CICLO DO AÇÚCAR, ESCAMBO E ECONOMIA COLONIAL - HISTÓRIA DO BRASIL PELO BRASIL, Ep.3 (Débora Aladim)

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Débora Aladim
No terceiro vídeo da série HISTÓRIA DO BRASIL PELO BRASIL vamos entender sobre a economia do período...
Video Transcript:
[Música] a agente tudo bem com vocês sejam bem vindos a terceira aula do curso de história do brasil pelo brasil agora depois de entender um pouco sobre a administração colonial a gente vai falar de economia e principalmente do que a gente chama de ciclo do açúcar mas a gente vai entender um pouco dessa denominação depois nessa aula a gente vai aprender um pouco sobre as formas econômicas pelas quais a colônia é um brasil justo e sustentável nos primeiros anos aí da colonização principalmente o que a gente chama de escambo o plantation e o ciclo do
açúcar e no futuro a gente vai lá pra minas gerais para falar um pouco sobre o ciclo do ouro então assim primeiramente onde que lutou com um lugar maravilhoso é esse nós estamos no centro histórico de olinda que durante muitos anos foi capital de pernambuco uma das mais bem sucedidas capitanias hereditárias e não tem lugar melhor pra falar de açúcar não tem lugar melhor falar de economia colonial do que aqui onde muita gente ganhou muito dinheiro não só brasileiros não só elites do nosso país mas muitos estrangeiros que quiserem se estabelecer por aqui a gente
vai entender isso no próximo vídeo também mas é recife olinda são lugares ótimos com a gente tratar de economia porque aqui é igual a lei foi uma das mais bem sucedidas capitanias hereditárias aqui se estabeleceu muitos engenheiros atraiu muita atenção de muita gente o porto é o porto de recife sempre foi um dos mais bem sucedidos no brasil ele era muito mais próximo de portugal muito mais próximo da europa muito mais próximo na áfrica então aqui sempre recebeu um fluxo comercial muito grande então não tem lugar melhor de entender um pouco da economia colonial e
assim o primeiro fator de economia é que a gente já viu por alto na aula um do nosso curso é o escambo e escambo você provavelmente já ouviu falar muito na escola que aquela troca que ocorria entre índios e europeus nos anos iniciais aí do descobrimento né mais ou menos entre 1.500 e 1585 foi um momento onde essa troca foi mais freqüente porque né a primeira riqueza que foi encontrada logo de cara no brasil foi o pau brasil é tanto que a árvore vai dar nome do nosso país a madeira é o pau brasil ele
era precioso não só porque a madeira muito forte era muito boa para fazer embarcações móveis e tudo mais mas também porque da casa dá o candidato todos e tinta tinta vermelha que acabou virando um símbolo de nobreza é justamente pela qualidade e pelo preço e tudo mais então o pau brasil foi a primeira a riqueza que já foi encontrada logo de cara claro nec plus europeus ela não tinha o mesmo valor que a prata que os espanhóis encontrado nos países vizinhos que o ouro que depois têm mais a gente não conta lá em minas gerais
mas mesmo assim foi a primeira riqueza encontrada logo de cara e assim os portugueses né eles faziam essa troca com os indígenas eles tocavam a madeira que os indígenas cortavam por canivetes espelhos objetos de metal madeira enfim é eles faziam essa troca com os indígenas justamente porque todos portugueses aquilo não tinha muito valor enquanto dos indígenas as árvores eram muito então eles consideravam que era uma troca justa porque eram ferramentas que eles não tinham e não tinham como produzir e que os portugueses é maior porque eles não tinham assim é existe uma discussão historiográfica grande
entre muitos historiadores que acham que os campos foi uma forma de passar a perna nos índios é que eles foram assim é o tio usados netapp a ganhar dinheiro e tudo mais só que isso a gente vai entender um pouco mais tarde quando a gente fala um pouco sobre escravidão porque igual falei dos indígenas as árvores eram quase infinitas então então ele não tinha tanto você trocar uma árvore ou outro e tudo mais porque isso é muito importante a gente entender o valor que as pessoas estabeleciam determinadas coisas porque hoje pra nós que temos uma
visão mais capitalista é importante utilizar isso hoje para nós vale muito mais marvel que ganha dinheiro do que uma ferramenta que a gente não tem então isso é algo que a gente vê problema em ser um pouco mais pra frente mas é importante entender que a primeira troca comercial que existiu foi o escambo onde os indígenas é principalmente porque o pau brasil quando ele se esgotou no litoral eram os indígenas que irão mais dentro da mata para encontrar a árvore então eles cortavam as árvores já preparava a madeira e tocavam ela com os portugueses então
