RESENHA: A hora da estrela, de Clarice Lispector | por Ana Lis Soares

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Ana Lis Soares
Publicado em outubro de 1977, dois meses antes da morte de Clarice Lispector, o romance A hora da es...
Video Transcript:
o Olá pessoal eu sou Eli Soares e hoje eu vim aqui conversar com vocês sobre o livro A Hora da Estrela da escritora brasileira Clarice Lispector publicada no Brasil pela editora Rocco Bora comigo então para resenha de hoje bem É só falar sobre a Hora da Estrela é um grande desafio vou confessar para vocês que pensei muito sobre como eu poderia falar de A Hora da Estrela sem ser repetitiva sem trazer Mais do Mesmo afinal de contas eu considero que este é um se não for ou mais é um dos mais famosos e conhecidos e
lindos né é da obra como um todo da Clarice Lispector então é desafiador trazer né uma resenha fazer um vídeo que seja interessante para vocês eu espero poder então é tratar de temas aqui que ao menos inspirem uma reflexão é conjunto aqui coletivo entre nós eu falei um pouco sobre este livro também numa Live que eu fui convidada pelo pessoal a NET de cinema conversando sobre a Hora da Estrela também sobre o filme que é um homônimo né foi dirigido pela Suzana varal Eu tenho o vídeo aqui na minha playlist da Clarice Lispector mas também
deixarei um card e aqui na descrição para você assistir foi bem interessante tá então vamos lá falar sobre a Hora da Estrela é um romance da Clarice publicado em 1977 ano de sua morte poucos meses antes né de sua morte é aqui nós vamos encontrar uma personagem feminina muito diferente da maioria das personagens femininas de Clarice na é claro que anteriormente ela como por exemplo no conto viagem a Petrópolis ela Traz essa personagem feminina é de que é uma personagem é nordestina ela é uma personagem vulnerável uma personagem muito inocente sabe a macabéa é um
silêncio oi para mim eu vejo isso aí é um silêncio é que reverberam que grita sabe Para nós que que Lemos e a conhecemos a Clarice ela traga essa mulher muito deslocada porque como eu falei ela acaba é uma nordestina morando em uma cidade grande nela e que acaba ali naquela cidade por causa de uma tia que ia quem vai cuidar dela durante muitos anos já que ela é órfã de pai e mãe então você percebe que ela tenha se deslocamento ela não consegue desejar porque ao mesmo tempo que ela tá ali né na vidinha
dela ela não sabe nem entender aquilo que eu desejo que ela quer ou paramos ela vai ela não tem essa ideia por exemplo de futuro ela vai encontrar com essa ideia lá no final do da história né que eu vou falar mais para frente É aquela ideia que a Clarice trouxe um pouco e aí a jogar na barata né de ser uma vida é que apenas vive uma vida que se basta né não existe essa eu acho que aqui é de modo Muito não Muito direto mas enfim tem essa questão do desejo né porque a
macabéia ela ela é muito esmagada né claro inclusive aqui ela disse o seguinte que essa narrativa era uma história que não era só sobre uma mulher pobre que apenas comer cachorro-quente porque essa é uma característica da marca ideia ela também é história de uma Inocência Pisada de uma miséria anônima Então essa é a macabéia né E ela é aquela estranha particular afinal de contas a Clarice tem uma raiz né no nordeste ela é nordestina se dizer pernambucan bom então e saiu de lá foi para o Rio de Janeiro também de certa maneira é um um
olhar na Clarice para algo que ela não foi mas que ela poderia ter sido inclusive é algo que o narrador aqui o Rodrigo SM vai dizer em algum momento né macabéia Poderia ter sido eu eu poderia ser macabéia e que susto estudar né E que susto dar na gente quando a gente Lê isso porque é isso assim porque não sou uma acabei porque é uma cadeia é tem essa história dela né e acabei é são tantas né Se a gente for fazer uma leitura da realidade uma leitura social é uma cadeia ainda existe uma tabela
também ainda está entre nós veja que isso na década de 70 e ainda está aí as muitas macabéia dessas mulheres deslocada silenciadas essa mulher totalmente pisada essa Inocência pesada essa miséria anônima né então é a Clarice é um tema que ela já é coloca em muitos dos seus textos muitos contos né E esse olhar que ela tem para aquela vida invisível né para aquela vida não aquela vida cotidiana muitas vezes e por isso a história de macabéa atrai entre aspas porque por outras questões também que eu vou tratar ao longo do do texto mas começando
