aí eu vou falar é sobre o amor em lima que é uma escola que está situada na região do butantã eu tô há 18 anos lá e eu queria contar que a gente a partir da lei a gente fez nada diferente do que a lei diz pra gente fazer só que eu precisava que a ale é nós vivemos numa sociedade que tem a lei mas faz tudo contra lei como é que a gente faz a educação se a favor da lei e aí eu precisava da ajuda da comunidade foi isso que a gente foi fazendo
a gente foi construindo uma comunidade bastante forte de pais de estudantes que começaram a entrar na escola por milhões de portas que a gente foi abrir nenhuma delas foi que as mães chegavam na escola com reclamando que as crianças roubava o leite das crianças uns batiam apanhavam enfim e daí a gente começa com uma coisa absolutamente muito simples quer as mães virem ajudar no recreio das crianças e aí essas mulheres que vinham ajudar no recreio das crianças ficavam super surpresas porque ela primeiro elas ficaram muito alegres que elas podiam entrar na escola e que cada
uma delas ea cuidar do próprio filho e daí quando elas entram para cuidar do próprio filho ela descobre que os filhos não querem ser cuidados por ela dentro da escola e aí era um tal de mãe correr atrás de filho filho fugir da mãe na hora do recreio deus a gente comece a discutir com essas mulheres que entraram na escola qual é a dimensão da participação da comunidade dentro da escola e foi muito importante porque muito rapidamente a comunidade começou adentra escolhe daí a gente não segura mais olhar a gente não manda olhar só para
uma coisa é as mães olhavam pra toda escola e daí elas viram que tinha muito mais coisas do que o holeshot do filho do próprio filho e do da briguinha mas que tinha coisa muito mais séria que era falta de funcionário era falta de professor e em uma proporção enorme e daí tudo isso começa a vir para o conselho de escola com muito mais propriedade porque na lei disse que o conselho de escola é o órgão deliberativo das escolas municipais da cidade de são paulo então a gente tem que fazer se esse lugar de trabalho
de poder fazer valer que seja um lugar onde as pessoas que fazem parte dessa escola enfim essa escola discutam a qualidade dessa escola e discutam que projeto político pedagógico é importante para as pessoas que estão aí então isso foi foi um jeito de fomentar a participação de todas as pessoas da escola a escola quando a gente chegou lá elas era completamente cinza e eu perguntava para as pessoas que estavam lá há muito tempo mas por que essa escola é tão cinza ea pessoa me respondeu um dia sim é para não aparecer a sujeira e com
essa resposta fiquei absolutamente impressionada porque daí comecei a reparar que além das da escola ser cinza camiseta das crianças também era cinza que eu quem que aquela cor dizia na escola depois de um monte de grade na escola e que a gente foi fazendo um trabalho para tirar essas grades e quando a gente tirou a gente foi no recreio e as crianças uma menina me para o influente diretor ainda bem que tirou a grade porque a gente não é louco nem bandido pra cá preço então eu fui entendendo né eu acho que o conselho de
escola à comunidade foi entendendo o que toda essa simbologia representa no processo de formação de um estudante que entra nessa escola que eu trabalho com 15 anos e meio e sai com 15 anos né e isso foi muito importante para a escola porque foi de certamente pô de certa forma politizando as pessoas as relações políticas foram se tornando muito fortes porque as ruazinhas pré-escolas não queriam só olhar algumas coisas elas queriam olhar o todo e daí de uma reunião que acontecia que é obrigatória no conselho de escola uma vez por mês a gente passou a
ter reunião toda semana toda aqui em viena e depois toda semana o que estava sendo em uma loucura absoluta e daí a gente resolve fazer um grupo menor pode estudar os grandes problemas quando a gente vai estudar os grandes problemas e que era uma comissão de paz uma comissão dos funcionários da escola gestão enfim e tinha estudante daí o grande problema é que os pais começaram a querer entender em primeiro lugar era falta de professor e daí eles me pedem para olhar os livros de ponto eu entreguei e aí os pais fazem tinha uma mãe
