olá meu nome é carlos rodrigues e eu sou historiador mestre em história e responsável pelo canal leitura obrigatória no youtube e pelo podcast história firme durante os anos de trabalho nesse canal recebi dezenas de pedidos sobre um tema em especial o tal dia politicamente incorreto da história do brasil escrito pelo jornalista leandro narloch especialmente sobre as questões que envolvem o legado da escravidão no brasil por não ser um estudioso de história do brasil eu nunca quis fazer um vídeo sobre esses temas um penso que se é para falar sobre um assunto o mínimo que as
pessoas esperam um trabalho responsável mas aí eu pensei e se eu entrevistar especialistas ea partir dessa idéia as coisas começaram a andar até que finalmente este documentário que você está assistindo ficasse pronto então vamos conversar um pouco sobre esse legado legado da escravidão no brasil [Música] [Música] ai ai ai veloso dentro do cenário político polarizado no qual nós vivemos você pode estar pensando que esse vídeo uma tentativa de alimentar a treta que tanto longe à internet especialmente no youtube ou que o meu objetivo aqui é atacar o autor desses guias pessoalmente a resposta seria não
para as duas suposições o objetivo desse documentário foi fazer uma análise profissional desse trabalho embora eu não seja um pesquisador de história do brasil meus quase 11 anos de formação em história me ensinaram a identificar o que é ou não um trabalho de boa qualidade em termos de teoria e metodologia especialmente quando os problemas de um livro são tão óbvios como é o caso do guia politicamente incorreto da história do brasil a primeira coisa que tem que ser ditas sobre esse livro do leandro narloch é que ele usa como bibliografia algumas pesquisas que são realmente
boas trabalhos sérios da década de 1990 em diante só que isso não é garantia de que a sua pesquisa será boa e nesse caso em especial só estancar o fato de que você tem que fazer malabarismos retóricos imensos para tentar fazer com que a sua argumentação faça sentido ao fazer isso você se aproveita da credibilidade das fontes sem fazer jus a ela igual a série sobre esse guia que passou no history channel a equipe de filmagem convidou acadêmicos brasileiros pra dar entrevistas dizendo que elas seriam usadas em um documentário de história do brasil sem dizer
que era uma série baseada nesse tal guia ao menos alguns convidados só ficaram sabendo quando a propaganda da série foi ao ar e vários deles pediram para ter os seus trechos retirados pois eles se recusavam a participar da série por saber o histórico do autor desses guias de tirar frase de contexto para defender hipóteses que às vezes nem os próprios autores concordariam uma coisa que faz com que o debate sobre este livro seja complexo é que ao contrário do que algumas pessoas pensam ele não é um livro totalmente mentiroso você vai encontrar no texto afirmações
que fazem todo o sentido e dos quais nenhum acadêmico discordaria como quando ele afirma na introdução e atualizações históricas demoram a chegar ao público usando como exemplos livros didáticos ainda que ele não especifique equilíbrio são esses e é aí que tá um dos grandes problemas desse livro o que faz com que ele seja resistente às críticas é justamente o fato de que para sustentar a hipótese serradas narloch mistura verdades meias verdades afirmações sem evidências interpretações insustentáveis faz uma grande mistura e isso passa uma sensação de credibilidade ao menos o que ele fala sobre ser um
livro feito para irritar os outros nas entrelinhas irritaram historiadores é verdade eu queria perguntar aos médicos biólogos bioquímicos que talvez estejam assistindo esse vídeo quando vocês vêem gente na internet apresentando as supostas evidências de que vacinas causam autismo e tentando emplacar o movimento anti vacinas vocês ficam indignados né e por que isso acontece porque os anti vacinas são um movimento válido estão tocando na ferida de vocês não eles digitam porque vocês sabem que eles estão errados e que o que eles fazem despreza todos os seus anos de estudo e trabalho por isso que meias verdades
são muito piores de se desfazer do que mentiras porque elas são muito mais convincentes e quando parte dos leitores têm predisposição e acreditar no que está sendo dito fica ainda mais difícil admitiu os erros e isso acontece em qualquer área do conhecimento não só com a gente da história que nós viemos de uma era da pseudo ciência mas algumas são mais difíceis de se combater do que outras quando existe uma questão política por trás é pior ainda e é por isso que esse livro faz tanto estrago a exaltação de figuras históricas e um maniqueísmo histórico
são coisas que o na rota crítica e ele tem razão em criticar o problema é que ele passa um discurso nas entrelinhas de que a crítica que ele está fazendo é uma novidade ou algo muito recente que não existe muita vontade dentro da academia de desmistificar de levar ao público quando na verdade a academia já vem fazendo isso há muito tempo pelo menos a partir da pesquisa porque de fato às vezes alguns conhecimentos demora a chegar nas pessoas como eu disse esse ponto tá correto só que essa história laudatória com hans o romantismo do século
19 vem sendo combatida há décadas a narrativa acadêmica é uma narrativa que tá interessado muito nessa construção de uma verdade é tannus fato de os documentos os vestígios então sempre há uma certa tensão entre o que o movimento negro ou qualquer outro problema social busca nesses elementos e acabei me conhece e que de fato academia podem fornecer enquanto norte enquanto história o problema é que essa história laudatórias vezes sobrevive para alguns grupos e não só de esquerda como na rock faz parecer que é no livro dele os movimentos de extrema direita na europa por exemplo
sustentam várias histórias de pureza ética ou cultural distorcendo passado também realizando especialmente na idade média que nunca existiu nós tivemos autores da história do brasil que ajudaram a propagar e realizações históricas como é o caso de alguns aspectos sobre palmares que durante muito tempo teve seus principais textos escritos por gente que tinha interesses políticos em cima dessa história você tem alguns adversários de palmares tratando os palmarinos como inimigos ferozes e terríveis para engrandecer ainda mais a própria vitória sobre os quilombos mas você teve também escritores diz que escrevendo sobre palmares a partir de uma perspectiva
de heroísmo dos oprimidos ver seus opressores a história de palmares ela se tornou um campo de discussão muito grande ao longo do tempo é sempre foi assim de certa maneira nenhuma história é feita sem intenções vamos chamar assim sempre há quando a gente faz uma análise da história de palmares não é possível nem com a documentação e nem com a historiografia a gente pensar coisas como se aí juntar esses pedacinhos pra compor um mosaico é preciso nos dois casos das fontes e da historiografia saber quem está falando porque está falando em que situação está falando
pra que a gente possa entender os diálogos os embates as interpretações que estão em jogo ali a respeito dos acontecimentos e essa é uma tarefa importante do historiador crítico essa apropriação é importante ea academia faz muito isso muita gente que é desconhecida do público geral trabalha esses temas o problema é achar que só porque tem gente se apropriando do passado por fins políticos e idealizando esse passado com olhar presentes automaticamente as portas desses grupos são descartáveis porque seria um tipo de mentira e não é assim cada caso tem que ser analisado individualmente a sociedade ea
política são coisas muito mais complexo do que isso a gente não pode jogar a criança fora com a água do banho eo la roque não só joga a criança fora com água como ainda dá um jeito de fazer parecer que a criança mereceu esse é o problema em termos gerais eu já expliquei o motivo pelo qual livro incomoda os historiadores mas agora a gente precisa falar dos aspectos mais factuais do livro então para começar a gente precisa falar sobre a historiografia de palmares ou seja o que a história escreveu sobre palmares fez mais a diferença
domingo é desde o século 17 é você tem produção bibliográfica de algum tipo relacionado ao marius há mais de um tipo de orografia mente falou é um livro de história mesmo começa no final do século 19 e início do século 20 são os primeiros trabalhos que tentam buscar esses três mais antigos e com forte para cima de algum tipo de interpretação a respeito do do correio de fato começa a aparecer indicação de nota de rodapé por exemplo que é uma coisa que outros historiadores é muito importante mas que para esses autores anteriores não era embora
