inicia-se neste momento a solenidade de abertura da terceira Edição do encontro mulheres na justiça Novos Rumos na resolução Conselho Nacional de Justiça número 255 este evento é realizado pelo Conselho Nacional de Justiça e conta com apoio do Superior Tribunal militar informamos que para os que participam virtualmente o registro de frequência deve ser feito por meio do link disponibilizado na descrição no do vídeo no YouTube para quem participa de forma presencial a frequência foi registrada durante o credenciamento compõe a mesa de honra suas excelências as senhoras e os senhores corregedor Nacional de Justiça Ministro Mauro campbel
Marques ministra do Tribunal Superior do Trabalho Maria Helena malma neste ato representando o presidente do do Tribunal Superior do Trabalho Ministro do Superior Superior Tribunal de Justiça Sebastião re Júnior ministra do Superior Tribunal militar Maria elizabe Guimarães Teixeira Rocha conselheira do Conselho Nacional de Justiça e supervisora do comitê de incentivo à participação institucional feminina no poder judiciário Renata Gil secretária Geral do Conselho Nacional de Justiça Adriana Cruz que está virtualmente Embaixadora e primeira Presidenta da Associação das mulheres diplomatas Bras ir vida gala assessora chefe executiva do gabinete da presidência do Conselho Nacional de Justiça le
Leila Mascarenhas e advogada Ana Maria da Trindade dos Reis o Conselho Nacional de Justiça agradece a presença das autoridades já nominadas e a participação de suas excelências as senhoras e o senhores Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça e conselheira do Conselho eira D genevi Juíza do Tribunal Regional Federal da sexta região neste ato representando Associação dos juízes federais do Brasil D Lanes andade diretora de prerrogativas e assuntos jurídicos neste ato representando a Associação Nacional dos magistrados da Justiça do Trabalho Dr Tiago massad presidente da associação paulista de magistrados D eice bintec Haddad presidente da associação
dos magistrados do Estado do Rio de Janeiro desembargadora Salan do Tribunal Regional Federal da Quarta Região e conselheira do Conselho Nacional de Justiça no biênio 2021 a 2023 desembargadora lov Perão Tribunal Regional Federal da Primeira Região e conselheira do Conselho Nacional de Justiça no biênio 2019 a 2021 presidentes de tribunal magistradas e magistrados palestrantes profissionais de imprensa servidoras e servidores e a participação das senhoras e dos Senhores que acompanham a transmissão desta solenidade pelo canal do do CNJ no YouTube o presente seminário tem por objetivo diss seminar conhecimentos e resultados de pesquisa sobre a participação
feminina oportunizar a troca de experiências entre tribunais e conselhos e desenvolver nas oficinas de trabalho produtos para instrumentalizar a implementação da política nacional de incentivo à participação institucional feminina no pod judici para pronunciamento de abertura tem a palavra a conselheira Renata Gil muito bom dia a todos e todas eu queria primeiramente agradecer a presença de todos e todas vocês que se deslocaram dos seus estados Eu acho que eu nunca vi esse auditório tão completo e tão completo de ativistas ativistas no sentido Mais amplo da palavra que transformaram a realidade do Judiciário no nosso Brasil foi
pelas mãos de vocês que nós conseguimos chegar até aqui eu tô muito muito feliz eu sei que a gente vai falar ao longo eh do dia dos precursores dessa ação desse movimento gigantesco mas por trás disso tudo Ministro Mauro camp o meu corregedor em nome de quem eu cumprimento todas as autoridades dessa mesa vou pedir licença para não fazer esses cumprimentos Porque além da linguagem simples que o ministro Barroso já nos impôs através de uma resolução que já tá absorvida já pelo contexto do sistema de Justiça todo onde eu vou as pessoas já falam de
uma forma mais mais simplificada mas eu acho que a gente também tem que tornar as solenidades simples né então para eu não fazer nominat eu tenho certeza que o senhor vai fazê fazê-la eh eu queria só eh antes de traçar um pouco o panorama e a nossa caminhada aqui até aqui dizer que por trás desse movimento que é institucional hoje né do Poder Judiciário há grandes grupos femininos que T trabalhado nessa agenda e que com destruíram todo o caminho iniciado pela ministra Carmen Lúcia com a edição da resolução 255 foi um dos seus últimos atos
de gestão enquanto presidente do supremo e do Conselho Nacional de Justiça então tem o sancas tem o movimento pela paridade eh no judiciário tem o antígonas do Paraná cada grupo desses né Tem uma participação muito relevante nessa política afirmativa da participação feminina no judiciário eu quero cumprimentar todas as mulheres que aqui estão sintam-se todas abraçadas eu olho paraa plateia eu só vejo amigas Mariana do Piauí e eu me lembro na minha caminhada no início que a gente chegava nos tribunais nos tribunais as mulheres não podiam sequer participar ativamente das solenidades eu me lembro disso Mariana
vocês sentadinhas lá atrás no tribunal embora todos falassem né to a gente vai fazer vamos mudar vamos colocar mais mulheres Mas elas sequer tinham voz né nos eventos dos tribunais e hoje a gente vê esse movimento de efetiva participação mas eu queria cumprimentar toda essa audiência qualificada e Ministro a gente tem aproximadamente 400 pessoas 500 pessoas nos assistindo eu acho que foi a maior força tarefa que a gente já fez em todos os Diana todos os tribunais eh eh do Brasil porque as servidoras do Brasil todos estão engajadas e pediram participação então eu quero cumprimentar
em nome da conselheira daane Lira que é minha parceira aqui no conselho a gente só tem quatro conselheiras as cadeiras ainda precisam ser preenchidas em paridade é um dever de casa desse conselho e a gente tem que trabalhar na ordem viu Ana Maria Reis Por isso eu fiz questão que você estivesse aqui representando eh os advogados e advogadas do Brasil eu queria cumprimentar em nome da Dayane queria cumprimentar em nome da Maria Domitila Mansur que tá aqui eu queria que você se levantasse por favor Uma salva de palmas para ela ela é a mulher mais
discreta que eu conheço Apesar dela ser a mais linda ela é a mais discreta e ela é a minha inspiração para eu ter feito todo o trabalho que eu fiz quando o presidente da MB ter chegado até aqui Maria Domitila Juliane Marques que é a nossa a nossa coordenadora aqui dos trabalhos a juíza Luciana que caminha comigo fortemente aqui a braço direito discreta mas que constrói todo esse trabalho através da presidência do Ministro luí Roberto Barrosa e Adriana Cruz que tá online com a gente porque tá acompanhando o nosso Ministro à distância o nosso Ministro
Barroso ele não é só um entusiasta da agenda ele concretiza essa agenda de participação feminina e eu só estou aqui como conselheira do Conselho Nacional de Justiça na vaga do Supremo Tribunal Federal graças a ele foi ele quem me indicou e me indicou por ser uma mulher por ser ativista e por conhecer o judiciário muito por dentro eh como eu tive a oportunidade de conhecer e aí eu faço um agradecimento ao Ministro Dias tofoli que foi quem me deu a oportunidade de ter percorrido o Brasil e ter né Eh entrado nas na nas grandes questões
da justiça brasileira sabendo da diversidade eh do Brasil e como que a gente pode construir a as pontes para transformar a realidade e o ministro de estoli também foi o autor da campanha sinal vermelho comigo coautor da campanha sinal vermelho que hoje é né uma lei federal e mais do que isso tá espalhada aí no Brasil ela a a Uber vocês já devem ter recebido no celular de vocês né a a a convocação para que todo mundo denuncie através do x vermelho e eu tô ainda nesse trabalho congregando as empresas para que elas adotem essa
forma silenciosa de denúncia mas mais que isso né que a sociedade se conscientize que denunciar é preciso eh a nossa caminhada aqui eh ministros que que compõem a mesa Ministro campbel ela tem por objetivo agora fortalecer o que foi construído pela conselheira salise San choten a quem eu também cumprimento pela conselheira Ivana né elas foram precursoras da consolidação dessa resolução do C cinco aqui elas foram autoras das alterações que essa que essa resolução eh teve né a a promoção de das alterações e o ministro fux também ele foi um dos ministros presidentes daqui da casa
que mais atenderam a pauta de gênero mais modificações que nós tivemos foi eh através da gestão do ministro fux isso é é o momento é o tempo aquele tempo era um tempo que essas mudanças eram necessárias ele aceitou E eu me lembro conselheira Ivana só pra gente refrescar a memória porque o brasileiro ele esquece eh do do trajeto que a gente construiu quando a conselheira Ivana apresentou a resolução da criação do banco de decisões né Eh de decisões que que que tratam da pauta de gênero ela foi execrada e do repositório e eu me lembro
de um conselheiro Inclusive durante a sessão Ministro Mauro eh criando restrições e eraa era um movimento assim muito difícil aqui dentro de você trazer uma agenda dessa e a gente conseguiu e depois a conselheira salise né com a nossa 2 525 né que é a resolução que a gente tá tratando aqui que é que instituiu as listas alternadas que é a grande revolução da justiça brasileira e e ouso dizer que no contexto corporativo no contexto Empresarial do empreendedorismo brasileiro não há um movimento de participação feminina tão intenso Como existe no poder judiciário eu acho que
nós no Brasil seremos referência no mundo pela grande caminhada que a gente os passos largos que a gente vai dar depois da instituição das listas alternadas e eu eu me lembro que certo ocasião vou contar essa confidência aqui paraa conselheira salisa eu já não era presidente da MB quando eh a a resolução foi aprovada e foi construída aqui eu já era Juiz Auxiliar do ministro luí Felipe Salomão e tinha como agenda única Ministro Camp Ministro Sebastião só cuidar de projetos especiais eu não mexia com processos disciplinares nada disso e a a conselheira salise me disse
Renata você que conhece muito a política do Conselho Nacional e conheço mesmo porque eu como advogada dos juízes que fui tinha que conversar com todos os conselheiros por WhatsApp as coisas mudavam em cima da hora conselheira Ivana sabe disso em cima da hora a gente articulava para fazer com que as nossas questões fossem trazidas em plenário e aise me disse Renata a gente vai ter uma dific de aprovação existe uma resistência e eu disse a ela olha a ministra Rosa vai precisar ligar para cada um dos conselheiros ela falou mas esse não é o papel
dela eu não vou pedir isso a ela a gente tem que trabalhar sozinho e aí a gente foi né Por trás construindo tudo isso e eu sem poder aparecer Imaginem a minha situação eu uma feminista de carteirinha totalmente engajada Nas questões da magistratura não podia aparecer nos movimentos porque a minha imagem podia est adun nada a a imagem do ministro corregedor e eu não pedi autorização dele para isso porque eu não teria essa ousadia Ministro porque a decisão de cada um ele ele apresentaria um voto em plenário eu não sabia qual era o voto a
única coisa que eu falava para ele era o seguinte o senhor recebe o coletivo tal senhor recebe as meninas tá Tais que tão aqui para tratar ele do mesmo assunto eu falei do mesmo assunto e nós então construímos essa maioria a duríssimas Penas né e com muito preconceito nos tribunais até hoje eu eh de amigos pessoais recebo eh piadinhas e comentários de que a gente tá segregando aqueles que estavam na lista e thago que tá aqui o presidente da associação de São Paulo ele deve ter sofrido muito porque em São Paulo os juízes se promovem
só por antiguidade a a nossa querida procuradora Geral do Estado de São Paulo tá aqui com a gente a Inês foi convidada em cima da hora mas fez questão de participar EZ sinta-se parte dessa mesa com a gente esperou você chegar até agora mas demorou um pouquinho eh mas sinta-se parte dessa da extensão dessa mesa e e eu colegas que estão aqui na corregedoria Ministro Mauro estavam já na beira da lista para promoção quando veio a a questão da lista alternada e eles ficaram enfurecidos disseram que a gente estava atrapalhando tudo isso e o que
que eu digo né com muita tranquilidade e com muita sutileza toda política afirmativa ela gera esse desconforto ela vai gerar e um inconformismo porque a gente vai precisar aplicar alguma coisa que é forçada por quê Porque não foi voluntário porque os tribunais não entenderam que já era tempo da gente fazer a promoção das mulheres e em São Paulo especificamente eh me disseram assim aqui várias mulheres e eu falo isso com muita transparência não tenho nenhum receio de falar que várias mulheres que estão no tribunal resistiram e aplicar a lista porque elas não acham isso justo
e eu disse elas não acham isso justo porque elas já estão e porque elas chegaram sem precisar das listas mas quantas mulheres não chegaram sequer palmas para vocês que vocês que fizeram isso acontecer mas quantas mulheres sequer não chegaram à aprovação no concurso em São Paulo porque eram mulheres e quantas mulheres desistiram nessa trajetória da carreira porque sabiam que não conseguiriam em razão de várias situações que as mulheres vivem e que precisam ser faladas que é a tripla jornada em casa não é só a jornada eh do trabalho é tá distante eh da comarca da
do lugar de residência e como é que faz para cuidar de filho e mais que isso Ministro quando nós engravidamos isso aconteceu comigo o tribunal já olhava de de com má vontade pra gente porque a nossa teria que ser provida por outro juiz e naquela época há 26 anos 27 anos atrás a gente não tinha tantos juízes no quadro de magistrados que pudessem Hoje os concursos são mais amplos né que pudessem eh completar essa eh o quadro com com a gravidez das juízas então eles eu me lembro que a movimentação dos magistrados falava para mim
assim tem previsão de mais filhos porque a gente já tem que eh se programar para isso quer dizer um um absurdo compl né o que nós eh sofremos eu nunca sofri porque eu não sofro né Cada vez que fala uma coisa dessas para mim aí aí que eu vou mais adiante mas as mulheres elas foram muito inibidas sim dessa participação ao longo da carreira então elas não chegaram não é porque elas não quiseram é porque muitas vezes elas não puderam e o nosso papel agora já que a gente tem legislação já que a gente tem
resolução é fazer valer essa essa essa resolução por vários aspectos né a proteção da mulher no seu período menstrual a proteção da que essa é uma Esse é um outro Tabu né as mulheres ministr o senhor que é um feminista também eu sei que é as mulheres em período menstrual elas sofrem a gente tem dor às vezes o remédio não passa né a gente tem problema com filho na escola às vezes não tem ninguém no outro dia uma juíza eh teve um problema porque ela e o marido trabalhando fora acho que esse procedimento até vai
chegar aqui no conselho não tinha como não er não era uma juíza uma promotora não tinha com quem deixar o bebê pediu uma licença daquela compensatória de de plantão né para ficar em casa porque mora num lugar que não tem eh nenhum familiar presente isso acontece na vida das mulheres e é sempre a mulher que tem que ficar com o filho né o marido não pede a licença quem pede a licença é a mulher é a mãe que às vezes é ela que amamenta Então são situações biológicas né e situações da conformação ainda da sociedade
patriarcal que a gente vive que impedem a mulher dessa de galgar esses cargos então o nosso papel aqui eu acho que hoje pelas oficinas e as oficinas estão maravilhosas acho que esse é o maior evento que a gente fez eu queria muito agradecer a Adriana eh Nossa desembargadora do Rio de Janeiro que é a coordenadora acadêmica de todo esse evento Adriana também é uma precursora precursora e que sofreu todos os preconceitos do mundo no meu tribunal porque não deixavam Adriana falar também nem da pauta feminina hoje ela é colocada lá no no pedestal dela mas
antes não era assim não ela sofreu muito preconceito então agradecer a ela e a Bárbara que é Nossa também coordenadora uma acadêmica outra executiva do nosso evento eh mas dizer que a gente tá no trabalho aqui de consolidação e as oficinas são maravilhosas e uma delas eu queria chamar muita atenção que vai ser conduzida aqui pelo Ministro Sebastião eu fiquei muito feliz porque essa não é uma pauta de mulheres né é de homens e mulheres e a gente tem vários homens aqui que são ativistas Bruno que foi presidente da nam matra o Curi que foi
presidente da associação do Mato Grosso do Sul e hoje trabalha com o ministro campbel no extrajudicial falar de inteligência artificial é muito importante como é que a gente vai fazer essas conversões com relação a a pauta feminina como é que a gente vai consolidar essa resolução Enfim tudo tudo isso tá já evidenciado aqui eu não vou repetir mas eu queria dizer para vocês que o meu compromisso é de fiscalizar o que o ministro Barroso construiu pra gente né e eu estou indo aos tribunais e eu me lembro que quando aconteceu o mandado de segurança em
São Paulo impedindo a aplicação da lista que o tribunal de São Paulo era a nossa referência era o nosso maior medo quando aconteceu o mandado de segurança eu não sabia eu recebi uma ligação de uma jornalista da Globo News E ela me disse E agora se o tribunal não cumprir e eu disse se o tribunal não cumprir vai ter que cumprir ela não acredit eu falei É isso mesmo a gente vai fazer cumprir a resolução e não tem outra possibilidade seja com mandado de segurança na mesma hora eu liguei pro presidente Fernando Torres que é
o presidente do Tribunal de São Paulo e ele já começou em contato com o ministro Barroso a construir a sensibilização a saída pro comento e a gente teve né finalmente a aprovação eh eh aprovação a votação da primeira lista Tríplice e acho que a Maria de Fátima tava aqui comigo ela tá ali ó nossa primeira desembargadora Uma salva de palmas Foi ela que abriu tá em pé a gente vai achar achar uma umas cadeirinhas para vocês sentarem aí do lado a Maria de Fátima foi a primeira mulher promovida na lista Tríplice do tribunal de São
Paulo abriu a porta e o tribunal de São Paulo foi referência depois paraos outros estados E aí eu já me encaminhando pro final da minha fala eh no card do evento mulheres da Justiça eu fiz questão que estivessem todas as desembargadoras tem 11 mas já são 12 porque o Maranhão promoveu ontem a sua 12ª a 12ª desembargadora através das listas tríplices mas eu fiz questão eu não sei se todas estão aqui eu queria que todas estivessem depois a gente vai tirar uma foto eh conjunta que eu acho que esse momento é histórico todas que foram
promovidas através da lista eh exclusiva de mulheres mas o que é importante ser dito e que eu Vou fiscalizar mesmo é o seguinte que a lista mista não é para figurar mulher simplesmente e promover homem a lista mista é mista Então a gente vai ter que promover mulheres também na lista mista porque senão não é lista mista né [Aplausos] Então eu acho que esse é o recado maior que eu queria passar pros tribunais e que eu vou dar pessoalmente que vocês sabem que eu dou pessoalmente todos os recados que nós vamos fiscalizar os tribunais que
