6 HISTÓRIAS DE TERROR PERTURBADORAS | RELATOS REAIS EP. 74

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Evocando Medo
Feliz Natal a todos os inscritos maravilhosos desse canal! 🎄🎅 Hoje separei 1 hora de Histórias As...
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antes de começarmos Os relatos de hoje gostaria de agradecer imensamente a presença e a companhia de todos hoje véspera de natal desejo a vocês e à suas famílias uma noite abençoada e memorável sou muito grato pelo apoio de cada um este projeto tem dado tão certo graças a vocês desejo um feliz Natal a todos e para eu saber que você passou por aqui já deixe seu feliz natal nos comentários Bom agora vamos ao primeiro relato histórias como essa me fazem lembrar como o mistério se esconde nas coisas mais simples como uma lembrança infantil ou um
momento em família alguns relatos chegam até mim com a intenção de desabafar outros para buscar respostas este porém traz consigo um convite para refletir sobre aquilo que não conseguimos explicar mas que permanece gravado em nós como uma marca do que é inexplicável Boa noite Dom resolvi contar isso porque até hoje não sei se o que vivemos foi real ou apenas fruto da nossa imaginação na minha família eventos Fora do Comum relacionados ao inexplicável eram praticamente inexistentes exceto por um episódio que marcou tanto a mim quanto aos meus primos e que envolveu um velório na época
a maioria de nós tinha entre 9 e 12 anos e fomos para a casa da minha avó onde velavam minha tia ela havia falecido por motivos de saúde detalhes que já não me lembro nunca tivemos muito apego a ela já que nos considerava bagunceiros e dizia que não gostava de Nenhum de Nós talvez fosse verdade que éramos arteiros mas nada que justificasse o jeito como ela nos tratava o velório aconteceu na sala de estar da casa da minha avó enquanto isso nós como típica as crianças Subimos para brincar no andar de cima em um quarto
que minha avó deixava para os netos tinha sofás uma TV e nosso amado Nintendo 64 com o passar da tarde a casa foi ficando cheia havia vizinhos amigos da minha tia e parentes circulando lá embaixo um dos meus primos teve a ideia de explorarmos as coisas da tia falecida a curiosidade nos venceu e seguimos o plano de maneira quase clandestina entramos no quarto dela um lugar que em vida ela jamais permitia que chegássemos perto hoje olhando para trás Percebo o desrespeito daquilo fuar nas coisas dela enquanto estava sendo velada no andar de baixo era uma
atitude muito errada mas naquela idade não tínhamos essa noção no quarto estávamos mexendo na penteadeira olhando fotos e vasculhando gavetas tentando achar algo interessante Foi aí que aconteceu nós ouvimos muito claramente a gargalhada dela vindo da cama não era uma risada qualquer mas exatamente aquela que conhecíamos muito bem horrível e marcante olhamos para a cama e claro ela estava vazia mesmo assim todos nós ouvimos corremos apavorados descendo as escadas como se nossa vida dependesse disso lá embaixo minha mãe e minhas tias nos pararam antes que entrássemos no meio das pessoas e nos levaram para a
cozinha elas nos perguntaram o que tínhamos feito no quarto da minha tia ficamos perplexos sem termos dito nada ainda minha mãe e minhas tias já sabiam onde estávamos quando um primo mais velho perguntou como sabiam elas se entreolharam e responderam que também tinham ouvido a gargalhada da minha tia esse detalhe tornou tudo ainda mais assustador elas tentaram nos acalmar e um tio nos levou ao parque para distração apesar disso crescemos com essa L algo que nunca conseguimos apagar já ouvi dizer que quando alguém parte deste mundo pode retornar de forma Sutil para mostrar que está
bem ou que ainda está presente de algum jeito mas nesse caso não foi uma mensagem de conforto peloo parecia algo de outra natureza Será que quem já se foi tem consciência de que pode assustar ou será que essa foi uma espécie de resposta ao que tínhamos feito Quando minha mãe partiu senti como se o mundo desmoronasse sobre mim a dor foi insuportável talvez a maior que já experimentei não foi algo repentino já que ela estava doente havia algum tempo mas no fundo eu alimentava uma esperança persistente de que tudo acabaria bem de que ela se
recuperaria repetia isso para mim mesmo sem parar como um mantra tentando acreditar que as coisas voltariam ao normal no entanto a realidade era outra dia após dia ela se mostrava mais Abatida mais frágil eu a observava lutar mas já com menos força e mesmo assim recusava me a aceitar o inevitável ficava ao lado da sua cama pedindo que não nos deixasse implorando para que ela permane conosco sonhava em tê-la por perto no futuro para me ver formado conhecer lugares novos comigo e quem sabe brincar com seus netos Sempre fomos muito ligados e vê-la partir Pouco
a Pouco era algo que me destruía por dentro sou Francisco o filho mais velho de dois quando tudo aconteceu eu tinha 18 anos e meu irmãozinho apenas dois ainda me lembro claramente do dia em que ela nos deixou curiosamente parecia que estava melhorando chegou até a se levantar com a ajuda de meu tio foi como um instante de energia mas logo depois ela parou de respirar de repente sem aviso estava na sala quando recebi a notícia e não conseguia acreditar como poderia ser verdade há tão pouco tempo ela parecia melhor quando entrei no quarto ela
estava deitada o rosto inclinado para o lado parecendo Serena como se finalmente tivesse encontrado descanso fiquei imóvel tomado pelo choro lágrimas escorriam sem controle Enquanto Eu segurava suas mãos que já estavam frias era difícil aceitar que nunca mais ouviria sua voz sua risada ou sentiria o calor de Suas palavras carinhosas ela tinha partido deixando para trás a mim e ao pequeno Julian os dias que se seguiram foram um caos A casa ficou cheia de parentes e conhecidos parecia que todos estavam ali ao mesmo tempo eu me sentia precisando de um espaço para organizar meus sentimentos
Mas o que eu queria mesmo era o abraço forte da minha mãe fui me afastando de tudo e de todos minha namorada meus amigos e principalmente a família o único consolo que encontrei foi meu irmãozinho numa noite Entrei no quarto dele e me deitei ao seu lado ele dormia tranquilamente alheio a tudo sabia que com o tempo ele mal se lembraria dela isso me fazia chorar ainda mais em certa medida o invejava no futuro ele me pediria para contar sobre ela e eu falaria sobre seu amor seu cuidado mas para ele seria apenas uma memória
