[Música] Boa tarde a todas e a todos sejam bem-vindas e bem-vindos à terceira edição da semana de comunicação e escuta científica da Unicamp Esse é um evento anual que já faz parte do calendário da nossa universidade e é promovido pela pró-reitoria de pesquisa e pel o sistema de bibliotecas da Unicamp esse evento conta com uma série de palestras cujo objetivo é a promoção e o desenvolvimento de habilidades acadêmicas para a escrita de artigos científicos de alta qualidade e a disseminação das boas práticas em publicações teremos agora a palestra boas práticas em pesquisa científica ministrada pelo
professor Dr ja George Júnior que é cirurgião dentista e professor da área de Patologia da Faculdade de Odontologia da Unicamp o professor ja também é coordenador da comissão de integridade em pesquisa da Unicamp vice-coordenador do comitê de ética em pesquisa da Unicamp e coordenador do comitê de ética em pesquisa da faculdade de otologia da Unicamp antes de passar a palavra a palestrante gostaria de dar dois avisos para o público aos participantes que desejarem receber o certificado de participação nesta palestra por favor Ass a lista de presença fixada no chat caso deixem de assinar Não teremos
Como emitir o certificado vocês poderão fazer perguntas ao palestrante através de um formulário que também será disponibilizado no chat as perguntas serão feitas ao palestrante ao final da Apresentação mas caso não haja tempo para responder a Todas serão encaminhadas ao palestrante que poderá responder posteriormente por e-mail Agora passo a palavra ao professor JA tenha uma boa palestra eh Boa tarde a todos e a todas eh gostaria inicialmente de agradecer a oportunidade de conversar com a todos e todas e especialmente estender o meu agradecimento a à pró-reitoria de pesquisa que nos apoia em todas as atividades
da cip eh eu gostaria de enfatizar que eu vou tentar destacar nessa conversa principalmente os aspectos relacionados às publicações Mas uma coisa ou outra poderá não ser diretamente aplicável especificamente às publicações mas sim a produção científica eh antes de começar a projeção propriamente dita eu gostaria de destacar também que nós partimos de um suposto bastante simples de que não temos as respostas perfeitas para todos os problemas certamente não que algumas posições que nós expormos durante essa palestra poderão eh causar algum grau de desconforto naqueles que estão assistindo porque eh vão lidar com questões de ações
que são tomadas durante a produção do conhecimento científico e essas ações certamente são baseadas em valores e Eh esses valores às vezes eles são muito imbricados na personalidade da pessoa e aí a pessoa pode se sentir desconfortável se o valor que eu apontar como valor mais interessante possa ser divergente daquele que ele adota então Fiquem tranquilos nós estamos aqui para dar respostas eh rígidas para nenhuma pergunta e sim para trabalhar eh questões importantes do ponto de vista da cadeia de garantias da produção científica e eh tentar no meio dessa desse cipoal de opções dessas inúmeras
opções que À vezes nós encontramos diante dos dilemas éticos e Morais eh quais são aquelas que Possivelmente nos darão um resultado melhor do ponto de vista de integridade de qualidade da produção científica eh antes de ainda antes de começar eu gostaria de explicar um pouco a razão de existir essa discussão sobre integridade em pesquisa porque é óbvio eh qualquer pessoa com um mínimo de bom senso entenderá que eh manter a integridade em qualquer sistema em qualquer e eh mecanismo de produção é relevante né então portanto não deveria ser ser nem necessário eh discutirmos isso mas
gostaria de dizer que o mundo como ele efetivamente funciona não necessariamente Segue o bom senso e não necessariamente segue a a as questões eh da forma como a gente acha que elas deveriam ser então vou apresentar que os resultados de um trabalho eh já com algum tempo de publicação foi publicado em 2021 eh de artigos retratados eh de pesquisadores brasileiros esse trabalho ele foi eh publicado eh como eu já falei em 21 e ele usava uma base de dados de 2002 a 2019 essa base de dados ela eh foi obtida junto ao retraction watch que
é eh certamente a maior base de dados de artigos retratados que nós temos disponível hoje em dia não é uma base perfeita longe disso mas é a melhor que nós temos né então nessa essa base de dados nesse período de tempo os pesquisadores obtiveram como resultado que eh eh o Brasil tem aí um certo número de retratações os pesquisadores brasileiros TM um certo número de retratações E se nós olharmos a tabela dois que é a tabela principal do estudo nós vamos perceber que infelizmente a Unicamp está na posição de número um Nem todas as posições
de liderança são boas né Essa por exemplo é uma que eh seria preferível que nós nem estivéssemos nessa tabela ou se estivéssemos estivéssemos numa posição muito mais baixa mas nos coube a posição de número um com 35 artigos retratados de um eh de um painel de quase eh eh 48.400 artigos publicados né dando aí um um índice de pouco acima de 7 por 10.000 né Eh quem não está obviamente acostumado com a a lidar com as questões associadas à retratação Lembrando que retratação é quando um artigo recebe um carimbo de desabono por parte da editora
que o publicou né pode achar que o número é pequeno e de fato ele é é um número Modesto né 35 diante de 48.000 né um número muito pequeno entretanto nós sabemos pela experiência não só institucional mas internacional que eh às vezes um trabalho retratado eh dependendo de como essa retratação aconteceu e da importância desse trabalho dentro da literatura especializada e dependendo da importância do grupo que foi acometido por essa retratação pode ser eh eh de uma de uma de uma importância eu diria que quase que catastrófica né alguns pesquisadores que têm trabalhos publicados podem
eh não se recuperar do impacto de uma retratação o que não quer dizer que todas as retratações são culpa do pesquisador são associadas com práticas inadequadas mas com frequência isso acontece e a comunidade científica certamente tende a imaginar que quando ocorre uma retratação aquilo aconteceu por uma falha do pesquisador e suas práticas de produção científica né então eu diria para vocês que 35 é o número enorme eh 7.2 por 10.000 é um número muito grande e e certamente a Unicamp precisa trabalhar as suas questões eh de integridade em pesquisa não porque falte mas porque aconteceram
aí esses 35 casos até 2019 nós poderíamos também dizer com tranquilidade que esse número é muito maior principalmente porque mesmo o retraction Watch ele não consegue abarcar todas as retratações acontecidas no período e de 2019 para cá nós já tivemos algumas retratações a mais né então isso para que a gente entenda por da necessidade de se falar de um assunto que Teoricamente deveria ser senso comum deveria ser unanimidade mas que infelizmente a gente percebe que não é né Eh não foi por conta dessas retratações que foi eh criada a comissão de integridade em pesquisa mas
coincidentemente ela foi criada no final de de 2020 né e e ela vem eh no ensejo para responder uma série de demandas da própria comunidade científica eh da e da das instituições de fomento e da própria administração da Universidade naquele período né então foi criada em 2020 no finalzinho de 2020 e a comissão de integridade em pesquisa tem como finalidade função eh exatamente isso que está aí no seu artigo primeiro né que é promover a cultura de integridade ética em pesquisa e isso eh é feito ou deve ser feito principalmente de duas formas diferentes com
duas ações distintas né A primeira delas através de ações educativas de disseminação e de orientação e isso visando atingir todos os pesquisadores da Unicamp né Eh essa esse primeiro trecho aí é o artigo primeiro da deliberação que criou a a a cip e esse e esse essa caixa de texto que está abaixo é uma inserção que a gente fez para exemplificar as ações que a cip adota para eh eh atingir esse esse objetivo né então nós eh ministramos palestras participamos de debates ministramos cursos sejam eles cursos curtos de 1 hora meia hora até cursos longos
de 20 30 40 horas eh tanto presencialmente quanto EAD né Nós participamos de eh disciplinas tanto de graduação quanto de pós podemos dar treinamentos workshops seminários e tudo mais que for necessário para a divulgação do tema e eu gostaria de destacar dentro esse painel de atividades da cip a questão das consultas a cip oferece a possibilidade de qualquer pesquisador da Unicamp eh eh entrar em diálogo com os membros da cip para discutir temáticas que sejam interessantes a ele e que estejam eventualmente criando algum grau de dúvida alguma angústia eh eh naquele momento então por exemplo
se um pesquisador está diante de um dilema e ele fica inseguro quanto a a conduta mais justa ou a conduta eh mais interessante para evitar conflitos ele pode entrar em contato com a si por e-mail por telefone pessoalmente e nós eh faremos eh esse trabalho de de eh de interação de diálogo com o pesquisador na busca do da melhor solução para aquele dilema que ele estiver vivendo agora se essa é a parte educativa a parte mais interessante a parte mais leve da cip a cip também eh tem uma segunda função que é um pouco menos
eh um pouco menos agradável que é eh aquela situação em que eh eh a o dilema não foi resolvido o conflito não foi evitado E aí eh o processo eh se encaminhou para um conflito né E aí eh eh normalmente estabelecido o conflito uma ou até mesmo mais do que uma das partes acaba eh eh não ficando satisfeita com o encaminhamento das coisas eh encaminhando e uma uma denúncia para algum órgão essa denúncia pode ir dentro da Unicamp para vários setores inclusive para a ouvidoria para Procuradoria para PRP para prpg né e pode ir para
C também também pode ir para as próprias direções das unidades quando vai paraa cip a cip tem eh nessa sua segunda maior função que é o acolhimento e averiguação de denúncias de má conduta e má prática científica como é que é feito esse processo eh nós Recebemos a denúncia Fazemos uma primeira análise rapidamente para eh determinar se aquela denúncia tem algum substrato se aquela denúncia tem a alguma algum peso alguma evidência associada n se existir essa evidência se existir essa consubstanciação eh da denúncia ela passa para uma análise para uma fase de análise técnica e
nessa análise técnica a denúncia é eh esmil Sada averiguada e analisada do ponto de vista das técnicas e das boas práticas científicas e no final é produzido um parecer eh a respeito daquela denúncia se o parecer confirmar aquela má prática né são feitas sugestões de encaminhamento e esse parecer é encaminhado para os setores competentes que estejam envolvidos na uma prática denunciada Ah qualquer pessoa pode encaminhar denúncia para cip não temos nenhuma restrição nesse sentido qualquer tempo não tem deadline a denúncia pode seguir do modo identificado que é o mais comum mais de 90% das denúncias
chega identific ada ou no modo anônimo nós temos um sistema que permite o encaminhamento em modo anônimo eh a denúncia pode envolver qualquer aspecto da produção científica seja ele direto ou indireto técnico ou não técnico e até mesmo a questões das relações humanas na produção científica e aqui eu faria dois destaques eh essas questões de relações aqui tem que estar diretamente ligadas ao sistema de produção de conhecimento científico ao sistema de pesquisa eh não intervimos não analisamos relações entre pessoas que não estejam relacionadas à produção científica e em alguns casos nós trabalhamos com outros setores
da Unicamp que são altamente especializados nesse tipo de situação como por exemplo no assédio de natureza sexual eh onde esses setores eles têm uma infraestrutura eh mais apropriada mais especializada no atendimento e a cip eh trabalha em conjunto com esses setores eh a denúncia pode ser encaminhada por pessoas da própria Unicamp ou externas a Unicamp e ela pode envolver pesquisas que sejam tenham sido feitas dentro da Unicamp ou que de alguma forma tem envolvido pesquisadores da Unicamp isso tanto como agentes dessa prática inadequada como afetados por essa prática inadequada o sigilo é garantido todas as
etapas que estão eh a cargo da cip elas são sigilosas nós não divulgamos de forma nenhuma o que está acontecendo em relação a cada processo nem sequer quais os processos estão sendo averiguados então a desde o momento em que aquilo chega na cip até o momento em que aquilo sai da cip não haverá divulgação de forma nenhuma nós recebemos denúncias por por e-mail por sistema pelo nosso sistema de envio de denúncias e eventualmente até por meio físico né obviamente não recebemos denúncia simplesmente de boca eh porque é preciso haver algum tipo de registro dessa denúncia
Ah e lógico quando nós falamos de boas práticas e integridade em pesquisa científica em produção de conhecimento científico isso é é um universo muito grande quase que impossível eh eh abarcar completamente mas desse universo e nós apontamos aí Alguns dos dos pontos que podem ser abordados nós vamos trabalhar eh alguns deles hoje se der tempo nós vamos fazer vamos passar por esses que estão Eh aí apontados o primeiro deles é o referencial teórico Se alguém quiser ler sobre boas práticas em pesquisa eh vai encontrar uma quantidade enorme de material na internet e se vocês procurarem
eh com a possibilidade de leitura em inglês eh Realmente é muito rico vocês vão achar coisas de praticamente todos os países da Europa vocês vão achar muita coisa dos Estados Unidos doss vários estados que compõem os Estados Unidos das grandes agências de fomento norte-americanas e europeias todos eles produzem materiais às vezes materiais generosos com 100 páginas 150 páginas nós recomendamos na verdade uma leitura muito direta muito sintética e muito objetiva que é o código de boas práticas científicas da Fapesp que tem uma versão de 2011 outra de 2014 e eu recomendo eh necessariamente a leitura
para todos os pesquisadores a leitura desse desse desse livreto é é fundamental essencial para qualquer pesquisador eh eu acho essencial a leitura eh É só baixar lá no site da Fapesp facinho uma leitura tranquila 16 páginas realmente rapidinho a gente consegue ler tudo ah vamos tentar falar um pouquinho sobre o que é a má conduta porque vamos falar depois de práticas adequadas vamos falar um pouquinho das práticas que não são adequadas né e e três práticas inadequadas é lógico que o número de práticas inadequadas é quase infinito né considerando que a produção científica envolve milhares
