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Video Transcript:
Muito boa noite, meus caros! Sejam bem-vindos. Este é o programa Lente Católica, um programa semanal sempre às 21h30 aqui no canal do YouTube da Comunidade Católica Pantocrator, sempre às segundas-feiras. No Lente Católica, nós trazemos temas de interesse que possam ajudar no nosso crescimento na fé católica. Eu sou professor Rafael Tonom, sou leigo consagrado aqui da comunidade e, todas as segundas-feiras, faço companhia a vocês aqui e realizo este momento de bate-papo para que a gente possa crescer junto e se aprofundar na vivência da nossa fé. Gostaria de acolher, sobretudo, aqueles que estão chegando aqui no
Lente Católica pela primeira vez, que não conheciam o programa e estão se conectando conosco agora. Então, sejam muito bem-vindos! Eu esperarei por vocês todas as segundas-feiras, né? Quem não puder assistir ao vivo — muitos de vocês conseguem, outros não conseguem, mas depois o programa fica aqui no nosso canal do YouTube, né? Então, basta que você faça sua inscrição no canal, ative as notificações e assim você pode receber os conteúdos da Comunidade Católica Pantocrator. Gente, eu o apresento, né? Mas muita gente fala “Ah, é seu programa”. Na verdade, é um apostolado da Comunidade Católica Pantocrator. No
entanto, eu tenho também lá o meu canal pessoal. Meu canal pessoal é Rafael Tonom — Rafael com PH e Tonom, T-O-N de navio, O-M. Só procurar Rafael Tonom que você já encontra lá o meu canal. Aí sim, no meu canal pessoal, eu falo de história, falo de outros temas, falo de educação e falo de religião, falo da nossa fé também. E faço, todos os dias de manhã, uma meditação às 6h da manhã, a partir dos textos de Santo Afonso de Ligório. Então, tem o meu canal pessoal e tem aqui o canal da Comunidade Católica Pantocrator.
Você pode se inscrever nos dois e aproveitar o conteúdo de ambos os canais, né? Aqui, no nosso apostolado, toda segunda-feira nós temos um tema diferente. E hoje nós vamos falar a respeito da Santa Missa. Antes de começarmos, eu já peço a você que escreva, coloque aí no chat de onde você está falando, de qual cidade, de onde você nos assiste e quais são as intenções pelas quais você quer rezar nesta noite. Então, comente aí! Nós já vamos fazer a nossa oração inicial. Antes da oração inicial, eu já aproveito para agradecer todos aqueles que têm contribuído
com a manutenção dos nossos apostolados digitais. É a nossa campanha: todos os meses, nós fazemos uma campanha pela evangelização digital. Neste mês, já atingimos 56% do valor da nossa campanha — né, que está bom! Estamos no meio do mês, hoje é dia 16. Então, já atingimos um pouquinho mais da metade da nossa meta mensal. Precisamos fechar os 100% até o fim do mês. Se você já contribuiu, Deus lhe pague! Se não contribuiu e deseja contribuir, os meios para você contribuir estão aqui na tela. Você pode fazer uma transferência bancária — tem os dados do nosso
banco, a conta corrente da Comunidade Católica Pantocrator — ou você pode também fazer uma doação usando o QR Code que está aí na tela ou ainda uma doação por chave PIX. A nossa chave PIX é o nosso telefone celular aqui da comunidade: 1999 399 5316. Essa é a nossa chave PIX, mas também é o nosso meio de contato com vocês caso queiram obter qualquer informação a respeito da comunidade, queiram saber a respeito de horários de missa, enfim, retiros, aquilo que desejarem saber. Vocês podem perguntar, podem utilizar este telefone e entrar em contato conosco que alguém
da nossa equipe irá responder você. Se quiser mandar também suas intenções de oração, enfim, pode utilizar este número de telefone. Tá bom, vamos fazer a nossa oração inicial e já entramos no nosso tema da noite de hoje. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos
retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua Consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém. Nossa Senhora, Nossa Mãe, Cede da Sabedoria, acolhei os nossos pedidos e intenções de oração e apresentai-os a Jesus, o Vosso Divino Filho, para que, de acordo com Sua lei e vontade, Ele possa olhar para estes nossos pedidos e, se forem conforme Sua vontade para o nosso bem e para nossa salvação, que nos atenda. E se não for para o nosso bem e salvação, que Ele disponha destes nossos pedidos como Lhe aprouver. Mãe Santíssima, intercede por nós, ajuda-nos
a ser bons filhos Teus. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós dentre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Que o Senhor Todo-Poderoso nos abençoe e nos guarde, e nos livre de todo o mal, hoje e sempre. Amém. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, meus caros, boa noite a quem está chegando! Quem já sabe aí que o nosso tema é sobre a Santa Missa...
Bom, para quem olha o tema de hoje, às vezes dá até um susto, né? Porque a gente fala, “ler lá o tema: os 10 erros mais comuns na celebração da Santa Missa”. Aí muita gente pode pensar que, talvez, hoje o tema do Lente será levantar aqui os erros litúrgicos nas paróquias... Aí não, né? Não é nada disso. Esses erros litúrgicos nós sabemos que existem; não precisamos ficar remoendo esse tipo de coisa, porque sabemos que é uma realidade. Existem abusos litúrgicos, existem erros litúrgicos, mas não é a respeito disso que nós iremos conversar nesta noite. Nós
vamos conversar a respeito dos erros mais comuns cometidos por nós mesmos, nós, fiéis leigos, quando vamos participar ou assistir ao Santo Sacrifício da Missa, né? Então, o que acontece? O que nós, às vezes, acabamos fazendo, praticando e que é estranho ao espírito da liturgia e nos faz obter menos fruto do que poderíamos se fizéssemos aquilo que a Igreja manda fazer. Então, é a respeito disso que nós vamos falar. Bom, para começo de conversa, quando nós vamos falar a respeito da boa participação na Santa Missa, precisamos partir de um pressuposto. Qual é o pressuposto? A definição
do que é a Santa Missa. E o que é a Santa Missa? A Santa Missa é o Calvário atualizado. A Santa Missa é o mistério da nossa salvação renovado. A Santa Missa é a oração de Cristo que se oferece ao Pai na força do Espírito Santo. A Santa Missa é o louvor perfeito prestado a Deus. Não há oração maior, melhor e mais completa do que a Santa Missa. Padre Pio de Pietrelcina, né, São Pio, dizia que depois de Cristo, o mundo seria capaz de sobreviver sem o sol, mas não sem a Santa Missa. Não sem
a Santa Missa, porque, depois de Cristo, o eixo do mundo, o que sustenta o mundo, é o sacrifício do altar. Então, a Santa Missa é a atualização, a presentificação do Mistério da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus. A Santa Missa tem alguns pilares que formam a essência, o caráter daquilo que celebramos. A Santa Missa não é simplesmente um conjunto de ritos e de orações para fazer uma memória de Jesus; não é só isso. Quando nós participamos da Santa Missa, nós entramos no mistério de Cristo. E Cristo é Deus, e Deus está na eternidade,
está para além do tempo. Então, quando nós participamos da Missa, estamos participando de uma ação divina que transcende o tempo e o espaço. O que isso significa? Quando nós entramos na igreja para celebrar os sagrados mistérios, nós não vemos, nós não percebemos com nossos sentidos, mas sabemos que espiritualmente somos todos colocados dentro do Calvário, dentro da sala do Cenáculo, na Última Ceia, dentro da Via Sacra do Calvário, do mistério da morte de Nosso Senhor. Mas somos postos também dentro do jardim onde estava o sepulcro que, no terceiro dia, ficou vazio. Então, nós somos participantes de
um mistério que é a D'presentificado. Não é um símbolo; não é uma recordação vã; não é uma mera lembrança. É a participação mística e espiritual do ato mesmo da entrega de Cristo pela nossa salvação: o ato da entrega de Cristo ao Pai. Nós participamos desse mistério com uma diferença: Nossa Senhora, São João Evangelista, Maria de Cléofas, Maria Madalena, os soldados, os sacerdotes judeus, aqueles que assistiam ao espetáculo terrível do Calvário, viram este mistério presentemente, estavam localmente lá. Viram, testemunharam, viram com os olhos da carne. E nós também vemos, mas vemos com os olhos da fé.