algum deles como décio freitas tenha ido aos arquivos o edson carneiro também tenha lidado com fontes primárias e tudo isso muitas delas publicadas no caso do e décio freitas também nos arquivos em portugal ele fez bastante pesquisa lá mas é a obra do inpa alves filho a primeira a ter referência da documentação a cada passo da análise nos anos 90 pra cá e não tem como descrever os colonos e muitos historiadores não só se voltaram para as pesquisas iniciais mas também tentaram digamos a gostar ou só mais lacunas já existe é é uma outra forma
de fazer história no mundo como de pessoal a história e dos anos 90 para cá a coisa tem se renovado no sentido de dar mais vozes do comércio dar mais voz aos vestígios do que pode ser encontrado ainda são informais e hóspedes nos momentos para cá os principais autores que trabalham com a temática nas filmagens de quilombos como um todo é o que ocorre no homem rj é co orientador de mestrado e um bem mais recentemente que a pessoa se vê a hora de um câmbio e ela é eu acho que hoje tal coisa nova
diferente sobre o tema num nível médio essa bibliografia toda como eu disse é ela está baseada num conjunto de fontes relativamente pequeno que são as fontes que foram publicadas nas revistas do instituto histórico geográfico algumas crônicas bastante importantes e o diário holandês de um holandês o contrato do domingos jorge velho com o governo de pernambuco em 1687 enfim algumas peças documentais e depois coletâneas de documentos que foram elaboradas pelo ernesto ennes e publicadas na década de 30 então é essa conjunto de fontes que serviu fora alguns relatos ou livros mesmo de história produzidos no século
18 com doce sebastião da rocha pitta em 1730 ou do loreto couto 1757 que servirão de base para essa a historiografia né só muito mais recentemente a partir dos anos 70 e 80 do século 20 é que os historiadores aí as teses e todos começaram aí a aos arquivos uma parte importante da produção sobre palmares vem também de brasília listas onde africanistas interessados nas heranças africanas dos quilombos e deduz das comunidades de fugitivos de africanos escravizados nas américas no caso da bibliografia sobre pomares autores também bastante importantes como é o caso de um famoso artigo
público e começa a ser escrita em várias edições e revisões pelo esforço artes publicado nos anos 70/80 a e um artigo do raimundo quente que é um africanista interessado nas raízes africanas de pomares né e hoje em dia alguns trabalhos que vêm sendo produzidos às vezes até bastante recortados sobre palmares holandês e ao meu trabalho também que faz um mergulho muito grande nas fontes sobre palmares no livro na rock diz o seguinte o zumbi o maior herói negro do brasil o homem cuja data de morte se comemora em muitas cidades do país o dia da
consciência negra mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no quilombo dos palmares também sequestrava mulheres raras nos primeiras décadas do brasil e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo essa afirmação de que o clube tinha escravos até hoje repercute muito na internet seria realmente algo surpreendente se não fosse o fato de que não existe suporte documental confiável nenhum pra afirmar isso esse trecho que eu citei dar um bom exemplo de como na rua que opera na hora de escrever história muitas vezes as pessoas perguntam quem escravidão em palmares a documentação disponível
não tem elementos claros sobre isso às vezes dá uma indicação ou outra mas havia gente muito diferente havia gente foca havia gente livre havia gente que fugia por vontade própria havia gente branca roubada pelos pomares estas que estava em pomares não existe não existe uma fonte que cabalmente diga que que havia escravos o que chumbou juntinhos fraudes dentro das comunidades formadas é o que você tem e que pode sugerir é digamos pode sugerir certa estes frutas e até um pouco de percepção com relação a alguns alguns negros e algumas etnias são essas essas fontes que
os estreantes é o relato holandês e também esse relato português o que dizem que o o o liberando informais o aquele tente conhecer como líder naquele momento ele tinha uma certa rigidez não nos desviamos do controle que ele tinha sobre a comunidade então ele podia ano seguinte já determinados momentos é perseguir alguns dos negros que tentassem países da comunidade eu tentasse fazer é tentar se comunicar com algumas das pessoas com quem eles não queriam que as pessoas comunicação quando eu fazia a pesquisa de doutorado é foi muito interessante encontrar é para além deste lado os
outros gerados falando sobre o um pouco essa relação tensa entre manter comunidade de objetivos é isoladas relativamente isoladas e ao mesmo tempo manter relações próximas com a comunidade do entorno que é com a sociedade escravista do entorno então volta de 1960/61 e 61/62 mais ou menos não tiver enganado com a data há uma tentativa de paz também com com as autoridades e os leigos que sai o deslocamos vão negociar com um padre eles chegam a pressa se encontrar com os padres começam as tratativas só que estão ligando no período - rolando hélices encontradas morte embolados
e a notícia que se tem aqui os outros as outras lideranças é simplesmente não queria esse acordo e foram fizeram essa que mataram o executaram fizeram um tipo de justamento sustentaram esse acordo de baixo também é preciso pensar que isso não não é palmares durante todo o tempo são determinados momentos em que a documentação e mais pródiga justamente momentos de repressão ou momentos em que eles estão um contato com as autoridades e que as descrições aparecem mais então a gente não pode também generalizar e aquela pequena informação de um momento para todo a a história
de palmares não é o tema de capa em palmares é é muito bom você pensava para um talento que os cães podem poder colocar o que sempre é igualmente em termos de de produção temos relações produtivas dentro da unidade é que eles deviam de roças de desenvolvimento de ossos de que geralmente feijão milho plantavam dentro do das comunidades as descrições mais uma aí já é mais próximo das comunidades disse que essas peças sejam portas dessas rotas elas eram os pedidos feitos às famílias então as casas dessas famílias habitavam seis horas cada um todas essas casas
geralmente dois ou três famílias dividiam as suas ordens segundo esse jato holandês pessoalmente e que o que leva a pensar na verdade um regime de trabalho familiar é quando você pensa na proporção de habitantes encontrados nessas comunidades o número de casas que estão descritas o relato andei falando entre 1500 e tantos mais ou menos e 220 230 casas mais ou menos seis pessoas por casa então - uma família em cada casa então o que leva a crer na verdade nenhum tipo de agricultura de subsistência quase camponesa é das comunidades não exatamente o que a gente
quer vista ou qualquer coisa nesse sentido em que ele diz quando fala de mandar capturar escravo em fazendas é diferente de afirmar que havia escravidão em palmares o que autores como berlim e hoffenheim britto freire afirma em trechos muito rápidos é que os que fugiram voluntariamente das fazendas pros quilombos eram livres e os que eram capturados eram escravos esse procedimento poderia ser a reprodução de uma lógica de escravidão africana mas não há outros documentos que comprovem essa afirmação e isso é bem diferente de falar em mandar capturar escravos em fazendas vizinhas assim genericamente ele em
seguida diz é claro que o clube tinha escravos onde que está claro é qualquer fonte que gostas mais um vídeo 10 estragos muitas vezes as pessoas dizem que o mundo era escravista naquele momento em que palmares então seria escravista não como eu expliquei à escravidão africana era muito diferente da escravidão na américa em primeiro lugar e depois essa lógica é uma lógica senhorial ela não é uma lógica dos escravos não é então a dimensão ea importância que isso poderia eventualmente tenham a vestígios certos nas fontes mas conjeturando não é uma mentalidade é comum a todos
as pessoas são diferentes têm posições diferentes e os escravizados conseguem o mundo de forma diferente muitos historiadores também falam da escravidão em pomares com base nessas fontes como no caso de edson carneiro eo próprio narloch cita pouco depois mas novamente comparar a idéia de fugir para o quilombo com um caminho sem volta e que seria como na máfia de acordo com roque isso é pura hipótese 100 das nossas fontes que possam corroborar essa afirmação e mesmo com as fontes em geral secundárias que ele usa ele ainda comete erros um bom exemplo de como na roxy
apropria de pesquisas secundárias sem ter consultado as fontes dessas pesquisas é a citação da nota 9 ele atribui ao diário do capítulo desde o bairro de 1.645 mas que na verdade é um trecho de uma crônica escrita em 1678 que foi publicada pela revista do instituto histórico e geográfico do brasil em 1859 e que foi várias vezes republicado utilizada pelos estudiosos de palmares outro erro é que quando ganga zumba assinou um acordo de paz e eu falo mais dele adiante ele teria ganho uma e do recife o que não aconteceu o embaixador anunciou o acordo