estiverem fazendo lista mista Pró Forma né a gente vai analisar eu já vou fazer o cruzamento disso tudo e a inteligência artificial Ministro vai ser muito importante pra gente apontar tudo isso e uma outra coisa que eu queria dizer para vocês é que a gente tem um depart ento de Pesquisas aqui muito potente né E que eu queria muito que o nosso dpj através das oficinas que vocês vão discutir o momento aqui não é só de encontro de almoço não as pessoas acham que a gente vem para Brasília para almoçar e jantar eu digo que
almoçar e jantar a gente nem quer mais né porque engorda e porque a gente tem três ou quatro almoços e jantares por dia a gente vem mesmo tem per do kg a gente vem mesmo para trabalhar e eu queria muito que vocês eh de forma muito séria e nos apontassem os caminhos que vocês são as as verdadeiras estudiosas dos temas nos tribunais nos apontassem os caminhos pra gente fazer valer nesses meus dois anos de Mandato eh o cumprimento dessa resolução e criar estratégias novas inclusive paraas outras instituições viu inez porque aqui eh no conselho eu
hoje recebo pedidos de treinamento da da do protocolo com perspectiva de gênero pela Defensoria Pública da União várias instituições nos pedem porque a Adriana tá cuidando disso na escola eu pedi que ela ampliasse Ministro já na sua gestão isso da sua Gestão na infan que ela já ampliasse eh o escopo da infan para trazer outras instituições do sistema de Justiça também então Eh em linhas Gerais era isso que eu queria dizer para vocês agradecer mais uma vez a presença de todos dizer que nessa mesa estão pessoas que tem muito mais qualidade muito mais qualificação do
que eu para est discutindo esse tema como a Ministra Maria Elizabeth única mulher no Superior Tribunal militar que vai ser presidente do stm se Deus quiser em breve e que tem adotado nas suas decisões antes da gente aplicar o protocolo com perspectiva de gênero a ministra Maria elizabe já consolidava o protocolo eh Nas suas nas suas decisões e dizer que essa casa aqui que eu tenho muito orgulho de de pertencer temporariamente nesses dois anos eh já aplicou na gestão do ministro Barroso o protocolo no julgamento de um juiz de São Paulo eu não tô cometendo
nenhuma eh infração nem Inconfidência aqui porque esse julgamento foi público um magistrado que teria agredido eh a sua esposa ou companheira teve uma pena no tribunal de São Paulo muito Branda e nós fizemos a revisão disciplinar eraa era uma proposta de revisão disciplinar sem afastamento o ministro corregedor trouxe a questão do afastamento paraa sessão foi o primeiro primeiro dia nosso aqui no conselho no dia 20 Nós tomamos posse de manhã no dia no dia 20 à tarde nós estávamos julgando esse processo e de forma muito emblemática um dos conselheiros da classe da OAB eh aplicou
o protocolo e deu valor a porque chegou-se a discutir se o caso era de legítima defesa se não era e o o conselheiro levantou as mãos eu falei graças a Deus porque eu já começo aqui como ativista Vão achar que eu vim para cá né para fazer outra coisa que não fosse o meu pap como conselheira mas ele levantou a mão e a gente aplicou o protocolo e na aplicação do protocolo houve o afastamento do do magistrado e afastando também né usando a mesma palavra aí afastando eh teses como da questão da contemporaneidade da agressão
e e folha funcional eh ilibada quer dizer folha funcional de uma pessoa não tem nada a ver com a sua vida seu comportamento social isso tudo ficou consolidado nessa decisão Ministro que eu vou até encaminhar depois pro senhor foi a primeira aplicação do protocolo aqui então Eh agora finalmente mesmo eu quero dizer para vocês que o ministro Barroso me delegou toda a agenda feminina aqui isso é uma responsabilidade gigantesca na época da conselheira salises ela dividia essa agenda com o conselheiro Márcio Mas nós vamos dar cabo do protocolo com perspectiva de gênero o assédio nos
tribunais tem funcionado muito bem aquela semana do assédio o que a gente tá recebendo de feedback é uma é uma coisa assim linda eu acho que também é modelo eh para todas as empresas a participação feminina e o Combate à violência a todos os grupos vulneráveis dentre eles as mulheres quilombolas e tô agora também com o fórum lgbtq a mais e que é maravilhoso que a gente vai encartar o o formulário Rogério em todas as denúncias através dos termos de cooperação que a gente vai fazer com com o conselho do min Ministério Público agora no
dia 17 Ministro o senhor tá convidadissima nós vamos encartar em todas as denúncias do Brasil o formulário Rogério Rogéria para que as pessoas entendam o que tá acontecendo também com o grupo lgbtq a mais já que o Brasil há 15 anos é o lugar é o país que mais mata a população lgbtq a mais e finalmente eu anuncio para vocês também em primeira mão que eu acabei de receber a delegação do ministro Barroso para a ouvidoria na nacional que é estava a cargo da ministra malman aqui eu soube disso hoje né especificamente Então a gente
vai ter uma ouvidoria Nacional eh de mulheres agora consolidada através de um ato eu não sei exatamente como isso vai se dar mas eu também fico honrada por nós estarmos dentro de uma pasta só conjugando toda essa agenda feminina então que vocês precisarem também vocês nos acionem através da ouvidoria e por fim fim fim fim dizer que a nossa representante aqui dos Servidores eu fiz questão que os servidores estivessem conosco a Leila Mascarenhas ela é servidora do do Tribunal Superior Eleitoral e ela representa aqui todos os servidores do Brasil sem os servidores da Justiça as
nossas políticas não vão funcionar e a gente precisa ajudar também que eles estejam nos cargos de liderança e que essa resolução do Ministro luí Roberto Barroso que tem o número pera aí que eu ainda não gravei o número dela mas que vocês 540 e determina o mínimo de 50% das vagas em cargos de de liderança nos tribunais Vocês precisam ser agentes fiscalizadores dessa política que ninguém fala ainda eles ninguém nem fala o número da resolução mas ela também é a mais transformadora internamente não é só não são só os juízes né são os servidores porque
através dessas lideranças a gente vai transformar a realidade inclusive do assédio dentro dos tribunais Então eu preciso que vocês sejam agentes fiscalizadores ela conta ponto pro selo do Conselho Nacional de Justiça Mas isso não pode ser burlado eu soube que tem um tribunal aí que criou modificou os cargos para dizer que os cargos eram tá tá lá ocupado né Por um homem eles modificaram o nome do cargo para dizer que o cargo era ocupado Eh ó então eu não vou nem ó spoiler o ministro já já já deu não vamos manifestar Ele disse que já
tá cuidando disso eu nem sabia disso Que bom que a gente já tá maquiar não pode tá a gente vai fiscalizar Palmas pro Ministro Mauro então dito isso agradeço mais uma vez a presença de todos um excelente evento registramos ainda a presença das suas excelências as senhoras dout Inês Coimbra procuradora Geral do Estado de São Paulo e a Dra Juliane Freire marqu Associação dos magistrados brasileiros tem a palavra D Ana Maria da Trindade dos Reis Oi onde é que liga onde é que liga aqui tá ligado alô tá ligado tão ouvindo bem então tá bem
eu vou pulará pular a nominata porque já foi dita ali no início agradecer a participação e eu me sinto assim muito privilegiada de estar com vocês magistrada super importante que são referência para várias mulheres e honrada porque eu trabalhei muitos anos como advogada da amerge e da MB e eu sei a luta que é da magistratura para chegar aos espaços de poder princialmente das mulheres então temho acompanhado isso desde a época do desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho do Rio de Janeiro depois passando pela pela presidência do Viana Santos e do cadico aí em seguida
houve modificações da advocacia e sempre me me usou muito muita foi muito interessante ser advogada e ver o outro lado do balcão ver como é que os os juízes sentem que que eles precisam Eu acho que isso também muda a postura do advogado eu tô muito honrada com a o convite da Renata Gil que percebeu essa essa situação e me trouxe aqui para trocar essas ideias Eu acho que eu vou ter muito aprender nos dias de no nesse seminário que super bem organizado e muito amplo e espero também poder colaborar com a visão do advogado
à justiça e junto com vocês também estou pela paridade e acho e aqui faço a minha convocação aqui provocando o ministro Sebastião e Ministro Mauro campbel que tem duas listas pela frente para suprir de duas ministras do STJ que se aposentaram recentemente que brilhantemente colaboraram com o STJ ministra Suzete Ministra Laurita e vem agora uma lista a ser votada no mês que vem e eu espero que seja uma lista mista pelo menos não é ô Renata e quem sabe avaliar a possibilidade de mais duas mulheres no STJ a gente sabe que tem excelentes candidatos homens
que são inclusive muito amigos mas as mulheres que estão concorrendo também são muito brilhantes elas se apresentam muito bem então Eh avaliar essa situação porque a gente não pode dar um passo atrás como também sem nenhum demérito aos ministros que compõem o Supremo não ter tido eh mas mulheres T hoje ter só a ministra Carmin Lúcia como mulher referência da sociedade judiciária eh vou vou levar a provocação da Renata go OAB para mais atenção também a essa paridade dessa lista a gente tem muito que aprender com essa questão já houve uma paridade já houve um
avanço Nas questões das presidências da OAB das seccionais esse avanço a gente espera que se reflita na também na na posição de Poder da OAB Nacional [Aplausos] Obrigada fará o uso da palavra a Dra Leila Mascarenhas boa tarde bom dia bom dia a todas e a todas é uma alegria est aqui com a plateia tão bonita eu gostaria de cumprimentar a mesa rapidamente em nome dos representantes desse conselho que que seria o ministro Mauro campel nosso corregedor Don nacional e a conselheira Renata Gil responsável por esse evento incrível eh gostaria de parabenizá-la pela iniciativa eu
acho que precisamos mesmo oxigenar e trocar ideias para que a gente tenha mais mulheres em espaços de poder não só no judiciário mas na política hoje temos somente 15% de parlamentares mulheres 20% de desembargadoras Então eu acho que é uma iniciativa excelente a gente tá aqui podendo trocar ideias e convers para tentar ter mais representatividade no estado democrático de direito as instituições precisam ser plurais precisam ser diversas e nada melhor do que iniciativas como essas pra gente eh conseguir conquistar novos espaços e por fim eu queria agradecer a sensibilidade da conselheira Renata em colocar a
representante de servidores aqui hoje eu tô representando a 152 mais de 150.000 servidores do Poder Judiciário que fazem que que fazem um trabalho incrível muitas vezes de forma anônima eh gostaria de dizer para vocês que todas nós somos muito importantes que todas nós fazemos parte do Judiciário e podemos fazer diferença sim então eu gostaria de agradecer mais uma vez a presença e desejar sucesso durante o dia todo de trabalho de vocês nosso trabalho obrigada deixar aqui o abraço da Meg a nossa presidente do sindicato também que faz um trabalho belíssimo no no Conselho Nacional e
do Sindicato de servidores que ela é presidente lá também obrigada [Aplausos] Leila com a palavra a Embaixadora Irene vida gala muito bom dia a todas e todos aqui presentes hoje eh Senor Ministro Mauro eu t cumprimento a mesa toda mas eu preciso dizer que eu normalmente Eu agradeceria estar aqui porque eu sou uma estranha no ninho e vocês me trazem até aqui mas eu vou dizer que eu não vou agradecer porque agradecer falar pouco e o que eu tenho é uma profunda emoção de est aqui e ver essa sala eu olho para vocês vocês são
vocês são mulheres que nos inspiram em todos os outros lugares do Brasil Então para mim é sobretudo uma profunda emoção e eu vou po tirar com vocês duas situações uma que é muito singela na associação das mulheres diplomatas brasileiras que eu fui a primeira presidenta e que a gente criou no início do ano passado nós um dia estávamos numa reunião da diretoria E começamos a nos emocionar e chorar e uma colega Nossa virou e falou assim tudo bem na MDB que é a nossa Associação na MDB chorar estatutário e a outra emoção eu tenho ten
aqui queridas amigas tô vendo aqui não vou citar porque eu vou faltar algumas mas ela se sabe eu Conheço poucas aqui algumas são amigas de Twitter e do ex mas enfim eu tive uma profunda emoção e É tão bom ser estranho noinho vez por outra eu tive o privilégio também de acompanhar a posse da dout Maria de Fátima em São Paulo no TJ e aquela emoção era a primeira amos todos nós ou estávamos nós mulheres sobretudo muito emocionadas mas o ambiente era profundamente sisudo como é tudo que é muito masculino e Távamos nós e um
discurso maravilhoso sendo feito falando da importância dessa primeira mulher eu que era uma estranha no ninho não tive o menor pudor Ministro e puxei Palmas pra surpresa geral da audiência Eu puxei Palmas e todo mundo veio atrás se lev levantaram pra D Maria de Fátima e para a justiça brasileira para o CNJ para todos vocês que conseguiram essa vitória Fico muito feliz de saber que já são 12 e saibam eu saio daqui dizendo vocês nos inspiram Muito obrigado e [Aplausos] parabéns tem a palavra a Dra Adriana Cruz a todos teremos uma mesa em sequência então
ser muito breve e teremos mais tempo para conversar queria realmente votos de sucesso para esses dias pedir desculpas pela minha ausência o CNJ ele demanda que a gente desenvolva o poder da ubiquidade né temos aqui hoje desenvolvido o Fest Lab aqui na no Rio de Janeiro a cargo da conselheira Daniela então estamos todos nos dividindo entre esses dois importantes eventos mas tenho certeza que será uma caminhada de muito sucesso para mim é uma emoção especial tá aqui hoje esse é um evento que eh se construiu a partir da política de participação feminina eh inaugurada pela
ministra Carmen o evento ele vem se repetindo ao longo dos anos e para mim é uma alegria e uma honra poder estar aqui hoje pela primeira vez como secretária geral agradecer Ministro Barroso por essa oportunidade e a conselheira por tá fazendo por me acolher nessa caminhada que é uma caminhada de todos nós entãoo a todas e na sequência conversamos [Aplausos] mais fará o uso da palavra a ministra Maria elizabe Guimarães Teixeira Rocha meu bom dia a todas e todos presentes eu cumprimento a mesa e as autoridades já nomeadas As queridas amigas que estão nesse auditório
a Dra Bárbara Lívio a querida Dra Renata Gil e dizer que é uma alegria muito grande para mim estar aqui hoje representando como sou a única mulher então o gênero feminino do Poder Judiciário militar Essa justiça especializada e tão antiga e seguirei os mesmos passos da Dra adana Cruz deixarei as as minhas falas e as minhas colocações para a mesa que se seguirá no perío da tarde apenas gostaria de desejar um bom trabalho bom boas reflexões e agradecer agradecer ao Conselho Nacional de Justiça e agradecer a todas e todos que se comprometem com essa causa
que é igualdade entre seres humanos é o que buscamos a igualdade a justiça para que o judiciário realmente Se fortaleça e se diga democrático muito obrigada [Aplausos] com a palavra o ministro Sebastião Reis Júnior bom bom dia a todos eu eh gostaria apenas de dizer que eu espero que esse movimento ele dentro em breve fique apenas na história e que a paridade se torne realmente uma [Aplausos] realidade como né Vocês viram ali alguém falando na ponta da mesa ali se eu não não não não não não caminhar nesse sentido eu acho que eu eu durmo
no sofá vou começar a dormir no sofá Mas independente disso é é uma coisa que eu que eu desejo eu tive a oportunidade no tribunal de trabalhar com grandes juízes inclusive as duas que que se aposentaram recentemente a mina Laurita e a ministra Susete e aprendi muito com ambas são foram são extraordinárias e acho realmente que nada mais justo de que elas sejam substituídas por mulheres também extraordinárias como elas foram é o que eu pretendo Ou seja a minha participação é pequena mas é o que eu pretendo fazer e eu vou só finalizar parabenizando a
iniciativa desse encontro e ressaltando a necessidade não não é só uma questão de de equipar n é uma necessidade eu acho que o judiciário para se tornar completo ele precisa ter essa paridade e uma paridade não só na questão do gênero né Eu acho que nós temos que pensar mais além ainda a paridade da questão da da raça do gênero e tornar o judiciário aquilo que é o Brasil nãoé uma uma uma uma grande mistura de de de de de raças credos gêneros etc Eh que que o seminário que esse encontro seja um sucesso E
amplie ainda mais a voz feminina no no no estado brasileiro Muito [Aplausos] obrigado registramos ainda a presença de suas excelências Dr Ilan presser secretário geral da infan neste ato representando o ministro Benedito Gonçalves diretor da Escola Nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados e a desembargadora H Menil de dias presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba fará o uso da palavra a ministra Maria Helena malma Bom dia a todas e todos eu peço licença ao Ministro Mauro nosso corregedor geral para cumprimentar a todas as autoridades e também todas as que estão nos ah acompanhando na
pessoa da conselheira Renata Gil e o eu faço também não só reconhecendo as qualidades da da nossa conselheira porque eu entendo e compreendo que o fato de ter sido presidente da associação dos magistrados brasileiros a primeira mulher né a comandar aquela entidade a qualifica como uma mulher diferenciada né porque eu também já estive eh participei do movimento associativo e fui a segunda mulher a ser presidente da associação nacional dos magistrados do trabalho e e bem sei das dificuldades que nós mulheres temos de enfrentar de fazer política no movimento associativo então eh eu queria aqui fazer
esta homenagem à nossa conselheira até pelo se passado que ela traz e toda a bagagem que ela a ela tem consigo e eu como aí me permitam fazer uma pequena referência eu sou mulher do século XX mas eu ingressei na magistratura brasileira em 1981 esta longa caminhada ela nos traz eh eu tive oportunidade de de ser partícipe da desta caminhada das mulheres na época naquela época em 1981 nós éramos recusadas pelo nosso estado civil então a se eu se hoje do estado daquele momento de 1971 a posse da desad Maria de Fátima é é uma
caminhada que talvez vocês Vocês que são das novas gerações não tem a dimensão de toda esta eh Esta luta que se eh desenvolveu dentro dos tribunais Então me permitam eu falo com uma certa emoção essa ela toma conta de mim porque hoje nós estamos num outro momento e aí eu não posso de deixar também de referir que nós na eh nós tínhamos muito receio nós juízes do século XX em relação ao Conselho Nacional de Justiça porque viamos no Conselho Nacional de Justiça um órgão centralizador vios o Conselho Nacional de Justiça um órgão apenas e eh
