o Olá vamos conversar hoje sobre Graciliano Ramos e a segunda geração do Modernismo que a geração de 30 e assim vem comigo Olha só o Graciliano Ramos nasceu no final do século 19 numa cidade do interior do Alagoas e ele inclusive depois lá para frente até vai ser prefeito mas a gente vai falar disso um pouquinho mais ele é um cara que foi um expoente da segunda geração do Modernismo que é a geração de 30 que é geração que vai falar sobre o realismo mas um Realismo muito social um Realismo crítico o realismo muito vinculado
aos movimentos sociais aos partidos de esquerda ao partido comunista o realismo que vai colocar o dedo na ferida que é a discussão sobre a miséria no Brasil sobre a seca sobre os temas que abatem os seres humanos que vivem na miséria e vítimas da desigualdade social Então a gente vai ter aqui com Graciliano Ramos um monte de livro que vai discutir essa questão da desigualdade da tristeza e da pobreza o Graciliano começou escrevendo em jornais ele era jornalista cronista E aí gente 1933 ele escreve o primeiro romance dele chama Caetés Caetés já é um romance
que fala sobre a seca Mas ele tem muita relação com a infidelidade traição um personagem que não aguenta todas essas questões e suicida no final e aí ele vai aumentando né questão do regionalismo aumentando essa esse apontamento a desigualdade social quando em 34 ele pública o romance o São Bernardo São Bernardo é muito interessante porque mostra um cara que Tecnicamente Nasceu mais pobre e acendeu né Ficou rico dono de fazenda E aí ele resolve que foi a ter um filho faz um acordo com uma professora da cidade e essa professora é uma mulher que tem
uma visão mais humanista mas de direitos humanos igualitária e eles vão entrando em bastante conflitos por viver juntos e ele vai representando o autoritarismo enquanto ela representa a humanidade representa a tentativa de igualdade e ela acaba a sua estudando no final desse livro depois disso a gente vai ter angústia o que vocês percebam que é bem rapidinho né um outras do outro publicação desses livros angústia vai falar sobre um homem que também é mais velho e preciso lidar com as contradições que vive só que a gente vai ter o áudio dessa publicação das publicações do
Graciliano no ano de 1938 percebam que tudo aqui vai ser no interior vai ser no sertão vai mostrar o coronelismo vai mostrar a contradição né daquele homem o Coronel dono das terras Com as experiências dos seus trabalhadores das pessoas que vivem em volta deles só que quando a gente chega em 38 com Vidas Secas a gente está falando de um livro de dar uma mudança no olhar dele segue sendo um livro que fala da seca segue sendo um livro de fralda desigualdade social mas daqui em Vidas Secas a gente vai ver que nas uma das
principais características da obra do Graciliano que é a tentativa de mostrar o psicológico de pessoas endurecidas pela vida a gente vai ver em Vidas Secas que existe uma perspectiva de uma família muito pobre que se percebe enganada pelos donos da terra em que trabalha que não vê saída que tá sofrendo tem os filhos e os filhos Eles não tem sequer nome no livro porque a linguagem dos Pais é tão embrutecidos pela pobreza que as crianças não são chamadas por nomes são chamados por filhos mais velhos filho mais velho filho mais novo Tem uma desumanização que
busca uma humanização então várias vezes os personagens de Vida Seca São personagens que tem dificuldade de ser comunicar que percebem e de algum tipo de ignorância que não conseguem melhorar a comunicação entre eles e com isso patrão vai ter uma cena em que o personagem principal Fabiano questiona o patrão que tá pagando errado e o que que o patrão falar para ele olha se tu quer ficar aqui tu aceita se tu não quiser tu ir embora e ele não consegue muito né resolver esse problema e aí os filhos também sofrem dessa dureza essa dureza da