ok igual falei nem o esquema e foi mais freqüente nos primeiros 30 anos sair da colonização e depois mais ou menos de 1530 colonização vai começar a tomar forma e é muito importante frisar que em toda a américa latina as colônias elas tinham basicamente a função de garantir lucro da metrópole nerd dá lucro econômico garante produtos e garante ganho traz metrópoles ea política econômica da metrópole por muitos anos foi baseada em incentivo comercial em produtos que seriam exportáveis em grande escala e baseado na grande propriedade grande propriedade é que a gente é chamado de latifúndio
quando fala de fugir já podem entender que a gente está falando dessas extensões de terra gigante e o latifúndio ele vai estar presente até os dias atuais na história do nosso país né é muito comum a gente ouvir e de grandes donos de terra gente que tem terras do tamanho de estados do tamanho de países europeus pessoas que têm grandes dimensões de terra até hoje então isso começou logo no início da colonização eo agente final anterior as sesmarias elas criaram essa cultura do latifúndio no brasil que a gente nunca vai perder até porque na metrópole
ela tinha motivos para incentivar o latifúndio e para incentivar a produção de bens de consumo de exportação em massa porque assim primeiramente é muito conveniente você produzir algo em grande escala porque aí vai ter uma grande escala de exportação grande escala de venda então da latifúndios nela uma forma de garantir que tivesse uma grande produção para ter um grande comércio além disso é o latifúndio foi muito conveniente porque porque grandes pedaços de terra nem eles fazem com que a pessoa produza muitos excelentes porque né se houvessem pequenos proprietários muitos pequenos proprietários geralmente quando a pessoa
tem pouca terra nem quando ela tem uma potoca e cultivá lo as pessoas tendem a produzir mais para o consumo próprio mas sua subsistência e acabam comercializando o show todo o excedente que elas acabam produzindo então se uma pessoa tem muita terra ela vai acabar produzindo muito e acaba gerando muito comércio e muita troca comercial e aí que vai usar um termo muito famoso em inglês que é o plantation que essa forma de monocultura na monocultura no caso e você cultivar apenas uma espécie né então você vê em grandes plantações no futuro de cana-de-açúcar grandes
plantações de algodão no futuro grandes plantações de café esse esquema no esquema do plantel ele foi muito interessante da metrópole justamente porque produção em larga escala de um elemento que é exportável gera muito comércio gera muito lucro satisfaz os interesses da metrópole e assim pessoal agora que a gente começou a falar de economia não tem como fugir desse assunto a gente vai ter que falar de escravidão ea gente vai começar falando um pouco sobre a escravidão dos indígenas depois sobre escravidão os africanos porque essa troca ocorreu a gente vai não tanto os paradigmas um tanto
de ideias erradas que muita gente tem por falta de conhecimento mesmo então assim a primeira o primeiro fator que eu já vou ressaltar aqui que vocês precisam valorizar é que o brasil ele vai se tornar um país escravista não simplesmente um país que tem escravos mais um país escravista o que que é um país escravista um país escravista tem que ter duas características primeiramente os escravos tem que ser grande parte ou a maioria da população e isso não é daqui a alguns anos séculos vai acontecer então assim por exemplo a bahia nessa alvador no futuro
vai ser uma cidade onde vai ter mais escravos do que pessoas livres então no brasil durante muito tempo essa característica foi suprido né a população escrava corresponde a grande parte ou maioria da população é o segundo fator pra tornar um país um local escravista é que os escravos eles têm que estar envolvidos na atividade maior lucro econômico de maior importância econômica e isso no brasil sempre vai ser cumprido porque os escravos sempre vão estar envolvidas no cultivo da cana no cultivo do café na mineração sempre da atividade econômica de maior importância então o brasil e
vai ser considerado um país prevista por causa dessas duas características mas agora é assim né entendendo um pouco fala de economia no brasil é falar de escravidão porque os escravos a gente vai ver isso durante todo o curso a escravidão se manteve no brasil por quase 400 anos porque era simplesmente basicamente o que garantiu assim o que sustentava a economia do brasil né escravo você tem uma pessoa trabalhando mais a make de graça é totalmente gratuitamente para você é uma forma muito grande ganhar lucro o que os escravos eram casos mas em poucos anos ele