que trabalhava com estatística da universidade de são paulo e ela faz o mapeamento dessas faltas e apresenta para nós ela apresentou até pra mim porque eu não tinha idéia a quantidade de faltas que tinham por exemplo de 100% de aula de português naquele ano que devia ter tido tinha tido 13% isso tudo cria uma angústia das pessoas de que a diretora permite que se fixe falte a diretora está deixando e aí os pais me pedem um seminário para falar das leis que regem ensino municipal isso tudo foi dando uma consistência de trabalho para esses pais
que foi muito impressionante porque eles já começaram a perceber que não era mais qualquer coisa então a gente estudou a 5 692 é uma lenda da prefeitura municipal de são paulo dos direitos e dos deveres depois estatuto do magistério e depois a gente foi pra ele deve enfim tudo isso daí os pais me dizem as faltas por exemplo não sei eu acho importante dizer isso porque se a gente está falando de idéias que transformam a cidade uma das coisas importantes e pensar um pouco nisso e que tem que ser uma um pensamento da cidade o
funcionário público na prefeitura de são paulo pode faltar 60 faltas interpolados que significa que não falta todo dia mas falta um dia sim dois não depois da alta de novo mais 10 abonadas e 6 justificadas então o professor pode faltar todos nós na escola porque podemos faltar 76 voltas por ano em matérias como geografia que tem quatro aulas de inglês que tem duas educação física que tem duas disseram um montante de faltas possível que era impossível é impossível de trabalhar é impossível de trabalhar de fazer um trabalho coerente até com a nossa eli db q
diz da importância da rotina para as crianças enfim quando a gente chega nessa conclusão toda daí a gente fala bom não é essa escola que a gente quer e qual é a escola que a gente quer aí a gente começa a organizar um trabalho de cultura brasileira que que é que nós conseguimos o apoio da fundação crer para ver e daí a começa a ter as oficinas de cultura fora do horário de aula onde as crianças acabavam ficando duas horas a mais mas a grande coisa pra mim não era que as crianças ficaram duas horas
a mais é que nesses duas horas a mais as mulheres vinham pra escola buscar seus filhos o que antes não vi quando nenhuma mulher sai do trabalho na cidade às cinco horas da tarde mas a 7 ela saiu então elas desciam do ônibus e já iam direto buscar os filhos e isso criava um jeito dessas mulheres olharem mais para a escola enfim cada vez mais o conselho de escola foi foi tendo noção da escola que queria e como que a gente ia fazer essa escola que que a gente queria fazer e aí a gente assistiu
um vídeo da ponte da escola da ponte de portugal ea gente se encantou com aquela possibilidade de os alunos de lá tinham de contar como eles eram donos do processo como eles aprendiam como era como eles eram de verdade sujeito do seu aprender e aí a gente pensa que a gente também pode construir uma experiência a partir dessa inspiração e daí a gente foi atrás da secretaria de educação ea gente mas na pessoa de um pai que era cadeirante que ele fala bem até a inauguração do ceu butantã e esse pai disse eu vou entregar
para seguir para a secretária de educação a gente estava na administração da marta que começaram os céus e esse pai disse eu vou entregar pra marta porque eu sou cadeirante eu passo na segurança da prefeita e assim ele fez passou na segurança entregou o projeto para a secretária da educação e ela diz tudo bem eu vou na escola discute enfim foi na escola discutiu e aí a gente começa a estudar a escola da ponte e pensa quais são a quais são as questões é importante que a gente pode se inspirar e uma delas era tem
