o Olá eu sou a Juliana Passos o neurologista com especialização e doutorado em epilepsia pela USP e criadora do canal falando sobre epilepsia que é um canal no YouTube dedicado animações sobre esse tema Hoje a gente vai conversar um pouco sobre esse grande grupo de doenças que a epilepsia tentando trazer para vocês uma abordagem geral sobre esse tema é a epilepsia conceitos fundamentais é o primeiro conceito fundamental é o de que a epilepsia é uma doença muito comum e a gente tem hoje 65 milhões de pessoas no mundo com epilepsia nos Estados Unidos uma em
cada 26 pessoas vai ter epilepsia ao longo da vida esse é o mapa de prevalência da Organização Mundial de Saúde os países assinalados em tons de amarelo e laranja são países com maior prevalência de epilepsia Observe que essa maior prevalência ela tem uma tendência a se concentrar em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento mostrando que além da epilepsia é uma doença muito prevalente ela é extremamente prevalente em países com menor renda o Brasil a nossa prevalência se situa em torno de quatro casos para cada 1.000 habitantes não existe um conceito de cá epilepsia tradicional mente uma
doença da primeira infância realmente a gente tem um pico de prevalência no primeiro ano de vida e isso se deve à grande quantidade de síndromes genéticas que se manifestam com epilepsia já na primeira infância no primeiro ano e também a todas as complicações da fase pele Natal da criança mas o mais interessante é observar que hoje existe um segundo pico de prevalência de epilepsia E se fico ele começa a acender a partir dos 65 anos sendo muito importante em indivíduos já acima dos 80 anos então a epilepsia ela vem se tornando cada vez mais uma
doença de indivíduos idosos e a epilepsia Ela traz um impacto muito grande na vida do paciente não só pela morbilidade associada à doença são indivíduos que têm maior chance de quedas de faturas de escoriações mas também a epilepsia ela leva a uma maior mortalidade existe uma entidade chamada sudepe que é a morte súbita associada à epilepsia que é mais frequente em indivíduos com epilepsia sobretudo de difícil controle a epilepsia também traz uma morbidade associada ao tratamento as medicações que são usadas para tratar a epilepsia em geral Podem trazer risco de reações adversas e isso impacta
na qualidade de vida do paciente e além disso as pessoas com epilepsia precisam lidar com toda a carga trazida pela desinformação e pelo estigma em torno da doença e por conta disso a gente vai para o segundo conceito muito importante a epilepsia Hoje ela está na lista de prioridades da Organização Mundial de Saúde desde 2015 numa Assembleia da Organização Mundial da Saúde junto com a liga internacional de beneficia ou uma atenção muito especial para mim uma prioridade para essas pessoas com foco nas necessidades das pessoas com flexinha na promoção de assistência e pesquisa para epilepsia
na redução atraso do tratamento e na luta contra o preconceito eo estigma e eu vou começar a discutir com vocês todos os demais conceitos a partir de um caso Clínico tá então a gente tem uma garota de 13 anos que ela foi encontrada pela mãe durante o sono apresentando perda de consciência e abalos nos quatro minutos esse evento durou cerca de um minuto A mãe notou que depois do evento ela tinha uma respiração ofegante ficou sonolência e confusão após a mãe não tô também que ela apresentou uma mordedura na face lateral da língua ela então
chama o SAMU que vai realizar um atendimento da crise epiléptica bom então vamos para mais um concerto fundamental a crise epiléptica O que é a crise epiléptica crise epiléptica um fenômeno transitório causado por atividade elétrica cerebral anormal e Imagine que no nosso cérebro as diferentes redes neuronais se comunicam entre si através de estímulos elétricos o que é que acontece na hora da crise epiléptica na hora da crise epiléptica Você tem uma atividade elétrica anormal em que alguns neurônios disparam ao mesmo tempo ou de modo excessivo isso faz com que haja uma mudança na função dessa