de métodos diferentes delineamentos de pesquisa diferentes e e e a gente pode estar pensando aqui desde da da elaboração do projeto científico obtenção de verba execução da pesquisa análise eh escrita do manuscrito envio para publicação atendimento pós publicação tudo isso é parte do processo de produção científica né e qualquer etapa E qualquer coisa qualquer eh detalhe desse processo feito inadequadamente constituiria uma prática inadequada Mas nós vamos centrar aqui nas três principais porque são as três que eh eh são mais facilmente eh observadas as três que são mais frequentemente denunciadas e as três que são mais
facilmente definidas né então eu vou começar com a fabricação porque é o mais exagerado de tudo e na fabricação eh eh o ato de fabricação do ponto de vista de uma conduta científica é uma situação em que o pesquisador simplesmente eh ele tem um projeto pode até ter o projeto com os métodos todos escritos mas ele por qualquer motivo que seja Ele Decide nem executar o método Ele simplesmente inventa o resultado ele pula a parte da execução do método daí da a bancada daí da ao laboratório daí da Campo da coleta de amostras nada disso
acontece ele vai direto pro pro resultado como é que é isso ele simplesmente inventa esse resultado né esse resultado pode ser desde dos valores de medidas de métodos que ele não realizou é importante dizer isso como pode ser tabela pode ser gráfico pode ser imagem né Praticamente tudo do ponto de vista de resultado do processo eh de pesquisa pode ser criado artificialmente quer dizer criado não a partir da realização do M inventado literalmente Isso é uma falta gravíssima eh Diferentemente eh dos das situações envolvendo arte envolvendo a criatividade artística o cinema o teatro a literatura
onde a criatividade é relevante é importante na pesquisa científica a criatividade não pode ser usada para inventar o resultado ela tem que ser usada para fazer as boas articulações de ideia para fazer as boas interpretações de resultado mas não para criar o resultado do nada né Então essa situação altamente perniciosa né os pesquisadores que cometem esse estão extremamente expostos porque assim como não é difícil inventar resultado também é possível e determinar que aquele resultado descrito na literatura foi inventado né existem métodos estatísticos existem métodos investigativos que permitem com que alguém disposto a analisar eh defina
que ele eh foi eh literalmente inventado que ele não tem substrato real no mundo e Experimental né Na pior das hipóteses numa situação de investigação formal o a pessoa que tiver investigando vai pedir ali os livros de laboratório e os e os bancos de dados primários para fazer análise e o pesquisador Então não vai ter o que apresentar nesse sentido nunca faça isso né a outra situação é a situação da falsificação na falsificação o pesquisador efetivamente ele até realiza Os experimentos ele vai paraa bancada ele coleta amostras ele vai a campo e ele ele faz
os seus experimentos só que quando ele vai coletando os resultados ele percebe que aqueles resultados não estão eh seguindo aquele aquele caminho que ele esperava que ele gostaria o resultado não está apontando na direção que o agradaria mais e aí o pesquisador por uma questão eh pessoal ele ele resolve eh distorcer aqueles resultados resolve eh deturpar aquele resultado eh mexendo aqui mexendo ali né tirando algum resultado eh mudando o valor de algum resultado ou colocando alguma algum detalhe que não deveria estar ali ele vai gradualmente deturpando aquele resultado até que aquele resultado eh eh acabe
mostrando aquilo que ele gostaria que o resultado fosse né ele de uma certa forma ele tortura aquele resultado até que aquele resultado diga aquilo que ele quer que seja dito né Eh é uma situação também bastante grave infelizmente é também não é Rara né É uma situação que acontece com alguma frequência e eh também é uma situação eh eh que é possível ser detectada a partir da análise técnica né então eu recomendo muita cautela nesta nessa questão de manuseio de dados de pesquisa isso não quer dizer que os dados não possam ser manipulados de forma
nenhuma mas isso a gente quer dizer aqui no caso é que manipulação de dados deve ser feita de uma maneira extremamente técnica Seguindo os pressupostos e Os Protocolos de cada de cada método científico né Eh inclusive na questão da análise estatística e essas manipulações quando feitas além de seguir os protocolos do método Elas têm que ser claramente registradas e informadas para o leitor seja o editor ou seja o próprio leitor do paper que aquela análise foi eh e foi manipulada de alguma forma e para que isso não fique exatamente uma questão de má prática e
sim uma questão metodológica existem existem pressupostos existem métodos eh que devem ser usados para fazer a manipulação de dados em cada tipo de método em cada tipo de proposta científica né Por exemplo eh eh no caso das das análises estatísticas né Elas têm pressupostos de aplicação eu não posso simplesmente usar a análise estatística ao meu belo prazer ela tem que ser usada conforme os critérios de uso se eu usar uma análise estatística inadequada eu estou eh fazendo um erro estou cometendo um erro estou eh seguindo aí uma conduta científica inadequada isso vale também para as
imagens não só para os dados numéricos e A falsificação da mesma forma que a fabricação ela pode afetar dados pode afetar tabelas pode afetar imagens pode afetar gráficos pode afetar praticamente qual qualquer coisa né Eh e na manipulação de imagens como a gente hoje em dia faz isso dioturnamente com muita frequência na nossa vida cotidiana Pode ser que a gente Imagine que a manipulação de imagens no mundo científico seja Igual àquela que nós temos no nosso dia a dia cotidiano e não é verdade a manipulação de imagens científicas ela tem regras muito específicas que variam
conforme a área e variam até conforme a revista em que você vai publicar os seus dados né então cuidado qualquer a alteração que você fizer na imagem primária ela tem que ser registrada e tem que ser relatada para o editor e para os revisores daquele trabalho e eventualmente até para os leitores do seu artigo a e por fim o terceiro tipo de prática inadequada que é o mais Óbvio é um Que nós conhecemos muito bem desde cedo todo mundo eh de alguma maneira aprende a fazer copypaste de texto né e e isso é muito fácil
fazer dentro dos sistemas e digitais de de texto né e o plágio é uma situação em que nós utilizamos alguma técnica de eh eh copiar ou de se apropriar de um texto ou de uma ideia de um outro trabalho e colocar essa essa ideia esse texto no nosso trabalho e fazer isso sem dizer que fez Ou seja eu pego um texto que foi escrito por uma outra pessoa coloco no meu trabalho e faço de conta que fui eu que escrevi ISS é o plágio de texto o plágio de texto é o mais comum é o
mais conhecido mas não é o único então nós temos plagios de ideias temos plagios de imagem plágios de banco de dados plagos de tabela de gráfico de tudo que vocês imaginarem Da mesma forma né Eh todos eles são relacionados a esse conceito que é o conceito de eh eh conceito de que eh esse produto essa parte do produto foi foi obtida foi produzida por uma outra pessoa eu fui lá peguei aquela informação Peguei aquele dado E usei no meu trabalho e não informei que fiz isso Isso define o plágio assim como é fácil plagiar também
não é é difícil eh detectar o plágio e eh registrar o plágio confirmar o plágio né uma situação especial de plágio que eu chamaria na verdade de reciclagem ao invés de chamar de de plágio é o aop plágio nessa situação que é mais complicada para os pesquisadores compreenderem eh eh o pesquisador ele copia ou ele pega a informação eh de um trabalho que ele mesmo escreveu ele escreveu e Public aquele artigo aquele livro né E aí ele vai lá naquele trabalho que já foi publicado copia uma parte daquele trabalho e coloca num outro trabalho que
ele ainda vai publicar infelizmente isso também é uma situação de plágio chamado de autoplágio né e não deve ser feita de maneira leve isso aí pode ser classificado como plágio e ser punido da mesma forma né Eh se alguém eventualmente ficar Ah mas é proibido copiar qualquer coisa particularmente Se for minha não não é proibido da mesma forma que nos out nas outras situações existem regras específicas para copiar e Usar texto de outras fontes né então pequenos trechos de textos são eh compatíveis com a boa prática científica cópia de pequenos trechos desde que esses pequenos
trechos estejam claramente identificados e estejam referenciados pela sua origem eh se eu copiar um um lote muito grande de texto por exemplo um Capítulo inteiro toda a metodologia ou toda a revisão de literatura isso não é adequado mesmo se referenciado continuará sendo plá se o trejo for pequeno não for uma parte substancial daquele trabalho aí dependendo da regra que é usada dentro da sua área de pesquisa Pode ser que isso seja aceitável considerado boa prática né algumas áreas são mais flexíveis no uso de cópia de trechos eh de outros trabalhos nas áreas sociais humanas por
exemplo isso é parte da técnica de escrita eh desde que esse trecho não seja muito grande eh é considerado como uma situação é normal de prática adequada desculpe eh a questão eh de análise de plágio eh hoje em dia é feita quase que substancialmente quase que integralmente por meio de software né no caso eh das grandes instituições eh frequentemente é usado tting que é usado na Unicamp também e o turnin é um sistema eh eh especializado em análise de similaridade de texto nós vamos falar um pouquinho mais sobre isso adiante Então vamos falar especificamente sobre
plágio rapidamente né e vamos tocar nesses pontos Aí eu aproveito para mostrar imagens para vocês verem que a cópia de ideia não é algo novo nem sequer é algo que talvez há 300 anos atrás ou há 400 anos atrás fosse considerado a um problema na arte o plágio já foi considerado um reconhecimento porque só era copiado Quem era bom né na arte agora na ciência isso nunca foi efetivamente aceito e continua não sendo sendo aceito como uma prática adequada então o plágio aí mais uma vez é um conceito que nós já passamos né só quando
nós Assumimos a autoria de uma obra de outra pessoa de qualquer natureza essa obra ou parte dessa obra ou toda a obra Ah o plágio dentro do contexto acadêmico ele é bastante variado nós podemos ter desde eh cópias integrais de trabalho e isso acontece infelizmente até eh trabalho que eu chamo de patchwork que é basicamente fazer cópia de pequenos trechos de vários trabalhos e fazer a junção desses trechos para montar o nosso próprio trabalho vamos ver um pouquinho de perto alguns desses conceitos né e entender então por exemplo o plágio mais eh Óbvio é o
plágio integral né que simplesmente a gente pega a obra inteira eh se apropria daquela obra publica e fala que foi a gente que escreveu é óbvio que isso é é errado E é óbvio que isso não dá certo mas infelizmente as pessoas ainda fazem isso né O mundo é meio estranho nesse ponto o mais comum na verdade é o chamado plágio parcial eh que é o trabalho que eles cham aí de mosaico né onde a gente vai fazendo cópias de pequenos trechos e fazendo a remontagem daquela frase a gente constrói uma frase a partir de
trechos de outras frases né isso alguns poderiam identificar eh como sendo uma técnica eh eh lícita de escrita mas eu diria que não na verdade a técnica lícita seria eh trabalhar as ideias e reconstruir eh a a frase eh e veja ainda assim não fazendo uma cóp uma uma cópia literal eh daquela ideia e sim eh fazendo uma composição das ideias a partir eh de uma revisão de literatura a partir da revisão de outros trabalhos né Eh o que a gente tá falando aqui literalmente é cópia literal de pequenos trechos ou de grandes trechos e
a reconstrução da frase ou seja o autor que fez o plágio de fato ele não escreveu nada ele não criou nada ele simplesmente copiou e isso é o que caracteriza o plágio essas duas formas de plágio são facilmente detectadas pelos sistemas de análise de similaridade e são muito comuns eh o L conceitual já é bem mais difícil de pegar porque aí o que se copia é a ideia né E aí eh Para comprovar Tecnicamente que houve a cópia da ideia o processo é bem mais complicado é bem mais sofisticado e frequentemente ele é inespecífico né
não permite comprovação então e eh é uma situação mais mais difícil e infelizmente acontece também o autor que está plagiando Ele pega a ideia do outro autor E ele simplesmente troca palavras para reconstruir aquela ideia usando palavras diferentes né Eh existem situações em que pesquisadores eh intencionalmente ou conscientemente permitem cópias entre entre pares né Essa é uma situação eh também eh estranha mas pode acontecer para aumentar a produtiv idade né Eh eh e existe uma situação que a gente já comentou um pouquinho atrás que é o autoplagio ou reciclagem a que e eh deve ser
eh avaliado com uma cautela muito grande porque aí e não há um conceito que seja aplicável em 100% dos casos a gente vai discutir isso um pouquinho mais para frente com mais detalhe quanto ao que fazer quando existe a suspeita de plágio ou até quando eu estiver escrevendo Aliás o processo deveria ser exatamente à medida que eu vou escrevendo eu vou analisando o que eu estou escrevendo nos sistemas de análise de similaridade porque eu já detecto se eu tiver escrito alguma coisa que eh caracteriza uma cópia literal de trecho de algum outro autor eu já
estarei sabendo ali e já Farei o devido ajuste do texto né Eh os sistemas que podem ser usados São muitos né mais uma vez eu vou centrar aqui no tne tetin porque ele é bastante eficaz é muito profissional e porque ele está disponível na unicam ah antes da gente eh eh achar que o tting em si te dá respostas muito diretas não tertin ele ele determina se existe similaridade entre um trecho do trabalho e o trecho de outros trabalhos ele compara fontes de texto né e é lógico se houver similaridade ele aponta essa similaridade agora
ele não diz se houve plágio ou não ess essa essa confirmação ou essa negativa tem que vir da análise qualitativa A análise do tortin é uma análise quantitativa direta por sinal muito boa mas ela não define o que é plágio e particularmente eu gostaria de chamar atenção de que eh eh não existe um valor numérico percentual que seja suficiente para definir ou para negar a possibilidade de plago Ah é lógico que valores muito elevados 25% 30% 50% de similaridade dificilmente não vão configurar um plagio mas mesmo um trabalho com 50 60% de similaridade pode não