preocupado com a questão disciplinar o que nós brasileiros e aí eu acho assim Fantástico como nós alteramos as nossas realidades se o o CNJ não foi pensado como um órgão de políticas afirmativas o CNJ aquele que foi pensado nos anos 90 e entrou em pela Emenda 45 e que a discussão começa lá na na revisão constitucional jamais pensamos que este órgão seria um órgão eh de promoção da Democracia né do do Poder Judiciário Hoje nós estamos com tantas políticas importantes e aqui dentre as quais essa questão da mulher da afirmação da participação da mulher no
poder judiciário gente isso seria impensável nos anos 80 jamais pensávamos por mais que fosse nos eh pensar no futuro jamais pensaríamos que chegaríamos a este momento então eu digo como juíza que entrou em 1981 eu digo da minha profunda emoção de estar compartilhando este momento com vocês eu também não posso deixar de registrar aqui que nós lá na justiça do trabalho nós também estamos H preocupados e estamos atuando muito em relação a essa a aos protocolos Então eu queria aqui conselheira Renata dizer da nossa contribuição e da nossa inspiração nas nas políticas que são trazidas
pelo CNJ né e e da importância de trabalharmos todas as justiças né ministra Elizabete né da importância de juntarmos e a justiça do a justiça do trabalho a justiça militar a justiça federal a justiça dos Estados numa Justiça só porque nós somos poder judiciário né então nesta neste momento de tamanha importância eu só posso dizer que é ele tem um significado muito especial talvez vocês que são da nova geração vocês juízes do século XX talvez não compreendam muito bem que isso tudo tem uma história né essa história foi construída no decorrer dos tempos e por
fim eh conselheira Ren eh Ministro Mauro nós aqui estamos a discutir essa evolução em termos de no nosso relacionamento interno ou seja da Democracia interna do Poder Judiciário mas existe também um outro enfoque ou seja como é que o jurisdicionado se comunica com este novo judiciário que está hoje sendo construído é através das ouvidorias né e a ouvidoria neste aspecto a ouvidoria da mulher tem sido um espaço importante fundamental em que a mulher que recorre ao judiciário que busca o acesso à justiça onde ela recebe o acolhimento e esta é uma questão que eu também
reputo fundamental Ou seja é o debate que se trava não só internamente né não só os avanços que nós produzimos internamente mas também a nossa comunicação com a sociedade e com nossos jurisdicionados e por isso mais uma vez eu cumprimento o Conselho Nacional de Justiça cumprimento o nosso Presidente Barroso cumprimento o nosso corregedor né que é que tem um papel fundamental nessa concepção também de eh de comunicação com o jurisdicionado né Eh da importância deste movimento a todas a agradeço né esta oportunidade de estar aqui e não me levem a mal eu sou uma juíza
do século XX tem a palavra o ministro Mauro Camp Bel Marx muito bom dia muito bom dia a todos e a todas É uma honra uma satisfação inigualável estar aqui eh estreando no no CNJ e numa solenidade do CNJ de tamanha importância e eu também a exemplo da minha querida amiga malma do TST eu vou pedir licença a todos e a todas para não só referir a todas as autoridades aqui eh Sebastião em nome da desbravadora Renata Gil e pedir que as palmas sejam dirigidas a ela primeiro eh embora não esteja aqui eh um um
protagonista extraordinário que deve ser referido neste evento é sem dúvida alguma Luiz Roberto Barroso um outro de bravador que corajosamente a exemplo da Ministra Rosa eh avançou sobre maneira numa política que não é uma política pública do CN J não é uma política pública do Judiciário é uma política pública do Estado brasileiro dizer o óbvio que nós somos iguais tão somente isso eh e eu eh vou me permitir citando aqui um caso muito triste muito triste e eu ainda era promotor de justiça Procurador Geral de Justiça na verdade já no Amazonas eh com em 2006
ou 2007 eh aqueles que trabalham ou trabalharam comigo sabem que eu tenho uma memória um pouco constrangedora Sebastião eh e eu conversava aqui com Maria Helena que para mim chamava Geni mas é g o nome dela E esta mulher brasileira Gaúcha ela foi vitimada no judiciário do Rio Grande do Sul Porque somente 34 anos após o exame que submeter-se para ingresso na magistratura ela teve por um despacho da ministra Helen Grace no Supremo Tribunal Federal a determinação de posse de sua excelência como decana do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul e a desmar Adora
gci eh meses após a posse faleceu de câncer ela foi vítima eh daquilo que nós abominamos no estado brasileiro e nós estamos agora na era Maria de [Aplausos] Fátima gelci eh Fátima ela ela foi vitimada porque ela já havia sido aprovada em todas as fases do certame e no Rio Grande do Sul como em vários outros certames havia o o exame psicotécnico no final né Eh e o psicotécnico eh era o examinador e a candidata à frente com o princípio da pessoalidade candente e determinava simplesmente que ela não era habilitada para o cargo e Demorou
34 anos para que isso acontecesse E além disso me confidenciava aqui Maria Helena que ela também era vítima do preconceito em relação ao estado civil porque quem sabe na avaliação eh o marido não era digno de ser esposo de uma juíza e portanto ela não podia ingressar no judiciário Maria de Fátima de São Paulo sabe que são Paulo o maior Tribunal do mundo teve a sua primeira desembargadora Luísa Galvão Luzia Galvão uma colega minha de Ministério Público eu estava na posse dela em São Paulo em 1997 pelo quto constitucional do MP mas nós não podemos
eh sobretudo na posição que eu ocupo agora na cor Nacional eu não posso ter discurso dissociado da prática e o meu discurso de posse no meu discurso de posse eu fiz questão de saudar todos os juízes e juízas deste país na pessoa da Eva Evangelista do Acre juíza de carreira do Acre que ontem na data de ontem lamentavelmente implementando implementando a idade limite foi para Natividade após 40 anos de desembargadora no Tribunal de Justiça do Estado do Acre e que começou sua vida há 49 anos no no na cidade de Cena Madureira no Acre andando
em cima de uma Bandeirante no lamaçal para chegar a sua comarca E lá residir residir nós estamos numa outra era certamente e é muito Óbvio Renata entender que lista mista é lista mista isso é muito Óbvio isso é muito Óbvio então eh a posição da corregedoria não pode ser dissociada de uma posição de edade no estamos a falar de política inclusiva para paridade de gênero é essa política do estado brasileiro de correção e de adorn como dizia J3 de atualização deste país para aquilo que nós temos por Óbvio lembro-me e querido Sebá que o Guilherme
meu filho assistindo a um a um episódio eh de racismo lá no Rio Grande do Sul no se mercado e e ele ainda muito jovem virou e disse pai mas como é que pode uma pessoa e conseguir diferenciar por cor e não pelos olhos eu não Ensinei nada para meu filho mas ele sabe e conviveu e Numa família em que lá atrás a a minha mãe e meu pai também colocaram como os pais da Lúcia minha mulher eh na nossa personalidade a convicção de igualdade de fraternidade penso que a política de estado de paridade de
gênero que a exemplo de CR Seb Sebastião Reis aqui não deve se limitar ao judiciário ela por certo e não pode ser prerrogativa do Conselho Nacional de Justiça ou de qualquer um outro órgão nós temos que lutar para que também Como disse Sebastião Reis ainda há pouco e este evento aqui Fique para os anais do CNJ para a história do CNJ aqui há muitas mulheres que com quem eu tive o privilégio de aprender trabalhando eh genevieve cadê genevieve tudo bem a a a Terezinha tá ali na infan até hoje a própria Renata enfim e tantas
a Ivana não sei se já saiu eh no Ministério Público brasileiro eh dirigimos o Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça juntos eh e isso repito é política pública que a Oria Nacional de Justiça participará e velará com afinco e probidade eu quero desejar a todos e todas aqui Renata eh aos coordenadores sobretudo êxito nesse terceiro evento e que repito nós consigamos muito brevemente fazer deste evento aqui um mero ponto na história triste do passado e comecei aqui falando sobre gci e que homenageio novamente mas homenageio sobretudo eh o desvelo o esmero a competência a
probidade o zelo que vocês mulheres são capazes de nos ensinar eh diariamente diante da personalidade que cada uma de vocês precisa colocar na bancada julgadora também nós não temos que tão somente colocar um número a mais de mulheres nos órgãos de direção desse país Nós temos que colocar mulheres que atuem suas vozes que por suas vozes demonstrem que são iguais e por vezes superiores a nós nós não podemos limitar a uma cota de gên de gênero mas trazer para os órgãos de direção deste país de todos os poderes e entidades públicas e privadas pessoas da
estip por exemplo de Maria Helena de Renata de Leila de nees enfim de elizabe e fica aqui renovadamente Renata a minha gratidão eh eu disse a Renata ontem que talvez nem pudesse comparecer essa abertura do evento já que a minha mulher eh está internada e eu vou sair daqui para para tirar ela em alta e levar para para casa mas tá bem ela está bem ela está bem e que dizer que eu já tive o privilégio de mandar na Renata por um curto espaço de tempo no meio do rio negro na baia do boiçu em
meio uma tempestade em que eu tomei o comando do barco muito [Aplausos] obrigado fala mais linda né Eu acho que a gente já podia encerrar o evento com a fala do ministro Mauro porque o corregedor Nacional de Justiça diz que vai fazer valer todos as nossas regras as nossas resoluções e ele vai mesmo né E conforme ele disse o ministro Mauro ele é conhecedor eu falo isso sempre eu tive o privilégio de andar com ele alguns dias no Rio Negro ele é conhecedor do norte do Brasil as ruas que são Rios no norte do Brasil
para Ele são ruas de asfalto ele conhece tudo ele toma mesmo o barco como um bom timoneiro eu acho que isso representa muito o seu mandato aqui nesse conselho Ministro além de ser meu amigo pessoal Ele é um homem comprometido com a magistratura brasileira comprometido com os nossos princípios Democráticos e comprometido com o respeito às nossas instituições é homem corretíssimo eu acho que dos mais corretos que eu já conheci na minha vida e eu vou ter o privilégio de ser comandado por ele aqui no conselho como o nosso corregedor eh Nacional eh eu queria só
fazer duas referências agradecer muito profundamente a equipe de comunicação daqui que tem me acompanhado nas incursões no Marajó que tem eh retratado todo o trabalho que que nós na nossa pasta temos feito comunicação e toda a equipe de apoio aqui e ao meu gabinete e vou fazê-lo em nome de três pessoas minist eu preciso fazer isso né a Celina coelho que é minha chefe de gabinete que tá aqui sentado do lado da Meg que é a nossa presidente do sindicato e da Associação dos Servidores do do CNJ e da Fabiana Elas têm me acompanhado em
todos os lugares eu sei o sacrifício pessoal e cuidado eh com uma equipe muito diminuta parece que o conselho é gigante mas a gente só tem a gente mesmo né conselheira daane a gente tava falando como a gente precisa de gente para trabalhar e eu tenho contado com a ajuda eh dos nossos juízes né que voluntariamente TM me ajudado a construir todas essas agendas e finalmente agradecer ao ao Ilan que tá aqui sentado que vai ser o nosso Secret já é né o nosso secretário geral da infan e vai trabalhar aí sobre coordenação do nosso
querido Ministro Benedito Meu Amigo pessoal também que vai dar continuidade a esse trabalho belíssimo que o ministro Mauro fez e que eu acho que também Ministro Senor revolucionou né um pouco a infan na agenda feminina que Adriana teve oportunidade lá como coordenadora de implacar inúmeros projetos inúmeros cursos e Isso só aconteceu porque o senhor né avalizou e e e às vezes tomou à frente de tudo isso e foi o grande precursor da mudança paradigmática na magistratura brasileira porque é do ministro Mauro né a concretização do Enan e ele tem aperfeiçoado esse enã ele cuida pessoalmente
das questões da prova ele olha ele propõe eh eh novos temas e eu acho que a parte de direitos humanos Ministro ela vai ser eh muito importante para pro juiz que a gente quer né porque a gente quer a magistratura como ela era antes de vocacionados e não de Empregados por conta do salário inicial porque só o Inicial que é bom né depois quando você tem 30 anos de carreira como eu a gente já pensa se a escolha foi certa mas foi certa eu sou eu sou eh eu exerço sacerdote dó e fazer uma última
referência a gente tem aqui uma representação do Itamarati através da Irene porque foi uma das instituições eh externas ao judiciário que eu entendi que tinham muita vontade de fazer a modificação que a gente tá fazendo aqui dentro do nosso corpo do sistema de justiça e eu me lembro que eu andando nas minhas nas minhas caminhadas aí pelo mundo com a campanha sinal vermelho eu eh conheci uma Embaixadora eh na Suécia quando eu fui visitar a rainha Silvia ela nos recebeu paraa campanha sinal vermelho e a Embaixadora de lá uma mulher interessantíssima inteligente disse olha a
gente tem um movimento interno que tá começando dentro do Itamarati porque o Itamarati é muito machista isso a gente não consegue nem imaginar né E eles precisam fazer uma alteração do estatuto quer dizer criar o estatuto do do grupo deles e aí eles me pediram que eu ajudasse na construção desse estatuto eu não sei se é a lembra disso mas acho que a gente tava na primeira reunião juntas né E aí eu redigi eu mesma né sozinha em casa redigi uma formação e falei vocês não podem contar para ninguém que sou eu que tô fazendo
isso mas eu redigi e eu tenho muito orgulho de ver Irene como eh já houve uma mudança interna houve a designação da primeira secretária geral né que é a a a ministra Maria Laura que tá lá com com o nosso chanceler e vocês não pararam eu tô vendo que internamente vocês estão lá propulsion né a a promoção de mulheres internamente e por que que isso é importante por que que o o Itamarati nos interessa tanto o Itamarati é a nossa Face no mundo né E se ele consegue divulgar se ele consegue ter uma perspectiva própria
de gênero o que o Brasil tá fazendo a gente vai se apresentar ao mundo como um país vanguardista que somos em legislação em políticas públicas para as mulheres embora a gente careça da efetividade então só fazer essa referência e agradecer mais uma vez todos vocês dessa mesa por terem se deslocado eh até aqui pra abertura me honram muito e eu tenho certeza que honram muito a a plateia que tá aqui e aos presidentes de tribunal Ministro Mauro muitos dos que estão aqui alguns estão por suas próprias expensas como a Maria de Fátima que veio porque
queria est aqui com a gente porque é discreta porque se tivesse pedido ajuda ela teria a teria patrocinado a vinda dela porque ela é um ícone pra gente hoje mas muitos dos que estão aqui estão com autorização dos seus tribunais a indicar que os tribunais têm consciência dessa política pública que precisa ser aplicada internamente então dito isso muito obrigada E eu aguardo vocês no painel da tarde e ressalto que o ministro Sebastião acabou de me confirmar a presença dele no painel amanhã às 9 horas então eu espero que todos vocês estejam aqui aqui para prestigiar
nosso Ministro vanguardista também obrigada senhoras e senhores agradecemos os pronunciamentos realizados e nesse instante será realizada a apresentação da música feliz alegre e forte pela cantora Renata dourado e a pianista D mitel da cantores líricos de Brasília [Música] ené um resolução CNJ número 525 de 2023 desafios para efetivação compõe a mesa como presidente a conselheira do Conselho Nacional de Justiça Renata Gil [Aplausos] como painelistas a desembargadora do Tribunal Regional Federal da qua região sal [Aplausos] San a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Adriana Ramos de Melo virtualmente a secretária Geral
do Conselho Nacional de Justiça Adriana Cruz e como debatedora a juíza do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul Mariana iosa para condução dos trabalhos tem a palavra a conselheira Renata Gil então mais uma vez estão me ouvindo mais uma vez eu quero agradecer a presença de todos e eu não vou me demorar porque eu queria saber que no auditório quem não conhece a sal não tenho nada falar vocês n a sal por esse trabalho hercúleo que ela teve Claro que ela foi conduzida pela Ministra Rosa Weber a nossa grande feminista e
que também de uma maneira muito séria e muito respeitosa tratou desse tema aqui no momento em que a adversidade era gigantesca Mas é só para deixar isso nos anais de que eu como conselheira registro que o que nós estamos fazendo aqui hoje é resultado do que você fez ontem dito isso tem a palavra muito obrigada Bom dia a todas e todos é imensa alegria de estar aqui de voltar ao CNJ já faz bastante tempo que saí daqui né dezembro do ano passado então é a primeira vez que volto aqui para um evento como esse e
saber que houve continuidade nós estamos na terceira Edição né desse evento maravilhoso eh o ano passado também nós fizemos no STJ porque havia 400 pessoas inscritas presencialmente né quase 400 300 e tantas pessoas e mais as que nos acompanharam por vídeo então é um eventos que que costuma a cada ano aumenta mais e mais então é uma alegria eu cumprimento todas as pessoas aqui presentes na pessoa da conselheira Renata Gil uma amiga antes de tudo nós nos conhecemos de muito antes dela ser da MB de muito antes de euv de euv aqui pro CNJ nós
temos uma mesma trajetória na área eh do direito criminal e e e trabalhamos juntos aqui em Brasília em outras circunstâncias no ministério da da Justiça na encla eh E então já temos esse conhecimento antigo e eu passei a admirar cada vez mais essa mulher incrível que se tornou a primeira Presidente Presidenta da ambb né Depois de muitos anos de existência da MB e que eh está hoje na Cúpula da administração da Justiça voltada para políticas públicas tão importantes como as que Ela mencionou agora na sua fala Inicial e buscando facilitar o o acesso à justiça
de tantas mulheres nesse país eu agradeço portanto a conselheira Renata pelo convite por estar aqui a oportunidade de participar desta terceira Edição e não posso deixar de fazer um cumprimento especial a todas as magistradas com as quais eu compartilho a bancada que também se tornaram minhas amigas ao longo dessa dessa caminhada e eu começo então pela pela colega Adriana Cruz que que nos acompanha por vídeo Não estou não estou vendo Adriana mas imagino que ela Deva estar no no vídeo e que se tornou a a primeira secretária Geral do CNJ Vejam o CNJ levou 18
anos para ter uma mulher na Secretaria Geral Então isso é um feito inédito também que a gente agrega na caminhada nesse nessa construção coletiva que viamos fazendo desde a edição da da resolução 255 e a desembargadora Adriana Ramos de Melo cuja atuação tem sido incansável na promoção da Equidade de gênero no poder judiciário no Combate à violência contra as mulheres já quando juíza de carreira implementou inúmeras medidas em prol das mulheres que sofriam violência doméstica e no sistema de Justiça fez de tudo para aperfeiçoar eh o acesso dessas mulheres à justiça e agora coordena o