E não estamos localmente presentes onde se deu tudo isso, que foi lá em Jerusalém. Essa é a diferença: nós não estamos localmente no Calvário, nós não estamos vendo com os olhos da carne, mas nós participamos do mesmo mistério. É como se Deus estendesse o Seu braço no tempo e trouxesse para cima de cada altar, desde as maiores e mais lindas catedrais até as mais simples capelas rurais, quando a Santa Missa é rezada. É como se Deus estendesse o Seu braço no tempo e puxasse para cima de cada altar o Calvário, a cena da Última Ceia,
do Calvário e da Ressurreição. Então, nós participamos de fato. Depois do Concílio Vaticano I, houve um incentivo, até dos estudiosos da liturgia, de se utilizar o termo participação, né? Mas, se nós dissermos que vamos assistir à Missa, também não está errado, né? Mas houve uma tendência entre os teólogos de frisar muito esse aspecto da participação. Por quê? Porque nós estamos dentro do mistério. A ideia de dizer que eu vou assistir à Missa dá um pouco a ideia, segundo esses liturgistas, de que eu sou um mero espectador, que estou ali assistindo ao espetáculo da minha salvação.
Enquanto, na realidade, enquanto cristão, eu participo desse mistério. Realmente, nós todos participamos, porque, pelo vínculo do batismo, estamos ligados a Cristo, intimamente ligados a Cristo, à Sua vida, à Sua paixão, à Sua morte, à Sua ressurreição. Isso é fato. Então, há um certo sentido em utilizar esse termo "participação", mas não está errado dizer que nós assistimos também à Santa Missa. Por quê? Dizer que eu assisto à Santa Missa, eu estou reconhecendo que quem merece a salvação para mim é Cristo. Então, eu estou realmente assistindo, não que eu seja um mero espectador. Cristo, pela Sua misericórdia,
me associa, Ele me faz participar do mistério, mas não é mérito meu; não sou eu quem faço nada. A única coisa que eu preciso fazer é dar um passo de fé e admitir e aceitar que Cristo é o meu único Salvador, e Ele mereceu na cruz por mim aquilo que é preciso para a minha salvação. Então, este é o mistério que nós celebramos na Santa Missa. A Santa Missa é o momento em que celebramos o sacramento da Eucaristia. Nos outros seis sacramentos, Jesus nos concede graças específicas, mas na Eucaristia, Ele mesmo, que é a fonte
da graça, se dá a nós. O sacramento do batismo, por exemplo, nos dá a graça da filiação divina, mas na Eucaristia... Ele nos dá o seu próprio Filho. Não é uma graça que Deus nos dá, mas é o autor mesmo da Graça que se dá a nós. Então, embora a porta de entrada para a vida na família de Deus seja o batismo, o ápice de todos os sacramentos é a Eucaristia, porque os outros sacramentos comunicam a graça, a presença de Deus, mas a Eucaristia é a presença mesma, a presença real de Deus entre nós, como
nós lemos no Prólogo do Evangelho de São João, né? João, capítulo 1: "E o Verbo de Deus armou a sua tenda e habitou entre nós". Então, este é o mistério que nós celebramos. Acontece que, para celebrar esse mistério, a Igreja foi entendendo isso desde a Igreja Primitiva; a Igreja foi entendendo que era preciso destacar alguns elementos, alguns ritos, alguns símbolos. Então, nas celebrações da Igreja, existem ritos, orações, símbolos, e a Igreja vai desenvolvendo e incorporando esses elementos na sua liturgia. Para quê? Para nos mostrar o quanto é necessário realçar aquilo que está ali. Então, por
exemplo, São Paulo Apóstolo, já no tempo dele, se deparou com um problema na celebração da Eucaristia. Qual era o problema? Os cristãos que iam para a mesa da Eucaristia não tinham uma clareza a respeito dos pilares da celebração da Eucaristia. Existe um caráter, existe uma essência no rito, na celebração da Eucaristia. Primeira coisa: na celebração dos sacramentos da Igreja, os sete sacramentos foram criados por Jesus; são sete meios que Jesus criou para ficar conosco, para estender essa sua permanência entre nós até o fim dos séculos, até a consumação de todos os tempos, como ele mesmo
prometeu lá no último capítulo do Evangelho de São Mateus. Então, os sacramentos mantêm essa presença de Cristo no mundo. Acontece que todos os sacramentos possuem matéria e forma. Todo sacramento tem uma matéria. Por exemplo, o batismo: o que ele usa como matéria? A água. A água é a matéria mais fundamental para o batismo. A água, e depois tem lá os outros elementos que também são utilizados, os santos óleos, o sal, a vela e outros elementos, mas a água é o essencial. E qual é a forma? A forma é a forma que Jesus instituiu. Como que
Jesus mandou batizar? Jesus disse que nós deveríamos batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Matéria e forma. E a Igreja nos ensina que, na celebração dos sacramentos, toda a celebração dos sacramentos deve ser feita por um ministro válido. Batizar em situações emergenciais, qualquer pessoa pode batizar, mas ordenar um sacerdote, somente um bispo pode. Então, tem que ter um ministro válido para poder conferir o sacramento. Celebrar a Eucaristia, apenas um sacerdote validamente ordenado pode celebrar. Eu sou um leigo; eu posso pronunciar as palavras da consagração sobre as espécies do pão e do
vinho quanto eu quiser, vai continuar sendo o pão, vai continuar sendo vinho. Aliás, um sujeito que não é sacerdote e faz isso se passando por sacerdote, ele é passível de comunhão, porque ele está simulando um sacramento, está brincando com algo que é sagrado. Então, meus caros, você precisa ter a matéria, a forma e o ministro para poder administrar os sacramentos. E os sacramentos, como eles são uma instituição divina. Olha que interessante: aquilo que as palavras significam, elas realizam, porque é uma ação de Deus. Então, quando o sacerdote toma nas suas mãos o pão e o
vinho e diz: "Isto é o meu corpo, isto é o meu sangue", o que estas palavras significam, elas realizam. Existe uma eficácia imediata. Por quê? Porque é ação de Deus, não é ação do padre. E esta ação sacramental, uma vez que o padre é um ministro validamente ordenado, que recebeu a ordenação sacerdotal de tudo direitinho, como manda a Igreja. Se ele rezar a missa, ele pode ser o mais pecador dos padres, a missa que ele reza é válida. Jesus está ali. Santo Afonso de Ligório dizia: "Se Jesus fosse condicionar a sua presença real no Santíssimo
Sacramento do altar à santidade dos ministros, existiriam pouquíssimas missas válidas no mundo". Por quê? Porque é muito menor a quantidade de padres santos do que a quantidade de padres, né? Normais, comuns, ou até de padres que não são santos. Mas olha como é a misericórdia de Deus: independentemente da dignidade do ministro, do padre, o sacramento é válido. Lá nos primeiros séculos da Igreja, apareceu uma heresia, um erro de fé chamado donatismo. Esse erro começou a ser pregado por um bispo chamado Donato, que falava exatamente disso: que os sacramentos só seriam válidos se administrados por sacerdotes
