Nós da Educação - Ilma Passos Alencastro Veiga (parte 3 de 3)

neste último bloco do programa eu converso com a professora e uma passos alencastro veiga sobre a elaboração dos projetos políticos pedagógicos ea participação da comunidade escolar neste processo a professora é como se relacionam as dimensões técnicas políticas e sócio-culturais quando o assunto é um projeto político pedagógico é uma relação complexa né são três dimensões que envolvem a parte técnica do projeto o conhecimento avaliação e conteúdo enfim todo o conteúdo do projeto ea parte a dimensão política que é o compromisso com a intencionalidade aquilo que eu disse no primeiro bloco a intencionalidade projeto está voltada acima

de tudo para aquela tripse finalidade da educação brasileira o desenvolvimento pleno do aluno preparo para o exercício da cidadania e preparação para o trabalho e qualificação para o trabalho então sujeito pensou educando cidadão e trabalhador então aí reside o meu compromisso com o compromisso do projeto pedagógico com essa intencionalidade que eu tento formar sujeito pensando nessa teve intencionalidade ea questão social é considerar que hoje a escola pública ela não ela atende a uma camada da população que até então não tinha acesso à escola então nós temos hoje uma população diversa né há uma diversidade cultural

muito grande adentrando a escola crianças provenientes das camadas populares é e nesse sentido a escola tem que prestar atenção que além da diversidade de cliente da clientela que ela tende a escola hoje a dentro da escola uma série de questões sociais que muitas vezes foge da esfera e responsabilidade da própria escola mas está dentro da escola gente cita o caso da violência hoje tem a violência na escola é uma coisa que o projeto não pode esquecer mas será que é a escola que vai resolver o problema da violência eu acho que a escola tem um

papel importante oferecendo uma educação de qualidade mas a questão da violência foge da esfera exclusivamente da escola a escola precisa de parcerias então quando era detecta na parte de retratar o diagnóstico da escola de fazer o desenho daquele mapa da fisionomia da escola com relação às condições que ela vem sofrendo e no momento tomada de decisões ela tem que definir operação uma operacionalização mecanismos para atendimento tá é dessas questões de violência além da violência nós temos a droga a droga entrando na sala de aula a droga entra através do tráfico a dose a droga adentrando

através do consumo então até que ponto cabe ao professor responder pela droga eu acho que o professor tem uma responsabilidade sim mas com a qualidade da educação que é ofertada na sala de aula foi detectado o problema a escola tem que procurar uma parceria para resolver a questão da droga não tem como isolar essa relação social em anunciar a escola tá df está inserida no contexto social ea educação a prática social e se a sociedade adentro escola com todos os problemas o problema exclusivamente dela no vosso amor um professor especialista em tratamento de drogas porque

a formação do professor é uma outra formação eu posso ter na formação levantar questões a respeito dos problemas das drogas da violência da sexualidade precoce das doenças que são transmissíveis quer dizer ela é papel da escola trabalha mas não sozinha não isolada para isso tem outros setores da sociedade e da administração pública em adentrando também para ajudar a escola resolver o problema ea gente tse por exemplo que professor de um acerto um certo tempo ele passou a assumir por exemplo há aquelas a vacinação infantil as gotinhas mas não é papel de professores e ministério da

saúde e secretaria da saúde cita este estiver usando o espaço da escola para fazer a campanha de vacinação mas não é o professor tentar lavar assinando esse papel do enfermeiro e médico então quer dizer que a sociedade muitas vezes joga nas costas da escola uma responsabilidade que não é tela ela tem um limite de responsabilidade quanto às questões sociais então o projeto tem que prever isso o que está acontecendo ao redor da escola que chega a entrar na sala de aula e de uma certa forma no plano da operacionalização prever ações conjugadas né quem é

que pode ajudar a fazer o quê para melhorar esses questões sociais que adentra a sala de obra o projeto atua como uma forma de reconstituição do campo do poder dentro das escolas que se dá se o santos nós tivemos no período anterior a essa legislação que não se falava em gestão democrática mas que era uma gestão muito mais autoritária centrada na pessoa do diretor então quando ldb cria a idéia de gestão democrática autonomia pedagógica financeira e administrativa e ao criar a ideia de gestão democrática ela cria a ideia de mecanismos e instâncias colegiadas tá para

operacionalizar o conceito de gestão democrática dentre esses mecanismos primeiro que aparece eleição diretor mas a gestão democrática não pode ser concretizada apenas pela eleição do diretor então nós temos hoje conselhos escolares que é algo novo que vem surgindo e aqui a gente você já regulamentar o uso escolar hoje eu ganhei um livro grande com toda a regulamentação feita pelo conselho estadual então o conselho escolar é uma forma de promover a gestão democrática e descentraliza e distribuir o poder porque o conselho escolar ele funciona como um órgão de representações com diferentes segmentos da escola a representação

