[Aplausos] convidamos também a chefe da assessoria para Equidade racial em saúde luí Eduardo Batista convidamos a diretora da fundação Osvaldo Cruz fio Cruz Brasília Fabiana Damázio o secretário executivo do Conselho Nacional do secretários de saúde con [Aplausos] fros convidamos também senhora Eliana emetério da mesa diretora do [Aplausos] CNS convido a secretária executiva adjunta do Ministério da Saúde Ministério da Igualdade racial Ana Mir Caran [Aplausos] convido o chefe de gabinete do Ministério da Saúde José Guerra convido a representante adjunta da organização Panamericana no Brasil opas OMS Elisa Pietro convido o secretário de informação e saúde digital
substituto Paulo celeira convido também o secretário de saúde indígena substituto Sr Nelson Soares Filho e convido o secretário de atenção primária à saúde Felipe proenço o seminário Equidade ética no racial nas redes de atenção à saúde Visa promover entre os gestores e gestoras estaduais a implementação de ações e estratégias antirracistas de promoção da Equidade técnico racial nas redes de atenção à saúde o evento é resultado da articulação entre Ministério da Saúde Conselho Nacional de secretários de saúde conaz organização Panamericana da Saúde opas Ministério da Igualdade racial a realização deste evento é resultado de uma soma
de forças mobilizadas por ações históricas de promoção da igualdade etnicorracial e pretende envolver as redes de atenção à saúde por meio das câmaras técnicas do conas além de áreas técnicas ligadas à saúde materna infantil e os distritos sanitários especiais indígenas e gestores e gestoras de promoção da Igualdade racial na construção de propostas que avancem no aperfeiçoamento das redes de atenção à saúde entre essas redes destaca-se a rede Aline que atualizou a rede cegonha o foco é o fortalecimento da política nacional de atenção à saúde dos povos indígenas e da política nacional de saúde integral da
população negra estruturação de instâncias e corpo técnico para que o antirracismo seja um princípio ético-político aplicado na elaboração e na execução de todas as políticas de saúde voltados a trabalhadores e gestores do SUS o evento reúne integrantes das seguintes câmaras técnicas do conas atenção primária saúde atenção à saúde comunicação em saúde epidemiologia e questão de trabalho e da Educação na saúde e qualidade no cuidado e Segurança do Paciente entre os resultados esperados estão sistematização de experiências promissoras em Estados voltados à promoção da Equidade én racial nas redes de atenção à saúde identificação de oportunidades de
parcerias para cooperação técnica e articulação interfederativa para a promoção de Equidade étic no racial em saúde neste momento convidamos para sua fala de boas-vindas o chefe da assessoria para Equidade étic no racial em saúde Luís Eduardo [Aplausos] Batista muito feliz de vocês aceitarem eh o nosso convite eu sou luí Eduardo Batista sou um homem negro e de 1,8 80 cabelos brancos cada vez mais branco mais um evento desses a minha equipe fala tchau luí e e e o cabelo fica branco de vez eh tô usando um terno Azul uma camisa azul e gravata também azul
e sapatos eh é marrom eh tô muito feliz muito feliz de estarmos aqui eh muito feliz de de ter aqui uma junção eh de pessoas e de instituições que eu vou contar um pouquinho para vocês agora mas mais do que tudo feliz do que é que a gente pode do que a gente quer com construir conjuntamente no dia de amanhã porque é isso a gente convida traz Mas a gente dá trabalho né bem o decreto 7508 de 28 de junho de 2011 regulamento planejamento da saúde a assistência saúde e a articulação interfederativa artigo 2 do
desse decreto aponta que é a partir de identidades culturais econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transporte compartilhados que poderemos integrar a organização o planejamento e a execução das ações e serviços da atenção primária da urgência e emergência da atenção psicossocial a atenção ambulatorial especializada e hospitalar a vigilância em saúde mas o acesso é universal o acesso é universal mas é igual para todos todos estão tendo acesso Qual a atenção primária especializada né urgência e emergência as ações e serviços de saúde devem ser ordenadas pela atenção primária e deve ser fundada
na avaliação de gravidade do Risco individual e coletivo no critério cronológico o quesito raça cor tem entrado a vulnerabilidade da população negra indígena tem tem Aparecido nos critérios de risco individual e coletivo no planejamento em saúde deve ser considerada as características epidemiológicas e da organização dos serviços nos entes federativos e nas regiões de saúde no entanto a informação raça e cor etnia não é considerada no planejamento em saúde out enganado o perfil da população por raça cor e etnia entra na análise assistência farmacêutica bem essas questões estavam sendo conversadas com por mim Dr Jurandir num
evento na no auditório no auditório do Ministério da Saúde e estávamos assim conversa leve como vocês estavam vendo né não é Dr Jandia que como é que que luí precisamos conversar um pouco mais sobre isso aí vinha o conas eh voltamos a conversar aí olha luí essa ideia é boa hein o O que é que realmente como é que essas populações negras e indígenas acessam as redes de atenção o que é que a gente tá fazendo como é que nós estamos fazendo o acesso paraa gente tá fala de populações vulnerabilizadas coloca no pacote como populações
vulnerabilizadas mas o que realmente a gente faz bom a ideia dormiu a ideia acordou no dia seguinte a ela eh nos juntamos novamente ele disse Zezé Cupertino vem aqui a gente precisa conversar um pouquinho aqui com o Luiz Ah esqueci de dizer que no dia que nós estávamos conversando isso estava na nossa frente a a Doutora Socorro grossa ela falou hum Se vocês forem fazer um seminário aí esse negócio que vocês estão falando eu tô junto hein eu tô junto com vocês vai nascendo a ideia vai sendo construída e a rede vai sendo tecida Volto
ao Ministério da Saúde começamos a pensar dentro do ministério se o racismo é estrutural se ele vai produzindo falhas em toda a rede de atenção na atenção primária especializada na emergência na vigilância e na atenção psicossocial Então quais são as câmaras técnicas que dialogam com esses temas Quais são as as câmaras técnicas do conas como é que a gente pode juntar se as câmaras técnicas esses gestores estaduais com os gestores de promoção da Igualdade racial com a planificação né Zezé como é que a gente traz os os hospitais da ebser como é que a gente
pega as pessoas luí que estão nesse té 166 que você sempre fala então é nessa perspectiva que nasce esse encontro e essa reunião eh de entidades sentadas todas aqui né todos todas as secretarias do ministério se envolveram eh e aí quero mais uma vez agradecer e principalmente a secretaria executiva eh Yuri Santos e Brito Santos que colocou toda a equipe deles da secretaria executiva pra gente dialogar por toda o para todo o Ministério da Saúde construíssemos juntos também esse momento o apoio da F Cruz fundamental obrigado Fabiana eh você e toda a equipe Rafael Fernando
né que trabalharam ontem ainda Fernando Rafael ficou uma pessoa presa num aeroporto por favor vamos emitir uma passagem por urgência Muito obrigado eh obrigado ao Conselho Nacional de saúde guerra pelo apoio de sempre e os secretários e as né E daqui a pouquinho a gente vai falar um pouquinho aí mais do trabalho das secretarias mas muito obrigado muito obrigado opas Mir e conas pela gente poder est aqui junto e juntos construirmos esse plano de ações que a meu ver pode vir a ser eh um um um bom um bom exemplo paraa reunião dessa semana na
tripartite né Jurandir pra gente contar na tripartite Desse nosso feito juntar seis câmaras técnicas dois Ministérios e o ministério e a organização pan-americana de saúde para que a gente possa pensar estratégias de enfrentamento ao racismo nas redes de atenção a saúde mais uma vez obrigado por vocês estarem aqui e aceitarem o convite e neste momento será exibido o vídeo homenagem à liderança Comunitária do do Quilombo Serra da Guia em Sergipe Benz e Parteira Zefa da Guia [Música] [Risadas] [Música] [Risadas] [Aplausos] [Música] [Risadas] [Música] k [Música] [Risadas] [Aplausos] h [Aplausos] [Música] [Música] o giro Sergipe de
hoje vem até o município de poço redondo no sertão Sergipano conhecer uma das figuras mais ilustres e respeitadas da região imagina de quem eu tô falando essa re aprendi ela com 7 anos de idade eu comecei a vener no povo e comecei a receber luz só para fazer o bem apresentar vocês essa mulher responsável por ajudar a trazer ao m Don da sua Deus abençoe e que Deus hum e quero trazer muito mais se Deus quiser que me dê muitos anos de vida sou Parteira de 11 anos de idade casei com 12 anos TR meses
nunca mudei resir de anos e foi três coisas que eu esol no meu crescimento foi ser Parteira e Rezadeira e acolher os precisados e os srit das nossas comunidad ti oit se criou quatro e criei 18 fil dos outros eu ia fazer se a senhora puder Mat n digo não lá tem uma vaga Se vocês quiser me dar eu pego e levo Quando Eu cortava oão pegava tava aqui minha ca com eles criar nesse cenário do alão a representatividade da mulher nordestina mais que isso da mulher brasileira estamos falando de dona Josefa Maria carinhosamente chamada
dea da Guia uma referência aera da Guia que fica logo ao fundo de sua casa famosa por aqui o po fala é eu acho que não hein quantas crianças senora já pôs no mundo a gente fez a de 5000 5000 crianças 5000 que foi feito né não tem muita história para contar Dona Jose Parteira parto natural natural o primeiro parto Dona Zefa fez quando tinha 11 anos de idade hoje andando pelo Vilarejo quase todos os adultos e crianças vieram ao mundo pelas suas mãos em meio a tantos fos a senhora já perdeu alum bebê durante
o parto Não nunca nunca nunca nunca Qual seu segredo para uma mulher conseguir ter o seu filho de forma natural Qual é o segredo é só ela se organizar e dizer eu quero e a gente chega perto mas eu acredito que ard para o f nascer é uma beleza a coisa melhor que ter que funciona o corpo todo ele se balança e ele tem força e o sangue vai corações eu acho que a melhor coisa que nós temos é ter um filho normal eu acho que representa tudo muito muito muito mesmo porque hoje vocês viveram
aqui referência de quem da Guia né se a gente assim perder ou parar de não ter mais ela sei que esse nunca mais será a mesma coisa nunca gente meso pensa assim igual a mim que fechar os olhos partir pronto aí para muitas coisas a gente tá acabado perguntaa o tempo todo mundo ficou é o mundo é Deus temp nos pens você você sab você sab mãe temp meses meses M temp eu acho que é uma cruz que eu carrego a minha missão Se a gente pudesse a gente não morreria porque queria ficar muito tempo
mais para construir e fazer uma coisa mais que possa agradar E aí eu tenho que acolher e dizer quem sou eu e ven cá V cá tem uma vaga tem uma vaga pode chegar e eu t Muito obrigado quero que vocês fiqu mais se vocês quererem as portas estão abert e os braços para abraçar neste momento convidamos para que componha o nosso dispositivo a senhora Márcia Pinheira assessora técnica do concens representando neste momento o presidente richan Mohamed [Aplausos] hamida convidamos para fazer o uso da palavra a coordenadora da política de saúde da população negra da
Secretaria Municipal de Saúde do Recife Costa dos [Aplausos] Santos Bom dia a todas as pessoas aqui presentes Bom dia a toda a mesa eu gostaria de iniciar a minha fala agradecendo a minha ancestral ade que me permitiu estar aqui nesse momento né que me trouxe todo o aprendizado que hoje aqui vou compartilhar com vocês então eu Saúdo aqui né a todas as mulheres que vieram antes de mim né E que trouxeram aí diversos aprendizados eu sou Rose Santos sou de Recife Pernambuco com orgulho sou mãee de Gabriel Santos um jovem negro sou servidora pública da
Secretaria de Saúde do Recife estou coordenadora da política Municipal de Saúde integral da população negra até o início de 2025 aonde eu irei transitar para integrar o grupo do apoio estratégico aqui no ministério saúde irei falar um pouco mais à frente queria também saudar algumas mulheres que me antecederam na implantação e implementação da política nacional de saúde integral da população negra aqui no Brasil e aqui eu Saúdo Jurema Verne Lúcia Chavier Fernanda Lopes podem aplaudir por favor Fátima Oliveira em memória Sony Santos também memória Eliana emetério el Soares tá ali chegou Maria inê Barbosa E
tantas outras mulheres homens também como Luís Eduardo Batista no qual eu agradeço o convite e o reconhecimento de toda a minha trajetória dizer que a política nacional de saúde integral ela se deu a partir da luta da sociedade civil dos movimentos sociais negros que se comprometeram né a partir da conferência de Durban lá em África né no processo do combate naquela época do enfrentamento ao racismo na saúde e aí também contar um pouco da minha experiência enquanto servidora pública enquanto uma mulher negra que está dentro de um grupo de gestores e gestoras né implementando e
