto-me com as pessoas que não se atrevem a pedir sofrimentos ao Senhor, por pensarem que logo vão ser atendidas. Não falo dos que deixam de fazê-lo por humildade, por lhes parecer que não são capazes de suportá-los, se bem que eu acredite que aquele que lhes dá amor para que peça um meio tão árduo de provar que o amam também lhes dará meios para suportá-lo.

Eu gostaria de perguntar aos que, por temor de que logo lhes dê, não os pedem: o que dizem quando suplicam ao Senhor que se cumpra a sua vontade neles? A não ser que o digam por dizer, porque todos o dizem, mas não para que isso aconteça. Isso, irmãs, não seria bom!

Vede! O Bom Jesus, fazendo que às vezes, de nosso embaixador, dispôs-se a intervir entre nós e seu Pai, não pagando por isso pequeno preço. Não é justo que não demos de fato, se não pretendemos dá-lo.

Não o prometamos! Agora, desejo seguir outro rumo. Vede, filhas, isso se há de cumprir, queiramos ou não, e a sua vontade há de se fazer no céu e na terra.

Crede-me, sigam o meu parecer e fazei da necessidade uma virtude. Ó Senhor meu, que grande prazer é este para mim saber que não deixastes de querer que em pessoa tão ruim como eu se cumprisse a vossa vontade. Bendito sejais para sempre, e louvem-vos todas as coisas!

Glorificado seja eternamente o vosso nome. E que boa situação em que boa situação eu estaria, Senhor, se estivesse em minhas mãos cumprir-se ou não a vossa vontade. Eu vos entrego agora a minha vontade, livremente, embora não sem interesse, pois já experimentei e tenho grande experiência do lucro que obtenho ao entregar livremente a minha vontade a vós.

Ó amigas, que grande ganho é aqui, ou que grande perda se não cumprirmos o que prometemos ao Senhor ao dizer o Pai Nosso. Antes de falar do que se ganha, quero descorrer sobre o muito que ofereceis para que mais tarde não alegue que estáveis enganadas e que não entendestes. Não sejais como algumas religiosas que só fazem por prometer e, não o cumprindo, tentam reparar as coisas afirmando que não tinham entendido aquilo que prometiam.

E pode ser verdade, porque dizer que entregamos a nossa vontade a outrem parece muito fácil, até que na hora da prática se percebe que é a coisa mais difícil de fazer, se a fizermos como devemos. Mas nem todas as vezes os prelados nos levam com rigor, porque vêm a nossa fraqueza e, em certas circunstâncias, tratam da mesma maneira fracos e fortes. Com o Senhor não é assim, pois Ele sabe o que pode suportar cada um e, vendo força numa alma, não deixa de cumprir nela a sua vontade.

Muito bem, meus caros, então paramos aqui e amanhã seguimos nessa leitura do Capítulo 32, que é um capítulo bastante longo e muito denso também. Esse capítulo trata de algumas palavras do Pai. Nosso, agora passaremos a falar da vontade de Deus.

Né, é o que fala o Pai Nosso, é o que Santa Teresa vai comentar: "seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu". É uma petição do Pai Nosso que, às vezes, fazemos automaticamente ao rezar e não profundamente. Nela, "seja feita a vossa vontade", nós estamos pedindo a Deus que faça em nós a sua vontade.

Mas uma coisa é certa: quando nós pedimos que Deus faça a sua vontade, estamos dando a nossa adesão à sua vontade. Mas isso não significa que Deus está amarrado à nossa permissão para fazer ou não a sua vontade. Deus fará a vontade dele, queiramos ou não, queiramos ou não creiamos ou não.

Aquela pessoa que não crê em Deus, que despreza Deus, que blasfema, que fala contra Deus, a vontade de Deus se fará na vida dela. Só que aí é que está o segredo: para aqueles que não creem e que não amam a vontade de Deus, será terrível. A vontade de Deus chegará como desassossego.

Agora, para aquele que abraça a vontade de Deus, que adere à vontade de Deus, que entende que na vontade de Deus está a maior felicidade possível neste mundo, então ele reagirá de outra maneira. "Seja feita a vossa vontade". E, às vezes, a vontade de Deus, né, ela vem acompanhada de muita purificação.

E esta purificação só acontece mediante os sofrimentos que Deus permite que aconteçam na nossa vida. Não que Deus queira o nosso mal, não que Deus queira o sofrimento, mas tudo isso é consequência do pecado. E Deus tira o bem do mal, então os sofrimentos vêm, e tudo isso nos purifica.

Nos purifica, vai nos preparando, vai dispondo o nosso coração, vai dobrando os nossos defeitos e pecados. "Seja feita a vossa vontade". A vontade de Deus dobra o que é duro, ela transforma aquilo que aparentemente não pode ser transformado.

E, então, nós pedimos que seja assim na terra como no céu. O que Deus pensa na sua glória, seja feito aqui nesta terra: que não haja distância entre o céu e a terra! Que a Santíssima vontade de Deus seja feita em tudo.

Agora, quando dizemos isso da boca para fora, é sempre mais fácil, sempre mais fácil, né? Porque nós estamos falando, né, simplesmente que queremos a vontade de Deus, que sabemos que a vontade de Deus é algo bom. Isso é racional, sabemos mesmo.

Agora, a grande questão é quando vem a vontade de Deus na nossa vida com uma aprovação, com uma situação de saúde que nós não conseguimos resolver, com uma situação dentro do casamento, na relação com os filhos, que é difícil de lidar. E aí é difícil dizer: "seja feita a vossa vontade". A vontade de Deus, ela é e deve ser, como dizia Santa Teresinha do Menino Jesus, né, filha espiritual de Santa Teresa de Jesus: "a vontade de Deus é o meu paraíso".