ser um plágio isso depende para confirmar o negar depende da análise qualitativa que vai ser feita por um ser humano e não por um sistema pelo menos por enquanto né talvez no futuro isso possa acontecer Ah aqui eu tô mostrando o torneam né a cip trabalha no tting com dois doos seus módulos que é o similarity e o originality eh e nesses módulos nós fazemos comparações de arquivo contra base de dados ou de arquivo contra arquivo né são os as sistemáticas de trabalho desses dois módulos e o tertin nos nos devolve um resultado como esse
que vocês estão vendo aí Então nesse caso o artigo analisado ele mostra uma similaridade de 58% contra a base de dados do torneinho torne tin é é um um sistema de análise que usa uma base de dados gigantesca né ela não é infinita não é total mas ela é muito grande então por exemplo eh esse esse bloco esse trechinho que está marcado aqui numa espécie de rosa ou laranja sei lá e ele tem eh ele representa 14% da similaridade e ele tem essa origem quando a gente faz análise a gente pega esse trecho e vai
olhar o treo na fonte que o torne Tim achou para ver se corresponde realmente a cópia e para saber para decidir se esse trecho corresponde a plágio ou não né É lógico que se e nós confirmarmos esse dado aqui que esse trechinho de quase duas linhas completas com poucas trocas de palavras né nessa fonte que ele está nos mostrando esse trecho aqui certamente poderia ser considerado um trecho plagiado e assim é feito ponto a ponto às vezes existem dezenas às vezes centenas de links num trecho no num trabalho né já analisei eh trabalhos com centenas
de links e aí a gente tem que ir de link por link fazendo essa análise qualitativa ora isso basicamente indica que e o tnin ele é excelente né mas que ele não substitui a análise individual feita por uma pessoa pelo menos no momento né h não tem número os mínimos nem máximos que determinem a ausência ou a presença de plágio e a decisão sempre vai ser baseada na análise qualitativa e não na quantitativa né ã por essa razão não há um índice que Garanta ausência de plágio então ah trabalhos com 5% não tem plágio não
dá para dizer tem que olhar o que que tem nesses 5% né para ter certeza se não tem plasma normalmente 5% é um valor muito baixo realmente não corresponde a plaga mas eu não posso partir simplesmente do número e dizer que não tem e também não dá para usar a análise como prova de plágio não é que eu vou simplesmente dizer ah não esse trabalho tem 50% de similaridade então tem plágio não diria esse trabalho tem 50% de plágio e essa frase aqui vem desse trabalho essa frase aqui vem desse trabalho essa frase que vem
desse outro trabalho e assim por diante Ah e El Lógico o turnin não é só uma um sistema de avaliação de similaridade é um sistema educativo e eu acho que ele é Aliás ele é muito muito mais interessante na proposta educativa do que na questão da análise de similaridade ainda que ambas sejam muito boas né nesse sentido e é importante lembrar também que plágio eh tem que ser contextualizado dentro da área que nós estamos analisando né O que é considerado plágio eh numa área não necessariamente é considerado na outra ainda que exista uma certa homogeneidade
mas não é absoluta e também dependendo da metodologia que tá sendo usada eh na pesquisa né algumas áreas permitem um pouco mais de cópia outras são extremamente rígidas e não permitem praticamente eh nenhum nenhum grau de cópia de resultados né Eh e o é lógico o plágio ele ele não só é uma uma questão eh eh eh técnica mas ele é uma questão também moral né porque o pesquisador ele é avaliado pela sua produção e é lógico pressupõe-se que quando ele diz que publicou 20 ou 40 ou 50 ou 100 trabalhos que ele escreveu que
ele participou daqueles 100 trabalhos que Ele publicou se ele está simplesmente copiando outros trabalhos ele não está produzindo ele está simplesmente se apropriando e isso é uma imoralidade do ponto de vista científico né E também tem uma questão legal porque o plagio ele afeta as pessoas não só do ponto de vista ético-moral mas ele também ele também entra em conflito com a questão do direito autoral né e no direito autoral é lógico a pessoa que escreveu né ela tem algum grau de direito sobre aquilo que foi escrito ou o editor tem esse direito Mas alguém
tem o direito sobre aquilo que foi escrito e quando alguém vai lá e copia sem iação aquele produto ele está cometendo uma infração também do ponto de vista legal passamos para um outro ponto que é bem próximo que é a questão das autorias e da propriedade em pesquisa científica então lógico todos nós como pesquisadores eh queremos publicar todos nós queremos eh produzir né Isso é fundamental no nosso sistema isso é a nossa moeda de valor né o nosso valor é medido muito frequentemente nessa questão eh às vezes até excessivamente quantitativo Mas normalmente eh eh a
avaliação da produtividade ela é ferramenta fundamental de avaliação no campo científico né E aí eh eh quando a gente fala de produtividade nós estamos falando essencialmente de autoria né e de direito de propriedade daquele produto e notem que quando eu falo produto Eu frequentemente me refiro a artigo a p Mas isso é só um dos produtos científicos nós podemos pensar em livros podemos pensar em Capítulo de livro podemos pensar em apresentações em congresso em bases de dados em patentes em registro de processos industriais ou de produção tudo isso é produção científica né tudo isso é
produção eh associada ao processo científico e é lógico todas essas Produções quando elas vão ser disponibilizadas para o público elas carregam consigo mesmas alguma autoria né pode ser uma autoria de um único autor alguns lugar algumas áreas são assim ou pode ser uma autoria de dezenas centenas ou até de milhares de autores vamos entender um pouquinho como é que a gente pensa a questão das autorias E aí eu começaria tentando definir aqui o que é um autor né parece meio Óbvio Alguém poderia imaginar não autor é é aqu que tem o nome no trabalho no
produto né se se o nome da pessoa está no produto ela é autora É sim do ponto de vista prático a gente poderia dizer isso poderia até aceitar essa essa pressuposição O problema é que existe um uma uma definição conceitual eh que fundamenta essa presença do nome no produto científico né então nós poderíamos dizer aqui inicialmente quem é autor quem é autor é aquele que deu origem ou que deu existência ao produto né E por consequência isso essa é uma parte que às vezes os pesquisadores se esquecem né né como ele deu origem como ele
tem o seu nome ligado à aquele produto científico seja o artigo livro ou ap patente ele tem também responsabilidade por aquele produto científico né não é só ter o nome e dizer olha eu sou autor daquele produto ele tem também que assumir a responsabilidade por aquele produto assumir a responsabilidade pública pelo conteúdo do artigo né É lógico que qualquer autor para ser autor de um produto ele tem que concordar em ser autor não existe como ele ter o seu nome em um produto científico e e não ter concordado com isso não seria justo e não
é uma prática adequada de forma nenhuma eh também é uma prática inadequada eh eh colocar nome de pesquisadores em produtos nos quais eles não participaram da produção ou seja eh ele não deu origem ele não deu existência e o nome dele está lá então isso é inadequado do ponto de vista de prática científica né Eh nesse sentido é comum que os trabalhos eh discutam que seja discutida a lista de pesquisa de autores Eh mais ou menos no final do processo de produção né Normalmente quando a gente já está na fase de envio do manuscrito é
que vai ser discutida a lista final de pesquisadores e isso é um problema do ponto de vista operacional porque eh essa essa lista de autores ela deveria começar a ser discutida no início do processo ou seja quando nós estamos fazendo o projeto de pesquisa nós já Deveríamos ter uma primeira discussão sobre quem vai participar desse processo de produção e portanto quem vai ser autor desse produto científico né Lógico que isso em algumas áreas já é mais comum né Por exemplo as áreas técnicas que produzem trabalho com patente isso nem é discutido isso é rotina né
nas áreas de ciência mais comum na minha área por exemplo que é a questão da área de saúde isso às vezes não acontece isso acaba abrindo Campo abrindo brechas para que eh se discute que se entre em conflito pela no final do processo eh também é importante que eh no processo de de discussão dos autores da lista de autores que todos os autores que forem eh envolvidos como autores daquele produto estejam cientes e de acordo e manifestem eh essa esse acordo por escrito né não só para incluir o seu nome mas para qualquer alteração que
for proposta naquele produto né eh hoje em dia já tá se tornando bem mais comum que quando a gente manda um manuscrito ou um um livro para o editor né que a gente informe junto com a lista de nomes o que que cada um daqueles nomes fez na produção daquele produto desculpe aqui a redundância das palavras ah e é interessante que no caso de eh eh desacordo entre as partes quando for a for determinada a lista de autores né né esse conflito idealmente deveria ser resolvido entre os próprios pesquisadores se ele não for resolvido entre
os pesquisadores frequentemente isso vai gerar um conflito esse conflito vai respingar e vai acabar tendo que ser resolvido pela instituição e que esses autores participam né ah o que é autor na verdade não é uma um conceito vago e pouco discutido é um conceito extremamente importante e já existem critérios que são utilizados né então por exemplo esse aqui é um que é utilizado por muitas revistas né Apesar dele ser proposto por um por um comitê de editores de jornais médicos ele não é usado só na área de medicina ele é usado em muitas áreas então
o critério do icmje ele pressupõe quatro eh eh quatro características para definir um um um um autor E essas quatro características elas não são opcionais elas são obrigatórias então você pode notar que aqui entre uma característica E outra tem um e maiúsculo né ou seja para ser autor a pessoa tem que cumprir os quatro critérios e quais são esses critérios contribuir substancialmente com a proposta do estudo com a aquisição dos dados com a execução da pesquisa com a interpretação dos dados ou seja toda a parte de preparação e de realização da p pesquisa depois escrever
ou revisar o trabalho é de forma criticamente importante aqui já parte da escrita do dos do resultado propriamente dito e no final tem que aprovar a versão final a ser publicada ou apresentada né e ainda concordar em ser responsável ou seja ser responsabilizado por todos os aspectos do trabalho no sentido de garantir que a integridade foi completamente ou adequadamente cumprida né Eh vejam que eh eh se a gente for muito rígido poucos autores realmente cumprem essas quatro etapas né mas Teoricamente deveria ser assim E se uma pessoa por exemplo participou de uma etapa de coleta
de dados de aquisição de dados mas não participou das outras né ela segundo esse critério ela deveria estar apenas nos agradecimentos mas não na lista de autores bom se você não gostou muito desse protocolo dessa situação eu diria que eu concordo com você Eu também acho um pouco duro esse critério então nós temos um outro critério que é o credit e o credit ele usa 14 critérios diferentes eh para determinar o que é um autor do trabalho e veja que não vou discutir cada um deles individualmente não Não valeria a pena mas nós podemos ver
que existem aqui eh praticamente e eh etapas em todas as etapas da produção do conhecimento científico Estarão expressas aqui desde a concepção do estudo alguém que participou da Concepção do estudo né alguém que participou do desenvolvimento da metodologia alguém que fez parte na análise formal estatística especializada eh quem eh participou por exemplo obtendo recursos e assim por diante quem participou da curadoria de dados né e eh tem até por exemplo a questão da supervisão administração de projet os preparação de manuscrito preparação de tabelas de e preparação de de figuras de imagem né então Aqui nós
temos todas as etapas da produção do produto científico mais uma vez desculpa a redundância da palavra e e e aqui eu acho mais fácil a gente caracterizar o pesquisador segundo alguns desses aspectos pesquisador não desculpe o autor por algum desses aspectos né Eh muitas revistas adotam credit eh e eu diria que eh me parece o crédito um pouco mais flexível um pouco mais fácil de eh eh encaixar na realidade das rotinas das Produções científicas Ah muito bem vamos dizer que tudo todos esses pressupostos sejam seguidos que tudo seja feito direitinho normalmente não haverá e na
maioria dos trabalhos não há né Eh conflitos relacionados à questão da autoria agora é um dos conflitos mais comuns que a gente recebe na cip eh eh disputas por autoria né então o trabalho é publicado E aí alguém levanta a mão e fala pô mas eu participei disso aí eu também sou autor né Por que que não puseram o meu nome e aí vai a denúncia paraa revista vai denúncia paraas instituições e vira briga muitas vezes isso vai para tribunal né judicializa O que é um prejuízo e é uma dor de cabeça para todo mundo
envolvido então vejam eh que eh eh eh não é não deveria ser mas acaba sendo eh não vou dizer comum mas não é raro né que depois do produto publicizado nós temos conflito sobre a propriedade ou a autoria daqueles daquele produto eh Quais são os problemas mais comuns que a gente encontra na análise de eh conflitos em autoria ou as situações que seriam inadequadas do ponto de vista de boas práticas científicas a autoria compartilhada ou mútua e aí Alguém poderia imaginar Ué não pode ter eh eh colaboração pode e deve quanto mais colaboração melhor né
Isso é muito valorizado na Ciência Hoje em dia eh mas veja o que nós estamos falando aqui não é colaboração é uma situação em que um certo grupo de pesquisa por exemplo tem 40 ou 50 pesquisadores né e trabalha às vezes em dezenas de projetos de pesquisa é óbvio que algumas pessoas nesse grupo participam de alguns projetos outras participam de outros projetos e aí esses projetos vão sendo encaminhados vão chegando à sua finalização e os produtos vão aparecendo na hora de publicar na hora de publicizar esses produtos eh coloca-se o nome de todo mundo em
