Olá pessoal sejam muito bem-vindos a mais um episódio do pod cólogo o meu nome é Karina pó Eu Sou psicóloga amo psicologia comportamento humano neurociência e esse espaço aqui é para deixar sua vida melhor e por isso eu trouxe um convidado muito especial Muito provavelmente você já conhece da rede social que é o Dr Edu Xavier psiquiatra assim é como vocês podem encontrá-lo na rede social e a gente vai bater um papo incrível que a gente já tava trocando figurinha sobre ansiedade mas muito mais do que isso tá e eu vou fazer pergunta que eu
tenho certeza que vocês fariam no consultório deles a questão de medicação quanto que isso é benéfico ou não eh quais são os tipos de transtorno de ansiedade quando saber se isso é normal ou patológico então fica aqui até o final porque se não for para você é para alguém que você conhece certamente Então já deixa sua curtida aqui para esse conteúdo poder ajudar muitas pessoas Afinal nosso país é o número um de ansiedade no mundo então certamente tem alguém sofrendo do seu lado e já se inscreve também para ter mais conteúdo como esse seja muito
bem-vindo aqui com a gente que até meu seguidor que eu fiquei sabendo e eu fiquei super feliz Dr Edu Boa tarde Carina boa tarde pessoal é um prazer enorme est aqui com vocês e aproveito também Carina o seu trabalho porque enquanto psiquiatra eu valorizo muito essa popularização da Saúde Mental para quem não é da área até pouco tempo a gente falava muito de saúde mental com uma linguagem muito técnica muito rebuscada e não é o que a gente busca no nosso dia a dia então quem tá aqui ouvindo a gente quer entender com o jeito
as palavras a forma que fique acessível então quero te parabenizar por levar saúde mental de uma forma muito mais democrática para quem tá participando muito obrigada muito obrigada prazer é todo meu e antes da gente começar esse episódio ela tem o patrocínio de uma empresa que eu gosto muito eu curto muito que chama better you e um produto que eles até mandaram para você já vou te entregar é o better go que você vai ver vai ver aí na telinha dá uma olhada ele é um aliado matinal tá que a gente costuma chamar Se você
olhar a composição ele tá cheio de antiinflamatório de antioxidante e a gente costuma dizer que é os nossos 5 minutinhos de cuidado é o scopinho no copo gelado perfeito Adorei o presente e agradeço aí pela lembrança imagina e eu tomo todo dia então eu fiquei muito feliz deles patrocinarem porque é um produto que eu curto muito sim e não dá para falar de saúde mental ignorando o papel nutricional a gente precisa cuidar muito bem do que a gente come do nosso sono todo o nosso estilo de vida ele vai influenciar sem sombra de dúvidas da
nossa saúde mental perfeito e aí deixa eu já começar a te fazer uma pergunta que eh eu imagino que pode ser muito interessante das pessoas saberem um paciente quando ele tem ansiedade ele sabe que ele tem ansiedade Talvez ele não saiba se é um transtorno de ansiedade ou não e a gente vai falar mas ele sabe ele tem um ataque Cardia ele tem uma angústia um medo grande então ele reconhece que ele tem ansiedade através do seu sintoma mas o que que é ansiedade do ponto de vista neurobiológico O que que a psiquiatria explica da
ansiedade excelente pergunta Karina eu acho que a gente deve começar separando um conceito que deixa as pessoas um pouco confusas na saúde mental Existem algumas condições que elas são automaticamente um transtorno como é o caso da depressão não existe estar deprimido de fato E isso não ser um transtorno mas na ansiedade é um pouco diferente e a gente precisa começar entendendo ansiedade como um sentimento que faz parte da natureza humana e basicamente se fosse para escolher apenas uma palavra eu colocaria preocupação se a gente parar para pensar o nosso estilo de vida a nossa rotina
Todo mundo precisa se preocupar em relação ao futuro por exemplo se eu não me preocupar com um possível ganho de peso que pode prejudicar a minha saúde eu não vou me planejar para me alimentar melhor se eu não me preocupar em em economizar dinheiro talvez eu não tenha uma aposentadoria ou uma segurança Financeira no futuro ou seja se preocupar em relação ao futuro faz parte da vida de todo mundo por isso que todas as pessoas TM ansiedade agora o que que a gente fala que começa a chamar a atenção do psicólogo do psiquiatra é o
transtorno de ansiedade Ou seja quando esse nível de preocupação ele começa a ficar exagerado desproporcional ou fora de texto Então vamos pensar por exemplo aqui o nosso podcast hoje Se eu te falar que vindo para cá me deu um frio na barriga eu comecei a pensar que talvez eu pudesse esquecer de alguma resposta Isso é uma reação completamente natural a gente vai conversar aqui vai surgir sem sombra de dúvidas muita coisa interessante Então eu não tenho um transtorno automaticamente pelo fato de eu me preocupar agora vamos pensar que por exemplo eu chegasse no caminho aqui
até o podcast e tivesse um episódio de diarreia ou uma tontura muito forte que quase me levasse a um desmaio uma onda de calor formigamento ou uma sensação quase que Certeira de que daria tudo errado aqui no nosso podcast isso ao meu ver me parece desproporcional ao nível de ansiedade que é esperado para uma situação como essa ou seja aqui Talvez eu esteja falando de um transtorno de ansiedade entendi e aí se a gente for olhar porque eu tô lendo um livro que chama homi lógicos que é um psiquiatra francês não vou me lembrar o
nome dele agora Pier Pier alguma coisa e ele fala ele fala uma coisa muito legal que até hoje se você perguntar para as pessoas em geral Qual é a diferença de uma doença neurológica para uma doença psiquiátrica as pessoas vão falar que a neurológica tá relacionada a uma doença do cérebro como uma doença neurodegenerativa um Alzheimer uma demência mas quando ela vai falar da psiquiatria uma doença psiquiátrica ela vai falar que é uma doença da mente e quando a gente usa essa palavra ainda fica uma questão muito imaterial etérea como se fosse uma doença da
Alma uma doença imaginária né a gente CONSEG iria se abrisse o cérebro ver a ansiedade fisicamente o transtorno de ansiedade excelente colocação Eu percebo que Principalmente nos últimos anos a gente felizmente tá caminhando para uma visão um pouco mais integrada do que é o adoecimento mental mas existe uma palavrinha grande mas que exprime bem essa ideia do que que é saúde mental saúde mental ela tem um caráter biopsicossocial ou seja existe um componente biológico o cérebro ele é um órgão pensante e atuante e sem sombra de dúvidas no adoecimento mental o nosso cérebro ele vai
apresentar padrões ali de degeneração de comprometimento existe um contexto psíquico que é esse mental que infelizmente muita gente trata de uma forma esotérica confundindo um pouco um conceito religioso ou mesmo Místico Mas que nada mais é do que uma manifestação do próprio cérebro e o social que são as relações que a gente vive as construções que a gente faz ao longo da vida quando a gente pensa as pesquisas que são desenvolvidas com pacientes que pós-morte passaram ali na investigação por um quadro de depressão de um transtorno de ansiedade bipolaridade tantos outros diagnósticos a gente vai
perceber que existem sim alterações a nível cerebral porque o sofrimento mental ele começa a levar a morte neuronal Então as nossas células nervosas elas vão estruturalmente ou perder conexões por conta de um adoecimento não tratado mas adoecimento Mental é muito mais do que isso não é só uma redução biológica Então como que eu tento trabalhar esse conceito de uma maneira integrada o nosso adoecimento mental ele é biológico sim porque ele envolve o cérebro ele é psíquico sim porque ele envolve o nosso comportamento e a forma como a gente sente e expressa as nossas emoções Mas