puros, santos, imaculados. O que é um absurdo! Deus, na sua misericórdia, ele não condiciona a validade do sacramento à santidade do ministro. O ministro pode ser mau, mas se ele celebra querendo fazer aquilo que a Igreja faz, querendo fazer aquilo que Cristo fez, pronto! Basta isso. Agora, os pecados pessoais dos sacerdotes, dos bispos, dos papas... aí é assunto com o seu eterno juiz. Assim como os nossos pecados também serão imputados a nós e serão cobrados de nós no momento da nossa morte, quando comparecermos diante de Deus no nosso juízo particular. Então, todos nós encontraremos o
nosso eterno juiz. "Ah, mas o padre fulano de tal tem esse e esse problema". Tá bom, mas isso não invalida o sacramento que ele celebra, e você não é juiz, e você não é juiz dele. Eu me lembro, uns anos atrás, coisa de uns cinco anos atrás, eu assisti a um programa de TV onde um jornalista famoso aqui do Brasil fazia uma pergunta a um sacerdote. Ele disse assim para o padre: "Quais são os pecados do padre fulano de tal?", que era o padre entrevistado. E o padre ficou olhando para ele com estranheza e respondeu
para ele: "Falou por...". Que que eu diria para você? E aí o repórter insistiu: "E o senhor tem medo de dizer quais são os seus pecados?" E a resposta do padre não tem sentido nenhum, que eu lhe diga, porque você não pode me absolver. Então, os nossos pecados nós deveremos prestar contas a ele. Então, quando nós olhamos, às vezes, para as fraquezas humanas dos membros da igreja, leigos ou clérigos, nós devemos sempre pensar nisso: quem irá julgá-los é Deus, do mesmo jeito que irá nos julgar. No Pai Nosso, a gente reza: "Perdoai as nossas ofensas
assim como nós perdoamos." Nós pedimos que Deus nos perdoe usando a nossa régua. Então, isso nos coloca em um sério risco de tecer juízos temerários a respeito dos outros. Agora, é claro, se existe uma situação que é ruim, seja para leigo, seja para membros da hierarquia da igreja, é uma situação que causa escândalo, causa dano, causa muito. Então, aí, o que se deve fazer nesse caso? Em primeiro lugar, tentar conversar com a pessoa interessada. Se a pessoa não quiser ouvir, aí procurar as autoridades da igreja: o bispo, arcebispo, seja lá quem for. E aí tentar
solucionar o problema. Mas uma coisa nós devemos ter em mente: isso não invalida o sacramento, não invalida o sacramento. Eu faço um trabalho lá de responder às caixinhas de pergunta no Instagram, né? Lá na minha conta do Instagram, esses tempos atrás, apareceu uma pergunta para mim de uma pessoa, uma dúvida sincera, assim: a pessoa bastante aflita. O que aconteceu? O seguinte: na cidade dela, ela levou a filhinha dela para ser batizada. A filhinha dela foi batizada e, no final de semana seguinte, o sacerdote que batizou a filhinha dela abandonou o ministério. E aí ela me
mandou a pergunta: "Ah, o batismo da minha filha foi inválido? Então eu posso batizar de novo?" Eu falei: "Não, senhora, não, senhora, o batismo foi válido." E aí ela argumentava: "Ah, mas ele deixou o ministério." Falei: "Tudo bem, muito bem, isso aí é uma questão dele com o bispo dele, é uma questão dele com Deus, com a consciência dele. Não cabe a você, nem a ninguém, emitir um juízo a respeito desse sacerdote." Muito bem, você não conhece a história, você não sabe por que você não é superior a ele. Então, eu falei até para essa
pessoa, essa mãe: "Olha, então eu vou te dizer algo libertador: você não precisa ter opinião nenhuma a respeito desse caso porque não compete a você. Não é você que vai resolver isso aí, não é problema seu, você não é bispo." Então, falei: "Então, primeiro ponto, se acalme quanto a isso. Segundo ponto, o sacramento é válido porque o sacerdote é validamente ordenado, independentemente daquilo que ele faça, independentemente daquilo que ele faça, da vida dele, de erros, de confusões da vida dele. Se ele foi validamente ordenado, se ele administrou o sacramento tendo a intenção de fazer o
que a igreja faz, pronto, é válido." Então, não é necessário renovar o sacramento, fazer de novo, porque não, nada disso. E isso vale para a celebração da Eucaristia, a celebração da Santa Missa. Então, é claro, existem problemas, existem problemas. "Ah, mas tem muito abuso litúrgico e não sei o que." Muito bem, se você mora numa cidade grande, você tem a opção de escolher uma paróquia onde você perceba que a liturgia é bem celebrada e tudo mais. Então, muito bem, você vá até lá e participe lá. Se você não tem essa possibilidade, participe da Santa Missa
que está disponível na sua cidade, no seu bairro, onde você estiver. E não caia na tentação, que é uma tentação donatista. O donatismo é quando você começa a pensar nessa pureza, né? Há somente aqueles que são puros, iluminados e tudo mais. Cuidado! Esta é uma tentação grande nos nossos tempos. De novo, aqui, eu pego a minha experiência de Instagram, lá respondendo perguntas das pessoas. Mais de uma vez, eu já vi gente dizendo que: "Ah, eu não consigo ir à missa em tal paróquia porque tem abusos litúrgicos." Uma vez, a pessoa me falou isso lá no
Instagram e aí a pessoa me dizia assim: "Ah, mas a minha paróquia é uma cidade pequena e tem muito abuso litúrgico." E aí aquilo começou a me fazer mal. E aí, tem domingos quando eu não consigo ir à missa na cidade vizinha, eu não vou à missa. Opa! Olha aí, é um donatismo moderno requentado, mas é aquela mesma heresia de lá de trás, que começa a condicionar a validade do sacramento à santidade do ministro. Mesmo nessas cerimônias, nessas celebrações que às vezes apresentam tantos problemas, Jesus está lá. Se o sacerdote é validamente ordenado, se ele
celebra tendo essa intenção geral de fazer o que a igreja faz, é válido. Aí essa pessoa ainda me diz: "Ah, mas a homilia é muito ruim e acontece isso e acontece aquilo." Tudo bem, tudo bem. Eu falei: "Mas é uma tentação demoníaca até que afasta muita gente, em nome de uma pureza da liturgia. Afasta muita gente da participação da missa." Olha que beleza! Aí a pessoa, em nome de uma liturgia bem celebrada, e aí a pessoa começa a fundir zelo com o erro donatista. Então, é uma tentação mesmo, né? Esse rapaz que me mandou essa
pergunta, né? Porque ele disse assim: "Eu não vou à missa." Eu falei: "Mas pera lá, então você deixa de cumprir o segundo mandamento da lei de Deus, que é não faltar à missa aos domingos e dias santos, em nome de uma pureza da liturgia. Aí você comete um pecado mortal que é faltar à missa porque não consegue a missa em outra cidade." Aí me disse assim: "Ah, mas eu..." Rezo o Rosário em casa. O mandamento de Deus não é rezar o Rosário; rezar o Rosário é muito bom, e é muito bom que a gente reze
todo dia, se conseguir. É muito bom depois da Santa Missa e da Liturgia das Horas. O Rosário é a melhor oração, sem dúvida alguma. Mas, depois da liturgia da Igreja, o Rosário já é uma devoção, mas o Rosário não é mandamento de Deus; a missa é. Então, nós temos que guardar domingos e dias de festa, e "guardar" significa o quê? Reservar um tempo e ir à Santa Missa. Então, em nome dessa pureza, a pessoa falta à missa, a pessoa não comunga e acha que está fazendo um grande bem espiritual. A pessoa está tomando veneno, está