já superava ele já fazia ele já vai fazer valer o seu preço e causava um lucro gigantesco dos seus senhores além disso outro fator importante é que haviam poucas pessoas que serviram como trabalhadores assalariados pouca gente queria migrar pra viver nessas condições a essa pessoa poderia ter um pedaço de terra para que ela e trabalhar por outra pessoa e isso a gente vai ver muito na parte do brasil império quando começar a abolição da escravidão isso vai ser um problema muito grande além disso a gente tem a conveniência de ter uma pessoa trabalhando pra você
mas uma pergunta que é muito importante fazer porque que no início se optou pela organização indígena e não pela escolarização domingo assim o primeiro fator é quem já estava aqui é dos indígenas então já era uma mão de obra que estava presente aqui mas é muito importante porque a gente aborda muito é natural cachorro entre a escravidão indígena para a escravidão negra e é muito importante ressaltá que esse processo foi um processo que demorou muito tempo e variou muito do local em que ocorreu a época em que ocorreu então é fundamental lembrar que mesmo depois
que ocorreu o fim legal né da na escolarização da escravidão indígena ainda continuavam sendo escravizadas indiciar por muitos séculos eles vão continuar sendo realizado então essa essa transição da escravidão indígena prescrevi downey é uma coisa que vai variar muito de acordo com o tempo em que ocorreu na época já está falando e o local então é muito importante ressaltá isso então por exemplo em regiões periféricas como são paulo que vai custar se tornar um grande centro igual a gente conhece hoje a escravidão do índio ela vai persistir durante muito tempo a gente vai entender isso
também quando a gente começa a falar dos bandeirantes então é muito importante ter isso em mente e agora a gente vai entender por que trocar né porque optar pelos escravos africanos e para isso a gente tem uma série de razões tem que levar em conta um conjunto de fatores que levou essa opção a ser tomada o primeiro fator que a gente tem que levar em conta o fator que vai ter é importante a gente saber para desconstruir uma crença muito ruim ea gente tem que é o primeiro fator é que os índios existe uma cultura
totalmente incompatível com a escravidão e isso choca muito numa crença totalmente errada construída durante centenas de anos que muitas vezes chega até nós de que os índios eram vazios o que eles eram preguiçosos que a escravidão indígena foi trocada pela ficando inclusive não tinha vontade de trabalhar e que eles não trabalhavam bem e gente isso é uma coisa que você tem que desconstruir desde agora o rio está totalmente errado porque não o que eu quero dizer com uma cultura que é incompatível com a escravidão porque a cultura indígena ela diz tudo sobre subsistência e eles
tinham uma comunidade que trabalhava todo em conjunto na garantia sua sobrevivência o que é hoje em chama de produtividade de excedente pra eles não fazem sentido para eles não faz sentido trabalhar para produzir muito sendo que eles não precisavam de muito então o pessoal não é falando com a gente não gostava de trabalhar o que eles eram preguiçosos mas eles trabalhavam para a sua subsistência e quando terminava eles gastavam a sua energia com seus rituais religiosos com suas práticas culturais 10 não é importante produzir tanto o lucro não era valorizado feliz como era valorizado pelos
europeus um exemplo muito legal que a gente tem é de uma carta nem um registro histórico que a gente tem duas indígenas conversando com os europeus durante a prática do escambo né onde os indígenas eles perguntam pelos europeus por que vocês estão pegando tanta madeira vocês não têm madeira para se aquecer lá na europa e essa situação ela resume perfeitamente o que se passava na cultura indígena é porque eles viram os europeus tirando toneladas e toneladas de madeira que pra ele só tinha função simplesmente fazer fogueiras de se aquecer ele não imaginava um ganho comercial
um lucro capitalista naquilo e é muito importante entender que não é que os índios não gostava de trabalhar é que pra eles não fazia sentido você produzir toneladas e toneladas de coisas pra ganhar dinheiro com aquilo porque aquilo não fazia parte da cultura deles então um fator muito importante que levou à troca de civilização indígena pelo africano é primeiramente que os indígenas eles não gostavam de trabalho talvez não vê o sentido naquilo além disso né a maior parte das tribos indígenas tinham divisão de trabalho então por exemplo as mulheres geralmente eram responsáveis pela agricultura e
