D-14 - Linguagem e Mundo: Atividades Lingüísticas Como Construção de Sentidos

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UNIVESP
Programa do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp, da disciplina D14 -- Educação infantil: diferentes for...
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a linguagem tem um papel fundamental na vida né do ser humano eh principalmente no sentido da própria humanização quer dizer a linguagem nos humaniza não só a linguagem verbal eh oral escrita né mas eh as linguagens os sistemas simbólicos de um modo geral a linguagem quando você você chega ao mundo ela já está aqui né então você vai sendo apresentado ao mundo pela linguagem do desse outro primeiro os os pais a mãe né e isso vai se ampliando a criança que vive no mundo da linguagem ele vai se vai se constituir neste mundo adquirir uma
linguagem se apropriar de uma linguagem você tem se tornar própria uma linguagem uma outra forma de expressão né é ganhar possibilidades novas de se colocar Então as crianças vão desde Muito pequenas elas vão se se socializando na atividade o ideal é que seja na atividade no contexto das relações sociais das interações que elas vão também eh aprendendo não é e interferindo perguntando e muitas vezes testando as possibilidades as impossibilidades de ação e ali em cima é deles também é da loja de a gente vai se constituindo nessas falas né então que o outro vai me
falando o que eu vou ouvindo porque aí se é interlocução alguém fala mas tem alguém para ouvir e responder tem mais gente que trabalha aí com a mamãe e papai depois você fala PR ela que você a viu trabalhando esse ato ético né do adulto frente a criança que é o ato aquilo que eu que eu já enuncio para que o outro me responda e eu tenho um compromisso com esse outro pela resposta né então é essa é uma questão que hoje a gente tem discutido muito na formação de professores de educação infantil né E
que voz não é não é simplesmente dar voz à Criança é responder a criança é dialogar com essa criança e hoje a possibilidade que nós temos de compreender a criança é como um ator social né como alguém que também faz cultura eh como também eh que produz cultura eh que é que é capaz de de eh de pensar de agir de raciocinar de de chorar de sentir eh de tudo né Eh dentro de um universo infantil crianças desde desde antes de nascerem né Elas já estão entrando no mundo da linguagem eh Porque elas estão sendo
faladas não é quando a gente sabe que tem um bebê numa barriga a gente começa a falar a se referir à aquela criança que vai nascer e de várias maneiras né até conversando com ela passando a mão e se dirigindo diretamente a ela mas também fazendo referências de vários tipos né Não só afetivas não vai AB eu vou é pr mim é pro Antônio você abre PR ele ai meu Deus V do São Paulo D ele não vai ser corintiano algumas pesquisas por exemplo mostram como é que a criança no que ela nasce como é
que ela reage muito mais a determinados sonos a determinadas vozes que passaram a ser no processo de gestação dela familiares do que a outras né então é um universo de sentidos mesmo e do qual essa linguagem tem um papel importante essa interação criança do bebê com as pessoas da casa e com as pessoas de fora da casa quer dizer com as pessoas que eh que vão cercando essas crianças ela é fundamental porque são esses adultos que vão dando e significado a criança a própria criança né na família Qual é o o valor qual é o
lugar que ela ocupa naquela família eh e também significado ao que a criança vai procurando tentando entender os sinais que ela vai dando né para se comunicar que podem ser sinais ligados a própria sobrevivência fome nãoé ou então incômodo essa sinalização e essa esse movimento né dos adultos para compreenderem o que a criança tá tentando eh externar é fundamental é fundamental PR criança Começar a se significar no mundo também né eh e e a significar os gestos dela os movimentos dela eh pro mundo ó João aqui João João aqui o seu o gigot ele vai