núcleo de gênero da infan esse núcleo que tem contribuído tanto tão maravilhosamente para tudo que nós temos feito para todas as nossas conquistas o DNA desse núcleo está presente acreditem em todas as conquistas que nós tivemos ao longo desses últimos do anos então ela junto com as magistradas que trabalham com ela é um símbolo que nós temos que reverenciar todos os dias quando trabalhamos essa pauta Porque sem o aporte teórico que vem das pesquisas que vem desse trabalho que tá sendo construído lá no núcleo de gênero da infan nós não teríamos avançado da forma como
avançamos e eu estou certa que esse trabalho vai continuar porque é um trabalho fundamental é um trabalho que nos dá segurança quando nós precisamos avançar em qualquer pauta porque nós temos elementos pesquisas empíricas pesquisas acadêmicas que dão esse aporte teórico tão fundamental e ainda a minha querida juíza Mariana yochida que eu lembro como se fosse hoje timidamente me entregando a sua dissertação de mestrado no meu primeiro mês aqui no CNJ veio junto com o núcleo da da infan e e na saída me entregou um encadernado assim com com aquela molinha né e disse olha é
minha dissertação de Mestrado eu trago algumas coisas aqui sobre essa pauta e eu não tinha ideia Renata como eu ia começar a trabalhar a resolução 255 quando ela veio pro meu gabinete por onde nós deveríamos começar e eu peguei a dissertação da Mariana e peguei um avião para Porto Alegre e 2:20 eu li a dissertação inteira marquei ela é hoje Toda marcada ela sabe disso e quando eu cheguei lá eu liguei pra minha assessora disse assim já sei tudo que nós temos que fazer é só pegar a dissertação da Mariana e a gente né tem
que seguir e a dissertação dela foi a base da das primeiras oficinas que nós fizemos aqui no primeiro encontro foi a base das segundas oficinas do segundo encontro e tenho certeza que hoje também ela vai voltar nas nossas discussões nas oficinas que nós vamos realizar aqui ao longo desses dois dias então eu eu não eu sei que eu sou repetitiva porque eu tenho verbalizado isso em todos os eventos em que eu vou mas o meu trabalho não teria sido possível aqui se eu não tivesse contado Com todas essas juízas mas em especial por essa dissertação
riquíssima Ela merece toda a nossa consideração sempre Ela pensou salise ela também ela também é o objeto do meu trabalho só para vocês saberem que a Mariana continua e a primeira coisa que fizeram quando eu Cheguei né no conselho foi foi me foram ao meu gabinete entregar a sua dissertação é isso então ela é a responsável por tudo isso é uma pesquisa referencial que embasou a nossa caminhada tem embasado ela identificou as barreiras que nós sofremos ela propôs soluções e eu tô cobrando dela a publicação do livro que ela vai ter que reescrever todo o
capítulo final Porque tudo que ela dizia que ela queria que acontecesse aconteceu então ela vai ter que reescrever agora é um final feliz exatamente eh eu faço então um cumprimento especial a todas as pessoas que participam desse evento gosto muito de ver os meus colegas aqui também homens que a gente precisa dos homens nessa caminhada existem vários hoje aqui na plateia muito mais do que nós tivemos na edição um e na edição dois Isso é muito bom de ver e e ter a possibilidade de interagir com todos vocês vai ser eh motivo de muita satisfação
ao longo desses dois dias eu não posso deixar aqui de mencionar o grande aprendizado que foi trabalhar com a Ministra Rosa Weber né ela está por trás de tudo isso que aconteceu né ela foi a pessoa que colocou essa pauta eh em primeiro lugar na sua gestão e e fez questão de que tudo isso acontecesse dentro da gestão dela a maioria das coisas que a principalmente a resolução do 525 aconteceu na gestão da Ministra Rosa ela foi uma grande líder e é uma uma fonte de inspiração permanente para todas nós eh embora não seja tão
comentada a resolução 540 que foi hoje aqui mencionada de manhã em seja muitas discussões em Pontos particulares eu vejo hoje ela como uma uma das resoluções mais importantes que nós temos que que nos esforçar para saber como fiscalizar é a mais difícil de fiscalizar eh e também eh a questão da da interseccionalidade com gênero e raça que nós não avançamos o que gostaríamos ao longo desses dois anos Isso é um ponto para mim Eh fundamental então nós temos desafios e perspectivas muitas conquistas alcançadas animadoras mas também um trabalho pela frente de consolidação dessas conquistas porque
o o risco de retrocesso ele é iminente Renata nós já vimos aquele mandado de segurança lá de São Paulo já outros mandados de segurança nós sabíamos já estávamos preparado em sete outros estados aguardando o destino daquele para saber o que iam fazer então a nossa fiscalização ela tem que ser mesmo permanente e o a mobilização tem que ser efetiva de todas as associações e de todas todos os coletivos que hoje eh existem eh trabalhando por essa pauta então pensando em sistematizar os nossos desafios paraa efetivação da resolução 525 eu faria as seguintes considerações dividindo em
três partes primeiro a resolução 525 com seu texto atual depois uma futura ampliação normativa que eu penso que é espaço para isso hoje para nós trabalharmos e outras medidas de mudança de cenário cultural então iniciando pela parte um que é a a efetivação da resolução 525 Deixa eu só ver se já tá aqui da da resolução 525 como ela está atualmente que é acompanhada pelo monitoramento feito aqui no CNJ ao final do ano passado nós encaminhamos um pedido para que o dpj fizesse uma uma aba dentro da da estatística de produtividade mensal que cada tribunal
eh faz e o CNJ acompanha eh voltado para isso e então se desenvolveu se vocês entrarem lá eh na na página do CNJ justiça em números vocês vão abrir essa aba aqui né então o que code tá ali se para quem quiser acompanhar e nós vamos eh entrar naquele ícone que está em laranja dados de pessoal existem então portanto eh dois lados dessa moeda no processo de efetivação um deles o acesso histórico das magistradas e aos tribunais eh que durante anos mantiveram exclusividade de homens e eh o outro é o acompanhamento num Panorama Regional ou
Nacional eh que eh sofreu não sofreu grandes modificações até agora como eu vou mostrar para vocês Porque infelizmente muitos desses ingressos de mulheres corresponderam a aposentadorias de mulheres Então nós não tivemos um incremento eh a ainda eh substancial porque lamentavelmente foram mulheres que se aposentaram eh no painel justiça em números o dpj coordenado lá pela servidora Gabriela Azevedo na direção e coordenação da juíza Ana Lúcia Aguiar com o apoio do penude fez essa aba né de dados de pessoal e eh é um trabalho que facilitou a nossa vida porque nós não precisamos que cada tribunal
responda cada vez que tiver uma promoção automaticamente o tribunal tem que preencher que a promoção que se deu se deu por merecimento se foi lista mista ou lista exclusiva eh se foi eh de quinto ou não e o CNJ com isso consegue fazer o acompanhamento em tempo real do que está acontecendo em cada tribunal eh eu relembro que todos os tribunais precisam alimentar esse banco de dados então e não obstante nós tenhamos aqui um controle do CNJ Nós não sabemos se os tribunais estão alimentando adequadamente Então esse papel é que eu penso que as associações
os coletivos têm que acompanhar sistematicamente olhar cada vez que tiver uma promoção no seu tribunal para ver se o dado foi corretamente preenchido porque isso é é que vai embasar as políticas públicas que vão se seguir aqui dentro do CNJ então entrando na página E clicando ali em dados de pessoal nós vamos para essa página aqui e ali nós temos dados de pessoal do poder judicial temos os dados de magistrados e servidores e lá embaixo Vocês estão vendo a setinha vermelha um um botão para acompanhamento da resolução 525 já deixa um pleito aqui para ter
um botão de acompanhamento da 540 que é tão importante também e que eu já sei que nós temos dados que são possíveis de extrair também desse módulo de produtividade mensal bom clicando nesse botão de acompanhamento da resolução 525 nós vamos então pro painel que nós temos hoje vejam em verde os tribunais que já estão com 40% de mulheres pouquíssimos né a justiça federal Tá longe de acontecer ainda né A minha lamentável o TRT que hoje tem ali cinco tribunais já com mais de 40% em agosto tinha sete então o que que que que aconteceu aposentadoria
de mulheres nesse meio tempo e aí caiu justiças estaduais nós tínhamos cinco no início de agosto mesma coisa agora Só temos três que estão com mais de 40% então é um trabalho que precisa ser acompanhado precisa ser eh enfim analisado por todas nós e ainda longe daquilo que nós gostaríamos já de estar eh eh observando aliz eu posso ir te interrompendo só pra gente ir falando de co factuais certo eh eu tive no Pará agora por exemplo com a com a presidente para falar sobre a a ação para mulheres e meninas no Marajó e o
que ela me reportou foi que o Pará vai cair porque o Pará tinha um acesso um ingresso gigantesco porque os salários os salários eram pequenos no tribunal do Pará então o ingresso no passado de mulheres foi gigantesco mas com as aposentadorias ela estima que a gente vai precisar das listas no tribunal que sempre foi Pioneiro em mulheres é é isso isso é muito impactante gente então vejam por isso que a fiscalização nossa tem que ser permanente eh e nós embora já estamos estejamos assim comemorando essas 12 mulheres que tomaram posse eh nós precisamos de muito
mais né e precisamos trabalhar a lista mista isso que foi colocado aqui é um ponto importante que eu vou voltar a ele mais adiante então de acordo com os dados gerais que nós temos aqui distribuídos por estado nós podemos fazer mapas também disso aqui eh eh eu eu faço algumas considerações então com relação a isso primeiro é o ranking dos tribunais né que nós temos ali a classificação em ordem decrescente por ramo de justiça e e a outra circunstância é é essa de que nós temos muitas mulheres se aposentando na antiguidade e algumas manobras de
alguns tribunais para colocar as mulheres da mais antigas na lista exclusiva né o que elas já iriam em seguida pra lista de pela antiguidade e estão sendo acabando levando essas mulheres mais antigas pra lista exclusiva eh e elas elas vão ficar pouco tempo tem algumas que vão tomar posse e vão ficar menos de um ano né então isso é muito preocupante são manobras né que nós já já estamos detectando esses movimentos em alguns lugares Então isso é é um ponto de atenção que nós temos que ter eh avançando esta aqui é a minha maior preocupação
no momento nós nós vocês sabem que a gente estava trabalhando por por por um patamar de 50% E aí na negociação que que antecedeu a aprovação da resolução o question era se vocês são 40% como é que vocês querem ser 50 nos tribunais então nós acabamos negociando para pro patamar então de 40% que somos na base 40% mínimo nos tribunais só que o que está acontecendo pelos dados do dpj é que nós estamos tendo um decréscimo do ingresso de mulheres na carreira nós nos anos 2000 nós éramos 42,42 E Agora Nós somos 37,50 esse número
está cada vez caindo mais isso exige de nós uma mobilização penso eu junto a escolas junto a universidades né Nós temos que fazer já conversei com a Adriana ela vai abordar a questão das pesquisas um levantamento para saber se essas mulheres elas não estão se inscrevendo no concurso ou se elas estão se inscrevendo e não estão passando né ou o que que está acontecendo com esse decréscimo isso é muito preocupante não adianta a gente tá falando aqui de ter mais mulheres nos tribunais se na base nós estamos perdendo então Eh esse esse é um dado
que nós temos que que trabalhar segundo a Adriana eh a gente né Adriana que tá me ouvindo daí a gente já conversou sobre isso segundo ela as mulheres estão preferindo É uma sensação Nossa estão preferindo outras carreiras em que não haja uma dedicação tão exclusiva e que elas ganhem mais e tenham tempo para cuidar da família Então tá havendo uma falta de de assim perspectiva mesmo dentro da carreira da magistratura e a gente vai ter que fazer um trabalho lá atrás e um trabalho penso eu que devemos avançar eh com relação a a o que
nós podemos fazer pro início da carreira ser mais atrativo né hoje nós temos teletrabalho né então nós sabemos que as mulheres deixam de deixam Como diz a Mariana vão ficando para trás porque elas deixam passar as oportunidades de promoção para cidades que não t hospital que não tem creche que elas elas têm família tem criança pequena então elas não vão né e o que que poderia ser feito de política Renata Esse é um grande desafio lá pro início da carreira né então pra gente não perder tantas juízas assim o terceiro ponto que eu quero destacar
é que no novo painel no justiça em números ainda nós não temos os dados de gênero e raça cruzando né eu eu sei que a a Ana Aguiar está trabalhando nisso né mas é importante que eh que essa que essa implementação seja feita eh é uma evolução penso eu muito muito importante para nós e e eu sei que está sendo desenvolvido um painel a respeito mas é um dado que eu senti essa entrando no painel e fazendo todas as conjugações possíveis essa essa nós ainda não temos eh então nós temos que prosseguir com esse com
esse estudo eh e o monitoramento ele pode ser feito também eh por outras eh relatórios de auditoria que devem ser aproveitados e disseminados CNJ está nesse momento naé Renata fazendo um grande levantamento de auditoria em todos os tribunais Imagino que isso vai render uma publicação isso tem que ser muito trabalhado eu sei que aqui a comunicação social vai se encarregar mas os nossos movimentos os nossos coletivos precisam também se apossar desses dados e trabalhar dentro dos tribunais trabalhar com as mídias locais nos Estados para expor essa situação principalmente em elação a 540 há tribunais que
simplesmente estão se negando a convocar juízas estão continuam convocando só juízes auxiliares eh não não chamam mulheres para eventos jurídicos as mesas de eventos jurídicos continuam sendo somente masculinas eh não há mulheres nas direções de foro não há mulheres nas direções das escolas eh não há nos nas nas cortes eleitorais então isso eu fiquei muito feliz hoje de ouvir a fala do nosso corregedor porque nós precisamos de uma fiscalização efetiva que pode redundar sim em responsabil mização perante o CNJ né esse é o ponto e durante o mês de junho Houve essa notícia boa das
auditorias que estão que estão acontecendo e o que eu mais fiquei eh Encantada de ouvir foi que o ministro Barroso elegeu esse tema para o ano de 2024 da política de incentivo à participação feminina como o primeiro das auditorias que se sucederão ao longo de anos então isso é muito significativo para todos nós é uma reafirmação do que o ministro Barroso eh disse quando tomou posse tanto no Supremo Quanto quanto no CN J que eh essa temática estava entre as as principais da sua base de atuação ao longo desses do anos então Eh nós temos
que fazer circular esses resultados eu apelo então aqui quando essa esses dados vierem a público que os coletivos façam esse trabalho a par do que a comunicação social do CNJ fará Nós também temos que fazer a nossa parte e promover medidas sobre interpretação da Norma né Essa da lista é uma delas né a segunda que tá preocupando muitas juízas ren nata é juíza remanescente da lista exclusiva eh os tribunais muitos tribunais TM essa regra de que quem é remanescente de lista já entra na próxima lista né mas eles agora estão interpretando que se ela é
remanescente da lista exclusiva ela não entra na lista mista mesmo valendo a regra de que de que remanescente de lista tem que entrar então isso é um ponto que talvez eh no futuro nós tenos que providenciar uma consulta a consulta aqui no CNJ vem pro gabinete da conselheira E no momento que ela é solucionada ela tem validade eh congente para todos os tribunais né E talvez a gente tenha que promover nas com as nos nossos coletivos e aqui eu eu acho a importância de nós sermos uma associação eh só de mulheres tá ganhando corpo porque
eu sei que as nossas associações de classe não vão poder Patrocinar esse tipo de demanda já que são interesses contrapostos mas nós precisaríamos ter uma personalidade para poder reclamar isso aqui se a colega não quiser se expor porque a colega pode a colega que vai ser querida ela poderia mover essa consulta nem todas talvez queiram se expor a esse ponto e talvez por isso os coletivos então sejam importantes nesse nesse aspecto eh também na na segunda parte da minha fala eu gostaria de chamar atenção Para uma futura ampliação normativa da 525 nós temos que retomar
o avanço em relação à questão da antiguidade que eu sei que gerou tanta polêmica mas eu sei ainda que talvez a questão do merecimento esteja para ser julgada pelo Supremo não sei exatamente aquele mandado de segurança eh se já está no Supremo Tribunal Federal mas talvez seja o momento de esperar que o Supremo decida e começar uma um trabalho sobre a questão da antiguidade também antiguidade na carreira é uma coisa importante mas as mulheres perderam durante muitos anos a possibilidade de ser antigas porque eram discriminadas direta diretamente tanto que São Paulo só passou a admitir
juízas nos anos 80 e eh Então até o 80 não entravam logo os os mais antigos eram homens e depois que elas entraram elas também perderam a antiguidade por essas questões pessoais de não se promoverem logo em seguida para qualquer comarca eh Então nós não temos realmente juízas muito mais antigas do que homens a maioria dos tribunais Mas precisamos retomar essa discussão de ter uma antiguidade masculina uma antiguidade feminina o parecer do Professor Sarmento é claro que isso é possível que isso é constitucional vocês sabem que o que aconteceu aqui no momento da aprovação da
resolução foi uma composição para nós podermos avançar um pouco mas nós precisar amos retomar essa discussão também o que eu já mencionei anteriormente desenvolver uma política semelhante na promoção de juízos de primeiro grau né isso tem sido uma demanda que chegou né o ano passado mas não era o momento da gente tratar Mas uma vez consolidada a questão do acesso aos tribunais nós temos que efetivamente pensar no primeiro grau e é claro trabalhar por mais mulheres nos tribunais superiores né Essa é uma outra questão os tribunais superiores também precisam aderir eles estão o o STJ
o o TST eles estão estão sujeitos ao CNJ e nós não fizemos o ano passado também por uma questão negociada aqui mas esse é uma pauta que nós temos que voltar né então o o STJ e o TRT o ST o TST e o stm tem que fazer também a sua parte e eh compor listas com mulheres né Eh enfim nós temos que trabalhar eh as gestantes que deixam de receber gratificação de acúmulo eu sei que a Renata tem preocupado com esse assunto né Renata eh onde eu tenho andado é uma gritaria a respeito disso