todos os produtos Pode parecer algo eh bastante esperto bastante produtivo né porque é óbvio se você tem um grupo de 40 50 pessoas trabalhando todo mundo ao mesmo tempo a produção é enorme e se o nome de todo mundo está em tudo é lógico que todo mundo vai ter uma publicação vai ter um índice de publicações muito elevado O problema é que isso é inadequado do ponto de vista de práticas em autoria porque que o autor só deveria ser autor de acordo com aqueles critérios que a gente discriminou lá atrás ou seja de alguma forma
ele tem que ter participado da elaboração e da produção daquele produto científico se ele não fez isso se o nome dele está lá só porque ele é parte do grupo de pesquisa isso é uma prática inadequada do ponto de vista científico Ah tem também a questão da autoria de brinde ou honorária né em que a gente o pesquisador Põe o nome de um autor porque ele é o chefe ou porque ele é um cara importante é um cara conhecido na área um cara respeitado na área mas aquele indivíduo Nunca nem viu aquele trabalho não participou
em nenhuma etapa da produção daquele trabalho veja não estamos dizendo que não se pode colocar o nome de uma pessoa importante mas ela terá que ter participado de alguma forma em alguma das etapas da produção daquele produto que seja uma leitura crítica uma revisão fina daquele trabalho alguma coisa ela tem que ter feito para que ela possa ter o seu nome de maneira lícita naquele trabalho se ela simplesmente está lá porque ela é importante isso não é eh uma situação adequada do ponto de vista eh de boas práticas em pesquisa eh existe a situação de
publicação duplicada ou de republicação E aí Alguém poderia imaginar mas que isso né né simplesmente o pesquisador eh faz a sua pesquisa e ele publica o trabalho publica numa revista por exemplo na revista a E aí ele gostou tanto do trabalho que ele publica na revista B também né o mesmo trabalho e isso é lícito normalmente não né Ah então normalmente se espera que um trabalho seja publicado uma vez né esse é o produto e pronto agora existe alguma circunstância em que isso pode acontecer existe né Eh por exemplo a gente pode eh traduzir um
trabalho e republicar a tradução né Eh só que isso é um novo trabalho não isso é uma tradução né então você ganha como crédito a tradução não um segundo artigo não é que você produziu um segundo artigo original você produziu uma tradução daquele artigo original que é seu também no caso seria a republicação do seu próprio trabalho eh qualquer circunstância que não seja eh devidamente documentada e informada né Eh e por exemplo eu pego o meu trabalho publico na revista a e publico na revista b e não falo nem pra revista a nem pra revista
B nem pro meu leitor que o trabalho da revista B é a republicação do trabalho na revista a isso aí é uma prática de pesquisae autoplágio né e e será obviamente detectado E se for o caso punido uma situação bem mais complexa é o chamado a chamada publicação salaminho né a publicação salaminho que que que que ela eh o que que ela representa eu faço a pesquisa a pesquisa produz um pacote de dados de resultados bastante grande bastante interessante né eh e aí eu chego no no ponto final do trabalho estamos analisando já os resultados
produzindo as tabelas produzindo os gráficos e agora eu vou ter que decidir como é que eu vou publicar isso né publico tudo num único artigo de grande porte com bastante informação com extensão com conteúdo ou divido aquele produto em dois três ou quatro eh produtos subprodutos e publico em eh eh situações diferentes ou em em sequências né Ora se essa divisão daquela base de dados original eh for feita por questões técnicas e científicas ou seja porque a parte a dos dados é mais importante e mais apropriada para uma certa revista mas a parte B dos
dados não cabe naquela primeira revista Mas cabe em outra revista Por exemplo essa divisão é uma divisão razoável aceita normalmente se aquela divisão for feita exclusivamente para aumentar o número de publicações Isso é o que a gente chama de publicação salaminho e é uma prática considerada inadequada do ponto de vista de eh bo boas práticas em pesquisa é uma falta de integridade a divisão dos resultados exclusivamente por finalidade de aumentar o número final de artigos publicados existem situações eh menos comuns mas que de fato acontecem também é o caso por exemplo da autoria fantasma né
autoria fantasma Eu tenho uma situação em que eh alguém escreve e eu publico e ponho no meu nome digo fui eu que escrevi é quer dizer outra pessoa escreveu né normalmente essa situação ela acontece contra pagamento né eu de alguma forma eu beneficio aquela pessoa paga um valor qualquer ou faço algum favor para aquela pessoa e ela escreve para mim e eu publico vejo o nome dela não apareceu só o meu né Isso é o a autoria fantasma isso não é tão comum em várias áreas mas INCC por exemplo pode acontecer em trabalhos eh eh
eh de nível menos sofistic e existem inclusive pessoas que ganham dinheiro vivem de vender trabalhos prontos né infelizmente essas pessoas que vendem trabalhos prontos para outras pessoas publicarem elas fazem isso geralmente na forma de plágio elas plagi teses plagi eh eh dissertações de de Mestrado plagi tccs eh e vendem para que outras pessoas eh eh eh publiquem como se fossem trabalhos seus existem hoje eh eh eh eh situações de empresas que são especializadas nisso né Não só sites simples assim de pessoas individuais mas empresas mesmo são chamados paper meals as as vamos dizer assim as
usinas de papers que vendem a autoria você vai lá entra lá no site escolhe o paper que você quer e você paga se você quer como primeiro autor segundo autor Sênior e assim por diante é uma maluquice mas efetivamente existe A negação de autoria é uma situação gravíssima mas também pode acontecer em que um pesquisador normalmente numa posição de mando numa posição de poder ele se ele pega o trabalho que alguém escreveu e e e publica no nome dele e não coloca o nome do outro autor veja bem que aquele não está comprando o o
produto ele está simplesmente se apropriando daquele produto e publicando contra eh aquela pessoa que contra a vontade daquela pessoa que escreveu e existem também situações em que há tática aí de intimidação para que eh eh a gente coloque o nome de um autor ou Tire o nome de um autor de um produto científico isso são todas práticas consideradas gravíssimas aí não devem ser eh repetidas e é lógico como é que a gente eh eh faz para evitar esses problemas como a gente falou lá atrás eh eh o processo normalmente deveria l Lar aquele que é
feito eh na produção de patentes porque na na produção de patente envolverá dinheiro né E quando envolve recurso financeiro as pessoas são muito mais objetivas né Então na verdade deveria haver um acordo prévio desde o começo do processo de elaboração do projeto até o final esse acordo ele é revisto periodicamente e esse acordo ele vai incluir aspectos da participação de cada um na produção então o que que cada um vai fazer dur durante o processo de produção do produto E também o acordo quanto a os resultados prováveis os resultados previstos daquele produto daquele daquela pesquisa
científica Então se está sendo prevista ali a produção de dois ou três artigos e de eh de repente de um livro ou de uma 10 apresentações em congresso mais IC quer dizer isso aí tudo é discutido previamente e já vai se fazendo um acordo prévio eh normalmente de natureza escrita eh entre as partes que estão envolvidas tanto na produção quanto nos resultados eh É lógico que eh eh nenhuma situação eh eh pode ser pré-classificado e e e dizer que que uma certa proposta vai dar certo Sempre não existe isso e mesmo se tudo for feito
da maneira mais correta possível pode ser que no final alguém ainda fique descontente e entre com uma ação contra aquele aquele resultado mas é lógico sendo feito um acordo prévio a a chance desse desacordo a chance desse conflito final é diminuir bastante Vamos para o nosso penúltimo Bloco Eh o último bloco Se não me engano que é a questão dos predatórios então no no no arrasto da questão da produtividade e hoje em dia a produtividade é muito cobrada né Eh eh surge na ciência eh cada vez com mais força uma situação eh bastante perniciosa né
Eh nós temos revistas científicas que publicam trabalhos isso aí é assim já faz eh mais de duas centenas de anos né e eh nas últimas décadas Tem surgido talvez até anterior a isso mas nas duas últimas décadas isso é é cada vez mais Evidente eh sistemas de revistas científicas que só existem para eh publicar não com qualidade mas publicar para ganhar dinheiro né Vamos tentar eh discutir um pouquinho esse tópico são chamados predatórios em ciência então o que que na verdade é um predatório né predatório Na ciência né Eh eh a gente poderia dizer que
é eh um Gate Keeper que tem um comportamento desviante daqui a pouquinho a gente fala o que é o gatekeeper mas e por enquanto só dizer isso E desde que a ciência começou né Eh Em algum momento do processo né Eh nós temos a etapa da publicização daquilo que foi produzido daqueles resultados Essa publicização ela é submetida aos pares aos colegas da ciência né então lá no início da ciência isso era feito nos encontros científicos né as grandes instituições os grandes eventos eles tinham ali a a exposição pública daquele resultado e os pares diziam Olha
isso aí tá interessante isso é muito bom não ess esse não tá muito legal precisa melhorar aqui e aí havia aí uma exposição aos pares e os próprios pares é que faziam o papel de gatekeeper da qualidade do produto científico Lógico que isso rapidamente se profissionalizou E aí nós tivemos a a o estabelecimento de associações né de associações de classe associações de cientistas depois mais importante ainda das editoras e revistas científicas eh mais eh paraa frente um pouco a os grandes congressos científicos e mais para frente ainda os repositórios e ainda outros meios eletrônicos eh
abertos que hoje são mais utilizados né Então veja cada um uma dessas instâncias de eh publicização elas estabelecem elas cada uma delas estabelece critérios de qualidade né então para dizer olha isso aqui é bom e Nós aceitamos e publicamos isso aqui não está adequado nós não vamos aceitar e não vamos publicar Esse é o trabalho do gatekeeper ora o gatekeeper eh eh ele tem custo seja ele qual for né Eh Então vamos pensar aqui nas editoras e jornais que ainda são os gatekeepers mais comuns hoje em dia né eles têm custos para lidar com o
processo de produção né com o processo de publicização e próprio processo de análise e seleção de trabalhos né Então até algum tempo atrás eh esses custos eram cobertos com as assinaturas né das revistas e dos livros eventualmente com o patrocínio né algumas empresas eh eh eventualmente patrocinavam muito pouco era pago pelos pesquisadores eh eh gradualmente esse processo de pagamento dos gatekeepers ele foi sendo transferido por taxas taxas que são frequentemente pagas hoje pelos próprios pesquisadores quando a a o processo entra radicalmente ou entra mais francamente na ideia do Open access eh os custos agora realmente
são transferidos com muita frequência para os pesquisadores né E aí essa mudança Clara do processo de financiamento dos gatekeepers quando ela sai das bibliotecas das instituições e vai passando gradualmente para os pesquisadores ela muda a relação de financiamento da produção e da publicação dos trabalhos não tô dizendo que isso é ruim nem bom tô dizendo que é como foi acontecendo né O que que outra coisa que aconteceu e isso tá cada vez mais claro né se o sistema tinha um tamanho por exemplo na década de 80 né hoje esse sistema de produção e de publicização
de artigos ele é imensamente maior com isso nós temos um um aumento exponencial nos valores nas quantidades de recursos envolvidas e é lógico que se antigamente a gente falava de Talvez de algumas centenas de milhares de dólares por ano de uma editora talvez de 1 milhão de 2 milhões hoje gente tá falando aí por exemplo de dezenas ou eventualmente até de centenas de Milhões de Dólares que são eh girados anualmente por algumas editoras né então a gente tá pensando aqui num custo eh muito grande e realmente eh significativo né por outro lado a gente tem
que entender que eh Por que que por que que as pessoas querem publicar eh essencialmente porque o pesquisador ele é reconhecido pelos seus pares a partir da sua produção Não só pela quantidade pela qualidade né mas ele é reconhecido essencialmente pela sua produção se ele não produzir nada ele não tem o reconhecimento dos Paes se ele produzir ele é reconhecido pelos pares é o que a gente chamaria de capital social do do meio dos pesquisadores do meio científico do Meio acadêmico né e é lógico todo mundo que tá no meio acadêmico ele quer ser reconhecido
essa pessoa quer o reconhecimento acadêmico então Poderíamos dizer que a moeda entre aspas do Meio acadêmico é a produção científica né então todo mundo quer produzir Todo Mundo Quer Ser Reconhecido E com isso eh nós temos uma busca cada vez mais intensa eh pelo capital social eh do Meio acadêmico que é a produção científica É lógico que aumenta o número de editores aumenta o número de pesquisadores aumenta o número de instituições de pesquisa aumenta o financiamento aumenta o giro financeiro e é lógico dá para entender que você tem aí eh uma procura muito maior pela
produção científica É lógico que do ponto de vista operacional o capital de interesse dos gatekeepers é o é o valor financeiro né não se não que seja o único né mas certamente é um valor muito importante para esses gatekeepers ora tudo isso somado faz com que a pressão sobre os pesquisadores seja enorme né então se o pesquisador quer produzir para ser Recon a instituição quer que o pesquisador Produza para que ela seja reconhecida né as agências de fomento querem que aqueles projetos financiados sejam publicados isso é tudo normal é faz parte do processo então tem
pressão sobre o pesquisador eh da do próprio pesquisador dos seus pares da instituição a qual ele é ligado das agências de fomento e da sociedade como um todo né então os pesquisadores estão numa pressão constante e muito grande para que produz usam em alta escala e em alta intensidade ah e e eu diria Até voltar aqui um pouquinho e eh se a gente pensar que que a situação a pressão é só sobre o pesquisador não por exemplo todos nós participamos de programas de pós--graduação os programas de pós--graduação também são submetidos à pressão E aí os