os homens pela casa então era muito comum que muitos homens se recusassem a trabalhar com os portugueses fazem na agricultura fazendo trabalhos que culturalmente não eram dados a eles e nesse caso é a gente pode estar duas práticas básicas de sujeição dos indígenas que os portugueses usavam a primeira é a escravização pura e simples você pegar uma pessoa fala você agora é meu e você agora trabalha pra mim a segunda forma é a forma religiosa de de sujeição porque a gente começou a falar dos jesuítas que vieram pra cá mas a vinda deles foi muito
importante porque catequizar os índios é tornar os índios mais é do pesado tornar os índios cristãos é da também em coma cultura uma cultura do trabalho uma cultura da pontualidade uma cultura da produção que não é natural que os indígenas então a colonização imposição da religião era também uma forma sujeitas à população e é claro né gente que estas duas políticas elas não sei que valiam os jesuítas neves tem um mérito aí vamos dizer de ter protegido os índios por muito tempo de ter sido contra a escravização dos indígenas terem protegido os índios contra a
escravização mas da mesa a forma que todo mundo eles não respeitavam a cultura indígena e queriam dizer culturas a necker eua impõem a sua cultura fazer essa violência cultural com outros indígenas durante muito tempo eles questionado até mesmo se eles eram pessoas a gente tem registro do padre manoel da nóbrega dizendo que os índios são cães em se comerem e matarem e são porcos nos livros e na maneira de se lançar no então não dá simplesmente para lavar mundo os jesuítas só porque eles tentam proteger os índios da escravidão e é importante ressaltar também que
os índios da mesma forma dos africanos a gente vai entender se mais tarde tiveram várias formas de resistência os índios surgiam circundavam a fazer trabalhos os índios se isolaram muito nesse isolamento que até hoje é muito frequente várias tribos indígenas ele data daí é claro que assim a 5 já eram espertos mas uma forma dos índios se revelar uma forma deles eles resistirem mesmo ela se isolaria e cada vez mais para o interior para não serem encontrados em além do que nem os indígenas eles tinham condições muito melhores de resistir ao trabalho escravo do que
os africanos porque enquanto os africanos eram trazidos para uma terra estranha os índios estavam na sua casa então eles tiveram muitas formas de resistência é muito importante ressaltar que eles não foram passivos a escravização eles não se deixarão escravizá facilmente eles fizeram muita guerra eles mataram um canto de gente e eles não aceitaram passivamente a escalação dos europeus além disso pessoal outro fator que muito importante assim senão vital prato da organização indígena pela ficando é o que o boris fausto é o historiador famoso boris fausto te amo muito delicadamente de catástrofe demográfica que é uma
forma muito humilde muito básica muito sigilo de dizer que o fato dos portugueses têm dizimado a população indígena dificultou que eles fossem escravizadas né pessoal eu não preciso nem falar igual já falei várias vezes que as doenças e epidemias trazidas pelos europeus mataram centenas de milhares de pessoas aqui no nordeste durante muito tempo teve crise de fome porque tanta gente morreu mas tanta gente morreu que estavam votando pessoas pra fazer plantações que estavam faltando alimentos básicos à população então nessa catástrofe demográfica essa morte em massa e de índios al dificultou muito nessa realização dos indígenas
o que muitos jesuítas se empenhassem também salvar essas pessoas não deixar os seis realizados é e fez com que a organização dos indígenas fosse tocada assim que houvesse a opção da escravidão africana também é muito importante falar das chamadas guerras justas né porque os portugueses receberam inclusive a autorização do papa foi feito uma bula autorizando os europeus a escravizarem os índios por guerra justa que é uma guerra justa é uma guerra por motivos religiosos né é você escravizar pessoa para catequizar lo ou então você por exemplo escravizar pela libertação que por exemplo você como curar
o índio que seria morta em um ritual alguma com o fazia e escravizar esse indígena então essas chamadas guerras justas era um motivo que eles tinham legalizado para escravizar os indígenas e assim só em 1758 que acordou abriu oficialmente na escravidão os indígenas é claro que na época tinha algumas exceções especialmente os coitadinhos dos aimorés que era uma tribo indígena aqueles particularmente desgostavam e permitir a expansão deles mesmo assim mas igual falei mesmo com a proibição muito indígenas continuam sendo os candidatos a lei não foi posto em prática mas mesmo assim ele já tinha uma
