PEDRA NOS RINS: O ato simples que você NÃO ESTÁ FAZENDO

Hoje eu vou falar sobre um problema que muitos consideram o mais doloroso que existe: pedras nos rins. Comenta aqui se você já teve e que nota de 0 a 10 que você daria pra dor das cólicas renais. ATÉ 15% DA POPULAÇÃO MUNDIAL TEM PEDRAS NOS RINS e dependendo dos seus hábitos de vida, você pode se colocar em risco de entrar nessa estatística.

Fica até o final do vídeo para descobrir quais comportamentos podem causar ou até te proteger dessas pedras dolorosas. Será que o seu refrigerante do fim de semana pode te colocar em risco? O meu nome é Lucas Zanandrez e eu te digo que a melhor maneira de se prevenir das pedras nos rins é entender como elas surgem.

Mas o desafio é que grande  parte desse conhecimento está inacessível, em inglês, e eu sei que tem muita gente que sabe da importância e quer aprender essa língua aí nos comentários. Por isso, diferente de uma pedra no rim, que pode ser uma das piores dores que existem, eu vou te provar que aprender inglês pode sim ser muito prazeroso e hoje é a melhor chance que você tem pra finalmente dar o passo que você tanto sonhou. Esse vídeo foi feito em parceria com o Cambly, que é uma plataforma de ensino de inglês online que te dá acesso a milhares de tutores nativos pra você escolher aquele que mais se adapta aos seus objetivos.

A Olívia, por exemplo tá me ajudando com Inglês australiano, que é um pouquinho diferente do inglês americano. No Cambly você pode personalizar o seu aprendizado de inglês selecionando professores que tenham formação parecida com a sua ou escolhendo as aulas com assuntos que mais te interessam. E não importa o seu nível de inglês tá?

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Afinal, por que os rins geram pedras? Os rins têm um papel muito importante no organismo. Eles retiram do sangue substâncias descartáveis e tóxicas.

Até mesmo nutrientes essenciais, como o cálcio, são capturados nos rins se estiverem circulando em quantidade maior que a necessária no sangue. Os rins também retiram bastante água do sangue para diluir todo o lixo que foi capturado. A água carrega as substâncias filtradas até à bexiga, passando primeiro por um tubo chamado ureter.

que vai armazenar a urina até a sua próxima ida ao banheiro. O problema é que as substâncias  que antes estavam bem dispersas dentro do sangue são forçadas a se encontrar quando entram  no espaço apertado dos rins. Aqui começa a saga das pedras nos rins que, na maioria das vezes, envolve o cálcio e um composto chamado oxalato, que é comido junto com alguns vegetais ou produzido pelo organismo a partir de nutrientes como a vitamina C e proteínas.

A união de cálcio com oxalato dentro dos rins, gera minúsculos cristais que não se dissolvem em água. Quanto mais cálcio com oxalato naquele pequeno espaço, maior a quantidade de cristais que se agregam pouco a pouco formando uma pedra. Enquanto essa pedra tem menos de 5 milímetros, ela ainda é menor que o ureter e consegue chegar sozinha até a bexiga para ser eliminada na urina.

Mesmo que a descida não seja tão fácil, ela tem a ajuda do fluxo constante de urina formada nos rins e da gravidade que puxa ela para baixo. Mas se o fluxo de urina for baixo, ele pode ser insuficiente para dar o primeiro empurrãozinho e a pedra demora para começar a descer. Enquanto isso, ela continua agregando cristais de cálcio e ficando maior.

Existe pedra nos rins de tudo  quanto é tamanho, pessoal, desde poucos milímetros ao tamanho de um abacate. É sério. Esse foi o caso do Vilas Ghuge, um indiano que, em 2004, foi parar no hospital com uma pedra de 13 centímetros de diâmetro.

Essa aí não teve jeito, só com uma cirurgia para retirar. Ele até entrou no livro Guinness de recordes com o certificado de maior pedra dos rins da história. E eu não queria estar na pele dele.

Mas para chegar nesse ponto, a pedra já devia estar ali há bastante tempo,  o que gera consequências muito perigosas para a saúde. Os ureteres até podem se esticar um pouco se tiver uma pedra forçando a passagem. Mas tem um limite.

Uma pedra com mais de 1 centímetro vai bloquear o ureter e interromper o fluxo da urina. Enquanto isso, os rins não param de produzir urina, o que causa uma pressão enorme e pode levar a danos permanentes no rim. A situação ainda pode piorar.

O fluxo normal de urina também serve para lavar a bexiga, forçando a saída de bactérias que vivem ali e que poderiam subir para o ureter e para os rins. Com o fluxo interrompido, as bactérias se multiplicam livremente e viram uma ameaça mortal que começa com uma infecção urinária e pode acabar com uma infecção generalizada. E eu ainda nem falei da dor.

Ao contrário do que você está pensando aí, a pedra que se forma nos rins nem sempre é lisinha. Ela pode ser toda irregular, com pontas que arranham o ureter durante a descida e causam uma dor horrorosa. Para piorar, o ureter pode se contrair para tentar empurrar a pedra, o que estimula vários nervos que estão no redor e gera ondas de dor na lateral das costas, irradiando para o abdome e virilha.

Crises muito intensas podem até causar náusea ou vômito. A pessoa pode precisar ir para o hospital para tomar remédios fortíssimos derivados da morfina. Não é atoa que muita gente diz que essa é a pior dor que já sentiu na vida, apesar de que a sensibilidade à dor pode  ser diferente entre as pessoas.

Em média, as pessoas dão nota 8 para a dor da pedra nos rins, em uma escala de 0 a 10. E olha que interessante, quando cientistas perguntaram para 70 mães sobre as dores do primeiro parto, a nota foi quase a mesma. De 0 a 10, ficou entre 7 e 8.

