em 65 anos muita coisa aconteceu vi professores advogados Engenheiros médicos e tantos outros profissionais construírem suas carreiras e usarem seus conhecimentos para transformar a sociedade nós celebramos você a sua história e a de todos que construíram esta Universidade sua universidade a Universidade dos seus avós dos seus pais dos seus filhos e netos a reverencia o passado vivencia o presente e prepara o futuro é ensino razão e esperança é conhecimento a serviço da vida Goiás há 65 anos dando razão a esperança muito boa noite a todos todas sejam todos todas bem-vindas bem-vindos esta é mais uma
atividade do 10º congresso de Ciência Tecnologia e inovação da P Goiás e nós eh realizaremos uma atividade proposta pela escola de Ciências Sociais e da Saúde eh e do curso de psicologia essa noite nesse momento nós iniciamos uma mesa sobre cuidados paliativos uma boag integrada e interdisciplinar a posição do Estado de Goiás nesse cenário e para tal nós temos o prazer de receber eh inicialmente a professora Mariana sarquis eh professora Mariana sarquis ela possui graduação em psicologia pela Faculdade Rui Barbosa é terapeuta familiar sistêmica pelo Instituto humanitas de Salvador é especialista em psicologia hospitalar pela
Irmandade de Santa Casa de Misericórdia de São Paulo especialista em luto pelo Instituto Quatro Estações de Psicologia mestre em psicologia Clínica no núcleo de família e comunidade também pela PUC de São Paulo é psicóloga atuante na área Clínica hospitalar com experiências vastas na área de pronto socorro UTI oncologia cuidados paliativos e atendimento domiciliar realiza treinamento de comunicação por meio de simulação realística e aulas sobre luto e cuidados paliativos é coordenadora do serviço de psicologia do Hospital Paulistano e líder do programa de cuidados paliativos do mesmo hospital é supervisor e docente do curso de especialização eh
de luto também do Instituto Quatro Estações de psicologia e docente do curso de pós-graduação em cuidados paliativos do Hospital Israelita Albert Einstein é membro da academia Nacional de cuidados paliativos da Regional São Paulo aproveito também para apresentar a nossa querida professora Jaqueline Andrade Amaral mestre em psicologia pelo programa de pós-graduação em psicologia da faculdade de educação da Universidade Federal de Goiás possui graduação em psicologia pela pontifícia Universidade Católica de Goiás ex eh ucg e psicóloga na qu Clínica eh interdisciplinar especializada em D atualmente é presidente da Sociedade Brasileira de psicooncologia Regional Goiás membro da sociedade
internacional de psicooncologia da ipos facilitadora da franquia social dec café Goiânia eh e psicóloga da área técnica do Conselho Regional de Psicologia da nona região atua nas áreas de Psicologia clínica Saúde hospitalar e cuidados paliativos com ênfase em psicooncologia atuando principalmente no seguintes temas psicooncologia luta e perdas terminalidade cuidados paliativos qualidade de vida intervenções e grupos e ministra palestra em diversas universidades e expõe em diversos congressos científicos após a exposição das professoras Eu também farei a minha participação eu sou Sebastião Benício Costa Neto psicólogo da PUC eh Desculpe professor da PUC eh Nais psicólogo da
do Hospital Universitário da Universidade Federal de Goiás EBC e também colaborador da Associação Brasileira de ensino de Psicologia minha trajetória também é no campo da psicologia da Saúde então sem mais delongas com muito prazer eu vou passar a palavra para professora Mari Olá boa noite a todos Primeiro quer Agradecer o convite de estar aqui com vocês eh muito gratificante a gente poder falar de um tema que a gente Tem trabalhado muito junto ao comitê de psicologia da academia Nacional de cuidados paliativos em várias regionais aí né vários a gente tem feito aí um trabalho junto
aos conselhos regionais de psicologia e Goiás também tem tem dado essa entrada conosco junto com a Jaque e outros colaboradores eu vou est aqui eh só compartilhando a minha ela vamos ver se eu consigo mas a gente já testou e deu certo vocês só me avisam se vocês estão vendo por gentileza Ahã está compartilhado ah perfeito a minha hoje eu e a JAC a gente vai fazer uma uma apresentação em conjunto falando um pouco sobre o que são os cuidados paliativos eh pensando um pouco do trabalho da Psicologia nos cuidados paliativos trazendo as especificidades hoje
que o psicólogo paliativista tem dentro da sua área de atuação E também o cenário do Estado de Goiás Nesse contexto A ideia é que a gente possa a depois tá discutindo mais à frente o que a gente for trazendo tem um espaço mesmo de troca né então a gente começa com essa informação que é do Ministério da Saúde que é 625.000 pessoas no Brasil precisam de cuidados paliativos quase 34.000 crianças e cerca de 59180 adultos né então só pra gente entender quantas pessoas de fato precisam de cuidados paliativos e a gente pensar será que todas
essas pessoas de fato tem acesso aos cuidados paliativos e aí a gente entender a gente achou interessante trazer a definição de cuidados paliativos para que todos Fiquem na mesma página e a gente até desmistificar a ideia de Que cuidados é quando não tem mais nada para fazer ou alguém que tá morrendo né então de acordo com a Organização Mundial de Saúde o cuidados paliativos é uma abordagem da Medicina que vem para melhorar a qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças crônicas progressivas ameaçadoras à Vida e a gente fala muito sobre prevenção
e alívio de sofrimento e de não olhar só o sintoma físico mas a gente também também conseguir avaliar identificar sintomas psicológicos sociais e espirituais então isso né exige o trabalho de uma equipe né uma equipe que possa estar Atenta às necessidades do paciente de seus familiares em cuidados paliativos a gente sempre vai estar falando de cuidar da unidade de cuidado indivíduo doente e familiares né e diante dasas a gente fazer um plano de cuidados que sempre deve ser revisitado a gente entender que as necessidades são essas que sintomas são esses Fazer uma avaliação o tratamento
de dor e outros sintomas como eu falei não só de ordem física mas psicossocial e espiritual dentro dos cuidados paliativos a gente entende o eh essa questão da discussão sobre objetivo de cuidado e objetivo de tratamento é uma parte dos cuidados paliativos né o processo de morte ele é uma parte dos cuidados paliativos mas ele não é igual a cuidados paliativos então aqui a gente tem uma um gráfico que ilustra um pouco pra gente entender então vamos dizer que a gente tem aqui o início aqui do lado esquerdo do gráfico o início de uma doença
crônica progressiva e que pode ser ameaçadora a vida então vamos pensar num diagnóstico oncológico a gente começa o tratamento curativo que é o tratamento que pode modificar a doença ou controlar a doença e junto com ele a gente deve começar o tratamento paliativo no sentido de a gente conseguir tratar dos sintomas aliviar os sintomas que podem vir tanto do tratamento quanto da doença ao longo do tempo pode ser que o tratamento curativo ele não esteja nem controlando e nem modificando a doença e aí os cuidados paliativos vão ganhando mais espaço no sentido da gente entender
Quais as necessidades e o que a gente pode melhorar na qualidade de vida do indivíduo e da sua família ao longo de todo o processo de adoecimento a gente pode discutir com o indivíduo doente o que que é importante para ele no seu cuidado e aí a gente fala sobre objetivo de cuidado onde a gente vai vai Tá acessando os seus valores desejos e preferências e a gente também vai estar discutindo objetivos de tratamento né que são que aí tem a questão técnica hoje a gente fala em cuidados paliativos em tomada de decisão compartilhada onde
a gente levanta as opções de tratamento disponíveis e as consequências desses tratamentos em relação aos desejos e Valores do indivíduo doente então hoje a gente vai ter uma medicina baseada em evidência científica junto com uma medicina baseada em preferências e valores a gente vai juntar as duas coisas e essa conversa essa discussão o amadurecimento sobre essas decisões ela pode ser feita ao longo de toda a trajetória do adoecimento a gente pode ter aqui o processo de morte a gente entende que doenças crônicas as pessoas não morrem de uma hora para outra elas vêm num processo
aí de morte e os cuidados paliativos também prevêem um suporte ao luto após o óbito do indivíduo doente um ponto interessante também que a gente comenta é que o luto ele pode começar no diagnóstico de uma doença crônica progressiva e ameaçador a vida então ele pode começar aqui porque a gente pode ter as perdas relacionadas ao adoecimento que podem ser perdas simbólicas perdas reais perdas transitórias ou perdas permanentes E aí a gente tem por exemplo a perda do meu lugar seguro no mundo essa é uma perda simbólica né eu posso ter a perda da minha
da minha saúde Isso é uma perda real eu posso ter que fazer uma mastectomia bilateral E aí eu tenho uma perda real Mas isso pode ter uma repercussão por exemplo no meu feminino e isso também pode trazer uma perda simbólica sempre quando a gente falar de perdas relacionadas ao adoecimento a gente também vai est falando de significado porque talvez o que para mim é considerado uma perda não necessariamente é pro outro Depende muito do significado que eu dou para essa situação eu sempre dou um exemplo uma vez uma paciente que eu acompanhei aqui eu dou
alguns exemplos né do meu dia a dia acho que ilustra bem e eu mudo algumas informações para que não haja identificação Tá bom mas eu tava eu atendi por 10 anos dentro de um ambulatório de cuidados paliativos era um atendimento médico de psicologia em em conjunto Era bastante interessante e chegou uma paciente com câncer de pâncreas há 4 meses e ela vem por uma dor de difícil controle ela vem junto com uma filha e aí ela vem toda arrumada tava maquiada com prótese capilar brincos tava cheirosa enfim e aí a gente sempre pergunta né assim