ele também é associal com as relações que a gente constrói perfeito eu lembro na faculdade numa pós--graduação que eu fiz e me chamou muita atenção esse exemplo que o professor trouxe de eh estressar um rato né Lógico naquela época né a gente fazia pesquisa com rato enfim né hoje ainda faz né mas assim eh é uma coisa meio triste de de comentar mas eles davam um choque no rato então no piso da gaiolinha dele eles tinha choque e o Rato Assim como nós quando temos uma situação estressante tentamos fugir ou lutar contra aquilo né então
é natural que se você der um choque num bichinho ele vá tentar fugir daquela situação então o Ratinho subia a gaiola né tentava pular do chão e quando eles estressava num determinado momento em que Ele parava de reagir né e o nome que se dá para aquele tremor Zinho Ele ficava no lugar tremia era Freezing né como um estado de congelamento isso tem alguma coisa a ver com o estress crônico humano que faz as pessoas não quererem sair de casa e pararem de lutar seria um estado de Freezing sem sombra de dúvidas é um ponto
biológico que eu gosto de trazer porque permite a gente comparar um pouco Como que o ser humano evolui ao longo do tempo é a questão do estress todos nós precisamos de uma descarga de estress recorrente e pontual na nossa vida para sobrevivência por exemplo se eu tô atravessando uma rua e de repente eu vejo um carro se aproximando e vai me atropelar eu preciso de stress porque é esse esquema de luta ou fuga que vai liberar a adrenalina e basicamente vai instintivamente me dizer sai daí que a sua vida tá em risco da mesma forma
se eu sofro por exemplo um assalto é com completamente aceitável que eu também passo por uma descarga de adrenalina tô falando aqui adrenalina porque é um dos das substâncias né que vai ser liberada na situação do stress mas assim como cortisol E tantas outras e por conta disso eu vou precisar agir naquele momento em prol da minha sobrevivência quando a gente pensa esse exemplo que você colocou do rato É como se eu falasse que esse primeiro choque que esse Ratinho recebeu foi um estess pontual da vida isso não é só parte da natureza humana e
de outros animais mas é algo necessário pra nossa sobrevivência Agora se a gente imaginar Karina que esse rato ele tá recebendo vários choques repetidamente talvez a gente possa fazer uma comparação com o stress da nossa vida trânsito barulho autocobrança exagerada um excesso de expectativas uma vida muito baseada na felicidade das redes sociais então eu tô o tempo inteiro me comparando com o outro e me sentindo insuficiente Será que eu não tô recebendo uma descarga repetida de estresse e que até certo ponto meu cérebro vai entender como luta ou fuga Mas e a partir do momento
que aquilo começa a ficar tão repetitivo que passa a se tornar a minha nova realidade eu entro num processo que a nível biológico a gente chama de dessensibilização ou seja meu cérebro passa a não ter mais receptividade com aquele estímulo é como se ele acostumasse a viver nesse stress constante se ele se acostuma logo ele para de responder então eu entro nessa paralisia e não é só uma paralisia física como você pontuou muito bem do rato mas uma paralisia psicológica eu começo a me congelar diante das minhas decisões se eu tenho uma opção a uma
opção b e uma opção C mas a minha mente ela fica divagando nas preocupações talvez eu não escolha nenhuma e fique ali afogado nas minhas próprias indecisões por isso Esse é um dos sintomas da de alguém que tá sofrendo ou depressão transtorno de ansiedade essa essa em ter uma escolha porque é um dos sintomas né que a gente vê presente é decorrente disso sem sombra de dúvidas e não é só da ansiedade a gente vê isso também na depressão no TDH que hoje em dia é muito falado mas puxando um pouco aqui pra ansiedade pra
gente parar para analisar um pouco melhor vamos pensar na ansiedade Nesse contexto de preocupação uma pessoa em condições normais ela vai pontualmente se preocupar com uma situação ou outra agora Imagine que eu tô com um nível de ansiedade tão alto que tudo gera motivo de preocupação medo de que as coisas deem errado ou com uma visão catastrófica em relação ao futuro Ou seja eu começo a esperar que o pior pode acontecer então o meu corpo Ele tá num estado de alerta tão grande que isso me paralisa eu começo a não saber mais Qual é a
melhor decisão a ser tomada e você sem sombra de dúvidas percebe isso no consultório também a ansiedade ela te faz preocupar com tanta coisa e com tanto detalhe que você perde a visão como um todo porque você começa a analisar contextos e cenários que a gente não analisaria Então vamos pensar aqui por exemplo que durante a nossa conversa você dá uma risada você pode estar rindo porque você lembrou de uma coisa engraçada você pode rir porque eu falei alguma coisa engraçada ou por uma série de motivos mas o ansioso ele quer analisar todas essas possibilidades
e provavelmente ele vai escolher a pior porque ele tem uma visão catastrófica então talvez eu interpretaria por exemplo a Karina não gostou do que eu falei eu sou um fracassado ou eu não dou conta de falar aqui em público eu não deveria estar fazendo ninguém perder o tempo me assistindo ou seja o meu pensamento ansioso me faz pensar muito em várias coisas ao mesmo tempo e essa angústia vai me paralisando e eu começo a perder a minha capacidade de tomada de decisão Nossa e eu costumo dizer que é eh é muito mais fácil lidar com
uma perna quebrada né porque essas doenças elas transformam o pensamento e a visão que você tem né que são os pensamentos de si do outro e do mundo e aí é muito difícil né Doutor Ah o paciente perceber que esse pensamento é fruto de um adoecimento e não é a realidade né então tem vários livros fala não Acredite nos seus pensamentos você não é o seu cérebro porque é muito complicado isso né muda o pensamento como você está dizendo muda o foco e aí e tem pensamentos catastróficos e como é que a pessoa faz para
não acreditar no pensamento que ela tá tendo né Eu costumo comparar Carina depressão e ansiedade com uma lente cinza que eu coloco sobre os olhos e sem tomar consciência eu começo a enxergar a vida de uma maneira mais negativa pessimista ou catastrófica mas se eu tô de óculos e esqueço que eu tô de óculos essa lente ela vira minha nova realidade isso eu posso falar por exemplo para você que um pé de p plantado na frente da minha casa todo Florido é o motivo da minha alegria ele enfeita minha rua automaticamente você pode olhar para
esse mesmo IP e falar para mim o seguinte luí isso é pura bagunça você deve ter que passar horas aí varrendo arrumando a rua deve dar um trabalho danado se a gente pensar esse IP como uma metáfora da realidade o IP é uma coisa só ele é uma árvore eu interpreto ele Pela beleza e você interpreta ele pelo trabalho que ele te dá ou seja realidade é subjetiva por mais que aquele objeto aquela situação ela é imutável a forma como eu encaro ou como eu enxergo ela vai moldar ou ser moldada de acordo com as
minhas experiências e um ponto muito interessante que você tocou quando eu tô falando de uma ansiedade normal mal da nossa vida é natural que com algum esforço a gente consiga ter uma crítica de que aquele pensamento ele tá distorcido mas quando eu estou adoecido a minha mente não tá funcionando da maneira correta então usar frases de efeito como Tenha fé seja otimista pense pelo lado bom só aumenta o grau de Culpa da pessoa que já tá adoecida mentalmente essa pessoa ela vai precisar de terapia eventualmente de um tratamento medicamentoso ou dos dois Mas o que
ela menos precisa é de uma frase de efeito barata que não vai resolver os seus problemas tem três percepções que eu vejo em consultório com pacientes assim é que se repete se repete e aí vou pedir para você complementar também o que que aparece no seu consultório Tá vou falar o meu do ponto de vista psicológico culpa muita culpa em relação a tudo até a morte de alguém coisa que você não poderia né fazer nada mas se cria uma história mental de que se eu tivesse feito alguma coisa assim assado é culpa em relação a