trazendo a importância de se movimentar no antirracismo na saúde dizer também que as organizações governamentais ainda não têm uma luta antiracista esse é o nosso grande objetivo enquanto gestores e gestoras secretarias organismos governamentais a gente ainda fica num combate e no enfrentamento ao racismo a sociedade civil e as ONGs conseguem há muitos anos se movimentar na luta antirracista mas estamos aqui né nesse propósito de eh um dia a saúde vim para de fato se movimentar reconhecendo o racismo como um mal e como né Um um grande eh desafio no processo de adoecimento e morte para
as pessoas aqui no Brasil eu chego na coordenação da política de saúde da população negra em Recife no ano de 2009 Na época eu era técnica fazia parte integrava a equipe na época também a coordenadora Sony Santos e em 2016 eu assumi a coordenação dessa política em Recife aonde enc diversos desafios do racismo institucional no racismo estrutural encontrei também um desafio grande que se chama orçamento financiamento não se faz política pública sem financiamento e orçamento me deparei com diversos processos modelos da rede de atenção à saúde né modelos que não nos incluí não nos reconhecia
enquanto enquanto população negra o modelo eugênico né que trazia para eh todo o globo da Saúde o aumento das iniquidades raciais das iniquidades em saúde e a política Municipal de Saúde da população negra em Recife ela foi implantada em consonância com a política nacional em 2006 através do grupo de trabalho que foi criado pela sociedade civil pelos movimentos sociais negros na cidade do Recife e a partir desse grupo o houve-se houveram-se vários movimentos várias manifestações Aonde a gestão na época em 2002 2003 né reconheceu e implantou a política Municipal de Saúde integral da população negra
e aqui eu compartilho um pouco dessa Minha experiência desde 2016 na verdade desde 2009 né da importância desse resgate dos nossos saberes africano da importância de colocar a política de saúde da população negra não apenas como uma política transversal e sim como a política estrutural precisamos olhar para toda a complexidade que a população negra apresenta não apenas como fator de adoecimento mas principalmente resgatando os nossos saberes ancestrais das nossas parteiras das nossas benzedeiras das nossas rezadeiras porque assim vamos de fato implementando e trazendo esse olhar de forma antiracista e Recife assim como outras cidades no
Brasil Porto Alegre Salvador tem um protagonismo né na implantação e implementação da política de saúde da população negra não só apenas com ações com atividades pontuais essa essas cidades e essas políticas elas trazem no seu corpo um processo de implementação são com continuidade com ações voltadas né à educação Permanente em saúde com projetos que trazem um olhar de promoção à saúde para as religiões de matriz africana e afro-indígena é importante destacar que se o gestor ou a gestora não coloca a política nacional de saúde integral na pauta principal de todo o modelo da rede de
atenção à saúde nós teremos indicadores que não são indicadores desejáveis e não serão indicadores que a gente né planejou e que nós queremos de fato com a luta antiracista também queria destacar a importância do letramento racial dentro das secretarias do processo formativo do Diálogo E aí vão Várias Vários conceitos das atualizações das formações das capacitações né hoje a gente tem aí diversas diversos diálogos né acerca desses conceitos Mas o que eu quero dizer é que a gente precisa levar para pauta conversar com o trabalhador e a trabalhadora que está dentro do território e vivencia o
racismo institucional em curso a todo momento e que que acolhe a população que acolhe as pessoas que chegam nas unidades de saúde nos serviços de saúde é nesse SUS que eu acredito aonde a gente olha e traz para dentro dos territórios de fato a implementação de políticas como a dar saúde da população negra né reconhecendo também os saberes dessas pessoas queria também trazer aqui a importância do processo de colocar dentro das organizações dentro do processo de planejamento dos planos de saúde das secretarias as metas né as ações a importância de trazer pro centro desses documentos
a política de saúde da população negra e por fim aqui né eu destaco uma estratégia que nós utilizamos no município do Recife na saúde nos terreiros aonde nós temos um projeto chamado ninar nos terreiros que traz o olhar para as infâncias negras né Trabalhando racismo na infância o racismo religioso na saúde e reconhecendo que esses espaços são espaços de cuidados em que muitas vezes as pessoas procuram os terreiros antes de ir paraa Unidade de Saúde de procurar os profissionais de saúde e esse projeto ele tem corrido mundo o ano passado eu estive em Havana em
Cuba recebendo um prêmio pela organização Panamericana de saúde aonde eh nós apresentamos todos os resultados e o corpo projeto ninar nos terreiros e também aqui eu queria dizer para vocês que eu não chego sozinha até esse lugar eu chego acompanhada de toda uma coletividade de mulheres e de homens negros aqui também eu trago os meus companheiros e companheiras de secretaria municipal né o meu apoio técnico bbar para Souza os residentes e as residentes a gente acredita num processo formativo de continuidade todos os ecs os agentes comunitários de saúde todos os profissionais que estão dentro do
território fazem parte desse Globo desse coletivo que aqui represento e nesse momento eu gostaria de pedir licença a toda a formalidade aqui do evento e queria pedir para que meus colegas do apoio estratégico que a gente tá já iniciou desde Outubro né que é tá dentro do Ted que luí colocou aqui do eixo um queria pedir a todas as pessoas que estão aqui Roberta godim Eline pai Celso Maira Alessandra e Fernanda que vocês se levantassem por favor e eu gostaria que vocês aplaudisse nós estamos andando todo o Brasil percorrendo as secretarias estaduais por enquanto levando
a importância da implementação da política nacional de saúde da população negra conversando em locos com gestores falando da importância de discutir né Nós não estamos noos propondo e não estamos indo para substituir né as coordenações estaduais e sim para apoiar no que for necessário assim como é o objetivo desse eixo então Tenho muito orgulho em vim fazer parte dessa equipe gostaria de agradecer o convite de Eline Roberta e aqui eu finalizo a minha fala dizendo que com racismo a gente não consegue atingir bons indicadores Então por uma saúde sem racismo precisamos seguir muito [Aplausos] obrigada
muito obrigado e neste momento tem a palavra o secretário executivo do consel naal secretos de saúde con Jurandi [Aplausos] Frutuoso bom dia bom dia a todas as pessoas aqui presentes eu queria começar saudando Felipe proo aqui representando secretário sandberg e todo o Ministério da Saúde eh Paulo celera que pela seiz e a Elisa Prieto pela opas o Zé guerra e o gabinete da ministra a Helena metéo minha companheira de Conselho Nacional de saúde da mesa diretora aqui também presente a Márcia pelo conad zemes a Fabiana diretora da fio Cruz Brasília a Meire Santos a gace
trindade e meu amigo luí Eduardo né Eu começo saudando essas pessoas porque eu sei que amanhã de hoje o dia todo hoje amanhã vai ser um dia de transformação nós começamos a discutir esse assunto logo após a posse da ministra n do Ministério da Saúde e a gente entendeu a necessidade de discutirmos esse ponto na inclusão do sistema de saúde como um todo porque não há como a gente se explicar paraa Nossa consciência que nós estamos sendo omisso como o Brasil foi do passado em que aplicou totalmente a sua injustiça so população aqui vinda e
a gente continuar fazendo de conta que não tá vindo o que tá acontecendo e deixar para lá para que tudo permaneça como está portanto Esse foi o motivo que nos trouxe a Esse seminário que está posto aqui hoje que foi organizado pelo conais pelo conasems pela opas pelo Ministério da Saúde e aqui tá o luí a Carla a Ana e todos os outros que aqui fizeram que aqui são representa o grupo inteiro que fez parte da preparação dessa dessa desse seminário de Pou coincidência ou obra do destino vocês quiseram abrir o seminário trazendo aqui eh
a zfa da guia para simbolizar toda a origem histórica desse país que também foi a minha a minha mãe teve oito filhos sete Não Foram pela zfa da Guia mas Foram pela mãe nã inclusive parece muito com ela né que a mamãe Rep Paria e ela a mamãe Nanã era que fazia toda a criação da gente até a gente chegar aí pra escola e aí vocês trazem aqui a zfa da guia para mostrar que a gente tem que cuidar dessas imagens que são simbólicas mas cuidado dessas pessoas que criam essa Consciência em cada um dos
brasileiros portanto parabéns a quem pensou na organização dessa maneira o conais é aqui da pessoa falo em nome aqui do presidente Fábio a gente tem consciência de que os nossos indicadores do Brasil serão modificados mais rapidamente e de maneira mais justa a partir da hora que a gente tiver o olhar voltado para a integração das políticas e essa política de igualdade racial ela tem que ser vista pela gestão como algo essencial e urgente a ser cuidado plenamente dentro do sistema de saúde que nós discutimos daí a necessidade desse tema que tá colocado o o seminário
o seminário de Equidade ético racial onde nas redes de atenção à saúde e esse é o motivo pelo qual estão aqui as câmaras técnicas do conais as câmaras técnicas do conais são 14 que que é uma câmara técnica é aquela aquele espaço onde os 27 coordenadores daquela política em sintonia perfeita com um dos técnicos do conais que dessa política também cuida aqui do canais discutem aprofundam e colhem na base as ideias a serem construídas e aprofundando nessas ideias elas levam a seminário a à Assembleia do com e depois chegam a conformar a política em S
aqui estão 14 câmaras técnicas do conais nós trouxemos a de atenção primária a de atenção à saúde a de vigilância epidemiológica a de qualidade e cuidado do paciente a de comunicação que é essencials para is tudo a de gestão do trabalho e educação eem saúde e os representantes da iis responsáveis pela planificação de atenção a saúde que abaz cuida também e e nossos parceiros que eu queria que nominar o hospital Alberto Einstein e a BP que junto com a gente faz planifica pelo Brasil aa e a opas nossa grande companheira de trabalho Nossa parceira mor
dentro desse processo todo do Ministério da Saúde com nós e conos Então eu queria dizer que é preciso a gente ouvir essas vozes que estão pelo país agora o que nós queremos mesmo é após os dois dias de trabalho após as ideias serem discutidas que a gente delineia ações e as cumpra lá na ponta dentro do nosso serviço só discursar não vai valer a pena fazer uma foto do seminário e Registro em vídeo não vai valer a pena se a gente não pegar esses instrumentos aqui postos e conseguirmos disseminar de maneira muito forte pelo Brasil
como todo criando um compromisso de modificar o sistema de saúde começando pela mudança de consciência dos gestores e também de todos os profissionais que deverão acolher essas pessoas com o mesmo direito e o mesmo cuidado que cuidam daqueles mais privilé ados que chegam às unidades de saúde Essa é Nossa Meta esse é o nosso objetivo e esse é o nosso compromisso que as ações aqui feitas sejam capazes de transformar vontades de transformar pensamentos e principalmente criar compromissos novos dentro do sistema de saúde se a gente se a gente conseguir dinamizar esse trabalho e a partir
daqui criar esse compromisso Eu acho que já ganhamos um bocado de tempo a avançar essa política portanto muito obrigado por terem vindo Luiz Não se preocupe São 350 convidados Só faltaram 30 o seu ittem de sucesso foi de 98% portanto os 30 k não chegaram por conta de passagem de avião que também nem sempre é possível eles vão entender essa pequena falha Tá mas são 350 pessoas aqui convidadas que vão fazer de de que essa discussão e essa ideia possa progredir pelo Brasil a fora fazendo com que o compromisso da gestão estadual Federal e municipal
fora na verdade transformar daqui para frente o nosso comportamento criando novos compromissos pela mudança positiva dos indicadores e pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde muito obrigado por terem vindo um abraço neste momento fará uso da palavra secretária executiva adjunta do Ministério da Igualdade racial Ana Mia [Aplausos] Carinhanha Bom dia a todas todos todos aqui presentes eu gostaria inicialmente de cumprimentar todos na figura da Eliana emetério que tá ali sentadinha e é uma grande honra estar aqui presente no mesmo dispositivo que a senhora e também nosso amigo luí que organizou esse evento com tanto carinho
eh eu queria iniciar a minha fala agradecendo a disponibilidade de cada um de vocês que veio até aqui trabalhar durante esses dois dias para que a gente dar melhores condições de vida e de morte também pra população brasileira Porque infelizmente hoje nós sabemos que a saúde acaba sendo ainda um dos uma das principais demandas em torno das garantias de direito no Brasil e não por acaso a gente tem arguição de descumprimento de preceito fundamental 973 que ficou conhecido como a dpf das vidas negras e um dos direitos que são ali demandados é o direito à