pelo olhar na personagem as outras pessoas de Clarêncio em sua maioria são mulheres mas refinada sou ou mulheres com uma classe social e cultural e econômica mais alta mas são mulheres que conseguem pensar sobre o desejo são mulheres que em algum momento se deparam com algo que as as tiras do lugar né a epifania e a acabei ela não tem a marca é uma anti Lauren uma anti e Joana sabe ela ela não ela não se envolver aquele aquela aquele pensamento ela não vai além do existencial lá num não ser profunda a pequenas explosões de
Desejo de pensamento de reflexão ela em algum momento aqui ela vira para o namorado dela Olímpico né e fala que ela não sabe se ela é ela quem é ela sabe olha que que que né tipo assim profundidade Mas isso não vai além disso ela fala isso ele corta ela e pronto tipo ela não consegue ir além Então quando você não consegue isso passa pela linguagem né quando a gente não consegue estruturar pela linguagem é o pensamento o desejo sentimento a gente acaba não o sabendo Ah não né não desenvolvendo não entendendo isso é muito
importante isso é a Clarice numa filosofia a intenção sobre a linguagem sobre o escrever né E sobre o viver então é uma cadeia é essa personagem muito estrangeira né que essa famosa personagem de Clarice Principalmente as as personagens femininas dela né esse ser deslocado e a criar macabéia por questões um pouco mais sociais Clarice Foi muitas vezes apontada como uma escritora alienada uma escritora que não estava ligada ao que estava acontecendo política socialmente mas isso eu não acho verdade eu não considero isso ela tem modos de tratar é claro que olhando muito mais para o
lado mais existencial é para questões mais filosóficas mas é quando o Clarisse fala da mulher principalmente da mulher dentro de casa daquele que incomoda é o modo dela também falar do Social nela ela e vai ser uma espessura é que vai fazer um romance regionalista por exemplo né é mais aqui ela atrai a sua obra que EA traição na questão do tema é porque ela vai enfim finalmente o último livro dela vai virar para aquelas pessoas que ia jogar um tanto falaram tanto isso eu falar bom eu consigo sim fazer uma obra social uma obra
enfim regionalista desse modo de no sentido de falar né do nordestino deslocado mas com ao seu modo ela cria para para tanto para comprar sua história o narrador masculino que é um Rodrigo é cm como citei anteriormente e de certa maneira é a Clarice sendo muito irônica com a criação deste narrador masculino que ela escreve aqui no começo que enquanto ele tá se apresentando que se não fosse contado por um homem essa história não iria para frente porque mulheres eu queria muito lacrimejante piegas etc sendo totalmente irônica porque afinal de contas Clarice Lispector está atrás
está acima do Rodrigo SN e ela não se esconde Então na verdade a três camadas né aqui a Clarice Lispector que escreve e tem uma nota ela escreve introdutória né é assinando né Aí ó dedicatória do autor tá vendo aí ela põe Assim na verdade Clarice Lispector Então ela assume que ela está por trás deixe homem né que é o Rodrigo ela tira sarro daquilo que na verdade o próprio narrador tá falando né que a verdade aqui é as questões está assim sendo contada por uma mulher e é assim é a Clarice se virando para
toda essa trajetória dela e finalmente resgatando essa temática e algo de raiz dela e olhando para esse estranho particular né que é a macabéia em a vida eu acho importante a gente olhar para como essa construção do Rodrigo SM que é um narrador que vai sempre cortar a história para falar de si e para falar sobre a escrita em si então é esse é um livro também da Carne sobre o ato de escrever sobre as dificuldades sobre as influências etc do escrever né então ele ele não é só sobre a história da macabéia é uma
história da cadeia é como se fosse um pano de um quando na a frente um plano de fundo ao mesmo tempo vai e volta porque se troca com essa questão da escrita do narrador do narrar né e de temáticas etc que enfim que aparecem aqui é muito essa questão é muito interessante né A macabéa é uma datilógrafa muito ruim sabe Coitada ela não sabe escrever ela demora para caramba dá para digitar ali as coisas e ela não conhece as palavras então tem essa relação da palavra e o silêncio né uma palavra chama atenção dela saber