coordenadores de pós-graduação pressionam os seus professores né para que eles produzam muito porque a a avaliação do o programa de pós-graduação depende da sua produção então todo mundo pressiona todo mundo para que a publicação aumente e nesse sentido é lógico eh eh haverá sempre alguém que pensaria o seguinte mas não tem um jeito mais fácil de fazer essas coisas então tem tem esse meio um deles é a publicação em revistas predatórias né não é o melhor meio diria que é um meio horroroso mas as pessoas pensam naquilo que é mais pragmático aqui que é mais
fácil né antes da gente definir o que é a publicação eh predatória eu vou fazer aqui uma um alerta né Eh a gente normalmente em ciência gosta de definições preto e branco como essa que tá em cima o mundo raramente assim eu diria que quase nunca é assim né normalmente o que a gente imagina que o mundo seja é um degradê de Cinza aqu esse que tá abaixo né E aliás um degradê com com caixinhas bem determinadas na prática o mundo quase sempre não tem caixinha né então ele tem um degradê contínuo que vai de
um de um extremo ao outro e eu diria que se formos um pouco mais justo o mundo não só é um degradê de Cinza mas ele é um degradê de cores né então cuidado porque a definição de e revista predatória ela é tão complicada quanto essa última Barrinha é um degradê de cores e a revista que hoje é predatória pode ser que daqui um ano ela não seja mais e a revista que não é predatória pode ser que daqui a 6 meses seja então muito cuidado com essa questão da definição Vamos tentar trazer um pouco
essa definição paraa discussão então é óbvio Ah que já se tentou várias vezes D a importância do problema né e entendendo aqui que predatória é uma uma revista que publica um trabalho sem qualidade simplesmente para ganhar dinheiro com isso e o pesquisador eh que faz uso dessas revistas predatórias é um pesquisador que quer publicar o trabalha a Qualquer Custo e tá disposto a pagar por essa publicação eh eh então quando nós trazemos aqui essa discussão ela ela já existe há muito tempo e não existe uma definição que seja aceita universalmente mas existe uma muito interessante
que foi proposta na revista Nature em 2019 e Nessa proposta eh eh chegou é o Consenso que é esse que está em aqui no meio do slide né Eh eh eu vou discutir eh cada trecho dessa dessa frase pra gente tentar entender um pouquinho melhor então vamos pro primeiro trecho né então o Consenso diz lá que as revistas eh os jornais e as Public e as editoras predatórias são aquelas que priorizam o interesse próprio às custas da qualidade do trabalho né eh o que que isso basicamente significa eu quero lucro e a qualidade que se
dane né então é basicamente isso que tá sendo dito se o trabalho é ruim não interessa a gente publica porque dá dinheiro o trabalho é bom a gente publica também porque dá dinheiro trabalho é mais ou menos a gente publica porque dá dinheiro basicamente é isso que é o primeiro a primeira característica dos jornais predatórios esses jornais predatórios também são caracterizados pela passagem de informações falsas ou informações que enganam a gente então por exemplo esses jornais nos seus nas suas páginas eles frequentemente usam fatores de impacto falsificados né ou fator de impacto falsificado puro mentira
completa ou fator de impacto que na verdade não tem significado técnico nenhum de biblioteconomia de de de bibliometria né nenhum né na verdade são fatores que são feitos só para uso nessas revistas eh eh de eh eh eh para para para enganar o leitor né Tem endereço errado endereço incorreto informações erradas sobre o corpo editorial né então às vezes o corpo editorial ele cita lá autores com nome eh com um um o mesmo nome de um pesquisador muito importante na área mas aquele cara é outra pessoa pessa Ou aquele cara nem existe na verdade foi
inventado ali foi colocado aquele nome mas ele não é um uma pessoa verídica não é um pesquisador de nome certamente né Eh eh também algumas algumas dessas revistas elas eh eh dizem que são associadas a associações que isso é mentira também né e todas elas vão afirmar que a revisão por pares é super rigorosa né a revisão por pares deles é super rigorosa ao mesmo tempo eles vão dizer o seguinte eh mande o seu trabalho que a gente publica em dois ou três dias né mandou o trabalho dois trê dias depois tá publicado olha qual
é o o a revisão por pares que é feita de um dia pro outro todos nós que já fizemos alguma revisão por par sabemos que não é assim todos nós que já mandamos o nosso trabalho sabemos que não é assim então essa são informações falsificadas são usadas por essas revistas né a outra coisa que a característica dessas revistas é o desvio das boas práticas editoriais e de publicação né então Eh por exemplo eh eh essas essas revistas el elas não seguem a os pressupostos da cop da associação eh eh médica de editores médicos internacional né
ele Existem várias associações e grupos eh que protocolam fazem Protocolos de Conduta Em certas situações e as essas editoras E essas revistas certamente não usam esses protocolos não seguem essas essas práticas editoriais adequadas né ainda eh eh nós temos nessa nesse pacote de problemas Aí eh a falta de Transparência né então por exemplo você tenta entrar em contato com a revista e o e-mail não funciona não é respondido você pede informações para aquela revista sobre as práticas editoriais não respondem pedem informações sobre o peer review eles não respondem ou te dão informações erradas né Eh
então mais uma vez aí editores e membros do corpo editorial eh que estão lá você tenta entrar em contato não consegue o e-mail não funciona aquele nome não bate né Então aí mais uma vez a o o o processo de enganar o indivíduo que está ali tentando eh descobrir informações sobre aquela revista e por fim o uso de práticas agressivas de solicitação de artigos é comum a gente receber Acho que todos nós que já temos algum tempinho na no no no no sistema de publicação recebemos às vezes diariamente 10 20 eh e-mails dizendo Nossa mande
o seu trabalho você é um cara fantástico o seu trabalho é excepcional né vimos aqui o seu trabalho a categoria dos seus dos seus artigos mande o seu artigo para nós ainda hoje que nós estamos fechando um facul essa semana se você mandar essa semana mesmo já entra nesse facíl e já vai ser publicado não é muito comum a gente receber e-mails desse jeito é é essa questão eh eh e-mails de repetição e-mails pedindo usando essa essa esse jeito de expressar dizendo que é urgente que o seu trabalho é excelente e e é só você
mandar que vai ser publicado vai ser aceito e publicado isso quando não convida a gente para ser do corpo editorial etc né então vejam que é uma prática é muito comum eh eh eh dessas revistas e por último que eu acho que é mais Hilário né Eh e eu acho que muita gente já passou por isso também você é convidado por exemplo para elaborar um facíl especial né num assunto que você nunca publicou nele então eu já fui convidado para para para fazer esse tipo de coisa por exemplo em Agronomia em tópicos de agronomia em
tópicos de física que eu li literalmente nunca lidei com isso né e vejam que isso é uma das técnicas desse tipo de de revista né agora nós que somos pesquisadores e queremos publicar onde é que nós vamos eh tentar como que nós vamos tentar evitar esse tipo de coisa né e é lógico que nós sabemos que uma parte dessas revistas está no sistema de openx o sistema de openx não é ruim ele é ótimo mas ele ele abriu um pouco a possibilidade de fortalecimento dessas revistas predatórias e mas o sistema ele tem uma parte de
autorregulação modo de autorregulação por exemplo eh um desses mecanismos de autorregulação é é esse do AJ essa organização que faz uma lista regularmente revisa essa lista regularmente dos periódicos de Open access né E nessa lista eles mostram os periódicos que são válidos né dentre eles alguns que são sem custo que é maravilhoso né então Eh vejam que essa lista aqui de setembro tem quase 21.000 periódicos que são indexados no no doag né Eh não é só o doag que na verdade então nós temos aí pelo menos essas quatro eh eh essas quatro associações quatro grupos
que fazem essa análise então por exemplo Bios ele ele tem uma lista de artigo de jornais predatórios né o o ces também tem essa lista de predatórios e o cbas tem a lista dos verificados ou seja daqueles que não são predatórios e o duar como eu já falei também tem a lista dos jornais legítimos O problema é que você vai ter que passar por todos esses sistemas para checar porque nenhum deles é tão concordante com os outros né então aí o a lista do BIOS né que é Aliás já esteve fora do ar várias vezes
porque as empresas predatórias processam as pessoas que publicam as listas de de revistas predatórias é normal que eles tenham que fugir dos processos jurídicos né Eh mas é é é uma lista de acesso livre eu vejo essa parte como muito positiva né aqui é o CS que eh não é de acesso livre mas livre mas pode ser acessado tamb também E aí tem Eh toda a parte de relatórios tanto de predatórios quanto de revistas eh certificadas e o do Arge também que tem aí essa essa lista de eh eh de artigos eh tanto validados quanto
predatórios Ah se isso tudo já não fosse problema nós temos problemas ainda adicionais né então por exemplo eh o o o hoje em dia é possível que você encontre na internet eh eh revistas sequestradas o que que é isso eh Os Picaretas eles eh fazem cópias do site de uma revista Real de uma revista verdadeira que não é predatória e eles mudam alguma coisa muito pequena Naquele site eh e você busca aquilo na internet você pode ter o azar de cair Naquele site falsificado é um site fantasia na verdade ele não é de uma revista
verdadeira é de uma revista que foi entre aspas sequestrada é um site predatório E aí e e você vai lá né e acha Pô Essa aquela revista que eu gosto tem publica bem de grande Impacto etc etc e você aplica para aquela revista manda o seu manuscrito paga as taxas e não acontece nada porque aquilo lá não é uma revista de verdade é só um mecanismo de captação de recursos para pegar as pessoas mais distraídas né Então aqui tem uma lista eh dos jornais eh sequestrados né Eh tem a questão dos eh editores falsos e
não concordantes que eu já citei antes então uma das coisas que a gente olha quando a gente vai ver a qualidade de uma revista é o editor principal e o corpo editorial né E aí você pode entrar numa revista que cite por por exemplo eh um um editor que é famoso na sua área de pesquisa tá lá o nome dele né E você acha nossa esse cara tá aqui essa revista é boa Esse cara é muito bom esse cara produz muito né E você vai na verdade se você clicar ali para ver o modo de
contato o contato daquele editor na verdade não é o contato do editor verdadeiro não é o contato daquela pessoa de verdade aquele e-mail vai para outro lugar vai para outra pessoa e é simplesmente um editor falso né ah existem também os fatores de impacto falsificados como eu já falei não só as revistas predatórias usam eh eh mentira pura do ponto de vista de fator de impacto como elas usam eh eh fatores de impacto que não são reais que são simplesmente fantasias criadas para serem usadas né por essas revistas predatórias então por exemplo eh uif né
GF e vários outros que eh na verdade eh não são reais e existem eh eh fatores de impacto que são conhecidos e que são falsificados não que não que o verdadeiro é falsificado mas que eh você procura em alguns lugares você vai achar o site falsificado por exemplo da Thompson heuter né Eh citando lá o Easy né mas na verdade aquele aquele site não é não é da da Thomson ele é um site falsificado e para ficar mais interessante ainda né existem eventos científicos falsificados você eh recebe a propaganda sei lá num lugar bacana vai
ser um congresso daquela área sua né vai ser em tal época mande o seu trabalho você manda o trabalho você é aprovado o seu trabalho é aceito você paga as taxas etc reserva Hotel chega lá no dia bom Cadê o Cadê o o evento não o evento não existe né Aquilo é tudo em fantasia tudo inventado o evento nunca foi verdadeiro simplesmente foi feita toda uma um marca bolso fantasioso e pegou o seu dinheiro e você chegou lá não existe nada daquilo então tem até evento científico fake né não tá citado aqui mas tem também
as chamadas revistas que são as usinas h de papers né Eh que são empresas especializadas em geralmente em plágio de artigos ou trabalhos produzidos por ia eh trabalhos de qualidade literalmente muito baixa né E que vendem e a posição na lista de publicações você entra em contato escolhe lá qual é o artigo que você quer publicar tem a lista dos artigos que como se fosse um menu e você paga de acordo com a posição na lista de autores e depois de um tempo aquele artigo sai numa dessas revistas predatórias né então é não posso nem
deixar de dizer que isso é parece uma coisa eh eh exótica sem estran não isso é uma coisa rotineira existe por aí o mundo editorial Hoje ele é gigantesco e ele é gigantesco não só naquilo que é bom mas também é gigantesco naquilo que é complicado e ruim eh então sumariamente Eh o que que a gente poderia dizer nesse sentido além de fazer a a a a análise técnica do tipo de e de revista né de acordo com aqueles critérios publicados na Nature né além de checar nos sites que tem as listas de predatórios como
é que eu posso que mais eu posso fazer para eh evitar cair na na na Teia das das revistas predatórias né eu vou conversar com os colegas né de repente conversar com orientador ir na biblioteca e saber por exemplo se aquela revista que eu achei achei interessante se ela é bem citada se os pesquisadores da minha especialidade da minha área estão publicando naquela revista né Se alguém ali ficou sabendo se aquela revista é eh pirata se é uma revista predatória né Eh vou verificar na Editora particularmente o corpo editorial e os facíl anteriores que foram
publicados para ver qual é o histórico dessa revista algumas revistas TM históricos aí de mais de centena de anos né e e é lógico as revistas predatórias normalmente não duram muito elas têm uma história relativamente curta porque o objetivo só ganhar dinheiro por um tempo infelizmente a gente tem que dizer isso também grande parte das revistas predatórias eh eh oriunda da Ásia né particularmente da Índia e da China da Turquia da Rússia né Eh porque talvez tenha ali um uma regulação menos rígida do processo eh de estabelecimento de revistas e as taxas que são cobradas