tudo sentimento de inutilidade e desesperança são três padrões assim que eu vejo em consultório quase que carteirinha assim né a pessoa vai falando você ó lá já tá falando que é inútil já tá se sentindo culpado e já tá com desesperança no seu também sem sombra de dúvida são três pontos muito marcantes e eu quero até complementar um pouco mais sobre eles porque quando a gente pensa uma pessoa que tá vivendo ali com transtorno de ansiedade a gente fala muito sobre o que essa pessoa pode sentir mas se esquece de analisar como que costuma ser
a personalidade por trás daquele sofrimento mental eu tenho uma experiência de um professor que falou para mim o seguinte na época de residência a gente adoece com a personalidade que a gente tem ou seja se eu tenho uma característica minha por exemplo um perfeccionismo exagerado eu considero que tudo tem que est perfeito e se não tiver perfeito aquilo não vale nada que aquele pensamento 880 ou eu entrego o meu melhor e se eu não entrego o meu melhor eu sou um fracassado quando eu tenho esse padrão de perfeccionismo exagerado eu vou cair muito nesse ciclo
da culpa que você comentou eu acho que tudo é responsabilidade minha eu minimizo as minhas vitórias então quando uma coisa acontece e ela é boa foi sorte Foi por conta de outra pessoa foi o destino mas quando é algo de errado que acontece eu vou me culpar mesmo que aquilo não seja uma responsabilidade minha e a gente também esquece Nesse contexto Carina de analisar um ponto muito crucial que é esse ponto que você cita de se culpar por coisas que já aconteceram Eu costumo falar nas minhas consultas com os pacientes que a forma mais inútil
de sofrer é quando eu deixo de usar o meu passado como aprendizado Para experiências presentes e futuras e começo a usar ele para me martirizar então ainda que eu encontre ali no meu passado uma situação que eu poderia ter agido diferente Ou que eu me retrato em relação a um comportamento que não foi bacana a única utilidade disso é me transformar como ser humano para as próximas experiências porque muito do nosso aprendizado ele vem pela dor só que o ansioso ele sofre por um passado que já se foi e muitas vezes ele vai se martirizar
e ruminar esse passado que vai gerar um sofrimento que não necessariamente se traduz em aprendizado muito pelo contrário Às vezes isso vem na forma de evitação uma experiência passada infeliz me faz ter medo de ter novas experiências e aquele desfecho negativo se repetir evitação é a palavra de Pessoas com Transtorno de Ansiedade ou depressão né impressionante como evitação medo né de encarar porque o pensamento é catastrófico que vai vai dar errado então eu não faço né não não me exponho a esse risco você falou de ruminação e quando a gente eu já falei em podcast
aqui de ruminação eu trouxe o livro do ethan Cross que é um estudioso americano de ruminação e de ele é psicólogo e de técnicas psicológicas para eh diminuir a ruminação né e quando a gente fala de ruminação a gente acaba caindo na rede de modo padrão tem como explicar um pouquinho o que que é essa rede de modo padrão E por que que ela se aciona nesses contextos perfeito quando a gente pensa a rede de modo padrão ela nada mais é do que um mecanismo de sobrevivência Ou seja quando eu tenho uma experiência seja uma
experiência positiva ou traumática o meu cérebro t tentando me proteger e aumentar o meu nível de adaptação pro futuro vai gerar uma espécie de cicatriz no meu cérebro ou seja aquela experiência ela fica gravada essa experiência ela tem um viés de adaptação ou seja ela deveria em situações ideais me permitir que no futuro aquela experiência Gere uma resposta mais adaptativa mais funcional por exemplo se eu sofro um assalto e meu celular é roubado mas naquele contexto do roubo eu tava falando ao telefone no meio da rua tava desatento andando num beco escuro aquilo pode servir
de um aprendizado para que no futuro eu me atente mais para evitar usar o celular em lugares mais ermos escuros ou evitar andar desacompanhado em horários mais extremos mas o que que acontece com o ansioso essa cicatriz ela é tão traumática que na no medo e na preocupação daquele cenário se repetir eu começo a desenvolver uma evitação Ou seja eu não posso mais me expor em situações parecidas porque o desfecho automaticamente vai ser negativo Então aquela experiência passada ela deixa de ser uma fonte de aprendizado e passa a ser uma experiência de isolamento ou de
reclusão um exemplo que eu acho que ilustra melhor um pouco sobre isso vamos supor que eu tive um relacionamento amoroso e passei por uma traição que culminou ali no término do relacionamento E aí no meus novos relacionamentos eu começo a ficar extremamente ciumento e controlador porque eu entendo que se eu fui traído uma vez aquilo necessariamente vai se repetir ou que eu tô correndo um risco iminente em todos os meus novos relacionamentos Ou seja eu começo a levar uma situação traumática de maneira a Gerar sofrimento tanto em mim quanto no na minha nova parceira nos
meus novos relacionamentos por conta de uma situação estressora lá do passado tá E aí aí então é meio que e ficasse preso nesse nesse trauma ficasse preso no trauma Exatamente é como se o meu cérebro ligasse e falasse o seguinte essa situação já aconteceu antes reaja dessa maneira mas a gente tem um conceito hoje Karina que é muito importante de trabalhar principalmente através da terapia que é a flexibilidade cognitiva ou flexibilidade mental ou seja desenvolver a capacidade de entender que o nosso passado ele não necessariamente gera uma resposta igual no futuro eu preciso analisar tudo
que me acontece ou me aconteceu de uma maneira mais crítica Será que existe uma maneira de isso gerar um aprendizado e uma resposta mais adaptativa porque na cabeça do ansioso é uma repetição se a gente pensar a própria palavra ruminação é uma repetição então isso não gera um aprendizado não gera uma flexibilidade existe uma rigidez aqui e que a própria terapia trabalha isso muito bem e a psiquiatria fala drout de hã de uma pessoa porque a gente vê bebezinhos eu tenho duas filhas eh e comparando as duas filhas eu conseguia ver jeitos completamente diferentes assim
de de nascimento sabe de primeiro mês o mesmo móbile que eu punha na pui na pus na cama das duas Porque eu peguei da mais velha e pus pra mais nova gerava reações diferentes nas crianças uma ficava olhando que a gente até apelidou de de corujinha né que é minha primeira filha e a outra via e ficava super agitada coincidência ou não a minha primeira filha realmente continua coruja e hoje até entrou em Faculdade de Psicologia a menor ainda tem 13 anos mas é muito mais agitada já faz até terapia sofre mais com as coisas
a gente pode dizer que um bebê nasce jamais ansioso ou enfim com essas características genéticas de ansiedade ou de mais tranquilidade sem sombra de dúvidas aqui a gente tem que separar dois componentes Carina que são interessantes pra gente analisar e o padrão tanto de personalidade quanto de Sofrimento mental a primeira questão é a seguinte Todos nós temos uma genética em potencial que é aquele background que todo mundo já nasce com ele é o que eu erdo dos meus pais dos dos meus tios dos meus avós de comportamento ou de padrão é tipo aquela ideia que
eu quando eu falo o seguinte a minha família toda muito temperamental Fala alto briga brinca isso é um traço ali do temperamento que é um um traço da personalidade herdável esse traço de personalidade A genética ela é uma análise combinatória mesmo falando de irmãos A genética de um irmão não é Idêntica à genética do outro porque existem expressões de gênes e supressão de gênes então ainda que eu tô falando aqui de irmãos eu tenho uma combinação de possibilidades que vai fazer cada um deles ser único ainda que existe uma vulnerabilidade compartilhada pelos membros ali da
