olá pessoal estamos aqui para mais uma aula do curso de psicologia do desenvolvimento dentro do curso de licenciatura em ciências da univesp nessa aula a gente vai tratar do tema de compreendendo o sujeito psicológico essa é uma discussão importante porque geralmente quando a gente lê livros e estudos sobre a criança dentro de menos de um ano filmes lendo livros ouvindo professores geralmente a gente ouve essas pessoas falando que a gente onde um sujeito ideal que é o sujeito ideal é aquele sujeito que o motor como piaget como bigode como fred que eles descrevem um sujeito
específico que eles conheceram durante a sua actividade profissional e de repente tentam generalizar esse sujeito como se fosse um sujeito ideal que representasse todos e cada um dos seres humanos com que a gente convive então quando a gente fala de sujeito psicológico compreender sujeito psicológico é tentar entender a complexidade desse sujeito que ele não é muitas vezes o que a gente vê em algumas das teorias quando a gente vai discutir um pouco mais adiante mas quando a gente estuda por exemplo o desenvolvimento cognitivo de uma criança é claro que uma criança que estava na nossa
sala de aula não é exatamente aquela criança que o ppi a gente escreveu no seu livro ou em alguns dos textos que escreveu essa criança é muito mais do que aquilo é esse com sujeito psicológico eu estou trazendo pra vocês o sujeito epistêmico convenciam sujeito ideal é aquele sujeito que tenta representar a universalidade aquilo que é comum em todos os seres humanos mas a gente não vai encontrar esse sujeito epistêmico dentro do joãozinho da mariazinha que estão dentro da nossa sala de aula porque sujeitos são complexos eles têm outras características que não são apenas aquelas
que a gente está falando do sujeito esse tempo que como que ele tem uma estrutura lógica matemática ou como que ele tem uma determinada fase do desenvolvimento psicossexual cada um de nós e cada aluno nosso é muito mais complexo do que isso que é isso um pouco tentar entender nessa aula e pra começar eu vou falar um pouco do que é dentro da da filosofia da da teoria do conhecimento do que é o pensamento simples o simplificador ea minha referência é edgar morra sociólogo francês que trabalhou com isso que colocou como teoria que os pensamentos
simples ele desintegra a complexidade do real ele mochila reduz cega e trata de maneira unida emocional a realidade a gente vai ver num nos exemplos a seguir que essa é uma tendência normal em algumas teorias na grande maioria dos autores que exatamente pegar o todo e fazer a redução para uma parte é isso que ele fala de mutilar quando eu tempo analisar uma criança que não aprende apenas olhando aspectos cognitivos ela tem uma determinada estrutura ou não essa é uma forma de mutilar essa criança que essa criança não é só uma estrutura mental que aprendi
a escrever a ler por exemplo é muito mais do que isso então o que é uma vantagem a manutenção é que esse pensamento simplificador quando a gente emprega pra analisar toda criança na escola ou na nossa vida pessoal a gente pode estar mutilando a totalidade dessa criança e na mesma dimensão a gente faz isso através de três tipos de de princípios a disjunção redução e abstração eu não vou entrar em maiores detalhes que o objeto dessa aula mas basicamente quando a gente fala de uma disjunção nós estamos dizendo que a gente separa o todo a
gente vai ver isso daqui a pouco em algum alguns slides onde é essa separação da mesma forma com que a gente separa as disciplinas a gente pega água estuda no momento com 1 biologia essa mesma água estudada como química daqui a pouco essa água produz cultura é a gente também quando o estudo ser humano a gente também faz essa separação a medicina por exemplo elas e para ela de um é essa aí o sentido de junção elas e para por exemplo as diversas partes do corpo e você cria especialidades da medicina que vão estudar o
joelho o fígado o cérebro eles é tetra e na sala de aula gente separa a parte cognitiva a parte afetiva o corpo a parte biológica ea parte sócio cultural das crianças e ser feita através de uma disjunção de uma separação do todo em partes da mesma forma a redução como os exemplos que eu dei agora pouco é quando a gente tenta reduzir essa parte ao todo é quando analisando por exemplo uma uma rede uma disjunção por exemplo a questão da da competitiva a gente infere que aquela criança é a parte cognitiva a gente fala mal