saúde e nesse contexto em que a gente está hoje depois de uma pandemia vê esse auditório cheio de conselheiros gestores experts intelectuais pessoas que trabalham na ponta e que Estão interessados em oferecer uma saúde digna PR população negra indígena do Brasil é muito gratificante Então nesse sentido queria agradecê-los pelo tempo disponibilizado uma reflexão muito rápida que eu gostaria de fazer aqui é que o próprio racismo ele pode ser visto como um problema de saúde pública e aqui a gente vê o nosso primeiro Grande Desafio que é de trabalhar o racismo a partir dos dilemas estruturais
que ele nos traz desde a percepção de que hoje por exemplo a o maior percentual de pessoas que se suicidam no Brasil são de jovens negros por exemplo e de entender que o racismo atravessa os serviços de atenção e que hoje a nos oferece a possibilidade de enxergar o racismo institucional a partir dos seus efeitos e não apenas a partir da sua intenção Então nesse sentido eh para além das ações intersubjetivas e pessoais eu acredito que esse seminário nos oferece uma oportunidade de olhar paraa oferta da Saúde também a partir da sua perspectiva institucional olhando
esse desafio estrutural que se apresenta E desde a inserção das variáveis raça cor nos prontuários e nas pesquisas que nos possibilitem identificar elementos para discutir as políticas públicas até por exemplo a gente vê o evento que nós fizemos no final de novembro em que o ministério da saúde apresentou Ah uma nova possibilidade de dos Municípios demandarem os medicamentos para doença falsiforme que é ainda uma uma doença que tem uma marcação muito determinada com relação à raça é importante a gente perceber esse movimento que tem sido feito aqui hoje como um compromisso e engajamento da sociedade
junto ao estado e do Estado junto à sociedade com todos os parceiros que aqui se apresentam mas sobretudo pensando em um compromisso e uma responsabilização em prol da qualidade de vida da população brasileira Então nesse sentido eh assistindo ali rapidamente o vídeo de Dona Zefa eu pensei nossa ela fez 5000 partos e não perdeu ninguém o que que a gente pode aprender com Dona Zefa E aí vem uma certa angústia de assistir o vídeo e tem aquela senhora que fala nossa mas quando Dona Zefa partir a gente vai perder muita coisa então minha fala também
é muito no sentido da gente tentar ainda aproveitar recuperar o que As Donas efas do Brasil tem a nos ensinar e que nós não perdamos mais ninguém porque a gente sabe das Mortes evitáveis da violência obstétrica da mortalidade materna e que pessoas com donas como Dona Zefa muitas vezes com muito menos recursos do que os nossos médicos nos hospitais eh fazem a diferença pessoas como Dona Zefa e o que que ela pode nos ensinar Então nesse sentido eh deixo aqui mais uma vez uma palavra de gratidão ao tempo dispendido de cada um de vocês por
estar aqui conosco nessa soma de esforços e que o governo federal o estado brasileiro todos os estados aqui representados As instituições parceiras eh consigam também de alguma maneira usufruir desse trabalho tão importante que vocês vieram nos trazer muito obrigada parabéns e bom trabalho a todas e todos neste momento convidamos a fazer o uso da palavra e a representante da organização Panamericana no Brasil opas OMS Elisa Prieto muito bom dia a todas as pessoas que que assistem esse evento e também as que acompanham virtualmente eu quero nome de nossa representante a Dra grz que para mim
é uma honra e uma alegria integrar essa mesa que representa também a articulação dentro do Ministério da Saúde com participação de várias secretarias mas também com outros Ministérios e com con comemos essa articulação interfederativa com Conselho Nacional de saúde o trabalho que a gente precisa fazer para de fato poder abordar o racismo e lograr essa cuidade etnico-racial eu quero aqui deixar com vocês como esse evento eh bem aar a uma série de ações que a gente enxerga com muita esperança essa portaria que institui a estratégia de combate a racismo no ministério o programa de ações
afirmativas que foi aprovado recentemente e outros eventos como a política de saúde mental álcool e drogas antirracistas que foi celebrada esse ano e quero trazer e reforçar como esse trabalho do Brasil ele é muito importante no nível Regional e no nível Global o Brasil tem liderado ações eh históricas como a resolução sobre saúde dos povos indígenas que foi aprovada o ano passado 23 com forte liderança do secretário baby e esse ano uma resolução que promove a participação social que é um grande ganho com com toda a força do Conselho Nacional de saúde o Brasil também
tem colocado a questão da Equidade com muita força na presidência do G20 e eh com esse lançamento e essa proposta de um ods dc8 que olha especificamente para essa questão eu quero também dizer que a opas tem uma estratégia e um plano de ação sobre saúde e etnicidade e que o Brasil esse ano sediou uma reunião Regional para discutir como a gente pode avançar e impulsion aplicação efetiva desse plano e dessa estratégia e quero compartilhar que uma das três metas impacto da estrategia e plano de ação é justamente reduzir a razão de mortalidade materna em
menos um 30% pelo menos um dos seguintes grupos mulheres indígenas mulheres negras mulheres romanis então mais uma vez esse evento de hoje esses dois dias de trabalho vaser um exemplo uma a prática que vai ajudar a impulsionar essa agenda regionalmente e quero dizer que essa liderança do Brasil no ambiente Regional e global é mais importante que nunca quero colocar a Opa sempre à disposição para apoiar esse tipo de iniciativas que são essenciais para garantir um SUS que coloque a cuidade no centro para garantir cidadania para garantir uma democracia cada vez mais forte Ass ninguém para
trás muito obrigada e convidamos para fazer o uso da palavra o secretário de saúde indígena substituto Nelson Soares [Aplausos] Filho bom dia a todos e todos é um prazer est aqui com vocês eh gostaria de trazer luí cumprimentando você cumprimento toda a mesa aqui todos os demais presentes eh o abraço do nosso secretário vbit tapeba né da nossa secretária de junta Lucinha Tremembé que trazer a importância de sempre a cesai está integrada nessas ações né que você bem conduz eh da Equidade étnico racial no âmbito do Ministério da Saúde né Então não é a primeira
vez que a gente tá participando juntos né de momentos importantes como esse e eu gostaria de trazer algumas palavras aqui da Perspectiva da Saúde indígena né que nós trabalhamos eh para essa questão que tá sendo colocada que pensar e discutir o racismo contra os povos indígenas e principalmente em relação as mulheres gestantes envolve reconhecer diversas formas de de violência né a gente falou muito recentemente né e com razão da questão do genocídio que a gente viu estampado né e descoberto no em relação ao povo ianomami né mas nós temos também outros conceitos né que perpassam
a atuação e a situação do povo indígena que são o glotocídio que é a morte de línguas o sistemico que é a morte de conhecimentos e o etnocídio que é a morte das culturas né são realidades que a gente enfrenta né Eh para poder tentar promover a saúde e o Bem Viver no contexto dos povos indígenas valorizando e fortalecendo as medicinas indígenas e tecnologias de cuidado de cada povo a gente tem a nossa política nacional de atenção à saúde dos povos indígenas conhecida como penaspassaros então Eh nós estamos com um foco muito voltado para essa
questão da mortalidade materna e Neonatal ao combate por causas evitáveis né E como foi dito aqui é importante também salientar a formação permanente dos profissionais paraas práticas antirracistas né tanto no âmbito Geral do SUS como eh nos territórios indígenas né então a gente procura aqui aprofundar as estratégias e avançar na promoção de uma atenção à saúde diferenciada da indígena gestante e de todas as demais pontos de vista Então gostaria aqui de deixar um abraço ressaltar muito importante a o convite a participação dos 34 responsáveis né Eh referências técnicas dos distritos dos 34 distritos sanitários especiais
indígenas que estão espalhados no território brasileiro Espero que a maioria já esteja aqui e eh ressaltar o nosso referência técnica também no âmbito da do gabinete da Saúde indígena que é o Vanderson Brito que tá aqui com a gente tá e juntamente com os especialistas com os profissionais e com os pesquisadores que vão estar aqui participando desse seminário a gente buscar novas soluções para o enfrentamento da do da questão racial na saúde indígena e no SUS Muito obrigado assistiremos agora a apresentação do lançamento do painel da Saúde da população negra convidamos neste momento secretário de
informação e saúde digital substituto Paulo [Aplausos] celeira Bom dia a todas e a todos queria saudar o nosso anfitrião né Dr Jurandi Frutuoso do conas Sem ele nós não teríamos esse espaço né tão importante para discutir esse tema queria saudar também o nosso chefe de gabinete do Ministério da SA José guerra em nome dele todos os secretários aqui presentes e em nome também dos dois toda toda a composição aqui da da mesa eh antes de falar do lançamento do painel né que é o que foi me colocado né como tema principal eu sempre costumo colocar
que para se produzir um painel com informações confiáveis com indicadores que possam ser de fato medidos e acompanhados em relação ao monitoramento da avaliação tem todo um processo né que é importante citar que é de qualifica de qualificação dos dados que obtemos do sistema de informação tanto do SUS como de outros locais para que esses dados se transformem de fato em informações estratégicas confiáveis pra tomada de decisão e também Parte dessas informações estratégicas possam se tornar de fato indicadores de monitoramento de avaliação das nossas políticas públicas eu vou pedir licença para me aproximar ali da
da tela Porque aqui fica mais difícil de eu falar sobre isso bom meu nome é Paulo celera Eu sou um homem branco de cabelo grisalho mais 60 anos Estou de terno azul claro gravata vermelha e camisa branca para aqueles que nos ouvem né pelo YouTube e o que eu tenho comentado né perdão em todas as minhas apresentações né aquele Triângulo do lado esquerdo dados de informação e conhecimento é o mantra né do departamento ao qual Estou à frente dentro da secretaria de informação e saúde informação digital eh que é de transformar dados e informação e
conhecimento e para isso dentro do Ministério da Saúde em particular na Secretaria de informação e saúde digital dentro do Demas nós temos grandes eh grandes grandes atores nos apoiando nisso né a rede interagencial de informações paraa saúde que conta com 44 instituições de ensino pesquisa é um desses atores fundamental para para qualificar os dados né de para termos informações estratégicas em saúde o comitê consultivo de monitoramento e avaliação do SUS também que reúne todas as secretarias do Ministério da Saúde e também os grupos de trabalho né o Demas ele participa em vários grupos de trabalho
aqui tô citando alguns né que tem a ver com o tema né das questões das desigualdades que é o GT da terra o GT de saúde da população de situação de rua o GT da Favela da Maré E também o GT em relação à política né que estamos aqui tratando nesse seminário além do GT ods que todos sabem agora também tem um subgrupo que trabalha também com essa questão do enfrentamento né do racismo e para também podemos disseminar essas informações para que todos possam ter e obter esses dados né E essas informações e não ficarem
apenas né com o gestor de plantão do Ministério da Saúde nós temos investido muito né em ferramentas de disseminação dessas informações algumas delas principais estão aqui colocadas que é a plataforma localiza SUS o tabin e o portal da SJ que foi descontinuado né em governos anteriores e que agora nós estamos reconstruindo com todos os indicadores passando por esse crio de se transformar dados em informações e por último publicar tudo isso no portal de dados abertos né que é uma outra forma também de passar essas informações paraa sociedade não só a nível de gestores eh a
ripsa né através de uma discussão interna conseguimos né as quatro instituições né aprovaram a criação de um comitê temático interdis de desigualdades na saúde e um dos temas obviamente é a questão das desigualdades em relação à raça cor que tanto afeta a população indígena como também a população negra do país aqui eh o enfrentamento da invisibilidades né Eu queria destacar também que todas as informações que nós do Demas dentro da cedig trabalhamos procuramos publicá-las em em forma de notas técnicas por quê né também é mais uma uma forma de não só disseminar essas informações né
paraa sociedade para pesquisadores para gestores mas também é uma forma de resistência para que isso se torne mais difícil né de sumir da internet no futuro né sempre sabemos que temos ameaças né aí em volta então quanto mais a gente conversar entre nós e trocar esse conhecimento entre nós Com certeza será mais difícil né de termos isso descontinuado então em relação ao GT da terra nós temos a nota técnica número 6 né que fala da produção de cartografias institucionais dados informações de outros sistemas mapeamento de políticas e demais institucionalidades e temos agora a nota técnica