determinada rede cortical e isso leva então as manifestações clínicas ou eletrograficas que a gente costuma encontrar nas crises epilépticas e as crises epilépticas demoro muito simples elas podem ser classificadas em dois grandes grupos essa classificação tem uma importância muito grande do ponto de vista Clínico as crises generalizadas em São crises Onde esta atividade elétrica normal ela começa no ponto mais rapidamente envolve redes neuronais nos dois hemisférios cerebrais e a crise epiléptica focal e que essa crise se origina no ponto ela se espalha mas ela fica restrita a um dos hemisférios e dentre todas as crises
existentes a mais conhecida é a crise tônico-clônica que é comumente chamada de crise convulsiva a crise tônico-clônica ela pode ser uma crise de início generalizado mas ela também pode ser uma crise de início pokal quando a crise se origina uma região específica do cérebro que fica restrita a um dos hemisférios mas depois evolui envolvendo os dois hemisférios o que vai determinar a maneira com a crise vai se apresentar nós dependem de muitos fatores Qual que é o local de origem da crise epiléptica Qual que é a função daquela rede onde ocorre a atividade elétrica normal
como se propaga essa atividade elétrica nesta rede Qual que é a velocidade com que ocorre essa propagação e como essa atividade elétrica vai envolver estruturas corticais mas também estruturas subcorticais principalmente estruturas talâmicas bom então você tem uma quantidade imensa de sinais e sintomas que podem ser encontradas as crises epilépticas daí é grande dificuldade O Grande Desafio na hora do diagnóstico das crises sobretudo das crises que não são as populares convulsivas né as crises tônico-clônicas crises com apresentações é mais variadas né os grandes grupos de crise são as crises com sintomas motores e não motores quando
indivíduos têm abalos arritmicos de alguns segmentos do corpo durante a crise a gente chama esses Appaloosa rítmicos de mioclonias quando o indivíduo tem abalos ritmadas a gente chama esses abalos diclonius quando indivíduo assume uma postura extensão ou flexão a gente chama essa crise de tônica quando o indivíduo tem comportamentos automáticos durante a crise como continuar andando esfregar as mãos a fazer movimentos Oro mastigatórios a gente chama esse fenômeno de automatismo quando durante a crise não devia ter uma perda súbita do tônus a gente chama essa crise de crise a tônica quando há uma flexão do
corpo a gente chama essa crise de espasmo e quando o indivíduo se debate ou faz movimentos de pedalagem a gente chama essa crise de crise Inter cinética os fenômenos não motores são também muito variados durante uma crise epiléptica o indivíduo pode cursar com uma sensação de emoção ou seja ele pode experienciar medo angústia durante as crises sensoriais indivíduo pode cursar com formigamento ou sensação de queimação uma sensação anormal e alguns segmentos do corpo onde o que pode custar com crise que alteram transitoriamente a comissão com distúrbios de linguagem de pensamento de e o indivíduo durante
a crise pode apresentar uma parada comportamental né em que ele permanece imóvel ou fenômenos autonômicos como robô sudorese e piloereção Então veja quando variada pode ser apresentação da crise epiléptica e o que vai determinar o seu diagnóstico epilepsia sem dúvida a base de tudo vai ser a história Clínica né a história Clínica Ela consegue te dar importantes pistas para essa suspeita diagnóstica é importante tentar de escrever bem como para o início do evento o início do evento nos Dá pistas importância de qual que é o local de origem da crise epiléptica sempre procure com na
história com testemunha Procure utilizar vídeos caseiros né Hoje em dia as pessoas conseguem filmar as crises então isso nos ajuda muito Observe se as crises tem horário preferencial se tem algum fator desencadeante específico se o paciente tem história familiar o outro ponto que eu acho fundamental é lembrar que sinais e sintomas neurológicos transitórios podem não ser de natureza epiléptica quando você tiver colhendo uma história do seu paciente não feche a sua história já para o diagnóstico de epilepsia então muitas vezes a gente vê principalmente os alunos se preocupando muito escrevendo a história que o paciente