dizer que inicialmente você tem duas linhas distintas Você tem o que seria uma linguagem que ainda não é conceitual seria mais o balbin uma extravasão quando a criança é muito pequena e você tem um pensamento mais prático um pensamento ainda não verbal mas em algum momento do desenvolvimento que não é muito preciso esse momento a gente não pode precisar essa linguagem e pensamento e linguagens se juntam e o pensamento então torna-se verbal e essa linguagem torna-se conceitual então que que acontece Esse é onde é um ponto né fundamental do desenvolvimento da criança porque E aí
sim no na teoria do do vigot aí pensamento e linguagem passam a ser interligados né então você o pensamento se expressa através da palavra o que que é o pensamento né pensamento ele acaba sendo realmente verbal né aquela vozinha que fica falando dentro da gente né Isso seria o pensamento né então e a linguagem é conceitual a linguagem quando a criança fala uma palavra água ela tá falando várias coisas aquela única palavra na verdade quero água me dá água tô com sede né Então essa palavra quando ela se constitui já como palavra ela já já
é um conceito por Já é abstração então essa coisa também do eh quando é que as crianças fazem Abstrações nesse momento né quando você passa a ter a palavra a linguagem você começa a falar a nomear as coisas a se expressar por essa vida agora ver sua cabeça é não é o a Sai daí eu acho que eu t fora dcada eu também tem crianças que vivenciam mais essa experiência né de falar sozinhas e o viges que fala nisso né da criança ela ainda não consegue planejar a ação não é então eu vou vou levar
esse caminhãozinho até lá lá ele vai pegar areia então ela precisa falar ela precisa falar são aos poucos isso vai sendo é substituído pelo planejamento né da brincadeira o que que vai acontecer na brincadeira Ela já sabe ela não precisa mais falar quando ela tá brincando ela também não só tem essa lingu Pag egocêntrica ela brinca também com o outro né então são a brincadeira ela ela tem muitas muitas formas de de de se manifestar então tem essa brincadeira que ela tá sozinha tem a brincadeira que ela já tá com com os outros muitas vezes
nessa brincadeira que ela tá sozinha ela tá brincando com a boneca aí ela tá falando com a boneca e ela tá o o interlocutor é é aquela boneca é o interlocutor não deixa de ser ela tá se colocando nesse lugar de mãe e tá colocando o que ela mãe falaria então isso também é uma coisa muito interessante porque a criança ela ela assume a voz da daquela pessoa ou daquela que ela tá representando ali então is isso também é uma uma forma muito poderosa dela compreender as relações sociais das regras sociais como é que ela
tá significando também Eh esses papéis esses lugares que as pessoas ocupam naquele grupo é a linguagem que constrói a a consciência e a linguagem que nos constrói como sujeitos sujeitos conscientes né sujeitos eh coletivos também porque nesse sentido a interação e é fundamental né para pra constituição eh de qualquer pessoa né E aí no caso da Criança é tem Umo tem um destaque especial né As crianças precisam eh interagir Para poderem se desenvolver como sujeitos eh sociais e como sujeitos da linguagem né E nesse momento nesse nesse movimento elas vão aprendendo e vão conhecendo o
mundo e se conhecendo também né eles vão tomando consciência dos seus das suas necessidades né E procurando eh externar isso de de várias maneir através de sinais através de de símbolos e depois juntando símbolos sinais e palavras não é até que elas vão eh ganhando o mundo da linguagem verbal mas sempre junto é com as outras linguagens até tem uma um um exemplo de uma de um filho de uma amiga minha que ele insistia para Ah eu posso fazer tal coisa posso fazer tal coisa e a mãe falou assim tá bom vai aí ele fala
assim mas por que que a sua boca disse sim e você disse não né a criança você diz sim mas você tá dizendo não né a criança percebe porque a palavra não é só o que você anuncia né é aquilo que tá também nas na em todo o assento que você dá em toda a sua entonação em toda a sua intenção ali nisso que o baktin Chama do extraverbal Então não é só o verbal naquele momento da enunciação a aquela palavra ganha um sentido muitas vezes diferente do do que ela estaria numa outra situação e