estudantil representação de professores e funcionários dos pais da comunidade que acreditam realmente ele tem um órgão de representação então quando a escola utiliza corretamente a idéia de conselho escolar então nós temos aí a idéia de descentralização do poder saem da pessoa do diretor para ficar distribuído por dia pelos elementos que compõem o conselho no sentido de fazer a representatividade então com isso a gente tem aquilo que o paulo freire chama de empoderamento então que é papel da escola empoderar os seus participantes professores alunos estudantes a ldb coloca também em outra instância colegiada é o resgate

dos grêmios estudantis que eles foram bloqueados e transformado em outras coisas no período da década de 70 e no entanto hoje a gente resgata o conselho a representação estudantil como espaço em que o aluno tenha voz para além da sala de aula e ali nós estaríamos tentando gerar novas lideranças brasileiras né lideranças que surge dos movimentos estudantis e que posteriormente vão chegar à presidência da república ao senado e não a liderança reeditaria é que muitas vezes a gente observa que de muitos anos né então veja bem tem um conselho de classe que também já existia

muito tempo o conselho de classe que é uma instância também avaliativa com a uma concepção de avaliação muito mais formativa do que classificatória e também uma instância colegiada e associação de pais de professores e funcionários né e realmente são instâncias que contribui para essa empoderamento né você vê que os segmentos teriam representatividade no conselho e essa representatividade voltaria com as decisões para as bases dos seus segmentos então aí teria assim já uma forma de corrente de solidariedade e de conhecimento das decisões que são tomadas no âmbito mais alto e como se dão as relações entre

as instituições educativas com o contexto social bom isso tem que ser dado através dessas instâncias colegiadas né por exemplo no contexto social se você tem a associação de pais e mestres que também é chamado de funcionários então essa representação estaria ligando com a sua realidade social mas o conselho escolar ele tem representantes da comunidade então essa relação se dá pela relação dos representantes nos colegiados da escola e outro ponto importante também a escola que está inserida dentro de uma comunidade dentro de uma realidade social ela ter um vínculo de conhecimento do que essa realidade social

tem que pode fazer intersecção com o papel da escola no desenvolvimento do seu projeto pedagógico como é possível gerar essa participação professora para gerar essa participação eu tenho que criar espaço dentro da escola e trazer essa sociedade por dentro da escola né convidando para eventos palestras e no caso por exemplo dos pais hoje é uma dificuldade o tempo que eu trabalhava escola pública era mais fácil porque as mães estavam mais ligadas ali ao bairro onde moro e praticamente muitas mães não trabalharam hoje o conteúdo da família com seus donos o próprio contexto a família mudou

a constituição familiar e outra vem a escola muitas vezes ainda continua fazendo dia dos pais dia das mães separados quando muitas vezes a família não são constituídos de pais e mães de família constituída de avô de avó ou de tia ou então é só a família constituída por dois de uma mesma orientação sexual então o conceito de escola muda de família mudou ea escola tem que conceber isso e tem que encarar encarar os preconceitos encarar os preconceitos fazer raciais de gênero e sexualidade então ela tem que enfrentar essas questões que são sociais mas que também

a escola tem que enfrentar no sentido de bater de dentro da própria escola então eu vejo assim por isso a gente toma o exemplo da associação de pais e mães que convoca os pais para vir à escola mas os pais não têm tempo de ir à escola porque ele está trabalhando inteira trabalhando no centro da cidade a escola é na parte periférica da cidade mas criar mecanismo de horários que esses pais possam escoar a mãe trabalha o dia inteiro quem sabe uma vez por mês e de 22 meses conversar com a mãe ela vai lá

sozinha pelo menos conversa faz um teste até com essa mãe mas esperar que eu vou fazer uma reunião com 30 pais de 30 crianças que estejam na escola praticamente é complicado então a escola tem que encontrar caminhos dela própria de acordo com o tipo de clientela que lida e de acordo com os pais que têm das crianças né realmente não é fácil e nem acho que não existe uma regra mágica de falar assim todos os pais vão todos os meses nas reuniões de pais e mestres não se eu não posso ir à reunião então o

dia que a senhora pode quem sabe só patriot libera mais cedo você chega no final da tarde na escola a gente pode conversar a conversa mais próxima de maneira a professora a educação colegiada influencia a elaboração do projeto político pedagógico bom influencia de forma bem diferente porque eu convivi com alguns escola logo no começo da implantação da idéia de projetos nós temos quase 11 anos de promulgação da lei é dezembro nós temos 11 anos no começo a coisa assim a escola fez foi bonitinho vão pedir emprestado então e ali praticamente copiavam mudar o nome da