distante sem o peso das lembranças que me consumiam seus abraços calorosos suas refeições feitas com tanto zelo e o esforço constante para manter tudo em ordem em casa eu carregava a culpa de sentir que não tinha aproveitado tudo isso o suficiente meu tio nos idou para passar uns dias na casa dele em uma cidade próxima mas recusei precisava de silêncio de um tempo sozinho para lidar com tudo o que havia acontecido ele respeitou minha decisão então meu irmão meu pai e eu ficamos em casa eu tinha acabado de terminar o Ensino Médio e a ideia
era começar a universidade em breve mas me sentia sem energia para qualquer coisa minha avó materna que morava na mesma cidade aparecia de vez em quando para coz e passar um tempo conosco aos poucos minha vida entrou em um padrão repetitivo a maior parte do tempo eu cuidava do meu irmãozinho e tentava manter a casa em ordem talvez fosse uma forma de me agarrar à sensação de que mamãe ainda estava presente foi nesse contexto que começaram a acontecer coisas estranhas na casa a primeira situação aconteceu enquanto eu estava sozinho com meu irmão ele dormia no
quarto do andar de de cima em um berço improvisado e eu descansava no sofá da sala no térreo a noite tinha sido difícil Custei a colocá-lo para dormir e estava exausto meus olhos já estavam quase se fechando quando ouvi um barulho suave como algo caindo no andar superior pensei que poderia ser algum ruído vindo de fora mas em seguida o som se repetiu dessa vez parecia compassos fiquei imóvel Pode parecer estranho mas aquele jeito de andar tão familiar para mim era como se minha mãe estivesse caminhando disse a mim mesmo que era impossível mas o
som continuava levantei-me devagar e comecei a subir as escadas durante todo o trajeto os passos ainda ecoavam lembrando o som que ela fazia ao varrer o andar de cima mas ao chegar lá o silêncio tomou conta espiei o corredor não havia nada entrei no quarto e Julian continuava dormindo tranquilamente apesar da estranheza não senti medo pelo contrário havia algo reconfortante como se uma parte dela ainda estivesse ali gostava de imaginar que de alguma forma ela continuava velando por nós A segunda situação foi ainda mais inesperada acordei no meio da madrugada ao som de Risadas quando
abri os olhos percebi que Julian estava no chão brincando com seus carrinhos ele parecia interagir como se estivesse conversando durante a brincadeira está muito tarde para isso eu disse já passava das duas da manhã ele ainda não falava muito mas o que balbuciou me fez arrepiar sentei-me ao seu lado e logo percebi algo estranho a caixa de brinquedos que costumava guardar no guarda-roupa estava aberta no chão sabia que ele não tinha altura suficiente para pegá-la sozinho mesmo assim tentei não pensar muito e comecei a brincar com Juli estava Radiante movendo os carrinhos de um lado
para o outro balbuceando palavras sem sentido mas entre elas repetia mamãe talvez eu tivesse esquecido de guardar os brinquedos direito talvez fosse apenas coincidência mas preferia acreditar que ela estava ali sentada conosco sorrindo ao ver seus filhos juntos com o passar dos dias a atmosfera da casa mudou havia algo diferente mas de uma forma acolhedora não era assustador era reconfortante Julian come a r mais frequentemente Chamando por mamãe com uma alegria atéa época ela est viva certos momentos realmente conversar algém dirigindo-se aaz era como aass quanto me PS convers vez mais es não havia conflito
mas depois da partida de mamãe estabelecemos um silêncio Tácito era como se ambos tivéssemos chegado a um acordo não verbal cada um lidaria com a perda a sua maneira sem invadir o espaço do outro em um fim de semana enquanto almoçávamos perguntei ao meu pai se algo em comum havia acontecido o que você quer dizer com estranho ele perguntou me observando com curiosidade não sei algo que te lembre mamãe que faça parecer que ela ainda está por aqui ele não respondeu continuou comendo como se não tivesse ouvido insisti às vezes sinto que ela ainda está
presente como se houvesse algo na casa minha voz era séria tentando dar continuidade à conversa houve um silêncio pesado quebrado apenas pelos sons do meu irmão brincando então meu pai finalmente disse filho sua mãe já não está aqui é normal que a lembrança dela ainda pareça viva nesta casa é a energia que ela deixou para nós achei que suas palavras me trariam algum consolo mas soaram vazias pensei que ele Talvez por ser mais maduro lidava de maneira diferente com a ausência dela uma forma de seguir em frente mas isso me incomodava queria acreditar que ele
também sentia saudades que a perda havia sido tão devastadora para ele quanto para nós afinal ela era sua esposa mesmo assim às vezes parecia que ele se distanciava mais a cada dia era como se além de ter perdido minha mãe eu também estiv Esse perdendo meu pai ele se tornava quase um estranho um fantasma que esquecia que tinha dois filhos lidando com a mesma dor meu pai continuava pouco presente em casa assim como já era antes de mamãe adoecer passava a maior parte do tempo cuidando de suas lojas no vilarejo eu esperava que depois de
tudo o que aconteceu ele ficasse mais próximo de nós mas isso não aconteceu certa manhã notei várias caixas na sala abri algumas e vi que estavam cheias de coisas da mamãe roupas objetos pessoais perguntei ao meu pai o que era aquilo ele respondeu sem muito rodeio que minha avó viria buscá-las a resposta me irritou questionei o motivo Já que as coisas dela não estavam atrapalhando ninguém e poderiam ficar ali mas ele já tinha decidido peguei o que pude e escondi em uma caixa de sapatos que guardei debaixo da minha cama doía preservar aquelas lembranças mas
doía ainda mais pensar em me desfazer delas tão rapidamente como se ela nunca tivesse existido entre os itens que salvei encontrei uma pasta com documentos importantes certidões de nascimento de casamento e alguns registros no fundo da pasta porém havia algo que me chamou atenção cartas escritas à mão eram da minha mãe a maioria tinha datas de antes de sua doença meu coração disparou era como entrar em um território privado peguei uma carta ao acaso e Comecei a ler o texto parecia dirigido a alguém no início Ela escrevia coisas carinhosas mas logo surgiam reclamações li mais
algumas Ficou claro que todas eram para o meu pai em suas palavras minha mãe parecia profundamente magoada não havia ódio mas uma tristeza Evidente ela falava de decepções de expectativas não correspondidas como alguém que amava mas já estava cansada de lutar estava cheio de dúvidas mas não consegui parar de ler sentado na cama as mãos tremiam enquanto seguravam as cartas em uma delas mamãe escrevia sobre outra mulher papai estava se encontrando com alguém mais a descoberta me atingiu como um soco entre eles nunca percebi qualquer sinal de algo errado pareciam normais sem brigas ou desentendimentos