a criança vai percebendo isso também então acho que tem tanto esse conceito que vai sendo tecido ao longo do desenvolvimento em que ele vai incorporando novas possibilidades pelo próprio maneira de poder ampliar essa visão de mundo quanto os enunciados que ele vai vivendo é o Lob e esse quem é uminho interativo Faz parte dessa troca social essa percepção do dos não ditos né do que tá presumido das intenções que estão por trás de determinada fala então no processo de construção da linguagem elas vão significando esse Essas atividades esses objetos as pessoas também eh de modos
de modos diferentes né mas também vão aprender Endo que uma mesma coisa é pode ter vários sentidos então Eh as crianças são capazes de aprender complexamente né Eh elas não aprendem o aprendizado não é linear não é elas aprendem eh complexamente vivendo as situações atentas à situações e e nas próprias experiências com as pessoas Poss tão animado nem Bom dia e hoje você é tênis ou é sapato é tênis e chinel é sapato não o sapato o que que é é sapato preto aqui ó aqui é a sapatilha a gente não precisa explicar tudo pra
criança o que é ela vai percebendo no uso o que as coisas vão né o significado signicado também não é o oig mesmo vai falar os conceitos vão sendo construídos esses conceitos espontâneos né eles vão sendo construídos e alterados então o significado de uma palavra não é fixo nem nem no uso da própria palavra porque uma palavra dependendo de da forma como ela é enunciada Ela vai ganhar significados novos diferentes se você for pensar o bartin ele vai falar dos Sentidos então cada ato enunciativo ele ganha novos sentidos mais do que o significado a gente
pode dizer que ela é adaliz né então talvez ele tenha algum algum limite né mas oos sentidos eles são ilimitados uni a uni é o qu ela é uma cabinha é pode passar a mão nela pode passar a palavra manga né você não vai no dicionário você vai vários significados que ela pode ter né então ela tem a manga fruta a manga da da camisa a manga do do do do do abaju né do do do candelário eh mas o sentido que a que manga pode ter para você pode ser a manga que você comia
na sua infância aquilo te remete a a mangueira da cada avó do sítio que ia nas férias né Então essa manga só você tem então quando fala manga para você você te traz outras outras memórias né então é esse sentido ele é sempre único el o valor que o animal tem né para uma criança é que convive diariamente é com esses animais eh com um cavalo com galinha e é um é diferente do valor é que um cavalo ou uma galinha tem para uma criança é que ouve o pai falar sobre mesmo que seja lendo
uma enciclopédia esse conhecimento e essa proximidade são experiências muito diferentes é lama gente é diferente de uma criança que vai visitar por exemplo uma fazenda uma Fazendinha não é dessas que estão abertas para visitação são interações cognitivas nãoé é muito diferente porque uma tá mediada por uma experiência de vida cotidiana e a outra tá mediada é por um conhecimento científico Então são interações eh cognitivas carregadas de conhecimento todas não é mas que são mas que são diferentes nosso passeio tá acabando Vamos pensar agora no Que que foi de muito legal que a gente viu aqui
pato comer o milho alguém sabia que pato come milho não vocês achavam que pato comia O quê é o peda é o pedacinho de pipoca Como que chama aquilo de tirar leite da vaca aquele trabalho teta ui teta que que é a teta Lu é onde que tirar o leite como é que moço fez eu lembro eu lembro apertando e saind o leite mas antes de apertar e sair o leite ele fez alguma coisa que era importante lavar por remédio quem é que já tinha andado a cavalo antes tinha eu já andei como eu tava
lá lá lá de uma de a eu fiz de uma fazenda aí vi um chapéu de Coba eu dei no no no no no cavalo e nesse movimento todo as crianças vão vão aprendendo vão conhecendo sobre o mundo né Elas vão se eh desenvolvendo eh socialmente e cognitivamente ao mesmo tempo e linguisticamente isso tudo tá muito junto nesse movimento elas vão V aprendendo né vão aprendendo de uma forma é mais mais Global né e e também não só a partir dos outros Mas a partir delas porque tá se considerando que a a participação a interação
a fala delas é fundamental também para determinar ações né e tanto na família não é e quanto na escola eh questo aí tem Oli Ó tem uma formiga rainha ali ó uma formiga rainha aí aí ó ah essa é rainha não é não é não é É sim é uma dangon não é outro dia uma aluna falou uma uma frase que eu achei muito bonita assim professora eu para lidar com educação infantil eu tive que aprender a seguir a trilha das formigas ela usou como uma metáfora mas que na verdade foi uma coisa que aconteceu