daquela criança a gente disse que ela não é inteligente ou mesmo que ela é burra porque porque ela não tem aquele determinada condição de aprender um conteúdo que estão ensinando ela isso é uma redução reduzir toda a complexidade de um ser humano a um aspecto da vida dele que é a aprendizagem de um conteúdo x y ou z que a gente está trabalhando naquele momento e ao mesmo tempo a abstração é outra característica que é quando a gente procura é estabelecer modelos abstratos para explicar coisas concretas no sujeito de carne e osso que o brinco
que é o sujeito psicológica somos nós aqui cada um de nós aqui a gente passa a criar por exemplo estereótipos sobre determinado sujeito que é uma abstração sobre uma uma pessoa de carne e osso com que a gente convive no dia a dia para trabalhar no outro aspecto também eu gostaria mesmo de chamar a atenção de vocês também quando a gente fala do desenvolvimento humano a gente está falando de modelos de desenvolvimento humano e que geralmente eles vão seguir essa reta ascendente a maioria das das teorias em psicologia elas vão estabelecer fases estágios como vocês
vão ver aqui mas lembrando que essas teorias dentre os pontos de vista que eu estou apontando pra vocês aqui elas geralmente tem essa característica de junção e de redução de portanto de pegar ao falar que o desenvolvimento cognitivo se dá numa fase como é sensorial motora operatório pré-operatório operatório concreto operatório formal eu estou fazendo uma na lisa de uma característica dessa criança e geralmente estabelecendo um modelo de desenvolvimento que começa em baixo e ele vai evoluindo em direção a níveis cada vez mais avançados a mesma forma eu posso fazer um desenvolvimento psicossexual psicoafetivo e falar
de uma fase oral de uma fase anal e e assim por diante este é um modelo que geralmente utiliza na psicologia do desenvolvimento mas quero chamar a atenção para vocês têm que tomar cuidado quando se aplicado de forma reducionista ou de forma de separar ou isolar as partes dentro da complexidade que é cada ser humano e cada aluno com quem a gente interage na nossa sala de aula para avançar nessa discussão eu quero começar a mostrar pra vocês agora exemplifica através dessa dessa outra imagem aqui é o que esse sujeito psicológico colocando aqui psicológico eu
vou representar tanto tem um lado consciente com um lado não consciente tomando cuidado que eu não estou usando o tema que inconsciente porque ele já é um fruto de algumas teorias eu não estou falando aqui de nenhuma teoria específica que fala do inconsciente com a psicanálise nada disso eu tô dizendo que todos nós aqui temos milhares de processos que são não conscientes o nosso próprio organismo está sofrendo ele está realizando uma série de reações metabólicas aqui por exemplo que a gente não tem consciência dela as nossas células estão se dividindo tá acontecendo um determinado é
síntese de uma proteína etc tudo isso no nível não consciente então não estou falando do inconsciente psicológico aqui nesse caso eu tô falando que todos os nossos modelos todas as nossas dimensões elas possuem uma uma dimensão não consciente que interagiu o tempo todo com a nossa parte consciente que essa com que a gente hoje fala com que a gente interage com as pessoas normalmente e ao mesmo tempo a gente precisa lembrar que nessa interação é não se esqueça quando a gente falou de uma de uma de teorias inter acionistas a gente está falando que é
sempre uma interação entre o sujeito psicológico o que eo meio no objeto de conhecimento um meio que é sempre um composto de coisas físicas de pessoas e de cultura então essa representação que eu uso é a primeira vez que eu ouvi um modelo semelhante à esq saque foi um psicólogo francês jean marie dore mas que hoje eu desenvolvi em vários outros sentidos mas exatamente ele procura mostrar essa interação entre o sujeito e um meio que portanto é composto de coisas objetos pessoas e também de uma cultura e fazemos dentro daquele modelo de é redução e
de disfunção que a gente tava explicando é como se eu fosse trabalhar porque agora com o desenvolvimento cognitivo e aqui eu vou fazer uma análise dessa criança sobre o desenvolvimento cognitivo como fez o próprio que haja então ele vai analisar como essa criança começa desde o nascimento a construir conhecimentos e ele vai portanto numa numa primeira fase sensório-motora depois uma fase pré operatória ele vai descrevendo cada um dos processos com que essa criança desenvolve na construção das estruturas e lógico matemática dela portanto essa é uma parte desse sujeito é parte do sujeito cognitivo se eu