número no que trata exatamente né das informações que estarão sendo publicizadas no painel eh eh pelo qual eu vou falar um pouco paraa frente então temos agora uma nota técnica publicizada em que todos aqui né poderão ter acesso para poder disseminar e discutir melhor essas informações eh é importante colocar que uma das notas técnicas iniciais do programa Sul digital já nasceu com esse eh com esse desafio de distribuir recursos do programa SUS digital olhando-os para as desigualdades sod digitais do país Então esse mapa representa é justamente essa preocupação de distribuir recursos né mediante pactuação tripartite
olhando para um recorte das desigualdades no país a área vermelha ali né é a área em que nós identificamos sobreposição de desigualdades tanto de idade social como por exemplo falta de acesso à internet como falta de médicos especialistas né como é maior dificuldade de capacidade instalada da atenção especializada em saúde para atender essas populações e óbvio que olhando para esse mapa e não é um mapa que abrange apenas né de uma forma geral muitas dessas comunidades se encontram justamente nesses locais municípios com maior dific população negra nosso mantra né da cedige e no Demas é
combater né essa naturalização né das desigualdades estruturais a gente busca né com as nossas ações romper com a noção de ruralidade como lugar de atraso e a gente tenta sempre que possível fazer a promoção de direitos por meio de ações afirmativas do Estado lembro também outras ações importantíssimas da secretaria de informação e saúde digital que é levar ações de Telessaúde né para as comunidades indígenas e também estamos iniciando né iniciamos esse ano para populações também de quilombos como o quilombo de Oriximiná e todos os distritos sanitários indígenas também estamos articulando né Já temos metade deles
eh com ações de telesaúde o painel que estará disponível para vocês acessarem aqui também um agradecimento à equipe do Demas né das três coordenações Gerais que trabalharam intensivamente não só na produção Tecnológica do painel mas justamente naquele ponto que eu coloquei que é de transformar dados em informações confiáveis indicadores que possam ser acompanhados sistematicamente ele está dentro da Sage né na saúde da população negra ele tem três eixos principais que é o enfrentamento ao racismo características sociodemográficas e o terceiro eixo morbidade e mortalidade da população negra sempre com a possibilidade de estratificação pelo menor grau
de localização que a gente consegue demonstrar com confiança temos um outro eixo que é características sociodemográficas e por fim o eixo de morbidade e mortalidade da população negra que é um recorte que demonstra que os indicadores né da população negra comparados à população em geral de fato demonstram que precisamos melhorar muito né no atendimento à saúde em vários locais do território nacional em particular para esse eixo morbidade e mortalidade que traz a mortalidade Materno Infantil indicadores de cfis congênita e gestacional doença falsiforme violência tuberculose morte prematura por doenças crônicas não transmissíveis indicador segundo raça cor
e também uma lista de todos os indicadores disponíveis no painel contamos com o apoio né da Secretaria de Vigilância em saúde e ambiente que validaram todos os dados né que são extraídos dos sistemas pelas quais eles acompanham né os indicadores de saúde da população como um todo também queria agradecer a secretaria atenção primária né que também participou desse debate e a secretaria de atenção especializada em saúde da mesma forma eh como a nossa ministra Nísia sempre comenta né somos um único Ministério portanto as secretarias têm que se ajudar né para que a gente construa de
fato um SUS de maior qualidade e que preze pelo cuidado integral à população Esse painel que vocês vão ter acesso ali né no no totem ali de fora com as no nossas equipes que estão ali esperando vocês ele permite né Nós temos o georreferenciamento dessas informações Além de termos gráficos de acompanhamento de série histórica e também tabelas é isso Espero que gostem né do que vão ver ali no totem e eh nosso compromisso é esse sempre transformar com qualidade com confiança dados e informações estratégicas principalmente com esse recorte étnico racial Obrigado nós gostaríamos de registrar
e agradecer aqui a presença do secretário do Sistema Nacional de promoção da Igualdade racial sinapir claudson Geraldo dos Santos seja bem-vindo ouviremos agora a fala do secretário de atenção primária à saúde Felipe proenço [Aplausos] muito bom dia todas as pessoas muito bom dia Queria aqui cumprimentar a Márcia do conaz luí Eduardo da assessoria de Equidade desde já parabenizar por essa iniciativa por não só pelo evento mas por todas as ações que tem desenvolvido queria cumprimentar o Jurandi do conaz do conaz em nome dele cumprimentar todas as câmaras técnicas que estão aqui representadas acho que foi
uma grande mobilização né Muito importante cumprimentar Ana Miriam do Ministério da Igualdade racial colega secretário do ministério também importante também essa interlocução essa transversalidade cumprimentar Elisa pela opas alguns eventos já nesses últimos dias né Elisa Que bom estarmos juntos cumprimentar o Nelson pela cesai o Paulo pela sidig vi que já tá aí o André bonifa pela aça acho que estamos todos com todas as secretarias representadas e o José Guerra chefe de gabinete eh da ministra E com isso fechar o cumprimento do ministério único da Saúde aqui representado cumprimentar Eliana muito bom estarmos juntos de novo
né Eliana representando o Conselho Nacional de saúde em nome do Conselho também eh cumprimentar todos os conselhos aqui presentes todas as representações de movimentos sociais aqui presentes cumprimentar a Fabiana pela Fiocruz que também tem sido fundamental nessas iniciativas que a gente tá discutindo e cumprimentar rosimeiri que trouxe inclusive já um exemplo aqui do Recife para que possa Se somar e eh contribuir nas discussões tão importantes aqui desse seminário eh Jurandi já falou acho que já foi citado várias vezes aqui na na mesa a partir do vídeo da Zefa da guia muito importante que escolha Sens
ional né ter começado a partir do vídeo com a dona zfa da Guia Mas vendo o vídeo que me lembrou foi uma outra referência também além de várias referências já citadas no vídeo que que é um livro que se chama o médico e a rezadeira é um livro que foi publicado pela Editora da rede unida o autor é o Antônio Lino e que ele foi exatamente visitar a comunidade de quilombola Onde vive a Dona Zefa da guia e ele conheceu a experiência do programa Mais Médicos lá em Sergipe isso bem no início da sua implantação
lá por 2013 2014 e ele relata a interação entre a dona zfa da guia e o médico chamado sael médico negro um médico que veio de Cuba e que prontamente desenvolveu uma relação afetiva né e de eh interação muito grande com a dona zfa da guia e o o livro ele relata uma história inclusive de um atendimento de uma gestante que o Dr sael tava realizando na unidade básica de saúde parece que por instinto a dona zfa da Guia sentiu que o médico tava precisando dela na unidade e ela vai até a unidade e eles
o Dr sael inclusive acaba pedindo ajuda para zfa da Guia na na condução do atendimento daquela gestante então é uma passagem bastante marcante Mas isso também foi me remetendo a uma série de outras situações né e a gente lembra quando da chegada dos médicos eu tava na época coordenando a implantação do programa os episódios horríveis que foram vistos sejam de xenofobia mas muitos episódios de racismo também e é por isso que isso reforma mais uma vez a importância de seminários como esse e isso reforça essa orientação essa diretriz da gestão da ministra Anísia de que
não há saúde com racismo a gente tem que combater o racismo e ter uma estratégia antiracista publicada em dezembro de 2023 é um dos avanços necessários mas como bem colocou Jurandi aqui na fala Inicial além dessas publicações além dessas iniciativas precisamos de muitas ações e isso me remetia também a mais um exemplo do programa Mais Médicos a gente discutia a distribuição dos profissionais nos vários municípios do país e algumas vezes a coordenação que representava essa vinculação do Ministério da Saúde Cuba com a opas e a opas com o Ministério da Saúde pedia noos para evitar
enviar alguns médicos para algumas localidades que eles poderiam ser alvo de racismo Olha a situação que nós chegamos pessoal eh enquanto gestor público Talvez para mim esse seja o relato mais triste de ouvir uma situação como essa em que se pedia né e predominantemente as médicas e os médicos eh cubanos eh São negros né eles pediam pra gente evitar de enviar para algumas cidades e acho que isso Demonstra o tamanho do problema e o tamanho da complexidade que a gente tem aqui para discutir ao longo desse seminário claro que é importante olhar eh 11 anos
depois disso e Celebrar que pela primeira vez o programa Mais Médicos nos seus editais tem as cotas étnico-raciais enquanto um critério para ingresso no programa eh e acho que esse é um dos avanços fundamentais acho que é o grande avanço do ano de 2024 do programa Mais Médicos foi exatamente a questão das cotas étnico-raciais acho que é olhar o quanto estratégias e iniciativas como a firma SUS rosemir já falou também aqui da iniciativa que tá com essa interlocução nas várias localidades eh são importantes e a gente espera que esse seminário consiga aprofundar consiga discutir consiga
principalmente pensar Quais são as ações necessárias para efetivar Então isso que afirmamos que não há saúde com racismo só há saúde sem o racismo só há saúde reconhecendo a importância da política nacional de atenção integral a saúde dos povos indígenas como bem colocou o Nelson e a gente sabe também inclusive nesse exemplo do programa Mais Médicos o quanto é importante eh esse tipo de política pública para que a gente Garanta o cuidado integral à saúde com essas populações Quanto é importante discutir aqui por isso que é muito bom est com várias câmaras técnicas né de
diversas áreas e dei um exemplo de um programa que vem da gestão do trabalho da Educação na saúde mas o quanto é importante discutir iniciativas como da rede Aline a gente tá aqui com a coordenadora de geral de saúde das mulheres a Renata né que vem desenvolvendo junto esse trabalho aí da da rede Alina junto com a Saes junto com svsa junto com as várias áreas eh do Ministério da Saúde assessoria de Equidade e a rede Aline vem com um enfoque muito Evidente muito eh certeiro no sentido de que é necessário reduzir em 50% a
mortalidade das mulheres pretas e o quanto é maior essa mortalidade do que na comparação entre os vários extratos então eh acho que a rede Aline desde a escolha do nome quando fala da Line Pimentel que teve negligenciado seu cuidado no sistema de saúde até esse enfoque na questão do enfrentamento do racismo esse enfoque na diminuição da mortalidade eh da população preta da população negra acho que é bem Evidente e sinaliza muito isso então quando discutirmos a necessidade de vaga sempre nas maternidades quanto discutirmos a necessidade que dentro da regulação e do SAMU se tem a
prioridade para esse olhar da rede Aline quando discutir que há um aumento de investimento seja para exame PR Natal seja para eh as os leitos de UTI na Natal as ucin os cincos que essa discussão seja permeada e que tenha centralmente Esse princípio de enfrentamento de racismo de enfrentamento a essas questões históricas que precisam ser denunciadas não podem ser negadas precisam ser denunciadas e portanto precisam ser enfrentadas e nas políticas públicas que a gente olhe a importância então de iniciativas como essa da da rede Aline e que possa discutir o aprofundamento que na saúde da
família que passou por importantes mudanças anunciadas pela ministra Nísia no mês de abril agora de 2024 a gente possa olhar também e é por isso que estamos trabalhando com um prazo maior pra questão do componente e qualidade que numa discussão né conjunta com conaz e com conaz Vimos a necessidade de aprofundar as discussões sobre o significado dos indicadores dos componentes da Saúde da Família que se traduzem indicadores que esses indicadores eh estejam bem refletidos essa discussão sobre a necessidade de enfrentamento do racismo também é por isso que a gente tá eh prorrogando os calendários iniciais
previstos para a discussão do componente qualidade portanto Esse é um debate da Saúde da Família Esse é um debate da rede Aline esse é um debate do mais acesso especialistas Esse é um debate de todas as políticas públicas sejam as que foram retomadas e sejam as que estão sendo apresentadas e implantadas de forma tão importante por esse Ministério da Saúde então reafirmar a o compromisso do ministério nesse sentido reforçar a importância dessa interlocução tripartite a importância dessa interlocução com o Conselho Nacional de saúde e reforçar que isso tudo significa mais fortalecimento do SUS e acho
que é para isso que a gente tem trabalhado cotidianamente mas para um novo SUS um SUS que consiga entender que não há saúde Enquanto houver racismo e por isso nós precisamos avançar muito muito obrigado nós agradecemos aí a todos os componentes todas as componentes desse dispositivo de abertura os convidamos que se posicione à frente para a foto oficial deste evento e logo após dirija aos lugares reservados no auditório para a continuidade das nossas atividades assim rapidinho desculpa V quebrar aqui o protocolo mas eu esqueci de dizer o seguinte viu luí o nosso compromisso é de