de fato com ela porque a criança chamou atenção dela PR PR formiga que tava andando e aí ela foi junto da criança buscar onde que da onde estava vindo as formigas D eles começaram uma um diálogo né ar nós vamos fazer uma conversa sobre o que a gente viu no passeio da semana passada e esse pessoal veio filmar como é que a gente vai fazer a nossa conversa tá eles TM muito desejo de descobrir de conhecer o mundo então o pensamento deles é muito rápido você começa um assunto ele relembra outra coisa eles pensam em
muitas coisas ao mesmo tempo né então eles vão lembrando e vão falando e aí os assuntos vão se misturando porque cada um tem uma experiência diferente pensamento da criança assim sim mais associativo livre essa Associação realmente é mais livre livre no sentido de de não seguir uma lógica formal então no sentido da criação né a gente pode aproximar a linguagem da criança eh da poesia da criação e da Liberdade eu acho né porque a criança também ela se sente livre para falar determinadas coisas para criar palavras olha aqui a frente dele nem é branca era
era assim era assim ele toma banho naquele chuveiro quando tá quente quando nunca vi porco que toma banho no chuveiro eu vi esse toma esse toma al porque ele ele enrola na lama esse porco que a Rapunzel falou não pode p a mão na boca dele senão senão ele fala que delícia ele como a gente tá falando de cachorro de repente ele pode falar do pé que que tá com dodói né E aí assim mas por que que tem um cachorro o cachorro não tem nada a ver com o pé Mas de repente na naquele
dia que o pé dele machucou ele viu o cachorro na verdade você não sabe qual foi a associação que ele fez para falar do pé quando você tá falando do cachorro mas alguma associação ele fez se a gente for pensar no que nós temos hoje no contemporâneo esse pensamento da Criança é muito eh hipertextual uma conversa de uma roda com crianças pequenas muitas vezes é uma conversa que abre esses milhões de janelas né Se você usar a linguagem hoje mais da informática você vai ver que que isso é muito comum na oralidade isso é muito
comum você tá falando aqui uma coisa outra daqui a pouco já fala outra já fala outra já fala outra quem é mais quem organiza e o nosso pensamento é muito organizado foi essa organização foi muito dada não só mas foi muito dada por essa grafocêntrica que nós temos da sociedade então quem essa organização do nosso pensamento linear muito arrumadinho essa é uma uma uma uma arrumação que foi muito dada pela pela pela escrita né pelo pela linearidade do texto escrito pela organização que a escrita te favoreceu né mas a oralidade ela é muito solta né
Ela é muito associativa graça do tênis para ele não não ela só ela só fez pé não ela colocou perto da boca dele ele quase ele tava quase arrancando Mas será que porque ele gosta de comer tênis ele gosta de comer tudo menos pessoa essa convicção de que as crianças produzem significados nessas interações que elas fazem com o mundo né entre si com o mundo ao redor elas estão o tempo todo produzindo o significado as ações das crianças não são ações simplesmente elas estão significando o mundo nessas ações você vai querer saber o que que
ela tá significando você vai você vai ter curiosidade de de provocar né essa resposta então você vai você vai propor projetos enfim atividades seja de linguagem oral verbal outras em que as crianças vão opar produzindo algo para alguém com alguma finalidade uma né então vamos fazer dramatizar a história Então quem vai ser o qu Então vamos fazer e aquilo a gente vai fazendo junto e as crianças vão se expressando às vezes até em cima de uma história mas de forma mais lúdica mais que dê espaço para PR as crianças se expressarem Mas me fala uma
coisa a gente estava conversando sobre Porque que o porco fica na lama o porco só fica tomando banho na lama mas toma bho el Olha a Renata lembrou Mateus igual solar igual protetor solar então ele usa aquela lama para ele se proteger do sol para ele não ficar queimar mas não ele a tia a tia rap ela falou ovana tá falando muitas vezes a criança fala mesmo sentada em roda que é muito comum na educação infantil as crianças falam pra professora Então esse é um trabalho com a linguagem importante quer dizer por isso que eu
