a que horas ela volta é um filme de Anna muylaert de 2015 ele narra a história de Val da empregada doméstica e o reencontro dela com a filha que não vi antes porém o filme faz uma profunda ferida na carne das relações sem escravagistas do trabalho doméstico o filme Antes de tudo sobre arquitetura o principal cenário dele é a casa da família de classe média alta e todas as relações são sintetizadas e concretados nos Espaços da casa a espaços exclusivos para empregada e espaços que ela não pode ter acesso e nos filmes e novelas sempre
vemos a visão da sala de estar ou de jantar para cozinha já que o filme é sobre a visão da cozinha para lá há uma Divisão muito clara e vao acaba aprendendo que o limite dela é Ale é do filme vencedor do Oscar de 2020 parasita temos uma versão disso onde vemos que as pessoas pobres e as pessoas ricas são separadas por linhas compostas no cenário uma metáfora para o conflito de classes e O porém o meio arquitetônico mais potente que Anna molar usa é o quartinho da empregada uma herança colonial que poucos países no
mundo tem um deles é o Brasil eu sou Robert eu sou o Rômulo e esse é o Odisseia Espacial e E aí [Música] E aí e o quartinho de Empregada é uma versão moderna da Senzala o espaço pequenos confortável em lugar de moradia para os empregados da casa a função dele é prender a empregada no trabalho e facilitar a exploração sendo que ela fica 24 horas por dia à disposição dos patrões sem separação do que a vida profissional e pessoal o quarto de empregada a um problema social e arquitetónica pois as plantas dos apartamentos e
casas de classe média são feitas já incluindo esse como enquanto olhando pela ela melhora Habitacional da Caixa o apartamento Vila Mar calorosa su Ventana são mínimas ou inexistentes incômodo que nego uma vida social e relega a pessoa a uma condição de semiescravo é bem 2013 quando foi aprovada a PEC das domésticas a classe média ficou chocada até que apenas garantir um pouco de direito trabalhista para empregadas domésticas e tirava o emprego da sombra da informalidade o choque foi reconhecer a função com o trabalho em uma sociedade que enxerga o serviço doméstico como algo menor e
sem honra em algumas famílias de classe média não conseguiram ficar com empregada em tempo integral e com políticas sociais de anos anteriores algumas empregadas domésticas puderam sonhar com algo além da quente e esse foi o terror da classe média perder a empregada particular e pessoal dela não poder contar com uma cena escrava no filme que horas ela volta nós temos a empregada vao sendo considerada da família uma frase que já se tornou Clichê quando se fala no serviço das domésticas a diretoria motorista não retrata a patroa como uma vilã de novela ela não é agressiva
foi empregada não é arrogante e nem abstrata ao contrário era sempre fala por favor obrigada chama de amor e de querida tá bom Obrigada amor aqui chega cedo segunda tá E aí que a crítica é tecida com mais complexidade seria muito fácil estar contra a patroa se ela fosse simplesmente mar a escolha de Anna muylaert na abordagem demonstra uma passivo-agressividade vinda das classes dominantes ela mostra a arrogância delas ao mesmo tempo que tentam se colocar como salvador as e a personagens de Dona Bárbara gera a identificação das patroas de classe média que se acham totalmente
boazinhas e acham que estão fazendo sempre um favor para as empregadas depois é apenas evidenciados os preconceitos dela ela diz muito sobre feminismo burguês que pregam que as mulheres estão cada vez mais não poder mas que mulheres a mulher branca de classe média alta Talvez sim é uma emancipação que essas mulheres não precisem ficar relegados apenas ao serviço doméstico como uma forma de opressão machista porém acaba que esse serviço é passado para mulheres pobres pretas e Nordestinas na verdade a escala da dominância permanece a mesma em toda essa estrutura vigente de classes começa a ser
questionada No filme quando Jéssica entra em cena a filha que vão não criou porque estava ocupada criando o filho da patroa ela chega na casa e como pretende cursar arquitetura sempre pergunta sobre a estrutura sobre a planta e comenta sobre os cômodos é uma forma metafórica que o filme utiliza para se ligar as críticas que ela faz sobre as condições de tratamento da própria mãe ela é a primeira acharam absurdo que walmoli no trabalho e também as condições do Kuarto de Empregada ela tenta romper as barreiras das taxas e impostos simplesmente por sem conhecer como