for nenhum outro autor posso tá pensando o quê exatamente nuno fraude em algumas teorias psicanalíticas ou mesmo outras teorias que vão analisar a questão do desenvolvimento afetivo nós vamos ver que esse sujeito psicológico é muitas vezes é essas teorias analisar apenas à dimensão afetiva dele como ele se desenvolve do ponto de vista afetivo desde o nascimento até a vida adulta ou até à sua morte durante a velhice em todo momento então essas teorias muitas vezes nós vamos ver vários autores no campo da psicologia que vão fazer a descrição do desenvolvimento afetivo como que geralmente uma
criança de 1 ano de idade se relaciona com o mundo à sua volta depois quando ela tem 45 anos de idade elas se relacionam com o mundo com a família que já com com a escola nós vamos de novo que vendo com o que é esse é o sujeito epistêmico que a gente estava falando o sujeito ideal que a gente está falando ele portanto ele é recortado em uma parte somente na sua dimensão afetiva com a gente faz esse tipo de sulley esse tipo de autor eu estou querendo com isso é chamar a atenção para
o perigo que a gente corre ao fazer leituras parciais na totalidade que cada um dos seres humanos uma outra dimensão que todos nós possuímos é uma dimensão sociocultural além da gente interagir com o meio sociocultural a gente também tem dentro da gente uma cultura a partir do local onde a gente nasce aquilo que a gente já compreendeu dentro com a nossa família com a escola com a língua com o país não a gente nasceu e se toda essa interação ela vai incorporando dentro da nossa vida consciência consciente e não consciente elementos dessa cultura por exemplo
própria língua portuguesa que eu falo a língua ela é resultado de uma cultura portanto hora tudo aquilo que eu aprendo ele está impregnado eu tenho conteúdos conscientes e não conscientes dessa dessa língua a mesma coisa que eu posso pensar de um determinado conhecimento que tem a ver com um universo onde eu vivo naquele naquele determinado país por exemplo que gosta de futebol isso faz parte dessa nossa dessa nossa cultura e portanto muitas vezes alguns autores vão pegar somente essa dimensão e vão querer explicar o desenvolvimento humano simplesmente a partir da cultura do sujeito nasceu e
aquilo que ele aprendeu nessa perspectiva finalmente ou indo pra uma quarta dimensão é a dimensão biológica que geralmente a gente vê ela muito na em manuais de medicina onde o agente veio hoje a questão por exemplo da hereditariedade a gente vê muitos manuais medicina que vão dizer contra criança no seu desenvolvimento ela foi saindo por exemplo de uma de um determinado órgão que ainda não está totalmente desenvolvido como cérebro como as próprias mãos a habilidade de movimento e como que à medida que o tempo vai passando de novo aquela 7 é ascendente é cheia de
fases como que é essa a psicologia ela foi dividido em fases e foi explicando parcialmente cada um dos tipos de desenvolvimento que a criança tem no caso biológico a medicina ea psicologia junto dela foi demonstrando como que por exemplo uma criança desenvolve um órgão durante os dois primeiros anos de vida onde desenvolve uma capacidade motora por exemplo no terceiro e do quarto ano de vida e tudo bem porque o que a gente precisa entender disso que dessas quatro dimensões que a gente falou até agora aqui que eu falei até agora é que todas elas são
frutos de teorias muito bem elaboradas muito bem desenvolvidas durante muito tempo por pesquisadores brilhantes mas que a gente precisa ter cuidado porque geralmente elas são vistas de forma reduzida de forma reducionista onde apenas se olha um aspecto da vida dessas pessoas e aí que a gente chega num nessa ideia do pensamento complexo para ajudar a gente entendeu como que a gente foge desse princípio da da redução da simplificação né da junção e vou utilizar novamente o edgar morra como referência quando se fala com o teoricamente que a complexidade é um fenômeno quantitativo ela pressupõe uma
quantidade extrema de interações interferências entre o número muito grande de unidades quando eu tô falando aqui conceitualmente de qualquer fenômeno que vai ter uma quantidade enorme de de interferências de coisas relacionadas de acordo com mann também a complexidade ao tecido de eventos ações interações retroações determinações há casos que constitui em nosso mundo fenomênico o chico essa palavra fenomênico mas a gente começa a entender que na verdade a complexidade é tudo aquilo é todo aquele fenômeno pensa em uma sala de aula é a quantidade de fenômenos que estão acontecendo simultaneamente quantidade de sentimentos e emoções de