três pressupostos que nós nos a nos apropriamos e nós construímos na nossa realidade que é a questão da importância da participação das pessoas e que os professores pudessem viver de verdade uma solidez solidariedade em relação ao processo de ensinar e de aprender que a gente está o tempo todo fazendo então a gente pensava que dava pra ficar lá conversando o professor uma sala outro no outro o outro e aí a gente vai vendo ponte que era importante que todo mundo estivesse junto na prática pedagógica junto significa todos os estudantes numa mesma sala e todos os
educadores compartilhando o mesmo espaço de tempo bairro onde todas as crianças não ficam mais uma atrás da outra mas as crianças entram em grupos de até cinco estudantes ea idéia é que esses grupos sejam grupos muito mais permanentes que eles possam sendo construídos essa essa possibilidade da convivência entre as crianças e ao mesmo tempo o uso educadores estão todos no mesmo salão de pesquisa e de trabalho isso tudo gente não foi nada fácil e como que a gente ia fazer isso com a escola toda dividida em sala de aula a gente teve que quebrar as
paredes e transformar as pequenas salas de aula em grandes salões onde todos os educadores se encontram em todas as crianças encontro e aí nesse salão e que eu acho que acontece uma maravilhosa transformação é que daí a gente começa a repensar nossa a nossa atuação enquanto educador o conteúdo que a gente trabalha com as crianças o que significa disciplina e não disciplina então tudo isso vai sendo trabalhado por todos nós porque é muito forte quando tem essa configuração de um outro espaço né acho que quando a gente pensa que o espaço ele educa também é
em forma as pessoas então as crianças do amorim elas ficam o tempo todos convivendo em coletivos ao mesmo tempo que tem uma coisa que é super respeitada que o processo pessoal de cada um a gente tem roteiro de pesquisa desde o do 2º ano até o 9º ano cada cada ano tem uma quantidade de roteiros as crianças desenvolvem esses roteiros de pesquisa mas cada um cabe a todos os meninos do 6º ano por exemplo tem o mesmo caderno de roteiro mas cada um escolhe como que vai organizar esse seu caderno como que vai organizar esse
seu conhecimento e uma coisa muito bacana é que se a gente começa pensando numa história e depois por exemplo eu quero fazer um roteiro água e primeiro e depois eu quero ver o roteiro cidade tem um jeito de pensar e se eu faço primeiro roteiro memória e depois roteiro água tem outra questão outros links que eu vou fazer então a gente vai vendo como que cada story cada criança constrói o seu próprio currículo apesar de ter um currículo como pra todo mundo né e aí é essas do amorim ela tem que resolver fazer esses roteiros
e ao mesmo tempo ele tem oficinas ea sua oficinas todas são pautadas na cultura brasileira entendendo que a cultura nos liberta e nos ajuda de certa forma a viver o coletivo ea trabalhar porque não somos nós o que somos nós o qual é a diferença entre eu e o outro e que as diferenças são importantíssimas para nosso processo de crescimento então eu acredito que as crianças de inclusão euros também tem grupo ela não é responsabilidade onde existem clareza que todo mundo a responsabilidade de todo mundo dentro da escola então as rodas de conversas que acontecem
todos os dias elas rodam nesse sentido de todo mundo tentará se responsabilizar por todo mundo ao mesmo tempo que cada um tem as suas questões pessoais e que também tem que dar conta então o processo de aprendizagem dessas crianças é muito em do meu ponto de vista é muito interessante porque cada um vai construindo no seu tempo no seu processo ao mesmo tempo apoiado por um grupo de pessoas que estão o tempo todo cuidando deles daí cada querer cada grupo de até 15 estudantes têm também uma um dispositivo que chama tutoria um educador acompanha esse
grupo eo maior parte de um tempo grande por exemplo o 1º e 2º ano tem um tutor que acompanha depois ele vai para o 3º 4º e 5º ano quando ele fica com tutores e tutora acompanhe por e outro de 6º a 9º ano também tem um tutor que comprei porque a gente acredita nisso que o tempo também é alfabetizado dor e construtor de de tudo né de junto de uma pessoa então é muito importante que essas crianças consigam construir relações de temporais também o tempo faz com que a gente rude e aí a gente