apresentou a mioclonia que eu paciente apresentou uma crise a tônica desde para utilizar esse termos quando você realmente tiver bem fundamentado num diagnóstico desse paciente da suspeita de crise epiléptica porque muitos movimentos transitórios Sensações e experiências que duram pouco tempo podem não ser de origem epiléptica em vários diagnósticos diferenciais então devem ser lembrados a enxaqueca por exemplo principalmente na enxaqueca com aura ela pode ser confundida com crise epiléptica Lembrando que a aura da enxaqueca ela costuma durar muitos minutos em geral mais do que 15 minutos ela tem o início progressivo um pouco mais lento do
que o início dos sintomas na crise epiléptica o paciente com ataque isquêmico transitório também pode ser confundido com sintoma de crise Lembrar para taxi mico transitório também costuma durar mais tempo prevalecem sintomas negativos de perda de força de perda de sensibilidade Enquanto nas crises epilépticas há um predomínio os sintomas positivos quadros psiquiátricos com a crise não epiléptica de origem psicogênica podem ser confundidos com crise epiléptica quadros de cinco opção a tentar muito bem Como que foi o pródromo da perda de o seu devido terminal diz se ele teve tonalização da Visão se a situação ocorreu
num desencadeante específico como foi a recuperação desse paciente depois da crise ser rapidamente recobrou a consciência se ele teve um período confusional fala favor de crise quadros de pânico podem se assemelhar a crises epilépticas em geral também com início no final mais graduais umas duração e também um pouco maior do que a duração da crise distúrbios do Sono distúrbios do movimento o Delírio pode ser confundido com crise Então vamos voltar por causa da nossa paciente alguns dados na história delas são bastante sugestivos de crise epiléptica primeiro o evento durou apenas um minuto lembra aqui noventa
porcento das crises duram menos do que dois minutos então essa duração muito curta fala a cor do diagnóstico a paciente apresentou sonolência e confusão depois do evento isso também é muito sugestivo de crise pela ética a gente não Contra esse período pós-ictal em quadros de 5 por exemplo e a mordedura de língua principalmente da face lateral da língua também é bastante específica de fenômeno epilético bom então vamos para o próximo consegue fundamental quando o indivíduo vai atender a crise epiléptica esse atendimento ele segue o fluxo pré-estabelecido existe um algoritmo de atendimento pré-estabelecido para esses Pacífico
vamos começar então com o atendimento na cena no local em que ocorreu a crise epiléptica com os primeiros socorros é muito importante na hora que você vai dá assistência aos pacientes lembrar de contar o tempo a duração do evento vai ser fundamental para definir se esse paciente está em estado de mal epiléptico ou não Garanta a segurança da cena tão quente não conter o paciente a parte objeto se podem machucar o paciente folga roupa do paciente tente procurar algum documento de identificação se a crise acontece em via pública deixa o paciente em decúbito lateral para
que ele não e o conteúdo da cavidade oral que tende a se acumular durante a crise e faça a companhia a esse paciente quando terminar a crise porque ele pode ficar confuso e ele ainda pode precisar de assistência nós recomendamos que você ligue imediatamente do SAMU que a crise dura mais do que cinco minutos ou que as crises são repetidas esse indivíduo apresenta dificuldade para respirar se a crise aconteceu na água se o paciente apresenta ferimentos é uma pessoa que está grávida ou que tem uma doença prévia e se for a primeira crise do paciente
bom Então como que é esse fluxo de atendimento do momento que o paciente chega no hospital na verdade são dois fluxos e refluxos eles são disparadas ao mesmo tempo São fluxo de Conduta e o fluxo de investigação você precisa garantir que esse paciente fique em segurança e você precisa saber qual é a causa da crise para conduta Lembrar de fazer o abc garantir vias aéreas respiração circulação fazer glicemia Hipoglicemia é uma importante causa de crise rapidamente reversível lembrar de deixar esse paciente com acesso venoso e lembrar de da tia Mili coze-se com paciente com história