evidentes mas as palavras dela revelavam outra realidade nas outras cartas ela se perguntava o que tinha dado errado porque ele havia jogado tudo fora de um dia para o outro tinha uma família um lar para ela não fazia sentido ficava claro que papai sequer sabia que mamãe estava ciente da traição as cartas eram como desabafos sem intenção de serem entregues ela nunca tinha confrontado ele sobre isso eu sentia uma mistura de raiva e incompreensão como mamãe pôde suportar tudo em silêncio por nunca o enfrentou mas Decidi não compartilhar com ninguém o que descobri se ela
escolheu guardar o segredo devia ter seus motivos e eu queria respeitar sua decisão além disso a sensação de que ela ainda estava conosco continuava forte mesmo com o passar do tempo Julian e eu sentíamos sua presença na casa mas papai parecia alheio a tudo isso então um dia ele trouxe uma mulher para casa foi desconfortável eu reconhecia seu rosto de algum lugar mas demorou até associá-la às visitas de mamãe lembrei que ela costumava vender produtos por catálogo e Algo me dizia que essa mulher já tinha sido cliente dela pensava até que ela tinha ido ao
velório de mamãe na primeira vez Achei que estivesse lá por razões de trabalho mas ela começou a aparecer mais vezes certa noite não aguentei e perguntei quem ela era é uma amiga está me ajudando com umas coisas ele respondeu não acreditei saíam juntos comiam fora e ele a levava no carro mas tentei me convencer de que talvez fosse verdade não podia ser diferente era cedo demais para que ele pensasse em outra mulher ainda mais depois da perda de mamãe um dia minha avó apareceu para cozinhar e de repente disse que não pretendia voltar mais àquela
casa propôs que fôssemos morar com ela fiquei confuso e perguntei o que estava acontecendo no começo ela evitou responder mas acabou confessando não vou tolerar desrespeitos ainda mais com a memória da sua mãe seu pai já está com outra mulher suas palavras eram firmes mas carregadas de dor ela completou que entendia que ele precisava seguir com a vida mas o fazia de uma forma que magoava especialmente pela rapidez fiquei surpreso entendi sua perspectiva e honestamente tentei imaginar como ela se sentia mesmo assim não pensei em sair de casa aquela casa era o que me restava
de mamãe era o espaço onde ela dedicava tanto esforço para manter tudo em ordem e eu não queria perder isso também um mês se passou minha avó deixou de vir e a mulher começou a passar Algumas Noites em nossa casa uma madrugada Acordei com sede e desci até à cozinha foi quando vi os dois conversando na sala era a primeira vez que ela dormia ali não disse nada apenas voltei ao meu quarto mas algo em mim se quebrou ainda mais o rancor contra meu pai crescia a cada dia Cheguei ao ponto de culpá-lo pela doença
de minha mãe sentia que o respeito que tinha por ele se desintegra Ava eu me dedicava completamente ao cuidado de Julian quase como uma proteção instintiva não queria de forma alguma que ele se aproximasse daquela mulher ou até mesmo do nosso pai na verdade ele passava quase todo o tempo comigo por dentro eu sentia como se estivesse me destruindo era uma sensação difícil de descrever uma opressão constante no peito que parecia se espalhar por todo o meu corpo deixando-me emocionalmente exausto meu pai parecia consciente de que o que estava fazendo não era certo mas lidava
com isso simplesmente me ignorando nunca tentou conversar ou perguntar como eu me sentia sobre a presença daquela mulher em nossa casa sobre o fato de ela dormir na cama que um dia foi de minha mãe o ódio me corroía Talvez ele achasse que eu não tinha direito de opinar mas eu não conseguia aceitar nós éramos sua família enquanto ela era uma estranha nos dias anteriores eu havia me esforçado para tentar uma aproximação precisava dele de um abraço de algum sinal de que ainda éramos importantes queria ouvir que tudo ficaria bem mas ele se distanciava ainda
mais evitava até mesmo me encarar por muito tempo talvez eu estivesse esperando demais não sei foi quando as coisas estranhas começaram a acontecer novamente mas dessa vez era com meu pai uma manhã ele me perguntou se eu tinha batido na parede do quarto dele durante a noite neguei imediatamente Além do mais meu quarto ficava no andar de cima e o dele no térreo em outra ocasião acusou-o de ter batido repetidas vezes na porta do quarto dele de madrugada de forma insistente disse que não tinha graça e que eu devia parar fiquei confuso e respondi com
firmeza não fui eu pai não há razão para eu fazer isso a tensão aumentava especialmente com arelli a mulher dele uma vez enquanto preparava a mamadeira de Julian na cozinha ela entrou trazendo uma caixa de donuts dizendo que eram para todos não falei nada e subi para o meu quarto mais tarde antes de dormir desci novamente e vi a caixa sobre a mesa ao abri-la notei que os Donuts estavam cobertos por uma leve camada verde como se estivessem estragados achei estranho já que ela os havia trazido naquela manhã mas joguei tudo no lixo no dia
seguinte meu pai me repreendeu perguntou por eu tinha jogado os Donuts fora e me acusou de ser grosseiro quando olhei para a caixa eles estavam intactos sem qualquer sinal de deterioração tentei explicar que pensei que estivessem estragados mas ele não acreditou disse que estava inventando desculpas isso me deixou furioso Respondi de forma ríspida dizendo que não me importava e deixei falando sozinho na cozinha a próxima discussão com meu pai comeou quando percebi que me irmãozinho tinha manchas escuras na pele parendo hematomas inicialmente era apenas uma mas com o passar dos dias novas marcas comearam a
surgir achei aquilo estan que estava sempre perto dele tentando protegê-lo não havia explicação lógica a menos que alguém estivesse provocando aquilo examinei o leite em pó que ele tomava pensando que poderia haver algo errado mas parecia tudo normal quando perguntei ao meu pai sobre isso ele informou que era arelli quem comprava o leite não gosto dessa ideia pai muito menos se é algo que o bebê consome meu pai reagiu de forma defensiva dizendo que não entendia o motivo do meu rancor contra arelli argumentando que ela nunca nos fizera nada e estava inclusive ajudando na casa
suas palavras só aumentar minha irritação então mencionei as manchas no corpo de Julian ele apenas respondeu que o levaria ao médico no dia seguinte mamãe não aprovaria que uma estranha entrasse na casa dela rebati tentando manter um tom firme Ele respondeu com frieza Sua mãe não está mais aqui não ela não está mas os filhos dela estão e eu não acho certo que uma desconhecida se meta onde não é chamada notei algo diferente no olhar do meu pai uma mistura de raiva e impaciência era difícil ignorar que aquelas manchas no corpo do meu irmão nunca