se envenenando espiritualmente e não percebe. Então, isso é um erro, é um erro. Então, se a missa que você tem disponível, terá problemas. Então, que você vá a esta Santa Missa porque é a única que tem; você não tem outra. Deus sabe que você não tem outra. Então, o que você vai fazer nessa Santa Missa? Você vai lá sofrer com Cristo porque Cristo certamente não está sendo honrado como deveria. Então, você, como bom cristão, vai lá rezar nesta Santa Missa para desagravar. Durante a missa, se você está ouvindo uma homilia ruim, você vai dizer a
Jesus: "Jesus, eu estou aqui para desagravar o Seu sagrado Coração que está sendo ofendido com o que está sendo dito, que está sendo ofendido com uma dança fora de lugar, que está sendo ofendido com um canto que é indigno da liturgia, que está sendo ofendido com aquilo que não deveria estar sendo feito dentro da liturgia." Então, você vai para consolar o Coração de Jesus; você vai para fazer companhia a Jesus que, ao invés de estar sendo honrado, está sendo ofendido ali. Então, vá, pelo menos, com essa consciência, mesmo que os outros não tenham. Se você
tem essa consciência, vá! Não deixe de ir. Agora, se você tem a graça de ter, aí na sua paróquia, perto de você, um sacerdote que celebre bem a Santa Missa, que celebre com zelo, não seja também você um mero consumidor de sacramentos. Quantos e quantos católicos são muito bons para criticar? Criticam a liturgia, criticam o padre, criticam isso, criticam aquilo, mas não ajudam. E não é um dever do católico contribuir financeiramente, inclusive, com a sua paróquia, com o lugar onde participa? Eu conheço, tenho amigos sacerdotes que celebram muito bem, prezam por uma liturgia bem celebrada,
e esses amigos sacerdotes várias vezes já me disseram: "Olha, tem tanta gente que vem, às vezes, às nossas missas porque é uma missa bem celebrada, uma homilia bem feita, mas não ajudam com nada. Não contribuem nenhuma pastoral, não dão uma catequese, não ajudam na paróquia e não contribuem financeiramente com nada, mas querem uma liturgia de excelência, querem uma missa solene com incenso, com couro, com uma paramentação bonita e tudo mais, mas não contribuem com nada." Então, olha que realidade triste. Se você tem esta graça, então participe na sua paróquia, apoie o seu pároco, ajude o
seu padre, ofereça o seu trabalho dentro da comunidade, seja lá fazendo o que for, o que você souber e o que você não souber. Você pode entrar e vai aprendendo. É importante! É importante não ser apenas um... Vou usar aqui uma expressão entre muitas aspas, né? Temos de ser não apenas meros consumidores de sacramentos, mas devemos entender esse aspecto da vida de Igreja, que é também uma vida de comunhão com os irmãos. A celebração da Eucaristia tem vários aspectos. A Eucaristia tem um aspecto laudatório, que é o louvor a Deus, é o máximo louvor a
Deus porque Jesus se oferece ao Pai. A Santa Missa tem um caráter expiatório porque é Jesus que morre misticamente em cada missa em nosso lugar. Tem um caráter expiatório, tem um caráter intercessório; é Cristo que se coloca entre a humanidade e o Pai e é Cristo que pede por nós. É Cristo que é o sacerdote verdadeiro que se oferece por todos nós. Então, tem um caráter intercessório, é Ele que pede por nós. E tem também um aspecto sacrificial: a missa é o Calvário, é o Calvário; é Cristo que morre misticamente. E, por fim, a missa
tem também o caráter de ceia. Mas veja bem aqui: a missa não é meramente uma ceia, um símbolo; ela é uma realidade. E quando nós dizemos que a missa tem um caráter de ceia, um caráter festivo, ela tem mesmo. Mas a liturgia da Igreja coloca esse caráter festivo como uma festa que é uma festa real, verdadeira, mas é uma festa contida, é uma festa mesclada com esses outros aspectos. E aqui eu coloco um outro erro. Então, vejam que eu estou falando aqui mais dos erros dos nossos erros enquanto leigos no nosso modo de ver o
mistério da missa. E aqui entra um outro erro: muitos de nós acabamos vendo a missa apenas única e exclusivamente através da ótica de um aspecto da missa, que é o aspecto de ceia, é o aspecto festivo. E aí, o aspecto laudatório, expiatório, sacrificial, intercessório, tudo isso fica de lado; sobra só a ceia. Só que esta é uma visão protestante. Martinho Lutero entendia a Eucaristia não como uma realidade; a presença de Jesus na Sagrada Eucaristia não é uma presença real para Lutero. Aliás, ele não inventou nada de novo; ele pegou uma heresia lá da Idade Média,
que é a chamada heresia da "empana". É uma heresia ensinada por um teólogo, um clérigo chamado Berengário de Tours, que é a heresia da "empana". Lutero requentou... É essa heresia da empana. Disse Jesus: "não está realmente no pão e no vinho; tudo depende da sua fé. Você acredita que tá? Então ele tá. Você acha que ele não tá? Então ele não tá. Então é a sua fé que põe ou não põe Cristo no pão e no vinho." O que é um absurdo, não é? Isso não é o que os apóstolos acreditaram. Não é essa fé
de 2000 anos da Igreja. A fé de 2000 anos é que, na Santíssima Eucaristia, Jesus Cristo está vivo, presente em corpo, sangue, alma e divindade. É isso! Jesus está inteiro. E por que ele está inteiro? Porque a palavra da Escritura é muito clara: Jesus não disse "isso significa isso pode ser"; ele disse "isto é". E Jesus é Deus, e Deus não se engana. Como Deus não se engana, nosso Senhor diz que é, então é simples assim, tão fácil de compreender. O mesmo Jesus que disse ao mar "cala" e o mar se calou imediatamente é o
mesmo Jesus que disse "isto é o meu corpo; isto é o meu sangue". A palavra de Cristo é palavra de Deus, e a palavra de Deus é criadora; ela realiza aquilo que ela significa. "Isto é o meu corpo; isto é o meu sangue." Então, é duvidar disso é duvidar de Deus, é duvidar da veracidade da palavra de Cristo. Dizer que Cristo não está presente, vivo e realmente na Sagrada Eucaristia é dizer que Jesus se enganou ou, pior, é dizer que Jesus nos engana, porque ele disse uma coisa, mas a realidade é outra. Acontece que isso
é impossível. Jesus é Deus. Jesus é perfeito. O que a sua palavra diz, ela realiza. Essa é a fé da Igreja. Então, eu não posso entender a Santa Missa apenas sobre o aspecto da ceia. É por isso que, ao longo dos séculos, a Igreja foi incorporando elementos na Santa Missa para realçar estes aspectos do louvor, da petição, do sacrifício; tudo isso foi sendo incorporado na liturgia da Igreja. Então, o modo de celebrar a Eucaristia, digamos assim, o núcleo da celebração da Santa Missa, quem o constituiu foi Jesus, porque Jesus constituiu os sete sacramentos e a