Quando nós chegarmos nesse ponto de entender que a vontade de Deus é o nosso paraíso na terra, aí sim estaremos atingindo essa união íntima, essa união apaixonada com Deus. Então, nestas palavras do Pai Nosso, devemos pensar nelas e devemos aderir a elas. Nós pedimos a Deus que faça a sua vontade, mas a vontade de Deus virá acompanhada de muitos desafios, de muitas oportunidades de mortificação, humilhação, sofrimentos.

E por Deus permite isso porque nós somos duros de coração, a nossa mente é dura. Nós criamos esquemas mentais, respostas, soluções e teorias que não têm pé nem cabeça, mas nós nos convencemos com as mentiras que nós mesmos criamos para nós. Nós mesmos criamos tudo isso para fazer a nossa vontade, para fazer aquilo que a gente quer.

Nós conhecemos os mandamentos de Deus, temos capacidade para entender, mas às vezes entendemos muito de qualquer jeito, porque propositalmente não queremos nos comprometer. Então, nós não queremos a vontade de Deus, nós queremos a nossa vontade. E, por isso, devemos pedir com afinco, com honestidade: "seja feita a vossa vontade".

Mas aqui, Santa Teresa fala: né, muitos têm medo de dizer sinceramente esta frase do Pai Nosso, porque sabem que se pedimos a Deus que faça a sua vontade, a vontade de Deus para nós, muito provavelmente será bem diferente daquilo que nós temos escolhido na nossa vida, das atitudes que nós temos abraçados. E isso implicará em conversão, em mudança de vida. Então, sejamos corajosos, peçamos a Deus essa coragem de pedir que a sua vontade se faça assim na terra como no céu.

Que Nossa Senhora, nossa mãe, nos ajude, nos abençoe, nos guarde e nos encaminhe nesse caminho de perfeição para a vontade de seu Divino Filho. A vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e Bendita. Amém.

O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Meus caros, aqui no canal, né, ficarão na descrição os meios para que você possa apoiar o trabalho do canal. Isso é muito importante. Então, tem lá o link da Liv, com livros sobre a quaresma em promoção, tem a chave PX, caso você queira fazer uma doação direta, e tem também o minicurso "Nossa Senhora da Conceição Aparecida: sua história, sua devoção e seu Santuário".

Todas estas são formas de apoiar o trabalho aqui no canal. Lembrando que hoje é quarta-feira de cinzas, dia de jejum e abstinência. Quem puder fazer um jejum mais longo, tomando uma única refeição completa no dia e ficando sem se alimentar nas demais, que faça isso.

Quem não puder fazer assim ao trabalho, devido às funções que exerce, que pelo menos procure moderar a sua alimentação, comendo um pouco menos e retirando completamente, pelo menos, uma refeição. E que também, né, é no dia de. .

. Hoje não se coma carne, nada que tenha carne, né? Nem carne, nem presunto, nem embutido, nem nada disso, né?

Que você prefira, no dia de hoje, comer peixe ou, melhor ainda, né, que você coma aí ovos, legumes, outras coisas, sempre numa quantidade um pouco menor, um pouco mais reduzida. Então, é dia de jejum e abstinência de carne, e é dia também de apresentarmos a Deus a nossa penitência, né? Muitos de nós iremos à missa mais tarde, então que já possamos pensar, né, na penitência que vamos escolher, tá bom?

Durante a quaresma, né? Existe uma linha, hoje em dia, uma linha teológica que diz o seguinte, né? Que, durante a quaresma, nós devemos fazer a penitência, mas que nos domingos, por ser o dia do Senhor, por ser dia de festa e tudo mais, nós podemos suspender a nossa penitência.

O que a igreja diz concretamente é que nós devemos escolher uma penitência e cumprir a penitência. Então, não existe nenhum documento da igreja dizendo que no domingo nós suspendemos a penitência. Isso é uma interpretação que alguns teólogos fazem; ela tem um certo sentido porque, realmente, o domingo é o dia do Senhor e tudo mais.

Mas na tradição da igreja, o que é mais comum? O mais comum é que se faça a penitência pelos 40 dias, inclusive o domingo, né? Particularmente, né?

Qual é o meu entendimento? São só 40 dias; não vai matar ninguém. Então, é melhor que você faça o proposto e cumpra na quaresma toda, né?

Essa coisa de não cumprir no domingo abre portas para um certo relaxamento, uma certa frouxidão no cumprimento da penitência. Então, não vai custar nada; 40 dias não mata ninguém. Então, o que eu recomendo, né?

Não há uma determinação da igreja. Eu repito: é que se faça os 40 dias corridos, mas aí fica critério da consciência de cada um, tá bom? Mas eu acho viável os 40 dias corridos, tá?

Você vai ficar sem tomar café? Tudo bem, então fique os 40 dias, né? Ah, mas só no domingo.

Se você tiver o domingo, você vai ficar contando com o intervalo do domingo para ter, entre aspas, né, uma concessão legalizada para quebrar sua penitência, né? Então, é melhor se impor um pequeno sacrifício, né? Um pequeno sacrifício não vai custar nada.

E, diante daquilo que Deus nos dá, nos privar de alguma coisa, fazer um pequeno sacrifício não é nada. Tá bom? Então, façamos isso, certo?

Depois, né? Alguém aqui colocou uma pergunta a respeito da oração em línguas, né? A oração em línguas, né, muito comum nos meios da ação carismática, é uma forma de oração, mas ela não é oração de contemplação, não é oração de quietude, ela não é nem mesmo oração mental; ela é oração vocal, ela é simplesmente oração vocal.

Certo? Que Deus nos abençoe nesse tempo, né? Procuremos aí a vontade de Deus e que Deus nos abençoe muitíssimo.

Ótima quaresma para todos nós!