fazer uma publicação depois de sistematizar tudo que for posto aqui nas apresentações nas falas nos debates a gente sistematizar e fazer uma publicação pelo canais como Ministério obviamente obrigado Muito obrigado instantes iniciaremos o nosso primeiro painel me s Y Bom dia senhoras e senhores solicitamos que retorne aos seus lugares para a continuidade do nosso evento som [Música] mais uma vez solicitamos que retorne aos seus lugares para a continuidade do nosso evento apresentaremos agora o painel Equidade én racial nas redes de atenção à saúde para isso convidamos a palestrante Dr Emanuele Freitas Gois Doutor em saúde
pública em concentração em epidemiologia pelo Instituto de saúde coletiva da Universidade Federal da Bahia seu tema de doutorado foi racismo e aborto realizou estágio sanduíche na faculdade de psicologia e ciência e educação atualmente é pesquisadora associada professora colaboradora no programa de pós-graduação e saúde coletiva e coordena o grupo de estudo e pesquisa Justiça reprodutiva desenvolvimento e desigualdades temer na área de racismo e desigualdade de saúde intersales e justiça reprodutiva e aborto mudanças climáticas e gênero de dados em formação à saúde convido Então a nossa palestrante e convido também para moderar este painel o Senor luí
Eduardo Batista Doutor em sociologia e atualmente é chefe da assessoria para Equidade recial em saúde no gabinete da ministra n Trindade recebam com aplausos a nossa palestr e o nosso [Aplausos] moderador eu passo a palavra ao nosso moderador desejando a todas e todos um ótimo trabalho bom vamos retomando eh a gente bom Emanuele mais uma vez obrigado pelo por tá aqui com a gente aceitar o nosso convite eu vou eh pedir pro pessoal lá fora já começar a retomar mas eh como tá também já já tão fazendo algumas pessoas demoraram para fazer o credenciamento eles
vão chegando e a gente vai conversando aqui eh a primeira a primeira a primeira Eh meu primeiro pedido pr pra D Emanuele foi conta pra gente como é que que a gente faz quando as redes falham nãoé esse foi meu primeiro pedido eh tem uma autora eh americana que ela vai contando pra gente que sobre a eg de violências institucionais eh não é uma rede que falha mas são várias redes que falham e foi nessa leitura da câmara jnes que eu fiquei Manuele pensando nós vamos fazer uma conversa com as câmaras técnicas do conas a
gente vai fazer esse diálogo são várias câmaras então eh eu queria te explorar mais mais nessa perspectiva de como é que esse percurso né como é que essas violências vão eh se perpetrando no percurso da atenção primária até a atenção especializada ao urgência a emergência que possa servir pra gente depois e vou chamar assim como subsídios pro nosso trabalho no no dia de amanhã para que a gente possa pensar em ações concretas pactuar com as secretarias estaduais com as várias câmaras técnicas aqui e caminhos ações que a gente possa depois pactuar em câmaras técnicas tripartite
eh Bom dia a todas as pessoas eu sei que estamos nesse né intervalo entre uma mesa e outra e as pessoas estão estão se acomodando novamente eu vou eh antes de começar uma apresentação Zinha então eu vou conversando aqui a a tempo que as pessoas cheguem porque eu quero que as a apresentação sirva eh de subsídio para eh esse diálogo né que nessa construção que eu aqui estou muito eh sentindo assim né Muito motivada e e esperançosa né e inicialmente antes de tudo eh dar meu bom dia a todas as pessoas aqui presentes eh Agradecer
o convite eh de luí Eduardo eh para esse desafio a gente aceita os convites eh para os desafios e agradece né por isso então Eh agradecer esse convite porque a gente sabe o quanto é caro e essa agenda né que a gente tem corrido ao longo de muitos anos eh para chegar em uma sociedade que realmente promova Equidade racial eh sobretudo penso na que saúde eh eu chamo Luiz essa isso que a gente tá discutindo sobre redes eu chamo de redes de descuidado porque você a gente vai observar que temos uma rede de descuidado para
a população negra Né desde se a gente for pensar em todas as esferas se a gente quiser pensar Até mesmo antes disso né muitos estudos e muitas experiências muitos relatos muitas denúncias né Não só as evidências mas Os relatos também e e as denúncias mostram que essa rede de descuidado ela acontece mesmo antes da pessoa Negra entrar no serviço né E essa rede de descuidado faz com que as pessoas não procurem o serviço ou procurem um serviço de forma tardia que leva a morte então muitas mortes tem relação com essa procura tardia que tá relacionado
a essa rede de descuidado né não vou pro serviço porque eu sou maltratada não vou pro servo porque eu vou sofrir racismo mesmo que o racismo não seja a palavra usada mas ser maltratar porque eu sou quem sou você maltratada por isso né A Minha tese de doutorado Inclusive a gente vai falar sobre isso a gente vai afirmar que o racismo institucional eh se manifesta mesmo antes da pessoa entrar no serviço porque a tomada de decisão da pessoa de não procurar o serviço está relacionada a às experiências individuais e coletivas de racismo institucional então pensar
como essa rede de descuidado precisa eh ser eh modificada né ser retirada da vida da população negra para que a gente possa alcançar a rede de cuidado né e é um pouco nessa direção que eu quero conversar eh com todo mundo e é um grande desafio a gente tava conversando mais cedo hoje né a gente não tem fórmula a gente a aponta muitas coisas e muitas coisas eh não estão só nos equipamentos né eu acabei de ouvir eh eh falando sobre a melhoria pensando na rede Aline na melhoria com equipamentos mas não é só equipamentos
porque as mulheres negras morrem dentro do serviço as mulheres por morte materna né tô adiantando a minha apresentação mas só para poder começar nessa introdução de que eh e a gente precisa olhar a trajetória de cuidado pensar atribuir a essa trajetória para as pessoas negras e indígenas eu falo de população negra porque meu campo de de atuação ativista meu campo de pesquisadora então eu eu elaboro intelectualmente a partir do racismo antinegro né então é por isso que eu vou falar mas eu vou aqui tentar também colaborar eh trazer na população indígena de forma eh qualificada
não só dizer uma vírgula ou ação indígena né mas e é pensar como essa rede de descuidado se constrói né assumir isso né que a gente tem uma rede de descuidado não é sobre privilégio é sobre uma rede de descuidado Porque as pessoas não acessam direito né então eh eu acho que agora eu começo de fato a minha apresentação eh para eh essa encomenda né que que Luiz Eduardo e toda a organização traz para para para eu apresentar mas pra gente todas nós todos nós pensarmos sobre isso né Eh eu eu eu luí falando comigo
digo meu Deus do céu é muito desafio pensar isso eu tive que estudar ontem e sábado Como é que eu ia elaborar porque eu tô falando com gestoras e gestores eh tô falando com com controle social eu não tô então eu preciso falar coisas que alcancem a realidade que a gente possa pensar estratégias para modificar a realidade Então isso é um grande desafio né como como pesquisadora ou então como um ativista Às vezes a gente fala de forma mais né de de jogar para pra frente vocês que resolvam né um pouco nesse sentido mas quando
a gente tem essa encomenda a gente também tem que pensar estratégi não tô falando isso aqui mas a gente tem que pensar caminho Juntas e juntos então esse é esse para mim é Um Desafio né então eu queria Aí começar a apresentação eh se você fal mais alguma coisa Posso não pode ser tá então tá no meu controle o microfone eh e Equidade eh étnico racial n nas redes de atenção à saúde né esse esse essa eh palestra conferência eh é pra gente pensar justamente como a gente vai construir isso né Eh a primeira coisa
que eu queria trazer que dizer que falar sobre enfrentamento ao racismo não é falar para um grupo é falar sobre o universo né porque a gente tá falando no Brasil eh que a política de saúde tem falhado para mais de 50% da população então estamos falando de uma política Universal que não tá atingindo o universo né pensando em termos de Brasil então a gente a primeira coisa que a gente precisa pensar é não é sobre especificidade é sobre toda a população porque mais de 50% quase 60% né não é sobre um grupo não é sobre
específico né É sobre todos todo tudo que a gente tem visto em relação à saúde ao processo saúde cuidado e doença né então é a primeira coisaa é é isso que a gente vai precisar elaborar né sa da população negra é uma é uma Instância política mas o enfrentamento ao racismo é é é o que a gente precisa como um todo e aí no universo não só pensando de forma eh eh eh E é porque isso né a palavra especificidade parece que você pega uma parte pensa estratégias e resolve mas a gente tá falando de
mais de metade da população brasileira né então não é não é dessa forma que a gente vai conseguir resolver eh a saúde no SUS enfrentamento ao racismo no SUS a gente precisa primeiramente reconhecer que as que que o racismo e eh tá atravessa a vida da população negra e a população negra logo é mais de 50% da população brasileira população negra e indígena então é um pouco nesse caminho né que a gente vai traçando eh alguma algumas formas de elaborar pensar eh o caminhar né eu eu trouxe alguns conceitos pra gente poder né assim né
não trouxe dados diretamente depois eu vou fazer isso né porque a epidemiologista precisa do dado para se sentir mais feliz mas eu vou falar um pouco de forma mais eh eh eh trazendo pra gente fazer o tal alinhamento importante né a gente alinhar como Eh vamos discutir sobre isso primeiro lembrando o que significa Equidade né Equidade em saúde que é um princípio do sistema único e que busca garantir Eh que todos tenham acesso eh justo à saúde de acordo com as suas necessidades e especificidades quer dizer considerando a o indivíduo enquanto pessoa pensando na integralidade
mas não o específico como se fôssemos minorias né né durante muito tempo a gente ouviu agora graças a ao movimento negro não é a Deus ao movimento negro a gente não tem escutado tanto né que a população negra são grupos eh minoria no Brasil né enfim mas eh não é sobre especificidade no sentido de a gente pensar integralidade né a gente traz conosco como sujeitas e sujeitos das nossas particularidades eh e aí olhando para a política nacional saúde integral da população negra ela vai dizer que Equidade racial sobre o reconhecimento do racismo das desigualdades raciais
e do racismo institucional como determinantes sociais da condiçõ de saúde com vistas a promoção da Equidade em saúde né é um movimento para que a gente cheg nesse lugar portanto a dimensão én racial deve fazer parte de uma agenda Nacional de políticas públicas eh e aí eu né pensando em iniquidade e um pouco nessa direção que a gente tá discutindo aqui eu trouxe é que o racismo promove iniquidades em saúde né O que a gente vê as iniquidades em saúde é o resultado do racismo sendo assim faz parte né das determinações sociais que matam e
adoecem população negra indígena né Eh a exposição da de nossa realidade serve de Diagnóstico para guiar nossos próximos passos nessa luta que é a responsabilidade de todas e todos os brasileiros temos por obrigação eh combater o preconceito e a discriminação no intuito de estimular mudanças institucionais que dialoguem com a transparência das informações e garantam qualidade e dos serviços públicos federais mas aqui eu digo das três esferas para toda a população para toda a população então a gente precisa sempre pensar sobre isso para toda a população porque a forma como o racismo institucional se organiza no
serviço prejudica todas as pessoas né então Eh Os territórios mesmo que não sejam 100% negros ao ter maioria de pessoas negras esse território se torna um território desassistido Então logo o racismo institucional atinge todas as pessoas né o racismo das suas diversas manifestações atinge muitas pessoas que escapam a informação de negros negras indígenas pela forma que se organiza que estiver no SUS e estiver no SUS que negle gencia também vai estar sobre a égide do racismo institucional né e a é é é um pouco pra gente elaborar como a toda a população e eu aqui
não tô falando que as pessoas brancas sofrem racismo tá bom gente não leva esse recado para casa eu estou falando que Os territórios são E aí eu tô falando uma discussão um pouco mais em termos de território né pensando nos vazios assistenciais nos serviços que são negligenciados nos territórios que esses territórios eles são negligenciados porque tem nele a maioria da população negra e isso faz com que as tomadas de decisões elas eh sejam eh eh vistas e pensadas a partir disso e com isso elas aí o os locais se tornam eh eh locais vazios de
políticas eh diversas né presente com as políticas de de segurança e de violência né segurança entre aspas mais violência do estado e ausente de políticas públicas que realmente cuidem das pessoas então É nesse sentido que eu tô querendo elaborar quando a gente fala que que todas as pessoas vão sofrer a consequência de na estrutura se ter racismo mas não que elas vão vivenciar o racismo ali na discriminação direta mas a estrutura quando ela é Ela é racista ela se organiza de forma racista as pessoas vão sofrer a consequência disso né Eh pensando nisso E aí