Eucaristia é um deles. Então, quem constituiu foi o próprio Jesus. Agora, a Igreja, ao longo dos séculos, foi realçando alguns aspectos daquilo que Jesus instituiu. Então, Jesus rezou a primeira missa lá na Última Ceia exatamente do mesmo jeito como os sacerdotes rezam hoje. Não havia diferença; óbvio que havia diferença, mas o núcleo, a essência, é exatamente a mesma. Quando nós pegamos um livrinho chamado Didachê, a Didachê é um livrinho chamado de catequese dos apóstolos. É um livro escrito entre o ano 90 e o ano 120 depois de Cristo. É um livrinho destinado à catequização de
novos cristãos. A Didachê traz o modo como a Santa Missa era celebrada; é exatamente a mesma estrutura que nós temos hoje. E ao longo dos séculos, a Igreja foi fazendo o quê? A Igreja foi incorporando paramentos. Por quê? Porque era necessário destacar aquilo que estava sendo celebrado para que visualmente... Por quê? Porque nós somos seres humanos e, como seres humanos, nós existimos no tempo, no mundo, e devemos louvar a Deus não só espiritualmente, mas usando os nossos cinco sentidos. Por isso que, na liturgia da missa, nós louvamos a Deus com cinco sentidos. Por isso que
as nossas igrejas devem ter imagens, devem ter pinturas, devem ter os paramentos, porque devem ter as flores, as velas. Porque, quando nós olharmos para tudo isso, nós nos lembraremos de Deus e louvaremos ao nosso Criador, porque seremos lembrados por esses símbolos exteriores. Nós louvamos a Deus pela visão; os gestos da liturgia, nós louvamos a Deus pela visão, nós vemos estes gestos. Louvamos a Deus pela visão, louvamos a Deus pelo nosso olfato, o cheiro do pão e do vinho, o cheiro das velas, das flores, do incenso. Louvamos a Deus pela nossa visão, pelo nosso olfato. Louvemos
a Deus pela nossa audição; ouvimos as leituras, os Santos Evangelhos, a homilia, as orações do sacerdote, os cânticos. Louvamos a Deus pela nossa audição. Recebemos Jesus na Eucaristia fisicamente, então louvamos a Deus pelo tato. E assim nós louvamos a Deus na liturgia pelos cinco sentidos; louvamos a Deus por completo. Então, esta ação precisa desses sinais exteriores, porque eles ressaltam e realçam o mistério que está sendo celebrado. Por exemplo, por que o sacerdote usa o véu humeral para segurar o ostensório com o Santíssimo Sacramento? Para ressaltar, realçar a grandeza de Nosso Senhor Jesus Cristo presente no
Santíssimo Sacramento. Por isso o sacerdote não toca diretamente no ostensório; ele se cobre com véu para tocar no ostensório, para realçar a grandeza da presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo. No rito antigo, as casulas dos sacerdotes traziam, e trazem até hoje, em muitas cidades, em muitos lugares, ainda se tem essa possibilidade de participar do rito antigo. Nas costas da casula dos sacerdotes, o que você tem? Uma cruz. Por quê? Porque o sacerdote, no momento da Santa Missa, ele age, representa Cristo; é a pessoa de Cristo. É Cristo que celebra. E o padre sobe ao
altar com a cruz às costas, como Jesus subiu com a cruz às costas no caminho do Calvário para a crucifixão. O altar é o Calvário, e o padre, como o alter Christus, o outro Cristo, ele sobe com a cruz às costas. O que é isso? É um símbolo de algo que é real. Os símbolos dos paramentos, os símbolos da liturgia, eles realçam o mistério. E por que isso é necessário? Porque nós somos seres humanos, estamos presos na matéria, precisamos que tudo aquilo que é exterior nos lembre de Deus, nos fale de Deus. Então, a Igreja,
como mãe sábia, foi introduzindo os paramentos. Ao longo dos séculos, eles foram se tornando mais complexos, as vestimentas do sacerdote. Foram se tornando mais complexas. Para quê? Para realçar o mistério que é celebrado. A estola que o sacerdote coloca sobre o pescoço lembra duas coisas: lembra a palavra de Jesus que diz que "o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". O jugo é o quê? Era a cela que se colocava sobre as montarias. Jesus diz que o jugo dele é suave. Os escravos também, quando eram amarrados ou acorrentados, ou amarrados em cordas,
e aquilo era chamado de jugo. A estola lembra o jugo; é a missão de Cristo que o sacerdote toma sobre si. E a estola lembra também a toalha que Jesus utilizou na Última Ceia para enxugar os pés dos seus Apóstolos. A estola é o símbolo do serviço. E assim vai: todos os símbolos dentro da liturgia da Igreja são de uma riqueza imensa. E foi desenvolvendo isso ao longo dos séculos. O Espírito Santo foi inspirando; os Papas foram aprovando, foram codificando. Mas a essência, o núcleo dos sacramentos permaneceu sempre o mesmo. A forma exterior pode até
variar aqui e ali. O modo como se rezava a missa na Idade Média varia um pouco daquilo que se reza já no século X, por exemplo, que é um pouco mais tarde. Mas a essência do Mistério celebrado é sempre a mesma. A Igreja conserva esta essência. Então, nós, como católicos, não podemos nos fixar apenas neste aspecto da Ceia, porque senão eu começo a tratar a missa como o Grande Encontro da Comunidade. Olha, o Grande Encontro da Comunidade pode se dar em outros momentos. Não que a missa não seja o Grande Encontro; ela é, mas é
o encontro da comunidade diante do altar do Senhor para adorar, para pedir. Não é um momento de recreio, não é o momento de extravasar, batendo palmas, dançando ou tendo práticas que sejam estranhas ao espírito da liturgia. É necessário celebrar a Santa Missa com recolhimento. É hora de rezar, é hora de colocar nas mãos do padre as nossas intenções. O sacerdote é aquele que recolhe as intenções da Assembleia e se coloca entre o povo e Deus para oferecer ao Pai todas as nossas intenções, todas as nossas orações. Então, a missa é um momento de recolhimento, é
um momento de oração profunda, é o momento em que Cristo morre misticamente. Então, nós temos que tomar cuidado com essa supervalorização do aspecto da Ceia. E aí, senão, as pessoas começam... E, aliás, quanto mais as pessoas desconhecem o que é a missa, mais as pessoas querem introduzir coisas na missa, porque acham que a missa está incompleta. E aí está muito parada, é muita repetição. Não, vamos dinamizar a missa. Não precisa ser dinamizada; ela é uma ação de Cristo. Quem acha que a missa precisa ter acréscimos não entendeu o que é missa. A missa é o
Calvário; a missa é a ressurreição. E para captar esse mistério, para conseguir viver esse mistério, para conseguir tirar fruto dele, é necessário o quê? Recolhimento, oração, silêncio. Esses tempos atrás, eu fui pregar numa cidade e achei admirável a Santa Missa que eu participei. Na abertura do evento, a missa começou com a leitura das intenções, e a pessoa que fez a leitura ali fez um brevíssimo comentário sobre as leituras daquele dia e o que seria celebrado naquele dia. Muito bem! Em seguida, já bateram o sino, entrou a procissão de entrada. Santa Missa rezada com calma; os
gestos dos ministros, dos acólitos, tudo muito bem coordenado, sem atropelos. O canto, os instrumentos eram somente a sustentação do canto, não eram instrumentos mais altos do que a voz dos cantores. Então, um ambiente tranquilo. A gente tinha uma porção de crianças. Interessante, nessa Paróquia onde eu fui, uma porção de crianças; até as crianças estavam mais calmas, porque o ambiente em si e a música favoreciam a liturgia. Muito bem organizada, né? O sacerdote fez ali os ritos iniciais, a oração da coleta; todos se sentaram, não teve comentário nenhum entre as leituras. O primeiro leitor se colocou