se é nerd Nossa que palavra linda mas ela não sabe o que que significa né E isso conversa muito com a mania que ela tem eu acho que é muito da Solidão dela né ela deixa a rádio relógio ligada e a rádio relógio fica dando informações muito soltas é tudo fragmentado e assim é acabei porque o pensamento dela é fragmentado por causa dessa falta da linguagem dessa né ela não consegue desenvolver no não faz a ligação de uma coisa com a outra então é tudo muito fragmentado e por isso também é as explosões que a
Clarice Põe ao longo da narrativa não é porque elas explosões de uma cadeia de acontecimentos de coisas que a chamam atenção mas logo ela volta ela vá o lugar dela avisado né aquela mulher que toma Aspirina para não se doer né nossa achei isso muito forte quando o país Coloca ela pede uma aspirina para a colega dela de trabalho EA colega pergunta o que que tá doendo ela fala ela toda se doi e ela não quer se doer tanto né Então olha ela tá se doendo e ela tá tomando umas Perina para enfim e tipo
ela não está realmente entendendo o que aqui tá doendo e a própria existência né uma coisa legal também de falar sobre este livro é a relação da macabéia com essa colega de trabalho a glória que é uma mulher totalmente mais ou menos né mas ela é bem diferente dá uma cada é uma espécie de antagonista a macabéa ao mesmo tempo em que nós leitores percebemos uma ironia da Clarice em torno da Glória porque a glória ela é uma mulher mais solta ela tem vários namorado e nem se encontrando com vários caras e ela ela mente
para o chefe para o Raimundo né para o seu Raimundo para poder encontrar com cara fala que ela vai ao médico levar a mãe dela sei lá e yamakawa é o contrário né aquela pessoinha que fica lá fazendo tudo certinho e faz tudo errado eu sabe que não tenho mais DNA assim muito sabe muito forte e fica Nossa olha a glória tipo pinta o cabelo e que no fundo no fundo a glória também se sente muito sozinha né A Glória é muito carente ela fica com essa coisa de querer casar e a glória vai em
algum momento né é acabar namorando o ex né da marca Deca Olímpico que a outra personagem interessante porque o Olímpico é de certa maneira a macabéia de calças né não gosta da situação porque nós usamos calças mas enfim tudo bem E só que ele é ao contrário dá uma cadeia ele é muito eu uso ele tem um desejo sonho de se tornar Deputado e quando a vaca até perguntou o que que é um deputado o que que um deputado faz ele não sabe responder assim como nenhuma outra das perguntas da macabéia são respondidas por ele
porque afinal de contas ele não domina aquilo né só que ele é nega tudo isso em falar eu não sei isso porque isso é coisa de mariquinhas Eu não sei você não devia estar se perguntando isso você me enche o saco sabe então é de certa maneira essa ele também a nordestina então a Clarice explora essa outro não é esse outro ser esse outro perfil é com suas muitas diferenças em relação a cadeia mas que também é uma personagem da realidade brasileira ele usa um gel na cabeça muito forte essa brilhante no celular como é
que chama e mal percebe que os homens do Rio acham aquilo ridículo depois no final das contas o narrador faz e até acabou sendo realmente Deputado e tal a Clarice explora esta temos grandes com coisas pequenininhas por exemplo coloca muito o kit coloca muito da cultura da época da do Imaginário coletivo da época e ainda hoje né então do consumo Sabe tem Mercedes coca-cola é referências da cultura pop né É como Marilyn Monroe e figuras do cinema macabéa fala que queria ser como a Marilyn Monroe que queria ser atriz de cinema sabe então é o
Imaginário Popular que a Clarice põe ali e tirando onda disso né fazendo com ironia mesmo né em torno disso Como que essa esse discurso e essa cultura esse consumo adquiridos por pessoas que mal sabem o que aquilo significa também tem um pouco do kit né aquela explorar Por exemplo quando a macabéa vai se a uma cartomante né que é uma figura também que já apareceu em Clarice Clarice consultava né uma cartomante ela põe a nossa quer com a kadesh ou a casa ali um espaço da cartomante uma beleza para quem era tinha flores de plástico