elaborando um pouco sobre racismo institucional que não é só a falta de ação não é racismo institucional a gente discute M sobre a inação do Estado mas é também a estratégias e as escolhas de políticas públicas que deixam de Fora a população negra ou estratégias e escolhas que a população negra continua morrendo em determinada determinada doença mas isso agora não faz mais parte da política porque isso a gente já conseguiu superar superou para quem então isso é o racismo institucional não é somente quando o estado se omich ou ou não ou Não age na inação
mas também nas estratégias de e não pensar e não elaborar política e desconsiderando as pessoas mais atingidas eh e aqui eh eu eu aixa voltar aqui rapidamente e quando a gente fala aqui né da importância de ter diagnóstico é sobre a informação do quesito cor também né a gente tem essa Esse instrumento que faz com que a gente possa inclusive eh falar não somente C que eu vou beber uma água porque eu tô eu tô saindo de uma gripe aí eu tô o quisito cor não é somente para dizer que nós estamos morrendo Mas é
para dizer também que nós estamos superando isso né então quando a gente tá a gente busca ter o diagnóstico do do do quesito cor diagnóstico racial o diagnóstico epidemiológico né o perfil epidemiológico nós queremos também mostrar que olha só a política nacional tem causado eh bons resultados ouv muito isso agora né tem dado indicadores positivos né então Eh também é para isso que a gente precisa olhar para o quisito cor né olhar para a informação da raça cor não é só olhar para a população negra indígena tá gente é para olhar para toda a população
porque quisito raça cor é sobre o perfil racial do Brasil não é sobre população negra e indígena é sobre o perfil racial do Brasil a partir dessa informação a gente vai fazer apontamentos vamos elaborar e vamos dizer olha população negra morre mais população indígena morre mais ou não né Eh então essa informação é uma informação assim como a gente tem uma informação sobre escolaridade que é para todo mundo raça cor também é para todo mundo né então é pra gente entender a dinâmica racial do perfil epidemiológico a partir da do perfil racial né para pensar
política pública né Eh para superar as desigualdades raciais né então é para isso que a gente tem eh para isso também né não é só isso mas para isso também que a gente tem a informação do quisito Raça cor com isso só para vocês saberem verem como a gente avançou né porque tem uma uma falácia nos na epidemiologia vou falar do meu lugar dos estudos né que vai dizer assim não vamos trabalhar com Raça cor porque é um dado mal preenchido não vamos trabalhar com Raça cor porque eh tem muita incompletude né ou então a
gente não pode atribuir T morte porque o dado é muito mal preenchido então a gente não pode dizer que de fato Esse é o cenário real aí eu peguei os dados e a série histórica tanto de eh nascidos vivos depois eu passo de morte de de mortalidade Desde quando entrou no sistema que é em 96 até 23 do ano passado e a gente vai ver o azul é o que tá de dado completo em relação a raço cor O que é dado completo é aonde aquelas informações das cinco raças foram preenchidas Alguém disse uma das
né informou uma das raça dentro daquela classificação e a e aquela aquela parte de ignorado Ela não ela tem um percentual menor que aí e a gente tá aí quase eh 100% de preenchimento 97 mais ou menos por. se a gente for olhar eh eu não tenho apontador aqui né Se a gente for olhar ali em 2017 para trás a gente já tinha um preenchimento muito bom né 2017 a portaria que torna obrigatória obrigatório o preenchimento da raça cor no sistema a gente já tinha antes há muito tempo que a gente tem na verdade um
bom preenchimento da raça cor eh no sistema de nascidos vivos né e mas a gente tem a primeira coisa que a gente ouve é que o que os que a informação de rç cô ela não é bem preenchida no sistema de informação é a primeira coisa que a gente ouve né A primeira coisa virou uma falácia virou é eu digo que é falácia é falácia científica e e tanto que esse dado aqui eu dei eu apresentei esse dado lá no no no sidac eu sou do da fio Cruz né no sidac na Bahia e uma
das pessoas que tá na Ai meu Deus agora como é o nome desse agora esqueci o nome nesse negócio de indicadores daqui daqui a pouco eu lembro eh ela pediu para levar porque é isso que ela escuta quando ela vai falar de raça cois não mas não pode trabalhar com Raça cor porque é mal preenchido Então essa leitura eh leva a gente que é também gestora e gestor e controle social a não exigia a raça cor no nas metas a não exigir a rasac na pactuação porque a gente diz assim ah dizem que não é
não é bem preenchido não então não vou não vou pedir isso né a gente não vai não tem como a gente pedir isso porque não é bem preenchido né só que não é verdade né e eu tô falando claro que se a gente for olhar por região vai ter problemas né a gente tem problemas de regiões em diversas por diversas questões não só por raça cor que é um outro ponto né É ripas ela tá na rede de ripas e e agora que eu lembrei e pediu a raça cor para levar paraa discussão no ripas
eh e aí eh mas eh pensando um pouco de como a gente vai eh consegue olhar sistema de informações tão fundamentais que é nascidos vivos e que é ai meu Deus voltei pera aí e que é morte materna se vocês pode observar que Segue o mesmo desenho né da figura do gráfico Segue o mesmo desenho a gente não tem problema de preenchimento de raça cor para esses dois sistemas que são sistemas que compõem né as suas informações compõe as pactuações e as metas né do que é decidido nas esferas municipais estaduais e Nacional e Federal
então a gente e isso está superado pra gente tá superada essa informação de que quisito cor não é bem preenchido há muito tempo tá superado mas agora a gente né Tem mais fôlego mais espaço mais pessoas para afirmar que é uma falaa científica né então eh eu queria trazer isso e trazer mais uma coisa né Ninguém se recusa a usar a escolaridade você não sab você não tem noção como escolaridade é mal preenchido mas ninguém se recusa a ai caiu a minha apresentação eh ninguém se recusa a usar escolaridade nas pesquisas não deformações de relatório
e é mal preenchido né em comparação à a raça cor eh mas eh para poder a gente ver a dimensão do racismo isso que a gente tá vendo quando a gente sofre uma falácia diante de uma de um preenchimento de alta qualidade porque não é só completo é de preenchimento de alta qualidade eh isso é o racismo institucional que as pessoas nem deixam a gente falar direito já diz assim ó não presta o dado faz assim pra gente não não presta rão não presta né então isso também é uma manifestação eu trouxe eu trouxe esse
artigo eh só para vocês eh Se tiverem interesse que é sobre sífilis e que eh a pesquisa era para ver a completude né pensando no indicador para sífilis congênita na no sistema de informação e o que o autor principal e encontra é que a raça influencia de forma positiva o preenchimento de demais Campos Então quando você tem a raça cor bem preenchida no sistema você vai ter as outras informações também bem preenchida a gente faz ainda carrega ah como sempre né Isso é coisa antiga a gente ainda consegue qualificar as outras informações assim como a
gente sabe que a informação de morte materna é uma das melhores em relação às outras mortes porque tem atuação do movimento de mulheres movimento de mulheres negras nos comitês né em diversas eh agendas e isso faz com que a o sistema de informação para o óbito materno se torne melhor né então é para pra gente observar como a participação do controle social vai impactar a política pública e a gestão porque isso aqui tem a ver também principalmente com a nossa atuação enquanto controle social e que aí nesse diálogo com a gestão que também tem interesse
melhorar e esse é o resultado que a gente vai encontrar né então é pra gente observar como eh o quisito cor ele amplifica né Não só é bom para ele mesmo como é bom para os outros as outras informações dentro do sistema eh e aí agora tava eu falei um pouco sobre isso agora eu vou eh trazer os dados né que ela precisa disso Eh agora veio saiu um pouquinho aí a a pessoa mais da política e viio agora epidem olista eh e aí eu Trago essa frase da Fernanda Lopes né que o racismo define
a forma de eh nascer viver adoecer e morrer eh e pensando um pouco nessa estrutura que a gente tem desde 2010 sobre determinante sociaal em saúde aonde o racismo o sexismo né o classismo a classe social eh ele se coloca ali na na estrutura eh como determinantes estruturais das iniquidades em saúde Mas se a gente olhar com com cuidado e olhar com com crítica a gente sabe que tá no lugar errado né porque se se são estruturais eles não deveriam estar num umaa numa coluna depois do contexto S socioeconômico e político porque a governança a
tomada de decisão a a as a as políticas públicas elas são construídas baseadas no no nos marcadores sociais e aí eu vou usar tanto para superar como para promover mais iniquidade quer dizer se a gente tá aqui pensando hoje numa política eh de saúde antirracista a gente tá pensando antes para pensar governança para pensar política né de saúde para a gente tá pensando antes né não estamos não vamos construir a política primeiro não vamos ter governança primeiro para depois pensar o racismo e pensar o gênero e pensar os marcadores estruturais se são estruturais eles devem
estar antes até para para nos chamar atenção são marcadores estruturais logo eu tenho que eh pensar estratégias de superar ou para quem quer reforçar e manter a hierarquia pensar estratégias de manutenção dessa hierarquia de gênero raça classe território né Então e e eh essa esse deslocamento que a gente propõe nos ajuda a pensar na direção de uma de uma Equidade étnico-racial eh na saúde né como é que a gente vai fazer isso se a gente não pensar que os marcadores estão antecedem as políticas e a governança e tudo que tá em torno da da atuação
e do Estado eh para isso a gente tem proposto né esse esse essa proposta aí foi um um quadro que a gente construiu eh para o artigo na na na no período da pandemia né escrevemos o artigo eu Dandara Ramos e Andrea Ferreira um artigo sobre racismo antinegro e morte materna discutindo o racismo obstétrico eh nessa ideia de que o racismo ele ele atua de forma estrutural logo ele tá ali no topo e as outras coisas vão vindo eh por consequência né na na sequência na verdade e aí essa essa essa ideia e aí aqui
eh como mais uma vez né o artigo era sobre racismo antinegro então a gente estava olhando para essa dimensão histórica social estrutural do racismo antinegro né E aí a gente vai trazer o racismo institucional que vai que vai ser o o que movimenta esse racismo esse racismo histórico social estrutural né aquilo que acontece no serviço aquilo que acontece na gestão é um é o que o racismo na no seu processo histórico determina e diz você pode sim deixar aquela mulher ficar ali sentindo dor você pode sim não indicar o melhor tratamento para aquela pessoa então
esse o racismo institucional tá atuando a partir do que o estrutural e o processo histórico social determinou então você pode sim fazer isso porque essas pessoas elas fazem da parte da rede de descuidado né E aí eh partindo daí aqui eu vou pegar e vou eu vou trazer esses pontos e eu queria muito que vocês se quiserem tirar foto acho que vai pode servir paraa discussão de amanhã eh nos grupos e eu vou tentar aqui eh eu tenho um um pouquinho de preguiça de escrever muito em slide então eu falo muito e escrevo boto pouco
Pouca coisa em SL porque eu tenho um pouquinho de preguiça e em geral ess slides são curtos porque dou aula com 15 slides e e Se vacilar passa do tempo mas é porque a pessoa fala muito e usa pouco recurso de de texto eh mas aqui se vocês tiverem interesse de te registrar E aí o que eu vou falar e mas acho que com com o que tá ali com que eu vou falar Vocês conseguem acompanhar e de pensar pensando gão né esse é o exercício que eu tô aqui estudei né como eu falei para
vocês pensando no gestão eh e olhando para isso esse esse Framework que tá aqui né segregação Residencial racial se a gente for pensar gestão isso está Associados aos vazios assistenciais está associada a aos vazios de de maternidade vazios de cuidado e Maternidade que é assim que o pessoal dos Estados Unidos chama né E a gente vai ver como isso sobretudo Essa é a grande atenção sobretudo para aqueles serviços de média e alta complexidade porque se a gente for olhar a cobertura de Saúde da Família estraté Saúde da Família atenção básica atenção primária a gente vai
ter uma certa um certo avanço avanço é real Mas se a gente olha paraa média e alta complexidade é muito vazio os vazios São enormes né Então as mostes maternas inclusive ocorrem muito em decorrência disso né da falta de UTI da falta de uma de um serviço de emergência da falta de né morrem por hemorragia da falta de de estruturas de média e alta complexidade e é e a gente trouxe esse eh segregação nesse estudo porque Justamente a pandemia nos apontou isso não é a pandemia falou as pessoas vão morrer por conta as pessoas que
moram nos vazios vão morrer porque nos vazios não tem UTI não tem médio alta Complex cidade não tem serviços e especializados e foi justamente isso que aconteceu se a gente for olhar no mapa a concentração da Morte eh quando vai pro norte a gente vê a a Consolação da Morte associado a a queda a baixa de leitos hospitalares tô falando aqui de um de um indicador que foi criado ids indicador de desigualdade em saúde covid 19 que vai mostrar justamente isso quando a gente plota o mapa a gente vai ver a concentração na Região Norte