seca que a representada pela seca da alma do Espírito Então essa característica em que ele começa a trazer também a dureza mostrada como uma questão psicológica vai seguir aparecendo na obra dele ao longo do tempo é em Vidas Secas que a gente vai ter um personagem icônico da história da literatura que é uma cachorra que chamava baleia então a família é o homem EA mulher as duas crianças uma cachorro e um papagaio e e a Lia que é o personagem da donguinha ela é vista com as vezes mais humanidade do que os próprios seres humanos
que estão colocados ali EA cena terrível do livro é a morte da baleia Então isso é uma coisa bastante impactante porque ele vai discutindo as questões psicológicas com Os questionamentos de humanidade e colocando aí a denúncia social em relação a cerca desigualdade EA partir disso né a gente pensar dessas Produções do Graciliano de da década de 30 né de 1930 que representam a geração do Modernismo dessa segunda geração que a geração critica a gente vai ter aqui algumas características que são importantes ressaltar porque o Graciliano apesar de ser um cara que faz muito a descrição
de paisagens e isso tá dentro da caracterização da geração de 30 por a cidade de mostrar aquele espaço onde as pessoas estão sofrendo com a seca ele vai ter uma linguagem mais rápida mas direta simples algumas vezes os diálogos dos personagens criados pelo Graciliano são até brutos algo como conservante passando uma faca sim nas palavras e embrutecendo os diálogos E aí tem as inscrições tem essa linguagem mais simples e é óbvio que vai ter o regionalismo né a gente está falando de romances que estão colocados dentro do Sertão e às vezes em algumas capitais ali
do Nordeste para Além disso tem essa psicologia que essa tentativa de mostrar o que sentem os personagens mas que muitas vezes os personagens em si não conseguem é sobre isso isso é demonstrado na fala como é o caso de Vidas Secas às vezes é demonstrado na descrição do narrador e às vezes é demonstrado numa mistura de discurso onde a gente chama de discurso direto e indireto ou discurso indireto livre que é quando narrador toma um pouco da voz do seu personagem e mistura o pensamento do personagem dentro da narrativa dele então ele vai ser bem
forte nas obras do graça e aqui a denúncia social né ele vai também ser um membro ativo do Partido Comunista e ele vai ser preso na ditadura Vargas e dessa prisão né vai sair um livro que o memórias do cárcere memórias do cara que é uma publicação póstuma é um livro bem longo denso em que ele aponta desde o momento em que começam a ahm E aí ele de ser preso porque ele já tinha sido prefeito de uma cidade largada a prefeitura para trabalhar no ministério e começou a propor mudanças no Ministério da Educação inclusive
propondo que o hino nacional não fosse uma coisa obrigatória nas escolas então começam a perseguir ele agora começa dar ó se liga porque o negócio tá feio pro teu lado e ele sabia que iria ser presa ele estava se preparando para isso E aí ele vai contando tudo isso memórias do cárcere vai contar também sobre como foram os primeiros dias na prisão foi um ano de prisão e que lá no final depois até vamos ver ó tudo bem libera ele porque não tem nada contra ele só que ele vai passar por momentos muito importantes dentro
do castre como é o caso da retirada de Olga Benário Prestes da cadeia para ser levada para Alemanha nazista esse assassinado nos campos de concentração então ele conta e memórias do cárcere Como foi o momento em que os prisioneiros e da prisão política né do Vargas Começar a se dar conta de que um Evaldo Eu quero uma Alemanha um dia comunista para Alemanha nazista se assassinada então ele vai a gente vai ter momentos muito fortes do livro que vai ter uma publicação e só vai acontecer depois da morte dele é póximo depois da saída dele
da cadeia é que aí ele vai lá não agora vamos criar mesmo esse Partido Comunista e ele vai viver a vida na militância também e vai morrer com câncer na década de 50 mas na obra dele marcou toda a geração de 30 porque para além de fazer né usar essas características ele arrisca nas análises e psicológicas que vão ser super importantes a partir da década de 40 certo gente um beijo até mais