família o outro lado da história os outros 50% são as experiências que a gente vive Lembrando que não é só a experiência mas como eu interpreto ela eu posso passar por uma situação que para mim foi completamente traumática e você teria interpretado ela de uma outra maneira Mas essa combinação da minha personalidade do que eu erdo da minha família e da forma como os comportamentos acontecem e eu vou interpretando esses comportamentos que vai levar a um padrão tão diferente de uma pessoa paraa outra e é justamente por esse motivo que o trabalho do psicólogo e
do psiquiatra não pode ser uma receita de bolo do tipo você tá ansioso Toma esse remédio ou faz essa terapia existem tratamentos individualizados para cada pessoa porque cada pessoa é única então esses atendimentos de 15 minutos no SUS deve vocês devem puxar o cabelo né do que que acontece é um vamos tentar isso aqui para ver o que que vai dar não é sem sombra de dúvidas eu já acho difícil atender um paciente em uma hora porque se a gente parar para pensar principalmente ali numa primeira avaliação muitas vezes eu tô falando de alguém que
tem 60 anos 70 anos de vida e eu vou precisar entender como que eu posso começar a ajudar em uma hora agora imagina Carina eu tentar ajudar alguém sem entender quem é essa pessoa o que ela faz com quem ela mora o que que ela gosta Quais as dificuldades que ela já passou na vida dela quais experiências anteriores a essa busca ela teve será que ela me procurou pela primeira vez como um primeiro Profissional ou ela já teve alguma experiência infeliz vou te dar um exemplo de como que isso é dramático algumas vezes quando eu
falo com os meus pacientes sobre terapia que é algo que eu indico para praticamente 100% doss pacientes eu ouço o seguinte terapia não funciona para mim eu já fiz não deu certo e quando eu vou aprofundar com a pessoa o que que aconteceu eu percebo que na verdade a experiência com uma determinada pessoa com uma determinada técnica numa determinada fase da vida daquela pessoa foi ruim Agora me diz Será que isso é suficiente para dizer que a terapia não funcionaria para essa pessoa num outro contexto e de uma maneira personalizada pra necessidade dela naquele momento
então para eu ter uma análise completa de todas essas nuances eu não posso fazer um atendimento de 10 minutos eu brinco que se o atendimento for em 10 minutos eu não posso deixar uma cadeira na sala eu vou ter que atender o paciente em pé e chamar o próximo Exatamente exatamente É isso mesmo e falando um pouquinho até desses 10 minutos eh eu atendi um paciente recentemente que ele me procurou falando que ele tava com uma depressão insuportável era ass ele tava desesperado com aquela eu preciso melhorar tava muito muito ansioso ele estava ansioso mas
ele falava de depressão todo o discurso dele era sobre depressão né eh e aí eu fiquei pensando um pouco Nisso porque eu o atendi aí atendi mais uma vez e eu recebi como depressão mas na hora que você vai entendendo a história Na verdade ele tinha sintoma de toque completo e que se você tivesse 10 minutos atendendo no começo ele dava sintomas de depressão inclusive né mas depois eram um desespero de perder controle de achar que ele vai pular da janela e sabe de ter pensamentos intrusivos desse desse caráter sempre de vou fazer um mal
eu preciso ter alguém comigo para que eu não faça eh enfim e tinha né em 10 minutos você não ia conseguir pegar né nem história familiar né de porque é isso né quando você vai fazer uma anamnese você vai além de tudo isso que você falou da história da pessoa ainda você tem que saber um pouco dos familiares né se tem transtorno mental na família excelente colocação Karina e em relação a essa história familiar aqui a gente precisa fugir de dois extremos existe um extremo que negligencia o papel da história familiar que ele vai dizer
o seguinte o indivíduo é único a história dele é única e de fato é mas eu erdo da minha família uma vulnerabilidade para o adoecimento mental e muitos dos transtornos mentais como é o caso do TDH como é o caso da bipolaridade Existe uma grande correspondência familiar Ou seja muitas vezes é no meu diagnóstico que eu vou descobrir que aquele meu pai que tem um gênio muito parecido com o meu que o meu irmão que também tem comportamentos e ações relativamente próximas da minha também tem um transtorno e muitas vezes nem sabia quem aqui nunca
ouviu falar de um pai que levou o filho com diagnóstico de TDH e se reconheceu exatamente naquelas características quando ele era criança extremamente comum porém a gente precisa separar que Genética é fator de risco não é fator determinante Ou seja eu vejo muito essa preocupação no consultório minha mãe é bipolar Será que eu você ser também eu tenho um tio esquizofrênico Será que eu posso ter um surto Psicótico e aqui a gente precisa lembrar que A genética é um fator de risco mas não é um fator determinante ou seja se eu não tenho história familiar
de depressão automaticamente eu estou mais protegido do que você do ponto de vista de fator de risco mas talvez você ten Um Outro fator de risco que eu tô desconsiderando e que pode levar você a adoecer mentalmente eu não então a gente tem que entender que não é nem o extremo de ignorar o papel da história familiar e nem o extremo de acreditar que por conta de uma história familiar automaticamente eu vou ter o mesmo diagnóstico então a gente poderia considerar como uma família que o pai é diabético não necessariamente você vai ser vai depender
um pouco das condições Você tem uma predisposição Mas dependendo do estilo de vida que você tiver você pode suprimir essa né Essa herdabilidade exatamente eu brinco que se você tá numa família de diabético abre o olho com o doce porque você não tem a mesma mesmo espaço que alguém que não é diabético mas você não tá sentenciado a desenvolver diabetes se você cuidar do seu estilo de vida e fazer um acompanhamento periódico Ou seja é um risco perfeito então falando de estilo de vida é realmente verdade que o estilo de vida ele pode ser protetor
para transtorno mental sem sombra de dúvidas mas a gente vai cair de uma resposta muito parecida sobre os extremos e o que que eu quero dizer aqui é muito comum Carina que as pessoas me perguntem o seguinte se eu tiver um emprego estável se eu tenho uma aparência que é condizente com o que eu gosto ou seja eu gosto de quem eu enxergo no espelho eu tenho uma autoestima preservada eu tenho uma família que me valoriza Eu tenho um suporte Educacional isso me protege da depressão isso me protege da ansiedade protege mas não me blinda
ou seja comparado a alguém que não tem o básico de estilo de vida de dignidade de moradia de segurança de saúde eu tô mais protegido que essa pessoa mas por que que eu digo que isso me protege e não me blinda justamente porque existem essas outras vulnerabilidades como é o caso da questão familiar Então se a gente pensa por exemplo recentemente o padre Fábio de Melo citou um retorno do quadro depressivo dele Infelizmente eu vi muitos comentários no no no naquilo que ele divulgou que dizem o seguinte mas ele é rico ele é bonito ele
é um homem Tecnicamente de fé ele pode ter depressão mesmo com todo toda essa vida aparente de sucesso e bem-estar e não só pode como qualquer um de nós aqui inclusive nós dois que estamos conversando que somos da área da saúde mental ninguém é isento do adoecimento mental porque os fatores de risco eles são múltiplos então o que que eu gosto de dizer genética não escolho eu não tenho como escolher quem são os meus pais mas eu escolho o estilo de vida que eu posso ter então eu devo cuidar do meu estilo de vida porque
eu tô diminuindo a chance de adoecer mentalmente mas eu preciso ter a humildade de entender que isso reduz o risco isso não zera o risco e todos nós independente do estatus social econômico do sucesso profissional Nenhum de Nós Está blindado contra o sofrimento psíquico o que que por exemplo uma atividade física proteg o cérebro a atividade física hoje é considerada Carina o melhor remédio e o mais completo remédio de toda a medicina porque não tem nenhuma doença que não é impactada positivamente com atividade física do Câncer aos transtornos mentais a pressão alta diabetes e todas