aonde o número de leitos é menor em relação a todas as outras regiões do Brasil Então você vai ter uma concentração de morte nessa região que tem a ver que são leitos obviamente de média e alta complexidade Então isso é uma questão que a gente precisa pensar em termos de gestão os vazios e como a gente pensa sobre isso de forma antiracista e de forma de enfrentamento ao racismo né o racismo internalizado né que é isso que eu comecei falando né que o racismo institucional se manifesta antes da pessoa procurar o serviço então isso é
o racismo internalizado ela vai dizer assim eu não vou porque vou ser maltratada porque eu sou uma mulher negra e não é internalizado mas é real inclusive né então a possibilidade dessa dessa Essa desconfiança dela da mulher que tá parindo ou que tá abortando se confirmar é muito grande então ela demora de procurar o serviço porque ela tem medo de ser maltratada tem medo de sofrer racismo e muitas vezes morrem por isso né Então o que a gente vai chamar de situação limite e a gente vai atribuir isso também ao racismo internalizado as experiências individuais
e coletivas que as pessoas sofrem e que sua comunidade sofre ao chegar no serviço de saúde então eh a gente vai isso aí não tem jeito tá no âmbito da da desconstrução da consciência né dos serviços dos profissionais dos trabalhadores para que haja confiança da sociedade em acessar o serviço e garantir com que ela da Ali viva com saúde né e que não tem intercorrências porque é uma pessoa negra e sofreu racismo institucional e por isso morreu Então essa também é uma dimensão que a gente vai precisar pensar né Há a discriminação racial que é
aquela que a pessoa chega no serviço e sofre diretamente do profissional do trabalhador né E que eh muitas vezes elas podem ser implícitas explícitas né de forma eh a com violências físicas psicológicas e verbais eh eh e o viés racial implícito que aqui eu quero chamar atenção muito porque tá no campo da tomada de decisão o viés racial implícito tá no campo para tomar de decisão a gente muitas vezes toma decisão como profissional de saúde como gestor né e a conduta que a gente toma é aquela mulher não precisa de medicamento para dor porque ela
suporta dor isso é tomada de decisão baseado num num viés racial que pode ser implícito e pode ser explícito né então a conduta da do profissional do gestor dizer assim não vamos mais trabalhar com e sífilis a gente já superou isso sem pensar que eh as pessoas negras continuam as mulheres e as crianças continuam adoecendo e crianças morrendo em decorrência disso então essa essa tomada de decisão baseada no viés racial implícito deixa de fora ou causa dano na decisão de você Olha vou vou vou ou não vou fazer isso porque aquela pessoa negra não precisa
né então não a a gente não precisa mais pensar em estratégias de redução do câncer de colo de útero porque as mulheres no Brasil morrem mais agora de de de mama né E aí o câncer de colo de útero virou só uma Uma um câncer para acompanhar eh o o a tendência do câncer de mama por quê no sudeste tem uma queda abrupta de câncer de mama de colo de útero no Sul há muito tempo e aí ninguém estuda mais e ninguém pensa mais de forma Central mas no norte continua e as mulheres indígenas morrendo
a taxa de morte de morte por câncer de cola vocês vão ver aqui tem um dado continua morrendo e o que vai acontecer no futuro é que as mulheres indígenas e negras vão continuar morrendo de morte por câncer de colo e vai concorrer com câncer de mama porque não vai acontecer inversão porque a a a qualidade de vida proposta para as pessoas que estão no Sudeste e no sul não é igual a qualidade de vida proposta para as pessoas que estão no Nordeste e no norte então o não vai acontecer essa inversão esperada ou se
acontecer vai ser muito muito muito à frente eh vai acontecer a concorrência de mortes né no estudo que eu realizei na agora com minha com meu pdoc mostra que as mulheres negras morrem mais de câncer de mama e de câncer de colo de útero não tem inversão as indígenas morrem mais de câncer de colo o o é de câncer de colo de mam ainda não alcançou né mas vai alcançar porque se não tiver estratégia de Cuidado se for pra rede descuidado vai alcançar né mas então a gente vai observando Isso você vê que eu falo
para caramba né É E aí pouco slide e muita fala eh então eu vou trazer um pouco mais sobre essa questão do Câncer de cola e de de cola de outa mais pra frente tem uma informação sobre isso eh e aí eu queria que vocês agora eu né uma coisa que Luiz falou comigo man não traz os dados pra gente discutir né a gente tem muita coisa para para falar infelizmente de desigualdades iniquidades em relação à doença negligenciada doenças preveníveis né mortes preveníveis Aí eu falei não luí eu vou falar eu vou focar na moste
materna primeiro que é meu meu lugar né de conforto que eu sou da área ninguém ninguém é besta mas também porque eu lembro muito de Lúcio Xavier né nossa formadora Lu Xavier disz pra gente o seguinte se morte se as mulheres morrem de morte materna imagine das outras coisas né porque muitas vezes as mulheres entram na maioria das vezes saudáveis e morrem no serviço a gente tem a história agora né em Salvador então Eh e isso marca muito pra gente se acontece com a morte materna isso imagina com as outras coisas né então é um
pouco pra gente ter esse esse imaginário de como eh a morte materna pode ser a nossa observação nesse sentido não que cada um cada uma vai se tornar especialista na na no Agravo mas pensar na morte materna como eh um marcador que nos que nos faz estar atenta que não estamos fazendo eh que estamos seguindo a rede de descuidado e que não estamos seguindo o caminho da rede de cuidado né Então aí vocês observam aqui né o Brasil tinha que ter baixado a meta né ou Baixada a taxa para cumprir a meta do odm lá
atrás em 2015 né entrou novo nova meta mas com odm tínhamos que chegar ali 35.8 não chegamos Brasil na taxa Global não chegou né aí quando a gente vai olhar a s histórica e por raça cor a gente vai pegar ali eu só trouxe o até 2000 mas tá igual coincidiu se a gente olhar 2011 a 2015 a gente vai ver que as mulheres brancas é isso abaixo de 50 as mulheres eh pardas estão um pouquinho Acima das 50 e as pretas e indígenas estão ali entre abaixo de 100 e acima de 150 né no
correr da série a gente não alcançou a meta ou não chegou perto dela porque Somos países de população negra também mas se formos fôssemos só de mulheres brancas a gente chegaria perto da Meta onde está a taxa de mortalidade para as mulheres brancas está lá embaixo tá em abaixo de 50 então a gente tinha chegado perto tinha batido na trave mas como a gente também é uma população de pessoas negras e indígenas a meta não foi alcançada logo para você alcançar a taxa Global você precisa ter metas diferenciadas então não adianta não querer discutir meta
diferenciada porque a gente não vai alcançar a gente chegou em um platô onde as estratégias de superação da morte materna que atingia todo mundo atingia todo mundo e isso foi superado a gente agora chegou em um lugar aonde a gente precisa enfrentar o racismo na saúde de forma mais assertiva aonde Profissionais de Saúde não pode tomar decisão que as que aquela mulher pode par normal e o útero dela romper que aquela mulher não eh deve ter uma conduta para cesárea porque cesárea também salva vidas quando ela tem um um diagnóstico de um um uma gravidez
de alto risco né que a gente precisa ter Serviços Médicos especializados nos vazios assistenciais e que nesses lugares são de maioria de pessoas negras e indígenas Então esse é o esse é o nosso debate a gente chegou em um platô se não for discutir isso vai continuar neste mesmo lugar porque se a gente for olhar não muda mais né a gente vai olhar ó aumentou ali por conta da pandemia mas não muda mais você vê que vende de Alto ali por conta da da da 1 N1 né antes de 2011 tá vindo do alto mas
vocês observam que esse alto vem das mulheres pretas e indígenas e esse e esse aumento exacerbado também acontece na pandemia para as mulheres pretas e indígenas né então Eh aqui tá sem correção tá eu fiz essa essa essa série temporal aí só para poder a gente dialogar com esse outro dado aqui eh mas é mais ou menos não vai modificar muito com as correções que mais ou menos essa é a realidade mesmo eh e aí quando a gente aciona as regiões né que é sobre isso dos Bras assistenciais é olhando PR as regiões a gente
vai ver isso né como é que o Nordeste como é que o norte nordeste a você vai olhar pro sul e pro Sudeste o Sudeste ainda tem uma coisa um pouco maior por conta da presença né da população negra muito grande então você isso mostra muito sobre o racismo né que mesmo o Sudeste sendo um lugar mais muito assistido Você ainda tem uma uma uma uma taxa mais elevada poderia estar muito menor mas a presença Negra e o Rac por conta disso o racismo institucional faz eh faz o que faz né E e aí só
para vocês verem em mapa né como a gente vai ver a concentração eh da em região né como como isso se distribui em relação à morte materna aqui é mortalidade infantil só vou falar gente eu não sei muito sobre mortalidade infantil e isso aqui foi de é de Dandara né Dandara a gente trabalha junto e ela fica com com as com as crianças eu fico com as mulheres e aí eu não sei muito sobre sobre as crianças mas isso aqui agora eu queria que chamar atenção eu devia ter falado isso eh vocês olham que a
que a série histórica da do dos das mulheres indígenas ela é inconstante né aí a gente olha aqui a mesma coisa isso tem a ver com falta de investigação de óbito isso tem a ver com preenchimento que não é que não tá qualificado isso tem a ver com rede de atenção então 11% dos óbitos maternos de mulheres indígenas não são investigados não esse dado eu tô falando não trouxe em gráfico 11% os outras os outros grupos é em torno de 2% para as mulheres dinas é São 11% dos óbitos não são investigados apresenta um alto
percentual entre aquelas que T óbito matern eh sem definição se é direto se é indireto Então isso é sobre rede de atenção né que que a gente tem superado e diz assim ah a gente nem olha mais a informação sobre investigação do óbito que tem lá no sistema né mas se você for olhar para determinado grupo você vai ver que a gente dade não chegou no no 100% porque tem que ser 100% dos dos óbitos investigados a informação lá tem que tá 100% dos óbitos investigados e a gente tem ainda 11% dos óbitos das mulheres
que morrem indígenas que morrem de morte materna não é investigada né e e isso dessa desse preenchimento desqualificado por isso que ess que o dado fica assim e e a mortalidade infantil pela a mesma coisa né também é um óbito investigado eh eu não eu eu eu ouvi até falando sobre óbito Neonatal eu acho fundamental importante a gente né a tecnologia tá aí para responder Inclusive a isso né o a a a a a não precisar a a criança o Neonato não precisar morrer porque a gente tem tecnologias que podem garantir a vida daquela daquele
Neonato mas eu quero que a gente ainda continue olhando paraa morte eh mortalidade infantil dos menores de 5 anos porque essa ainda é a realidade do Brasil mas mais uma vez o vi o viés racial implícito aparece porque as pessoas querem trazer pra gente de forma muito Central o óbito para pensar o óbito Neonatal e e negligencia descarta como se a gente tivesse superado o óbito a mortalidade infantil superou se a gente pensar superou melhorou se a gente pensar Brasil mas não superou se a gente pensar indígena se a gente pensar população negra olhando para
ente para as crianças pretas Então essa esse é o giro que a gente vai precisar fazer as doenças que são ditas e que já foram superadas que não precisa de tanta atenção que a gente não precisa de meta porque ela não né já já deu o seu salto a gente pensando num política antirracista vai ter que repensar sobre isso porque as doenças negligenciadas as doenças que que são evitáveis e são preveníveis ainda mata adoece a população negra indígena né então Eh e aqui eu já tô finalizando e aqui a série histórica que como eu falei
de mortalidade por câncer Adico de útero né E aí de novo vocês podem olhar né a mesma coisa a população indígena isso é rede de atenção e aí a gente vai eh eh observar a as mulheres brancas estão abaixo da da do Brasil né e as e as negras acima e as indígenas mais acima ainda né pra gente poder ver eh que como as mulheres morrem por câncer de colo de útero uma doença que ela pode ser prevenida na tenção básica né ela pode ser evitada e se não evitada ainda é tratável até chegar a
um câncer foram muitas muitas negligências muitas barreiras e muitas camadas da rede de descuidado para chegar nesse est estado de morte por câncer de colo de útero né então a a a a falha foram muitas falhas que aconteceram de diversas ordens para que no final a gente tivesse a morte de uma mulher por câncer de colo de ultra e hoje ela é considerada uma uma uma um câncer que só se olha pro para pros países africanos com muita com muito estigma inclusive é considerado um câncer da pobreza né Mas não é nada disso é sobre