vantagem muito grande sobre os escravos africanos porque enquanto os índios eram quando é um protegido pela lei os africanos nem eram considerados pessoas legalmente eles eram considerados objetos posses então isso é muito importante a gente lembrar então assim 1758 foi banido oficialmente a escravidão indígena mas muito antes quem teve opção já título a cada escândalo dos indígenas e mesmo depois disso muita gente continua tentando economizar indígenas fica fica aí os os grandes paradigmas outro fator super importante trata da escravidão do indígena pelo negro era especialização isso é um fator muito importante porque muita gente né
outro paradigma que é muito importante a gente quebrar é de que o indígena foi tocado pelo negro porque o imaginado preguiçoso e porque os escravos negros eram fortes que eles eram mais potentes fisicamente sei lá o quê gente o escravos negros escravos africanos eles eram altamente especializados e isso é muito importante os portugueses não pegavam escravos em qualquer lugar ele sabe os locais exatos na áfrica as etnias que tinham as práticas de mineração que tinham a prática do plantio de açúcar então nos os escravos negros eles eram especializados as mulheres escravos negros que eram trazidas
no norte da áfrica elas tinham práticas milenares de mineração elas eram muito habilidosos para tratar do minério durante muito tempo lá em minas gerais só os negros sabiam pegar o outro só os negros sabiam as habilidades eles já sabiam muito bem como plantar cana como e como transformar aquilo tudo em açúcar então muitas vezes nem as pessoas têm essa visão muito básica muito raso de que os negros não buscavam simplesmente pela força física quando na verdade eram mão de obra especializada e por isso os responsáveis por muito lucro da coroa e além disso é muito
importante ressaltar que assim como os indígenas os negros tiveram séculos de práticas de resistência eles não assistiram tudo passivamente eles não foram passivas da própria fiscalização eles realizavam fugas muitas vezes até mesmo suicídio eles tentavam fazer revoltas mothes agressão contra os senhores abortos muitas formas de resistência à escravidão que é muito importante lembrar que a gente vai ver muito nas próximas aulas que a libertação dos escravos ou não foi simplesmente uma benevolência ela foi fruto de séculos de existência de séculos de pessoas que não assistiram passivamente que não se deixaram levar passivamente e não se
deixa escravizar passivamente os quilombos também foi uma forma de resistência muito famosa nesses lugares onde escravos fugidos se reuniu o que logo mais famoso de todos de palmares ele está aqui pertinho inclusive então é muito importante lembrar que os negros não se deixaram levar pastoralmente ele não deixa escravizar passivamente houve muita resistência e assim eu falei pra vocês como jesuítas tentado impedir a escada filmes indígenas como eles tentavam proteger os indígenas e isso não aconteceu com os escravos negros nem a coroa nem a igreja se opuseram à igreja muito pelo contrário defendia os papas já
fizeram bônus autorizado a escravidão dos negros eles tinham várias teorias tanto teorias religiosa que de que os negros eram descendentes de cam que era o filho renegado do noé então por isso eles tinham motivos para serem escravizados além de existir uma teoria sim típicas da época que falavam com os negros tinham crânio menor que eles eram naturalmente direcionados para serem oprimidos para serem escravizados da série subordinados que eles eram inferiores que eles não eram tão bons que eles não eram tão inteligentes que ele realmente era uma raça inferior bom que coisa absurda então assim existiam
teorias religiosa existiam teorias científicas mesmo que o fórum usadas por muitos séculos de desculpa e até hoje nessa um causa de um preconceito que ainda existe é muito latente na sociedade então assim eu não vou falar só sobre escravidão neste vídeo é a escravidão merece um vídeo inteiro só pra ela até porque não é o meu lugar de fala mas é muito importante que a gente começa a perceber durante essas aulas como que o preconceito que ainda existe na nossa sociedade não adianta negar que existe é ele vem de séculos atrás ele tem muito mais