corpos que estão ali de culturas diferentes religiões diferentes certo de condições com objetivos diferentes no mesmo espaço ou pensando na criança quando ela tem todas essas características de cada uma delas um em cada um de nós quando ela interage as pessoas interagem elas exatamente o que elas fazem é ter uma série de ações fenômeno infinidade de carácter de variáveis de fenômenos que estão ocorrendo simultaneamente e que impedem o que a gente possa fazer uma leitura reducionista no mundo real da sala de aula por isso que a forma com que utiliza para representar essa essa complexidade
de cada um de nós de cada ser humano ou de sujeito psicológico é um sujeito de carne e osso que não é um sujeito e sistêmica que lhe foi recortado só para analisar como está o desenvolvimento da estrutura dele só pra dar como está o desenvolvimento moral dele o combustível o desenvolvimento biológico desse ser humano eu preciso entender que ele é tudo isso que simultaneamente cada um de nós e cada criança ou cada aluno na nova sala de aula ele possui uma dimensão biológica ele possui uma dimensão cognitiva ele possui uma dimensão sociocultural e ele
possui uma dimensão afetiva que interage com o mundo físico interpessoal e sócio cultural essa interação ela ocorre através do que eu vou chamar aqui teoricamente de alguns mediadores desse processo dessa interação que são milhares de elementos que mediam essa relação nossa por exemplo no caso o esquema cognitivo exatamente aquilo que o piaget a chamar na sua teoria dos esquemas motores por exemplo todos os esquemas mentais no caso da cultura a linguagem a linguagem é uma é um elemento do nosso na nossa dimensão sócio cultural e que ela que a gente utiliza para interagir não só
com as pessoas com o mundo com o mundo físico para nomear as coisas mas também com o nosso próprio organismo a nossa contribuição com a nossa fé todo mundo fala a linguagem ela tem um papel muito importante no desenvolvimento afetivo do desenvolvimento é cognitivo no desenvolvimento biológico é a linguagem por exemplo como uma coisa cultural quem exatamente essa mediação da mesma forma os sentimentos dentro da do desenvolvimento é afetivo nós temos por exemplo sentimentos de raiva de amor e de ódio que ajudam nessa interação do sujeito com o mundo externo e também o mundo interno
sinto raiva de mim mesmo e só isso pode afetar o meu desenvolvimento cognitivo isso pode em criar problemas até no meu próprio desenvolvimento biológico porque a eu tenho determinada condição é afetiva que cria problemas para o meu desenvolvimento é biológico também na minha relação com o mundo cultural comigo mesmo através de sentimentos e por fim do mundo biológicos neurotransmissor transmissores pensando no funcionamento do cérebro o meu um determinado estado de ano pode gerar por exemplo a falta de um determinado neurotransmissor ou eu tenho uma deficiência de um determinado neurotransmissor que vai ter relação na minha
aprendizagem cognitiva dos meus afetos e também na minha relação com a linguagem por exemplo então são esses mediadores vamos dizer assim que pertencentes a cada um dos sistemas ou dimensões que compõem a nossa dívida individualidade o sujeito psicológico vão compor o que é cada um de nós a nossa identidade nossa personalidade agora se a gente parar pra pensar na quantidade de sentimentos e emoções de neurotransmissores que são milhares de sistemas cognitivos de palavras que a gente tem na nossa vida imagina tudo isso interagindo simultaneamente é um fenômeno extremamente complexo e portanto para poder terminar um
pouco com essa discussão e terminar com a com essa aula o o objetivo central é mostrar para vocês essa complexidade e tentar chamar a atenção pra tentativa que muitas vezes a gente faz em sala de aula ou muitas vezes a nossa própria família com a gente com amigos de redução da complexidade do ser humano de achar que o nosso aluno ele não aprende a porque ele tem um problema de família e um problema efetivo pai ea mãe se separaram o ele tem um problema ele ele está aprendendo a o meu conteúdo porque ele tem dificuldade
de linguagem e nunca aprendendo porque ele tem o problema é neurológico ou ele não está aprendendo porque ele tem um problema cognitivo de uma estrutura operatória que ele não construiu tudo isso a gente precisa analisar de forma complexa pra não muitas vezes criar estereótipos e não achar que as crianças aprendam não aprende por conta de parte do todo que precisa aprender a compreender essas crianças sujeito de carne ou se cada um de nós aqui como sujeito complexos como este aqui isso muda um pouco a nossa visão e sala de aula e da forma com que
a gente lida com os nossos alunos e alunas bom é isso por essa aula obrigado um abraço a todos ea todas