escola ou então entrava na internet buscava de uma escola particular com a fazer o recorte colava e fazer nikolaj fazia o projeto mas o projeto não ver com essa intenção projeto tem que ser construído assim a partir do chão da escola né e isso também é uma luta porque nós vamos ter que que derrubar uma série de muros o que impedia a relação mais coletiva da escola era uma visão mais de uma escola trabalhando cada um no seu no seu papel na minha disciplina o meu projeto dispõe de sala de aula e um tom a

questão muito forte que a gente deve colocar aí é que o projeto pedagógico praticamente ele é um grande guarda chuva dentro da escola porque o projeto pedagógico tem que ser desdobrado em vários planos de ensino de acordo com o número de disciplinas da escola então se eu sou professor de educação física eu tenho que ter o meu projeto de aula de ensino de educação física para 5ª a 8ª série sonhamos mas esse projeto meu de professor individual tem que estar atrelada ao projeto da instituição porque senão eu não concretiza o projecto pedagógico o projeto pedagógico

é construído coletivamente mas ele é desenvolvido e concretizado a partir da sala de aula sala de aula o espaço da concretização por isso que eles têm que manter um nível de coerência muito forte e dá importância se eu sou um professor de educação física de uma escola fundamental de 5ª a 8ª série eu tento me de quinta de cerca de 7.000 de 8º e 9º do fundamental de nove anos evidentemente que eu tenho que ter uma sequência lógica dentro dos meus planos de ensino mas eu tenho que ter uma sequência de relação com a língua

portuguesa com a matemática história geografia uma relação de horizontalidade mas eu tenho que ter uma relação com o projeto que o guarda-chuva da escola que o projeto pedagógico por isso a minha participação como uma pessoa que fala que argumenta que vai contra que presta um depoimento a respeito da sua disciplina é importante porque neste momento estou colocando a visão de uma professora de educação física dentro da concepção do projeto o papel do professor é muito mais participantes muito mais e ele tem que estar sinal no momento das discussões coletivas recentemente que eu vou escutar o

professor de língua portuguesa vou escutar o professor de geografia e matemática esse por diante não que a escola vá fechar e ficar fazer assembleísmo toda semana não é por aí para isso existe os jogos colegiados paraíso existe os grupos de professores por área de ensino para poder fazer a o trabalho descentralizado no sentido também descentralizando mas sendo coletivo e de forma as preocupações com as diversidades regionais devem aparecer nas propostas de elaboração do projeto isso mais do que nunca tem que ser cumprido é porque evidentemente que quando eu faço uma proposta seja nível da secretaria

de educação para um determinado estado como é aqui no paraná vocês definiram praticamente propostas que foram elaboradas aqui no estado sob a orientação da secretaria de educação mas com participação de professores então não foi nenhum movimento de cima para baixo foi um movimento em que contou com a participação de professores da rede do sistema estadual na elaboração de de por exemplo que foram o currículo público nem parece que chame ouviu documentos são são 12 livros dentro dos kits então são dois kits que todas as crianças receberão todos os alunos do ensino médio mas foi uma

obra construída assim com a cara do estado do paraná de acordo com as suas necessidades de acordo com as possibilidades de dessa proposta ser executada pelas escolas públicas do estado acho que parece que são ram 2500 escolas então evidentemente que nesse sentido acho que quem ajudou a escrever a etapa por etapa parte por pátio ou componente curricular em geografia e história a abrir até o de física é um material muito bonito muito ilustrado muito próximo a leitura que o aluno possa fazer com atividades de proposições de atividades então realmente é um projeto que leva em

consideração a sua diversidade agora se há alguma secretaria pra levar o programa feito aqui para manaus eu acho que você não funciona não realmente não funciona professor então pode-se dizer que é essencial a relação entre a autonomia e projeto político pedagógico a autonomia de catarata na lei autonomia financeira administrativa e pedagógica mas essa autonomia tem que ser conquistada é construída dia a dia eu acho que a secretaria do estado conquistou uma autonomia quando ela se solta dos parâmetros curriculares nacionais e constrói a sua proposta com a cara da do estado paraná com a aura cá

a araucária bem grande reme ilustrando a seriedade ilustrando a característica essencial do estado que é isso né exatamente então realmente quando utiliza dessa autonomia que têm autonomia o estado tem autonomia para programar o seu ensino né para isso cada estado tem um conselho estadual que é evidentemente que não vai ferir a legislação maior proveniente do conselho federal de educação mas ela estabelece uma legislação também com o pé no chão um moderno paraná como nós temos distrito federal conselho estadual do distrito federal que rege a educação do distrito federal parte do conselho estadual e da própria

secretaria então acho que o caminho é esse né tem uma autonomia decretada e vamos constituindo esta autonomia na medida do possível dentro do processo de concessão da educação do estado muito obrigada pela sua participação muito obrigada da educação termina aqui o projeto político pedagógico deve ser construído visando os princípios da gestão democrática ea diversidade cultural de cada escola assim é possível ter além do discurso e uma prática transformadora para a educação até o próximo programa