tudo é de plástico né então assim você vê que aquela está tipo ironizando tá é um morno é ácido da Clarice é a parte aqui também é uma uma exposição né de uma reflexão sobre a cultura o consumo os sonhos coletivos e coisas que estão na sociedade né somente daquela época mas ainda continuam em relação à status a poder enfim sobre a história em si é algo muito assim eu acho que talvez você até já tem ouvido falar mas é basicamente isso acabei é uma jovem Ela tem 19 anos mais ou menos que vive ele
no rio ela foi criada pela tia os pais o verão ela trabalha como datilógrafo mas assim ela tá para ser mandado embora várias vezes o seu Raimundo que é o chefe não Amanda de pena dela porque ver aquela pessoa totalmente né perdida vulnerável ela é aquela pessoa que a todo momento está pedindo desculpa perdão desculpa aí momentos totalmente aleatórios Mas é isso né ela se sente incomodando essas sua existência parece incomodar a aqueles que estão ao seu redor até o momento em que ela conhece o Olímpico eles vão ter um namoro assim né tipo aquela
coisa bem Básica tipo de ir passear com ele e é durante esses Encontros com Olímpico que é a marca vai estabelecer diálogos que nos incomoda porque são diálogos totalmente fragmentados Eles não conseguem conversar Eles não conseguem conversar Eles não conseguem manter uma um tema e a conversa sobre alguma coisa então assim como Há muitas questões aqui é o fragmento que vai aparecer desses diálogos totalmente não Estourados né são temas são quase quase como ela repetir o que ela ouve no rádio relógio para o Olímpico Olímpico não sabe falar sobre nada daquilo e se incomoda e
manda ela ficar quieta e é isso né é um dos desses momentos tem uma frase famosa dela né dava para puxar assunto com o Olímpica ela fala que gosta muito de pregos e parafusos e você aquela ver uma vitrine né ela conhece esse homem eles vão Em algum momento ele vai deixar lá vi assim aí vai ter assim desenrolar aí no final até o grande né momento que acaba é busca a cartomante e lá com ar tomate como eu falei para vocês ela vai ter uma primeira perspectiva de futuro nenhum e esse desejo sanpaku o
futuro como possibilidade e futuro como a vida para além do sobreviver dãozinho que que eu quero fazer o que eu desejo a é um homem lindo gringo rico e que vai me fazer feliz e que vai chegar na minha vida com carrão e vai me tirar Sabe a cartomante promete aquilo para marcar daí ela finalmente tem um ímpeto assim ela tem uma uma pequena e última explosão de de entender que existe futuro então ela sai daquele presente né tem essa perspectiva nova né e bom gente assim se você não gosta de spoilers em mesmo de
clássicos mas eu vou falar um pouquinho sobre o final do livro acho importante então enfim dá uma puladinha aí a morte de macabéia acontece e é esse momento em que ela vai falar aqui neste título um dos e títulos que Clarice deu porque a outros títulos aqui neste livro e a Hora da Estrela porque esse momento da morte é o único momento em que macabéia brilha único momento em que uma cadeia aparece para alguém tem olhares ali para ela porque ela sai da cartomante nessa perspectiva de futuro maravilhoso mas na verdade quando ela chega ali
na esquina uma Mercedes atropela né E aí ela tem esse último momento de brilho nela depois ela vomita algo que parecia uma estrela de cinco pontas mas que enfim ela sangue muito importante pensar porque Clarice faz isso né porque matar essa personagem né e eu acho interessante pensar na Clarice conversando com demais obras regionalistas como por exemplo importante esse tá Vidas Secas do Graciliano Ramos como se fosse até uma certa continuação um lado B e os personagens de Graciliano né que saem do Sertão e se dirigem a cidade grande em busca de oportunidades a macabéa
uma continuidade disso né é aquela imigrante que já está naquela vida na cidade grande né ela não faz um não trata como um herói não é que ela quer trazer macabéia com uma coitadinha e todo mundo ficar com dói a sabe é mais que isso indagar o que que a sociedade brasileira faz como nós olhamos para as pessoas não olhamos para essas pessoas durante todo tempo sabe aí a a morte EA morte metafórica né porque morre morre se todo dia nessas pessoas sobrevivem vivem o basta é o suficiente né crítica em relação ao intelectual né