de paz que foi levado até palmares assim como enviado para lisboa e ele foi pra cuca.o cláudia perto de sirinhaém mas não recife pra mim ele parece um livro realmente uma certa arrogância tenta mostrar erros de outros de outras pessoas ramos de produção erros de cobre até conduta política séc se ele pensa nesse sentido mas ele mesmo país errados do livro me cita por exemplo a página 85 da edição que eu tenho aqui ele cita uma fonte sobre os submarinos somente uma das pontes holandeses é essa quantia de 1 645 um rato dead é é
mas aí quando ele vai destacar um trecho dessa fonte ele deve ser na outra fonte ficou totalmente diferente que não que não é mesmo então acho que alguém que está pegando um certo cuidado com que está sendo escrito um certo um certa desde o da produção acadêmica eu acho que ele mesmo acabar acabou escorregando em alguns momentos ele cita fontes ferradas e também ler algumas fontes de maneira errada por exemplo quando ele fala do acordo de paz nos 688 que o daniel suman celebra com as autoridades pernambuco e tenta ser bastante facebook falou um documento
que eu acho lennon não leu a coluna teve acesso ele acaba dizendo que as comunidades a acordar onde eles mudariam para cada vez mais longe do litoral de onde assim cada vez mais longe da das vilas do litoral quando na verdade é justamente o contrário ele o acordo dizendo ele chama se aproximava as vilas mais próximas dos brancos frança são os que têm mais controle das pessoas a essas pessoas então ele acaba tropeçando com detentas específico quando ele tenta ser digamos historiador é bom é realmente um rastreador e não é o que ele consegue fazer
o quilombo de palmares não deixou registros escritos até porque a maioria esmagadora dos seus membros é analfabeta a figura histórica que nós conhecemos como um zumbi é alguém sobre qual quase nada sabe não existe praticamente nada sobre ele e até imagens dele produzidas são construções posteriores sobre esse sujeito e mais álvarez é uma espécie de rede de mocambo snão uma comunidade coisa então talvez nem sequer e deslocamos fossem todos iguais nos costumes e regras é jumby uma figura da qual saiu por muito pouco assim se você parar pra analisar o que se tem é que
os vestígios é é na verdade me parece que zumbi poderia ser muito mais uma referência a um a um cargo que alguém poderia o pai que antes entre as comunidades o de repente um nome que se referia na verdade a um lugar na hierarquia política maior que familiar inclusive é o que era muito comum na áfrica central onde a maioria dos desesperados vinho né durante muito tempo até o começo do século 20 a maior parte dos estudiosos achavam que era um título e progressivamente foram identificando uma pessoa é preciso pensar também na figura política e
na figura histórica é de grandes lideranças para quem quer que seja em qualquer momento da história no caso de palmares há duas grandes figuras que são lideranças de pomares em momentos muito diferentes então a gente tem um primeiro momento que é sobretudo os anos 70 mil seiscentos e setenta e os melhores registros são do período a documentação produzida em 1678 quando é celebrado um acordo de paz entre palmares e as autoridades de pernambuco então depois de uma grande guerra palmares havia se consolidado como um rei negro estruturado com uma linhagem governante a moda centro africana
com postos militares que eram reconhecidos como tal como um poder paralelo pelas autoridades peter nambu canas quando o quilombo foi duramente atacado em 1677 yoga zumba que liderava humanos naquele momento assinou um acordo de paz no qual aceitava devolver todos os escravos fugidos aos senhores em troca da liberdade dos negros nascidos informar isso zumbi e outros casados teriam rejeitado este acordo e preferido lutar por isso ele virou um ícone do movimento negro por insistir na resistência em permanecer longe das autoridades coloniais essa linhagem de palmares ela é foi exitosa e negociar um acordo de paz
da mesma maneira que os reis do ndongo e os grandes sombras negociavam acordos de paz e de vassalagem do outro lado do atlântico o zumbi se torna então uma liderança militar e é o negro zumbi o capitão zumbi às vezes o general sumbe que as forças que vão se organizar no final dos anos 80 e nos anos 90 vão atacar né é o barriga né como sacer com a fortaleza do barriga liderada por um zumbi sobre essa coisa de ele ter virado um ícone do movimento negro é importante mencionar que essa imagem idealizada de zumbi
se alimenta de crônicas e histórias escritas dos séculos 17 e 18 que tentaram criar uma narrativa épica de vitória dos colonos contra os inimigos internos que eram os quilombolas muita coisa que veio desses relatos acabou sendo absorvida de forma pouco crítica pela historiografia de palmares durante o século 20 e foi justamente essa história grafia frágil que deu base para a ressignificação zumbi pelo movimento negro e os historiadores que estavam interessados em marcar a liberdade de palmares a luta pela liberdade vão privilegiar a figura de zumbi é por conta disso que ele vai ganhando cada vez
mais um perfil político como a figura da liberdade e se torna um herói do movimento negro e de fato ele foi uma liderança impressionante pela documentação a gente consegue nesse período não pra todo palmares e agora a gente não pode é avaliar o que a gente entende por luta pela liberdade hoje e projetar isso por ao século 17 e três lideranças que pensam a moda africana moda centro africana há uma diferença muito grande pintar o adversário como algo terrível para evitar que grupos sejam seduzidos por ele é algo que aparece várias vezes na história ea
gente não precisa nem voltar muito no tempo basta voltar aos tempos de guerra fria para ver as duas potências que dominaram um conflito investindo em propaganda dentro e fora do país para mostrar o outro lado do conflito como demoníaco como algo terrível para as fontes e os formulários ong são difíceis de serem trabalhados o programa de ações acho que o principal é que quando você se dedica a pesquisar um experiência com bola ainda mais no século 17 e 18 o grande problema é que não existe fontes produzidas pelos monty eles não escreveram nada senão não
tem qualquer vestígio de próprio punho então as pontes são sempre fontes depressivos são sempre contigo com as fontes policiais em espíritos daqueles que achavam não goste de batizar o que acontecia fuga dos escravos a formação de umidade mas também é demonizar mesmo esse tipo de coisa e de hoje criar o século xvii em torno do que aquilo que de fato significa você não pode usar as fontes que não acusou para afirmar o que ele afirma porque elas estão completamente contaminados pelos interesses políticos e econômicos dos seus criadores mas isso não quer dizer que elas são
completamente inúteis que você pode usar essas mesmas fontes fazendo uma leitura contra pelo para estudar as tentativas de controle social dos escravizadas no período colonial por exemplo para entender a mentalidade dos colonos em relação aos palmarinos aos quilombolas é costume dizer que as fontes foram feitas pelos opressores senhores de engenho as autoridades coloniais aqui no brasil em pernambuco os conselheiros do trabalhe no próprio reino os militares que lideraram as expedições e tudo isso é verdade mas é possível ler nessa documentação ecos das ações das vozes dos projetos dos habitantes dos palmares e é isso que
o historiador tem que fazer ele tem que usar documentação usar os filtros da documentação para poder tirar dela informações que nem sempre estão aparentes um dom é um dock opcional você tenta a buscar essas fontes uma leitura que seja uma leitura que tenta atravessar de conceitos através a visões muito deles a respeito da daquelas pessoas das comunidades que informavam e tudo mais então acho que sobem recentemente essa visão que para alguns chamaria uma história de baixo uma opção bastante influente hoje a historiografia ela começou a se preocupar um pouco também com uma diferença de filmes
com diferença de palmares efetivamente mas ainda assim é desafiador mesmo tendo isso na cabeça é muito difícil trabalhar com fontes de que só dizem mal dizem coisas ruins respeito de um objeto que você tenta descobrir tom tendo no caso dos quilombos um dos livros que afirma que havia escravidão lá é o livro reino negro de palmares que disse que havia uma justiça em palmares que condenava a escravidão certos atos como quem tentava desertar pela primeira vez só que o livro de mário martins freitas que foi publicado em 1954 é bem problemático ele foi publicado pela