né de um modo geral São relativamente baixas isso é mais um atrativo para quem está no desespero de publicação né então ao invés de pagar 000 000 3.000 000 algumas revistas grandes cobram a taxa geralmente é baixa 100 200 né porque a revista quer número ela não quer exatamente qualidade então quanto mais vier melhor e é lógico eh nisso tudo a gente a gente sempre deverá dizer priorize para publicar o seu artigo né o seu trabalho revistas que sejam conhecidas que sejam tradicionais na sua área que sejam eh realmente da rotina eh dos pesquisadores com
quem você convive eh rapidamente nós vamos pro último bloco que é o o a questão do banco de dados e do reuso e aqui eh a questão é muito mais por e garantias e eu Gostaria de reforçar aqui a questão da publicação dos bancos de dados que é uma tendência cada vez mais importante aí em todas as áreas o que que eu tô chamando aqui de bancos de dados né na verdade toda a pesquisa ela produz dados produz dados produz amostras produz registros o que que eu devo guardar da minha pesquisa porque é lógico eu
deverei guardar né Nenhum você não deve fazer pesquisa a e terminou de publicar Você joga tudo fora não isso não funciona desse jeito na verdade o pesquisador tem que ter um método uma sistemática para que ele guarde aquele material que ele produziu seus bancos de dados suas amostras seus registros e aquilo geralmente vai ficar com o pesquisador por um tempo agora o que que eu guardo Porque durante a pesquisa a gente produz muita coisa cada área valoriza certas partes da produção certas partes do processo Para que sejam guardadas como registro né Eh eu diria que
você guarda tudo aquilo que você achar que é importante ou que você suspeitar que possa vir a ser importante porque é melhor você guardar e não precisar usar do que você não guardar e precisar daquela informação depois de algum tempo e não ter essa informação mais né eh como é que eu guardo Depende do que você estiver falando né Então na verdade o pesquisador estando dentro de uma certa área de pesquisa ele tá acostumado com os métodos daquela área de pesquisa eh e aí é lógico que ele Talvez eh seja a pessoa mais adequada para
saber como é que ele vai guardar cada coisa vamos pensar aqui numa divisão simples H bem simples mesmo até primária do que que a gente guarda a gente guarda primeiramente registros que que eu chamo de registro livro de laboratório livro de experimento livro ata e milhões de outros nomes que a gente dá para aquele livro onde a gente registra o diário da pesquisa tudo que vai acontecendo dia a dia na pesquisa a gente registra lá quem trabalha em laboratório tá acostumado com isso talvez quem trabalha em outras metodologias talvez não esteja tão acostumado mas todos
os pesquisadores deveriam ter uma espécie de diário eh eh na qual eles no qual eles registrassem aquilo que vai acontecendo durante o processo do experimento a produção daqueles resultados Tá certo e esse diário é um diário mesmo tem dependendo do nível de de de especificidade da metodologia você vai detalhar literalmente tudo o que você fez nos mínimos detalhes inclusive Qual é a marca do aparelho qual era a temperatura Qual é o o material de consumo que você usou e assim por diante e tudo aquilo que aconteceu de certo ou de errado e os resultados à
medida que forem sendo produzidos eles vão sendo registrados naquele livro de experimento É lógico que ainda é muito comum o uso de livro ata físico né que é um livro geralmente de capa dura mas já existem algumas algumas formas digitais do livro de experimento que alguns lugares um pouco mais sofisticados já estão usando outra coisa que nós guardamos quando a pesquisa lida com isso são amostras biológicas e aí a gente tem praticamente eh quase que uma infinidade de produtos que podem ser guardados podem ser produzidos durante a pesquisa e guardados no processo de produção do
conhecimento então aí por exemplo é materiais amostras congeladas células biópsias microrganismos blocos parafinados cabelo sangue saliva qualquer coisa que você coletar de alguma forma você vai guardar frequentemente nós guardamos até a análise Às vezes a própria análise destrói aquele produto aquela ela mostra aí não tem o que guardar às vezes dependendo do tipo de análise sobra material e aí você vai guardar ou não aquele material para uso futuro se possível eu acho que deve guardar e o último bloco de coisas para guardar n são os dados digitais né talvez até a década de 90 a
gente ainda registrava muita coisa fisicamente em papel ou em fotografias ou em Tapes né hoje em dia praticamente tudo migrou para o modo digital Então hoje nós temos aí dados resultados de exame fotografias vídeos tudo isso é material digital hoje em dia e tudo isso deve ser guardado como material digital mesmo e é importante que a gente registre e nesse momento que eh nós temos aí uma situação muito clássica que é o chamado dado bruto ou dado primário que é como aquele como aquele resultado aquela amostra aquela análise foi obtida então por exemplo Eu fotografo
e um gel no laboratório né Eh eh essa fotografia é o meu registro primário daquele resultado depois eu vou pegar essa fotografia vou trabalhar nela vou vou fazer análise vou fazer recortes vou fazer intensificações suaviza etc aí ela já não é mais uma fotografia primária ela já é uma fotografia analisada trabalhada alterada veja se possível eu devo ter uma cópia do dado original do dado primário e devo guardá-la no formato primário aquelas que eu for trabalhando secundariamente terciari eu vou guardando também mas é importante é fundamental a guarda de uma cópia do dado primário Se
for possível guardar o dado primário eh como é que eu eh eh eh como é que eu sei se eu devo guardar ou não eu diria se tiver condição técnica guarde o dado primário né e vá fazendo a análise eh posteriormente mas você precisa desse dado primário por quê qualquer processo de análise eh de eh eh contestação do resultado a primeira coisa que qualquer pessoa que for analisar esse resultado vai pedir é o dado primário vai pedir o seu registro né o seu livro de labor ório e o dado primário se você não tiver acabou
de alguma forma tem uma grande chance da conversa acabar ali você já vai ser considerado como uma pessoa que fez um processo inadequado de produção científica porque você não tem como provar que aquele dado primário existiu né ah quando eu guardo o dado digital existe uma um pressuposto que eu acho que é hiper simples mas que às vezes a gente esquece eu mesmo já pequei nesse sentido seno eh eh nós temos que ter no mínimo eh Cópias em duas ou três mídias diferentes então por exemplo eu posso guardar num pen drive eu posso guardar numa
SSD e posso guardar na nuvem né e eu tenho que ter isso aí tudo em pelo menos dois locais fisicamente diferentes não adianta eu ter três mídias todas elas na mesma bancada e aí pega fogo na bancada destrói tudo se ficou sem as o seu backup sem as suas reservas né e é lógico que a gente tem que lembrar também isso é uma coisa que a gente esquece o tempo passa rápido né normalmente o aluno de Mestrado fica na Instituição 2 3 anos o de doutorado fica 3 4 anos né E e aí eh quando
na Perspectiva do aluno de pós Esse é um Prazo Longo mas na Perspectiva da instituição e do próprio esse prazo é um Prazo Curto né e o prazo passa rápido n às vezes a gente vai eh realizar a publicação 5 7 10 anos depois que a pesquisa foi feita e as contestações dessa publicação podem demorar às vezes 5 10 anos então eu posso ter que prestar contas de uma publicação comprovar a validade de uma publicação 12 15 20 anos depois que a pesquisa foi realizada e é outra coisa que a gente esquece com muita facilidade
é que Quem é o responsável pela pela pesquisa não é primariamente o aluno de pós é o Sênior é o pesquisador Sênior É ele que vai responder em qualquer circunstância de eh eh de questionamento da integridade daquela pesquisa portanto a responsabilidade por esses bancos de dados por esses registros é sempre do pesquisador Sênior quanto tempo eu devo guardar esses bancos de dados não tem resposta né quase sempre a gente escuta aquela resposta clássica Eu Tenho que guardar por 5 anos porque é assim que todo mundo fala que é lamento dizer não há uma resposta Clara
eh eu já vi trabalhos serem questionados como eu falei 12 anos depois da realização e o pesquisador Ainda teve que dar conta dos bancos de dados primários né não ninguém ninguém alivia ninguém passa pano porque aquilo já tem mais de 5 anos de feito né Eh então eu diria que aí os os dados brutos e os seus registros tê que ser guardados por um período considerável Qual é esse período considerável não sabemos né é bastante tempo né É lógico que qualquer banco de dados no mínimo tem que ser guardado até a publicação né E isso
varia de área para área algumas áreas publicam de um ou dois anos depois da pesquisa outras levam cinco até mais e tem um período que é depois da publicação que mais uma vez a gente não sabe quanto tempo prec aguardar mas é no mínimo cinco e pode chegar a 10 15 20 anos depois da publicação Ah nesse sentido uma coisa interessante que tem acontecido na ciência é a valorização do acesso aberto à base de dados isso praticamente todas as grandes editoras estão caminhando nesse sentido as grandes financiadoras inclusive o Fapesp está eh eh forçando a
ciência nesse sentido as próprias instituições a Unicamp tá fazendo isso a gente está caminhando para uma situação em que todas as pesquisas Tem que publicar a sua base de dados então vejam eu estou olhando agora para a produção científica não só na Perspectiva da produção do manuscrito da produção do artigo da produção do livro do capítulo do livro eu estou olhando também e juntamente para a produção do banco de dados então o banco de dados ele passa a ser já era mas agora de uma forma mais clara mais Evidente ele passa a ser também um
produto científico ah ele tá competindo com o manuscrito não eu posso publicar o manuscrito e publico também a base de dados a base de dados tem o seu dói tem o seu registro ela é um produto científico vai no seu currículo também vai ser registrada como um produto a mais na sua produção e ela é muito importante não só para a checagem da validade de dados mas para o reuso em novas publicações né Então tá aí o redu da Unicamp e praticamente todas as grandes editoras TM os seus bancos de D dados eh para eh
ter os seus repositórios de dados para que o pesquisador Publique os seus bancos de dados e e interessante queem algumas técnicas que antes a gente só publicava pequenos recortes do banco de dados Hoje Tem que publicar a coisa inteira então na minha área por exemplo a gente publicava pequenas fotos das lâminas de histopatologia hoje a gente tem que publicar a lâmina escaneada o o leitor ele consegue ver a lâmina Inteira Do jeito que ele quiser né um um uma situação eh bastante interessante também mas isso é antigo já as pesquisas clínicas Elas têm que ser
registradas antes do seu início né então tem aí os repositórios os registros de pesquisa clínica né que vão ser eh eh que vão registrar aquela pesquisa antes que ela seja realizada isso é feito hoje também em revisão sistemática e metanálise né Eh então mas uma vez aí lembrar que os bancos de dados são hoje um produto científico hã deixa eu ver que mais eu posso dizer para não estourar o meu tempo eh o o a publicação das bases de dados ela é mais comum em algumas áreas particularmente na Física na matemática algumas áreas de exatas
Mas ela tá se tornando cada vez mais comum nas outras áreas por exemplo na área de saúde hoje nós temos bioinformática e em bioinformática já tem pesquisador que não produz dado primário mais Ele só faz análise de bancos de dados já publicados os pesquisadores que trabalham com a produção primária eles publicam seus artigos e publicam os bancos de dados e quem é especialista nisso vai fazer a reanálise daqueles dados segundo pressupostos diferentes É lógico que ele vai citar o banco de dados que ele usou né e ele vai produzir novo conhecimento em cima daquele banco
de dados que já foi eh utilizado E aí a produção a publicação de eh não é só de dados brutos né só de dados específicos mas também tem os objetos digitais que são também publicáveis né E isso aí de certa forma muda um pouco o conceito de como a gente interage com a produção do conhecimento científico era isso eu quase que venci o meu tempo e estou à disposição para perguntas n que tenham sido eventualmente feitas muito obrigada nós temos alguns comentários no chat de que o conteúdo foi bem interessante com quase 300 pessoas acompanhando
a palestra foi realmente excelente com várias orientações e reflexões importantes para que os pesquisadores possam conduzir todo o processo de desenvolvimento da pesquisa científica com mais ética mais integridade trazendo uma escrita mais original e com maior qualidade evitando então plagio acadêmico vamos passar então a sessão de perguntas Professor tiver um tempinho ainda para responder nós temos várias perguntas muita participação e a primeira pergunta é do Edwin cber Mat e ele pergunta como encontrar o equilíbrio entre uma situação saudável de um trabalho e o plas Mais especificamente na área da saúde então o uso de trechos
eh de outros trabalhos de trechos escritos de outros trabalhos ela não é proibido ele não é proibido né ele é ele é sujeito a regras então na área de saúde como em várias outras o que que se preconiza que ao reutilizar trechos de escrita de outro trabalho você identifique claramente esse trecho né então às vezes colocando entre aspas às vezes colocando em Itálico às vezes em às vezes fazendo recur do texto isso aí conforme a revista as revistas T regras para isso né é só seguir as as regras da revista Mas você vai usar a
regra da revista para identificar aquele trecho e no trecho você identifica claramente Qual é o autor Ou seja você referencia aquele trecho se você copia uma parte de uma frase ou mesmo uma frase inteira sendo uma frase relevante que tá no contexto da sua discussão ou uma frase que é clássica de um certo tópico né Por exemplo uma definição de uma doença ou um conceito relacionado a uma etiopatogenia de doença isso é lícito isso é razoável o que que não é razoável não é razoável e que a cópia primeiro seja feita de maneira disfarçada escondida