o enfim o escritor ão aos intelectuais a classe alta de dessa prepotência né de escrever sou e o Pobre ser esse objeto né de estudo de ser um objeto de enfim ao mesmo tempo a morte ela é uma possibilidade de transgressão até no filme Eu acho que a Susana Amaral cria ali no finalzinho Nem que a macabéia tá ali correndo livre liberta né dessa repressão toda que ela é muito reprimida de diversos Modas a existência dela né incomoda existência da reprimido a existência dela invisibilizada a existência delas tipo é silenciada então naquele momento ali a
morte é uma libertação né dessa das Estrelas infinitas reta na nascer então assim esse final é marcante né e o narrador quando ele fica a todo momento Rodrigo ele voltando na ideia de Será que que será que vai acontecer com ela Nossa será que finalmente a e Será que finalmente vai caber vai ser feliz ou vai né dê para outro lugar né mas assim a morte vai e volta ela fica sugerida desde o começo falei que é um spoiler mais assim eu acho que para quem lê esse romance fica lhe sugerir o tempo todo né
é pulsante a morte de macabéia ele trata assim né disso nesse vai e vem é porque ele não quer pensar sobre isso e mas ele precisa narrar o que acontece com ela e é o que acontece né então também é só meu escrever né que claro e se trata e um escrever bem típico de Clarice né porque ela esta escritora que escrevia bem fragmentado também né anotar fazer anotações depois se juntava todo escrevia enfim é interessante pensar sobre isso a Maria Lúcia homem no livro No Limiar do silêncio e da letra Ela fala sobre a
macabéia sobre a questões a questão dos nomes né os personagens ela cita a origem da desse nome macabéia todo mundo quando ela diz o nome dela estranha acho esquisito né E ela você não tem a menor ideia de por que que eu chamo isso mas a minha mãe fez uma promessa porque eu quase morri quando criança então aí só voltando um pouco ao assunto anterior a morte de uma cabeça está desde sempre na vida dela antes de nascer né até para nascer ela quase morre né então assim é faz parte do ser dela né E
macabéia tem referência ao povo uma cabelo né um povo judeu que que tem esse destino da morte ao mesmo tempo também que é um povo que enfrenta né enfrenta os gregos que tem uma certa Esperança né de Vitória e interessante o grego porque o Olímpico né vem e os personagens E é aquele uma das únicas referências eu acabei até na vida né ela disse que ela não sei que ela diz mas ela meio que cita isso né e ele fica subentendido que as referências da vida delas são uma tia que a maltratava ela vai descobrir
isso só quando ela conversa com a cartomante que a tia dela era ruim mesmo é o Olímpico que é um cara que a trata super né Desse jeito aí é que namora com ela se na Moreco aí de algum um pouco tempo a glória que essa espécie antagonista mas que enfim é uma amiga é uma colega antagonista uma rival amorosa uma referência do feminino que que a macabéia tem e o seu uma mundo que é o chefe dela que fica com pena dela e não manda ela embora embora precise porque ela não tô sabendo fazer
o trabalho delas que as coisas erradas sujamos os papéis um cachorro quente sabe então tem essa questão do nome do Olímpico e a glória né como vocês podem imaginar tipo tá sendo essa referência sendo essa mulher mais sensual ser essa mulher mais entrega essa mulher mais livre é é uma nenhum uma referência para Macaé EA uma glória que funciona uma pessoa mais uma vida melhor Enfim uma coisa também que a Maria Lúcia homem coloca no livro dela que eu gostei bastante as linhas temáticas que a gente pode traçar sobre a Hora da Estrela a primeira
delas sendo atenção né Entre esses paradoxos como sempre né na em todas as resenhas de carência eu falo que tem a vida EA morte tem o Sininho não tanto que é que esse romance quando o Rodrigo começa a escrever ele fala né que tudo no mundo começou com sim e aí ou não talvez seja nessa vida de macabéa né essa possibilidade de futuro de uma cadeia várias mãos né durante a sua vida também tem a energia Vital a pulsão damorte e segundo lugar ela coloca a questão da alteridade versos o são Por que acontece Exatamente