as mulheres que poderiam estar tirando já licença gestante ali no início precisariam tirar licença antes do parto não estão tirando estão ficando no teletrabalho porque não querem perder a gratificação e o pior de tudo é que eu ouvi que em alguns estados o homem entra na na licença paternidade e não perde e as mulheres que entram na licença gestante perdem então é uma distorção que não tem mento né muita coisa para pesquisar sim tem que pesquisar tem que pesquisar isso nós temos que enfrentar por a licença gestante é um direito da criança a constituição assegura
Então não é que a mulher queira ou não ela não pode ser penalizada porque ela está na licença gestante perdendo financeiramente né o os seus vencimentos Então esse é um ponto que tem me preocupado muito Eu acho que cabe uma sugestão de alteração normativa para manutenção da da gratificação Eu acho que já tem até um processo Renata por aí tem um processo que tá na pauta de terça-feira eu não posso dar spoiler do processo Mas eu posso dizer a decisão que eu dei eh recentemente duas decisões eh propostas pela anatra e pela MB aqui com
relação à justiça do trabalho uma contra o conselho da justiça do trabalho né que quase colocaram a minha cabeça na bandeja mas a gente aqui no conselho tem atribuição para rever inclusive as decisões do Conselho da Justiça Federal e do Conselho da Justiça do Trabalho e a outra contra o trf6 que caçavam a gratificação em determinadas circunstâncias e são e e eu dei as liminares para consolidar as gratificações nos casos propostos não eram relativos à pauta feminina mas eram com o mesmo fundamento da pauta feminina então vocês já sabem mais ou menos por onde nós
vamos nos nos nos encaminhar todo mundo ligado terça-feira então né porque teremos novidades e acho que a gente tem que ver bem assim eh o impacto que isso tá que isso causa né pr pra maioria das colegas eu fui procurada por em todos os eventos que eu vou tem Mag gestante e todas elas vêm me procurar para dizer olha não pode isso é um absurdo como é que eu vou perder dinheiro justo nesse momento você sabe salise eu acho que as pessoas não compreenderam ainda o que que é política afirmativa acho que não também essa
é a grande questão a gente vai precisar eu acho que nessa decisão a nossa querida Candice aqui que foi conselheira e a Candice também enfrentou um período muito mais difícil que o nosso né nossa dificílimo antes de sal antes de todo mundo eu eu eu percebo assim que a gente antes de discutir o tema em si a gente precisa explicar pras pessoas o que o Supremo tem tem decidido se isso parar no Supremo vai vai ser a mesma decisão a gente não compreende mesmo dentro dessa casa né O que que é política afirmativa e por
isso que os tribunais resistem em aplicar tudo isso a gente precisa demover algumas situações em prol é a mesma coisa da perspectiva de gênero né perspectiva de gênero é você colocar a palavra da mulher num num patamar superior por quê Porque a gente não consegue julgar com Equidade porque dentro e e a a questão da ação afirmativa é porque a gente não consegue Equidade na ascensão feminina no nos tribunais a outra questão é das lactantes né que estão submetidas por incrível que pareça a mesma exigência que todas as demais pessoas os demais juízes e juízas
eh com relação a a cursos que tem que fazer paraa promoção isso não não é não é razoável porque vocês sabem que uma mulher amamentando ela sai mais cedo do trabalho ela tem um horário diferenciado como é que ela vai fazer curso ainda como bebê amamentando e e ela vai deixar de ter a pontuação para para se promover para cuidar da criança então é é uma escolha realmente impossível então Eh eu sei que já havia uma proposta para alteração da 106 Renata aqui estava no gabinete de algum Conselheiro que cuidava da gestão de pessoas eu
não sei eh Onde foi parar mas que era para exclu e o período da lactação do lapso temporal considerado para fins de de capacitação e futura promoção então nós temos que acho que localizar esse expediente no CNJ falar com Conselheiro a conselheira que tiver com a responsável pela política de gestão de pessoas e fazer que isso vá adiante porque isso vai resolver mu a vida de muitas colegas eu tava pensando aqui será que isso não pode sair pela própria infa porque a infan é responsável por todo o aperfeiçoamento se a infan baixa um ato Inter
axa um ato normativo viu Ilan Vamos estudar isso sem precisar de provocar né alteração depois a gente altera aqui mas eu acho que seria um gesto muito bacana para todas as escolas do país Se a gente pudesse considerar é uma alternativa também então eu eu acho que resolvendo para PR pras colegas que que estão nessa situação é o que importa uma na na minha última parte então eu gostaria de falar dessa dessa proposta de mudança cultural que eu vejo né hoje no judiciário que é a e implantação da 540 nos tribunais eh essa resolução ela
tem aptidão na minha visão para dar visibilidade PR as mulheres eu não vou dar spoiler porque a Adriana vai falar sobre as pesquisas que elas estão conduzindo Mas é certo que uma mulher quando ocupa uma função de auxílio ela consegue mostrar o seu trabalho ela consegue ser conhecida e se ela não tem essa possibilidade sempre vai ser um homem lembrado para qualquer promoção para qualquer grupo de trabalho então nós temos que fazer essa 540 valer de qualquer jeito eh Então hoje na na na na aba que nós temos ali no na na naquele painel que
eu mostrei para vocês nós não estamos acompanhando a 540 eu então já andei conversando com a é eu eu acho que a gente tem que ter o botãozinho da 540 porque dali Renata hoje do painel justiça em números é possível pelo menos extrair alguns Dados importantes juízes e juízas auxiliares de Presidência vice-presidência e corregedoria isso já tá lá isso tem como acontecer e diretores de foro também porque o diretor do fum na justiça federal ele tem um orçamento gigantesco ele é responsável por um estado inteiro né então o critério da resolução é alternância se se
agora é um homem na próxima é uma mulher então nós temos que fazer esse acompanhamento também por ali a gente já conseguiria fazer eh eu penso que nós temos que trabalhar junto a infan também para eh exigir a paridade na nos eventos jurídicos que são cadastrados junto a infan porque a infan aprova esses programas de curso Então a paridade tem que estar presente em Tod todos os eventos hoje e então se a infan pudesse fazer o controle da 540 com relação pelo menos aos cursos que são cadastrados lá já seria um grande avanço Nós ficaríamos
só com a questão de fiscalizar os cursos internos dos tribunais que não vão para cadastro na na infan e isso poderia ser feito dentro de correição de de fiscalizações outras mas já seria um grande contingente de de controle que nós teríamos eh eu eu penso então que o painel novo painel do justiça em números poderia trazer um botão de acompanhamento com esses dados e por ser a resolução mais difícil de fiscalizar eu eu penso que os coletivos cumprem aqui um papel essencial Porque nós não temos outra forma de de de fiscalizar 90 tribunais no país
para cada evento jurídico que saí saber se se a mesa foi exclusivamente masculina ou não E hoje o corregedor já disse aqui que ele tá disponível para fazer né esse essa fiscalização Mas ele tem que saber que essas coisas acontecem então nós temos que trabalhar num fluxo para isso e concluindo eu gostaria de dizer que a força dos coletivos é o grande legado desse movimento que começou lá quando a resolução foi primeiramente aprovada na gestão da ministra Carmen até os avanços que nós tivemos nos últimos do anos aqui estão alguns dos coletivos já oficializados né
que estão nos ajudando efetivamente a fiscalizar essas essas eh pautas e eu penso que esses coletivos eles têm que se expandir em todos os estados alguns coletivos estão fazendo integração de juízes de juízas de todas as OS do de Justiça daquele estado são estados pequenos é o caso do Maranhão eh o São Paulo eu acho que também tem juízas né além da justiça estadual Tem Federal tem do trabalho eh nós temos que agregar cada vez mais eh mulheres para esse movimento eu não tenho dúvida de que as ações afirmativas Elas têm que ser estendidas a
todas as carreiras de estado eu tenho sido chamada para muito evento do Ministério Público da Defensoria Pública da advocacia privada né haverá um da advogacia privada agora daqui umas semanas aqui em Brasília um escritório que está se izando para isso e então nós temos que que agregar essas mulheres Porque quanto mais mulheres nós tivermos participando desse movimento e em todas as outras carreiras isso vai dando um ar de normalidade que é o que nós queremos atingir né num futuro muito próximo e não queremos ser uma exceção e comemorar cada posse de uma desembargadora mas nós
precisamos também ter mulheres impostos Chaves do Ministério Público da Defensoria da advocacia e eu vejo então como fundamental o trabalho com outras instituições e aqui faço um um cumprimento carinhoso a querida Irene que foi uma guerreira na à frente da Associação das das diplomatas e e precursora né ela ela sofreu tanto quanto nós todas aqui que passamos pelo pelo por esse por esse caminho eh sofremos né Eh com muitas críticas com pessoas eu tenho colegas vocês sabem que deixaram de me cumprimentar né No ano passado né Eu acho que a minha vida não não não
sofri mais por isso mas assim eu acho triste acho lamentável esse tipo de situação eh e e e todas as pessoas que trabalham por por movimentos eh na pauta de direitos humanos sabem que isso é uma constante Então a gente tem conviver lamentavelmente com essas situações mas nós temos que ampliar o nosso escopo para trabalhar também com a iniciativa privada com outras associações e quanto mais mulheres nós pudermos promover nos espaços de poder tanto melhor melhor será também para o nosso movimento e concluindo eu gostaria de dizer que apesar das dificuldades que nós Ainda temos
pela frente eu eu sou uma otimista eu vejo que eu consigo ver naquela exposição de fotografias lá o que nós avançamos Eu me emocionei hoje vendo a exposição porque lembrei de cada momento de cada situação que está lá retratada e a gente tem que valorizar o caminho percorrido e e com esse com essa perspectiva eu renovo meus agradecimentos pelo convite Renata e a oportunidade de conviver com tantas mulheres aguerridas aqui eh que fazem parte dessa plateia de hoje muito obrigada excelente na verdade não é um convite né Essa Casa É Sua o trabalho é nosso
coletivo e a gente vai estar sempre junto daí paraa frente acho muito importante pontuar essa questão dos movimentos espontâneos né porque nós aqui a gente trabalha com os movimentos forçados A gente obriga os tribunais a gente fiscaliza mas eu me alimento eu bebo da Fonte dos movimentos espontâneos então vocês que já estão atuando nesses grupos todos que Eu mencionei na minha fala que a salise mencionou aqui né é importante que vocês estejam em reuniões permanentes conosco e nos trazendo o que vocês estão pensando eu sei que as oficinas hoje vão ser um pouco o espelho
de tudo isso mas ideias surgem no meio do caminho e as dificuldades também então quando vocês notarem é muito importante quando vocês notarem alguma burla que esteja acontecendo não precisa denunciar com o seu nome Eu não eu nunca entrego ninguém mas a gente também tem a ouvidoria aí quem quiser usar a ouvidoria é importante que a gente tenha ciência porque eu mesma vou buscar tudo isso e os eventos também quando tiver mesa só masculina né a Adriana tava falando aqui que foi num evento recentemente que a mesa era toda masculina tinham mulheres no mesmo status
sentadas eh na plateia então não tem sentido mais isso a gente precisa fazer essa integração ela precisa ser pública eh eu eu vou pedir só que a gente tenha cumprimento exato dos horários por conta do almoço né a gente não pode competir com a fome de ninguém eu vou passar a palavra agora é Adriana ou é a a Mariana vocês querem podem decidir porque eu sou democrática não sei se AD Adriana vai falar também daí Adriana tá me ouvindo Talvez seja melhor a gente ouvir Adriana logo para liberá-la porque ela tá Adriana enquanto el eu
tô aqui então pode falar a palavra é sua Adriana eh só para fazer uma introdução vocês devem todos conhecer ela é juíza Federal é a nossa secretária geral aqui a primeira mulher a ocupar a Secretaria Geral do CNJ e a gente tem atuado eu e Adriana Ela poderia estar sentada na minha cadeira de conselheira também a gente tem atuado muito conjuntamente com toda essa agenda e é muito difícil ter isso tudo concentrado então Adriana tá numa frente eu tô em outra mas o trabalho aqui é todo dividido você tem a palavra Adriana boa boa tarde
já vocês me vem vemos e ouvimos gente é uma alegria assim mais uma vez eh saudar Mariana Adriana Melo minha minha contraparte na justiça estadual né são as adrianas do Rio de Janeiro e a conselheira Renata mais uma vez que vem fazendo esse trabalho tão importante tão relevante eh eu queria muito saudar também a a ideia né Desse do evento desse ano de também reverenciar o que vem sendo construído ao longo dos anos né né porque é muito importante eu fiquei muito tocada pela fala da ministra malma quando ela disse que ela é uma juíza
do século passado eu também sou uma juíza do século passado eu tomei posse em 1999 e e lógico que todas Nós só estamos aqui porque muita gente eh já apain o caminho e já tirou algumas pedras nós avançamos muito então na primeira parte da minha fala eu queria um pouco eh Celebrar as nossas conquistas porque são os nossos eventos geralmente são eventos de Dores né Eh de como a gente busca eh superar determinadas situações como a ministra pontuou ela disse ah 1981 um evento como esse seria impossível iria mais perto no tempo eu acho que
há 10 15 anos um evento como esse seria impensável e as e há menos de 2 anos seria inimaginável Que nós tivéssemos tanto a resolução eh da da paridade entre aspas né dos 40% no segundo grau como também a resolução de participação feminina nos cargos administrativos isso seria impensado E aí eu gostaria de fazer só um um breve retrospecto da importância do Conselho nessa caminhada porque eh tudo começou quando a gente perdão da expressão coloquial colocou o Bod no meio da sala e esse Bod foi pro meio da sala a partir do momento em que
o conselho produziu dados oficiais que materializaram tornaram eh indiscutível aquilo que a percepção dos olhos demonstrava que nós não temos mulheres suficientes no na justiça brasileira e que nós não temos pessoas negras indígenas e com deficiência também eh eh em número suficiente nos nossos espaços que o nosso poder judiciário tá muito distante de ter a cara do Brasil e é isso que nós queremos né nós sabemos que o poder judiciário ele não tem uma dimensão representativa como Parlamento quando a gente fala de representação a gente tá falando de representação no outro plano é bem importante
que a gente não confunda mas o fato é que o judiciário brasileiro ainda não tem a cara do Brasil e isso gera também a produção de decisões que nem sempre estejam eh aderentes às necessidades da população então não só a gente olhar para essa participação como f em se mesmo quer dizer a a diversidade ela é um valor em si mesmo mas ela não pode ser um fim em senteo então a gente não senta nas cadeiras para estar para enfeitar a gente precisa ter uma presença crítica uma presença atuante Eu acho que todas as mulheres
e todos os homens que estão nesse auditório hoje que acompanham virtualmente assumiram esse compromisso e o compromisso de estabelecer o desassossego nas nossas instituições né Nós temos eh nós somos juízes nós queremos buscar nós queremos em alguma medida o papel do direito é é também preservar o status qu mas é promover mudanças quando o status estabelecido está eh associado a uma a um a a uma a um aprofundamento de injustiças e a desigualdade de gênero a desigualdade de raça né a cultura do capacitismo no poder judiciário ela precisa ser confrontada e o direito eh nos
diz isso né a nossa Constituição diz isso juridicamente nós temos um compromisso de cumprir as a constituição e as leis do país e a Constituição do país diz com todas as letras que nós precisamos promover uma sociedade livre de qualquer toda forma de discriminação igual para todos então o trabalho que é desenvolvido pelo conselho tão aguerrido conduzido pelas conselheiras que precederam a Doutora Renata e que agora é tão bem conduzido pela conselheira Renata é um é um trabalho que busca implementar o texto constitucional isso é algo que é muito importante a gente afirmar e reafirmar
a todo momento eh temos obviamente em razão disso né o desafio de vencer uma cultura da inércia né E para mudanças e uma cultura que mais do que a a inércia para mudanças o imobilismo para mudanças uma uma instituição que resiste a mudanças né Eu gosto de usar muito a imagem do do navio quando a gente imprime uma energia para mudar o curso de um Transatlântico ele não muda de curso de uma hora para outra então Eh essa energia ela precisa ser constante para que a gente coloque ele no rumo que a gente quer e
eu acho que é isso que todo mundo tem feito eh com muita dedicação né com essa vigilância constante que tanto a conselheira Renata como a desembargadora salise pontuaram eh nós temos aqui o desafio de E aí eu passo já paraa segunda parte eh da minha fala eh dos desafio após Celebrar né todas essas conquistas eh a produção desses dados lembrar que e e é uma gratidão que eu tenho a a juf mulheres no seu nascedouro quando lá atrás no primeiro senso do Poder Judiciário eh se trouxe os dados das mulheres eh eh das mulheres na
magistratura e a juf provocou o conselho a incluir no seu relatório os dados de mulheres negras o dado existia e ele não constou do relatório e como a gente sabe o que não tá nos autos não tá no mundo não é dito como importante e a partir dessa provocação de um ofício né de uma de uma atenção que que as colegas tiveram a gente teve essa produção de dados que tem trazido tantos avanços para todos nós eh já me encaminhando aqui tô aqui atenta ao tempo falar um pouco eh de uma dimensão do nosso desafio
que talvez seja um pouco incômoda mas eu acho que esse é o espaço pra gente tratar né Eh primeiro nós sabemos que as os estereótipos eh carimbam na mulher que quer ser promovida que quer avançar na carreira eh a pea de oportunista a pea de carreirista e eu não vou ensinar Padre nosso Av Vigário todas nós vivemos isso em alguma medida em algum plano e aquelas que ainda não viveram lamento dizer porque não estão prestando atenção e não vendo o que L está o que lhes está sendo dito Então eu acho que é precisa um
fortalecimento subjetivo e eu reforço a ideia eh O que salise disse né que a gente beba naqu na na naquela naquelas coletividades que primeiro provocaram eh esse essas mudanças no judiciário como a Juv mulheres a mulheres ambb né então que a gente que a gente beba nessa nessa história Aprenda com quem veio antes como é importante que nós nos fortaleçam subjetivamente porque como eu disse no evento do ano passado sozinha nós somos alvo e coletivamente nós somos força e a gente precisa eh crescer no fortalecimento subjetivo Para quê Para que as colegas se inscrevam nas