quem é você conta sobre você e ela contou sobre ela num dado momento a gente fala você pode contar um pouco sobre o processo de adoecimento E aí ela conta que em em 4 meses ela perdeu 30 kg e ali olhando aquela senhora ela devia ali pesar antes Uns 90 kg ela devia estar com 60 kg Então você olhava ela falava assim nossa ela tá super bem e aí né A gente pergunta num dado momento e como é que você como é que tá sendo esse processo do adoecimento para você e ela poderia falar sobre
diversas coisas sobre o tratamento sobre a perda do cabelo sobre a dor de difícil controle sobre a própria questão da finitude e o que ela trouxe foi sabe Mariana tô me sentindo muito mal porque a vida inteira eu fui aquela pessoa que fui acima do peso pros padrões normais da sociedade mas é assim que eu me reconheço é assim que eu me gosto e hoje quando as pessoas me olham elas falam Nossa como você tá bem você tá até mais bonita e ela fala assim mas não é assim que eu me gosto e aí ela
pega uma série de fotos dela de como ela era antes para me mostrar isso pra gente entender que as perdas relacionadas ao adoecimento elas vão ser de caráter subjetivo e individual e sempre que acontece um processo de adoecimento a gente até fala né cada um de nós se relaciona com o mundo de uma forma estabelece relações de uma forma tem as suas próprias crenças em relação ao mundo e como ele funciona e aí vem um processo de adoecimento e muitas vezes ele coloca em cheque tudo aquilo que a gente acredita sobre como a gente funciona
e as nossas próprias estratégias de enfrentamento né que a gente fala sobre uma quebra do mundo presumido quando a gente pensa aí na teoria do apego de bobb E aí a gente tem que entender que cada pessoa vai lidar com essas perdas e com esse processo de abelecimento de uma forma individual subjetiva singular e é que é muito importante que a gente não tenha regras para isso e que a gente possa respeitar as pessoas né Tanto Em relação aos seus desejos preferências sobre o que elas querem como elas querem falar sobre o adoecimento se elas
querem e como elas querem participar das decisões sobre os seus cuidados e aí a gente entender que o cuidados paliativos ele pode ocorrer na atenção primária na área hospitalar ambulatorial domiciliar e até nos hospices hospices são a gente aqui no Brasil tem poucas unidades que são de fato consideradas hospices mas que são CL que tem a esse perfil de cuidar de pacientes em cuidados paliativos o que a gente acaba tendo muito no Brasil ainda são clínicas que tem um braço de longa permanência um braço de reabilitação e um braço de cuidados paliativos E aí quais
são as principais doenças com demanda de cuidados paliativos então só pra gente ter aqui uma noção de acordo com o manual de cuidados paliativos do Círio Libanês que foi aí divulgado em 2023 tá câncer 28 , 2% HIV 22,2 cérebro vascular 14,1 as demências 12,2 causas externas 6,4 pulmonares 5% e cardiológicas 2,6 e o que a gente sabe no cenário atual é que o cuidado dos paliativos ele acaba ainda hoje tendo uma inserção maior dentro da Oncologia isso não quer dizer que os outros grupos diagnósticos não precisem mas acho que a gente ainda não tem
uma entrada tão fácil como a gente tem na Oncologia hoje as principais sociedades internacionais esmo asco nccn inclusive no Brasil falam muito sobre a ideia de cuidados paliativos precoces ou cuidados paliativos integrado dentro desse contexto e até voltando um pouco nesse gráfico a gente fala sobre cuidados paliativos a vir começar junto do diagnóstico de uma doença crônica progressiva e ameaçadora à Vida e aí a gente pode pensar será que a gente tem equipe para tudo isso né tanto recursos humanos quanto pessoas aí com habilidades específicas e talvez a gente possa dizer que não o bruera
hoje vem discutindo muito a ideia de cuidados paliativos no momento oportuno mas a ideia gente aqui talvez é que todo mundo tenha na sua Filosofia de cuidado essa questão Qual é a necessidade do outro quais são as dores do outro que eu estou cuidando para que todo mundo tenha na sua Filosofia de cuidado entender as necessidades e a gente trabalhar em cima disso E aí a gente então todas as pessoas da equipe não só a equipe especializada ter este este olhar e talvez sintomas mais complexos situações mais complexas de comunicação a equipe especializada consiga dar
conta né então acho que pra gente poder discutir isso depois também mas esse olhar sobre a necessidade do outro a gente cada vez mais tem falado sobre a filosofia do paliativo ser um olhar de todos e não só da equipe especializada quando a gente fala de cuidados paliativos a gente fala sobre qualidade de vida e dignidade no processo de morrer né teve um estudo realizado em 2015 no de economist né onde eles sanaram 100 países em relação à qualidade de morte o Brasil ficou em 38º se eu não me engano e aí o que que
eles têm como critérios quando eles falam sobre qualidade eh de morte né Não sei se agora ele ficou em 38 ou 42º Mas é por aí eles fazem eles estabelecem para ver se os países eles têm políticas públicas em relação a cuidados paliativos a questão de oferta de opioides pensando aí no controle de sintomas a gente sabe que o opioide ele serve tanto pro controle de dor Quanto quanto controle de sintomas de desconforto respiratório e um dos critérios que eles utilizam também é a questão do suporte psicológico tá então só pra gente pensar um pouco
sobre isso E aí quais são alguns aspectos da assistência quando a gente fala sobre cuidados paliativos e aí que a gente possa pensar não só na assistência da equipe multidisciplinar Mas também da psicologia e acho que tem um ponto importante E que é uma especificidade dos cuidados paliativos mas que eu entendo que é uma boa prática que que toda a equipe de saúde deve ter que é a questão do trabalho interprofissional e transdisciplinar então quando a gente fala sobre equipe multidisciplinar a gente tá dizendo assim ah a gente tem vários membros da equipe Cada um
faz o seu trabalho isoladamente mas se discute muito Qual é a via de interar particulara entre as diversas áreas do Saber E aí quando a gente fala sobre a questão da interdisciplinaridade da interprofissionalidade a gente tá falando sobre trocas trocas de condutas dados métodos onde a gente possa ter uma reciprocidade onde a gente possa ter um diálogo onde muitas vezes podem aparecer opiniões divergentes e talvez isso nos traga aí qual é o melhor Cuidado para aquele indivíduo doente e para que a gente possa desenvolver essa questão da troca e cada vez mais também conseguir estar
na nossa área de saber e concomitante na área de saber do outro onde a gente fala sobre a transdisciplinaridade onde você tá na sua área do saber mas também consegue olhar pela luneta do do seu colega aquela mesma situação e discutir com ele sobre a área dele né sobre o quanto que a gente fala da transdisciplinaridade que é um ponto importante também quando a gente fala sobre aspectos da assistência como eu comentei com vocês em cuidados paliativos a gente entende que indivíduo doente família essa unidade de cuidado ambos vão precisar receber cuidado ambos vão a
gente vai precisar entender avaliar as necessidades tá existem alguns artigos que falam que avaliar as necessidades das famílias está entre os 10 marcadores de qualidade de fim de vida então hoodson e colaboradores que são australianos que falam sobre alguns guidelines relacionados a suporte ao luto falam sobre isso além disso a a gente vai ter um olhar sobre os aspectos físicos psicológicos sociais e espirituais tanto do indivíduo doente quanto da família Então tira o psicólogo né da caixinha dele de olhar só paraos aspectos psicológicos Então existe aqui um processo de adoecimento qual o estado de humor
desse individo ele compreende esse adoecimento Quais são os medos fantasias Quais são as reações emocionais são reações emocionais que são funcionais e adaptativas são disfuncionais quais as estratégias de enfrentamento existe o suporte familiar é isso que o psicólogo muitas vezes vai olhar mas a gente vai ter que olhar além A gente vai ter que olhar para também questões de aspectos físicos sociais espirituais ampliar a nossa anamnese e o nosso olhar e entender uma questão importante quando a gente fala sobre o trabalho em equipe que é sobre a interface e a interdependência de ações entre as
diversas áreas do saber da gente entender assim o que eu tô fazendo agora pode contribuir pro trabalho do meu colega o que o meu colega faz pode contribuir para o meu trabalho um exemplo clássico às vezes então pacientes por exemplo com uma dor de difícil controle pacientes oncológicos e aí o médico vai lá e prescreve morfina Ok Vira e Mexe o paciente volta no pronto socorro volta na internação porque o sintoma da dor não está bem controlado quando a gente vai ver ele não tá tomando a medicação de uma forma adequada E aí a gente
vai ter que investigar Por que que você não toma a morfina por exemplo E aí a gente vai então tem uma má adesão ao tratamento a gente tá falando de um aspecto físico Mas a gente pode pensar o que simboliza tomar morfina para indivíduo Doente ah eu vou ficar depend gente ah eu tô morrendo e aí talvez nós equipe médica Psicologia ou enfermagem e todos os outros membros da equipe podem ajudar a desmistificar essa crença e aí o indivíduo passa a ter uma adesão melhor à medicação E aí talvez tenha menos internações então da gente