de 400 anos e ele comer continuam muito depois da abolição da escravidão então a gente vai problematiza começa problemas agora e vai continuar problema adicional até o último disco outra questão muito usada para justificar a escravidão africana que a escravidão já era uma instituição existentes na áfrica as etnias africanas nelas tinham muitas vezes rivalidade elas fazem guerras e dessas guerras resultavam escravos mas gente um fator muito importante é primeiramente não é justificativa para você escalar uma pessoa em segundo lugar ou a escravidão ela ocorria na áfrica assim mas ela ocorreu por motivos étnicos por motivos
de guerra por motivos de realidades políticas e não por motivos de achar que o outro era inferior e principalmente não por motivos de cor da pele é porque aqui nas colônias da américa os negros foram escravizadas simplesmente pela cor da sua pele simplesmente por serem negros enquanto na áfrica eles eram escravizados por cerca de uma hora dilma tinha rival por serem de o reino inimigo por outros motivos que não diziam respeito a pre a um preconceito étnico eu inclusive tom e vitantonio lana mesma pra não usar o termo tribo pra não usar o termo tribal
porque esse é um termo muito combatido pelos historiadores né pelos estudiosos aí que se dedicam a estudar áfrica porque o termo tribo é o contrário de cidade ao contrário de civilização então você falar que eram tribos que eles eram tribunais é você falar de uma forma um pouco mais delicada que eles não eram civis o termo tribo por si só é carregado de preconceito já vão tentar desconstruir esse termo também então assim pessoal nem falando muito vazamento sobre escravidão falei muito pouco ainda tem muitas se falado mas eles não passaram por pouca coisa se passando
por muita coisa só para chegarem aqui no brasil ele já tinha que sobreviver a condições desumanas né os negros eles eram trazidos nos famoso navios negredo nem os escravos africanos a vontade dos navios negreiros em condições desumanas cerca de até até metade da população nos navios negreiros geralmente morreu muitos se suicidavam é muito se jogavam no ar porque ele sabe o que o destino deles para chegar aqui seria terrível então assim era uma vida muito dura era uma situação muito degradante e assim mesmo com a alta mortalidade nos negros eles tinham sua expectativa de vida
reduzida em mais de 20 anos quando ele se tornar um escravo justamente pelo pela vida pesada aqueles levá lo desde cedo no trabalho muito pesados mas mesmo com essa alta mortalidade mesmo com essa dificuldade deles chegarem até aqui a escravidão não deixou de ser altamente rentável e não deixou de ser um negócio altamente sustentável é porque pela por meio da exportação a foice renovando cada vez mais o stock de pessoas escravizadas as pessoas realmente tratados como mercadoria pessoas vistas como coisas legalmente tratadas como objeto que podiam ser vendidos ou alugados tocados doados mortos enfim você
podia fazer o que você quisesse com seu escravo porque ele era tratado como uma coisa então essa é uma visão muito importante a gente tem como que eles não eram vistos como seres humanos como ele não eram vistos como pessoas e é importante frisar que justamente por causa dessa alta taxa de mortalidade usa os africanos e tinha muita dificuldade de terem filhos em cativeiro porque pouco chegava à idade adulta o aborto é muito praticado como forma de resistência é muito difícil renovar o estoque de escravos naturalmente então os brasileiros neo a galera aqui do da
colônia vai se tornar dependente da exportação então o tráfico de escravos a comercialização de pessoas vai se tornar uma atividade altamente rentável e é por isso que falar de escravidão no brasil colonial é falar de economia então o pessoal dá para a gente imaginar como foi o tráfico de pessoas como o tráfico de escravos se tornou mais atividade econômica altamente rentável de forma que em um vídeo sobre economia colonial não tem como deixar de falar da escravidão e agora já está falando de economia é importante falar um pouco sobre o que a gente vai chamar
de exclusivo colonial porque né estamos falando aqui do brasil colônia estamos falando de um brasil submisso a portugal e estamos falando de um portugal passando pelo mercantilismo a gente já falou um pouco sobre isso na primeira aula mas na época eles achavam que trazer uma economia forte e tinham que acumula muitos metais preciosos que eles tinham que tirar sua riqueza de várias formas filma das técnicas utilizadas nessa época para garantir que as metrópoles tivessem maluco era chamado exclusivo colonial que era basicamente impedir ao máximo que navios estrangeiros chegassem trazem objetos materiais comércio e imitar também
