não é só de a milan eu sou feminista embora mestre em filosofia política defende finalmente agora em outubro e até 9 de outubro é na minha pesquisa estuda também algumas filosofias que foi um caminho difícil naquelas quatro horas e meia de graduação em filosofia nosso nenhuma filósofa então eu fico de trabalho do brasil é estudar as disciplinas obrigatórias e estudar por fora aquela filosofia que eu queria então a gente é na área da filosofia é uma área estritamente masculina a história da filosofia uma história masculino e branca apesar de a gente ter tido filósofos ao
longo da história elas são esquecidas e apagadas não é um dos livros que me ajudou muito foi organizado pela márcia tiburi a mulher é a filosofia que me deu também um start então eu sou militante vem da academia também porque para estudar sistemas a gente tem que persiste assim tive sorte de ter orientadores na graduação que se envolva aqui me apoiar e me apoiou e agora no mestrado também eu brinco porque ele é filho de feminista crescimento incrível edson teles é o filme da minha pele e que isso permitiu apoio para poder fazer é esse
da boate w ler dentro de um mestrado em filosofia muito importante a gente discutir a questão das mulheres relação das mulheres com a política porque a gente não é construída é pra isso senão a gente é muito construída para o espaço privado né não o espaço público é conselho pro espaço público né ea gente percebe isso até no modo como a gente se coloca participei recentemente de um evento na usp para discutir a relação das mulheres é filosofia aluna falando quanto que elas têm dificuldade de falar em sala né de levantar a mão e fazer
uma pergunta enquanto os homens são super à vontade antes um monte de besteira mas eu estou super à vontade para falar e o quanto que a gente se retrai e isso é muito por conta dessa construção machista que a gente é criada pelo ambiente do lava em casa de boneca para ficar sentadinha e quanto é importante a gente desenvolver isso né e tem uma feminista negra que eu gosto muito que é o de lorde que ela fala como assim como é necessário para nós para nossa sobrevivência a gente romper com o silêncio que se a
gente não falar ela falou peso do silêncio vai acabar nos engasgando então a gente falar ou não falar a gente vai sofrer mas não falar não vai mudar nada do que a gente fale né ela falta muito a questão do silêncio no feminismo negro tem muito isso dessa questão da gente quebrar com silêncio porque de forma a mulher negra tem uma construção de feminino é diferente da mulher branca então mulher negra não foi aquela que foi criada pra ficar em casa enquanto o marido ea trabalhar bem a vida então aqui não falando em termos de
brasil né 334 de escravidão já vieram pra cá na condição de escravizadas no pós abolição seguirão trabalhando como doméstica então a maioria sustentar nossas famílias em sua mulher negra a construção de que a gente tem que ser forte o tempo todo que a gente aguenta tudo né e também para o silêncio porque é o homem negro é discriminado na sua a gente sabe né então haja ela deve falar muito isso então a mulher negra foi muito construída por essa coisa se por um acaso ela sofresse violência do companheiro não podia denunciar porque o seu companheiro
negro ele sofre na mão da polícia você ficar quieta você tem que aguentar todas as opressões todas as dores do mundo carrega tudo nas costas fica quieta e seu companheiro ele já oprimido a polícia vai matar ele não pode falar o quanto que isso fez com que a mulher negra é carregasse peso enquanto isso nos faz mal e nos adoece né então ajuda deve ser um texto muito legal chamadas mulheres negras na construção de uma nova utopia que ela fala que os jovens precisam perceber que a violência policial é tão posição contra a violência doméstica
que a gente não pode escolher qual pressão que é mais importante da mulher negra ficar carregando esse peso histórico mas é que a gente é forte né inerentemente fora que a gente tem que ser forte porque o estado é omisso por conta de todas as construções machista em cima da mulher negra aliado à questão do racismo e fora isso a gente é muito menos r 21 mil alguém que pensa alguém que constrói pensamento alguém que pode é ser um sujeito político o sujeito cognoscente que produz conhecimento tem uma outra feminista nenhuma teórico e gosta muito
que a tabela o hulk tem um texto delas chamada intelectuais negras que ela fala o quanto ela é vista muito pelo campo da emoção e do corpo a gente não é vista como alguém que produz conhecimento que pode produzir conhecimento enquanto que isso é ruim para nós é que a gente acaba não se vendo nesse lugar a cena que a gente não é capaz de estar nesse lugar porque a sociedade tempo todo nos coloca num lugar muito de interiorização de subalternidade ou no lugar da islamização neves e criações a mulher boa de cama a mulher