promoções nas nas listas mistas nas listas exclusivas que elas concorram que elas estejam lá que elas não eh E é difícil dizer isso mas que a gente enfrente a dificuldade inclusive da rejeição que não é fácil mas nós precisamos estar lá para que não haja a desculpa de que nós não nos apresentamos né E para isso eu faço até um convite porque é uma forma de fortalecimento subjetivo que todas as mulheres aptas a promoção se inscrevam em todas as pistas essa é uma atuação política política no de política institucional de fortalecimento de uma ação oficial
do Poder Judiciário que estabeleceu uma ação afirmativa para que essas vagas sejam preenchidas Então para que a gente se apresente e que na coletividade nós sejamos protegidas que todas as aptas se inscrevam ainda que saibam que obviamente a gente sabe que tem as dinâmicas dos tribunais aquela não seja entre aspas a sua vez eu acho que essa é uma ação de fortalecimento coletivo e que preserva aquelas que realmente estão ali eh mais digamos assim na dinâmica dos tribunais aptas a serem votadas e serem promovidas e que também nós criemos né e eu acho que a
gente precisa passar para esse passo eh espaços de fortalecimento subjetivo constante né da mesma maneira que a gente tem para a a a a o enfrentamento das violências né as rodas de conversa que a gente construa ess esses espaços dentro da dos nossos tribunais eh mas não no enfrentamento apenas na negação da violência mas na afirmação das nossas potencialidades para que a gente divida as nossas nossas dores para que a gente celebre as nossas alegrias em conjunto e para que seja um espaço realmente de troca e fortalecimento Então eu acho que o grande desafio do
Poder Judiciário hoje além de obviamente estar eh atento a as conquistas que foram feitas e a preservação dessas conquistas e a vigilância constante aos avanços que foram que são necessários e que foram sinalizados pela salise mas o nosso grande desafio e talvez a grande inovação tecnológica né no fash laab seja a gente fortalecer a subjetividade das mulheres das mulheres negras das pessoas negras que estão em espaços sofrendo violência política dentro da nossa instituição como que nós vamos enfrentar vamos agora passar para um período eleitoral as colegas que são juízas estaduais Os Federais que estão nos
tribunais regionais eleitorais como que nós vamos enfrentar a violência política que vai se apresentar e que está apresentando no âmbito da das disputas legislativas se nós produzimos violência política dentro da nossa casa né então é preciso que a gente olhe pro fortalecimento eh subjetivo para que a gente enfrente a Todas aquelas que tão fervorosamente com a resolução 55 540 a ministra Rosa salise né eu eu eu disse outro dia e reitero eu acho que a gente precisa convocar a Literatura e convocar as mulheres da academia de fora do Judiciário para que contem essa história porque
essa é uma história muito bonita de muita luta de muito sofrimento de muita violência eh e que precisa ficar registrada para gerações vindouras porque eh a conquista desses depende da nossa vigilância e da nossa consciência constante muito obrigada pelo tempo de fala Obrigada conselheira pelo convite eu reitero aqui a minha [Aplausos] disponibilidade Obrigada Adriana eu queria dizer que o seu trabalho é muito relevante para nós a condução de tudo isso aqui e o seu entusiasmo nos inspira então que sigamos juntos com as orientações que você acabou de dar tever de casa para todo mundo aqui
eh dizer antes de passar a palavra rapidamente eu vou diminuir o tempo de fala de vocês Pode pode mas vocês que vão decidir é só por causa do nosso horário mas dizer rapidamente que a gente tá com uma lista aberta para 100 magistrados eh atuarem em questões criminais no STJ e eu acabei de ter a ideia de mandar pro Ministro Herman que é um querido que eu tenho certeza que vai ficar sensível à nossa questão que dentro da resolução 525 já há uma orientação para que a atuação inclusive em tribunais superiores seja paritária então eu
já vou mandar um ofício da minha pasta mesmo para ele para que a gente já tenha o primeiro Acabei de de me lembrar disso e me lembrar também que nas substituições e eu sei que São Paulo vai ter uma substituição agora né foram convocados juízes substitutos Acho que são quase 200 isso é quase uma magistratura inteira quer dizer é mais que uma magistratura inteira eh é de um estado que a gente também com base nesse mesmo dispositivo é peça a observância dessa dessa paridade então tem muita coisa pra gente fazer vocês estão falando eu tô
pensando aqui o que mais podemos fazer agora vou passar a palavra então Adriana você quer falar primeiro então Adriana A Nossa Adriana que constituiu eu não vou falar de novo isso porque eu vivo falando repetindo Adriana é a grande precursora do nosso letramento né em gênero na magistratura brasileira e vocês vejam que por causa dela a gente tem uma Mariana né E oxida a gente tem uma Marcela Lobo que tá aqui e tantas outras amigas queridas uma Mariana que tá lá atrás são mulheres que estão estudando tudo isso no Brasil e no mundo e estão
produzindo esse material que é a base que é a fundamentação a gente nada que é empírico tudo tudo isso tem uma fundamentação baseada em pesquisa né em números que a gente produz e em construções doutrinárias avaliando todo o cenário inclusive internacional dos tratados internacionais que o Brasil subscreveu e a gente insiste em que não subscreveu tanto que um dos temas das nossas oficinas será exatamente a a a interpretação internacional eh desses tratados então Adriana o Brasil né o sistema de Justiça tem uma uma gratidão muito grande ao ao seu trabalho precursor e e ao seu
legado né porque não foi só o trabalho Adriana já deixou um legado para todos nós e ela atua hoje numa câmara eu preciso fazer esse porque muita gente não sabe vi Adriana na infama mas não sabe que ela atua numa câmara de de direito público lá no no Rio a gente não tem direito público né mas ela pega algumas questões como é que é o nome da sua câmara é é Câmara de direito público é é de direito público então é de direito Ah é recente alteração olha ver is significa que eu tô afast afastada
do meu tribunal né mas também não saberia porque eu vivo na área criminal eh de verdade Adriana ela tem julgado casos importantes como a questão da violência obstétrica e ela às vezes me reporta como ela tem que fazer um trabalho assim de base com os pares dela para para que ela não não não seja encarada como uma ativista dentro da atuação jurisdicional dela mas mostrando que já existe lei que já existe toda uma conformação já jurisprudencial e doutrinária embora ela invente outras coisas mas ela tem feito isso e tem já esse trabalho já tem resultado
inclusive em em documentos e a gente tem aqui Um Manual da violência obstétrica que é emerge a escola da magistratura do Rio Aliás a gente tem colado que vocês tiverem aí de material eu não tenho nenhuma vergonha de dizer que o Conselho Nacional se o material já foi feito com todo o carinho foi e produzido por vocês a gente tem copiado a gente coloca lá o CNJ para dar mais força a a divulgação desse trabalho mas eu tenho colado muitos manuais que a emerge tem feito lgbtq a mais agora a gente vai fazer no dia
17 eu vou entregar o próprio manual que foi feito e o da Adriana da violência obstétrica é um Primor vale a pena que ela tem poucas Pou poucos exemplares Mas ela já tem digital depois eu vou pedir até pro pro nosso conselho aqui pegar os telefones de vocês que eu vou criar uma lista de transmissão para eu enviar para vocês todos esses materiais oficialmente né quando vi daqui vocês sabem que isso já tá lido relido e eh republicado para vocês receberem e também nos mandarem né aí por outros canais talvez pelo e-mail institucional o feedback
do que vocês estiverem lendo até com os aperfeiçoamentos que são sempre necessários sal acabou de falar aqui quantas quantos aperfeiçoamentos a gente vai ter que fazer na nossa resolução né 525 e as tantas outras A 106 que é a nossa base de de promoção tá bom dito isso é Adriana tens a palavra obrigada querida conselheira Renata Gil pelas palavras sempre muito carinhosas eu sei direcionadas a mim eu fico com orgulho danado da Renata C do nosso Tribunal de Justiça do Rio vem desenvolvendo um trabalho no campo desenvolveu no campo associativo e agora no âmbito do
CNJ com muita liderança né com com muita força e a Renata é assim mesmo por onde ela anda ela é desbravadora né eice também aproveitando para cumprimentar todo o movimento associativo na pessoa da querida eice minha presidenta de de associação e você fala de mim mas eu não consigo acompanhar eice é a agenda da nossos grupos internos estaduais a eice está em todo o estado batalhando levando a pauta da magistratura então cumprimento todas as engajadas no movimento associativo na pessoa da eonice e cumprimento também a querida salise aqui Renata e a salise por serem duas
conselheiras que realmente abriram aqui Claro muitas outras eu a Ivana teve que se ausentar rápidamente mas foi uma precursora também me lembro tanto de daice eu trabalhei muito diretamente com a daldice na época em que ela era conselheira aqui no CNJ na nossa pauta da violência contra a mulher que era uma pauta que a gente andou o Brasil inteiro e eu vejo como as conselheiras mulheres que é o motivo da minha fala aqui falar da infan e da nossa pesquisa do nosso núcleo de pesquisa mas eu gostaria que toda a nossa pauta eh também levada
no âmbito do núcleo de pesquisa em gênero eh direitos humanos e acesso à justiça sempre tem à frente aqui as conselheiras dando voz e não é só a voz dando o espaço para que essas pesquisas se tornem efetivas porque não adianta uma pesquisa só na prateleira a gente precisa que essas pesquisas tenham efetividade e a conselheira salise e outras tantas que se que antecederam a conselheira Tânia que também uma querida vem desbravando a conselheira Candice que eu não não conhecia mas já conheço pelas pesquisas que tá aqui também cumprimento eh a sua participação e Mariana
e Adriana Cruz que Adriana sim ela falou Ela é do Rio também é Nossa colega da Justiça Federal do Rio e Adriana onde a gente tá junto acho que as pessoas até saem correndo agora não que Adriana é secretária geral para nosso orgulho mas lá no Rio chegavam as duas adrianas o negócio e já sei o que que vem vem alguma coisa para nós seja no Tribunal Federal seja no no tribunal estadual e Adriana aqui na secretaria um orgulho para nós todas mulheres e sobretudo pra pauta das da questão racial ter uma secretária mulher e
negra eh é tudo que a gente eh queria também e fazendo uma saudação também a Mariana que tá aqui na mesa por ser a vice-líder do nosso núcleo de pesquisa em gênero eu queria cumprimentar O Ilan que é o nosso secretário da infan e o ministro Benedito que assumiu recentemente que eu já sei que essa pauta com ele na infan com certeza também frutificará em muito né E o nosso Ministro Mauro Camp que antecedeu na infan a gente já trazia para ele todas essas demandas todas essas questões e eu vou dizer para vocês ter um
núcleo de gênero direitos humanos e acesso à justiça no âmbito de um mestrado profissional de uma escola federal de governo é tudo quem trabalha com a academia quem fez mestrado doutorado ou mesmo quem não fez você poder eh fazer pesquisas eh que vão transformar a realidade das mulheres no judiciário gente eu acho assim o suprassumo e eu agradeço Ilan você tá aqui eu poucos homens aqui na plateia mas registro aqui a sua participação porque você desde o início que eu conversei e sobre o núcleo de gênero você ficou Encantado você falou Adriana cria um grupo
comigo pelo amor de Deus Eu também fiz mestrado na área de mudanças climáticas eu quero contribuir e a infan tem esse papel não Tô elogiando aqui à toa por o núcleo da infan eu fiz uma apresentação grande mas não vou fazer não sei se pode passar por gentileza a apresentação é porque não tá no Ah tá eu ia falar a a a Renata comentou a salise também comentou eu acho super importante a gente falar de um um tema que é a nossa plataforma de Pequim que eu não sei se eu vou conseguir voltar aqui para
o início você pode voltar aí de baixo Ah tá que eu já tô lá no final da apresentação tô com tanto acho que eu tô vendo todo mundo com fome Tô correndo que nem uma desesperada aqui isso mesmo mas eu vamos lá vamos lá deixa eu falar aqui eh a gente não pode deixar de falar rapidamente ainda que ampassã mas depois a gente se aprofunda melhor que são os tratados e As convenções que embasam Inclusive a resolução 525 isso não saiu do nada isso saiu de uma luta de mulheres no campo do direito internacional E
aí eu vejo a nossa querida eh eh Irene aqui como o Brasil participa ativamente sempre participou desde a década de 70 que tem o Ano Internacional da mulher que foi em 75 e todas as lutas sempre teve o ministério das relações exteriores com grandes mulheres teóricas pesquisadoras participando dessas discussões e como o Brasil avançou na pauta internacional eh com essa abertura digamos assim e não é fácil trabalhar sobre isso em qualquer lugar do mundo mas as mulheres se uniram e conseguiram a nossa convenção mãe que é a sedó que é a convenção para eliminação eu
sei que tem gente que já cansou de vi aqui mas eu sempre reforço nos meus cursos Logo no início das minhas aulas a importância da leitura dessa que é a Carta Magna Nossa então a gente não pode ler a Lei Maria da Penha sem ter por Óbvio o cotejo com essas convenções e tratados internacionais que nos fazem estar aqui inclusive né então é importante eu queria trazer isso que isso não nasceu do nada isso tem né Por Óbvio eh e tem uma uma a plataforma de Pequim que eu vou eu vou propor aqui amanhã no
no na nossa oficina que é uma plataforma super relevante onde fala das mulheres em 12 eixos e tem um eixo específico que é o eixo das mulheres nos espaços de poder que é o que a gente tá tratando aqui o núcleo de pesquisa em gênero direitos humanos e acesso à justiça da infan ele vem participando eh a salise eh Logo no início da gestão dela nos recebeu Nós já estávamos com uma pesquisa avançando bastante que era da participação feminina no conselho CNJ aqui no nosso conselho e tudo que né implica a participação da mulher nesse
órgão de cula que ele não é só correicional como a nossa ministra do TST malm bem colocou aqui ele também pensa e estrutura políticas públicas judiciárias por isso que nós estamos aqui porque a resolução 255 e a 525 São políticas afirmativas e a gente nessa pesquisa que a gente fez sobretudo Logo no início a gente percebia que quando tinha mulheres no CNJ compondo esses espaços grandes resoluções foram ã aprovadas Ou seja quando a mulher levanta essa pauta eh com argumentos e com pesquisas e com dados fica muito difícil essa resolução digamos não passar porque ela
vem com muita justificação E aí o nosso núcleo de pesquisa a gente tá com várias colegas aqui eu vou pedir aí as meninas que são as pesquisadoras da infan para levantar um pouquinho porque isso não sou sozinha Quem que tá da infan aí Rafaela Marcela el são tímidas Lívia levantem aí Kina que tá lá Keila monque a gente tem colegas de todo o Brasil a gente tem do Acre Pará que não está aqui a nossa Miriam vai participar das das eh também das oficinas virtuais a Bárbara de Minas Rafa Marcela do Maranhão são colegas de
todo o Brasil portanto são alunas do mestrado profissional da infan que eu faço uma propaganda da NAD Lan quem puder eh se matriculem fiquem de olho nas vagas né Carina o mestrado profissional Ele criou esse núcleo de gênero é um núcleo para criar e pensar pesquisas sobre nós nada contra a academia fazer pesquisas e a gente precisa muito das faculdades a gente tá AG muito a gente tem duas pesquisadoras colaboradoras também de Universidade mas a gente é importante que nós juízas também eh tenhamos a pesquisa e que a gente possa avançar então o núcleo ele
tem três eixos eh a a eu já falei isso com a Renata Renata já tá eh sabendo disso mas nós temos três eixos A política de igualdade no sistema de Justiça as políticas de igualdade a gente pensa em todas as áreas da Justiça inclusive nos tribunais superiores que será a nossa pesquisa em seguida então a gente tá pesquisando o CNJ a Mariana a pesquisa dela é a Segunda instância a pesquisa dela é realmente uma leitura que eu eu obrigatória Talvez isso possa ir eh E essas pesquisas da infan onde a gente fez essa pesquisa que
trata especificamente da participação feminina no CNJ faz parte desse eixo de políticas de igualdade mas não é só ali que a gente vai pesquisar como eu já disse a gente vai pesquisar os tribunais superiores os cargos em comissão os juízes e juízas auxiliares da onde vem quem são porque a gente vê que ainda é um espaço muito masculinizado a gente tem o eixo violência contra a mulher e aí é violência institucional de gênero a própria violência obstétrica temos colegas pesquisando violência obstétrica porque isso tá atingindo fortemente está parando no poder judiciário como a Renata falou
eu at atualmente atuo numa câmara de direito público 22 anos no crime quando fui promovida titulari numa câmara de direito público e falei meu Deus o que será agora e vocês não sabem o que tá acontecendo tudo tem perspectiva de gênero basta você ter o protocolo na mão ainda muito pouco aplicado inclusive na Segunda instância Isso é uma pauta que a gente vai trabalhar amanhã nas oficinas então a violência política a o tráfico de pessoas por exemplo né que tem sobretudo crianças e mulheres como um grande alvo a gente tem também a pesquisa em relação
à questão racial e direitos humanos e o acesso à justiça onde a gente aí trabalha também eh por Óbvio a questão indígena Rafaela conduz a pesquisa Rafa levanta um pouquinho Rafa conduz a pesquisa mudanças climáticas gênero e povos indígenas ela ela é uma é colega da Justiça Federal do Acre a pesquisa da Rafaela que nós temos um grupo da pesquisa mudanças climátic vai ser uma beleza porque tem juízas do Brasil inteiro Federais e estaduais é uma uma coisa super interessante você ter a perspectiva federal e estadual para tratar dessa temática e esse é uma pesquisa
super importante que nós estamos desenvolvendo e por última a pesquisa sobre cooperação judiciária onde também vai ter um enfoque de gênero e a gente vai pesquisar e se a questão da cooperação judiciária tem enfoque de ou não quem são os juízes que são cooperadores tem mulheres quem são essas mulheres como é essa indicação como acontece quando uma mulher sofre violência por exemplo no Rio de Janeiro mas ela a família extensa dela mãe e pai por exemplo é do Ceará quando essa mulher precisa retornar pro seu estado para uma situação de violência de risco o Estado
do Ceará Coopera com o Tribunal de Justiça do Rio para o acolhimento adequado dessa mulher se ela lá for porque ela vai precisar de tudo ela vai precisar mudar a casa dela filhos matrícula escola então a rede do Ceará precisa colher essa mulher a cooperação judiciária de gênero é a paa pesquisada pela colega loran que é do Paraná e a colega miram zamp que é do Pará vocês terem uma noção como essas realidades embora diferentes Elas têm o mesmo objetivo que é o quê garantir Portanto o acesso à justiça a todas as mulheres E aí