sempre pensar nessa questão da interdependência a interface entre as diversas áreas do Saber emid dados parativos a gente fala muito sobre dor total né que é quando a gente é aquele a gente fala sobre né então o indivíduo tem ele tem uma dor física uma dor psicossocial e uma dor espiritual é aquele indivíduo que tá com todas as medicações otimizadas e você percebe que ele tem uma angústia que ele tem uma inquietação que ele não consegue ficar bem a gente pode pensar aí numa dor Total eu falei muito da abordagem aí interprofissional Alguns aspectos importantes
quando a gente fala de cuidados paliativos também está relacionado à comunicação né E aí hoje quando a gente fala de cuidados paliativos e pensando hoje na nossa Cultura né a gente tinha aí uma cultura paternalista e ainda temos acho que a gente tá num processo de transição e quebra de paradigma mas nessa cultura paternalista o médico diz o que deve ser feito E aí o paciente a família apenas concordam no lado oposto a gente tem hoje né O que a gente chama aí de uma cultura Consumista né um modelo Consumista o Daniel Fort fala muito
sobre isso que é como se você tivesse um cardápio e você diz assim pro paciente paraa famía o que vocês querem que a gente faça né E você só esclarece dúvidas Então E aí no meio desse caminho a gente tem hoje A tomada de decisão compartilhada que é como eu comentei com vocês onde a gente levanta as opções de tratamento disponíveis e indicados e as consequências desses tratamentos em relação aos valores e desejos do indivíduo doente e aí a equipe funciona como uma espécie de GPS uma espécie de guia Então essa questão da comunicação é
importante da gente trazer o indivíduo também como protagonista pro seu cuidado hoje a gente fala muito pensando na tomada de decisão com compartilhada no Cuidado centrado na pessoa né onde a minha decisão vai ser boa para aquela pessoa pros melhores interesses dele eh teve uma pesquisa realizada no Brasil em 2017 Brasil Estados Unidos Japão e Itália e aí uma das perguntas era assim o quanto que você acha que quem são as melhores pessoas para decidirem sobre os seus cuidados de fim de vida né e E aí assim no Brasil acho que 50 60% achavam que
era os médicos 40% paciente família e aí a outra pergunta era assim e o quanto que você acha que você tem controle sobre as suas decisões de cuidados de fim de vida e aí se lá 30% falavam assim muito pouco então a gente é uma cultura onde a gente tem trabalhado com as pessoas que elas podem participar das escolhas e das decisões sobre os seus cuidados obviamente que este não é um caminho fácil né a gente tem que oferecer um suporte a gente trabalha muito técnicas de comunicação para entender é um indivíduo que quer participar
é um indivíduo que delega paraa sua família ele quando eu delego pro outro eu tô dizendo eu não dou conta esse é o meu limite né então a gente entender Qual que é o limite do outro existe uma frase que diz Todo mundo tem que dizer tem que tem que saber o que tem mas quem vai dizer a necessidade de informação é o indivíduo doente um aspecto da comunicação também que a gente trabalha é a comunicação de Notícias difíceis quando a gente de fato vai decidir aí sobre objetivos de cuidado e tratamento e o treinamento
disso em relação aos profissionais de saúde e a psicologia está inserida dentro disso também hoje quando a gente fala sobre fazer reuniões familiares então a gente envolve paciente ou familiares pra gente discutir né as aspectos do tratamento a gente sempre fala e a literatura traz isso é importante que não esteja só o médico que esteja o médico e outros outras pessoas da equipe para que quando a gente traga as nossas recomendações de cuidado isso não pareça que é uma decisão Dom médico mas uma decisão da equipe E aí dentro dessa questão da comunicação tem o
planejamento antecipado de cuidad os cuidados de fim de vida onde a gente também vai estabelecer o plano terapêutico e o plano de cuidado que sem sempre deve ser revisitado E como eu falei para vocês o luto ele pode começar dentro a partir do diagnóstico de uma doença crônica progressiva e ameaçador a vida e aí é nosso trabalho enquanto equipe e não só da psicologia e a gente tem falado muito sobre isso na academia o suporte ao luto durante o processo de luta antecipatório hoje eh a Marília Aguiar a glácia Tavares a Maria Elen Pereira Franco
também vem falado sobre a questão do luto total que não diferencia o luto antecipatório do luto depois da morte né E a gente vai discutindo agora isso na academia e pensar que essa questão de tomada de decisão de envolvimento do indivíduo sempre vai ter que ser baseada em princípios éticos então a questão da bioética hoje é muito presente nos cuidados paliativos e uma especificidade muito importante relevante e por isso que cada vez mais a gente traz que o cuidados paliativos dizer a psicologia paliativista tem que ter aí o seu lugar dentro dos nossos conselhos regionais
como uma especialidade por conta de tantas especificidades que a gente acaba tendo que vai além aí do trabalho da Psicologia em saúde e aí a prática dos cuidados paliativos né e pensando na psicologia O que que a gente faz eu vou aqui trazer alguns pontos eh sebasta depois se quiser ir me falando um pouco sobre o tempo mas eu e a já que a gente tá aqui aqui organizada então o que que a gente faz acolhimento do paciente da família avaliação do sofrimento físico emocional social espiritual como eu falei para vocês a gente sai da
nossa caixinha de só olhar pro aspecto psicológico avaliação de risco psicológico do paciente e da família a dinâmica psíquica a história pregressa tanto relacionada à saúde mental como de perdas e estratégias de enfrentamento trabalhar os recursos adapta iOS estratégias de enfrentamento a gente avaliar identificar fatores de risco e proteção para luto complicado dentro do processo de luta antecipatório e isso toda equipe pode fazer né com treinamento fora do Brasil isso é muito comum ainda que no Brasil acho que a psicologia ainda faz mais isso e a gente precisa de fato de treinamento mas a ideia
quando a gente fala sobre avaliação de fatores de risco e proteção de luto complicado não é patologizar o luto mas é a gente se an ver a possíveis desorganizações no processo de luto fazendo intervenções e encaminhamentos precoces tá avaliar a rede de apoio e identificar e intervir em crises secundárias ao adoecimento além disso né só vou passar todos que fica mais fácil favorecer aí né A questão da compreensão diagnóstica e prognóstica a aceitação sobre o processo de adoecimento e finitude facilitar a comunicação do paciente família e equipe fomentar esse processo de decisão compartilhada entender o
quanto que esse indivíduo quer ou não participar dessas decisões não é porque ele não quer num momento que ele não vai querer em outra e da gente estar bem atento a isso realizar intervenções junto à equipe manejo do sofrimento realizar e promover ações psicoeducativas com paciente família e equipe tanto relacionadas à estratégias de enfrentamento autocuidado com esses familiares que muitas vezes a gente identifica eh sintomas de estress do cuidador a própria equipe que a min equipe que são profissionais de saúde que estão muito acostumados a estar no lugar de promover cuidado e às vezes não
identificam os seus limites técnicos e pessoais e de quanto é importante a equipe também parar e olhar e entender Qual é o limite e o seu autocuidado a questão também do próprio luto não reconhecido da equipe como a gente pode trabalhar isso trazendo essa permissão a psicologia também pode trabalhar nessa construção de significado né Então as perdas relacionadas ao processo de adoecimento tanto para indivíduo doente quanto paraa família são lutos em vida e esses lutos de alguma forma podem favorecer a construção de significados do durante esse processo né a gente também trabalha nessas discussões com
equipe entendendo Qual que é o melhor intervenção para aquele indivíduo e também identificar avaliar e intervir no sofrimento espiritual existencial e social e a necessidade de se trabalhar em equipe e aqui a gente tá falando o tempo todo sobre equipe E aí a gente pode ter equipes que TM médico psicólogo assistente social assistente espiritual enfermeiro nutricionista fisioterapia fisioterapeuta fono e a gente pode ter equipes mais enxutas e eu falo para vocês existe o modelo ideal e existe um modelo possível mas não é porque não é o ideal que não é possível fazer porque eu já
vi muitas equipes que tem todos esses profissionais e que também não conseguem fazer cuidados paliativos né nesse sentido de qualidade e entender a dor do outro então só paraa gente pensar sobre isso e também conhecer as escalas de avaliação e cuidados paliativos diferentes especialidades a gente tem escalas para avaliação de sintomas a gente tem escalas para avaliação de sintomas psicológicos então no hospital muitas vezes a gente usa a escala rá que é uma escala hospitalar para avaliar tendências de ansiedade e depressão a gente tem escalas para avaliar funcionalidade a gente tem escalas para avaliação eh
do aspecto espiritual como fica então a gente conhecer e mais do que conhecer identificar e saber como usar os dados dessas escalas é bastante relevante e aqui ainda um pouco mais do que a gente faz realizar e realizar a avaliação e intervenções junto Aos familiares favorecer a saúde do cuidador como eu falei quando a gente tem aí a gente não precisa chegar né nessa situação de stress do cuidador mas de que o autocuidado do cuidador seja algo contínuo né avaliação intervenção no processo de luto antecipatório ou luto não reconhecido Então não é porque o meu
pai tem 100 anos que dói menos não é porque o meu marido está 8 anos doente que dói menos né e a gente poder reconhecer isso e a validação da dor do outro é um fator de proteção para luto complicado né o cuidado ao luto dos familiares no processo pós-óbito a gente tem discutido muito na academia Nacional de cuidados paliativos essa questão de diretrizes de suporte tem lutado envolvendo toda a equipe e não só a psicologia porque a equipe ela pode estar presente por exemplo na realização de rituais rituais que podem ser religiosos ou não