de etilismo ou desnutrição e definir neste momento Inicial seu paciente está em estado de mal epilético ou não ou seja se ele tem uma crise que dura mais do que cinco minutos ou se ele tem crises repetidas sem recuperar o nível de consciência esses paciente está em estado de mal epilético Nossa paciente chegou fora do estado de mal epilético já se recuperando com um leve quadro confusional se ela tivesse chegado o estado de mal epilético então lembrar que existe um curso específico para atendimento do estado de mal epilético que nós não abordaremos aqui hoje a
mãe investigação Então você vai colher uma história detalhada ver se paciente fazer o exame neurológico cuidadoso atentando principalmente para desencadeantes de crises sobretudo abstinência de álcool abstinência de benção diazepínicos uso de cocaína o crack uso de anfetaminas e uso de opióides Oi e a partir daí esse paciente vai ser submetido a investigações complementares com uma rotina de exames laboratoriais o exame de imagem e se você tiver disponibilidade eletroencefalograma e a depender do caso screening toxicológico se o paciente tem suspeita de infecção ou hemorragia sistema nervoso central ou é um paciente com suspeita de invasão neoplásica
do sistema nervoso central você precisa comer um licor também nesse mundo até que na maioria dos pacientes que chegam como a primeira crise epiléptica muito provavelmente você vai correr o igual a menos que você esteja muito seguro do diagnóstico desse paciente oi ou então sopra fixar bem a essa parte na hora que você atende o paciente com epilepsia você precisa saber eu que causou a crise contratar o que causou essa crise e depois num segundo momento entender Qual é o risco de recorrência de crises naquele paciente é isso que vai definir depois se você vai
manter esse paciente com medicação anticrisis ou não é e quais são as principais causas de crises epilépticas a crise epiléptica ela pode ser provocada o indivíduo tem uma atividade elétrica anormal cerebral transitório causada por um distúrbio sistêmico ele tem um distúrbio sódio ele tem uma hipoglicemia como nós já falamos ele tem um estudo do cálcio eo magnésio tão nessa situações em que há um distúrbio que momentaneamente levou aquele paciente a Gerais atividade elétrica normal a gente tem uma crise que é crise provocada é o indivíduo que tem uma lesão aguda do sistema nervoso central a
gente tem uma crise epiléptica aguda assintomática aqueles o exemplificando com o caso de interferência herpética o indivíduo que já tem uma lesão estrutural cerebral e muitos anos depois passa apresentar a crise epiléptica a gente chama esse grupo de crises remotas sintomáticos o indivíduo que tem uma síndrome epiléptica ou seja o conjunto de dados tipo de crise o tipo d&g o tipo de alteração de neuroimagem ou de alteração genética configuram uma síndrome epiléptica específica existem muitas síndromes epilépticas do escritas ou esse indivíduo vai ficar como tendo uma crise única e que você não conseguiu localizar uma
causa provocada aguda sintomática remota não conseguiu encaixá-lo em nenhuma síndrome bom então vamos para o nosso próximo conceito fundamental o conceito de crise epiléptica e epilepsia não são sinônimos quando você atende indivíduo com crise epiléptica na emergência no ambulatório e não necessariamente paciente terá o diagnóstico de epilepsia e a epilepsia é um termo que a gente utiliza para descrever uma doença cerebral e a principal característica desta doença é uma pré-disposição persistente do cérebro a Gerar crises epilépticas recorrentes são não é simplesmente uma situação específica é completamente reversível que levou à crise esse indivíduo tem uma