diante do ambão, fez a primeira leitura, desceu calmamente até a frente do altar para fazer a venia. Isso dá um espaço, um silêncio. Esses espaços, esses vácuos de silêncio na liturgia, eles são previstos para quê? Para que a gente pense naquilo que foi lido da palavra de Deus. Eu achei admirável, né? Vi assim, eu falei: "Nossa, olha, o silêncio é bom; a gente consegue pensar na leitura". Depois veio o salmista, cantou, depois a pessoa que faria a segunda leitura; depois, o sacerdote proclama o evangelho, vem a homilia... tudo transcorrendo num ritmo, numa harmonia. Depois, ao
final, eu até elogiei o padre, falei: "Nossa, padre, olha que beleza!" E aí o padre me contando, ele falou assim: "Olha, só que para chegar nisso que nós estamos aqui, eu fiz um trabalho de 10 anos para que as comunidades todas aprendessem a celebrar a liturgia desta maneira". Não é algo fácil, não é algo rápido. Por isso que eu disse, né, até no início para vocês: se o pároco de vocês, se algum sacerdote aí por perto de vocês faz esse trabalho, ajudem-no. Ofereçam uma ajuda. É muito difícil, às vezes, para o sacerdote também fazer tudo
sozinho, mas é possível fazer um bom trabalho. Então, esse aspecto da Ceia, por fim, nós devemos pensar também no seguinte: a Santa Missa é para quê? Não é simplesmente para cumprir um preceito. Eu devo ir à Santa Missa para rezar. Para rezar durante a Santa Missa, eu tenho que ouvir o que Deus está me dizendo através da sua palavra. Eu tenho que acatar aquilo que está sendo dito para mim através das leituras daquele dia; no momento do Ofertório, na oração do Cânon, eu também... Devo fazer as minhas orações enquanto vou ouvindo que o sacerdote está
rezando. Devo apresentar a Deus os meus pedidos, as minhas orações; devo estar atento àquilo que compete a mim rezar e não, né? Tem coisas assim que às vezes geram uma confusão. Por exemplo, esses dias eu fui participar de uma missa aqui mesmo em Campinas, e o sacerdote que estava celebrando disse para todo mundo: "Vamos rezar, todo mundo comigo!" Era uma oração própria do sacerdote. Aí eu vejo que muita gente, por falta de formação e conhecimento, pensa assim: "Não, o sacerdote está mandando rezar, então nós temos que rezar." Não! Você não tem que rezar só porque
o sacerdote mandou; a oração é para Cristo, com ele, não por Cristo. É uma oração própria do sacerdote. Ah, mas o que eu vou fazer? O padre está mandando rezar. Está, ele está mandando rezar, mas não é uma oração para nós leigos. Então, não reze, né? Não reze, se resguarde ali, de boca fechada, meditando, rezando, contemplando tudo aquilo que está sendo celebrado, mas não reze. Você não precisa rezar, né? Você não precisa rezar. Então, a nós leigos, compete isso. Devemos absorver um alimento espiritual que temos, sobretudo, através das leituras, das orações. É momento de nos
colocar diante de Deus, de pedirmos, sobretudo, ali no ofertório, no momento da consagração, e depois da comunhão, fazer a nossa ação de graças. Então, isso cabe a nós. Às vezes você, eu que sou leigo, a gente não vai conseguir resolver os problemas de abuso litúrgico, disso e daquilo, mas você pode resolver os seus problemas de como participar bem da Santa Missa. Então, se recolha. Teve um tempo em que eu participei da minha comunidade mais próxima, ali do bairro, e eu me lembro que chegava para a missa de domingo, e às vezes eu sentava no banco
para rezar um pouquinho antes da missa. Aí vinha um... porque não sei o que... a catequese precisa disso, vinha outro, cada hora um falava uma coisa. Resultado: era um falatório, pessoal querendo resolver coisa de pastoral. E o pessoal também tem aquele espírito que não é por má intenção, mas é falta de formação. As pessoas iam pensando assim: "Ah, eu estou indo ao encontro da comunidade." Então, as pessoas iam para conversar, para se encontrar, mas dentro da igreja, antes da missa, não é hora para isso. É hora de se recolher. Aí eu chegava sempre antes para
tentar rezar um pouco, mas eu não conseguia. O que eu comecei a fazer? Chegava um pouco antes e ia para a capela do Santíssimo, porque na capela do Santíssimo, ajoelhado, de olho fechado, ninguém vinha me chamar. A saída é a solução que eu achei para conseguir participar bem da Santa Missa, né? Então, às vezes você não vai conseguir mudar a sua comunidade, a sua paróquia; o pessoal tem esse falatório antes da missa, você não vai conseguir mudar isso, mas você pode mudar o seu comportamento. Você pode se recolher, pode ir até o Santíssimo, até sei
lá, onde tem um altar de algum santo da sua devoção, se ajoelhar e fazer uns minutos de oração antes da Santa Missa, se preparando bem. Isso você pode fazer; você pode mudar em você. Outra coisa também: o nosso comportamento na Santa Missa deve ser condizente com aquilo que estamos celebrando. Tem gente que vai à missa como se estivesse indo à praia, vai de camiseta, regata, bermuda, chinelo. Será que uma pessoa iria a uma audiência com um juiz de bermuda, regata e chinelo? Não iria. Para um juiz da Terra, a pessoa não é capaz de comparecer
assim, e na missa, onde você está diante do Rei dos Reis? Você está diante do próprio Deus, feito homem, descido do céu à Terra, vindo sobre aquele altar para te alimentar na Eucaristia. Você não é capaz de usar uma roupa adequada? Ah, não, mas eu estou indo à igreja. Quando a pessoa vai assim à igreja, isso significa o quê? Que ela já está tratando a fé com desleixo, se é que ela está entendendo o que é ter fé. Ter fé é acreditar. Aí a pessoa deve se fazer essa pergunta: "Será que eu acredito mesmo no
que está sendo celebrado?" Porque se eu trato de qualquer jeito, talvez eu não acredite do jeito que deveria acreditar. Só que se eu não acredito do jeito que deveria acreditar, eu devo pedir a Deus o dom da fé, para que Deus aumente a minha fé. E eu devo estudar, devo ler, devo tentar entender melhor. Então, quer dizer, não é compatível uma mulher com roupa muito apertada, com blusa de alça muito fina, com decote... isso não tem cabimento dentro da igreja. É uma questão de natureza das coisas. Tem gente que diz assim: "Ah, mas não existe
nenhum documento da igreja que proíbe de ir à missa de bermuda." É lógico que a igreja não se deu nem ao trabalho de escrever um documento proibindo as pessoas de irem de bermuda à igreja, porque isso é o óbvio. Aquilo que é óbvio não precisa ser dito, é uma questão de natureza. Nosso Senhor Jesus Cristo está morrendo misticamente no Calvário, está diante de você, e o sujeito de chinelo de bermuda, né? A mulher ali com decote, com uma blusa de alça, uma calça apertada... será que se dissesse para essa pessoa... olha... Você vai ter um