mas rituais que são importantes pro fechamento desse ciclo a equipe pode favorecer a realização de despedidas que também são importantes pro processo de luto né a equipe ela pode também trabalhar no controle de sintomas uma coisa eu ver meu familiar falecendo ãã de uma forma tranquila digna e que eu sinto que tudo que ele pde ele recebeu o melhor cuidado outra coisa eu senti que o meu familiar não foi bem Cuidado isso pode virar uma pendência no processo de luto a própria comunicação lembrar que a nossa narrativa também favorece a narrativa do paciente da família
o que a gente fala eles também prestam paraa narrativa dele e isso pode tanto ser um fator protetor como não pro processo de luto a depender do que a gente fala e como a gente fala Pode ser iatrogênico né Nós também participamos aí das questões de ensino pesquisa e educação continuada em cuidados paliativos porque a ideia não é que só a equipe especializada entenda sobre cuidados paliativos mas que também as pessoas que trabalham conosco de outras equipes entendam o que a gente tá fazendo entendam os nossos objetivos para que a gente possa trabalhar em parceria
né e investir na formação especializada e educação continuada Então tudo isso né a gente faz enquanto psicólogos em cuidados paliativos falei também aí sobre a manutenção dos espaços de autocuidado pro próprio psicólogo supervisão e terapia e aí a gente chega num ponto que aí a gente tem uma discussão hoje que a gente vai poder abrir para vocês olha quanta coisa a psicologia paliativista pode atuar o quanta coisa hoje a psicologia em cuidados paliativos ela já faz né E aí a gente entende que assim hoje ainda não existe um reconhecimento nem de área de conhecimento e
muito menos de especialidade mas a gente tentou trazer aqui de uma forma sucinta a complexidade do que é trabalhar em psicologia em cuidados paliativos né e a ideia de ser uma especialidade de ser reconhecida como tal é que a gente não é c sear o conhecimento então só vai trabalhar em cuidados paliativos quem tem o título ou a especialização mas mais do que isso chegam pra gente muitos muitos alunos mesmos que falam eu quero trabalhar em cuidados paliativos mas eu quero trabalhar com ética e com qualidade Qual é o caminho que eu devo seguir então
vem muito mais no sentido de trazer orientações com bases éticas e critérios mínimos porque a gente se a gente não tiver uma boa formação dos Profissionais de Saúde a gente pode causar aí algumas iatrogenias né Essa questão do modelo de tomada de decisão compartilhada colocando o indivíduo no centro do cuidado né ele podendo participar é algo muito novo e que a gente precisa trabalhar muito indivíduo e também pensando sempre com base em questões bio éticas né em cuidados paliativos a gente vai a gente tenta e a gente vê que hoje não existe ou pelo menos
a gente tenta difundir que não existe tanto aquela hierarquização da área da saúde onde o médico fala e e a gente respeita tudo que ele fala ele fala mas os outros membros também podem falar existe mais uma horizontalidade onde as pessoas TM a sua oportunidade de participação existe uma escuta sobre isso e essa também acho que é uma complexidade importante que não envolve só maturidade mas formação né E aí aqui a gente acabou eh fazendo um manual né junto à academia Nacional de cuidados paliativos sobre recomendações de competências habilidades do psicólogo paliativista né então fizemos
junto aí a outras sociedades a brali a Mb soesp sbpo Então porque a gente entende que o cuidados paliativos ele circula por diversos grupos diagnósticos né então a gente tentou fazer aí junto com outras sociedades e comitês E aí qual que é o tripé desse manual Quais são os conhecimentos necessários que o psicólogo em cuidados paliativos deve ter Quais as habilidades necessárias que o saber fazer e as atitudes que seriam os comportamentos e posturas e agora eu passo paraa Jaque que vai seguir aí um pouco falando desse documento e falando também sobre o cenário do
Estado de Goiás eu fico à disposição de vocês muito obrigada Olá pessoal est aqui com a Maria eh a gente tentando passar para vocês né Essas Produções que a gente tem feito dentro do comitê de psicologia da da academia de Nacional deados paliativos eu tô numa numa situação internet tá bem vulnerável qualquer coisa me salva aí marando Aí voltei algumas mzes então Eh essa a tela do da recomendação e competências pode onde que a gente tá nos conhecimentos já né então a as recomendações de competências habilidades e atitudes foi lançada né pela a MCP em
2022 eh a partir desses de reconhecer que existem conhecimentos habilidades e atitudes que são eh inerentes à prática do psicólogo nos pedaços parativos como a Mar falou eh vai muito além da gente querer ser se a Campo mas realmente pela prática pela ética e pela demanda que a gente tem dentro dessas dessas atividades então Eh dentro do conhecimentos da das recomendações a gente a a pessoa que está trabalhando comidad paliativos do psicólogo especificamente seja dos seus principais grupos diagnósticos como a gente falou lá atrás né os pacientes oncológicos pacientes cardos dentre outros e a gente
entender dentro de cada área o que que a gente trabalha Quais são os entendimentos porque a gente trabalha muito dentro dessa área da comunicação as leis pertinentes dos cuidados paliativos eh e pra orientação dos profissionais para orientação da unidade de cuidados e a gente vai falar daqui H pouco da política nacional de cuidados paliativos que foi lançada esse ano ter sempre ciente a questão da dor total que é o conceito eh punhado pela C sounder que a gente tá falando da dor física sim mas também da dor emocional social espiritual e todas essas dores a
gente tá integralizando a saúde trazendo ali eh essas dores do paciente da família para que eles tenh uma melhor qualidade de atendimento uma melhor qualidade nesse processo de adento atual o psicólogo também ele deve estar abto para avaliar intervir con os aspectos bioéticos espirituais sociais emocionais conhecer essas escalas de avaliação de sintomas eidade saber das estratégias psicológicas regulamentadas pelo Conselho Federal de Psicologia então nós temos Aí sim eh inudo todas essas entidades inclusive procos do Conselho Federal numa dessas nossas reuniões pra gente agregando isso dentro das nossas práticas da Psicologia dentro das habilidades habilidades a
gente entender Qual é Real o propósito dos cuidados paliativos a gente tá tá sempre desmistificando porque não está ligado a terminalidade ao fim de vida infelizmente ainda é o entendimento em alguns lugares que a gente vai falar outou com algumas famílias que fam não quero falar sobre isso po V entender eh a Jaque Jaque acho que a Jaque falhou né Oi Jaque Oi gente voltei agora voltou voltei quando eu sa você quiser pegar pode pegar táo se feito aind tá bom tá então eh falando ali dos propósitos de cuidados paliativos dessas escalas que a gente
trabalha do Conselho Federal que a gente trouxe né com as nossas discuções com outras entidades ates então também eh a gente trabalha na elaboração do do planejamento terapêutico desses atendimentos porque a gente tá falando do trabalho equipes então a gente faz parte da equipe nós não trabalhamos somente com a comunicação comunicação ali é transversal ela faz parte de todos os profissionais mas nós temos as nossas especificidades ali dentro do nosso trabalho cuidados paliativos avaliar e intervir os riscos da unidade de cuidado e fatores que impeçam a Adesão aento como a gente trabalha a família ali
nesse processo de adoecimento desde se a gente tá com essa família há mais tempo que a gente vai ali eh mostrando esse processo que a gente vai se aproximando do que está acontecendo com o paciente eh vai ser a gente vai ter uma adesão melhor ao tratamento isso através de uma comunicação efetiva de uma comunicação respeitosa e buscando o quê um pertencimento dentro de todo esse processo tanto do paciente junto com as famílias junto com a equipe e essa busca contínua de desenvolvimento do pessoal e profissional compartilhando conhecimentos dúvidas opiniões então a gente tá querendo
falar aqui disso que a mar falou também é de sair daquele modelo somente médico da gente vir para modelo mais anado respeitando todas essas dimensões né da do ser humano as habilidades ainda a gente vai falar sobre a facilidade e expressão e processamento das emoções da gente facilitar essas eh essas expressões né como que está vivendo esse processo decimento Eh agora há 15 dias eu tive também uma uma situação muito delicada em que a paciente já eh na fase final dos cuidados paliativos que já estava muito tempo ela fez o atendimento para despedir né Olha
eu sei que eu não tô bem mas a minha família não quer falar sobre as diretiva do antecipados de montag não quer falar sobre pensamento lital então Eh pedindo auxílio para facilitar essa expressão junto a família então a gente precisa eh dentro das possibilidades ver como a gente pode abordar isso não foi abordado até o momento ainda mas é um pedido de ajuda também que vem aí do paciente de Sofrimento emocional e existencial a gente faz isso tão bem dentro da nossa prática Clínica isso é ampliado dentro dos cuidados paliativos a gente conhecendo doos processos
a gente conhecendo eh o momento de de evolução da doença ou o momento de estagnação da doença poder trabalhando ISO eh porque o luto antes espatrio ex quando a gente fala também Do Luto total né que o Maria Helena Maria e glus estão trabalhando né examente com essa terminologia a gente passando de toda essa questão existencial fornecendo suporte aos lutos né ao luto propriamente dito e ao luto diário ao luto daquela pessoa que não sou mais éo luto daquilo que talvez ainda não eu talvez nem serei mais também e prevenir trabalhar para chegar a proprietário