Mas nem todo mundo sente dores intensas quando tem pedras nos rins e esse é um grande perigo. Ao invés disso, podem surgir outros sintomas mais silenciosos, como diminuição da urina, sangue na urina, que nem sempre é visível a olho nu e vontade de urinar com frequência. Diante de tantas dores e complicações, eu tenho certeza que você não quer ter pedra nos rins.

Mas. . .

será que você está tomando as medidas certas para evitar? Se liga porque agora você vai descobrir qual é a causa das pedras no rins e como diminuir o risco de ter. Qualquer coisa que leve a  um aumento da concentração de cálcio e oxalato na urina ou que diminua a quantidade de xixi que você produz pode colaborar pra formação das pedras.

Predisposição genética, mau funcionamento dos rins ou um desbalanço nos hormônios que controlam a produção de urina até estão relacionados aí com as pedras. Mas essas são as causas menos frequentes das pedras nos rins. Na maioria das vezes, a raiz do problema está nos hábitos de vida da pessoa.

E o principal fator de risco é beber pouco líquido. Lembra que os rins precisam de água para diluir as substâncias que ele retira do sangue. Essa água vem da alimentação.

Se você não ingere uma quantidade suficiente de líquidos, o seu organismo não vai se dar ao luxo de desperdiçar o pouco que ele tem para produzir urina. Os rins continuam trabalhando e vão retirar as mesmas substâncias de sempre do sangue. Mas o volume de urina reduz.

O fluxo fica mais lento. E o cálcio e o oxalato têm tempo de sobra para formar pedras antes de descer para a bexiga. Quantos copos de água você já bebeu hoje hein?

Vamos ver qual é a média de copos que as pessoas estão bebendo aí nos comentários. Se você bebeu menos de 2L de água hoje, já vai lá beber e volta aqui pra deixar o seu like no vídeo. Os seus rins agradecem.

Mas peraí…se o principal componente das pedras é o cálcio, será que não é melhor evitar alimentos ricos em cálcio como leite e iogurte? NÃO! Por incrível que pareça, o excesso de cálcio no corpo até pode causar pedras nos rins, mas o cálcio que você come não é suficiente para causar esse excesso.

O problema é outro. É o desbalanço entre os nutrientes do organismo causado por uma alimentação pobre, baseada em produtos ultraprocessados, com poucas frutas e excesso de carne, que contém proteína, excesso de sal e excesso de açúcares. Esses alimentos mudam as moléculas que estão circulando no sangue e, consequentemente, as moléculas que os rins vão retirar do sangue para produzir urina.

E por falar em açúcares, eu quero chamar a sua atenção para um produto em particular: os refrigerantes. Você já ouviu dizer que beber refrigerante dá pedras nos rins? Será que isso é mito ou verdade?

Refrigerantes são produtos ricos em um açúcar chamado frutose que favorece a formação de ácido úrico, que quando está em excesso na urina, se agrega formando pedras. O ácido úrico da urina também facilita a agregação de outras substâncias, como o cálcio. Um estudo envolvendo mais de 194 mil pessoas mostrou que aqueles que bebiam refrigerante diariamente tinham um risco até 30% maior de desenvolver pedras nos rins, em comparação com quem bebia refrigerante menos de uma vez por semana.

É claro que provavelmente outros fatores estão envolvidos, mas esses dados são bem preocupantes se a gente considerar que cada brasileiro bebeu em média  58 litros de refrigerante em 2020. Mais de 4 copos por semana. Não precisa desesperar, mas o que  dá pra falar pelos estudos é que esse comportamento pode ser de risco  para desenvolver pedras nos rins.

E eu sei que tem gente que não consegue abrir mão do refri. Nesse caso, trocar o refrigerante normal pelo zero açúcar pode ajudar, como eu expliquei em detalhes nesse vídeo aqui. Fazer isso não vai te deixar imune a pedras nos rins, mas pelo menos diminui o risco por reduzir o consumo de frutose.

Mas é sempre bom lembrar né  que nós temos outras opções muito mais saudáveis que refrigerantes. Por exemplo, os sucos naturais de frutas cítricas, como laranja ou limão. Mesmo que eles tenham açúcar, eles são ricos em ácido cítrico.

Uma substância que literalmente pega o cálcio da urina pelo braço, impedindo que ele se agregue para formar pedras. Na verdade, qualquer líquido, incluindo chá, café e a própria água, vão ajudar a manter um volume constante de urina para impedir que as pedras se formem ou que elas fiquem presas nos rins. Cada copo de 200 mL de líquidos que você bebe por dia pode reduzir o risco de pedras nos rins em 13%.

Mas lembra que o principal mesmo é beber água. Do ponto de vista de prevenção das pedras nos rins, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda beber de 2 e 3 litros de água por dia. Esse valor é variável porque cada organismo tem uma necessidade dependendo de fatores como peso, sexo e idade.

É bom demais receber informação baseada em ciência, diferente do que a gente costuma ver na internet né? Eu tô aqui no Olá Ciência há pelo menos 7 anos falando sobre como você pode cuidar melhor da sua saúde, então se você gostou, já se inscreve no canal e se quiser apoiar o meu trabalho, manda aquele valeu demais porque ajuda bastante. E dá só uma olhada nesse vídeo aqui, onde eu explico como a alimentação pode alterar o funcionamento do seu cérebro.

Será que o seu intestino é um segundo cérebro? Ou então, se você estiver interessado em outro assunto, assiste esse vídeo aqui que o YouTube te recomendou. Um grande abraço, go drink some water antes de assistir o próximo vídeo.

Tchau.