editora do exército e tem um viés bem deles está na análise que no caso deste livro não faz a devida critica as fontes fora isso essa interpretação da justiça de palmares ea escravidão a interpretação bem livre de alguns poucos indícios das expedições repressivas contra as comunidades de palmares no diário de expedição do capitão holandês johan existe o seguinte trecho havia ali dentro 220 casas e no meio uma igreja quatro casos de ferreiro e o imponente casa central havendo todo tipo de artifício entre eles aquele rei o chamavam dengue mantém justiça assevera sobre sua gente e
não tolera feiticeiros entre sua gente e em caso de alguns negros fugirem ele enviava crioulos em sua busca e sendo capturados eram abatidos para que haja medo entre eles a saber entre os negros angolanos é o primeiro relato mais conhecido é um relato ano desde a liberdade de 1.645 de um capitão é que o capitão holandês funcionava o lyon ganhou nome holandês é é uma fonte bastante interessante porque ele relata o dia a dia de uma infecção que está em alagoas e sobe até a comunidade e dia podia dizer tudo o que ele vê minha
então a gente entrega os caminhos até as unidades descreve nomes de rios nome de localidades é e quando ele chega nas comunidades e também descreve o que lhe importa perceber quando ele chega às pessoas já fugiram por mares eram bastante é bem informados vão descer e eles sabiam quando as expedições civil na últim condições de saber e esses encontros com vendas vazias mas ainda assim eles conseguem é de não subscrever muito bem o que está ali dentro então eu acho que essa é uma das primeiras fontes é uma das mais importantes ainda na primeira metade
do século 17 é um relato feito ao holandês que foi transmitido neste século 20 aqui no brasil está publicado por um produto histórico - ceará 1 em linha até hoje todos os vereadores usam essa essa tradição pra ler bastante para compreender o detalhe é e a 1 com tapas em dourado eu tentei e no original tentei elefante hollandaise saber o que de fato é bom que não era o que a transição dizia que todos amam dizia é curioso que a fonte ela ela relata pela primeira vez em qualquer documento é é a primeira vez que
aparece um nome relacionado à palmares que nunca chama dengue é o que traz fernanda na ponte que pode ser lido como o exame e como um zumbi que é o km para aparecer depois foi o último um dos últimos de sua liderança de informática é interessante que a tradição não tem esse esse três feras deixa cortado é curioso como os historiadores até hoje também disse phil muito em transcrições e tradições às vezes um pouco cuidado de ficar um pouco originais e de este retorno assistido mais e as frequências maiores é o o o trator ele
substituiu de pressões pelas pessoas que nós conhecemos hoje que como por exemplo o câmbio ou com quilombo que não estão regional de pesquisar essas palavras sempre usar só se grande palmarés formados em nono lugar o nome do dono do sítio eles formavam contra viver os quilombolas a própria palavra que não vende onde um termo kimbundu vem da áfrica e angola eras campo de concentração de iniciação dos jovens que houve um momento de guerras alguns gueto transformar a isso um campo de iniciante de jovens e militares e é capturado e do outro grupo para transformar os
soldados isso o real ea origem dos quilombos é uma palavra é em línguas africanas de língua abandone com muito exatamente e ds nome e que fugirá simplesmente para se libertar nesse período de palmares e durante a formação de palmares no comecinho do século 17 e ao longo do século 17 a maior parte das pessoas escravizadas e transportadas pelo atlântico para trabalhar nos engenheiros de pernambuco vinha da áfrica central mais precisamente da região do entorno de angola era ali que eram feitas as guerras de escravizá são e que alimentavam os navios que cruzava o atlântico a
levando escravos para os engenheiros de pernambuco e para a maior parte dos engenheiros e das atividades econômicas desenvolvidas nas américas de uma forma geral nesse período tem um historiador que chega a falar da onda angolana saber mais sobre a cultura a gramática política como viviam o que pensavam esses africanos que foram escravizados e levados para pernambuco e que fugiram para palmares é algo extremamente importante para ajudar a gente a ler as fontes em outro documento clássico sobre a repressão aos patamares nós temos o seguinte trecho ocupa cidade delatado espaço formas de mais de mil e
quinhentas casas há entre eles ministros de justiça assim como de guerra para as execuções necessárias e todos os arremedos de qualquer república se conhece entre eles como é possível ver nesses relatos as referências à justiça contra fugitivos dos quilombos por parte dos líderes vem de expedições comandadas por comandantes militares conhecidos na época no caso e rondônia e fernando carrilho respectivamente e não de outros documentos que possam sustentar a idéia de que os possíveis fugitivos de palmares fugissem de alguma outra forma de escravidão vários outros motivos são mais plausíveis para explicar as fugas como divisões internas
brigas em gincanas e t7 ea execução dos desertores pode ser explicado pelo medo da relação por exemplo a documentação sobre palmares são comuns os relatos de delação eu quero lembrar a vocês que os quilombos surgiram como enfrentamento à escravidão era um movimento de resistência que guerreavam por sua liberdade relatos de delatores para os militares poderiam botar a segurança de toda a rede de quilombos em risco e quando você está lutando pela sua liberdade que seja individual ou do seu povo dos seus familiares dos seus entes queridos e quer proteger eles dos escravagistas você vai tomar
qualquer atitude necessária para vencer e isso é algo que acontece basicamente toda guerra ainda que o caso de palmares não tenha se desenvolvido em uma guerra tradicional é o enfrentamento bastante violento é importante mencionar também as divisões entre os escravizadas no brasil que iam além da origem havia diferenciação entre os que vinham da áfrica e os nascidos aqui entre os que ficavam na casa grande ea senzala e os que trabalhavam em pequenos negócios na cidade ou cortar um cano interior e por conta disso alguns casados olhavam os outros de cima se achavam em posição superior
e eram seduzidos pela possibilidade de serviços socialmente como minimamente superiores aos outros escravos e quem acha isso um absurdo basta prestar atenção no mundo em que nós vivemos hoje tem gente que se acha superior às outras da mesma classe social porque comprar um tênis um celular a vontade de se destacar socialmente em grupo às vezes por motivos fúteis é uma característica é relativamente comum especialmente em um país tão desigual quanto nós a gente pode condenar essa atitude eu pessoalmente acho que isso é condenável mas o que eu ou você achamos é relevante a questão é
que isso existia na época e existe hoje então se você tinha escravos conformados com a escravidão e que tentavam tirar qualquer vantagem dela como muita gente faz hoje sem estar escravizada a questão é que esse fato social ligado às dinâmicas sociais de países desiguais é usada para desqualificar o impacto social duradouro que a escravidão teve e ainda tem a sociedade brasil a falácia de dizer que os libertos a escravizavam também escravizavam também seriam proprietários de escravos e dizer que isso justificava então clique a sociedade branca não teria culpa na escravidão o que não seria uma
coisa moralmente condenável o enfim a falar se está em produzir a idéia de que era acessível muito acessível à liberdade e à propriedade e escravos porque poucas eram as pessoas escravizadas que chegavam alforria alforria ela tava lá é normal de certa forma é uma miragem muitas pessoas que trabalhavam numa num sistema utilizado no sistema monetário é dado conseguiu juntar algum dinheiro ficam fazendo poupança para comprar foi nem todo mundo tinha acesso a esse tipo de arranjo de trabalho então pouco 0 não as pessoas escravizadas que alcançavam alforria para começar em qualquer momento o total da
população escrava no brasil na época da independência alcançava 30 por cento da população a o número de libertos aquele momento não passava de jeito nenhum de 5 por cento dificilmente é falacioso dizer que que os alforriados tinham ação ocorria e que isso seria equivalente que eles seriam equivalentes a qualquer qualquer pessoa branco eles tinham acesso poucos deles conseguiu e daqueles que conseguiam poucos ainda eram os que se distanciavam tanto da escravidão que poderiam ser proprietários de escravos isso é caso excepcional é que não pode ser tomado como regra sobre essa questão do na rua e
falar de senhoras negras escravos queriam ter os seus próprios escravos deixa eu perguntar uma coisa pra você que está assistindo esse vídeo agora você acredita que um dia o capitalismo vai deixar de existir eu não estou falando de comércio troca e escambo eu tô falando do sistema capitalista você acha que um dia ele vai acabar não importa se você que está assistindo gosta do capitalismo ou não pensa nisso por um momento eu tenho certeza que muitos de vocês estão respondendo aí que não e por quê porque ele é um sistema muito amplo antigo forte com