emocional do familiar e também de nós profissionais e gerenciar aidade do Cuidado mesmo quando o após né mesmo após o grupo participando de atividade também de ensino pesquisa formação continuada congressos temos aí agora em novembro o congresso academia Nacional de cuidados paliativos e realizar atendimento em conjunto com outros profissionais a gente faz isso de uma maneira eh equitativa de uma maneira maneira que a gente vai trabalhando al a medida que o paciente demanda E como que são os cuidados paliativos no Brasil trazendo o nosso cenário de centrooeste a gente tá aí né que os maiores
serviços de cuidados paliativos estão no Sudeste e o centroeste eh está com 12,0 12% né Redondo ali então o centro do sudeste depois vem eh para o sul após para o Nordeste depois desculpa gente Nordeste sul norte centroeste então a gente tá com uma parcela é bem pequena aí ainda de serviços né de cuidados paliativos na próxima tela fala dessa distribuição por Estado então o serviço de cuidados paliativos em Goiás nós temos aqui nesse atlas de 2023 apenas seis serviços né serviços de cutivos com equipe integrada e dentro dos da distribuição de leitos que é
a próxima tela Goiás conta apenas ainda com 16 leitos então a gente tá aí nessa caminhada para ver se a gente melhora dentro agora com essa nova política para ampliação e na próxima tela a gente fala aí de Goiás na participação nacional que ela tá eh a gente conta com apenas 2,5% da participação n Nacional do serviços de cuidados paliativos muito pouco ainda né e o o perfil da cencial desses serviços eh São 128 Casas Novas por mês Lembrando que esses são dados né do último Atlas que está lá no site da intp e também
publicado Aí em algumas pistas Então a gente tem eh também as demandas ambulatoriais de interconsulta acesso ao opi polos de dor e quem está prestando esses serviços eh as pessoas da graduação 66.6 e residente 83% pós-graduação 16.6 e pessoas na área de pesquisa 68 e esses serviços estão todos na área pública aqui em Goiás a gente não tem serviços sistematizados nem no sistema privado e nem no Misto público e privado então a gente gente vem aqui e falar também sobre a política nacional de cuidados paliativos né a pncp que eh comemoramos muito agora no dia
7 de Maio essa portaria porque ela amplia os cuidados paliativos para os SUS ou seja toda a população tem direito a esse cuidado paliativo as pessoas têm direito a serem cuidadas as pessoas têm eh essa demanda porque todos nós Eh vamos adoecer né Nós vamos precisar o dia de cuidados paliativos como a gente pôs lá na na primeira fase então a grande parte de nós vamos precisar desse serviço então aí a portaria traz na próxima tela né O que que a gente vai ter com ativas no SUS nós vamos ter uma habilitação descentralizada né no
interior nas capitais a gente vai vai começar a um matamento de eips a salada de tivas antecipadas de vontade né o que eu quero no momento do meu adoecimento pra gente pensar enquanto eu não puder mais expressar quem vai poder falar por mim daquelas minhas preferências eu quero ser impada eu não quero ir para para UTI Então tudo isso está n né de na política então é uma mudança de paradigmas como nós estamos falando é um incentivo à comunid comes compassivas eh comunidades compassivas são os vários atores né da sociedade se auxiliando trabalhando em prol
desse bem-estar a formação de mais equipes novas equipes o respeito à autonomia decisões no caso inclusive de crianças e pessoas por apeladas ou tuteladas e dentro desses princípios bioos então aqui que ele vai trazendo aqui uma síntese do que a a a Mari falou pra gente e o qual seria a nossa equipe mínimas de cuidados paliativos Então dentro da política nacional de cuidados paliativos nós temos como equipe mínima o psicólogo o médico o enfermeiro e assistente social Então os psicólogos estão integrando essa equipe mínima que está muito longe de ser uma equipe mínima né vamos
dizer é uma equipe eh básica que a gente tem ali mas todos os profissionais são muito importantes eh nessas nessa equipe de cuidados paliativos porque as necessidades são várias como nós falamos das Dores totais nós nós estamos falando da dor total de vários âmbitos do ser humano e dentro dessas equipes terão as equipes matriciais que vão treinar as equipes assistenciais aqui estão os valores né na tela que são destinados pelo Governo Federal para para pro treinamento dessas equipes para pra montagem dessas equipes aqui em Goiás isso vem acontecendo ativamente eh nós temos um hospital eh
base aqui no interior um hospital oncológico que essa equipe já está matrici então Eh temos aí muitas coisas acontecendo após a implantação da política nacional de cuidados parativos e muitas coisas ainda para acontecer então com a implantação de equipes né é que o próximo slide a gente tá falando o qu que nós teremos 485 equipes eh matriciais uma equipe para cada fração de território com 500.000 habitantes numa mesma macrorregião de saúde e 836 equipes né assistenciais uma equipe para cada 400 leites US podendo ser a soma dos leitos existentes e registrados no quines e UPA
pronto pronto atendimento hospitais E outos então a gente tá falando aqui de 13321 equipes do Brasil a serem implantadas e dentre elas tendo o profissional de Psicologia eh atuando BF então Eh essa é a nossa a gente é dentro da do comitê que a gente gostaria de falar e estamos aqui pra gente discutir aqui no final com Sebá obrigado muito obrigado Jaqueline Muito obrigado Mariana só respondendo uma questão do chat Todos nós somos temos formação em psicologia eh com várias atribuições dentro do contexto da psicologia da saúde e dos cuidados paliativos eh eu vou eh
eh fazer a minha apresentação e depois eu abro espaço pra gente conversar sobre a riqueza de eh conteúdos que até agora tem sido apresentados né aqui para todos nós só um minuto tô compartilhando o meu material com vocês eh Vocês conseguem ver a o material em tela inteira sim pois bem olha Eh como vocês já puderam ver até agora pela exposição da Mariana e da Jaqueline nós viemos então de um contexto eh histórico em uma construção muito importante em cuidados paliativos no nosso país eh com buscas não é de organização de diversos serviços e em
Goiás que é o recorte que nós estamos fazendo nós Ainda temos uma posição um tanto tímida eu me lembro que já faz um pouco mais de duas décadas quando eu estive numa reunião no Hospital Universitário em Greg eh em Madrid o Gregório Maranhão e eles estavam discutindo naquela ocasião um último uma última província como se fosse um estado da Espanha que criaria eh uma unidade de cuidados paliativos e de lá para cá obviamente que nós temos um desenvolvimento maior em Sul e Sudeste do país não é e nas outras áreas do do nosso país temos
ainda uma uma ah ã uma uma limitação muito grande em termos das Ofertas dos serviços de cuidados para paliativos em Goiás antes de começar a fazer o meu recorte falando sobre o Hospital Universitário da Universidade Federal de Goiás o HC UFG EBC eu gostaria de mencionar que a o primeiro grande e e e e consolidado serviço de cuidados paliativos que nós tivemos em Goiânia eh nós devemos Tributo à associação de combate ao câncer eh que criou os cuidados paliativos tendo eh entre outras pessoas a participação de duas queridas colegas psicólogas eh Dra Edir Gorete depois
Dra Telma Noleto rosa e Dra Telma posteriormente eh ajudando a constituir outros serviços em cuidados paliativos Então gostaria de deixar eh registrado também o trabalho muito importante que elas fizeram no momento onde nós tínhamos pouquíssimas referências aqui em Goiás então particularmente eh falando eh do trabalho que nós eh desenvolvemos dentro do HC UFG eh está passando o slide Já estamos em palavras iniciais eu perco a a o vídeo de vocês quando eu apresento alguém pode de me falar slide passou sim passou sim muito obrigado então muito importante a gente destacar nesse debate sobre os cuidados
paliativos e particularmente no recorte que eu queria ilustrar essa noite que é a nossa os a o nosso trabalho por muitos anos né particularmente até 8 anos atrás ou seja tudo muito recente cuidados paliativos mas por quase eh duas décadas e meia eu acompanhei eh as a os pacientes que já deveriam ter estatus de cuidado paliativo eh e muitos terminais sendo de fato eh acompanhados pelas equipes eh iniciais que tinham né internado o paciente na instituição e esse paciente eventualmente eh evoluiu eh eh de uma forma onde o tratamento curativo não teria mais sentido Então
as pró próprias equipes cuidavam dos pacientes em cuidados paliativos então naquela até 2016 particularmente no nosso Hospital nós não tínhamos uma institucionalização um enfrentamento institucional das questões relacionadas às necessidades dos pacientes que que teriam estatus em cuidados paliativos Então isso é muito recente eh então como eu Eu mencionei em 2016 tô tentando passar aqui O slide pronto em 2016 por meio de uma portaria interna e do da Superintendência do HC UFG bce foi criada uma comissão de cuidados paliativos obviamente que haviam ações haviam atividades em cuidados paliativos mas não tinha sido institucionalizado e essa comissão
inicialmente teve a presidência da D C da Pedrosa de Oliveira paliativista e também intensivista e do Dr Ricardo Borges da Silva eh eh paliativista e que até hoje segue como coordenador não só da comissão mas também eh do das ações que que são desenvolvidas dentro do Hospital Universitário eh para dar conta da comissão de cuidados paliativos das diversas ações também foi criado um grupo de de suporte que na verdade é um grupo Executor que está usualmente à frente da do enfrentamento junto à famílias e os pacientes já nesse estatus dos cuidados paliativos eh a comissão