isso conosco que somos leitores e também com Clarice e com Rodrigo de olhar para macabéia e também personagens como o Raimundo e a glória que sentem nessa empatia pela macabéia tentam né ajudá-la o tentam se aproximar é ao passo também que ao mesmo tempo existe essa diferenciação né Essa identidade de cada um pessoas tão diferentes ou Enfim no Tumblr e pela pelo seu o narrador Principalmente eu acho que esse nós fica nessa oposição tempo todo por isso que Clarice cria um narrador masculino porque é um homem que está narrando o feminino não feminino é diferente
dele porque ele é mais estudado mais bem estabelecido na vida né E que olha para essa outra para ser tão estranho né Aí ele essa relação do Rodrigo SM e a marcar é importante até até mais do que com as personagens que ela conhece que as personagens né que convivem com uma cadeia na verdade ele é o maior oposto de uma cabe a ele que é importante na obra de cariz sempre a gente observar esse eu e o outro tal né como eu sempre falo Temática que a gente pode olhar é a indagação interior versus
a alienação EA exclusão tanto no Social quanto no psíquico Foi algo que eu acho que eu falei um pouco aqui nessa resenha né do Social um pouco mais of um pouco mais fácil enxergar né Afinal de contas uma também a tenha Santos uma vida muito difícil é uma imigrante não é analfabeto mas é um médico quase isso muita dificuldade mora numa pensãozinha ali com outras mulheres estão é mais só de ver mas exclusão do psique que eu acho que é um pouco do que eu falei da linguagem né e do entendimento das vezes o entendimento
do desejo e de tudo né que um pouco do que Eu tratei então é legal falar e enfim ela traça uma outra linha até mate que a gente pode observar no leitura que são as questões a linguagem né a escrita a palavra silêncio que mais gente deixa eu ver aqui se eu não sei a então eu falei para vocês que ela disse que estava morta depois de escrever e que o Rodrigo é cm também diz isso também tem a ver com a escrita né no quarto de escrever porque assim como o livro termina não tem
mais ou não o escritor não é mais necessário ali o escritor também morre não só história né como o escritor também ali naquele espaço para que não é mais necessário né aí ela morre depois de dois meses após escrever esse livro né então assim é é marcante mesmo é um livro que eu sempre sinto para pessoas que querem começar a ler Clarice acho que ia e embora seja um livro de camadas muitas né é que lendo com atenção você consegue absorver melhor e tal Embora tenha tudo isso eu acho que seja um livro da caisse
mais entre muitas as muitas mais fácil ou mais palatável para começar a ler claríssimo também nesse sentido é ela trai a sua obra anterior porque não tem tanto um um fluxo de consciência tem mais quando é é o Rodrigo é sempre escrevendo mas é uma conversa dele com ele mesmo dele com quem tá o lendo e dele com aquela história que ele está contando então é um pouco mais palatável mesmo né E fica mais uma um romance né uma novela sei lá tem vários nomes mas é um romance até mais curto né da Clarice então
talvez seja interessante para e a ler Clarice também gostei muito e se tu a professora yudith Rosenbaum coloca aqui Clarice nesse livro foca na solidão e subjetividade e tem esse Marco terminal né da sua obra ao sondar o feminino e é esse feminino diferente um pouco de toda aquelas outras mulheres né claricianas que aparecem anteriormente principalmente Nos romances a também tem uma questão interessante coloquei aqui que há uma busca de regressão né do inumano expiação da possível culpa que inclusive está dentro de um dos títulos da Clarice né Por gente eu vou encerrar por aqui
porque eu já falei muito essa receita é enorme mas eu queria muito trazer todas essas pensamentos e reflexões sobre a obra de Clarice Lispector A Hora da Estrela tão importante para podermos conhecer ela né E como escritora conhecer sua obra com esse seus temas conhecer seu modo de ver o mundo né e se fala comigo tem uma playlist cheia de material sobre Clarice Lispector várias resenhas sobre diversos livros então dê uma conferida e claro envia esse vídeo para aquele amigo que você sabe que gosta de falar isso Ou tem interesse em ler ela conhecer lá
e não se esqueça por favor de deixar o seu joinha e claro conversa ele comida embaixo estou disponível para perguntas e outros debates em torno da obra de Clarice Lispector um grande abraço tá todo mundo até o próximo vídeo
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