mecanismos de defesa e com muita gente disposta a defender a existência dele se ele acabar provavelmente não será nossa geração sistemas como o capitalismo socialismo anarquismo que são totalizante e englobam comunidades países e outros recordes são fatos sociais coercitivos significa que você que vive no brasil que é um país capitalista não tem a opção de viver fora do capitalismo você pode se adequar a ele e tirar proveito da situação você pode tentar diminuir o consumo você pode tentar lutar por um outro sistema você pode só se conformar sem pensar muito no assunto cada indivíduo vai
reagir dê um jeito ao sistema em que vive seja no capitalismo seja em qualquer outro ea mesma coisa acontecia com a escravidão a maior parte da existência de palmares ocorreu no século 17 ea abolição só ocorreu no fim do século 19 quase dois séculos depois que palmares foi destruído e o debate abolicionista foi ganhar força de verdade só no século 19 por uma série de motivos que iam desde a demanda dos casados a influência de 10 da revolução francesa e inspiração da revolução haitiana interesses econômicos de grupos que poderiam se beneficiar do aumento gigantesco do
mercado consumidor nas colônias e escolhas com a libertação dos escravos pressão de outros países porém vários motivos são muitos e mesmo nesse momento a escravidão no brasil em cuba e nos estados unidos intensificou e o que isso tem a ver com a questão de negros sendo libertos querendo ter escravos como eu disse sistemas são fatos sociais coercitivos o resultado disso aqui enquanto alguns sujeitos querem mudar o sistema outros preferem se adequar a ele por achar que as coisas são assim mesmo não vou mudar quem nunca ouviu alguém falar isso na vida que atire a primeira
pedra e alguns escravos entendiam que era melhor tirar proveito desse sistema que tentar mudar ele já que eles não acreditavam que podiam vencer e aí você tem as madames negras com escravos que na roxy 3 você tem os capitães do mato por exemplo e por aí vai mas eu te pergunto no que isso muda alguma coisa mesmo que alguns negros tenham tentado tirar proveito disso individualmente a responsabilidade a culpa da existência manutenção do sistema escravista no brasil não era dos africanos é dos europeus e os descendentes deles que trouxeram escravos pra cá implantaram o sistema
e transformaram ele na base da economia colonial nenhum é dirigente africanos daqueles impérios oea - que na igreja não saíram da áfrica para vender é seus irmãos africanos nas américas neve na igreja saíram de antigas colônias a frança inglaterra que serve o tráfico este país é portugal dinamarca que já estava no tráfico também que sair olhando e que sair também disse leste sairão os neve na igreja não seja verdade talvez uma armadilha de difusão usará a discussão da cor é isolar a cor e pensar que as pessoas se identificariam só como brancas ou negras quando
a sociedade é complexa e o lugar da pessoa na sociedade a sociedade colonial era muito complexa e o lugar das pessoas na sociedade e envolvia a posição dela em relação à escravidão isto é se ela é escravizada acelera liberta acelera nascida livre também a riqueza obviamente se esse era proprietário não tá e também a cor ea mestiçagem quando você analisa histórica ou sociológica mente uma sociedade você não necessariamente tem que ficar toda hora lembrando que existiam indivíduos que eram exceção à regra porque se pressupõe que a exceção é objecto quase todas as regras têm exceções
e as generalizações que se fazem estudos sociológicos antropológicos e históricos que servem para na hora de você falar e escrever ou dar uma aula sobre o assunto desenvolveu a narrativa mais ágil mais fluida que explica que são a partir de um olhar macroscópico e como eu disse é uma generalização que pressupõe a exceção ela não faz de conta que a sessão não existe ea exceção não invalida a análise na rota diz o seguinte não há motivo para ativistas do movimento negro fecharem os olhos aos escravos que viraram senhores ninguém hoje deve ser responsabilizado pelo que
os antepassados de santos fizeram séculos atrás além disso na época em que eles viveram ter escravos não era considerado errado tratava-se de um costume tido como correto pela lei e pela tradição tão bons fundamentos no direito se você usar ele a a ferro e fogo ok a escravidão era algo permitido mas até que ponto era moral é moral você colocar preço em um ser vivo ser humano vivo é moral você poder sodomizar e se esse ser humano e fazer com que ele sirva comum qualquer tipo de objeto pratt é muito complicado você usar o argumento
da legalidade de algo imoral pra fortalecer um crime governantes mercadores já colocava em prática na áfrica a escravidão normalmente por guerra ou conquista antes da chegada dos europeus mas quando você fala em africanos escravizados ignora o fato de que primeiro era um grupos sociais muito específicos que faziam isso e segundo o sistema escravista local da áfrica era muito diferente da escravidão atlântica em escala estrutura e função social não basta comparar dois fatos ou dois eventos históricos que são meio parecidos o que tem uma característica incomum e dizer que é tudo a mesma coisa simplesmente porque
na história você não pode ignorar o contexto eo processo não basta comparar os eventos você precisa entender as dinâmicas internas de funcionamento os motivos os resultados têm que entender o máximo possível dos detalhes de cada um então não basta olhar o fato isolado é preciso contextualizar esse fato e quando você faz isso comparando a escravidão atlântica com outros exemplos de escravidão a história fica bem claro que ela foi um evento único mesmo sendo parecida com outros na áfrica havia escravidão é uma escravidão muito diferente da escravidão que se encontra no período colonial nas américas e
em pernambuco em particular mas ela diz respeito a uma diversidade de dependentes e de gente é sob domínio é no caso da região da áfrica central do sobras ou do engole a ou domani no caso do congo né que é muito diferente lá essa essa dependência nem sempre é feita para gerar riqueza que é comercializada num circuito tão amplo na época ela tinha ver de novo com circuitos internos de de deslocamento de populações é muitos eram disponibilizados é uma verdade prisioneiros de guerra de baile e gás entre ti isso que formava de fato um contingente
enorme de de pessoas especializadas que eram é período foram trocadas entre as etnias hoje é um make pra de um selar acordos celular países é um processo de construção dos grandes impérios dos grandes estados na história da humanidade qualquer processo de construção dos impérios quase pela violência de alguns grupos que querem anexar dominar os outros pela violência e isso pega a história da europa é a história da da ásia não há nenhuma diferença é claro que nas sociedades africanas a profundamente hierárquicas existe compra e venda de pessoas o que os portugueses fazem é é atravessar
a entrar nesse comércio e comprar a a demanda dessa dessa mão de obra no atlântico acaba acaba fazendo fluir as rotas de as rotas de de africanos de africanos escravizados na direção dos portos atlânticos que onde havia onde havia compra eles aproveitaram nesses conflitos se aliar a alguns é dirigentes ficarem de alguns e impérios hoje olha relação de amizade fornecemos a arma pra vocês e as vítimas de guerra que você queira você vende pra vende pra gente e alguns dirigentes africanos e alguns estados nesse sentido que eles entraram no tráfego fornecendo aos seres humanos que
não era membro dos seus grupos técnicos que era inimigo da guerra como os gregos os romanos escravizavam susin amigo da guerra que não fazia parte do esgoto da sociedade deles na áfrica é as lideranças de base em esperanças 73 dos diversos reinos principalmente na por cento ocidental conde de onde vem a maioria dos pesquisados na américa portuguesa é não existia não existia propriedade da terra como nós entendemos propriedade da terra hoje então as lideranças locais elas geralmente tinham as suas influências ou legitimidade reconhecida pelos contingentes de pessoas que eles conseguiam arregimentar dentro de guerra olha
do mesmo tempo de paz então é ter diversos estúdios têm sob seu comando um ter diversas pessoas em regime de trabalho de servidão sob seu comando era forma que essas benesses tim de legitimar a colher e turma já é costume dizer por exemplo né os historiadores que trabalham com a história da áfrica dizem que a riqueza está em pessoas na áfrica e não em bens como no mundo ocidental no mundo colonial né então essa é uma diferença bastante grande é o domínio sobre pessoas que torna as pessoas poderosas alguém poderoso e isso é muito diferente