igual aos mais ricos ela cruzem sempre a linha da porta da cozinha lugar ao qual sempre tentam empurrar presta atenção para deixar ela da porta da cozinha para lá Jéssica 30 analisar a planta da casa de uma forma como se tentasse enchergar as e sociais do conflito de classes e ela pega essa planta para o seu Carlos que demora achar porque a planta está esquecida é muito antiga pois essas relações entre as classes sociais entre empregados e patrões a exploração jante é estruturada na sociedade quando Jéssica chega invadindo esses passos a estrutura é abalada ela
entra na piscina que a estrutura máxima sobre o lazer o Pobre não tem direito ao lazer Val por anos Ficou ali na beira da piscina mas ela só podia trabalhar mesmo que fosse da família como eles gostam de falar e qual era da família apenas até a paz não ela nunca aproveitou dos benefícios de ser daquela família seja comer a mesma família frequentar a mesma festa ou nadar na mesma piscina ela só era da família por ser uma forma de manipular o sentimento dela explorada de maneira diferente ela não se importaria em fazer mais do
que o próprio trabalha se fosse para o filho dela ou para amiga dela mas aquelas pessoas são a família dela são empregadores o que ela faz não é um favor não é afeto é uma profissão e deve ser valorizada como tal é um filme sobre mulheres e suas lutas os homens que vemos são apenas crianças mimadas Seu Carlos é um homem fraco de corpo e alma ele se encanta com a chegada de Jéssica quase como se fosse um vampiro que sugam a juventude ele tem uma abordagem para ter uma bizarra pois se trata quase como
um fetiche Não é questão de ajudar uma garota mais pobre ele quer ensinar ela como se fosse um professor ao mesmo tempo que ele também fez xixi Isa a independência de Jéssica e cair do mar assim dependência ele é um assediador e tenta passar uma impressão de coitado na estrutura da casa ele faz um puxadinho para guardar suas artes e seus sentimentos mas também suas próprias violências e a que horas ela volta se tornou um dos meus filmes favoritos principalmente porque a vó lembrava minha mãe no jeito de falar nesse comportar e também na forma
de enxergar a Será que elas têm né se comportar como foi mandado ela vai acabamos achando inferiores perante aqueles seres iluminados que são os patrões pessoa já nasce sabendo o que que pode que que não podem a exploração do trabalho doméstico é uma questão de raça pois a maior parte das empregadas são negras é uma questão de região pois a maior parte do eu da região norte e Nordeste é uma questão de gênero pois quase cem porcento das empregadas são mulheres cada uma dessas particularidades trazem os preconceitos autônoma e quando pensamos sobre uma empregada no
México que não pode tirar a própria filha para criar o filho Oleiro podemos citar milhões de casas faz um recente que vem à mente ela da empregada que foi levar o cachorro da patroa para passear e a patroa não ter um mínimo de humanidade para prestar um pouco de atenção no filho da empregada e a criança morreu quando falando sobre o assédio moral e sexual que as domésticas sofre existem milhões de casas mas me lembro de um vídeo compartilhado de uma entrevista lá pelos anos 90 na qual o jornalista Pedro Bial Pergunta para o cantor
Roberto Carlos se ele perdeu a virgindade com empregada como se aquilo fosse normal e fosse parte do trabalho delas E como foi a sua iniciação sexual foi com uma prostituta ou com empregada entender o brasileiro quando falamos sobre o quarto de empregada e o direito dela de viver fora do trabalho em neve estava no lembrar do Recente caso do marido da Ivete Sangalo que colocou a culpa na cozinheira pela família ser contraído convide Ele demonstrou descontentamento com a questão de ela trabalhar lá e voltar para casa o mais Irônico é que ele disse isso durante
uma conversa com Regina Casé que interpretou oval em que horas ela volta dessa relação ao convide é que vemos que uma das primeiras mortes causadas pelo vírus no Brasil foi de uma empregada doméstica que contraiu o vírus da patroa Vivemos em uma época na qual tentam a todo o custo desmontar os direitos trabalhistas EA classe das domésticas que conseguiu há pouco tempo alguns direitos já é ameaçada com aplicativos de ser os médicos que pagam menos de uma passagem de ônibus para trabalhadores apesar da PEC das domésticas mais de setenta por cento das empregadas domésticas ainda
são informais os ricos lutam por isso exploração o Ministro da Economia até fez um elogio a alta do dólar porque segundo ele até empregada estava indo paradismo o quarto de empregada é uma Senzala que permanece na estrutura da nossa sociedade um legado escravocratas de submissão E domínio no filme Jéssica quer fazer a arquitetura quer desenhar os projetos de casas com certeza em seus projetos não terá o quarto de empregada é sobre uma luta tudo uma representação do quartinho é na sociedade a exploração essa é uma esperança dos Pobres poderem redesenhar esse projeto de sociedade retirar
dele a exploração tirar o quê a empregada e [Música]