tinham Aparecido antes a ideia de que alguém poderia estar machucando Julian me deixava fora de mim você deveria fazer seu papel como pai e parar de perder tempo com outras coisas parece que o adolescente aqui é você se liga pai porque você está estragando tudo saí da cozinha antes que a discussão tomasse proporções ainda maiores pouco tempo depois o irmão de minha mãe nos convidou para passar um dia com ele e sua esposa Aproveitei a oportunidade para desabafar e pedir um conselho Meu tio ficou visivelmente incomodado com o que ouviu e sugeriu que o melhor
seria sair de casa e ir viver com eles sua esposa no entanto foi mais longe afirmando que acreditava que meu irmão e eu estávamos Correndo Perigo segundo ela arelli poderia estar envolvida com bruxaria não seja exagerada meu tio a interr tentando minimizar a situação apesar disso as palavras dela ficaram martelando na minha cabeça eu não sabia quase nada sobre brucharia mas as ideias dela despertaram uma dúvida inquietante minha tia explicou que esse tipo de prática podia adoecer as pessoas causar males graves e até coisas piores imediatamente lembrei da doença da minha mãe do jeito repentino
como ela começou a enfraquecer apesar de parecer saudável antes a sugestão de sair de casa não me agradava a casa era a última conexão que eu tinha com minha mãe e abandoná-la parecia uma traição mas as dúvidas persistiam não conseguia afastar a sensação de que talvez arelli fosse a mulher mencionada nas cartas que mamãe havia escrito meus tios se ofereceram para cuidar de Julian eles ainda não tinham filhos e garantiram que cuidariam bem dele depois de refletir concordei voltei para na casa sozinho enquanto Julian ficou com eles meu pai não pareceu se importar com a
decisão na verdade ele estava cada vez mais envolvido com arelli ela não apenas continuava dormindo no quarto que um dia fora de minha mãe como agora tinha trazido mais uma bolsa cheia de suas coisas naquela noite sentado no meu quarto senti uma tristeza profunda não entendia como chegamos àquele ponto a perda de mamãe já havia deixado um vazio insuportável na família mas as atitudes do meu pai magoava mais entre lágrimas pedi à mamãe que cuidasse de mim que deixasse papai ir embora com Areli se quisesse Desde que não nos perturbasse mais eu precisava de tempo
para me curar não estava pronto para que alguém tomasse o lugar dela chorando implorei que as coisas melhorassem que ela não nos deixasse sozinhos minha tia percebendo minha angústia me deu um pequeno saquinho com sal e um frasco de água rosada e nod explicou que o sal deveria ser jogado na frente e no quintal da casa e que a água serviria para borrifar nos ambientes comuns afastando as más energias eu estava cético e irritado mas não sabia até que ponto valia a pena recusar ela garantiu que aquilo vinha de um curandeiro não de um bro
e que só tinha o objetivo de nos proteger de quem pudesse nos prejudicar logo depois arelli começou a adoecer primeiro vieram os enjoos ouvi ela vomitando no banheiro do quarto depois começou a reclamar de fortes dores de cabeça em seguida manchas escuras surgiram em seu corpo parecidas com os hematomas que apareceram no meu irmão seu rosto foi se transformando ficando abatido como alguém que não conseguia dormir uma noite quando eu não conseguia pregar os olhos ouvi passos lentos no corredor como se alguém estivesse descendo as escadas minutos depois um som abafado como de algo batendo
levemente na parede em seguida as batidas aumentaram ficando mais fortes e ritimadas como se alguém esmurrar uma porta de repente ouvi Passos correndo em frente ao meu quarto e o som de uma porta sendo aberta e fechada no quarto ao lado onde ninguém dormia levantei assustado e abri a porta do meu quarto meu pai já subia furioso às escadas e gritou o que está acontecendo com você ele achava que eu tinha feito as batidas a acusação me deixou arrepiado não respondi apenas voltei para o meu quarto e me tranquei minutos depois os passos voltaram ao
corredor dessa vez eram diferentes eram os passos de mamãe mas carregavam uma energia pesada opressiva certa manhã percebi que arelli estava muito agitada com uma bolsa cheia de roupas na sala parecia prestes a partir seu rosto estava pálido como se tivesse visto algo assust dor nos últimos dias ela mal dormia as batidas nas paredes continuavam noite após noite não perguntei nada sabia que meu pai também não diria naquele mesmo dia ela foi embora meu pai a acompanhou até o carro Nunca soube o motivo exato de sua partida mas para mim foi uma pequena Vitória com
a casa vazia aproveitei para limpá-la e preparar tudo para trazer Julian de volta desde aquele dia a atmosfera da casa mudou sentia como se um peso tivesse sido retirado de cima de mim para meu pai no entanto as coisas pareciam diferentes ele ainda estava inquieto nervoso passou a dormir no quarto ao lado do meu Julian por sua vez se recusava a ficar perto dele quando meu pai tentava se aproximar O menino chorava como se sentisse algo estranho como se o rosto do meu pai escondesse algo que o apavorava durante a noite eu ouvia meu pai
falando sozinho às vezes em tom baixo outras vezes gritando como se estivesse em um pesadelo isso começou a me assustar uma vez enquanto ele cochilava na sala ao final da tarde por volta das 6 descia as escadas e vi algo estranho havia uma sombra escura sentada ao lado dele parecendo uma silhueta de pessoa mas muito densa e negra no início pensei que fosse arelli e desviei o olhar por um momento quando Olhei novamente Não havia mais nada o humor do meu pai estava sempre péssimo ele começou a tomar remédios que guardava no quarto e frequentemente
falava sozinho em voz baixa quase sussurrando eu não sabia se ele conversava consigo mesmo ou com algo que eu não podia ver ele passava cada vez menos tempo em casa e as poucas vezes em que estava lá mal nos falávamos apesar disso eu preferia assim quando estávamos no mesmo ambiente uma tensão desconfortável tomava conta como se algo invisível nos separasse ainda mais a última vez que meu pai dormiu em casa ficou marcada na minha memória era noite e Julian e eu estávamos no quarto quando um grito estridente nos assustou meu irmão acordou chorando apavorado peguei-o
no colo e saí para o corredor Onde encontramos meu pai ele também saí do quarto com o rosto pálido e olhos arregalados claramente tomado pelo medo perguntei o tinha há algo no meu quarto é como um animal disse ele quase gritando ele não me deixou entrar no quarto para verificar apenas colocou as mãos sobre meus ombros e nos conduziu para a sala seu Pânico era Evidente gaguejava e mal conseguia falar pelo pouco que conseguia entender ele descreveu uma figura escura que estava sobre ele na cama emitindo sons Como rosnados disse que a coisa era tão