pode ver os estudantes do amorim como eles mudam como eles conseguem conquistar coisas que no começo eles não conseguiram enfim esse processo todo de escola ele faz muito sentido e eu acho que o amor ea gente fez tudo isso pra ter pra fazer uma educação com o sentido então a importância de uma escola consentir tudo é muito duro porque não é simples parece que a gente vai contra tudo contra uma lógica vigente o quanto devia ser muito mais fácil fazer uma educação se eu falo isso devia ser aceito é por exemplo quando a gente fala
que hoje na cidade de são paulo e eu acho que isso que eu quero falar nesse nessa plenária quando a gente vê na cidade de são paulo voltar nota 'reprovação é muito grave é muito grave porque a gente vai pensando no modelo de educação que já não estava mais existindo lógico que tem as dificuldades mas há 20 anos desde o governo de luiza erundina a gente estava vivendo uma história de mudança de verdade de concepção de educação onde as pessoas podem de fato construir um processo agora quando a gente volta a dizer para as crianças
que elas têm que ter nota elas têm que ter que elas podem ser reprovadas uma coisa mais grave pra mim é que daí o fracasso da criança é só dela não tem a ver com a escola então como é que a gente de fato responsabiliza toda a sociedade por essas crianças a qualidade da escola no meu ponto de vista ela tem que ser cotada juntamente com os adultos não as famílias mais que precisam mais e ao mesmo tempo as crianças que têm mais dificuldade por n razões que a gente pode pensar mas é e elas
ainda têm mais essa carga de serem colocadas no lugar de incompetente então quando a gente fala e o que me motivou a vir aqui muito foi pensar um pouco nisso que eu acho que a sociedade a cidade de são paulo tem que dizer porque até o dia 22 a gente tem que pôr nota do ano numa plataforma de educação porque a gente tem o pressuposto é que a sociedade de são paulo que é isso para a educação e será que é isso a mudança da qualidade da educação será que dá nota e reprovar menino então
a gente tem que pensar sobre isso e acho isso uma coisa gravíssima que pode acontecer na cidade e quando a gente tinha estudado e é isso tudo que mudou foi na administração do paulo freire e é isso é uma questão de passar uma régua em cima e que não pode ser então enfim eu acho que quando a gente pensa numa ideia que transforma se dá a gente tem que ajudar a escola quem escolhe aonde como diz muito bem a gabriela escola onde começa tudo quando a gente começou o projeto o lugar mais a gente começou
não começou na escola toda começou o 1º e quinta série e aí todo mundo achava que a 5ª série e seu lugar mais difícil de trabalho foi um lugar muito mais fácil e que nos fez ver escola inteira porque no primeiro ano a gente os pais eram muito mais rígidos tinha uma escola na cabeça que era escola que eles tinham vivido então eles queriam tudo certinho que o menino atrás do outro não acreditava que a gente podia fazer uma mudança a gente não todos nós no sentido de que aquela escola é uma escola que é
construída todos os dias tem um professor que acabou de chegar na escola porque a gente segue todas as leis todas as regras ea gente não tem nada de diferente mas a gente consegue fazer uma possibilidade diferente de educação mas chegou um professor muito animado para trabalhar esse ano a escola vindo pelos sistemas normais da rede porque chama remoção e de quando ele chegou e falou assim olha semana passada ele me disse assim numa reunião que a gente estava fazendo de 0 a 100 99,9 por cento pra mim é de decepção em relação ao projeto desse
professor isso me deixa muito chateada primeiro que o professor super comprometido que tem feito uma diferença e ao mesmo tempo eu eu falei mas o projeto ele não está pronto ele é um projeto que tem que ser construído por cada um de nós o projeto só existe se nós fizermos ele todos os dias e isso é uma coisa muito difícil de ser compreendida a cidade não está pronta a unidade só vai pronta quando todos nós estivermos fazendo é um processo enfim eu queria dizer isso e agradecer essa participação