né não referenciada e mais que ela seja feita no sentido de evitar que o autor escreva o texto ou seja ele está eh tirando a o trecho escrito de outro para não escrever ou seja Está simplesmente evitando o trabalho de escrever isso é considerado plago e isso é uma prática inadequada veja veja que são são situações que que não são literalmente cortes eh literais né absolutos E mais uma vez aquilo que é inaceitável em algumas áreas pode ser aceitável em outras né Por exemplo na área de saúde a gente normalmente não é muito generoso com
o uso de de trechos de outros trabalhos normalmente é um pouco mais duro as editoras pegam um pouco mais nisso são um pouco mais restritivas mesmo assim é permitido uso de pequenos trechos pequenas frases desde que eles estejam no contexto da discussão e desde que essas frases realmente sejam frases relevantes paraa discussão daquele trabalho né então Eh conceitos muito importantes ou eh afirmativas muito relevantes num num certo tema eh que sejam clássicas por exemplo né de um autor muito conhecido podem ser usadas né Eh nas áreas de humanas e sociais esse uso é um pouco
mais comum e a gente é fácil de entender isso porque nas áreas de humanas a discussão muitas vezes é uma discussão de conceitos né de frases mesmo então aquilo faz parte do processo e é muito comum eu ter que dizer olha quem falou Fulano falou isso e o beltrano falou aquilo e normalmente nesse caso ele vai usar mesmo é literalmente o que foi falado pelo autor principal né pelo autor eh primário né isso não não está errado dentro do contexto daquela discussão certo a segunda pergunta é da daana Macedo daana Macedo e ela pergunta como
não correr o risco de cometer plagio ao fazer uma citação indireta então eu recomendaria o uso por exemplo do próprio tortin né Eh mas mais uma vez e se você quiser fazer uma citação e Quiser copiar parte do do trecho original não é problema desde que isso esteja contextualizado no seu trabalho seja claramente entendido Qual é a razão dessa citação né não é simplesmente Que você copiou um trechinho por copiar e existe uma razão aquela frase tem uma relevância no texto Dentro da sua contextualização de discussão e com isso qualquer pessoa que leia vai vai
perceber que você não fez isso intencionalmente agora na construção de frases o que que pode acontecer a gente vai lendo os trabalhos né Isso é normal todo mundo vai ler um monte de artigos Às vezes a gente absorve certos trechos ou certas frases de trabalhos e a gente nem mesmo lembra de onde aquilo veio né pode acontecer você eh escreveu uma coisa aquilo tá em outro trabalho você nem sabe que aquilo tava no outro trabalho aquilo tá no seu subconsciente e você coloca que aquilo no seu próprio texto como é que você vai detectar isso
melhor que você detecte do que alguém depois detecte né então como é que você faz usa os avaliadores de similaridade eles vão te mostrar onde é que tá a similaridade De onde veio aquela similaridade E aí você pode decidir a partir disso Olha e essa frase vamos supor que a frase seja realmente interessante você pode deixar a frase literalmente põe entre aspas e referencia ou então se a frase não é relevante você pode reescrever você reescreve aquela frase né de forma que ela não tenha mais similaridade certo a próxima pergunta é do Adriano dos Santos
Júnior quando estou escrevendo uma introdução e eu desejo incluir aplicações sobre o que estou pesquisando qual seria a melhor forma de ter escrito isso para evitar plá com outros artigos que estão me baseando onde encontrei trechos similares sobre Quais as aplicações do meu objeto de eu não sei se eu entendi claramente a pergunta dele mas eu acho que cai mais ou menos na mesma situação anterior eh ele ele ele ele deve eh produzir o seu próprio texto né e depois que ele produz o seu texto e de de período a período ele eh submete esse
texto aos avaliadores de similaridade e ele detecta ali por exemplo que que um certo trecho está extremamente similar a um a um dos trechos que ele leu no trabalho pode ser que ele tenha até citado o trabalho pode ser que não né E aí ele pode se se aquele se aquela frase eh não é essencial daquele jeito ele pode reescrever a frase faz aí uma uma reinterpretação e uma reescrita daquela frase de forma que ela se torne uma frase original e não simplesmente uma uma uma cópia da outra por isso importante como o professor mencionou
de quem tem a oportunidade utilizar oin desde o início né do seu processo as normas né de forma adequ tem uma pergunta Daia ela diz o seguinte gostaria de saber mais detalhes sobre recomendação de limites de uso de lns larage Model de aprendisagem de máquina na produção científica essa pergunta é uma pergunta eh eu diria desconfortável porque na verdade nós não temos uma resposta muito clara né Eh o esses sistemas Eles já existem há um bom tempo mas eles se tornaram mais populares do final do ano passado para cá e de certa forma eles se
tornaram eh tão prevalentes que hoje eh qualquer texto que eu analiso eu parto do pressuposto que já pode ter sido usado Eh esses sistemas eh Isso é uma posição pessoal não tô dizendo que essa é a posição certa ou errada eh eu entendo que hoje é quase impossível a gente não lidar com isso né H como é que eu acho que é o mais razoável e a maior parte das editoras científicas eu acho que tá seguindo essa mesma linha H você se usar essas ferramentas né você deverá indicar claramente Qual foi o uso Quais foram
as ferramentas utilizadas Qual foi a intensidade do uso e eh eh entende-se que o uso desses sistemas ele não vem para substituir o pesquisador para substituir aquele que escreve é uma ferramenta de eh de aperfeiçoamento de texto Então eu posso por exemplo eu não sou um da língua inglesa e eu escrevo e eu dialogo a partir do texto que eu escrevi eu dialogo com a ferramenta e vou aperfeiçoando o meu texto mas não é uma situação e do tipo eu não tenho a menor ideia do que eu vou escrever aqui e aí eu jogo na
ferramenta a ferramenta escreve eu não tenho nem capacidade de análise para aquilo porque eu não saberia o que escrever e eu uso aquilo porque a ferramenta escreveu Tá certo numa primeira aação onde eu tô usando a ferramenta como uma ferramenta de burilamento de refinamento do meu próprio texto eu entendo que é uma situação eticamente razoável não acho isso um um problema eh moral eu acho que é mais ou menos como a gente usa eh eh softwares para fazer análise estatística ou usa e ferramentas de de imagem para fazer análise de imagem são ferramentas digitais que
a gente usa para aperfeiçoar o nosso a nossa própria capacidade agora se você e eh parte do pressuposto que você não vai nem escrever que você vai deixar a cargo da ferramenta escrita aí eu já Considero que a aí um desvio do ponto de vista ético né Não eu acho que aí você tá transferindo a responsabilidade pelo processo criativo para uma ferramenta e a ferramenta não é autora né a a o próprio chat GPT por exemplo tem lá você pode perguntar pro chat GPT eu já fiz isso né se ele se ele ele se ele
é autor ele vai dizer não ele não é autor ele não tem essa possibilidade não pode ser autor do texto né então necessariamente nós usamos os as ferramentas eh digitais nesse sentido de processamento de linguagem de processamento de texto como uma ferramenta de melhoria de texto mas não como uma ferramenta literalmente de produção agora eu diria que não deve ser raro isso acontecer e e hoje a gente tem ferramentas digitais que fazem eu não vou dizer qualquer parte do processo de produção científica Porque estaria exagerando né mas tirando a a as partes de produção ah
das bases de dados e a produção de amostra a coleta de amostras o resto praticamente todas as outras etapas Elas têm ferramentas que que atuam Desde da da busca de ideias de pesquisa da produção de hipóteses eh da elaboração de tabelas da elaboração de gráficos da análise estatística da revisão de papers da busca de certos papers na literatura tudo isso hoje tem ferramentas eh digitais que ajudam o pesquisador em alguns casos até dizem que substituem os pesquisadores né então eu eu acho que é uma é uma é Um Desafio que a gente vai ter que
lidar e infelizmente é Um Desafio que nós acho que estamos um pouco atrasados ainda estamos um pouco aqu quem do desafio de lidar eticamente e do ponto de vista técnico com essa questão mas teremos que lidar né e e é hoje inevitável todo mundo tá usando muita gente tá usando e é algo que a gente vai ter que que trabalhar isso daí pessoalmente mas uma vez eu entendo que enquanto a gente não entrega a autoria paraa ferramenta eu acho que é válido se a gente tá usando a ferramenta Como suporte como auxílio eu acho tranquilo
tranquilo não mas eu acho razoável eh se eu tiver entregando a minha capacidade criativa paraa máquina eu não tiver produzindo nada aí eu não vejo sentido em produzir ciência desse jeito aí é como produzir salsicha produzir ferramentas produzir parafusos e assim por diante professor já linkando com esse assunto o Leandro Pacheco Ele pergunta em tempos de ag generativa como o senhor enxerga essa questão do plágio uma ideia original criada nessas ferramentas na sua visão pertence a quem então ele traz Aí uma a discussão de autoria né A empresa que disponibiliza a ferramenta ao autor do
prompt a própria máquina Quem seria o autor não tenho uma resposta Clara para isso eu vou mais uma vez colocar a minha perspectiva que não é só que eu acho mas é um pouco a partir das leituras e dos debates que a gente vai participando né mais uma vez em algumas situações as ferramentas ainda não são capazes de gerar literalmente né então eh eh se eu pegar texto por exemplo as ferramentas estão bastante avançadas elas conseguem produzir textos muito interessantes eh se eu pegar textos em áreas especializadas né o que que acontece ela produz eu
vou chegar lá na pergunta dele que eu preciso fazer essa introdução para para fazer o meu ponto e eh se eu pegar por exemplo na minha área um tema específico especializado né carcinogênese de boca por exemplo né E pedir a ferramenta para escrever alguma coisa altamente especializada normalmente ela escorrega né ela não é sofisticada o suficiente para produzir um texto realmente original por que isso porque o sistema ainda não é capaz Talvez ele venha ser capaz Em algum momento eu já fiz essa essa experiência algumas vezes e eles produzem textos curiosos interessantes mas quando a
gente vai ver o Detalhe a gente percebe que há erros que há falhas ali no processo de produção daquele texto né Eh o fato é que só percebe esse erro quem tem conhecimento daquela daquele tema né então se você pede por exemplo ia para escrever alguma coisa sobre carcinogênese bucal de um subtema de carcinogênese bucal né E você não tem a menor ideia do que você tá falando você você não tem noção daquilo a máquina te engana se você tiver conhecimento di área conhecimento específico uma pessoa atualizada você vai perceber ali os pontos onde ela
errou onde ela alucinou né então eu entendo que e as ferramentas suas limitações ainda isso isso para dizer o qu a ferramenta em si ela não está literalmente produzindo o texto ela está usando uma grande base de dados que ela acessa e processa para fazer a recomposição do texto Então em última análise ela não tá gerando uma ideia nova ela tá simplesmente gerando um texto agradável de ler um texto interessante texto que parece natural paraa leitura naquele tema né Então ela não pode eh eh clamar a autoria né e eu acho que eh a máquina
em si a ferramenta normalmente as próprias ferramentas já não Clamam essa autoria talvez em algum momento passem a fazer isso né e é lógico o pesquisador eh enquanto produzindo texto literalmente suportado pela máquina sem grande conhecimento diá e sem uma revisão crítica também não deveria Clamar esse texto né não poderia ser autor ele é autor do que exatamente se ele só rodou o texto veja que nós estamos falando aqui de produção de texto se eu falar por exemplo produção de de software de linhas de programação talvez a situação seja diferente né Então aí dependendo da
área eh Pode ser né que eh eh Você poderia até dizer que que que que a ferramenta produziu aquele aquela sequência de palavras ou aquela sequência de programação né E talvez pudesse ser dito entre aspas que ela é autora daquele trecho Talvez um também de imagem também agora eh eh até onde a gente entende o conceito de autor né Eh nós não temos só a questão da produção daquele produto desculpe a redundância das palavras né Nós temos também a Assunção de responsabilidade a máquina não vai assumir responsabilidade se a máquina disser para você olha se
você pegar esse caminho aqui e fizer isso isso isso você vai chegar em tal lugar e aí você faz isso e não chega naquele lugar cai num buraco por exemplo não adianta você processar o software falar pô você me enganou não não vai resolver porque o soft vai dizer não eu não produzi isso simplesmente ofereci uma uma possibil ade você é que tem que ter o senso de dizer se essa possibilidade é razoável ou não né e por isso que eu acho que a situação ideal é aquela em que o pesquisador usa o sistema Como
suporte como auxílio e ele ainda será a última palavra ele ainda será o ponto de decisão para saber se as palavras são exatamente aquelas a sequência exatamente aquela ele ainda vai ser a última pessoa que vai dizer olha aqui eu quero desse jeito aqui eu não quero desse jeito né Então nesse caso ele será o autor do trabalho mesmo que com o suporte com o auxílio eh da ferramenta uma outra pergunta é de meu de Melo quais mecanismos para o autor proteger seu trabalho como proceder para garantir a proteção hum depende proteção em que sentido
de cópia talvez em relação a direitos autorais eu diria que não há não há muito que o autor possa fazer por isso né na verdade quem protege a situação dos direitos autorais normalmente é a editora né E aí tem que entender que eh você terá aí editoras que tem um controle absoluto do direito autoral e aí nem é o pesquisador O autor que vai ter o direito autoral ele vai ser só o autor mas não será o dono daquele texto e as editoras defendem os seus interesses do ponto de vista de direito autoral eh eh
e haverá situações em que o uso daquele texto será permitido em algumas circunstâncias mais uma vez estando o direito autoral na propriedade da editora e haverá circunstâncias em que a editora não terá controle não terá restrição nenhuma sobre o reuso daquele texto e aí não há e o que fazer se a questão é do direito autoral eu imagino que essa é a situação na verdade o autor raramente terá muito o que fazer para proteger o direito autoral se for da proteção do ponto de vista de plágio menos ainda porque como a gente controla os textos