as doenças que diminuem a nossa expectativa de vida mas falando um pouco sobre a saúde mental a atividade física aumenta a produção de distâncias no nosso cérebro que são neuroprotetoras tem uma por exemplo que chama bdnf que é um fator de crescimento de neurônios até pouco tempo atrás acreditava-se que o neurônio que eu tinha ele morria em determinado momento da minha vida e ele não se regenerava caso sofresse ali uma lesão ou um estress hoje a gente sabe que não é bem assim alguns estímulos como é a própria atividade física ela é capaz de liberar
esse combustível para permitir um processo que tem um nome difícil mas que eu vou explicar um pouco melhor que é a neuroplasticidade Ou seja é a capacidade do meu cérebro regenerar e fortalecer conexões que estão prejudicadas então a atividade física ela é parte do combo de tratamento e de prevenção de adoecimento mental porém eu gosto de fazer uma reflexão quando a gente tá falando de atividade física hoje entrou na moda muitos nutricionistas educadores físicos falarem em algumas Trends ali no Instagram no YouTube que atividade física curou necessariamente o seu transtorno mental de fato quadros leves
principalmente com um outro acompanhamento completo ou seja um sono de qualidade uma Alimentação adequada uma genética familiar que ela não é tão desfavorável com atividade física é possível sim que eu melhore de um quadro ansioso ou depressivo mas eu preciso olhar com muito cuidado se esse caso ele não seria também beneficiado de uma terapia ou um acompanhamento psiquiátrico medicamentoso porque a atividade física ela é um fator de proteção mas nem sempre ela vai ser suficiente para tratar um sofrimento mental se não fosse assim a gente não teria preparadores físicos nutricionistas sofrendo com o adoecimento psíquico
perfeito e da parte nutricional porque que é tão importante pra saúde mental aqui a gente vai desde uma questão estrutur Carina que determinados nutrientes que a gente consome eles são combustível para produzir inclusive os neurotransmissores que são as substâncias responsáveis pelo prazer pela motivação pelo aprendizado então por exemplo se eu tenho uma alimentação que ela tem ácido fólico ela tem vitaminas ela tem nutrientes essenciais pro desenvolvimento do meu corpo como um todo e do meu cérebro eu tô muito mais protegido do adoecimento mental mas existe também também um raciocínio que inverte um pouco Essa visão
que é quando a gente pensa sobre alimentação que não é saudável alimentos Ultra processados hiper palatáveis que são esses alimentos muito calóricos muito doces frituras e tudo mais eles podem favorecer um processo neuroinflammation ela não é um tratamento como um rótulo Mas ela é parte do estilo de vida que me protege ou me adoece mentalmente e Álcool o álcool a gente vai entrar Talvez num dos temas que é mais espinhoso assim na medicina talvez você já tenha ouvido falar Kina e isso é muito divulgado que uma taça de vinho todos os dias faz bem pro
coração ou que seu bebê só um pouquinho tá tudo bem aqui a gente precisa esclarecer um ponto essencial não existe dose segura e nem dose benéfica de álcool se a gente pensar por exemplo o vinho o ele vem da Uva através ali dos flavonoides e dos antioxidantes mas o álcool em si ele é sempre danoso o que eu costumo trazer em relação ao álcool é o seguinte Cada pessoa tem uma realidade eu tenho uma história familiar de alcoolismo que já aumenta a minha vulnerabilidade eu tenho uma tendência a beber muito eu tenho um transtorno mental
grave eu deveria passar longe do álcool se eu sou uma pessoa que tem um estilo de vida saudável eu não tenho uma história familiar de alcoolismo eu bebo muito pontualmente sabendo que o álcool não tem dose segura e nem dose benéfica tá fazendo mal não importa né Não importa exatamente a questão é quão mal eu tô gerando através Exatamente permo é hoje eu vou tomar álcool Então hoje eu sei que eu tô fazendo mal pro meu corpo e eu tô desencanado disso mas tá fazendo exatamente mas o que eu acho que mata as pessoas é
a ignorância muita gente acha que se for um pouquinho ela tá 100% protegida se ela beber SA vendo que ela tá em risco em maior ou menor grau tá tudo bem porque ela tá responsabilizando sobre essa decisão Mas o que eu acho que as pessoas não podem deixar de saber que não existe uma dose segura exato inclusive nesse livro que eu tô lendo do homo biológicos que eu comentei ele tava falando que por que que existe drogas lícitas e ilícitas se está completamente comprovado inclusive o álcool está em primeiro lugar eh como gerador de dependência
né uma pessoa que bebeu uma dose uma dose não que bebeu no ano passado tem 30% mais de chance de est bebendo esse ano o que é diferente da cocaína que é diferente de craque enfim e mas continua lícita embora a gente já esteja correlacionado com vários eh várias degenerações ou vários problemas de saúde relacionado ao álcool né a quantidade de gente que morre por conta de álcool é muito grande e aí a conclusão que ele traz um pouco eh não é nem das Indústrias não é isso mas ele acredita que é o álcool tá
tão inserido na história da humanidade que é muito difícil tirar né ela tá dentro de de comemorações virou uma coisa tão cultural bebê que a gente briga demais com essa ideia de tirar né como sendo ilícito mesmo mas seria talvez o certo do ponto de vista eu tô falando do ponto de vista médico né fazendo nenhum nenhuma Apologia do que deve ser ou não fazer mas que bom que você falou que não existe dose segura e que é é a mesma coisa que você pegar o carro e resolver Ah agora só vou brincar um pouquinho
deixa eu pô 250 km/h você tá se arriscando exatamente e sabe o que que eu costumo comparar Carina nessas situações se eu falar para você assim agora Carina eu não uso cocaína você não vai estranhar ou se surpreender Mas se eu falar em um grupo de amigos pessoal eu parei de beber eu vou ouvir que eu sou careta que eu tô pagando promessa que é por causa de religião que eu sou chato ou que eu deveria abrir uma exceção e parar de ser rígido comigo mesmo E isso não é só com álcool não até com
comida se eu resolver fazer uma reeducação alimentar e tentar restringir ou diminuir um determinado consumo eu sou boicotado até pela minha própria família porque essa questão do álcool principalmente ela é muitas vezes valorizada socialmente as pessoas entendem que automaticamente se se eu bebo eu sou mais desenvolto mais leve cool E se eu não bebo não se eu não bebo eu sou uma pessoa quadrada e aí a gente acaba desrespeitando até a decisão de Quem opta por não beber perfeito então a gente falou da nutrição a gente falou eh do consumo de drogas eh falamos da
atividade física vamos falar um pouquinho do sono por que que o sono hoje tá tão relacionado hoje não sempre né mas eu digo na na rede social a gente tem falado tanto da importância do Sono para a questão mental eu gosto de trazer um exemplo Carina que ele ilustra muito bem o por que o sono passou a ser avaliado como mais importante do que era alguns anos atrás Vamos pensar comigo o seguinte lá no homem das cavernas Tecnicamente o propósito do ser humano evolutivamente não tô falando aqui psicologicamente seria crescer reproduzir e propagar a espécie
Por que que seria benéfico pelas leis naturais alguém passar um ter3 da vida dormindo desprotegido de um Predador Então esse esse ser humano que tá lá dormindo assim como os animais ele poderia ser caçado e ele poderia ser fonte de alimento ou de uma rivalidade ali de uma determinado um determinado grupo ainda assim a natureza resolveu que era importante passar essa necessidade de todo mundo dormir 1 terço da vida exatamente ter vida então a ciência começou a olhar para isso como mais atenção e principalmente paraas pessoas que começaram a ter privação de sono todo mundo