do que acontece no mundo colonial não só pode ser alguma algum argumento de muita má fé atribuir aos africanos a culpa pela escravizá são deles próprios é claro que há a escravidão existia no can vários grupos africanos a na era moderna ela fazia parte da estrutura da das sociedades africanas mas é uma escravidão um formato completamente diferente porque a escravidão atlântica é uma escravidão a voltada para a produção de produtos tropicais que vão entrar no mercado em circulação de mercadorias essa escravidão de produção de de trabalho em em unidades escravistas voltadas para uma produção a
exportadora ela faz parte da trajetória da produção do açúcar ewing e veio do mediterrâneo a sua pela ilha da madeira e na ilha da madeira ganhou um formato que quando chegou no brasil juntando com a oferta de africanos deu uma nova revolução para o açúcar e depois isso ainda segue na direção do caribe né a próxima revolução na super acontece no caribe nesse nas américas em pernambuco nós podemos falar em escravize como uma sociedade estruturada em torno da escravidão da exploração do trabalho dos escravizadas e que são eles a gerarem riqueza eu trabalho a exploração
desses homens que gera riquezas que vão circular pelo atlântico pela metrópole a num complexo bastante grande em termos econômicos que envolve pelo menos três continentes a áfrica a américa ea europa é uma montra nunca questões feitas as diferenças a o que era estudam na áfrica e no facebook na américa portuguesa era o filósofo a cor da pele passou na américa sem uma marca da escravidão com o tempo é não não foi 11 não foi um traço que dê início a um de seus mais e foi gradualmente estão cada vez mais fortalecido enquanto que na áfrica
você tinha outras outras formas de diferenciais cravos de livros digamos assim principalmente as etnias que é a sutileza de cancelas sempre souberam se diferenciar entre si seja por marcas na pele é tem as famosas atrizes que alguns deles carregavam e geralmente o estrago que marcava justamente o escravo na áfrica era o fato de ele não ter raízes locais onde ele era deslocado então ele era visto como estrangeira está no estrangeiro era passível de ser um escravo então isso eu acho que era o principal marca é na áfrica enquanto que na américa ou o fenótipo africano
o fenótipo da cor da pele de fura e se firmando cada vez mais como como a marca da escravidão tudo em si é esse chão e se podemos chamar assim devem ser condenado na história da humanidade qualquer um cofre de onde vem então encontrar justificativa dizendo que nós não cometemos nenhum nem promoveu contra a humanidade porque os africanos praticava a a à escravidão a culpa é dos próprios africanos que vendia seus filhos fia aí fora do mundo ocidental isso aqui é realmente um uno não se sustenta porque uma instituição que não devemos condenar não tem
como atribuir essa essa responsabilidade por essa escravidão aos africanos alguns participaram conhecido há alguns anos então não vamos generalizar dizendo da áfrica era tradicional momento é esse aqui também uma informação errada não foi bem isso as pessoas desconhece a história da história da verdade então é incontornável falar que o tráfico foi parte da nossa política fez parte da nossa política que pautou a diplomacia o parlamento judiciário a gente precisa reconhecer isso você não pode apontar o dedo na cara de um indivíduo na rua e dizer a culpa é sua porque você é branco e os
brancos dominaram os escravos mas primeiro é completamente obtuso errado dizer que esse sistema não teve efeitos catastróficos da cultura política e economia brasileira inclusive tendo até hoje como muita gente vem inclusive demonstrando na academia segundo é possível sim traçar algumas linhagens hoje em dia e saber que famílias em geral famílias ricas até hoje se beneficiaram desse sistema e seus descendentes não tem culpa por outro lado eles se beneficiam dessa exploração a gente pode dizer que boa parte da sociedade proprietária no brasil hoje talvez ela tenha sua fortuna descendente é das fortunas composta no século 19
e isso pra dizer que o brasil tem sim uma dívida muito grande como os descendentes de escravos não se trata de culpar indivíduos mas culpar um sistema que existiu e marcas que ele deixou combater os resquícios dele no presente para oferecer maior igualdade de oportunidades para as pessoas mas é exatamente essa intenção do livro de leandro narloch bater de frente contra esse combate por parte de movimentos sociais que olham pra história para embasar a própria luta e por que o navio que faz isso algumas pessoas poderiam dizer que isso tudo é um amontoado de erros
não propositais que na roc apenas entendeu errado algumas coisas por não ser historiador e argumentos do tipo só que quando você erra por acaso o normal é que os seus erros apontam para direções aleatórias agora quando o livro está cheio de erros e com incidentemente todos os erros servem para sustentar a tese que você quer defender muito provavelmente você está deturpando a história ou de interesses pessoais seja político e econômico o que for e aí você parar pra pensar porque o andré roque criar essas narrativas deturpando as próprias fontes que ele usa ou criando interpretações
pouco sustentáveis em cima dessas fontes e apresentando elas como se fossem fatos bom aí você precisa analisar a atuação profissional de narok ler os vários textos de colunas de revista que ele já escreveu tipo quando ele trabalhava na revista veja por exemplo e ver quais as pautas políticas do presente que ele defende é uma tentativa de distorção do que os movimentos sociais essa é a opinião de academia produtos ou é a academia tem planos de subir o magistrado esteve tão negro no brasil já há muitas décadas maneira é muito forte eu acho que ele procura
na verdade é mostrar como que movimentos sociais pessoal do movimento negro não tem de ontem cuidado quando como se apropria desse material produzido universidade que não procura saber como ele é produzido ele tenta contar possíveis falhas no material produzido pelos acadêmicos historiadores eu acho que é esse é um dos problemas que dizer quando você tenta destruir alguns mitos é você acaba criando outros também então acho que como na lock tenta desconstruir um herói contando pra os problemas da academia sul - da história acadêmica eu acho que ele caiu erro de achar que a academia leva
os heróis enquanto pessoas de fato pessoas que assistiram semanas que a economia não considera os heróis dessa maneira não está interessado nos fatos tanto o interessado um método científico assim é produzir verdade por desconhecimento de fato o livro do leandro narloch é um bom exemplo de projeção é de idéias contemporâneas e de posições políticas contemporâneas numa análise do passado é muito distante é do trabalho do historiador de análise qual é o procedimento básico dodô leandro narloch ele leu uma bibliografia até uma bibliografia relativamente atualizada sobre a história da escravidão no brasil ele pinça elementos da
bibliografia e pensa a documentação citada por esses autores mas o problema é que ele é arregimentar tudo isso pra demonstrar a uma teoria e ele a arma a sequência dos temas que ele trata no capítulo sobre a escravidão sobre palmares uma forma muito intensa o nal porque ele começa em primeiro lugar não é falando sobre palmares ou sobre zumbi ele começa para desqualificar o movimento negro hoje atacando um dos seus heróis e uma das suas referências políticas e porque é interessante para ele defender hipóteses furadas como adquirir um bilhete tinha escravos o equiparar esse grande
sistema econômico atlântico de escravidão com outros tipos de escravidão que ocorreram em diferentes momentos da história porque ela diminui o impacto e as particularidades da escravidão atlântica e fazendo as pessoas acreditarem que escravidão é tudo uma coisa só na roc tenta criar uma equivalência moral que coloque todo mundo no mesmo barco assim fica mais fácil deslegitimar as pautas do movimento negro os fatores de desigualdade no brasil que vêm da escravidão e até mesmo ações paliativas polêmicas com as cotas raciais em universidades afinal se todo mundo foi escravizado se brancos queremos o negro negro escravo negro
negros escravos ou branco a gente tem um empate né não não é assim que a história funciona normalmente quem faz esse tipo de discurso de que o negro e escravizou negro de que as políticas afirmativas hoje padre políticas é é sociais para a população tratada com minoria normalmente são argumentos racistas na o argumento daquele que queria manter o status quo então se a gente pensar do ponto de vista histórico esse discurso até hoje nada mais é do que um com um discurso conservador do ponto de vista escravocrata dizer que hoje é isso se persiste significa