digo que não vale não basta só dar voz é como você problematiza essa voz como você faz com que um ouça o outro e que entre no discurso do outro e que aquilo vire um assunto do coletivo Então essa dimensão da oralidade que que é muito importante a quando a quando ela vem PR pegar o milho como chama galinha fica lá assim ó pegando o milho é é Bico ela usa o bico mas como chama esse jeito de comer ass Como é que chama fazer isso como chama vocês não lembram Ah então Ó eu preparei
duas adivinhas e uma delas fala Exatamente isso a gente vai ah deixa só o thago falar e aí a gente depois vai fazer a outra atividade fala thago só ficar com fome digam oi Galinha oi Galinha essa aqui é a Giselda Oi Giselda G isso vem Luiz passa a mão aqui Luiz isso Luiz muito bom rafao que é que é fizemos um passeio até Fazendinha e descobrimos muitas coisas interessantes sobre os animais que vem lá descobre os animais isso olha lá todo mundo escutou o que é falando sim que é o que é animal que
cisca para comer o que que é ciscar ciscar assim ó ah olha lá a Marcela lembrou Como é que é ciscar o que é o que é animal que cisca para comer é pintinho galinha galinha aprende com quem eles crescem crescem vão crescer muito pintinho a linguagem não tá pronta ela tá sendo a cada momento recriada por nós né Não ela não é um um material duro ela é um Material Plástico né E também não é determinada ela tem indeterminações são a gente tem que estar sempre será que ela tá entendendo a mesma coisa que
eu tô dizendo né temar Sempre eh mas é essa preocupação é legítima porque há indeterminações né há espaço de indeterminações na linguagem o o bigot mesmo vai falar os conceitos vão sendo construídos esses conceitos espontâneos né eles vão sendo construídos e alterados então o significado de uma palavra não é fixo nem nem no uso da própria palavra porque uma palavra dependendo de da forma como ela é enunciada Ela vai ganhar significados novos diferentes o poeta é um transgressor também nisso né então a palavra de repente ela entra no poema com outros significados totalmente fora do
dos usuais e a criança percebe pela ironia ou pela né ela vai perceber qual é a o contexto em que aquilo tá sendo enunciado e o significado dessa palavra chegou a hora de tirar o leite da vaca na hora da fala assim ó ordenha ordenha quem aqui de vocês sabe o que é uma ordenha quem sabe eu vejo que os professores muitas vezes fazem traduções de uma palavra difícil a gente tá falando de vocabulário né quando justamente o importante é ele deixar aquela palavra difícil porque ela foi contextualizada dentro daquela narrativa ele vai atribuir algum
significado ou vai ficar sem saber do significado a gente pode perguntar Mas e o interessante ele vê que às vezes aquela palavra que ele usa de uma forma ali naquele texto tá de outra ou alguma coisa que ele não conhece que de repente entrou ali né E E é assim que a gente vai ampliando esse universo cultural e universo vocabular também da criança né que tá escrito c não é ó ó eu quero ver então as crianças estão lidando com isso o tempo todo e apesar disso constróem muito rápido ente a as possibilidades de dizer
e de compreender né Muito cedo as crianças estão falando tudo e compreendendo tudo que é dito para elas e conforme as crianças vão crescendo elas vão compreendendo nãoé essa essa essa linguagem que é organizadora né das relações sociais tanto as micr relações espaços eh privados quanto as macr relações nos Espaços sociais mais amplos não é quando ela começa a ir para pras escolas pros espaços de educação infantil não é ela começa a ter outras compreensões nãoé porque ali outros valores estão estão atuando né diferentes muitas vezes dos valores da casa do lugar que ela ocupa
em casa não quer você não go não quer não quer meu caro amigo fatos ou objetos mesmo tem determinados sentidos em casa né né e determinados espaços e possibilidades em casa é que num espaço público né onde ela vai conviver com outras crianças então por isso precisa e de novos limites novas formas de organização ela não vai poder fazer a mesma coisa não é pegar determinadas coisas a hora que ela quiser ou fazer determinadas coisas é que ela tá acostumada a fazer em casa e e que naquela escola não é possível porque se todo mundo