aqui sabe que não dá para ter um humor estável não dá para se concentrar e executar bem as suas atividades sem um sono reparador E aí hoje a ciência avançou muito tanto que a gente tem uma especialidade hoje na medicina que é a medicina do sono e o que que a gente entende hoje do Sono primeiro ele tem um papel metabólico ou seja a quantidade de comida que eu como a quantidade de gordura que eu queimo a a quantidade de peso que eu acumulo tem a ver com o sono existe um papel imunológico então a
quantidade que eu adoeço a gravidade com que eu adoeço tem um papel imunológico existe um papel neurodegenerativo a chance de ter Alzheimer paron e outras demências tem a ver com o meu padrão de sono e dentro da Saúde Mental a gente já percebe com muita clareza que uma noite de sono ela tá como um fator protetor quando esse sono é reparador e como um fator de crise principalmente em transtornos mentais mais graves como é o caso da bipolaridade em que a simples noite mal dormida ela já pode ser um gatilho para uma crise mas tem
um ponto que eu gosto muito de falar principalmente para as pessoas mais jovens que acompanham a gente e que muitas vezes estão ali numa fase de preparação para vestibular ou para concurso que é o papel do sono na atenção e na memória existe uma área do nosso cérebro que chama hipocampo e uma das várias funções dessa área é transferir o o aprendizado de curto prazo pro aprendizado de longo prazo mas o hipocampo ele funciona no momento que a gente tá dormindo nesse processo ou seja se eu tento nesse mundo hoje da produtividade tóxica em que
dormir é visto como perda de tempo ganhar tempo privando o meu sono eu tô privando o meu aprendizado aquilo que eu tenho de experiência e que eu deveria memorizar a longo prazo vai est comprometido porque eu tô perdendo uma área de aprendizado e por último Só para não esquecer hoje a gente também sabe que durante o sono o nosso corpo ele não para de funcionar do ponto de vista de adaptação e sobrevivência e uma das coisas que acontece no cérebro enquanto a gente tá dormindo é uma espécie de faxina das toxinas cerebrais produzidas ao longo
do dia então no horário da noite que eu acho que eu tô só descansando o meu cérebro tá trabalhando de uma outra forma para me proteger de adoecimento neurológico adoecimento psiquiátrico e uma série de outras doenças cardiometabólicas que é o sistema linfático que você tá falando né eu achei sensacional aprender isso e e o mais interessante que eu gostei de estudar o sono Doutor Foi saber que não necessário embora o a gente fale de dormir 8 horas né e o livro que eu li foi do Matthew Walker que é porque nós dormimos isso ele fala
que não adianta você fazer isso de manhã Ah é bom dormir 8 horas então vou dormir das 6 da manhã e e vou compensar até às 4 da tarde né Eh se eu fiz a conta certa é a natureza ela é muito inteligente é a gente que estragam nos nossos comportamentos uhum esse exemplo que você tá citando eh qual que era a forma que o ser humano tinha antes da tecnologia de dormir e acordar era uma orientação exatamente era uma orientação solar ou seja de noite o descanso de dia eu trabalho e produzo tanto que
do ponto de vista biológico o ser humano ele é um animal de urno existem variações de animais para animais mas o ser humano é um animal essencialmente de urno existe uma questão que a gente não pode ignorar Carina que são os cronotipos que são relógios biológicos internos Ou seja eu posso ser uma pessoa mais Matutina e ter facilidade de acordar cedo e de dormir cedo enquanto você talvez seja uma pessoa noturna ou vespertina você produz melhor ali no período da tarde ou da noite mas acorda um pouco mais tarde o uma pequena variação ela é
aceitável em dois contextos na adolescência que a gente sabe que o adolescente Ele dorme tarde e acorda tarde não é porque ele é malandro ou porque ele não quer nada com a dureza existe um componente biológico que faz ele ter um cronotipo ainda que temporário mais o espertino que entra até numa discussão que as escolas deveriam começar um pouco mais tarde para não privar um sono essencial agora ainda que eu tenho um cronotipo noturno se eu durmo de madrugada no final ali pro meio da madrugada até mais tarde o benefício desse sono não é o
mesmo do que uma pessoa que dorme cedo então existe uma tolerância uma variação ali individual e entre grupos porém não adianta acreditar que dormir de 5 da manhã a meio-dia vai te dar o mesmo sono que uma pessoa que tá dormindo de 10 a 5 por exemplo isso é bem importante saber então a gente falou bastante dos estilos né Eh do estilo de vida e o quanto isso Impacta E aí eu queria fazer uma pergunta que é algo que todo mundo tem muito interesse é como leigo de saber sobre neurotransmissor dá pra gente falar categorizar
por exemplo serotonina dopamina noradrenalina Como de fato serotonina faz isso dopamina faz isso na hora adrenalina faz isso como todo mundo tenta encaixotar e entender como que é isso aí é uma ótima observação que quando a gente fala de um modelo explicativo eu tô tentando tornar aquilo didático mas toda vez que eu sou didático automaticamente eu sou reducionista Por exemplo quando eu falo aqui que a ansiedade é preocupação eu tô tentando colocar ela numa palavra que fique acessível para a maioria dos casos das pessoas que sofrem de ansiedade no caso dos neurotransmissores não é diferente
a gente sabe que existem vários neurotransmissores sendo três deles muito falados na medicina e na psiquiatria que são a serotonina a noradrenalina e a dopamina mas hoje a gente sabe que a interação deles é muito mais complexa do que a gente espera vou dar um exemplo aqui que vai ficar um pouco mais claro hoje no tratamento do TDH a gente tem uma medicação que chama atomoxetina que ela atua num receptor do cérebro que chama noradrenalina na verdade num neurotransmissor que é a noradrenalina se a gente parar para pensar o principal componente disfuncional do TDH é
a am Então por que que um remédio que mexe na noradrenalina Ainda Que ela faça parte do circuito do TDH pode melhorar tanto o paciente com TDH é porque mexer na nor adrenalina automaticamente mexe na Cascata que libera também a dopamina Ou seja hoje a gente sabe que os circuitos cerebrais Eles são muito mais complexos e uma outra coisa também que gerou muita polêmica recentemente é a teoria monoamines da depressão ou seja até pouco tempo para atrás o raciocínio biológico que se tinha de alguém que tá deprimido e extrapolando is para ansiedade também era falta
neurotransmissor aí o que que as pessoas Descobriram que nem todo mundo que eu dou neurotransmissor através de um remédio que não é nem bem dar um neurotransmissor mas estimular aquela via nem todo mundo melhora da depressão nem todo mundo melhora da ansiedade e aí começaram a surgir teorias complementares Então hoje a gente tem por exemplo a hipótese glutamatérgica que é um o glutamato é um outro outro neurotransmissor mas que também tá envolvido com adoecimento mental de diferentes vias Então hoje a gente sabe que o buraco é mais embaixo os neurotransmissores de fato estão desregulados nesses
contextos mas a regulação ela é muito mais fina e milindrosa do que a gente acreditava até poucos anos é tão simples né não é tão simples eu ouvi eh sobre a depressão saindo um pouco desse lugar de ser eh causada por uma baixa de serotonina eh uma uma outra hipótese falando sobre o stress crônico ter matado o neurônio seja em hipocampo em córtex préfrontal e essa morte ou do neurônio ou da da eh como é que chama das vias né de de comunicação é teriam diminuído e talvez isso pudesse est dentro de uma das possibilidades