doença cerebral e ele terá uma chance de recorrência das crises ao longo da sua vida e além disso o diagnóstico de epilepsia não se fazer apenas na crise epiléptica mas também em todas as consequências neurológicas cognitivas e psicossociais causadas pelas crises epilépticas e a epilepsia do ponto de vista prático ela então vai ser definida a partir do momento em que um indivíduo tem pelo menos duas crises E essas crises não são provocadas você não consegue relacionar essa crise nenhuma alteração Laboratorial momentânea ou indivíduo ter uma crise apenas Mas ele tem uma chance de ter uma
nova crise maior do que sessenta por cento nos próximos dez anos ou o indivíduo tem critérios e fecham uma síndrome epiléptica é mas como que a gente vai saber que o nosso paciente tem uma chance de crise de mais de sessenta por cento é o que a gente tem de dados até o momento é de São seguinte dados né a presença de um insulto cerebral a presença de uma lesão cerebral estrutural associada à epilepsia se associam risco de recorrência maior que 60 porcento um eletroencefalograma com atividade epileptiforme uma neuroimagem anormal ou história de crise noturna
São esses os dados que a gente vai levar em consideração para calcular Qual é o risco daquele indivíduo voltar a ter novas coisas bom então a dependendo que você definir para o seu paciente você então vai montar o seu plano de tratamento no caso da crise provocada você vai retirar o ar o fator causal no caso da crise aguda assintomática você vai tratar essa doença aguda esse paciente pode precisar de medicação anticrise por um tempo enquanto se resolver aquela doença aguda no caso da crise remoto assintomática ou da síndrome epiléptica a gente sabe que as
risco de recorrência muito maior provavelmente esse indivíduo vai precisar de medicação anticrise por longo prazo e nas crises in determinadas a gente vai precisar calcular o risco de recorrência E para isso a gente utiliza o eletroencefalograma e a ressonância bom então vamos voltar para nossa paciência como é que evoluiu a nossa paciente ela chegou no pronto-socorro fora do estado de mal epilético foram feitos todos os exames Esses exames foram completamente normais mas ela não conseguiu fazer o eletroencefalograma isso é muito comum na maioria dos serviços no Brasil e no mundo você não tem disponibilidade da
letra você falou que tava na emergência ela é boa meu bem então se decidiu encaminhá-la para seguimento ambulatorial nós vamos colocar o Sininho conceito a investigação complementar ambulatorial ela compreende um RG de boa qualidade e uma ressonância de encéfalo Esses são os pilares da investigação complementar dos pacientes com a primeira crise o Eletro de boa qualidade ele deve cobrir amplas áreas do escalpo ele deve seguir as recomendações da Sociedade Brasileira de neurofisiologia clínica ele deve ter um tempo mínimo de 20 minutos de boa qualidade sem acertados com registro de vigília com registro de sonolência de
sono e o elétron interictal Você tem uma maior chance de detectar anormalidades esse exame é feito em até 48 horas depois da crise epiléptica passado esse importância de você detectar ainda existe mas ela é menor aqui a gente tem um exame mostrando a presença de descargas epilépticas mede paroxismos de ondas agudas de projeção na região temporal direita no paciente com epilepsia do Lobo temporal aqui então mostrando uma atividade aquele que te forma de focal que caracteriza essa crise epiléptica como focal essa epilepsia como focal e aqui a gente tem um elétron com esta as esses
paroxismos de complexos explico-lhe polícia pela onda de projeção generalizada característicos das crises e das Eclipse dias generalizadas então o eletroencefalograma se ele é bem e ele feito com paciente após privação de sono e serem segue todas as recomendações da sociedade e se ele é interpretado por um profissional que tem especialização em neuropsicologia clínica ele é um exame que vai te ajudar muito sobretudo estabelecer o diagnóstico de epilepsia E a classificar o seu paciente como tendo uma epilepsia focal ou generalizado e a neuroimagem também vai ser fundamental é importante esse contato do médico com o radiologista