o comércio dora da colônia à metrópole então basicamente escuras em colônia garante que o brasil só receber esses produtos portugueses ou a venezuela portugal claramente receber produtos portugueses muito mais caros para garantir o maior lucro e fornecer os produtos para portugal num preço muito mais baixo do que portugal pudesse comercializar por um preço mais alto garante assim um lucro muito maior mas a gente vai ver isso no próximo vídeo durante muito tempo isso não foi possível porque vários estrangeiros vão chegar aqui vão tentar tirar uma casquinha de se comer se altamente lucrativo seja de pau
brasil seja açúcar seja do comércio de escravos a gente vai entender isso melhor depois a pirataria nela foi muito freqüente o contrabando ele foi muito frequente então a gente vai entender um pouco depois das invasões estrangeiras durante muito tempo esse lugar nessa cidade que hoje chama de olinda que a gente chama de recife foram governados por holandeses os franceses chegaram a fazer reinos chegar a construir cidade chegaram até o governo os mesmo aqui dentro do brasil mas a gente vai entender depois então é tendo todos esses fatores em mente não só pirataria e tudo mas
é importante lembrar que o exclusivo colonial na ele variou muito de acordo com o lugar de acordo com as circunstâncias porque em portugal não era uma nação tão forte tão poderosa assim a ponto de poder limitar o seu comércio com outras nações então durante muito tempo portugal teve que abrir brechas na exclusive colonial então essa condição nessa condição de exclusividade ela vaiou muito de acordo com a época principalmente em relação à inglaterra a gente vai entender isso mais tarde como que a inglaterra forçou muitas vezes a entrada no mercado do brasil então o exclusivo ele
vai variar muito de acordo com a época e agora pra finalizar esse vídeo a gente vai entender a problemática também um dos mais importantes ciclos econômicos ea gente o problema é justamente o momento o ato de ciclo econômico que é o do açúcar como que a produção açucareira foi muito importante aqui no brasil como foi muito importante na economia colonial e assim durante muito mais do que o período da colônia e esse é um dos fatores que nos trouxe a gravar esse vídeo em recife justamente porque pernambuco foi igual falei no último vídeo uma das
capitanias hereditárias mais bem sucedida justamente pela produção de açúcar pela relação mais amistosa que eles tiveram com os meninos então assim essa região ela sempre foi uma região muito rica e muito bem sucedida pela instalação de de engenho de açúcar então a gente vai entender basicamente o que é isso e como funcionava o ciclo do açúcar então a primeira coisa que a gente tem de entender é que a história da sua canela varia muito desde o uso até a posição geográfica porque né gente igual foi no início o açúcar ele é uma especiaria ele era
um item raríssimo ele era um item caríssimo ele era um item muito difícil conseguir até porque desde você transformar uma cana até o açúcar refinado é um processo muito longo que envolve vários fatores então açúcar é extremamente caso era extremamente bem visto é não entendi luxo gigantesco pelos europeus e além disso eu acho que não é originário aqui no brasil isso é importante a gente falar não é uma planta nativa do brasil mas estabeleceu muito bem principalmente aqui no litoral então isso foi uma forma muito grande de extrair que é que os portugueses encontraram aqui
no brasil porque eles não encontraram a cana de açúcar que logo de cara ele simplesmente descobriram que o terreno daqui é muito bom para o plantio dessa dessa planta que trazia muito lucro pra eles então a instalação da rede feitorias de plantações de cana foi uma forma muito grande de arrumar lucro de conseguir uma renda ir para a metrópole então assim em 1530 1.550 começaram a ser feitos vários engenhos instalar várias plantações de açúcar em todas as capitanias hereditárias de pernambuco são vicente e todas elas começaram a funcionar os maiores centros açúcar eles foram aqui
em pernambuco e na bahia e os engenheiros basicamente eu tô falando muito dessa palavra os engenhos basicamente é um centro a produção era um local não só onde o senhor de engenho é que governava aquilo tudo aquela aquela produção toda morava mas onde era produzido onde era plantado onde era moído onde era processado onde tudo é produzido mas é muito importante a gente lembrar né agente ressaltar que aqui no brasil não existiu refinarias de açúcar o brasil produzir o que se chama de açúcar barreado o que não significa que ele não fosse de qualidade até