de cuidados paliativos eu acho importante pelo menos pincelar algumas das dos objetivos que elas têm para vocês entenderem o quanto que essa institucionalização foi importante para definir um conjunto grande de ações que hoje é possível ou são possíveis serem realizadas né primeira coisa importante de uma comissão de cuidados paliativos numa instituição é disseminar a cultura dos cuidados paliativos trazer essa discussão em todos os segmentos com todas as equipes médicas e multiprofissionais deem saúde Então esse é um trabalho muito grande porque o que nós observamos na verdade dentro da nossa instituição e e eu Suponho que
isso seja comum em muitas outras é uma mudança paradigmática uma mudança de conceitos uma mudança de perspectiva sobre o que deve ser feito de fato com os pacientes em cuidados paliativos e as suas famílias Qual é a extensão desta proposta de cuidado em saúde e isso passa como muito bem dito pela professora Mariana e pela Jaqueline eh isso passa pelo fortalecimento de um grupo não só na sua estruturação mas sobretudo no seu funcionamento um funcionamento que realmente avance mais do que uma sobreposição de conhecimentos mas que trabalhe de uma forma muito articulada e tendo como
objeto Central como preocupação Central este bem-estar do paciente e da sua família a gente não vai dissociar mais quando a gente fala paciente família porque essa preocupação ela é contínua isso nos cabe também eleger os pacientes que teriam o melhor perfil para entrar nesse nível de acompanhamento e aqui há uma certa dificuldade porque eventualmente e acho que um slide na frente eu também comento sobre isso eventualmente algumas equipes médicas ainda H são tão morosas para considerar o paciente em cuidados paliativos para usar os critérios e assim eh eh o tomar né nesse status e eventualmente
os cuidados paliativos as pessoas de cuidados paliativos já vem para esse serviço com eh comprometimentos eh maiores do que eh deveriam ter chegado e portanto às vezes os benefícios apesar de serem muitos ainda de serem cuidados pelos cuidados paliativos eles são tanto reduzidos pelo momento que sai daquela equipe de especialista para propriamente o serviço de cuidados paliativos sobre isso a gente pode conversar um pouquinho mais então a a as ações das de uma comissão ela envolve um conjunto grande que vai desde a a o atendimento propriamente dito passando por ações de ensino passando por por
ações de educação continuada obviamente e também eh por atividades como somos uma universidade estamos no contexto Acadêmico também a preocupação de levar os cuidados paliativos também por meio da extensão Universitária eh o grupo Executor ele ele é formado também como já bem mencionado dentro dessa perspectiva de ser uma uma equipe que se pretende interprofissional né multidisciplinar Inter ional ela é Ela sempre vai ser composta e a gente tem conseguido manter essa composição de médicos enfermeiros psicólogos nutricionistas assistente social fisioterapeuta e farmacêuticos e fonodiólogo eh sempre com alguém sendo indicada para ser o coordenador obviamente dessas
atividades mas eh muitas vezes essa é a composição básica que está no nos Marcos legais da instituição mas muitas vezes nós temos a presença de vários médicos vários psicólogos vários nutricionistas etc participando das reuniões n é eh as principais atribuições deste grupo Executor efetuar estudos e instituir medidas de vigilância em relação à Segurança do Paciente naquele momento da internação elaborar os planos de ação estabelecer estratégias de atuação para revisão e manutenção e desenvolvimento da vocação dos propósitos deste grupo de cuidados paliativos atuar como agente multiplicador então o tempo todo nós temos eh eh uma mudança
no grupo básico porque chegam eh residentes médicos residentes multiprofissionais chegam Estagiários muitos aqui também da da pontifícia Universidade Católica de Goiás que vem fazer parte em algum momento das atividades eh eh deste grupo de cuidados paliativos eh relatar e propo ações que visam o aprimoramento das atividades obviamente participar de programas de Treinamento eventos com apresentação de trabalhos relacionados à filosofia dos cuidados paliativos então tanto o trabalho interno institucional quanto essa interlocução com a comunidade com a comunidade científica é muito importante dentro daquela tarefa de levar a cultura dos cuidados paliativos as pessoas que eventualmente até
já ouviram falar dela mas que eventualmente ainda não se comprometeram com essa modalidade de cuidados dos nossos pacientes importante aqui eu já destaquei numa outra cor que os o nosso grupo eh executivo dos cuidados paliativos no hospital ele busca também prestar atendimento no leito a maior parte das nossas ações elas não se reduz mas a maior parte ainda no leito relacionados às áreas de atuação de cada prof de cada profissional que representa uma profissão dentro do grupo de cuidados paliativos ou muitas vezes em atividades que são eh realizadas em conjunto e cada vez mais as
atividades em conjunto têm sido necessárias para até reduzir as lacunas as dificuldades na compreensão na disseminação das informações e para que cada vez mais a gente consiga estabelecer um acordo entre todos esses atores e quando eu tô falando do os atores eu tô falando até um acordo entre a equipe entre a família entre o paciente que também cada um deles eh de acordo com a sua eh condição objetiva de saúde e doença eh tenha né Eh condições de est participando eh como membro dessa equipe então aqui nós eh temos considerado eh um conceito Mais amplo
de equipe também aonde família e paciente fazem pares todos nós em prol da da doem bem-estar desse paciente também promover participar das reuniões familiares relacionad à assistência paliativa desde o momento onde é comunicado que o paciente entrou em cuidados paliativos até ao longo ah da permanência dessa pessoa no hospital desse paciente E mesmo quando ele vai para casa e precisamos dar o suporte e reunir com a família e obviamente que as famílias são de natureza eh e de culturas e de momentos de desenvolvimento humano os mais diferentes possíveis então nós sempre podemos contribuir muito em
ajudar essas famílias a a reduzir as aquilo que os afasta aquilo que os que cria tensão dentro do contexto familiar e ajudá-los a juntar os recursos a juntar os interesses e e a troca de afetos positivos em prol desse paciente e obviamente que nós sempre estamos documentando boa parte das nossas ações porque isso é importante para a história isso é importante para revisão paraa reavaliação contínua do serviço de cuidados paliativos aqui grosso modo é uma uma uma figura representativa e portanto ela não diz da Total realidade mas sempre nós começamos aqui na parte superior dessa
figura eh o nosso dia a dia temos reuniões Ordinárias as quartas-feiras onde nós discutimos os casos eh em círculo tá aqui é uma pos para foto mas a gente discute os casos em círculo e todos os casos que estão internados e que já estão com o status de de ser um paciente em cuidados paliativos essa esse momento da reunião é muito importante porque há os diversos relatos dos profissionais que os pacientes e esses relatos eles vão se tecendo não é os conhecimentos e as informações vão se tecendo para favorecer que Nesta mesma reunião a gente
possa estabelecer Qual é a meta de atividades que nós teremos com esse paciente até a próxima reunião obviamente que podemos ter o paciente Vivo ou não até a próxima reunião e entre uma reunião e outra é quase eh todos os dias ou melhor todos os dias né quase todas as horas a equipe tá trocando informações e isso vai ajustando aquilo que se decidiu nessa reunião geral dessa reunião então geral se define o atendimento se ele vai ser uniprofissional às vezes precisa de intervenções específicas é um diálogo é um atendimento da Psicologia específico ou pode ser
multiprofissional quando vai ser tomada uma decisão eh acerca do do encaminhamento do tratamento do paciente naquela semana isso pode ser então como eu disse tanto no leito quanto no no ambulatório então nós temos uma uma comunicação contínua e muitas vezes a necessidade da interconsulta né de uma troca de informações também e um acordo de condutas com outras equipes médicas sobretudo a equipe da UTI mas não só H um conjunto de equipes que estão por trás desses pacientes que foram as equipes que usualmente eh internaram esses pacientes na Instituição então mesmo eles estando em cuidados paliativos
ora a equipe de cuidados paliativos assume o paciente na integralidade muitas vezes assume junto com a outra equipe Então dependendo de cada situação vai se fazendo acordos específicos obviamente que nós temos um grupo também de estudos de caso eh onde os casos atendidos são revistos também à luz de um debate teórico que é importante também pra gente consolidar os conceitos e as noções e as estratégias de cuidados paliativos que são eh recomendadas na literatura e aplicáveis obviamente à nossa realidade e voltamos novamente paraa reunião originária aonde é o grande momento onde toda a equipe pode
eh parar para eh discutir O que foi alcançado do que foi combinado na semana anterior onde nós não tivemos avanço e onde a gente precisa avançar a partir do próximo momento Nem digo do próximo dia mas a partir do próximo momento dessa reunião eh paralelamente então fazendo um levantamento bem geral também de atividades então nós temos eh esta equipe eh de suporte à comissão de cuidados paliativos n essa equipe executora Us mente ela é responsável por levantar ou por dar respostas às demandas desse cotidiano da pessoa que tá internada na maior parte das vezes E