pesada e ameaçada que o impedia de se mover e que ele teve dificuldade até para gritar mesmo na sala continuava olhando para as escadas como se Esperasse que aquilo descesse atrás de nós vamos para o carro vou levar vocês para a casa do seu tio ordenou com urgência no caminho meu pai mal conseguia dirigir suas mãos tremiam e seu olhar permanecia fixo quase paranoico Julian no meu colo o observava com o mesmo medo que eu sentia era como se meu pai estivesse à beira de um colapso ao chegarmos contei ao meu tio o que havia
acontecido sua esposa escutou tudo com atenção e mais uma vez insistiu que era bruxaria disse que situações como essas não tinham explicação lógica e até mesmo a doença da minha mãe podia estar relacionada ela sugeriu que arell ou meu pai poderiam ter alguma ligação com isso não se deve fazer esse tipo de acusação sem provas é algo muito sério interrompeu meu tio tentando acalmar os ânimos ainda assim ela argumentou que o comportamento de meu pai era estranho desde o início especialmente ao trazer arelli para dentro de casa logo após a morte da minha mãe era
como se a perda da esposa tivesse passado sem qualquer Impacto real meu tio pediu que ela parasse talvez porque percebeu as lágrimas que já enchiam meus olhos vocês sabiam que meu pai tinha outra mulher perguntei com a voz trêmula os os dois negaram disseram que não faziam ideia minha mãe sempre foi muito reservada sobre o casamento não deixava ninguém interferir e nunca falava muito sobre o que acontecia entre ela e meu pai não mencionei as cartas que encontrei achei melhor guardá-las em segredo como um gesto de respeito à memória dela naquela noite ficamos na casa
dos meus tios Imagino que papai tenha ido embora com arelli no dia seguinte quando meu tio saiu para trabalhar aproveitei para conversar com sua esposa a teoria dela sobre as energias e o que estava acontecendo na nossa casa me deixou inquieto Ela explicou que o sal e a água que me deu tinham apenas o propósito de afastar as más energias talvez fosse por isso que arelli havia adoecido segundo ela tudo de ruim que arelli estava tentando nos fazer estava voltando para ela as marcas no corpo de Julian a comida estragada tudo fazia sentido agora no
entanto ela também disse que meu pai de alguma forma estava sofrendo de maneira ainda mais intensa minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos não podia ignorar a possibilidade de que meu pai estivesse envolvido mas ao mesmo tempo tinha medo de descobrir a verdade acho que minha mãe está tentando nos proteger não sei minha voz tremia ao dizer isso gostaria de poder falar com ela uma última vez despedir-me sabe sinto que ficaram tantas coisas por dizer minha tia segurou minha mão e respondeu com carinho dizendo que minha mãe sempre estaria comigo cuidando de mim e do
meu irmão mas também me lembrou da importância de seguir em frente de encontrar um caminho para Curar as Feridas e avançar no dia seguinte Voltamos para casa acompanhados pelos meus tios minha tia trouxe mais sal e acendeu um incenso pelas áreas principais da casa eu permiti que ela fizesse isso precis acreditar em algo precisava de esperança de que as coisas começariam a melhorar naquela noite meus tios ficaram conosco pela primeira vez em semanas dormi tranquilo assim que minha cabeça tocou o travesseiro adormeci profundamente Foi então que sonhei com minha mãe era a primeira vez que
isso acontecia desde que ela partiu no sonho estávamos em um campo coberto de flores a cena era tão vívida que me parecia real o vestido dela era longo branco com os ombros descobertos ela me olhava com uma serenidade indescritível ao vê-la ao longe corri para abraçá-la o abraço foi tão real que senti o calor de sua presença chorei como uma criança por um momento pensei que tudo não passava de um pesadelo e que ela estava realmente comigo novamente abracei a com toda minha força temendo que ela desaparecesse mais uma vez enquanto passava a mão pelos
meus cabelos ela falou baixinho que me amava muito e que estava orgulhosa do homem que eu me tornaria Foi então que compreendi aquele era o nosso Adeus meu coração se partiu entre lágrimas pedi perdão por todas as vezes em que não soube valorizar seu tempo sua dedicação sua presença disse que havia me esquecido de que ela também era humana que precisava de cuidado amor e esperança ainda assim ela nunca esperou nada em troca sempre nos amou a até o último instante cuide bem do seu irmão foram suas últimas palavras antes de eu acordar a partir
daquele dia meu pai se afastou ainda mais de nós raramente ia até a casa e quando ia era sempre durante o dia com o tempo aceitei sua ausência Cansei de me importar pois percebi que nada do que eu fizesse mudaria sua postura se ele queria seguir sua vida com outra pessoa que assim fosse ainda assim nunca consegui tirar da cabeça a ideia de que ele e arelli poderiam ter alguma relação com a doença de minha mãe mas escolhi não me apegar a esse pensamento decidi guardar apenas o que havia de bom o amor as lembranças
felizes e tudo o que mamãe nos deixou em vida não queria que as negatividades contaminasse meu irmão Julian está prestes a se casar não poderia estar mais feliz por ele decidimos juntos que ele viveria na casa que foi dos nossos pais a mesma que mantivemos ao longo doss anos e onde moramos por tanto tempo Julian guarda muitas memórias desse período e sempre fiz questão de focar nas boas lembranças evitando trazer à tona as dificuldades que enfrentamos nunca mais sonhei com mamãe e de certa forma considero isso algo bom para mim é um sinal de que
ela finalmente encontrou paz ainda assim sinto que ela continua presente cuidando de nós de alguma forma é difícil explicar mais Tenho a sensação de que ela nos ajuda sempre que pedimos como se fosse nosso anjo da guarda à noite quando rezo falo com ela agora que estou esperando meu primeiro filho peço que ela me proteja e cuide para que tudo corra bem para que meu bebê nça com saúde ela sempre terá um lugar especial no meu coração e se for uma menina darei a ela o nome de minha mãe se estiver gostando dos relatos não
se esqueça de já deixar o seu like ele é muito importante bem vamos continuar por quase um ano 11 meses para ser exato trabalhei em uma funerária na cidade de Santos no litoral de São Paulo o trabalho era temporário enquanto aguardava minha vaga como professor fui indicado por um amigo que que já tinha 4 anos de experiência nesse serviço a contratação foi rápida minha função envolvia a administração de alguns processos então não tinha contato direto com os corpos mas inevitavelmente os via quando chegavam conferindo se tudo estava em ordem para as famílias enlutadas durante aquele