porque o açúcar o barreado antes e refinado ele poderia ser transformado tanto no açúcar refinado branquinho que a gente conhece tão bem quanto no açúcar mascavo que tinha um valor menor mas mesmo assim continuava sendo muito produtiva e muito comercializado então o engenho abrangia dentro desde o local onde a planta da cana até o local onde tudo era processado onde tudo é feito também abrange as em salas nem onde viu os escravos que trabalhavam arduamente e era um trabalho realmente muito duro muito escravos perdiam a mão perdeu um braço trabalhando aí nas máquinas que moíam
nas máquinas que troque transformavam a cana no açúcar essa logística toda do engenho ela também é muito tratada no livro muito famoso muito questionado pelos historiadores feito por um livro de um autor pernambucano que o livro casa grande senzala e trata justamente nessa relação que existe entre a casa grande que é onde morava o senhor de gente ea seus alas que era onde ficavam os escravos e tudo isso dentro do próprio gênio só que é muito importante ressaltá aqui essa é uma obra famosíssima muito importante na nossa literatura mas ela tem que ser questionado o
tempo todo porque o livro do gilberto freyre neto é romantismo muito a relação entre senhores e escravos até escravização de uma forma muito pacífica de uma forma muito passiva como os escravos fossem bem cuidados como escravos gostassem de instalar então eu estou mencionando essa obra porque ela é muito importante historicamente o nosso país e para a nossa literatura mas a gente tem que problematiza arcada pela fao e nem gente eu não preciso nem falar que com esse poder todo os senhores de engenho se tornaram uma grande elite no brasil eles eram muito poderosos eles tinham
muitas terras eles tinham muito dinheiro eles eram mesmo tempo temidos e respeitados por todo mundo e é muito importante falar que eles eram mais tocar a cia de muita riqueza muito poder mas não uma nobreza hereditária da mesma forma que ocorria na europa então discutir até de título comprar títulos não eram título 0 editados não passava de pai pra filho e não tinham a mesma visão tanto que aqui no brasil nunca pegou essa humana e de títulos de nobreza da mesma forma que na europa era algo muito importante mas pessoal é muito importante que a
gente não exagera na estabilidade que os senhores de engenho tinha até porque os engenhos mantiveram o mesmo nome durante séculos mas mudaram de dono várias vezes porque você estabeleceu engenho tinha muito risco variava muito tinha oscilação econômica depende de um grande investimento então podia trazer tanto o lucro quanto trazer uma falência então os engenhos foram muito mais permanente que os seus senhores eles eram muito poderosos na cela uma coisa de risco não era uma posição que não era garantida durante toda a vida e por fim a gente vai entender porque é que eu tô falando
circula entre aspas mesmo vôlei descobrimento entre aspas e muitas com a gente vai usar entre aspas porque né pessoal estou falando em ciclo do açúcar simplesmente para facilitar o entendimento do que a gente está falando né porque muitas escolas e muitos livros didáticos é dado esse título a essa conjuntura aí ao período em que o açúcar esteve vigente e na economia do brasil mas os historiadores não usam mais o termo ciclo justamente porque ciclo é uma coisa que dá idéia de início meio e fim sendo que o açúcar é pessoal e não foi uma coisa
que começou o jogo continuou e terminou e nunca mais ocorra a gente fala muito em ciclo das chuvas se cuidou do ciclo do café mas não é como o city começou a terminar o ciclo do açúcar começou e terminou o ciclo do ouro começou e terminou o ciclo do café foram conjunto das então mesmo depois que descobrirem onde minas gerais aqui vai continuar produzindo açúcar pode ser menor quantidade pode não ter sido tão importante mas vai continuar sendo produzido então é preferível toca no local no hemiciclo pelo nome conjuntura é conjunto do açúcar conjunto do
café conjuntura do ouro enfim houve fases melhores houve fases piores mesmo depois da descoberta do ouro açúcar vai continuar sendo muito importante na economia colonial então a gente vai desconstruir esse termo aí porque daqui a pouco a gente vai compreender um pouco mais sobre o ciclo do ouro e como ele vai trazer muita gente aqui para o brasil mas eu sei que ainda está longe então eu vou parar por aqui eu espero que vocês tenham gostado espero que tenha aprendido uma ou duas coisinhas e bola pra próxima aula se você gostou de deus mas nesse
vídeo valoriza o meu trabalho se inscreva no canal e até a próxima aula com um beijo [Música] ó [Música]
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