de causa da depressão faz sim isso sim e é uma das áreas que tá sendo mais estudada o stress ele vai gerar inflamação e a inflamação vai ativar o nosso sistema imunológico para atuar contra um potencial inimigo só que a inflamação um dos principais problemas dela pra nossa saúde é que ela vai gerar o que a gente chama de radicais livres substâncias tóxicas que se acumulam ali no nosso sistema nervoso e vão matando essas células então um stress pontual que faz parte da nossa vida da nossa sobrevivência dificilmente ele vai gerar um dano tão progressivo
mas quando eu começo a acumular um estress crônico e repetitivo eu começo a matar neurônios e enfraquecer as conexões entre eles que é o que faz a gente entender hoje porque que quando eu faço um estudo pós-morte de uma pessoa que passou por um sofrimento mental muitas vezes eu vou ver um cérebro que ele tá atrofiado ou que determinadas conexões dele estão enfraquecidas porque ele foi perdendo o tecido perdendo massa ao longo da vida perfeito e aí eu comentei Antes desse podcast que eu falei que eu ia falar isso aqui porque é uma preocupação que
eu tenho eh vários pacientes que estão no stress crônico que já desenvolveram aí a sintomas de ansiedade às vezes já estão com transtorno de ansiedade ou com depressão tem medo de tomar remédio né eh e aí eu queria que a gente discutisse um pouquinho isso porque o fato de não tomar remédio eu queria que a gente falasse o malefício e o benefício de tomar remédio diante desse cérebro que tá perdendo seus neurônios perdendo conectividade mas a pessoa fala mas eu não quero tomar isso aí eu tenho medo né que que a gente pode falar para
essas pessoas eu gostaria de começar nesse ponto Karina explicando que dentro da Saúde Mental a primeira separação que a gente faz é que existem determinados transtornos que Obrigatoriamente exigem tratamento com remédio como é o caso da bipolaridade da esquizofrenia mas a maior parte dos transtornos mentais ela pode ser tratado ou com terapia ou com medicação ou com tratamento Combinado então a primeira pergunta que a gente precisa responder é o seguinte qual que é a preferência do paciente porque se ele tá sem tratamento nenhum e ele prefere por exemplo Começar o tratamento numa via não medicamentosa
a terapia tá muito bem indicada a segunda pergunta que a gente faz é a seguinte Qual que é a gravidade desse quadro situações de maior gravidade como um transtorno de ansiedade grave geralmente respondem melhor quando eu combino terapia e medicação e uma terceira questão que a gente avalia o histórico de vida dessa pessoa ela já se beneficiou em determinado momento da vida de um tratamento medicamentoso Então esse tratamento provavelmente será útil novamente agora esse estigma com a medicação ele acontece por dois problemas grandes O primeiro é a a psicofobia ou seja as pessoas ainda avaliam
e imaginam o psiquiatra como médico de doido então a loucura ela é atrelada à profissão sendo que hoje a maioria das pessoas que busca atendimento psiquiátrico estão com problemas completamente frequentes na nossa vida Burnout transtorno de ansiedade generalizada depressão toque insônia e tantos outros o segundo ponto é que muitos profissionais não separam tempo da consulta para explicar alguns conceitos básicos PR os pacientes e eu gostaria de trazer alguns aqui que talvez para você que tá ouvindo a gente vai ficar um pouco mais claro o primeiro deles é o seguinte existem na psiquiatria medicamentos tarja preta
que são os medicamentos com potencial dependência como é o caso do zpid do Rivotril mas os antidepressivos que são os remédios usados tanto paraa depressão quanto pros transtornos de ansiedade eles não são tarja preta ou seja eles não causam risco nenhum de dependência o segundo ponto é entender que hoje o tratamento em Saúde Mental ele é muito focado no problema específico do paciente por exemplo para um idoso que tá com insônia e com perda de apetite eu usar um remédio que dá sono e melhore a relação dele com a comida vai ser ótimo mas esse
mesmo remédio pode ser péssimo para uma pessoa que já tá em sobrepeso e que precisa est mais Alerta mais acordada Então eu também tenho que entender que o tratamento ele tem que ser individualizado só que até Poucos Anos Atrás a gente tinha pouquíssimos medicamentos na psiquiatria ou seja o paciente ele era meio que obrigado a tolerar o desconforto que eventualmente um remédio poderia trazer e um ponto Agora que eu acho que talvez seja ao meu ver o principal ganho das redes sociais hoje a gente democratizou a informação em saúde Então até pouco tempo atrás Carina
o médico trabalhava num modelo de hierarquia ele te falava o que você tem o que você deve tomar e você que se vire com as suas dúvidas e questionamentos hoje o tratamento em Saúde Mental ele é um tratamento colaborativo eu preciso saber o que que você espera do tratamento O que que você não toleraria de efeitos colaterais com esse tratamento eu preciso te explicar como que ele funciona esclarecer todas as suas dúvidas e eu preciso te dar assistência entre uma consulta e outra ou seja você não tem que esperar semanas ou meses até descobrir se
aquilo que tá te incomodando vai passar ou não então hoje ter um tratamento que ele é transversal no sentido de quebrar essa hierarquia ele permite que o paciente ele participe ativamente da decisão do processo de uso de um tratamento medicamentoso combinado ou não com a terapia arrazou gostei muito tem alguma coisa que você percebe que H te perguntam muito na DM ou no seu consultório que você acha que seria legal compartilhar aqui Aproveitando né esse espaço sim eu acho que a dúvida que mais chega para mim é a seguinte Carina eu vou conseguir curar dessa
ansiedade Será que um dia eu vou ser uma outra pessoa por quanto tempo que eu me trato e tudo mais quando a gente fala seja através da terapia ou do tratamento medicamentoso da ansiedade a gente precisa entender o seguinte a cura desse transtorno da ansiedade ela vem da interpretação que eu faço da realidade não é interpretação aqui no sentido de força de vontade é interpretação através de um tratamento Mas o que eu aprendo quando eu estabilizo da ansiedade é olhar pra realidade de uma maneira mais realista ou seja com a capacidade de não me paralisar
com potenciais medos que muitas vezes não vão se cumprir com o discernimento de tomar a decisão na hora certa e em todo um processo de estilo de vida que vai me proteger desse adoecimento mental E aí trazendo uma resposta que talvez vai ilustrar isso um pouco melhor sempre que um paciente meu tá tratando ansiedade e ele volta no consultório melhor eu faço a seguinte pergunta eu quero que você me conte o que que mudou na sua vida e a fala que eu mais recebo de volta e que eu acho incrível é o seguinte luí minha
vida não tá melhor objetivamente falando eu continuo com problema no trabalho eu continuo com dificuldade financeira eu continuo com um problema em relação ao futuro mas hoje eu encaro esse problema de uma forma realista Ou seja eu tô com um problema real que eu posso resolver ele agora ou eu tô com medo de uma coisa que daqui 40 anos Talvez possa acontecer uma Terceira Guerra Mundial uma catástrofe climática que não tem algo que eu possa fazer além do meu estilo de vida então quando eu trato a ansiedade e eu devolvo pra pessoa a proporção na
na racionalidade dela não é que o problema desaparece é que ela para de enxergar o problema que não existe isso olha aconteceu hoje aí eu posso dizer uma paciente que é a segundo atendimento dela comigo e ela foi contar uma parte difícil da vida dela e ela chorou e ela já fez terapia várias vezes e ela falou tá vendo por isso que eu preciso de ajuda Por que que eu tô chorando ainda né não era mais para eu estar chorando por isso E aí eu disse para ela que eh estar bem não significa deixar de
sentir dor né ela quando ela contar algo que foi ruim da vida dela aquilo vai doer do vai doer não vai ser feliz ah deixa eu te contar uma coisa horrorosa que aconteceu na minha vida a questão é como que você vai como que isso influencia na sua vida e era uma e é uma pessoa exatamente como como você tá comentando uma pessoa que eh a o passado não mudou mas ela conseguiu se comportar na vida de uma forma muito menos catastrófica né então tem coisa para cuidar ainda tem um detalhe mas é isso né