quente a mulata do carnaval né então a gente é muito vista por esse futuro esses lados por esses seriam que nada mais são do que modo de nos manter um lugar é subalterno mas também que retira a nossa humanidade é porque nos nos que ela é uma condição de objeto né e eu sempre falei que não tem problema nenhum com a sensualidade de tempo nenhum com esse problema é achar que a gente só pode ser isso e essa questão do enem é o bafafá que foi porque tem uma questão sobre a cerimônia de voar porque
o tema da redação foi sobre violência doméstica lembro que no dia recebi assim várias mensagens assim pessoas que eu nunca vi na vida há também o filósofo que vocês toda semana de estão as coisas absurdas assim tem que respirar fundo nem falar né nem ler a obra dela vamos ler então tem todo diz respeito sobretudo porque é uma mulher isso é muito claro né porque se fosse assim pela estudar se você deixar de estudar os autores pela vida a gente nem se dá a ninguém as a estudar regra ou na filosofia que tinha uma visão
totalmente preconceituoso da áfrica que a gente estudar kant a gente não vai ninguém nos lares tottenham eles quiser que a mulher sofria de mantinha a mulher era inferior naturalmente o homem na estação tomás de aquino que dizer que a mulher é um ser incompleto um homem ocasional a vestimenta da santo agostinho que disse que a mulher é um animal que não é firme instável no estudar protágoras que diz que a mulher a um princípio bom que o homem à ordem e à luz do princípio mal que criou causa desordem a mulher e porto é claro
que a gente tem que estudar a obra desses lotes importantíssimos mas a gente foi pegar a história da filosofia até o grande filósofo salários absurdos em relação à mulher coisas né e ao silêncio da história da filosofia de nem faltar essas questões que eu acho que isso é ensinado a gente tem que falar isso não é ver e ser o que eles fizeram de modo algum foram grandes filósofos ninguém aqui perde merecendo mas fica muito nesse campo da briga se a questão feminina é tão absurda é porque a arrogância masculina fez dela uma querela e
quando as pessoas quer ela não assinam bem e é muito isso é é necessário racionar bem não tratar essa questão nossa legítima o ter visibilidade na história por lutar contra pagamento como briga como querela como binha e infelizmente essas questões da mulher da mulher negra muito lotada nesse campo da birra e da mulher negra dentro do movimento feminista também porque aí se reproduz isso essa lógica neto quando as mulheres negras e clamam que olha gente não está sendo representada por esse sujeito mulheres só tem um recorte racial nessa por aiman 6 em é e também
tratam como briga né então se eu atualizo a questão da vovó tem pra falar dessa questão das mulheres em casa é tão absurda é porque algumas feministas banca está a questão aqui é dela e quando você só quer ela mas o fenômeno possa estar com a criança tem que tratar como um direito legítimo nosso esse sujeito político até nossas demandas é é contempladas de perceber que somos todas mulheres nas mulheres negras sofrem racismo tem outros pontos de partida que não tem como a gente pensar a questão da mulher como uma questão universal somos várias formas
diversas e mulher lésbica tem mulher transe mulher negra e mulher negra lésbica nem pensar que a gente tem direito dedê e me indicar porque a gente está falando da nossa urgência por existir mexe não está falando brigando porque sei lá roubaram meu sorvete né então reduzir uma luta em direito legítimo ice campo da briga da querela e é muito complicado e eu percebo que nós mulheres negras de cabeça embaixo eterno né porque aí chega algumas feministas não mas a questão é só de gênero aí os homens movimento negro e falamos a questão é social mas
para nós é de gênero e racial né não então colega e chás né total de lojas novamente falou muito eu adoro horas ela fala eu sou mulher e negra não posso escolher contra a copa precisam votado aqui as duas me atingem então eu não posso dizer qual é mais importante todas são importantes porque tu essas duas pessoas não faz com que a mulher negra fica num lugar muito específico nessa cidade né então por isso é importante a gente pensar um conceito político muito importante que é o conceito da inter seccional idade que foi cunhado por
mulheres negras feministas negras é um conceito que já vinha sendo trabalhada há muitos anos só administra as regras mais que 89 aqui um micro short um nome é o conceito que é pensar o que causa como as empresas o preço nem se entrecruzam são combinadas de pensar que não dá é pra gente pensar as categorias de forma isolada é pensar raça gênero e classe de maneira isolada porque raça indica classe né o racismo crime era que é de gênero coloca a mulher que não se numa situação mais favorável a pensar com que essas categorias ela