encontro com o presidente da república, com o governador, com juiz, com uma autoridade. A pessoa iria assim, não iria? Agora, para Deus, ela vai. Então existe aí um problema de fé. Também é um problema de fé. O leigo que vai desleixado assistir à Santa Missa está com problema de fé; ele não está acreditando direito no que ele deveria acreditar. E do mesmo jeito, um sacerdote que reza mal, reza de qualquer jeito, não quer paramento, fala: "Ah, isso não precisa, isso é frescura, isso não sei o quê"—é um problema de fé também. De fé, porque quem
acredita nos sinais, nos símbolos, pela dignidade com que se deve celebrar, com que se deve honrar a presença de Deus, a presença de Cristo? Quando eu creio, eu cuido. Quando eu creio, eu me comporto como gente que crê. Quando eu não creio, qualquer coisa serve. Então, é um problema de fé; é um problema de fé. Só que a fé é necessária para a nossa salvação. Se tem uma coisa que Deus não nos nega é a fé; se a gente pedir o dom da fé, Deus dá. Então, que possamos buscar estes meios que estão ao nosso
alcance de participar bem da Santa Missa. Procuremos ter um cuidado de rezar na Santa Missa, de não julgar a santidade ou não do ministro que está celebrando—o ministro ordenado sacerdote. Que tenhamos um cuidado de buscar obter fruto, que tenhamos um cuidado no nosso modo de vestir para se apresentar à Santa Missa. E veja bem, isso aqui que eu estou falando não tem nada, absolutamente nada a ver com condição social. Pode ser a pessoa mais pobre que for; se a pessoa vai à missa, reserva para Deus o que ela tem de melhor, mesmo que o que
ela tenha de melhor seja muito simples. Esta pessoa está honrando a Deus devidamente. Antigamente, basta vocês lembrarem aí seus avós, ou até mesmo os pais e mães de vocês, antigamente tinha isso, né? O pessoal falava assim: "Não, Fulano está com roupa de missa", porque realmente as pessoas deixavam a melhor roupa para ir à missa— a roupa de missa. Mas o que está por detrás disso? A fé. Eu dou o melhor para Deus. E no fundo, no fundo, quando a gente fala das crises do nosso tempo, abusos litúrgicos, problemas no modo de ser, o que está
no fundo, no fundo de tudo isso? A falta de fé. Falta de fé. Olhem para as cidades de vocês; vocês vão ver que as igrejas mais antigas são mais bonitas. Eram igrejas com torre, com sino, com várias imagens, com pinturas. E aí o pessoal fala hoje em dia: "Ah, mas eram outros tempos; hoje em dia já não dá para fazer mais isso". Realmente, eram outros tempos onde, aliás, as condições econômicas das pessoas eram muito piores, eram muito piores, né? E na cidade onde eu nasci, no bairro onde eu cresci, existia uma capela de Santa Teresinha
que tinha as pinturas da vida de Santa Teresinha em todas as paredes. Era uma capelinha pequenininha, a capela foi construída na década de 50, que era uma época muito pior do que a nossa hoje em termos de recursos econômicos. As pessoas tinham uma escassez de dinheiro, de bens, de meios para sobreviver muito maior do que hoje. Só que naquela época, as pessoas construíram uma igreja belíssima, digna. E hoje em dia, perguntem aí aos padres que vocês conhecem das dificuldades que eles passam para erguer uma comunidade. As nossas comunidades hoje são o retrato da nossa fé.
Por que as comunidades hoje parecem uns cômodos, uns barracões? Porque às vezes é o que dá para construir. Tem a questão, né, às vezes um pouco de uma mentalidade meio ideológica, revolucionária, que não quer o bom, o belo para Deus. Tem isso também. Às vezes há sacerdotes que são bons, que gostariam de dar mais para Deus, mas o povo não contribui porque não vê importância nisso. Não vê importância nisso. A comunidade mesmo que eu participei muitos anos aqui em Campinas, o pessoal tinha uma preocupação muito maior em deixar o salão de festas da igreja bonitinho,
com piso trocado, pintado, porque no fundo o pessoal estava preocupado com as festas que tinha durante o ano. E quando a gente falava de fazer qualquer reparo na igreja, comprar uma imagem nova, colocar uma Via-Sacra, era uma guerra. Porque no fundo, no fundo, muitas pessoas transformaram igrejas e comunidades em clubes, onde você vai para encontrar a sua patota; você não vai para amar e conhecer a Deus. Entenderam onde a coisa chegou? Isso explica porque as antigas igrejas tinham aquela beleza e hoje já não se tem. E aí volto a falar: tem a questão ideológica, tem
também, mas tem também um problema de fé. De fé. Na Idade Média, quando a gente olha, as pessoas com todas as dificuldades que elas tinham, ergueram as maiores e mais belas catedrais que são apreciadas até hoje. Eram gente sem recursos, mas com muita fé. Hoje em dia nós temos gente com muito recurso, mas sem fé, né? Então, muito bem, meus caros, a hora já vai avançada. E aí não conseguimos aqui esticar mais, mas teria muito mais coisa ainda para falar a respeito do rito, a respeito de outras coisas, mas não vai dar tempo. Envie a
sua pergunta aí para nós; eu vou tentar responder algumas. E já faço aqui um convite para aqueles que quiserem se aprofundar na sua fé: conheça a Academia Católica. Academia Católica é uma plataforma da Comunidade de Pantocrator, com vários cursos lá dentro. Nós temos três cursos que são o nosso carro-chefe, né? Temos lá o "Luz da Fé", que é um curso de teologia para leigos; temos o "Caminho de Emaús", que é um curso de espiritualidade; e temos... O curso de formação humana fala a respeito das virtudes, né? Uma vida a partir da aquisição das virtudes. E,
depois, fora esses três cursos, nós temos 26 outros cursos, né? O link está aí na tela; o QR Code também. Conheça a proposta da Academia Católica! Se você fizer a assinatura e, nos primeiros sete dias, não gostar do conteúdo, não era o que você esperava, ótimo! Você pode cancelar e nós devolvemos o seu dinheiro integralmente, tá bom? Faço aqui o convite novamente para você que não me segue nas minhas redes sociais: me siga lá no Instagram, @tonrafael, que é o meu perfil no Instagram, e no YouTube também, né? Canal Rafael Tonom, você me encontra por
lá. Nós já atingimos 56% da nossa meta mensal na campanha da evangelização digital. Se você ainda não fez a sua doação, estão aqui os meios. Aproveito aqui para agradecer de um modo especial os doadores que, durante o programa, fizeram sua contribuição: a Maria do Carmo, a Gabriela Franca (ou França, né? Acho que é Franca mesmo) e a Marisa Salvani. Então, a vocês três—Maria do Carmo, Gabriela e Marisa—fica aqui o nosso muito obrigado pela contribuição e que sirva de incentivo para outros que ainda não contribuíram, para que possam fazê-lo, né? Sentam-se convidados! Vamos às perguntas. Um
perfil de elétrica brasileira aqui está perguntando assim: "Boa noite, Professor. Fui batizado na Igreja Católica Brasileira com 10 anos de idade. Fui padrinho de uma criança anos atrás, batizando-a na Católica Romana. O batizado dessa criança foi invalidado." Então, se você foi batizado na Igreja Católica Brasileira, o batismo da Igreja Católica Brasileira apresenta, aí, alguns problemas. Você teria que procurar a sua paróquia para verificar a forma do batismo. Mas, provavelmente, vão falar para você ser batizado novamente. Aí você foi padrinho de uma criança; isso não invalida o batismo da criança em si. A única questão é