fazer terapia ou tomar medicação não significa parar de sentir dor parar de chorar eh é muito mais se sentir mais seguro vou dizer talvez a palavra não sei se é bem essa para lidar com os problemas estão aí como eles já estavam antes do seu adoecimento né exatamente tem uma fala que eu gosto muito de trazer pros meus pacientes Carina que foi colocado na cabeça de muita gente que o propósito do ser humano é ser feliz como se felicidade fosse um status contínuo de bem-estar de satisfação que não mudasse ao longo do tempo e para
mim a minha visão de mundo é que o propósito do ser humano é encontrar o seu lugar no mundo o seu propósito quem ele é e o que que ele decide fazer com as decisões dele felicidade ela é um sentimento e Uma emoção efêmera ou seja ela tem hora para passar e hora para chegar e a beleza da vida tá exatamente nisso em a gente entender que existem momentos difíceis momentos de Vitória momentos de preocupação mas que tem uma naturalidade ou seja eles vêm e voltam e eles não ficam mais do que eles deveriam então
quando a gente fala sobre lidar com as nossas emoções que é um uma questão que hoje tem sido chamada de Inteligência Emocional a gente precisa separar que inteligência emocional não é se sentir bem com a vida o tempo todo não é ignorar que um problema existe não é a visão daquele livro Poliana de que eu tenho que enxergar o lado bom de tudo Inteligência Emocional é a é o processo de entender que nem tudo que eu sinto deve gerar uma reação desproporcional automática exagerada e entender que todo sentimento e emoção ele tem um propósito então
tirando aqui o caso de uma tristeza por depressão tirando caso de uma ansiedade paralisante eu preciso sentir raiva para eu começar a colocar os meus limites eu preciso sentir Tédio e acostumar com tédio porque ninguém é produtivo 100% do tempo pelo menos não deveria ser exatamente que hoje a gente vive essa produtividade tóxica em que eu sinto culpa de ficar parado ou de ter um momento de ócio eu deveria me sentir confortável com o luto e a tristeza não aquele luto prolongado mas aquele luto de eu sentir falta de algo que significou muito para mim
eu preciso começar a aceitar a angústia então Tem situações de vida que são angustiantes e são preocupantes Isso faz parte da vida que que eu não devo aceitar Carina aquilo que tá exagerado fora de proporção ou fora de contexto mas não existe absolutamente nenhuma emoção humana que ela não vai existir na nossa vida ainda que ela seja desagradável então talvez o que Eu mudaria nessa visão é qual que é o propósito desse sentimento minha vida se a gente olhar com um olhar mais empático a gente vai perceber que até aquilo que é desagradável exerce um
papel essencial na nossa vida uhum É isso mesmo a gente tá falando de intensidade E o quanto isso atrapalha a sua vida né mas que as emoções todas elas sejam as coloridas ou as mais cinzas elas vão elas elas vão existir tem a sua função né exatamente E aí que tá a beleza da Saúde Mental quem tem uma boa saúde mental e que não é é um estado é um trabalho diário é aquela pessoa que ela sabe lidar bem com as suas emoções ela sabe colocar limites ela sabe o momento de recuar mas ela sabe
também o momento de ter coragem de tomar decisões Uhum é uma pessoa que entende que a vida ela é uma eterna incerteza existem fatores que eu controlo mas eu preciso abrir mão de ter um controle absoluto sobre tudo que aí é um recado pro ansioso que quer controlar tudo e todos para se sentir seguro e entender que esses altos e baixos eles podem ser vividos de uma maneira plena E satisfatória se eu aprendo a enxergar que as dores e as dificuldades elas fazem parte do nosso desenvolvimento Arrasou muito bom adorei eu vou contar aqui para
vocês eu não sei nem se você já viu lá no meu perfil e e tem muito a ver com o nosso assunto sobre a comunidade tardia Branca Você já viu já vi no seu perfil e achei genial Já é então deixa eu contar um pouquinho para vocês da comunidade tardia Branca porque daí fica um convite a comunidade de tarja branca não não chama Tarja Branca porque eu sou contra remédio é só porque eu não sou psiquiatra então eu não eh não receito nenhum tipo de medicação e a ideia do Tarja branca é poder ensinar tudo
eh que vocês podem fazer para manter a saúde mental eh e para além se você precisar da sua tarja preta que não tem problema nenhum se for o caso e e seu médico te orientar tardia branca é uma comunidade onde você vocês me encontram semanalmente ou algum convidado adoraria te ter lá um dia se você puder participar Vai ser uma honra Ah que delícia é toda quinta-feira 7 horas da noite uma horinha de encontro é aquela hora para você poder refletir sobre um assunto da sua vida tô sempre trazendo assuntos como esse para ver se
vocês aprendem e conseguem colocar alguma coisa em prática não substituir terapia não é terapia é um lugar de reflexão de aprendizado de psicoeducação para que que vocês possam viver uma vida mais tarde a branca e se vocês tiverem interesse em conhecer vou deixar aqui embaixo na descrição para vocês comunidade tard Branca aí vocês cliquem aí aproveita se você tá gostando desse Episódio já clica em seguir a gente e no nosso curtir Doutor Se as pessoas quiserem te encontrar ou na rede social ou no seu consultório então se você puder falar para elas até olhando pra
câmera lá onde que elas podem te encontrar bem se você busca não só por um atendimento em Saúde Mental mas para entender mesmo um pouco sobre as nuances do que que é saúde mental o que que é adoecimento psíquico e falar muito mais do que remédios Mas como que eu construo um estilo de vida que me protege do sofrimento mental eu te convido a conhecer o meu perfil no Instagram que é o Dr Edu Xavier psiquiatra por lá você também consegue informações sobre o link de agendamento de soltas mas também participar caso você deseja da
minha comunidade também que chama pílulas da mente em que eu compartilho ali com quem me acompanha algumas orientações e reflexões sobre saúde mental e também através do site Dr luí Eduardo Xavier psiquiatra você também pode me encontrar e ter mais informações e para quem me segue também no Instagram eu gostaria de convidar você para também conhecer o perfil e o trabalho da Karina que foi inclusive uma das minhas inspirações para criar a minha rede social delícia Nossa que presente eu vi isso é uma honra est aqui hoje É uma honra te receber te agradeço muito
você fala muito bem explica de forma extremamente Clara Acabei de ver o Gabriel aqui fazendo assim com a cabeça deve ter aprendido bastante né Gabi levou uma sessão de de psiquiatria junto com a gente é que bom muito prazer sempre que vier a São Paulo está convidado aqui É uma honra de ter aqui vai ser um prazer aqui novamente Obrigada beijo gente muito obrigada por estarem aqui compartilhe sabe que é um é um gente de novo a porcentagem de gente com transtorno de ansiedade no Brasil tá bem alta né Doutor quase 20% da população sofre
ou vai sofrer com ansiedade ao longo da vida cada 10 pessoas duas se na sua família tem 20 pessoas aí a gente já tá falando de pelo menos umas quatro sofrendo e você pode ser uma delas mas Compartilha esse conteú e o Brasil é o país mais ansioso do mundo não é uma estatística que eu tenho orgulho de falar mas a gente precisa se atentar pras políticas de saúde mental E se a gente não se cuidar e você não tem transtorno tô falando eu você e o doutor a gente entra nessa estatística Tá e é
por isso que a gente tá trazendo esse conteúdo pra gente fazer o máximo que der que está sob nosso controle para que a gente não sofra porque é é muito difícil a gente vê o sofrimento ainda bem que tem aí como revert tem muita coisa para fazer mas a gente não quer chegar lá então se cuidem gente até o próximo episódio i