se entrecruzam e funciona de maneira combinada e que não dá pra pensar de forma separada como vai pensar classe num país como o nosso tem um fenômeno sério da feminização da pobreza onde as mulheres são as mais pobres como é que você pensa que ela sem pensar gênero é impossível né ea gente às vezes têm dificuldade até com nossos companheiros que não estão muito nesse discurso não é a classe que vai ver depois de dispensar o réu não tem como né não tem como pensar nas categorias de forma separada então a gente ainda enfrenta resistência
dentro dos próprios movimentos nas sociais para pensar porque fica trabalhando muitos forma isolada né o movimento lgbt trabalha muito e de forma isolada e acaba elegendo o homem branco gay comum na mulher lésbica choque transe então nem se fala e no movimento negro uma visão super masculina e masculinista cada história se for para pensar falam muito desenvolvidos formariz não fala de andar e não falam de alto nível não falam de tereza de benguela de tantas heroínas negras mulheres negras importantes que a gente teve para a história também então é preciso a gente também pensar essa
porque é fácil a gente pensar só naquilo quilos é desrespeito e esquecer o resto né mas a gente fazer isso a gente está reproduzindo as mesmas a mesma lógica da sociedade opressora gente continua elegendo qual o sujeito que tem se apresentado em conjunto não tem que ser a gente continua produzindo essa loja quando a gente não pensa por um viés de ter seccional a gente continua elegendo a mulher que vai ser apresentada vai ser a mulher branca de classe média o homem que vai ser pesada vai ser esse o homem branco que é que os
representados ea gente não tivesse olhar né ea loja não tem esse chamado não existe é que a depressão ela falou uma coisa muito interessante que a questão racial de vencer uma causa gay porque existem homens negros deles existem mulheres negras lésbicas deveria ser uma questão lutar pela questão racial também da mesma forma que a questão lgbt deveria ser uma questão do movimento negro da mesma forma que já é uma questão de convencer o ministro existem mulheres lésbicas e como que a gente se separar em grupos e esses grupos que combinam opressões acabam ficando de fora
né deste espaço às vezes até de dessa luta pra ser sujeito político por isso que o menino nem é muito importante pra mim porque a luta das mulheres negras se colocarem como sujeito político mas não só isso porque ao pensar em ter sexualidade elas não pensam estou pensando só em forma de libertar as mulheres negras em forma de combater todas as opções por isso pra mim é muito caro não estou pensando só nas mulheres já está pensando nas opções do tipo do modelo de sociedade que a gente quer um modelo de sociedade onde a gente
possa criar mecanismos de combate às opressões e não só aquelas que nos atinge por isso que eu acho que é muito importante é as iniciais negras pensarem isso nem pensar em todas as formas de opressão e pensar que não adianta nada a gente lutar contra uma oposição aqui reforçar outra lá porque está alimentando exatamente a mesma estrutura é muito em gana só que a gente está avançando a gente não vai conseguir uma mudança radical da sociedade quando a gente continuar nesse sistema de lutar aqui mas de força aqui né e ela fala assim né essa
mesma força que você está usando lord fala no existirá que a depressão para me destruir não vai demorar muito essa mesma força vai virar pode destruir você né então você é mulher branca mas a ser racista mas a mulher você tá usando essa força pra mim descrimina enquanto negra dessa mesma força vai voltar contra você porque você sofre um machismo né porque você é vítima de machismo então essa mesmo poder que você está usando o ministro também vai te destruir então a gente tem em mente que não adianta nada a gente continuar com 11 com
esse tipo de modelo não é porque a gente avança retrocede avança retrocede avança retrocede e não consegue uma mudança mesmo estrutural uma mudança mais radical mas fundamental mesmo porque a gente ainda pensa pela lógica das estruturas nem a gente não consegue pensar para além dela certo em contato na escola que foi de andar talvez nem fosse do outro à tarde enquanto que na escola pesado a gente tem uma lei de 2003 a lei 10 639 que alterou a lei de diretrizes e bases da educação obriga o ensino da história africana e afro-brasileira nas escolas só
que aí não tem ninguém fiscalizando isso por mais que tenha bastante material com livros bons tem um professor que não sabe lidar com esse material que se aprendeu nessa nessa faculdade onde não aprendeu isso apesar da lei é muito esforço individual dos professores que acreditam que fazem porque não tem apoio do governo para realmente fazer a efetividade mesmo né da lei quanto seria importante pode cima das crianças negras e para as crianças brancas também né entenderem que olha teve um herói negro até pro olhar como eles iam desnaturalizar muita coisa e olhar o negro de
outra forma também é importante nessa importante para nós para a sociedade