já terminando porque eu não poderia deixar de falar essa pesquisa sobre a participação feminina no judiciário tá aí a publicação Esse é o primeiro exemplar já está no site publicado da infan já tem a infan inclusive produziu alguns exemplares pra entrega enfim oficiais a gente entregou tanto pra Renata quanto pra eh conselheira salise na ocasião impresso porque Claro e é tudo hoje online tem a questão ambiental mas o impresso às vezes faz muita diferença para ler num avião uma coisa Qualquer então a gente imprimiu a infan e já tô pedindo a Ilan mais para para
imprimir né então a gente fez uma análise nessa primeira parte da pesquisa já publicada quantitativa da participação feminina no CNJ e isso que a gente já viu que eram até o final da pesquisa porque a pesquisa ela terminou os dados a 2022 a gente verificou que só desse universo todo apenas 24 mulheres e 120 e 100 homens então para você vocês verem como eh o CNJ também tem essa questão eh da composição ser bastante complicada eu trago só aqui a luz a Ana Reis estava aqui e eu acho que é uma pauta que precisa paraa
OAB a OAB Tem duas vagas no Conselho Nacional de Justiça e nessa pesquisa a gente detectou que desde a criação até 2022 porque você tem esse Marco temporal a OAB teve oportunidade de fazer 18 indicações optando até 2022 somente por uma mulher e os homens a questão da recondução é muito comum no âmbito da OAB Ou seja aquele advogado indicado para compor o CNJ ele já é reconduzido então outra mulher da OAB ela fica praticamente sem ter condições e é muito importante que a OAB eh por ser por Óbvio uma instituição de defesa dos direitos
humanos que tenha na composição mulheres da UAB aqui para somar esforço com as mulheres da magistratura federal estadual e Ministério Público enfim para que a gente possa eh garantir minimamente uma paridade de gênero que é importante as mulheres é claro que o ministro Camp falou eu Concordo concordo no sentio de que nem toda Muler pode somar a pauta mas é important no momento que a gente ainda tá na Fas Como diz a Nan frer da representação né Tem um artigo belíssimo da n FR que fala do reconhecimento a gente precisa ainda na verdade a gente
ainda tá na F do reconhecimento para fins de redistribuição porque a gente vive num país desigual social e politicamente pra gente chegar à representação E para isso a gente precisa de medidas não apenas afirmativas Como diz a própria Nancy Fraser transformativas e eu falo que a 525 Ela não é uma ação afirmativa ela é uma ação transformativa eu vendo esse auditório e 12 colegas promovidas eu já vejo por óbvio que ela é sim uma ação transformativa à luz da nossa filósofa Nancy Fraser que ela tem as três dimensões da Justiça nenhuma Justiça no Mundo no
Brasil em qualquer lugar pode ser plenamente democrática se não tiver representação reconhecimento é redistribuição de espaço isso faz toda diferente toda a a diferença e a segunda parte da mesma pesquisa que já estamos na terceira em andamento a gente fez uma base mais qualitativa dos dados dessas conselheiras que furaram que conseguiram digamos assim eh quebrar um pouco o teto de vidro como que essas conselheiras conseguiram chegar aqui nesse espaço né Quem eram essas mulheres da onde elas vieram ela veio da academia ela veio no campo associativo que é muito relevante ela veio por uma trajetória
profissional belíssima no seu tribunal compôs comissões ela furou bloqueios e ela conseguiu Quem é essa mulher por que que a gente quer saber quem é essa mulher para que todas nós possamos nos inspirar nessas trajetórias E se ela conseguiu eu também posso conseguir isso então a pesquisa tá aí tá publicada não é é tudo com base em dados é científica e ela toda baseada em Marcos teóricos como Bonelli enfim como a taruel eh como Ana Paula cabarelo teóricas que nos deram os aportes teóricos e os dados quantitativos para que a gente chegasse a essa eh
eh conclusão e a terceira fase que nós estamos atualmente está em andamento eu botei uma foto bonitinha aí da salise e da querida Andreia pachar Nossa colega do Rio que também foi conselheira com as falas eh parte das falas delas eh durante as entrevistas as entrevistas estão maravilhosas encantadoras não dá vontade de se parar de ouvir porque são trajetórias lindas são trajetórias que estavam invisíveis pessoas que que traz no seu a questão realmente da representação da Democracia O que é ser uma juíza compondo um espaço de poder essas pesquisas essa terceira fase que a gente
aqui agora é a terceira fase mais eu diria né as colegas estão aqui mais interessante porque você vai ouvindo e você você vai apaixonando por elas todas todas elas sem distinção são apaixonantes e elas vão inspirar muitas outras e é por isso que a gente faz questão que essa pesquisa seja publicada a gente o o relatório vai ser para março as pesqu as entrevistas todas já foram feitas e a gente vai fazer um workshop com essas grandes eh magistradas a pesquisa se ateve a entrevista com a magistratura porque era um universo que a gente não
poderia abarcar todas então a gente fez um um recorte apenas eh de magistradas né Tanto do trabalho quanto Federal quanto estadual para que outras mulheres possam também se inspirar essa pesquisa como eu já disse ela eh vem sendo trabalhada há muito tempo desde 2021 não é fácil fazer uma pesquisa dessa envergadura em um ano em do anos ela começou em 2021 e veja bem ela vai acabar em 2025 e 2025 vai entrar outra etapa de outro órgão de cúa do Poder Judiciário não é fácil não é simples requer tempo as colegas são juízas magistradas a
gente se reúne A cada 15 dias é muita dedicação e horas de leitura de entrevistas e e discussões não simples às vezes mas que faz toda a diferença e a pesquisa outra publicada é so do nosso núcleo é sobre direitos humanos e acesso à justiça onde todos os cursos que a ã promoveu até então Eh estão catalogados nesse nesse nesse trabalho muito bem feito todas as resoluções do Conselho Nacional de Justiça e esse é um trabalho de prestação de contas para o Brasil na comissão e na corte interamericana de direitos humanos que já foi entregue
tem fotos aí onde as juízas est estão entregando essa pesquisa foi feito todo um mapeamento das resoluções do CNJ todos os cursos de capacitação e várias propostas saíram sempre com o olhar interseccional então dito isso falta um minuto gente falei alto né Eh por que que eu tô eu coloquei um slide ali da questão de de gênero raça e desigualdade eh a gente traz esses Marcos te tá e a gente faz proposições nesse relatório quem quiser eu recomendo muitíssimo a leitura Parte dessas conclusões desse relatório que tá publicado eh é muito bom que vocês utilizem
esse relatório e que citem nas suas sentenças nas suas decisões e ontem mesmo a minha Assessoria tá valendo a irata sobre divisão sexual do trabalho meu gabinete inteiro tem que ler isso porque olha só eu não posso fazer uma acordam sem levar em conta os estudos teóricos sobre a questão da divisão sexual do trabalho que era um caso e sobre creche um pedido de creche de uma mãe que pedia que o filho fosse matriculado na creche ao lado da casa dela porque ela trabalha e ela não tinha ninguém para cuidar daquela criança e eu tive
que obrigar veja bem e outro caso recente ontem também julgado já ontem uma ação civil pública promovida pela Defensoria Pública eh do estado e o ministério público para justamente eh promover a saúde das pessoas e situação de prisão num determinado presídio do Rio de Janeiro e a situação das mulheres encarceradas mais uma vez o protocolo de gênero ali sendo citado num acordo de uma câmara de direito público numa ação civil pública portanto terminando dentro as proposições a infan tem promovido o curso para o protocolo para julgamento com perspectiva de gênero basta solicitar o compartilhamento desse
curso quem tiver aqui de escolas solicitem e o curso a mulher juíza a infan também Criou já tá todo pronto a emerge compartilhou foi um curso com sucesso enorme no rio eh mas as escolas não estão pedindo compartilhamento desses cursos então eu faço aqui um apelo e terminando que é através do letramento é através da Educação de gênero e através da educação em Direitos Humanos é que a gente vai conseguir avançar também no nosso Poder Judiciário e eu trago só essa mensagem Claro teria muito mais coisa para falar mas meu tempo esgotou aqui já recebi
eu agradeço muito a Renata e eu acho que com a Renata aqui a gente agora também como a salise a gente vai avançar muito na pauta de gênero e direitos humanos e os cursos e tudo que a infant tem promovido a gente tem que enaltecer e eu agradeço muito o ministro Benedito que agora assumiu que eu sei que também vai dar continuidade muito obrigada obrigada obrigada não dá para tirar a palavra da Adriana né E ela sempre tem muito mais coisa para falar dá pena de de terminar eu vou passar a palavra diretamente paraa Mariana
depois a gente faz uns comentários e e parte pro almoço Oi e vou pedir pro Ilan tá indo embora então antes da Mariana falar eu só queria que você se apresentasse eu coloquei uma cadeira para você aqui mas eu queria que você se apresentasse porque o seu trabalho vai ser Lan é um querido amigo ele é juiz federal e ele vai ser o nosso diretor geral na infan e essa sensibilidade eu falo que ele é amigo da cozinha porque frequenta a minha casa há muito tempo né a gente toma vinho fala besteira mas ele tá
com uma função agora eh muito importante né que é a coordenação de todo o trabalho dessa escola gigantesca e e lan a gente vai ter uma missão grande aí de talvez incorporar de alguma forma os servidores eles têm me pedido muito porque eles são apaixonados pelos cursos e me pedem para participar então fica aí já esse esse desafio pra gente pensar como é que a gente vai inserir os nossos servidores mas eu queria que as pessoas se conhecessem Obrigado Renata aqui o meu pega aqui Obrigado Renata querida amiga conselheira e obrigado Adriana Obrigado salise Mariana
a Mariana e a Adriana são as coordenadoras das líderes no CNPQ porque tudo na infan é feito com muito esmero carinho o ministro Herman Benjamim ele é quando criou o mestrado lá atrás ele diz que o mestrado não poderia ser endógeno não poderia repetir aqueles problemas que a gente vê nas universidades tradicionais então diversidade regional como Adriana já apresentou diversidade de gênero raça etnia não apenas aqueles que tem a capacidade plena e o mestrado hoje alguns anos depois revela os seus resultados todas as pesquisadoras coordenando aqui os eventos de forma que eh capacita até as
formações iniciais e continuadas porque os talentos eh e e que vem desse mestrado passam a ser multiplicadores e agora é o momento que a gente começa acolher todas as sementes que foram plantadas alguns anos atrás e mais além mais recentemente Presidente miní Barroso aqui do CNJ o Enan a iniciativa dele fizemos o primeiro o segundo agora com essa perspectiva humanista interdisciplinar questionadora para uma magistratura que vise a transformação e não apenas a reprodução do dogmatismo do status qu vigente eh de forma que o Enan com a sua comissão Aqui nós temos integrantes A desembargadora André
Esmeraldo tá aqui outros também na comissão acadêmica e executiva fazendo acontecer esse sonho que no futuro deve ser a primeira fase dos concursos da magistratura que que não deve apenas reproduzir a lei monos de nós aqui decoramos a lei seca decoramos o entendimento jurisprudencial eh de que não leva ao estudo reflexivo não leva à necessidades que a magistratura deve ter então aprimorar formação Inicial e continuada a partir do letramento vou usar o seu termo e também antes do ingresso na magistratura ter a consciência daquilo que queremos ser um órgão transformador com poder com a palavra
que a gente V muito aqui nos eventos com a potência Renata de transformar a nossa sociedade brasileira então muito bom e ter aqui um auditório cheio e podem contar com a inf em tudo né o ministro Benedito já falou Nós também apenas Tragam pra gente que a gente vai ajudar a fazer acontecer né Somos liderados aqui por vocês então estamos à disposição Também quem quiser falar comigo eu sou Ila pressa sou do trf1 sou lotado em Tocantins né Juliane Palmas e agora est aqui nessa missão junto com o ministro Benedito de procurar e aprimorar tudo
aquilo que a infan já vem fazendo e manter também tudo aquilo que já vem dando certo Muito obrigado OB obrig bem bom dia a todos e todas eu eu peguei uma missão muito em Glória né de de terminar esse painel ao lado dessas gigantes né a quem eu reverencio admiro e que até pouco tempo atrás jamais imaginaria estar nessa mesa né eram só um sonho distante que que a gente tinha né eu venho de um tribunal que que é o tribunal de juso de Mato Grosso do Sul que tem e um dos piores índices de
representatividade feminina no Brasil a gente tem 88% de mulheres no segundo grau né E no primeiro grau nós temos a mesmo número até um pouco menor que a justiça federal então assim é um tribunal realmente que a gente encontra uma série de dificuldades né E como que de lá saiu uma pessoa que tá pensando sobre gênero sobre participação feminina eh e tudo mais eu conto um pouco dessa história no início da minha dissertação né que eu sou uma juíza do século XX mas passei pela famí entrevista né E nessa entrevista eu fui questionada de todas
as formas sobre a minha vida pessoal se eu pretendia ter filhos se eu ia engravidar e quando eu engravidasse eu ia passar engravidar seria mais uma que daria prejuízo ao tribunal e e eu saí daquela entrevista realmente muito chocada mas não deu tempo de de eu ficar pensando sobre isso porque no dia seguinte eu tinha prova oral né mas aquilo me marcou muito e e eu acho eu sempre falo isso eu acho que a Lei Maria da Penha eh teve um papel fundamental para nós para esse movimento institucional Porque a Lei Maria da Penha colocou
o palavrão gênero na nossas vidas né Então a partir disso a gente começou a entender o que que é gênero Qual o nosso papel os estereótipos as discriminações e pensar para dentro do balcão não só para aquela mulher que nos busca mas como nós mulheres do Judiciário Eh estamos vivendo então frequentando esses eventos e tudo falei é tá na hora de de de eu relembrar aquele episódio do início e começar a pensar nisso e fiz um projeto de pesquisa para o a primeira turma do mestrado da infan confesso que submeti o o o projeto totalmente
desacreditada porque eu falei vão querer pesquisar participação feminina né dentro do Judiciário porque obviamente os resultados não seriam bons né e para minha feliz surpresa eh fui aprovada Inclusive a a desembargadora ex conselheira candiz foi da minha banca eh Lembro até hoje e enfim comecei a desenvolver esse projeto né sobre orientação do nosso queridíssimo caríssimo Professor Desembargador Federal Roger RP Hills acredito que a maioria Deva conhecê-lo e e no percurso né eu falei Roger que que eu vou pesquisar como que eu vou fazer o que que eu proponho Como que eu faço fou não vamos
fazer um diagnóstico e e depois vamos tentar propor medidas né já que também a área de pesquisa dele é o direito da antidiscriminação e eu quase não tive pernas para fazer essa pesquisa porque realmente foi muito difícil é sem se afastar da jurisdição eh com filhas pequenas e morando no interior do Mato Grosso do Sul então assim não foi fácil pensei em desistir várias vezes e eu tava chegando ao ao prazo final e eu não tinha conseguido fazer a segunda parte e aí eu agradeço muito ao Tribunal de Justiça me concedeu 90 dias de licença
para que eu pudesse finalizar e entreguei aquela pesquisa e eu confesso que enquanto eu escrevia eu falava meu Deus aí usando a linguagem simples né eu tô viajando na maionese eh isso aqui nunca vai acontecer porque aí eu busquei na plataforma de Pequim Adriana participou da minha banca foi minha professora Enfim não preciso nem nem falar do que que ela representa minha Musa inspiradora né Eh a partir da plataforma de Pequim muita tava tudo pronto e é um documento de 944 95 tava tudo pronto ali o que que os estados parte tinham que fazer para
melhorar a representatividade feminina em todos os espaços e o que faltava mesmo era o quê é que no caso nosso o CNJ realmente abraçasse essa ideia né Eh tratasse disso como uma política como um problema a ser solucionado porque a falta de mulheres no judiciário é tão naturalizada que a gente não não não achava estranho assim ter um tribunal só de mulheres ter mesas institucionais só de mulheres bancas de concurso só de mulheres o Conselho Nacional de Justiça eh perdão só de homens né É só de homens é é eu eu viajei na maionese de
novo né É porque eu acho que né Lia é o sonho falou mais alto agora mas enfim eh para nós era absolutamente naturalizado né o espaço associativo também só masculino né ou seja para nós era um não é um não lugar ainda né Eh a gente não se sente à vontade e tudo mais então o que faltava era realmente o órgão de cúpula o órgão que realmente dita os humos do Judiciário eh entender essa necessidade então desde 2018 a partir da ministra Carmen Lúcia eh eu acabei Estudando um pouco como foi a aprovação da 255
foi muito difícil ela conseguiu Aprovar Na última sessão dela eh durante a sessão eh depois se vocês quiserem ver no YouTube vale a pena eh ela sofreu várias interpelações de conselheiros que diziam assim não mas quem manda no meu tribunal são as mulheres para que que a gente tá precisando dessa resolução não precisa e olha que a resolução ela não previa Nenhuma medida concreta ela só instituiu a política né Eh como disse a conselheira salise foi o avanço que se conseguiu naquele momento foi a porta que se abriu então essa resolução praticamente permaneceu dormindo de
2018 a 2022 sem que nós conseguíssemos prever nenhuma ação eh efetiva né Eh enquanto eu escrevia como eu disse eu achava que isso não ia dar em nada que talvez pra geração das minhas netas eu a gente pudesse ver aquilo acontecendo eh Até que esse estudo Veio parar na mão das da conselheira salise e eu realmente eu não queria entregar aquele dia porque era uma visita institucional do núcleo e a minha pesquisa era individual eu imprimi de última hora por isso que ela tava no depois eu entreguei uma versão bonitinha eh e e assim realmente
ali eu entendi que como a diferença de mulheres dentro do consel e e de mulheres que efetivamente tem um compromisso de realizar fazem toda a diferença né E aí foi todo um movimento da Ministra Rosa também desejar muito deixar esse legado ela teve um um mandato curto de de tempo mas muito intenso e muito produtivo na nossa temática né praticamente o que se conseguiu avançar em 8 meses eh pelas mãos da Ministra Rosa não se avançou de 2018 a 2000 2 e eu sei que a conselheira foi só ticando e e executando esse evento foi
também pensado nisso todas as oficinas E aí eu faço já um apelo paraas colegas que estão nas oficinas participem falem porque assim todos os resultados de oficina foram devidamente submetidos ao pleno do Conselho eh e aí depois até eu me lembro muito da conselheira salise falando no dia da votação não tudo isso aqui foi aprovado pelo pleno do Conselho o conselho tem ciência as oficinas teve participação de todas as associações como que dizem que não não foram ouvidas como que os tribunais Estão dizendo que não foram ouvidos porque nesse evento todo mundo participou e e