que o racismo também persiste então qualquer um que tenha esse argumento diga se passagem falacioso porque não entende o que foi a escravidão na idade moderna ea escravidão negra é uma escravidão moderna é uma escravidão fruto do capitalismo fruto da comercialização é de uma mão de obra escrava visada é não entender é o que foi a questão da escravidão do negro no brasil e principalmente não entender o contexto histórico dessa dessa escravidão essa história criou um problema para a sociedade brasileira de ver quando termina a escravidão com dúvida a lei áurea com a abolição da
escravatura essas pessoas terem sido integrados na sociedade brasileira a começar pela educação alguns é propriedade privada diz e terra país poderá produzir esse terá não forem e integrar na sociedade for abandonado à própria sorte a idéia de que a gente possa tratar dos das pessoas escravizadas como pessoas que agiam dentro de um sistema que era o professor não implica em dizer que uma violência sobre elas ou isentar ou exibir a os senhores de escravos de qualquer responsabilidade a ideia é tomar esses essas pessoas escravizadas como sujeito pensá como elas agiam dentro das das situações de
adversidade e ea se colocar na pele deles de certa forma os quando possível mas tentar com cor com a documentação tanto a compor esse cenário para reconstituir a experiência das pessoas vêm para complicar a situação o racismo de genéricos brasileiros que quiserem os escravizados de ontem houve simplesmente mudança de terno a negação remédio mestre escravizados e ontem se transformou na relação entre branco e negro de hoje as duas revelações hierarquizadas é isso um problema um legado negativo da escravidão o brasil no século 19 produziu uma lei parlamento brasileiro no século 19 em 1831 produzir uma
lei promulgou uma lei de abolição do tráfico de escravos a lei de 1831 que vem nos livros didáticos e de forma muito conveniente para a memória dos senhores dos traficantes ela ficou relegado como uma lei para inglês ver de fato não há houve um grande embate pela aplicação dessa lei o que ela dizia ela dizia que todo o desembarque de escravos era proibido a partir daquele momento e todo o africano que desembarcasse seria livre o governo imperial a se ocuparia das pessoas emancipada nessa situação e aconteceu essa é fato tela com 11 mil pessoas acontece
que a partir daquele momento o tráfego foi muito maior entraram 900 mil pessoas à estimativa é sem estimativa mais ou menos forte de que entraram 900 mil pessoas há entre 1815 quando o tráfico era proibido no norte do am a dor em 1801 e depois a partir de 30 e 31 em todo o território brasileiro até meados da década de 50 quando são os últimos desembarques se a gente pensar que todos os africanos e africanas que entrarão a partir a quem é que entraram e foram escravizados no brasil depois do tráfico ser proibido e tinham
o direito à liberdade pela lei de 31 que essas pessoas foram mantidas em escravidão vendidas e compradas e que os filhos e netos deles também eram escravos a gente tem a dimensão do crime que foi cometido por traficantes e sobretudo pelos senhores de escravos que compravam vende e usava o trabalho dessas pessoas quer ser legar um problema da sociedade brasileira que o legado então certo nós não temos nada a ver com isso porque nós não fomos 11 foram fiscalizar wall os africanos que deportá-los africano pra cá nós não temos nada mas um problema da sociedade
um legado da escravidão que há pouco o brasil atual bebê resolveu é crime acobertado e viabilizado pelas autoridades do império que que faziam vistas grossas para o tráfico aceitavam compra e venda a aceitavam essas pessoas como propriedade nas transmissões de inventários e não é pra dizer que as pessoas não sabiam todo mundo sabia eu tenho registro disso se falava de socar no parlamento estava em processo em tribunal isso foi discutido no conselho de estado o império o governo brasileiro tem responsabilidade os senhores de escravos e os descendentes destino de escravos têm responsabilidade a gente pode
dizer que boa parte da sociedade proprietária no brasil hoje talvez ela tenha sua fortuna descendente é dessas fortunas com costas no século 19 e isso pra dizer o brasil tem sim uma dívida muito grande como os descendentes de escravos é o seu argumento mais forte pela indenização pela reparação a nos descendentes de escravos então o brasil atual a cento e de viver com as desigualdades de entre negro e branco entre negro como índia e prever nós não temos nada a ver com isso porque não fomos nós que criaram esse som que eles possibilidades é como
o homem pode dizer hoje nós temos nada a ver com o machismo que nós não fomos nós que fizemos diz um problema da sociedade embora seja um problema da história que nós não fizemos são como necessidade que nós essa geração deve responder se a gente não trabalhar com isso que vamos ler legar isso para as futuras gerações a sociedade por esconder o sentimento que os outros não vão aguentar as mulheres não vão aguentar o alvinegro não vão aguentar um argumento de escravidão a solto no ar é claro se uma pessoa é descendente de africano um
dos parentes dela foi escravizadas in alguém pode dizer sim a essa pessoa está vedada quando a escravidão era legal é imoral ó era moral era moral do showbiz e moral eu não estou dizendo isso eu estou dizendo que as pessoas que foram importadas depois de 31 foram mantidos em escravidão e ilegalmente todo mundo sabia eo brasil foi conivente com isso e uma das formas que o estado brasileiro mais recentemente resolveu pra pagar essa dívida foi a de implantar a cotas raciais é uma é uma questão de justiça para finalizar não queria falar umas coisas aqui
a primeira delas é que o na lock ou qualquer um de vocês terem uma agenda política não é um problema tem uma agenda política faz parte de um processo de conscientização política que a nível social é importante especialmente em uma democracia procurar exemplos históricos que reforça o discurso político que você acredita não é um problema faz parte do jogo político enquanto feito de forma correta pode enriquecer muito debate só que isso tem que ser feito do jeito certo não a partir de manipulações dos fatos que achismo de interpretação sem respaldo acadêmico e suposições fraco apresentadas
como se fossem fatos não foi por acaso que você viu historiadores e historiadores e até gente que não é da área ficando indignados quando souberam que foram enganados prestado um documentário baseado no livro que foi autorizada a captar mais de um milhão de reais para ser feito por uma lei de incentivo ver todo o seu campo de atuação de trabalho ser desrespeitado por um livro que distorce a história a pautar políticas do presente não é só o problemático é perigoso e abre brecha para muita injustiça até porque no fim das contas no livro está fazendo
a mesma coisa que ele critica em autores do passado quer distorcer a história para defender as suas pautas políticas quando a gente está interessada em de fato fazer uma história em que busca no passado exemplos para as nossas lutas hoje no presente a gente não vai valorizar a exploração evidentemente vamos valorizar aqueles que lutaram contra ela mas não podemos projetar nessas lutas feitas lá no passado os nossos valores atuais nós temos que entender como aqueles homens e aquelas mulheres com uma súcia o cabedal cultural com os seus projectos lutaram com a com as adversidades ea
opressão que eles enfrentavam naquele momento é assim que a gente aprende uma lição na história e não é transformando aquelas pessoas naquilo que a gente projeta sobre elas quando se fala em história o público geral sempre pensa as coisas em termos de fato emtu verdade ou mentira certo ou errado sempre dentro de uma lógica de oposição só que na história não é bem assim que a gente trabalha há mais de um século é de conhecimento comum dentro do campo da história aqui essa área de conhecimento e 'lacuna' ou seja tem lacunas buracos pontas soltas porque
dizem que muita coisa do passado não pode ser descoberta tem coisas que a gente nunca vai ficar sabendo porque é impossível outros a gente até pode descobrir mas até que se descubra a gente só pode fazer suposições só que as posições de historiador não pode vim do nada não pode ser baseado no que ele quer ele precisa se sustentar em evidências fontes reflexão que é importante falar disso porque o público geral como eu disse que é sempre saber as coisas em termos de é ou não é mas não está podem saber como se descobre que
uma coisa é ou não é e é nesse ponto que eu quero explicar para vocês como agente da história trabalha com a questão da hipótese aqueles de vocês que estão mais acostumados com o método científico em geral vão entender com mais facilidade vamos porque você tem uma dúvida sobre alguma coisa do passado que a gente não sabe para tentar dar uma resposta a essa dúvida você precisa de provas e evidências só que como eu disse nem sempre você tem essas provas às vezes tudo que você tem são alguns indícios algumas evidências que ajudam mas não