de um modo geral vão ter que ser lidos em algum momento né então de certa forma o texto é vai ser acessível pra comunidade científica com mais ou menos facilidade né então por exemplo as revistas com com Firewall eh para acessar tem que pagar Mas pagou acessa e as revistas sem Firewall eh Open access mais fácil ainda não tem nem que pagar nada vai acessar E aí é lógico o o pesquisador não terá muito o que fazer o que ele poderá fazer na verdade Será se ele descobrir se houve plágio né então descobrindo plágio Aí
sim que el vai fazer ele vai denunciar aquele plágio para Editora para a cip para outro para outra situação para que o autor daquele plágio seja comprovado e punido se ele fez realmente o plágio certo Professor Ah mais uma pergunta da Cristiana O que é o dói e existe dói com grau de melhor ou pior qual seria essa nomeação exemplo dói dessa revista grau c com excelente grau talvez ela tenha falado de de impacto naist é não sei se se eu não conheceria não não sei dizer o que seria um um fator cinco no não
dói né o dói é a identificação digital única do trabalho né do do manuscrito é uma espécie de identidade número de identidade de um produto científico ele é único né como se fosse o nosso RG o nosso CPF Só que no caso pro mundo inteiro não só pro Brasil não só paraa América Latina pro mundo inteiro e e e é lógico isso é uma coisa super importante hoje quando a gente cita um artigo a gente às vezes usa até o doi em vez de usar aquela informação toda lá do título do artigo lista de autores
a gente usa mais o do que é muito mais fácil de achar o artigo Então é isso que é o doi agora eh eh quanto a subclassificações de doi não sei se tem doi melhor ou pior se eh a gente tá falando aqui de fator de impacto é uma outra coisa que é uma questão da citação daquele artigo dentro de um certo contexto dentro de uma certa metodologia eh de análise né que diz o quanto aquele trabalho especificamente foi eh citado referenciado na literatura e é lógico isso tem várias formas de calcular né mas as
as clássicas a gente já conhece e de um modo geral quanto maior o fator de impacto eh maior a importância relativa daquele artigo né isso estamos falando aqui eh dos índices de artigo e podemos falar dos índices das revistas também né das editoras dos livros etc todos esses todas essas camadas Elas têm fatores de impacto científico que são calculados e que indicam se aquilo é considerado pelos pares né pelos outros cientistas como algo eh muito relevante ou pouco relevante É lógico que se eu publiquei um artigo e ele é altamente citados citado pelos outros pesquisadores
da minha área de pesquisa significa que eles reconhecem que aquilo é interessante né não é uma situação absoluta existem muitas falhas no sistema de de referenciamento e de citação né mas é um dos fatores que a gente usa para identificar a importância de um artigo ou da própria revista Professor nós temos algumas perguntas que são mais técnicas em relação ao uso do torneirinho certo a Érica Magalhães ela pergunta o seguinte o torneirinho é acessível para estudantes de outras instituições existem outros gratuitos sim existem sistemas de análise similaridade gratuitos não são muitos não são muito bons
geralmente existem eh eu diria dezenas talvez centenas de de sistemas de análise similaridade o tting como eu falei ele não é um sistema de análise de similaridade ele é muito mais que isso né um sistema educacional que inclui o sistema de análise de similaridade e o turnin para acessar precisa assinar né normalmente assinatura é institucional mas eh eu acho que hoje grande parte das instituições de pesquisa pelo menos no Estado de São Paulo assim no tertin né Eu acho que no mundo todo é é uma das Ferramentas mais utilizadas para fazer análise de similaridade agora
ela não é é gratuita né não é que ela que ela pode ser acessada por qualquer pessoa em qualquer momento agora se você está estudando na Unicamp certamente você tem acesso uhum eh outras instituições que também assinam a ferramenta são a USP e a Unesp e também tem outras no no Brasil né mas as principais são essas Então por enquanto somente os estudantes que estão vinculados a essas instituições T acesso à ferramenta né e e a Alexandra Pimentel ela faz a seguinte pergunta na minha dissertação eu coloquei cópia literal de alguns trechos para corroborar minha
fala ou para validar uma ideia mas sempre fazendo a referência ao autor seja no início ou no final do parágrafo no entanto pelo turnin a porcentagem é de quase 50% sendo aceita pela Unicamp até 30% o que fazer T é na verdade é o programa de pós dela né tem esse índice de similaridade aceito de 30% Uhum Então é aquilo que eu falei quando eu citei rapidamente ali o torneinho eh eh a gente tem que entender o seguinte existe uma situação de rotina do dia a dia da vida cotidiana eh em que se adotam eh
eh soluções mais práticas então se nós eh olharmos por exemplo o sistema de bibliotecas da Unicamp e a reboque desse sistema os cursos de pós-graduação praticamente todo mundo adota uma espécie de cutoff um ponto de corte para o grau de similaridade que seria considerado aceitável né Por que que isso acontece porque é uma forma de você sinalizar né porque é lógico não seria muito prático você dizer bom você vê aí o que você quiser né lógico que teria pessoa teria nós teríamos pesquisadores que aceitariam 70% e outros que não aceitariam nenhum por e E aí
não ficaria muito padronizado na verdade por uma questão pragmática de eh de facilidade de uso diário né adotam-se níveis esses níveis não são os mesmos na Unicamp inteira cada unidade e cada biblioteca adota certos níveis de referência estão normalmente por volta de 21 a 25% 30% até um número um pouco maior o que que acontece quando esse número Bate Ou passa esse nível de referência o o aluno e o pesquisador responsável ali o orientador vão ter que tomar uma decisão de duas uma ou eles vão reescrever parte daquele texto né para que essa para que
essa similaridade caia a níveis aceitáveis Ou eles vão justificar aquele trechos que dão esse número né dizendo porque que eles estão lá então por exemplo você tá me dizendo que você citou eh eh trechos importantes de outros autores citou literalmente fez o o a citação inclusive eh dizendo ali demarcando claramente que aquilo ali é uma cópia que aquilo ali é do autor X Y ou Z se aquilo é importante no seu texto paraa sua discussão paraa sua elaboração das ideias e para suas conclusões você e o seu orientador tem que trabalhar essa situação e apresentar
isso para o programa de pós--graduação e justificar esse número não sei se o programa de pós--graduação vai aceitar ou não isso não sou capaz de dizer mas eu já vi eh eh várias situações em que o índice passa de 30% e não é plágio na verdade é contextualizado dentro do tipo de discussão que o aluno desenvolve no seu trabalho agora eh esse parâmetro de 20 21 22 23 mais uma vez é um parâmetro de referência ele não é uma barreira eh imutável né não é não é uma situação em que olha se for 21,5 é
plágio se for 20 ou se for 21 não é plágio Não é isso não funciona desse jeito né E aí vocês mais uma vez podem decidir o que que vocês querem fazer se vocês querem readaptar o texto para evitar a dor de cabeça de ter que justificar ou se vocês mantêm realmente a importância do uso dessas frases e justifi então dentro do sistema que vocês são inseridos mais uma vez a gente volta na questão da análise qualitativa né Professor sim é não se at apenas aos índices né deidade né é o índice é só uma
referência né para quem eu eu já já analisei Tecnicamente tinha um trabalho que era de 5% de similaridade e tinha plágio e já analisei Um que tinha 100% de similaridade e não era plágio é lógico que fma que Como 100% não era plá não porque foi um erro técnico na verdade do processamento mas realmente a base de dados tinha um manuscrito né E esse manuscrito foi apresentado em outro lugar né e a base de dados estava com manuscrito deu 99% de similaridade só que não era plaj era o mesmo manuscrito da mesma pessoa só que
ele não foi publicado ele subiu pra base de dados não foi retirado né E quando aquele manuscrito foi apresentado em outra revista bateu 99% de similaridade mas não era plágio por quê porque aquilo não era uma publicação Era só a base de dados do torne Uhum é isso acontece quando eh os trabalhos eles são depositados sem querer na ferramenta E aí a ferramenta faz a comparação de um trabalho anterior com um trabalho atual né Uhum sim exatamente e uma outra pergunta do Victor r o tnin está liberado para uso pelos alunos da Unicamp ou somente
para os professores E orientadores aí professor se o senhor me permite Claro complementar essa pergunta do Victor eh na verdade assim os alunos da Unicamp eles podem estar utilizando a ferramenta eh desde que um professor cadastre um aluno em uma na aula e aí o aluno pode estar utilizando essa ferramenta e uma outra opção que a gente tem aqui no centro de curso de aprendizagem é o aluno preencheu um formulário que ele tem a possibilidade de ser inserido dentro da nossa aula e lá ele pode eh inserir os seus trabalhos na ferramenta do torneirinho de
forma autônoma então ele mesmo pode tá submetendo seus trabalhos gerando seus relatórios e verificando eh os seus os seus índices né de similaridade do trabalho enviado sim e E aí ele fala né Eh se seriam somente os professores e orientadores então tem essas duas possibilidades né e uso doin Se o professor quiser complementar alguma coisa Não tá perfeito era não seria capaz de dizer com tanta clareza mas é exatamente isso e tem mais uma pergunta professor da Denise Viana ela fala o seguinte diante do cenário apresentado e dessa pressão por publicação que vem de todos
os lados das instituições dos programas de pesquisa e das pessoas envolvidas O que poderia ser feito em termos políticos e institucionais para recuperar a valorização da qualidade em detrimento da quantidade de publicações no meio acadêmico como os ppgs podem promover a ética e o bem-estar na pesquisa científica atualmente Prof perfeito é uma pergunta muito interessante Ah eu diria que não é uma uma tendência eh Super Nova já faz algum tempo eh que as instituições de fomento um pouco menos de tempo as próprias instituições de pesquisa eh e eu diria que talvez também a As instituições
tipo Caps né que faz em avaliação dos programas tem acordado para essa necessidade porque é óbvio que num certo momento é relevante aumento de produtividade ninguém ninguém é maluco de achar que a produtividade pode ser descartada completamente o problema é que usa-se o conceito da produtividade em exagero a gente exagera no conceito de produtividade Por que que isso acontece porque a análise ativa ela é muito mais simples é muito mais fácil eu simplesmente dizer olha esse cara aqui publicou 20 aqu Ele publicou 30 né comparação é muito direta não tem não tem sofisticação nenhuma dá
para fazer até automaticamente né você quantifica lá de acordo com o impacto das revistas e tudo mais e você dá peso para cada para cada artigo publicado naquela revista você vai ter um um quantitativo direto ali então é muito atraente pro sistema usar a avaliação quantitativa e essa avaliação quantitativa que força todo mundo a publicar que nem doido agora existem existem tentativas existem movimentos no sentido de de alterar isso daí por exemplo a Fapesp já faz bastante tempo né quando ela pede o pesquisador para mandar o seu a sua súmula curricular ela já fala claramente
Liste os seus 10 melhores produtos a Caps também já faz isso em algumas em algumas avaliações né Liste os seus melhores produtos Veja uma forma de você dizer ol não Tô interessado em se você publicou 100 ou 200 eu quero seus 10 melhores ou seus cinco melhores né é uma maneira como é que como é que isso vai ser imposto não acho que vai ser imposto vai ser uma situação negociada como é que isso vai mudar com pressão nada muda de graça tudo muda com pressão então os pesquisadores têm que pressionar os alunos têm que
pressionar os programas de pós--graduação T que pressionar e a gente vê que quase todo mundo que tá no sistema tá no limite né o índice de doenças eh psíquicas ou até mesmo psiquiátricas as as O esgotamento físico e mental eh tá muito comum as pessoas realmente estão se consumindo né tão indo pro Burnout com muita frequência né Eh então há uma certa pressão realmente eu acho que essa é forma da gente talvez estimular com que as agências com que as instituições com que eh as financiadoras eh eh mudem os seus critérios e passem de alguma
maneira a dar maior valor para eh a avaliação qualitativa e não para a avaliação quantitativa Agora não espere mudanças muito rápidas mais uma vez porque é muito mais fácil eu analisar e discutir avaliação quantitativa do que discutir avaliação qualitativa né esse processo de avaliação qualitativa ele é muito mais delicado muito mais fino né e e algumas situações Não não são muito favoráveis para isso por exemplo se eu for por uma disputa de vaga em faculdade né ou disputa eh de eh de verba de pesquisa né [Música] Eh você pegar a banca e falar olha meu
amigo vocês vão ter que estabelecer critérios de qualidade Nossa é bem mais indigesto do que simplesmente falar vamos contar aí quantos foram né É muito mais rápido contar né e é muito mais difícil de você questionar a contagem do que você questionar critério de qualidade Então vai ser um processo longo e infelizmente não muito rápido na minha opinião mas virá na forma da pressão eu acho né Professor nós Ainda temos mais algumas perguntas mas vamos encaminhá-las ao professor que vai responder posteriormente tá por email e eu gostaria de mais uma vez agradecer ao professor por
compartilhar seus conhecimentos conosco eh lembrar que para emissão do certificado eu preciso preencher tá o formulário de presença e eu só gostaria de complementar aqui em caso de dúvidas quanto à normalização de trabalho de como fazer uma cção correta das fontes utilizadas Procure um bibliotecário de sua instituição né o bibliotecário é o profissional que pode orientar Nessas questões tanto aqui no centro de curso de aprendizagem como também nas demais bibliotecas da sbu e também no uso do terin finalizando então eu gostaria de convidar a todas e a todos a participarem da próxima palestra publicar com
impacto guia para navegar com sucesso no processo de publicação com Juan fantes que será transmitida amanhã às 10 horas no canal da sbu no YouTube Boa tarde