algumas no ambulatório conduzir fazer o planejamento terapêutico singular daqueles casos que realmente tem uma complexidade maior e onde há a necessidade da gente ter um ajuste de condutas muito mais próximo nós temos que fazer a Organização das reuniões familiares desde aquelas reuniões familiares que são mais informativas eh eventualmente acerca até da própria evolução ou até mesmo reuniões de reagrupamento familiar eh após a covid sobretudo após a pandemia da covid ou ou ou desde a pandemia da covid melhor dizendo o hospital tem uma restrição grande obviamente de de pessoas que circulam dentro das da das estruturas
institucionais e muitas vezes o as pessoas deem cuidado paliativo nós precisamos romper com algumas regras que serviriam para outras pessoas mas as pessoas de cuidados paliativos nós temos uma compreensão e um acordo institucional que nós podemos então romper Quantas vezes for necessário para que esse paciente tenha acesso a pessoas da sua família onde será o acesso também vamos discutir em cada momento vou mostrar umas fotos daqui a pouco para vocês observarem que nós temos também situações muito novas que vão nos chegando como demanda como desafio e que nós não podemos fazer por exemplo a reunião
familiar dentro do leito dentro da enfermaria nós precisamos buscar outros caminhos para que essa reunião eh ocorra obviamente nós fazemos o preparo para Alto hospitalar e este preparo pode ser feito pode exigir muitos dias para que a família se prepare para receber essa pessoa para que a família vá atrás dos recursos necessários para receber essa pessoa em casa para lidar com a rejeição da família muitas vezes por insegurança que ela não sabe o que fazer com o paciente ali então todo o preparo de alta também é um processo que se desenvolve também com abordagem dos
diversos profissionais para ajudar essa família se empoderar para essa família ficar eh mais segura para poder levar o paciente para para casa porque muitas vezes o paciente tem esse desejo e ele já está alguns casos até 3S meses internado não é o tipo de situação que a gente quer paraos nossos pacientes obviamente que na nos processos ativos de morte também nós estamos ali prestando assistência à família desse paciente e nas situações de luto seja luto antecipatório seja luto após a morte do paciente também nós acolhemos essas famílias na Instituição muitas vezes essa família eh um
ou outro membro da família na verdade que procura suporte pelo menos para por uma duas semanas e depois a família consegue seguir o seu caminho ou a família é reorientada para algum recurso da comunidade para Que ela possa receber por exemplo dentro dos Caps uma atenção maior eh no acompanhamento do seu outo bem sabemos isso talvez é uma realidade Nacional eh com obviamente com exceção de alguns estados né mais desenvolvidos o nosso nosso país onde nós temos eh as unidades de atenção básica de saúde melhor estruturadas e que pode acolher eh essas famílias em situação
de luto infelizmente eh as a nossa rede ela é um tanto estrangulada nesse aspecto eu diria assim e portanto a família às vezes não tem mesmo encaminhando para o atendimento na rede ela volta porque ela não não tem ela não conseguiu ser atendida ali na atenção básica de saúde quanto à ações educativas aí é uma eh uma variedade boa de cursos ações pontuais ações comemorativas palestras seminários eh foi criada há poucos meses a liga eh de cuidados paliativos da Universidade Federal de Goiás eh envolvemos os estágios e as residências como eu já mencionei E também
temos eh começado a desenvolver protocolos próprios e instrumentos de registro dos nossos eh atendimentos e esses instrumentos têm essa característica eh também interprofissional é onde nós precisamos avançar eh imensamente aqui só para trazer um pouco mais a materialidade do que nós fazemos eh recentemente tivemos a comemoração do dia mundial dos dos cuidados paliativos mas nós temos dias específicos de sensibilização ao longo da semana ao longo do mês nós temos cursos que são Dados de iniciação aos cuidados paliativos eh e nós temos algumas ações eh de favorecer os pacientes dentro das necessidades dele e realizar desejos
como por exemplo casamento que foi realizado dentro do hospital esse não foi o primeiro casamento eh todas essas eh figuras estão publicamente disponíveis na internet foi por isso que eu as trouxe para cá eh mas só para mostrar para vocês uma variedade de ações e aqui eh outras ações que também nós desenvolvemos por exemplo aqui no lado esquerdo da tela uma paciente que queria tanto encontrar a sua família mas não queria a enfermaria para que isso ocorresse e ela queria tomar um pouco de sol então nós organizamos aqui atrás temos três profissionais de áreas diferentes
para para possibilitar essa senhora descer tomar o sol e encontrar a família essa aqui no lado direito essas duas do lado direito essas figuras maiores eh eu aqui busquei disfarçar um pouco eh a as pessoas é muito recente um senhor que já está há mais de 3S meses dentro do hospital já está em cuidados paliativos há quase 2 meses e ele não conhecia a neta essa a vocês podem observar aqui nessa figura Central que há um bebezinho no colo né Dessa senhora de roupa cor de rosa e esse foi o primeiro encontro deste avô com
essa criança e isso foi realizado há mais ou menos 5 se dias atrás aqui ao lado mais à direita na extrema direita das fotos eh nós temos aqui os profissionais envolvidos nessa ação com esse senhor para encontrar o neto praticamente nós tínhamos aqui oito profissionais que por 2 horas se dedicaram a a organizar até pelas necessidades que o paciente tinha de controlar oxigênio eh saturação e outros sinais importantes então este encontro obviamente também em função do bem-estar e a proteção dessa criança ela ela foi feito num lugar eh arejado e um lugar acessível também para
a família toda se ela tivesse ali então são ações que nós temos desenvolvido eh que quebra e e e na verdade eh eh quebra aquela forma mais difícil mas eh eh rígida às vezes da instituição como instituição lidar com os pacientes nós sabemos que instituição isso o Foucault já escrevia tem uma rigidez tão grande quanto os o o o o o exército né quanto instituições militares E esses são momentos onde os cuidados paliativos consegu de fato quebrar essa rigidez e priorizar a qualidade de vida do paciente o bem-estar do paciente O Grande Desafio que nós
temos é que nós temos muitos casos chegando em Fase Terminal e a gente pergunta por que isso Os Casos São tantos que quando as famílias ficam sabendo que vão para cuidados paliativos elas se Assustam muito e elas rejeitam num primeiro momento Essa condição de ir para cuidados paliativos porque de uma certa forma os pacientes que têm chegado até nós são pacientes graves Então essa ideia de paliação e morte no momento anda muito próximo mas como muito bem também já falou a Mariana existe uma diferença muito grande entre a os cuidados paliativos e a terminalidade e
essa diferença a gente precisa demarcar para que a gente enriqueça mais a cultura dos cuidados paliativos e as equipes médicas de outras especialidades ao entender que o seu paciente não tem mais o tratamento curativo que ele possa eh fornecer que conduza mais rapidamente para os cuidados paliativos aqui eh essas também são figuras públicas essas fotos são públicas então nós temos essa primeira foto aqui do lado esquerdo uma pessoa que realmente estava no estágio terminal e duas outras que não que estavam em cuidados paliativos essa que está aqui essa essa senhora que mostrou a face né
Ela é uma youtuber que ela divulgou a sua realidade e ela está me parece gestante e ela está em cuidados paliativos por uma doença associada eh Então são condições muito distintas e cada vez mais nós queremos que os pacientes cheguem mais rápido aos cuidados paliativos não só quando estão em processo ativo de morte obviamente que o nosso trabalho ele anda próximo à formação de novos quadros para trabalhar em cuidados paliativos eh trabalhar dentro de uma perspectiva multidisciplinar dentro de uma perspectiva interprofissional e cada vez mais vai nos ser exigidos dentro de uma perspectiva intercultural Nós
temos muitas mudanças do ponto de vista do funcionamento da sociedade e nós vamos começar a ter cada vez mais eh pacientes e famílias eh seja pela diversidade sexual seja pela ah por serem Imigrantes seja porque eh eh eh são de de culturas chamadas de minorias ciganos etc cada vez mais vão frequentar os nossos hospitais e nós temos que entender particularidades dessa cultura porque nós estamos lidando muitos dele com processos de tratamento sem possibilidade de cura nós estamos lidando com possibilidade de morte e o como que essas culturas todas entendem esses processos para que a gente
não seja violento ou agressivo de levar também uma uma cultura desenvolvida muito própria dentro da daquilo que a gente já aprendeu até agora mas que às vezes não vai caber para certas culturas que vão cada vez mais aparecer no contexto da Saúde então a formação interprofissional e a formação intercultural é uma exigência para hoje ou melhor para ontem e Aqui nós temos um grupo de residentes aqui Temos nessa mesa pelo menos seis profissões diferentes pessoas de seis profissões diferent aprendendo a trabalhar junto obviamente com uma tarefa eh relativamente simples mas que ao longo da sua
formação dentro do hospital vai tomando uma complexidade muito grande a psicologia e os cuidados paliativos já foram muito bem ditas aqui anteriormente não é não vou eh eh entrar nesse aspecto eh gostaria de para considerações finais dizer que para o paciente os cuidados paliativos oferecem alívio do sofrimento e melhor qualidade de vida focando nas necessidades e nos desejos eh muitas vezes desejos que são de curtíssimo prazo para ser atendidos obviamente além do tratamento da doença que continue ainda que não seja num perspectiva curativa a integração da Psicologia hospitalar nos cuidados paliativos favorece a humanização abordando