período tive apenas uma experiência marcante foi em 2009 quase ao final do 10mo mês no emprego naquele dia havia um único veló agendado era uma cerimônia pequena com cerca de 15 pessoas a falecida uma mulher que eu ainda não tinha visto no caixão estava sendo velada na capela eu estava perto da recepção ouvindo distraidamente as conversas dos Presentes comentários típicos sobre quem havia vindo e coisas do tipo ninguém novo chegava a vi algum tempo até que uma senhora entrou sua presença chamou minha atenção Não por curiosidade mas porque seu comportamento parecia diferente Ela olhava para
todos de uma maneira peculiar quase desconexa ninguém a cumprimentou ou sequer pareceu notá-la ela caminhou em direção à capela sentou-se afastada dos demais e continuou observando as pessoas de maneira estranha pouco depois meu colega de trabalho se aproximou e se sentou ao meu lado na recepção ele murmurou algo que não entendi e ao pedir que repetisse inclinou-se para falar baixinho Você viu quem está sentada lá dentro levantei a cabeça intrigado e perguntei quem Ele olhou na direção mas respondeu com uma expressão séria agora já saiu mas eu juro que vi uma mulher vestida de preto
com um vestido que ia abaixo dos joelhos imediatamente lembrei da senhora que eu também tinha notado descrevia exatamente como ele havia feito e confirmei que a vi sentada naquele lugar perguntei se ele a conhecia sem entender porque aquilo parecia tão importante foi então que em um tom grave ele disse você não percebeu Quem era neguei com a cabeça ele respirou fundo e afirmou aquela mulher a quem vimos entrar e se sentar ali é a mesma que estamos velando hoje no início achei que fosse uma brincadeira de mau gosto algo completamente fora do habitual para ele
mas seu semblante permanecia sério Perguntei mais uma vez se era verdade e ele confirmou disse para eu ir até aela e conferir a foto da falecida ou se preferisse olhar ao redor para ver se a encontrava entre os presentes fizis fot da er iní er mes senora que tamos não conseguia acreditar que havia presenciado tão surreal nunha assim nem Mega situção não fosse assustadora a ideia de que ela poderia ter ido ao próprio velório era perturbadora talvez como em outras histórias semelhantes naquele momento ela tenha percebido que já não fazia parte deste mundo imagino o
impacto de um instante como esse quem sabe quando chegar a nossa hora será assim para nós também o que você pensa sobre isso para a minha famía tudo isso que vou narrar foi visto como uma enorme afronta na época boa noite Dom Prefiro não mencionar o meu nome até hoje é um assunto proibido em qualquer conversa seja à mesa ou em qualquer outro momento exceto com meus pais Essa é a principal razão para eu desejar manter minha identidade preservada concordo parcialmente com eles como vocês logo entenderão por outro lado não penso exatamente da mesma forma
contudo se menciono esse episódio em qualquer reunião familiar o clima azeda rapidamente o Curioso é que ao saberem do ocorrido entenderão Porquê isso aconteceu conosco em uma das primeiras ocasiões em que aprendemos da maneira mais dura que existem situações difíceis de explicar venho de um pequeno Vilarejo nos arredores de xalapa não mencionarei o nome exato do lugar porque se eu o fizesse muitos poderiam reconhecer minha família e consequentemente os envolvidos em embora eu já não more mais lá boa parte da minha família ainda vive nesse local naquela época havia uma pequena funerária na comunidade foi
há muitos anos quando um tio nosso com quem tínhamos uma relação cordial mas não muito próxima faleceu Disseram que ele morreu em um acidente ocorrido no próprio Vilarejo mas nunca nos deram detalhes Nem meus pais sabiam ao certo o que tinha acontecido apenas minha avó uma tia e a esposa do meu tio falecido tinham essa informação Não sei se esse detalhe tem alguma relevância mas à luz do que vivemos naquela noite de velório talvez sirva para contextualizar o velório do meu tio aconteceu em uma capela simples mantida pela funerária localizada na última rua do Vilarejo
durante a tarde muitas pessoas estiveram presentes mas já no período da noite apenas a família e dois amigos do meu tio permaneciam a capela era extrema mente pequena cabendo no máximo 10 ou 12 pessoas o caixão estava posicionado no fundo do espaço naquele momento lembro que todos nós estávamos do lado de fora conversando eu tinha 20 anos na época sendo o mais jovem Entre todos os presentes naquela noite estava ouvindo meus pais conversarem com meus tios quando algo inesperado aconteceu minha avó saiu abruptamente da Capela visivelmente irritada começou a reclamar dizendo que aquilo não era
hora para brincadeiras e que não sabia o que mais poderia estar acontecendo nunca a tinha visto tão Furiosa imediatamente meus tios se aproximaram e perguntaram Mamãe o que houve O que a senhora está dizendo Ela respondeu acusando-os de fingirem ignorância afirmando que sabiam muito bem do que se tratava mas queria saber quem havia feito aquilo meus tios assim como os amigos do meu tio falecido ficaram perplexos sem entender Então minha avó o chamou para ver o corpo no caixão era um velório com caixão aberto meu tio que era completamente careca de repente apareceu com uma
peruca feminina loira de cabelos longos ficamos todos em choque nenhum dos meus tios nem os amigos presentes teria coragem de fazer algo tão desrespeitoso ainda mais naquela circunstância todos ficaram em silêncio minha avó chorava enquanto pedia que tirassem aquilo imediatamente um dos amigos do meu tio se encarregou de retirar a peruca e com a voz embargada perguntou quem fez isso ele não estava bravo mas sim profundamente abalado verdadeiramente ninguém ali parecia ser capaz de tal ato até porque todos estavam do lado de fora da Capela conversando ninguém havia entrado no local apenas minha avó que
foi a primeira a perceber quando ela nos mostrou o que tinha acontecido saímos todos da Capela enquanto os amigos do meu tio olhavam em volta desconfiados tentando entender como aquilo poderia ter acontecido a capela era muito simples não havia janelas ou outras portas por onde alguém pudesse ter entrado sem ser notado isso era um fato não havia como negar ninguém havia entrado além de nós naqueles poucos segundos após sairmos da Capela incluindo minha avó que chorava sem parar ouvimos Passos acelerados vindo lá de dentro o som parecia de sapatos de salto alto acreditem todos nos