entregou esse produto né Eh então a cada tema a gente vai entregar e até eu tava falando pra conselheira Renata é a oficina que eu vou coordenar juntamente com a Keila eu tô vendo ali a Daina eh e outras colegas não vi mais as outras a Mariel que tá aqui que é a Presidente da minha associação eh a gente já tá já vai levar paraas oficinas uma coisa mais encaminhada porque o tempo é curto né Nós precisaríamos conselheira talvez de um dia todo para podermos debater mas a gente já vai entregar minutas de resolução minutas
de ofício né Eu até comentei com as colegas assim gente isso aqui vai dar a terceira guerra Mundial é bombástica a resolução né que a gente tá pensando e ali é o momento mesmo da gente colocar nossas demandas eu tenho certeza que a conselheira Renata vai receber esse documento e e tentar implementar tudo mas não é fácil quem acompanhou aqui a votação no dia nós fizemos várias eh caravanas né foi toda uma mobilização E aí essa parte política como foi fundamental né eh não só a parte acadêmica que nós tivemos a honra de a a
Terezinha caserta nossa querida agitou toda essa parte também não só a parte acadêmica que a gente pode contribuir por parte da infan mas também a a parte política como é importante a gente se envolver porque os homens já sabem como fazer né as associações hoje são nichos eh infelizmente masculinos eh e que as pautas femininas são vistas com muita reserva tanto é que quando eh a resolução 525 foi votada nenhuma Associação se sentiu à vontade para declarar apoio quem nos apoiou foi a sociedade civil que fez nada mais nada menos do que 13 sustentações orais
né E aí eu quero agradecer a professora Alice Bianchini que fez uma belíssima sustentação oral pela a nossa gratidão professora foi minha professora também fez uma belíssima sustentação oral pela abmcj que foi uma grande parceira então nós realmente tivemos que recorrer a outras instâncias para que tivéssemos esse apoio político a mídia nos apoiou enormemente e a gente não tem por hábito procurar a mídia mas colegas eh o constrangimento pela mídia funciona né eh muitas vezes aqui no conselho as coisas não estão caminhando bem mas aí a mídia publica alguma coisa eh acaba que há uma
mobilização então assim a gente tá aprendendo esse caminho ainda eh na tanto de produção de dados de pesquisas quanto a articulação política e aí o movimento da paridade ali as várias coordenadoras a Helen a nossa Lívia maravilhosa que fo a exposição tá ali não percam vocês vão chorar de emoção porque faz um ano da resolução 55 dia 26 de setembro agora e e foi toda aquela mobilização colegas com filhas pequenas no colo amamentando ali eh Isso realmente é o que nos move né Eu acho que a gente tem que se unir naquilo que a gente
tem de comum não o que nos diferencia porque nós vamos ter várias opiniões diferentes mas a gente sabe já eh que o nome do que nós enfrentamos dentro do Judiciário é discriminação institucional o nome disso é assédio moral né Eu acho que a gente tem que pôr nome eh e a partir disso da gente colocando nome categorizando as coisas a gente se unir para enfrentar e Derrubar É é difícil é difícil mas eu acho que a gente tem visto os avanços acontecendo e a gente tem muita esperança conselheira Renata que pelas suas mãos pela sua
habilidade a gente vai avançar mais porque como foi colocado aqui eu tinha feito algumas anotações eh conforme as resoluções vão entrando eh em vigor a gente vai percebendo as dificuldades o que que precisa ser aperfeiçoado e hoje o que nós enxergamos eh a nossa maior dificuldade com relação a 540 É de fato a burla é a maquiagem que tem se feito pelos tribunais é cruel assistir e o que que é Mais Cruel ainda é que a gente tá vendo isso acontecer e a gente não tem eh força para colocar isso pra frente porque se por
exemplo uma colega vem e coloca uma representação aqui no CNJ ela vai ser perseguida pelo resto da vida dentro do tribunal né Eh o movimento da paridade tem feito esse trabalho de receber denúncias encaminhar o gabinete me parece que já algumas denúncias já foram encaminhadas eh porém se nós pudéssemos ampliar democratizar esse acesso D essas denúncias dessas informações que fossem até de forma anônima porque eh a ouvidoria da mulher Alguém disse aí é Talvez seja um canal interessante também porque assim é o que tá acontecendo né Eh e na Pra pesquisa da oficina eu fiz
uma rápida busca no Google de eventos em grandes tribunais e as fotos pelas fotos da internet a gente já vê que a 540 tá sendo solenemente ignorada né Eh e a gente entende que a ocupação desses espaços é muito importante paraa Ascensão da mulher dentro do Judiciário né Para que ela se torna uma desembargadora uma conselheira uma ministra né e pela nossa pesquisa posso dar um spoiler vou pedir permissão paraa minha coordenadora aqui eh o que nós identificamos dessas mulheres maravilhosas que já compuseram o CNJ na classe da magistratura e eu participei de algumas entrevistas
Cole eu é de emocionar realmente eu Enchi meus olhos de Lágrimas várias vezes eh eu tô arrepiada de de lembrar mas assim a gente ainda não parou para fazer essa análise ainda é muito trabalhosa Enfim estamos nos organizando Mas qual que foi o diferencial que essas mulheres tiveram uma trajetória profissional Impecável uma trajetória profissional de muito sacrifício de muita de muito trabalho trabalho mesmo sabe de eh fazer mutirão de conciliação participar da comissão eh das comissões enfim gerar alguma alguma eh diferença pro seu tribunal não foi na roda da associação que essas mulheres chegaram lá
algumas T Sim uma trajetória associativa importante como comum mente é dos homens os homens do CNJ geralmente chegam pelo viés asso isso já tá evidenciado né é um espaço importantíssimo mas as mulheres chegaram pelo seu trabalho né forjado à base de muito suor sangue e lágrimas então é isso que tem que ficar eh colocado que paraas mulheres é diferente é mais difícil e a gente precisa realmente desse apoio institucional e do CNJ conselheira porque dentro dos tribunais a resistência é gigantesca e a aí uma última meu tempo tá esgotado mas assim uma última questão né
sobre o julgamento com perspectiva de gênero dessas denúncias desses casos por quê Porque assim a gente sabe que determinada situação está acontecendo a gente não consegue materializar como por exemplo aumento de cargos para poder ficar equilibrado o número a gente não consegue materializar então que o conselho tem essa sensibilidade também de julgar com perspectiva de gênero essas denúncias que a gente espera que comecem a chegar porque é o que tá acontecendo Brasil afora Então dessa forma eu finalizo agradeço a atenção estou na oficina oito quem estiver nessa oficina Já prepara Vamos pensar para entregar o
trabalho já pronto pra conselheira e a senhora pode ter certeza Conte conosco do núcleo comigo pro que for necessário obrigada [Aplausos] é antes de encerrar o acho que é esse que tá Vê se é esse que você deu antes de eu dar a palavra Para nossa querida cerimonialista encerrar o evento só fazer duas colocações eh pequenas colocações oficinas representam a carta que a gente tira ao final do evento e após a carta elas se transformam em ações nos processos judiciais vou dar só um exemplo concreto do que aconteceu na semana passada a gente tem um
tema na sessão sobre medidas protetivas de urgência e o prazo né Eu soube até que a Alice teve lá despachando com o ministro não sei se foi Alice mas um grupo um coletivo teve despachando com o ministro esquete a carta Maria da Penha e as conclusões que a oficina eh trouxe eh foram o objeto da minha manifestação como conselheira dessa pasta no STJ com todos os ministros da sessão e eles ficaram impressionados eu peguei minha bolsa mesmo e fui despachar num papel de advogada das mulheres do Brasil e eles diziam assim para mim ué você
vai deixar a magistratura você tá entregando Memorial você é advogada Aí eu falei não eu tô praticando aqui advocacy né a gente tá aqui eh lutando para que a gente não tenha um retrocesso então esses documentos que as oficinas preparam eles se tornam documentos oficiais eles não ficam só guardados aqui eles embasam inclusive as nossas decisões hoje o próprio Supremo Tribunal Federal tem colocado dentro dos seus acórdãos em diversas áreas eh o o papel dos Conselheiros do CNJ votos do Conselheiro agora a gente tá mesmo numa ação da saúde que tá em votação tem lá
uma determinação para acompanhamento pela conselheira daane tá o nome dela escrito lá então isso significa que cada vez mais a gente tá fazendo essa essa eh comunicação né os vasos estão se se comunicando efetivamente e o que a gente tem tirado daqui é efetivo eh nem sempre a gente consegue acolher todas as sugestões porque aí vem a minha vivência política né para aprovar uma coisa a gente faz as negociações e as concessões eu me lembro da salise me ligando falar né tu achas com esse com esse sotaque maravilhoso que eu amo dela do Rio Grande
Do tu achas que nós devemos abrir mão disso e eu disse deve abrir mão disso porque se não abrir mão disso mas não fala nada em cima da hora que você vai abrir mão disso porque senão a gente não consegue aprovar então aqui no conselho a gente ainda tem todas as resistências e às vezes não é só do Conselheiro ele vem com uma representação atrás dele não é aquela pessoa ele é cobrado pelo tribunal dele ele é cobrado pelo conselho eh a que ele pertence então só para vocês terem isso no radar eu já tinha
pedido para minha equipe preparar as alterações do que a gente conversou mas a Mariana já me poupou do trabalho e disse que já tem isso tudo preparado eh junto com a salise depois é a história que a história não conta que eu queria deixar isso registrado aqui é o avesso do mesmo lugar né a gente aquele samba da Mangueira que eu adoro que eu sempre falo nas minhas palestras as mulheres são apagadas elas sofrem invisibilidade invisibilização que a Adriana fez na fala dela aqui hoje foi tratar de um monte de nomes de mulheres que já
escreveram que já julgaram e é preciso que nós mulheres incorporemos isso nas nossas decisões que vocês peçam pras suas assessorias isso é um pedido muito forte que eu faço que consultem e as mulheres E são muitas mulheres que escrevem Hoje eu queria até ter trazido para esse evento eu não consegui mas eu vou trazer para um próximo uma livraria que tem em São Paulo que é maravilhosa que fica lá em Santa Cecília esqueci o nome dela se é rabo de saia rabo de alguma coisa que só publica só vende na verdade publica não só vende
obras obras eh escritas por mulheres e é maravilhosa porque tem autores internacionais eu vivo lá volta eem me eu paro quem me ensinou foi o meu filho e é essa livraria então eu super recomendo que vocês estejam sempre lendo e incorporando nas decisões de vocês esses textos que vocês se unam nos coletivos também isso é muito importante a gente vai agora com essa transmissão eu vou encaminhar todos esses materiais eu me lembro que eu fiz parte de uma banca eh da da Miriam sasak em 2020 fui convidada pelo trabalho que eu fiz na MB com
ass sinal vermelho para participar da banca dela ela escreveu também um documento muito importante sobre participação feminina no judiciário sobre o acesso então eu vou mandar também para vocês nesse material e eu me lembro que ela ficou muito emocionada eh por eu estar participando porque ela nunca sentiu que efetivamente alguém do Judiciário apoiasse você vê isso em 2020 né Muito pouco tempo atrás há 4 anos atrás que a gente apoiasse eh de verdade essas essa essa situação e falar duas coisas sobre as pesquisas que a Adriana tá fazendo uma É sobre o clima existe um
documento da ONU que fundamenta até a a minha ação para mulheres e meninas do Marajó que se chama feminist climate Justice esse documento diz que as mudanças climáticas Isso é um problema de todos nós as mudanças climáticas levarão as mulheres 158 de milhões de mulheres à pobreza e levarão 238 milhões de meninas e mulheres à fome isso é muito sério esse documento é de 2023 Eu sugiro também que vocês incorporem esse documento nas porque eu coloquei ele numa ação lá no Marajó Exatamente porque tudo isso tem relação né com o que a gente tá vivendo
que vocês incorporem esses documentos também eh nas nos nos textos de vocês e nas e nas questões que vocês julgam eh a cooperação que foi mencionada também pela Adriana que é tema de outra pesquisa ela é muito importante porque a cooperação internacional ela salva as mulheres nossas brasileiras que estão no exterior então uma mesma medida por isso que é tão importante o Itamarati aqui com a gente porque esse trabalho que as nossas missões consulares exercem fora do Brasil sem nenhuma estrutura porque lá não tem psicólogo lá não tem assistente social o o cono geralmente fica
numa situação eh difícil de atender aquela aquelas mulheres todas sem condição elas não falam a língua porque elas saem do Brasil geralmente como eh profissionais do sexo e empregadas doméstica e domésticas elas não casam com homens que eh São agressivos então é muito importante que a gente tenha um mesmo padrão de atuação o mesmo tipo de campanha e dentro do Brasil também quando a gente acolhe de um estado pro outro e a e Adriana eu tenho também palestrado aí por aí no outro dia eu tive numa palestra na Defensoria no Pará e o Pará tem
um grupo eh de de defensores que atendem atende as mulheres que que chegam lá em situação de violência e muitas de outros estados que chegam anônimas precisando de abrigo sigiloso então a gente já tem essa migração de um estado pro outro essa interlocução Entre esses setores todos é muito importante e pode ser objeto da cooperação e finalmente a OAB hoje tem uma representante maravilhosa aqui no conselho que é a Cláudia mas eles colocaram a Cláudia porque ela não tem voz nem voto a Cláudia pode falar de vez em quando e o ministro Barroso é muito
generoso deixou que ela falasse inclusive na última sessão aqui num processo eh que envolvia a ordem mas a gente eh sente-se recente né das posições mais e femininas com relação à ordem essa entidade que tem 1 mil 400.000 advogados inscritos que nunca teve um presidente de OAB Federal e que não indica mulheres nas vagas daqui o que que a gente pode fazer externar isso né E a gente vai fazer isso por documentos oficiais e também nas listas isso eu como eh presidente da MB eu nunca tive nenhum problema em fazer eu fui aqui enviou pro
Ministro Barroso o pedido para que ele fizesse uma fizesse uma lista Tríplice de mulheres no TSE e a ministra Maria Cláudia foi indicada nessa lista Tríplice Eu tenho esse documento comigo guardado com muito orgulho todo mundo falou que eu ia ter desfiliação eu não liguei mandei a Juliane sabe disso e depois todas as outras mulheres que entravam em quinto da OAB e em quinto de de Ministério Público nos tribunais eu fiz indicação fiz no seu estado Mariel fiz da de meu próprio punho também eh manifestação dizendo que a presidente da MB recomendava que fosse escolhida
a mulher daquela lista Tríplice né quando tinha conflito de mulheres que eu falava mulheres e as mulheres todas que eu indiquei foram escolhidas pelos governadores que me ligaram depois dizendo Olha eu quero dizer que a sua indicação foi acolhida Então esse sair do lugar comum ele é muito importante e e vou fazer uma defesa Mariana do associativismo eu tô aqui eu acho que pelo associativismo eh mas estou pelo associativismo porque me deu a vitrine para eu poder est né não é porque eu não tinha trabalhado eh a gente a gente as mulheres do associativismo e
São muito poucas ainda eh elas trabalham muito e com sacrifício da sua vida pessoal né eu converso muito a Mariel que tá aqui a eice é um abandono de verdade da casa os filhos passam a ficar a andar sozinhos eice tem dois meninos Ela sabe ela vai em casa de vez em quando no final de semana mas eles aceitam muito bem tudo isso mas a gente precisa eh se apresentar muito melhor que os homens nosso trabalho associativo ele tem que ser visto e e não adianta você só levar as pautas sociais porque eles querem saber
das pautas corporativas essas nos custam muita sola de sapato eu digo que aqui em Brasília a gente tem que ter eh fio do Bigode né é uma expressão que eu ainda não consegui trazer uma feminina pra gente Mas significa que é a os homens que interagem com a gente confiar na nossa palavra isso é um trabalho demorado e nós meninas do movimento associativo conquistamos isso e sola de sapato são 12 horas andando num salto alto 10 horas no Parlamento em todos os lugares que a gente passa Então é só para deixar esse registro porque às
vezes as pessoas não não conhecem o trabalho do associativismo e como ele é construtivo para essas agendas a gente só tem uma dificuldade que é verdadeira a magistr é composta de mais homens que mulheres e o associativismo ele vive da contribuição espontânea e quando há conflito os nossos estatutos proíbem a nossa atuação Então se a gente atuar contra o estatuto a gente é impitimada da da função é para vocês entenderem Porque que as notas não são emitidas e Porque é importante ter os coletivos fo isso tava no início da minha fala é importante ter o
coletivo espontâneo porque realmente o presidente não não pode fazer isso mas a gente faz várias outras coisas de forma subliminar e as conversas também para fazer a sensibilização né a gente visita os os os presidentes de tribunais com frequência e encaixa os assuntos e e eu acho que a gente tá vivendo e vou terminar aqui uma verdadeira revolução eu sou muito otimista Eu acordo todos os dias para ser feliz e acordo todos os dias para transformar a realidade pelas minhas mãos porque eu acho que cada um de vocês como juízes que são como serventuários vocês
têm um papel que muito poucas pessoas na sociedade T vocês pensem nós somos 230 milhões de brasileiros só 18.000 juízes foram escolhidos então isso é muito importante muito relevante se a gente fizer o nosso pouquinho a mais da nossa função a gente consegue transformar a realidade e por fim eu termino com uma frase da Conceição Evaristo que eu amo eh de paixão ainda não conhecia a Conceição pessoalmente até fiquei surpresa que a irmã dela agora é ministra de direitos humanos irmã não é prima ontem me corrigiram é prima é ministra de direitos humanos a a
Conceição fala que mais importante que ser a primeira é não ser a única então que nós não sejamos as únicas nas funções que a gente tem ocupado muito obrigada bom almoço voltamos 14:30 senhoras e senhores agradecemos os pronunciamentos realizados neste momento faremos intervalo para o almoço retornaremos com a programação do evento às 14:30 informamos que haverá serviço de traslado no piso térreo deste prédio com destino ao Brasília Shopping o retorno do traslado do mesmo no mesmo ponto de desembarque está programado para as 14:15 solicitamos que fiquem atentos ao horário de retorno ao Conselho Nacional de
Justiça para não comprometer a programação do evento i