fizer não consegue uma certa organização para um trabalho coletivo não é então ela ressignifica né determinadas determinados fatos determinados objetos né atividades bem básicas da sala de aula que são por exemplo a rotina não é quando quando o o professor mesmo de crianças bem pequenas não é de escreve né olha hoje nós vamos primeiro brincar no parquinho depois nós vamos lanchar e e coloca lá ou símbolos ou ou as palavras escritas né então ele tá trabalhando nessa nessa menção né quando ele fala amanhã né Às vezes a criança muito pequena não entende o amanhã né
já é amanhã né Passa 2 horas ela já é amanhã el Não ainda não é amanhã a gente tem que dormir para chegar amanhã não é então a construção do do tempo do do conceito de tempo é tudo isso tá muito interligado né mas são eh atividades que às vezes eh passam despercebida ou que muitas vezes não se consegue para que que a gente faz isso não é é aí que tem um sentido importante assim assim assim vamos abra um dois TR Ai meu Deus esse B tá muito preguiçoso hoje quem sabe fazer outro movimento
abra essa concepção de linguagem ela está presente nas ações do professor porque a linguagem atravessa tudo que a gente faz não a forma que eu me concebo a linguagem e esse sujeito que é o sujeito da linguagem né vai determinar muitas ações que eu faço com essa criança então se eu tô entendendo linguagem como constituinte desse sujeito criança e esse criança como sujeito porque também essa é uma outra discussão quem são essas crianças como eu vejo essas crianças né Eu Vou conduzir o meu trabalho de uma determinada maneira a linguagem da criança muito pequena não
é só uma linguagem verbal também essa é uma outra questão né a criança se expressa primeiro com choro e aos poucos ele o corpo é muito linguagem também quer dizer o professor tem que traduzir aquela expressão né em dar significado daquela expressão então ele vai também e ter essa sensibilidade de percebendo e traduzindo isso em palavras né ah você Ah você tá com fome você tá com sono é assim que a gente vai e definindo um pouco a essa demanda igual não é igual não esse é lápis e esse é ursinho é ursinho e esse
aqui é lápis Esse é lápis é esse é para escrever e esse aqui é o ursinho para brincar é não esse é o ursinho quanto menor a criança menos ela consegue separar né Essas linguagens então ao mesmo tempo que ela faz movimento ela fala ela ela dá ênfases aquilo que ela tá falando de modos diferent eh Porque como ela é uma uma falante novata não é muitas vezes determinadas palavras determinadas construções linguísticas não tenham a força semântica que tem para nós não é então elas às vezes desconfiam da força semântica gritam né repetem repetem é
a mesma coisa e no sentido de Será que o que eu tô falando tá sendo compreendido tá sendo entendido quem vai tomar banho eu eu quando o bebê a professora conversa com ele numa troca de fralda de olhares né uma brincadeira um jogo de linguagem uma uma música Uma cantiga de nin tudo isso é linguagem e vai mostrando um pouco esse mundo PR essa criança Quem é primeira linguagem do adulto e na medida em que ele vai podendo se dizer enunciar sua própria palavra essa linguagem precisa ser ouvida ela é realmente aquilo que vai permitir
que a gente que a gente amplie essa esse universo eh vocabular cultural no sentido muito mais amplo a escola tem que ser né esse espaço de de ampliação da Cultura né E e aí se se expande a a todas as linguagens Aline você não colocou o nome dos animais ali me escreve aqui vaca Olha lá na lousa como é que tá Cadê a letra da vaca Vittor Hugo mostra lá pra Gabi Qual que é a palavra vaca põe o dedinho lá por favor a linguagem tá me constituindo a linguagem tá me organizando a linguagem é
troca eu tô a cultura me é apresentada pela linguagem então o mundo me é apresentado pela linguagem n e como é que eu que ampliações eu tô podendo fazer é aquilo que eu posso fazer com esse outro mas através com a linguagem né não é só não é através simplesmente né é pela linguagem é na linguagem que eu consigo essa que se expressa a cultura né E que eu vou me expressando também me colocando me entendendo isso você conseguiu escrever vor que maravilha i
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