viramos para olhar e os passos cessaram abruptamente minha avó precisou ser amparada quase perdeu os sentidos o que vimos em seguida foi assustador meu tio estava sentado no caixão olhando para fora A Capela era tão pequena que conseguíamos enxergar os chumaços de algodão que preenchiam seus olhos ainda abertos não se viam suas pupilas apenas o algodão ele nos encarava com uma expressão séria e imóvel aquele instante parecia saído de um pesadelo o choro da minha avó ecoava meus tios andavam de um lado para o outro procurando respostas tentando entender o que estava acontecendo mas ninguém
encontrava nada meu tio continuava sentado noos observando fixamente e ninguém entrava ou saía da Capela Foi então que a luz acabou ficamos no escuro por poucos segundos mas parecia uma eternidade quando a energia voltou mal tinham passado 5 segundos e meu tio não estava mais sentado agora ele estava novamente deitado mas seus pés pendiam para fora do caixão eu não tive coragem de entrar naquela noite mas meus tios entraram fiquei do lado de fora com meus pais minha mãe chorava em silêncio mas ninguém queria ir embora alguém sugeriu que poderia ser uma brincadeira de mau
gosto feita por funcionários da funerária mas isso logo foi descartado não fazia sentido que o próprio negócio a mesma dúvida pairava sobre nós quem teria entrado Ali quem foi que ouvimos correndo com sapatos de salto por que meu tio se levantou daquela forma com algodões nos olhos para nos encarar minha família desde então evita falar sobre aquela noite mais tarde fomos embora levando minha avó que mal conseguia se mover ninguém soube o destino da peruca mas isso parecia irrelevante diante do que havíamos vivido nunca descobrimos quem havia feito aquilo se é que houve alguém os
anos passaram e nossas visitas àquela parte da família cessaram foi uma das razões pelas quais acabamos deixando o vilarejo no entanto Demorou anos até que me revelassem a verdade meu tio era caminhoneiro e o que me contaram mudou completamente o modo como eu via aquele Episódio a realidade é que meu tio não morreu em um acidente como sempre havíamos ouvido ele havia tirado a própria vida um amigo próximo da Família com quem ele tinha muita confiança contou a verdade aos meus pais era um assunto delicado mas eles sentiram que era hora de compartilhar meu tio
durante uma de suas viagens contratou os serviços de uma pessoa que trabalhava nas estradas essa pessoa Estava em processo de transição de gênero e aqui digo com toda a clareza isso não teria a menor importância não se trata de apontar ou Julgar porque todos merecem respeito mas talvez esse detalhe ajude a compreender o que aconteceu naquela noite cada elemento desse mistério tem um peso que não consigo ignorar o amigo de quem falo aquele que era o melhor amigo do meu tio sequer apareceu no velório na época lembro de ter ouvido outras pessoas comentando que era
uma pena ele não ter ido agora entendo o motivo meu tio havia confessado a ele que não era a primeira vez que contratava os serviços daquela pessoa e que além disso acumulava uma dívida com ela por várias ocasiões ele não quis pagar essa pessoa então o ameaçou dizendo que caso ele não quitasse o que devia iria até a casa dele e contaria tudo à família o que incluía revelar o que ele fazia nas viagens Meu tio era casado e tinha um filho com isso meu tio perdeu o controle e a agrediu repetidamente na rodovia ferindo-a
gravemente dias depois através de conhecidos ele soube que essa pessoa havia falecido no hospital em decorrência das agressões o amigo ficou apavorado e não queria encobrir o ocorrido Ele disse que avisaria a polícia mas antes que fizesse algo tudo saiu do controle e meu tio decidiu tirar a própria vida agora talvez fique mais claro porque meus pais se distanciaram daquela parte da família descobrimos que minhas tias sabiam de toda a verdade Mas decidiram não dizer nada o amigo também deixou o povoado provavelmente carregando consigo o peso da história e quando mencionei aqui os detalhes sobre
a pessoa que meu tio contratava foi mais para tentar entender o que afinal aconteceu naquela noite do velório Será que aquela pessoa que infelizmente perdeu a vida por causa das agressões do meu tio voltou para zombar dele na frente da família não sei o que pensar quando soube de tudo isso fiquei em choque não justifico de forma alguma o que meu o fez mas também não sei se o que aconteceu naquela noite foi justo não cabe a mim julgar mas hoje ao menos Acredito que temos uma explicação para aqueles acontecimentos estranhos A menos claro que
houvesse algo mais que desconhecemos essa é minha história algo que me assombra tanto pela imagem perturbadora daquele velório quanto pelo que soube depois toda a pessoa merece respeito independentemente de quem seja de suas escolhas ou identidade no fim das contas todos somos iguais e é isso que importa hoje minha profissão envolve oferecer serviços relacionados a funerais por aqui acontecem coisas curiosas e vez ou outra também estranhas sons de Passos ou ruídos inesperados não me surpreendem mais como também não me espanta perceber que às vezes parece que alguém está sentado nos Bancos das capelas mas ao
olhar não há ninguém ali embora esses episódios sejam inquietantes o que quero narrar hoje é algo diferente há muitos anos Vivi uma situação que até gerou um desentendimento com uma cliente naquela manhã tínhamos o velório de uma senhora que já Centenária havia falecido após longa enfermidade familiares e amigos vieram prestar suas últimas homenagens mas curiosamente não havia crianças presentes e tudo transcorreu de forma bem tranquila conforme as horas avançaram alguns parentes saíram para descansar ou comer planejando retornar mais tarde restaram cerca de meia dúzia de pessoas na capela todos familiares da falecida era um dia
atípico pois teríamos outro velório em outra Capela mais tarde mas naquele momento deente uma senhora da fam se aox de mim demonstrando cer irritação Mas falando em tom baixo por favor impeçam que pessoas fiquem brincando com essas coisas não deixem entrar gente fazendo gracinhas ou vestidas de maneira inadequada sem entender perguntei desculpe Aconteceu algo Ela respondeu min eu vios um deç pela mas depois desaparece não acho que um lugar como este seja apropriado para esse tipo de coisa aquela queixa me Pegou de surpresa garanti a ela que ninguém tinha entrado no local com essa descrição
meu trabalho exige atenção e eu teria notado algo assim mesmo assim a mulher insistiu irritada dizendo que ele poderia estar se escondendo ela e a filha juravam tê-lo visto para tranquilizá-la prometi averiguar e pedi a um colega que desse uma volta pelo local para verificar a cliente se afastou um pouco mais calma logo depois outro membro da família que parecia ter escutado a conversa veio até mim ele disse Bom dia sinto muito pela confusão minha tia não sabia de alguns detalhes o pai da minha prima que faleceu há do anos além do trabalho principal fazia