que, por não ser validamente batizado—se realmente o seu batismo não foi válido e você foi padrinho dessa criança—acontece que você foi padrinho ali localmente, né? No momento, mas, diante de Deus, você não tem essa função. Então, a criança foi tecnicamente batizada sem padrinho. E, no seu caso, né? Eu aconselho que procure a sua paróquia para verificar direitinho os dados de onde você foi batizado, se é na Igreja Católica Brasileira mesmo ou se é outra igreja, né? Que dependendo da denominação religiosa, o batismo é válido, né, dependendo se for feito dentro das prescrições mínimas. Agora, se
não for, aí você tem que receber o batismo. O Tomás Viana pergunta: "Professor, boa noite! Sem intenção de ofender as irmãs, mas isso há muitos anos já se tornou pervasivo e ninguém fala nada. Senhor, eu não sou digna, mas serei salva." Não passou da hora disso parar? Acho que o Tomás se refere mais à questão da catequese. É uma questão de instrução. É o que São Paulo fala, né? O evangelho tem que ser pregado. Mas como que ele vai ser pregado se não tiver quem pregue? E como terão quem pregue se não for enviado? Então,
isso tem que começar a ser dito na catequese. Tem que começar a ser dito, né, nas missas. Os sacerdotes têm que fazer uma catequese muito cuidadosa, né, também para não ofender as pessoas, porque muita gente não sabe mesmo. Realmente, é uma noção que a pessoa não tem porque ela não foi ensinada, entendeu? Eu dei Crisma muitos anos. Eu conversava, sobretudo, com as meninas, as minhas crismandas, e falava; e elas achavam assim um absurdo. Falavam: "Mas por que não pode?" Aí você tem que fazer toda a fundamentação, explicar a questão do corpo, seu corpo como templo
do Espírito Santo. Como que você vai ser... E aí tinha que explicar que não é só uma questão de missa. É claro que na missa é muito mais grave uma roupa inadequada, mas assim, uma pessoa que é católica, batizada, é uma questão de índole de vida; ela não pode se vestir de qualquer jeito. Seu corpo é templo do Espírito Santo. Aí é uma questão de explicar. Os adolescentes têm uma dificuldade, né? Às vezes não querem também, mas você vai falando com jeito, vai mostrando e com muita caridade—muita caridade. Aqui tá um ponto, né? Nós devemos
dizer a verdade, mas a verdade sem a caridade pode matar. A verdade é um remédio, mas sem a caridade, ela pode matar o paciente. Então, é a verdade e a caridade. Eu devo falar com muito amor, não devo deixar de falar a verdade, porque tem gente também que não fala a verdade; é só a caridade. Não, vem cá! Vamos acolher tudo. Você acolher todo mundo sem dizer a verdade é matar espiritualmente a pessoa. A caridade sem a verdade é um veneno, e a verdade sem a caridade também. Então, nós devemos dizer a verdade com caridade.
Esse é o maior desafio, e um dos melhores lugares para isso é a catequese. A catequese é uma pastoral com a qual eu sempre trabalhei e eu percebo os bons efeitos que isso pode produzir. Se você começa a ensinar bem as crianças, se ensina bem os adolescentes, quando eles entram para as pastorais e para a vida paroquial, eles já chegam com uma outra visão, né? Isso é fato. Então, a gente tem que ajudar os nossos párocos nesse sentido. Nós, leigos, podemos fazer esse trabalho; podemos colaborar com os padres, até porque, às vezes, os padres, quando
se colocam para fazer isso, estão sozinhos e têm a comunidade inteira contra o padre, né? Eu já vi em... Muitas ocasiões isso acontece, né? Porque as pessoas aprenderam errado, elas se acostumaram. Quando vem o padre falando que é certo, elas acham que o padre está errado, né? Enquanto, na verdade, são eles que ali estão errados. O padre está ali, às vezes tentando fazer um trabalho oposto. Então, nesse sentido, a gente deve ajudar muitos padres. O Flávio Tofun li no livro "Salvemos Daqui de Maria Cima", que as almas revelaram que os fiéis devem se ajoelhar nos
santos e no “Anus Dei” também, na Santa Missa. É esse o livro, né? Que o Flávio coloca aí. Tem várias traduções, né? Algumas falam “Salvemos Daqui”, outras falam “Tirem-nos Daqui”. No rito antigo, né? Havia esse costume de as pessoas se ajoelharem no santo e só se levantarem no Cordeiro de Deus, né? E realmente, a Maria Cima, ela tem uma visão onde via que as almas do purgatório, os anjos que estavam ali assistindo à Santa Missa, se ajoelhavam nesse momento, em profunda adoração. A liturgia da igreja, hoje em dia, né? No rito novo, ela não prescreve,
né? Não se fala muito exatamente. Então, isso significa o quê? Que fica uma certa liberdade para que os fiéis ou se mantenham ajoelhados ou permaneçam de pé, né? Então, há essa liberdade. Mas é interessante que, quem conseguir e puder permanecer ajoelhado, é até melhor, porque você permanece mais recolhido ali, fazendo suas orações e apresentando a Deus tudo aquilo que você quer apresentar, pelas mãos do sacerdote, que age na pessoa de Cristo a Deus Pai, né? Então, é válido. A Samira Adara, a estola usada pelos diáconos tem o mesmo significado que a estola usada pelos padres?
Sim, a estola sim. É o mesmo significado, só que a do diácono é transversal, né? Ela passa do lado esquerdo, fica apoiada no ombro esquerdo do diácono e pende para o lado direito, passando por cima do coração. Porque o diácono é aquele que deve servir à mesa da Eucaristia, à mesa do altar e à mesa dos pobres. Para isso o diaconato foi instituído na Igreja, e é um símbolo, sim, de serviço, como a estola dos padres, né? Que relembra ali a toalha da Última Ceia, eh que relembra o julo de Cristo, né? Então, é interessante.
Na Igreja, né? No nosso rito romano antigo, existiam subdiáconos também. Antes de ser diácono era subdiácono; o subdiácono usava a estola pendendo do outro lado, né? Vinha do direito para o esquerdo, porque ele é subdiácono. Quando é diácono, aí é do esquerdo para o direito, né? Nos ritos orientais, ainda é assim; os subdiáconos usam a estola do direito para o esquerdo e, depois, quando fica diácono, muda de lado, aí do esquerdo para o direito. Muito bem, vamos ver se temos mais questões. Acho que temos aqui, acho que são essas questões, né? Bom, já temos aí
o tempo bem avançado, né? Então, muito bem, meus caros, agradeço aí pelo envio das perguntas. Seriam ainda muitos e muitos assuntos aqui para falar a respeito da boa participação no sacramento da Eucaristia, mas acredito que isso aqui já pode jogar um pouco de luz, né? A respeito da nossa prática, da nossa vida dentro da nossa paróquia, das nossas comunidades. Que Deus nos abençoe grandemente neste dia e até segunda-feira que vem, ou para aqueles que estiverem comigo lá no meu canal, até amanhã de manhã, às 6 da manhã, na meditação Santo Afonso de Ligório. Tchau, tchau!
Fiquem com Deus.
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