para que ele tem que buscar no exame de imagem a fazer essa correlação da imagem com a clínica do paciente aqui a gente tem alguns exemplos de ressonância em pacientes com epilepsia no primeiro exemplo uma esclerose de pô Campo uma causa frequente de epilepsia em adultos aqui a gente tem o segundo na segunda figura um paciente com esclerose tuberosa na terceira figura 1 anatomia hipotalâmico e aqui uma m atrofia cerebral característica da encefalite de Rasmussen então a neuroimagem é realmente fundamental no cenário de clipe de bom então voltando para nossa paciente ela realizou a ressonância
ressonância foi normal ela fez um eletroencefalograma de boa qualidade que mostrava atividade epileptiforme generalizada a bom então estabeleceu que apesar de ter tido uma crise única essa paciente tinha um RG com atividade epileptiforme generalizada Então nesse momento era possível fazer um diagnóstico de epilepsia para esse paciente uma vez que o risco de recorrência de crises é maior de sessenta por cento com essa paciência merece iniciar tratamento e como é que a gente vai escolher outra camisa Vamos para o nosso próximo conceito fundamental a escolha do medicamento anticrise ela vai se basear no tipo de crise/epilepsia
e nas características individuais do seu paciente hoje a gente tem o arsenal muito grande de medicamentos anti crises a últimos nos últimos 3 23 anos muitas medicações novas chegaram no Brasil Então a gente tem realmente como individualizar o máximo o tratamento do nosso paciente as medicações elas podem ser divididas em medicações tradicionais que são as medicações aqui representadas em medicamentos mais novos e medicamentos de terceira geração também muitos deles já disponíveis no Brasil Esses medicamentos eles variam entre si em relação ao seu espectro de ação um são mais específicos para epilepsia generalizada os outros são
mais específicos para os benefícios focais você tem medicamentos que tem características de tolerabilidade de perfil de reacções adversas diferentes entre si e se encaixam melhor com cada paciente a depender das comorbidades desse paciente do custo da posologia da medicação Então tudo isso você vai levar em consideração na hora de escolher a medicação apropriada Lembrando que para crises epilépticas generalizadas algumas medicações podem piorar as crises sendo essas medicações aqui as medicações recomendados para esses pacientes um dos grandes erros que acontecem na condução de pacientes com epilepsia escolha de medicamentos inadequados para crises epilépticas generalizadas então das
medicações tradicionais globasan aí eu tô sumida que tem um espectro a frente feita inicia ausência da Infância e o ácido valproico dos medicamentos novos a lamotrigina leve tirar Topiramato dos medicamentos de terceira geração observar a seca e a crise de epilépticas focais do Arsenal e muito grande veja aqui só não entrou aqui aí tu sumida que é muito específica para ausência mas todas as outras medicações Teoricamente podem ser utilizadas Elas têm este cartas no próximas muito semelhantes e realmente o que vai definir a escolha vai ser o perfil do seu paciente em relação ao perfil
de tolerabilidade de custo de posologia e de perfil de reacções adversas de cada droga o pão para nossa paciente foi escolhido Inicial leve tirar settant É uma medicação de amplo espectro que tanto serve perto de locais quanto generalizadas essa paciente evoluiu bem sem novas crises Essa não é a realidade de todos os pacientes alguns pacientes Eles continuam sendo crises a despeito do tratamento Então vamos para o nosso próximo conceito fundamental lembrar que alguns pacientes com epilepsia vão se beneficiar do tratamento cirúrgico esses pacientes têm que ser rapidamente identificado e toda vez que você está diante
de um paciente que é farmacorresistente você deve considerar avaliação do Especialista o que a gente chama de epilepsia farmacorresistente aquele paciente que continua tendo crises a despeito do uso de duas medicações apropriadas em um nó terapia ou associadas nesse momento você deve considerar avaliação do Especialista Porque se o paciente continua tendo crise tá despeito do tratamento pode ser que ele não tenha resistência real estejam paciente seu do resistente o Wesley psicólogo especialista em epilepsia vai avaliar se o diagnóstico Está correto se a escolha da medicação está apropriada se a dose está apropriada se o paciente