eventos como palhaço não era algo que ele contava para todos apenas para os mais próximos da família Talvez o que minha tia tenha visto seja uma aparição dele meu tio que Deus o tenha não estou brincando é sério fiquei sem palavras agradeci pelo esclarecimento e ele voltou para junto da família não sei se ele contou essa história à tia mas ela não mencionou mais nada sobre o homem vestido de palhaço se for verdade aquilo significa que o pai veio buscar a filha no dia do velório funerárias São Sem dúvida lugares repletos de mistérios embora inevitáveis
na vida de todos nós esses espaços sempre guardam um ar de enigma histórias como essa nos fazem refletir sobre o que pode acontecer enquanto nos despedimos de quem amamos Lembrando que até nesses momentos de dor e despedida o inexplicável pode se manifestar quando eu tinha 20 anos era uma jovem de aparência comum altura mediana e considerada simpática por muitos talvez até amigável demais com pessoas desconhecidas o que olhando para trás era um problema naquela época eu não sabia como afastar quem me incomodava trabalhava em um restaurante dentro de um shopping e foi lá que conheci
Ricardo um homem mais velho que não estava vinculado a nenhuma loja específica mas era funcionário do próprio Shopping minha jornada ali começou aos 16 anos época em que eu era tímida e desajeitada quando enfrentava comentários impróprios de clientes ou colegas mais velhos simplesmente respondia com um sorriso constrangido e deixava para lá no meio disso tudo havia a Nicole uma colega de trabalho da minha idade um dia ela me perguntou se eu já tinha ouvido falar de Ricardo descreveu-o como esquisito mas não assustador apenas um homem excêntrico que fazia coisas estranhas que rendiam risadas entre os
funcionários porém Ela mencionou algo desconfortável Ricardo havia lhe dado chocolates no dia dos namorados o que não seria problemático se ele não tivesse 50 anos enquanto ela tinha apenas 16 foi aí que comecei a notar que Ricardo não era apenas um sujeito peculiar ele tinha outras intenções bem mais inquietantes nosso primeiro contato direto desceu enquanto eu reabe uma máquina próxima à entrada do restaurante era um local isolado fora da visão de colegas ou clientes Ricardo apareceu ali sem motivo Ele não deveria estar naquele espaço e aproximou-se tanto que senti sua respiração com um sorriso perturbador
perguntou Laura você é casada a pergunta não fazia sentido já que eu tinha 16 anos e aparentava ainda menos esse tipo de abordagem repetiu-se outras vezes sempre marcada por comentários que mostravam que ele vasculhava minhas redes sociais Ricardo parecia gostar de demonstrar que sabia mais do que deveria sobre minha vida com o tempo ficou Claro que ele estava seguindo meu Twitter e Instagram comentava sobre postagens recentes como a vez em que fiz uma tatuagem em homenagem à minha banda favorita certo dia enquanto atendia um cliente ele surgiu e perguntou Laura Qual sua música favorita da
Legião Urbana seu olhar mais do que as palavras era suficiente para me deixar desconfortável saber que ele acompanhava minha vida virtual me fazia sentir exposta e vulnerável mas mesmo assim tentei fingir que nada estava acontecendo por meses Ricardo aumentou suas visitas ao restaurante sempre trazendo perguntas que mostravam o quanto ele invadia minha privacidade descobri por Nicole que ele também a havia seguido de carro reduzindo a velocidade para perguntar onde ela morava outros funcionários compartilhavam histórias igualmente perturbadoras a situação era antiga Ricardo agia assim havia anos ele não parava por aí uma colega com deficiência chamada
Ana tornou-se alvo de Ricardo por causa de sua confiança inocente ele conseguiu o número dela e enviava mensagens estranhas como Ana você está sozinha no ônibus Ana você pode me contar mais sobre as meninas do restaurante Ficou claro que ele estava tentando coletar informações sobre mim usando alguém mais vulnerável para isso por mais que isso me aterrorizar continuei tentando ignorá-lo contudo a obsessão dele Começou a sair do controle um exemplo disso foi quando fiz uma postagem casual sobre o filme Titanic no dia seguinte Ricardo se aproximou e com aquele sorriso de quem sabia mais do
que deveria comentou Laura você gosta de Titanic naquele momento percebi que ele não estava apenas esbarrando nos limites ele os ultrapassava descaradamente sem qualquer sinal de arrependimento no final de um dos meus turnos meu celular vibrou com uma notificação do pix R 3 enviados por alguém chamado Ricardo Pereira acompanhados da mensagem para Laura Titanic é a palavra ele havia descoberto meu pix e usou a referência ao filme para me provocar era absurdo e perturbador logo depois receber uma sequência interminável de chamadas anônimas atendi algumas e o único som do outro lado da linha era uma
respiração pesada quase animalesca como se a pessoa estivesse se divertindo com meu desconforto entrei em Pânico chorei descontroladamente eu não tinha provas concretas de que era Ricardo mas no fundo sabia que só poderia ser ele decidi contar tudo aos meus gerentes que levaram o caso a administração do Shopping outras funcionárias também relataram episódios similares e Ricardo acabou sendo advertido ele foi proibido de falar comigo mas encontrou uma forma doentia de continuar me perturbando sempre que me via imitava sons de animais latidos grunhidos qualquer coisa para atrair minha atenção sem quebrar a ordem de afastamento após
esse episódio reduzi minhas horas no restaurante e eventualmente de saí do trabalho mudei de cidade para cursar a faculdade e aos poucos Ricardo foi desaparecendo da minha mente mas no último Natal recebi outra notificação no aplicativo do banco R 3 dessa vez enviados por uma pessoa desconhecida uma mulher a mensagem dizia enviando em nome do Ricardo meu corpo congelou era ele novamente tentando mexer comigo mesmo após tantos anos não contei nada a ningém simplesmente peguei uma bebida tentando esquecer como se aquilo nunca tivesse acontecido desde então não ouvi mais falar dele e assim espero que
continue Ricardo com seu olhar perturbador e comportamento obsessivo marcou uma época da minha vida que quero deixar para trás por favor nunca mais me procure ei pessoal obrigado por ouvirem clique no Sininho de notificações para ser alertado de todas as futuras narra lanço vídeos novos todos os dias por aqui espero te ver nos próximos agora na tela vou deixar outros dois bons vídeos que sei que irão gostar te vejo por lá
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