o bem-estar emocional do paciente da família e ajudando a equipe a promover um cuidado integral e cada vez mais empático com essa realidade e por fim o HC UFG conduz as suas ações em cuidados paliativos por meio da colaboração e do enfrent ento de diferentes atores com variadas formações Esse é o cerne dos cuidados paliativos ao nosso dentro da nossa compreensão oferecer a chance de um resultado mais positivo pro paciente pra família onde antes só havia muito medo e muito desânimo para terminar e uma frase atribuída a elizabe Rosa Onde Ela diz que Noal que
ao final da vida o que todos nós realmente queremos é que nossa vida tenha sido significativa e que a nossa morte seja respeitada cercada de amor e dignidade essa ideia ressoa com o desejo universal de viver com dignidade e quando não for mais possível viver com a dignidade que julgamos que merecemos que a gente possa ter a dignidade de Partir em paz rodeado por carinho e por cuidados humanizados era isso que eu queria compartilhar com vocês antes de eh abrir aqui para participação temos um bom tempo dentro do que tá previsto por favor Aproveitem a
experiência da Mariana Aproveita a experiência da Jaqueline façam perguntas que nós vamos retransmitir para ela muito obrigado Peço aos nossos monitores se eles identificarem perguntas aqui no chat Sebastião enquanto não tem perguntas e queria te parabenizar pelo trabalho muito bacana conhecer o trabalho que vocês feito e apesar da gente não ter combinado acho que muito do que a gente trouxe no início condiz com o que você vê a gente vê das atividades que vocês fazem aí né então acho que a gente tem um alinhamento e Que bom que a gente consegue ver isso também é
verdade eu também gostei muito a gente não combinou e Mariana trouxe as bases com a Jaqueline eu falei Pronto agora eu posso mostrar uma realidade uma né temos trabalhos isos sendo desenvolvido também no Hospital Geral de Goiânia e que num outra ocasião também queremos ter os colegas aqui perfeito muito bom bem aqui eu tenho uma pergunta sobre o cenário dos cuidados paliativos pediátricos em Goiás né a equipe Suprema consegue acompanhar apenas os pacientes adultos idosos eh na na verdade no que se refere ao ao a suprema do HC UFG eh o trabalho tem sido eh
desenvolvido praticamente adolescentes para adultos e idosos eh nós não temos eh uma uma eh eh intervenções e e internações de cuidados paliativos mas o que que tá ocorrendo como nós temos uma Pediatria muito bem estruturada E acabamos de criar mais ou menos a três meses atrás altei pediátrica Olha depois de tantos anos tínhamos aute Neonatal mas agora temos aute pediátrica então trabalhando com interconsulta a equipe de cuidados paliativos consegue eh dar eh orientações para a equipe da Pediatria Hoje é a realidade que nós temos eu tenho atéa você não ia até comentar que eu tenho
um dado aqui de um um artigo de 2022 depois posso até compartilhar com vocês pensando em serviços pediátricos no centro oeste a gente tem 9% no Brasil né então só para vocês saberem aí dentro de uma referência bem atual que eu tenho sobre essa questão dos serviços pediátricos tá muito obrigado Mariana Muito obrigado deixa eu ver se tem mais alguma pergunta pessoal aproveita hein Mari e Jaqueline são duas expertise Ah tô procurando aqui é eu também não vi bem eh eu acho que quando então não tem pergunta e pela pela pelos elogios que eu tô
vendo aqui né no no chat acho que nós nós conseguimos pelo menos passar uma uma uma sensibilização e algo muito muito bom que tá ocorrendo Mariana é que eh dentro da Universidade muitas pessoas estão eh se ligando eh verdadeiramente à liga de cuidados paliativos Mas mesmo que não esteja né regularmente eh tem frequentado as atividades dos cuidados paliativos e e o que dá para que a gente possa desenvolver essa ideia que os cuidados paliativos não é para quem está só dentro do hospital todo e qualquer contexto a gente pode aplicar os princípios né Sim a
gente falou de cuidados parativos tanto na atenção primária e aí a gente teve alguns programas dentro eh eu faço parte aí de alguns programas de docência né então por exemplo onde muitas pessoas que trabalham eh em atenção primária junto com alguns incentivos de proad tiveram a capacitação de cuidados paliativos então saí que é só de hospital é no ambulatório é no domicílio são nos hospices então é importante de fato a gente entender que tem um campo vasto e agora com a política nacional é esse desafio né da gente ter essas equipes mas eu falo que
mais do que a gente treinar as equipes é a gente treinar e sensibilizar as pessoas que trabalham conosco sobre o que é cuidados paliativos porque a gente pode ter as equipes mas se as pessoas não entenderem a nossa função o nosso papel a gente não vai trabalhar juntos né então importante acho que vai ser algo aí sistêmico mesmo perfeitíssimo acho que eh talvez com certo atraso no centro-oeste mas eh vejo que os grupos que estão eh buscando desenvolver os cuidados paliativos sobretudo em Goiás eh tem realmente se dedicado bastante tem muito personagens que obviamente eu
não não teria como trazê-los aqui muitos muitos colegas da Psicologia muitos colegas né De outras áreas que estão de fato construindo os cuidados paliativos eh que tenham robustez e e que realmente não seja algo eh eh eh acadêmico Apesar que o aspecto acadêmico é importante para impulsionar né para nos criar condições mas que são ações que T de fato olhar para realidades concretas do sofrimento concreto dessas famílias e desses pacientes porque é desesperador quando você tem o sofrimento ali e não tem como dar uma resposta que seja mais acolhedora ou quando você às vezes por
por uma questão de cansaço de dificuldade de bornout do profissional ele já não é mais sensível também então sempre mesmo numa unidade num hospital que seja tão Grand grande eh Seria o ideal que muita gente tivesse desenvolvendo os princípios dos cuidados paliativos eh mas se pelo menos nós tivermos um bom grupo que vá eh pensar e tocar isso e e e movimentar a instituição e lembrar a instituição o tempo todo eu acho que é um grande avanço E tomara que cada vez mais a gente tenha outras instituições em Goiás e no centro oeste que consigam
eh desenvolver esse trabalho né Eu acho que você toca num ponto sobre a questão acadêmica e acho que é muito importante a gente tem batido muito nessa tecla porque às vezes a gente tem um curso de 30 horas 60 horas que a gente acha que é suficiente e que não é e é isso que a gente precisa ter cuidado né então a gente teve aqui uma pergunta se existe pós--graduação em cuidados paliativos Sim hoje no Brasil a gente tem algumas pós-graduações em cuidados paliativos a gente tem residências multiprofissionais em cuidados paliativos porque cuidado ads paliativos
é técnica não é um achismo não é pegar na mão não é aquela coisa só muito humanista mas a gente entender que existe técnica né E porque existe muito essa esse conceito né sebastão do cuidados paliativos romantizado que ok existe essa coisa do acolhimento do Cuidado mas é técnica e a gente precisa saber disso para que a gente forme bons profissionais para que possam trabalhar com isso também né então acho que esse é um ponto que a a gente tem falado muito nesse sentido isso é perfeito Porque de fato exige do paliativista que ele seja
uma pessoa mais sensível né ele tem que ter sensibilidade com o sofrimento do outro mas essa sensibilidade se não tiver acompanhado de fato de uma formação de uma experiência que seja acompanhada por algum tempo né que seja monitorada que seja supervisionada e pode ser que a gente tenha desabor nesse processo né Eh então assim eh essa essa esse preparo Exige muito da boa vontade e da a do profissional do se colocar não é com o máximo de humanidade possível nessa relação mas exige dele também esse esforço de se preparar para assumir essa área como qualquer
outra área né como qualquer outra área que a gente trabalha dentro da Psicologia a psicologia ela eh ela tem um aspecto intuitivo Mas ela é Ciência e profissão a gente não pode esquecer isso em momento nenhum bem pessoal eu acho que não tem mais perguntas aqui vou então passar para os agradecimentos Mariana você gostaria de falar mais alguma coisa queria agradecer o espaço de est aqui com vocês em nome da academia Nacional de cuidados paliativos a gente vem de fato trabalhando aí para que a gente possa ampliar as pessoas serem o nosso trabalho e a
gente fortalecer o movimento de que a psicologia de fato no Cuidado perativo seja reconhecida aí junto ao nosso conselho para que a gente tenha mais condições de trabalho bases éticas para que possa nortear nosso trabalho então agradeço muito e foi muito bom te ouvir parabéns pelo trabalho Obrigada pela condução muito obrigada a você uma grande honra recebera aqui virtualmente em Goiás Tomara que você venha presencialmente também um dia trabalhar conosco Jaqueline ela com dificuldades de conexão mas eu quero agradecer imensamente jaquelina foi uma grande eh motivadora para que essa mesa se realizasse com apoio da
professora Lila espadon quero também agradecer o pessoal que tá no bastidor aqui o Juliano a e a Letícia que são as nossas monitoras Deixa eu ver se eu identifico mais alguém bem muito obrigado a todos todas eh ten uma boa Boa noite tem um bom final de noite e eh tem um bom eh final de 10º congresso de Ciência Tecnologia e inovação da PUC Goiás muito obrigada a vocês e boa noite a todos todas todos [Música] k [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] k [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] di
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