são conclusivos então na situação dessas você usa as evidências que você tem e a partir da teoria e da metodologia que foi desenvolvida durante décadas sobre aquele assunto você é bom na hipótese para responder àquela pergunta só que não basta apenas formular uma hipótese ela precisa fazer sentido para os seus pares ou seja outros historiadores historiadores precisam analisar a sua hipótese e ver se ela faz sentido porque eles podem ter conhecimentos que você não tem e que invalidam o que você está argumentando que existem evidências de que a sua hipótese não é forte o bastante
o idelos fazer é recuar a abandonar a hipótese e aí reside um dos maiores problemas dos guias do nóqui ele apresenta hipóteses cujas evidências às vezes são muito muito fracas e academia vem e explica por que ele não pode argumentar o que ele argumenta e do jeito que ele argumenta um bom cientista social um acadêmico deveria retroceder repensar a hipótese de ser mais responsável com que ele está escrevendo o que na rock faz continua defendendo a hipótese ruim e tenta tirar o crédito de quem discorda dele como se fosse um bando de esquerdista incomodados com
uma bala na sua hegemonia e isso é uma escolha profissional ele criou essa imagem de caçadores de mitos inclusive esse era o apelido que ele carregava quando trabalhava para a revista veja e para sustentar esse personagem lucrativo que dá ele dinheiro pelos projetos que ele participa e credibilidade entre alguns nichos da população que busca um pretexto para combater políticas públicas baseadas em história ele precisa manter o personagem negar todos os acadêmicos que apontam que o trabalho dele é mal feito e não se sustenta quando você defende uma hipótese que não só não é consenso como
ainda por cima a maior parte da academia rejeita você tem que ter a humildade de não ver isso como uma verdade que foi escondida das pessoas como ele faz e ele faz isso porque é uma estratégia de marketing para continuar vendendo livro bom é um movimento um round com um na academia também é s com o passar das décadas novas perguntas surgem na cabeça dos pesquisadores e é natural que temos critérios antigas sejam sejam revistas e sejam advogados confrontados o implementadas ou mesmo descartado e eu acho que tem um certo um certo déjà visão do
problema desse revisionista é com é um certo desânimo e polêmica ele tenta polemizar com com essas teses que já estão estabelecidas mas não polemizar com sentido de buscar a maneira somos ou buscar evidências novas para contra curu o que esteja a colocar dinheiro assim o passo seguinte é dizê que a liberdade não importa e que esta é uma reivindicação de direitos clássica do movimento negro né ele projeta isso para dizer que as escravas lutavam para ter escravos elas queriam a liberdade e ao serem fofocas alforriados elas tinham escravos então que subir na vida era ter
escravos entrou na generalização em relação à experiência a da alforria e das mulheres forradas em especial das mulheres menina que de fato tinha escravos em cima numa lógica africana da áfrica ocidental e de formação que é muito diferente é da posse de escravos que qualquer senhor de engenho tinha por exemplo naquele mesmo período mas essa informação é pensada para dizer que todo mundo queria ter escravos e que portanto a escravidão era generalizada e que lutam pela liberdade não importa e que portanto lutar por direitos não importa e que portanto o movimento negro tem pautas a
erradas ao fazer reivindicações políticas então passo a passo a história é arregimentada os dados históricos são arregimentados para d mostrar uma posição que é uma posição política atual então não é um trabalho de história é um trabalho de defesa de posições políticas na minha opinião bastante conservadoras encontra mobilizações sociais de populações como no caso dos negros é que reivindicam direitos com justiça eles fazem essas reivindicações no mundo contemporâneo é um revisionismo que tenta é manipular uma certa ideologia política que existe em nosso cenário certo conservadorismo é para dizer que bom essas teses antigas elas a
contaminar a sociedade de uma certa forma que ambos tinham determinado viéis e agora a gente parte de um viajante completamente diferentes vamos tentar contrapor as suas teses com um simplesmente ideologia esse é o grande problema deles não estão trazendo elementos novos não estão trazendo a vestígios novos pra explicar como nos antigos o contraponto é antiga e isso vale coloque isso vale pra diversos livros que os utilizados foram publicados sobre por exemplo está dando militar brasil que tem também um movimento é um momento se sentir num momento a actuar discutir liberdade discutiu com esse método mais
um movimento que está tentando o acerto dessa ideológico é porque a força e também se aproveitam de um mercado editorial está crescendo as pessoas fomos livros exibição circuito faz a história ela é uma um ofício que lida com a interpretação e ela lida com interpretação de muita gente diferente gente socialmente diferente culturalmente diferente então se o historiador a chata isso e constroem o seu próprio discurso que ele está fazendo não é história é a construção de um discurso ideologizado é páramo demonstrar uma tese outras profissões fazem isso os historiadores não os historiadores vão buscar os
conflitos nos embates e disse que se está a rejeição acadêmica o trabalho do rock não acontece por inveja por ideologia mesmo que a gente possa apontar os que rejeitam o trabalho dele por esses motivos em geral o maior problema do trabalho deles são falhas teóricas metodológicas de lógica histórica em certa medida de falta de ética tem muitos trabalhos de história escritos por jornalistas do brasil especialmente de história negócio em geral a academia costuma reclamar da qualidade de muitos desses livros mas normalmente essas obras costumam ter boa intenção mesmo quando eventualmente tem alguns erros ou haja
ali uma falta de análise isso acontece normalmente por uma escolha profissional de achar que fazer de outra forma vai gerar uma narrativa mais engajado em uma leitura mais agradável para o público para isso eu acho que esses dias têm uma importância grande porque eles circulam e então eles têm eles chegam às pessoas eu acho que quando as pessoas estão lendo esses livros mais exatos que as escolas possam ser eu acho que é importante é os vereadores professor de história os acadêmicos de todas as áreas sabendo que as pessoas estão lendo e procurar debater o que
as pessoas estão lendo o pior seja pela pior que seja um de nós tem que ser discutido no congresso devem ser descartados como besteira o carinho e tudo mais não acho que o papel do agente enquanto o pesquisador é entender que essa produção ela tem um lugar inédito leal pede a rose bay bastante mas ela precisa problematizado precisa ser discutida para que as pessoas entendam que de fato não estão lendo seja que num mundo nós mas no caso dos guias incorretos e sim é desse jeito que nos chama a coisa é muito mais séria e
muito mais grave este livro não respeita o nosso campo não respeitar nossos profissionais não respeita a nossa profissão dez anos se passaram desde que o primeiro livro dessa série foi lançado e nunca houve um esforço coordenado dos colegas historiadores historiadores para rebater esses livros demonstrar com pesquisas sérias aprofundados todas as lacunas desse livro nós tivemos iniciativas individuais é verdade porque não iniciativa conjunta de peso especialistas das universidades por quanto tempo mas nós vamos ignorar esse tipo de iniciativa e ficar dentro da universidade reclamando das distorções e às vezes até das falsificações históricas sem fazer nada
a respeito olha quantos professores especialistas nos assuntos que o valor que aborda nós temos no brasil porque nós nunca tivemos uma resposta à altura algumas pessoas já escreveram artigos textos em blogs fizeram vídeos e afins com o passar dos anos mas o esforço coletivo de historiadores eu nunca vi eu penso que isso seria muito importante não só em relação aos guias mas há outras ofensivas contra a história acadêmica infelizmente me parece que agora as coisas estão começando a andar muitos projetos relacionados à história pública que estão surgindo e as universidades estão aos poucos e mexendo
quem sabe dá pra gente ter alguma esperança no futuro aos professores e pesquisadores em tudo que eu falei até aqui vamos reagir à manipulação da história ainda dá tempo [Música] só ó chamado omar chamou de beijar na boca se lembrar da bola o arqueiro já acabou [Música] ai ai ai ai se levantar dinheiro szabó erosão o i ae a erosão na bola primeiro jogam [Música] [Música] [Música] o dinheiro já para a bola e acabou [Música] usando a bola ae o primeiro szabó se levanta o primeiro jogo [Música]