está aderindo você tem alguma comorbidade que está dificultando o seu tratamento no caso paciente com epilepsia focal farmacorresistente crucial avaliação cirúrgica mais precoce hoje a um atraso é de 20 anos nem caminhamento desse paciente do que aumenta muito a morbidade da epilepsia nesse grupo então existe todo um esforço da liga Brasileira de epilepsia da liga internacional de que a gente encaminha o paciente com especialista mais precocemente de que a gente tem sempre precocemente em cirurgia e no caso das reflexões não focais a possibilidade do Especialista utilizar o tratamento desse paciente e considerado tratamentos não medicamentosos
como a dieta cetogênica e a neuroestimulação e a investigação avançada e que a gente usa o vídeo e g métodos multimodais de neuroimagem e a pesquisa genética consequência aumento de Nova Geração ela vai ser útil em alguns casos selecionados de epilepsia principalmente em paciência com uma maior dificuldade de manejo é um vídeo é G é um exame que a gente usa na epilepsia aqui enquanto você registra atividade do eletroencefalograma você tinha uma o comportamento do paciente são exames prolongados em geral paciente internada por 12 24 48 horas para a monitorização é um exame fundamental para
avaliação de pseudo resistência de adequação do diagnóstico para adequação do tipo de epilepsia do tipo de crise e também com o manejo de esquemas posológicos muito complexos às vezes é mais confortável fazer ajustes no e a monitorização dos pacientes a neuroimagem multimodal principalmente a a combinação da ressonância magnética com dados de exames de pet defect podem ajudar a identificar um pouco Atlético em pacientes que podem ter perspectiva cirúrgica ajudam ao melhor compreensão de casos complexos farmacorresistente e o teste genético Knight Lep's ia com em muitas outras áreas da Neurologia pode nos levar uma medicina de
precisão a uma melhor compreensão da fisiopatologia daquele paciente desenvolvimento de novos tratamentos evitar uma longa investigação encurtar o caminho até o diagnóstico mais preciso também levar o aconselhamento genético aqui estão alguns exemplos de medicina de precisão quando você faz o sequenciamento de Nova Geração e Inc em locações específicas pacientes com mutações de canal de sódio por exemplo isso pode nos ajudar evitado criadores de canal de sódio nesse paciente EA indicar drogas específicas pacientes com mutação slc 2 a 1 e que você pode tentar dieta cetogênica E por aí vai é um fofinho conceito fundamental é
o de que a pessoa com epilepsia ela sempre vai ser melhor cuidada se você tiver junto com equipe multidisciplinar qual que é o papel da equipe multidisciplinar principalmente em pacientes a complexos o papel da assistente social o papel do neurofisiologia está do neuropsicólogo no Psiquiatra da nutrição do neuro radiologista da Medicina Nuclear da genética em pacientes em que você realmente precisa ter uma compreensão mais profunda do caso então o indivíduo que faz a especialidade de epilepsia deve ter uma excelente relação com essa equipe deve contar com profissionais e ter confia muito isso vai fazer com
que ele consiga exercer a prática da sua especialidade de uma maneira muito mais completa Ah e por fim a Espero que eu não tenho me alongado muito eu gostaria de concluir Lembrando que a epilepsia é uma doença muito comum ainda pouco diagnosticada e pouco tratada é importante a gente combater a homofobia eu gostaria de parabenizar o canal neurofuncional pelos seus quatro anos de existência no trabalho incrível de combate aerofobia isso vai refletir a no combate a ver com formação no combate ao estigma que esse paciente sofre o impacto é enorme e Sem dúvida esse acesso
à informação torna muito mais fácil a vida das pessoas que sofrem com epilepsia muito obrigada eu deixo aqui o link nesse QR code para que vocês tenham acesso ao canal caso você se interesse de vez em quando eu tô sempre postando novas anime o sistema aceita sugestões e nós nos vemos em breve um grande abraço