o serviço dar atenção aquilo que mata e adoece a população e ela tá entre as doenças que a gente pode chamar de negligenciadas né E ela sendo eh tendo toda a possibilidade ainda mais que a gente nós mulheres né pensando no serviço quanto a gente acessa muito serviço de saúde né sobretudo as mulheres que vão parir né o pré-natal então a forma da gente cercar de cuidado essas mulheres é muito grande pra gente chegar nesse estgio de morte né E aí chegando ao meu fim eh dessa apresentação eu trago algumas recomendações mas eh eu fui
falando também aqui ao longo da apresentação pensar um pouco na melhoria do da coleta do quesito raça cor e das outras informações sociodemográficas porque veja bem a gente não tem Inclusive a falar sobre isso tá aqui atrás que é é sobre né essa informação aqui a gente tem o sistema o siscan Né que é o sistema de informação de câncer no tabin lá não tem raça cor disponível no tabnet sabe que a informação que eu tenho porque mal preenchida aí não querem colocar então eh a gente não tem essa informação da raça cor no tabnet
tem no no dado tem no micr dado para o gestor pesquisador mas a pessoa que é da do ativismo e sabe lá olhar Entrar no cabinete e e buscar e fazer sua tabelinha não tem essa informação da raça cor eh Isso é uma questão que a gente precisa resolver e é possível né Eh e a questão de ter outras informações qualificadas por quê quando a gente olha separado o grupo eh de forma intersecional gênero e Raça a gente vai ver que as mulheres negras elas vão ter o preenchimento menor qualificado para as outras informações que
que é para ela escolaridade eh estágio conjugal eh informações que estão num campo sociodemográfico tráficos para as pessoas negras isso é menor preenchido tem mais ignorado para população negra em relação população Branca então mais um desafio não é só o quisito cor é a intercessão como é que a gente vai olhar a questão da escolaridade para as mulheres negras se ele é mal mais mal preenchido para esse grupo e mais ainda para os homens como um todo e os homens negros isso pior porque aí tem a ver com os homens no serviço de saúde como
é que a gente preenche a informação então a a sensibilização dos homens no serviço também tem a ver com ele fornecer informação que isso também vai ser importante para ele né então eh eh e aí a gente vai discu vai poder discutir que que a masculinidade também impacta na coleta da informação no no serviço né então isso é uma questão capacitação dos trabalhadores da saúde e dos tomadores de decisão trabalhadores trabalhadoras e tomadores de decisão no enfrentamento ao racismo reconhecendo um viés racial implícito no processo de saúde cuidado e doença né o o vi racial
implícito é que faz a gente aí girar em torno da rede de descuidado eh atenção aos agravos negligenciados e preveníveis devem ser colocados no centro do Cuidado das políticas gestão pois sua redução ou mesmo eliminação impactará impactará positivamente a população negra indígena as pactuações e metas devem ser diferenciadas para alcançar a Equidade racial saúde né e inclusive responder a ao indicador Global né se a gente faz a meta diferenciada ao final o Global se beneficia também eh uma política de saúde antiracista e com Equidade racial precisa enfrentar o racismo institucional né E aí eu trago
sempre essa frase de matel Luther King que eu gosto muito né que ele vai dizer que de todas as formas de desigualdade a injustiça na saúde é a mais chocante e a mais desumana e finalizo com a nossa grande imagem né da campanha vida longa com a saúde sem racismo [Aplausos] obrigada obrigado Manu Emanuele Manu né É é intimidade às vezes é uma falta de respeito Essa Tal de intimidade eh obrigado Emanuele Pois é quando eu fiz o primeiro contato com Emanuele eu disse a ela eu preciso que você faça uma discussão com a gente
eh sobre a tuberculose sobre sífilis sobre aid sobre morte materna sobre é aí ela foi falando luí mas eu vou ficar quanto tempo com vocês e e a gente ela fez uma opção de pegar pela pela mortalidade materna e foi a opção que a gente fez também para trabalhar com vocês amanhã nos grupos Então nós vamos olhar pra mortalidade materna olhar para uma rede mas identificando que aquela rede que nós estamos pegando isso não acontece só em uma rede ela se dá na urgência emergência ela se dá na de atenção primária ela se dá na
atenção especializada ela se dá na saúde mental ela ela ela se reestrutura e é muito boa essa essa ideia de que eh eh Você tem um tem um processo que antecede né Tem um um ponto que antecede e que dificulta para nós às vezes que estamos na gestão é olhar esse que antecede Man porque a gente olha o número a gente olha o número a gente olha o número e às vezes pouco a gente faz um olhar para aquilo que antecede o processo da chegada é e o outro ponto para nós gestores a gente sempre
pega o número de quem chegou mas não o número de quem não chegou então são são desafios da de Chaves eh mentais Chaves desse processo eh de acesso e não acesso que que dificultam que a gente precisa repensar o vi estará aqui à tarde Pelo menos eu preciso ver com o pessoal mas assim eh hoje a gente tem eh eh na área de saúde indígena de que a pessoa chega para ser atendida na atenção primária e fala vou pegar aqui qualqu qualquer uma das redes não você tem que ser atendido pelo subsistema de saúde indígena
você não pode ser atendido aqui não então você nega o direito daquela pessoa que tá as pessoas eh eh hoje eh vou chamar que estão em territórios nas periféricos Os territórios diferentes territórios e que se autodeclaram indígenas aí nós no sistema falamos não só você é só no subsistema de saúde indígena acho que o viib vai conversar com a gente hoje à tarde sobre isso ou seja a gente nega o direito nós estamos o direito das populações indígenas de ter acesso então não tá chegando se não tá chegando não tem problema se não está chegando
para nós olhando os números não tem problema então essa eu acho que esse é o afinar eh dessa manhã que a gente tá convidando vocês a fazerem esse tipo de reflexão agora tarde a gente já vai trabalhar de um outro lado nós vamos trabalhar do é possível fazer é possível uma olhar para uma região Amazônica a gente tem experiências positivas em em vários territórios para que a gente também se alimente do Positivo pra gente construir as nossas propostas de ações eh na no dia de amanhã ok foi esse um pouco o percurso metodológico que a
gente eh optou para fazer com vocês eh o problema como é que alguns têm resolvido problemas como é que algumas pessoas instituições têm vivenciado esses diferentes lacunas eh nas redes para que a gente possa eh juntos pensar propostas eh acho o o eh eh o Jurandi já já anunciou aqui né da a gente ter um eh um material técnico que possa subsidiá-los subsidiá-los Mas também da gente ter um plano de ação Estadual isso tá no no nosso no nosso Horizonte de ter um plano em que eh as câmaras técnicas do conas que os grupos de
planificação que o o o pessoal da bp que tá aqui aqui que o pessoal do Einstein que tá aqui que a gente possa desenhar ações eh conjuntamente bom e eu já temos o almoço temos tá eh eu quero também pedir para pra equipe da assessoria porque a gente tá Já conseguiram passar tá lá pela pela recepção conseguiram pegar nosso material aqui ainda não não pegou todo mundo Ah mas eu tô é porque eu tô vendo a maioria aqui com cordão com com com crachá eu tô imaginando que já pegaram o material e já fizeram credenciamento
bom a gente também tá lançando cadê cadê a sidig a sidig lança o o painel saúde e da população negra ve vai lançar umas coisas aqui tarde mas eu também tô lançando um relatório nós da assessoria estamos lançando o nosso relatório do anos de trabalho eh acho que as as primeiras ações os primeiros movimentos a gente tem um eh tem tem tá presente entre nós Andre lembrava Andre Andre Lemos lembrava esse final de semana que Marmo sempre dizia sim eh um caçador tem que saber o que onde atirar porque ele tem às vezes uma flecha
só e a flecha que ele tem ela tem que servir para atingir a caça e ele também tem que servir ao Caçador eh então nós nesses a gente tentou colocar eixos estruturantes para subsidiar os gestores e subsidiar a sociedade civil hoje estamos fechando esse Pain com o painel né e é mais uma desses pontos que a gente tá eh nesses do anos de trabalho árduo Cadê tá toda acho que não estamos todos mostra para vocês toda a equipe apresenta para vocês toda a equipe da secretaria executiva do gabinete da ministra da svsa da Saes da
saps Que Tem trabalhado muito para que pós-pandemia pós-pandemia em que nem elevadores de um ministério funcionava que a gente pudesse colocar a política de enfrentamento ao racismo estrutural de pé Muitíssimo obrigado vamos ao almoço Muito obrigado Luiz é nós temos só só só alguns avisos aqui na saída aqui do Centro de Convenções será entregue um valcher para almoço que será servido aqui ao lado mesmo tá E também recomendamos que não deixe os pertences aqui neste auditório as pessoas que tiveram as passagens emitidas pelo Ministério também se dirigem ao guichê de passagens aqui tenham todas Tenham
todos um ótimo almoço 14 horas uma atividade imperdível que a conferência que é Equidade ét racial contexto atual do enfrentamento à morbilidade materna infantil e fetal [Música] Mor eu [Música] m [Música] BA [Música] w [Música] C [Música] k [Música] C [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] C [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] ho [Música] [Música] C [Música] [Música] [Música] C [Música] Us [Música] C C [Música] k [Música] [Música] [Música] [Música] h k [Música] C [Música] k [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] C [Música] C [Música] [Música] [Música] un [Música] [Música] [Música] [Música] k he [Música] k [Música]
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representante do secretário de atenção primária à saúde a Renata Reis ela tava aí representando a secretaria de a secretária de atenção especializada Aline de Oliveira Costa diretora do departamento de atenção hospitalar domiciliar e de urgência uma Salma de Palmas o nosso secretário de saúde indígena veb tabba convido também para moderar este painel a a Taí Santos assessora para Equidade racial em saúde no Ministério da Saúde eu passo a palavra e a direção dos trabalhos à nossa moderadora desejando a todas e todos um ótimo trabalho Boa tarde Boa tarde todas todas e todes e é uma
grande satisfação estar com vocês aqui hoje né iniciando ess trabalhos da nossa tarde a gente já teve uma manhã né Muito rica de discussão e de debate e nesse momento né a gente pensou em dialogar um pouco com vocês no sentido de um processo de resgate do que a gente tem construído nessa gestão do Ministério da Saúde eh onde a gente tem né um eh e essa atividade ela acaba sendo uma continuidade de um projeto anterior e ano passado a gente construiu uma oficina que foi a oficina de morte de mortalidade de mulheres negras e
a gente pensando né nessa perspectiva e pensando na continuidade que a gente precisava dar a essa construção a esse debate as diversas ações que o ministério da saúde tem desenvolvido Desde o ano passado para cá a gente constrói esse espaço justamente para poder dialogar com vocês eh e apresentar né O que que a Secret secaria de atenção especializada a secretaria de ação primária e a secretaria de saúde indígena tem construído né ao longo né Desse último ano então eu queria né primeiramente passar a palavra pra Aline né que é a nossa diretora do departamento de
atenção hospitalar e domiciliar e de urgência né para Que ela possa iniciar a sua fala e apresentar essas ações que a gente tem desenvolvido dentro do ministério Boa tarde gente queria cumprimentar aqui o secretário cumprimentar Aline também né thí desculpe eh e todos que estão aqui presentes todos todas e todes dizer da alegria que é esse momento queria em especial inicialmente a cumprimentar luí Eduardo e agradecê-lo por todas as parcerias e provocações desse último ano porque são provocações que nos movimentam que nos fortalecem para construir e políticas públicas de acordo com as necessidades desse país
Então queria cumprimentar todo mundo em seu nome luí e agradecer porque é fundamental esse trabalho conjunto em especial né trazer um abraço do secretário Adriano a todos que aqui estão dizer que ele tá em outra agenda mas ficou muito sentido de não estar aqui mas temos Total trabalho conjunto e feito um esforço gigante nesses últimos eh quase 24 meses de construir de fato uma atenção especializada que olhe paraas espe cidades e olhe para as necessidades de forma equânime e de forma eh diferente para que a gente possa chegar mais próximo da Necessidade das pessoas esse
é o nosso desafio enquanto Ministério da Saúde no âmbito da secretaria de atenção especializada o desafio é maior ainda no sentido da Integração das políticas e das ações historicamente nós temos várias políticas que T trabalhado com suas com seus com seus projetos e acordos e nós viemos num desafio de integrar as ações e de organizar o cuidado de um modo que a gente diminua tempo mas que a gente diminua aquilo que mais nos nos fragiliza que é a falta de integração e a falta de de serviços em lugares prioritários então agradecer essa mesa a gente
tem aí um compromisso Renata boa tarde bem-vinda nós temos um compromisso aqui né de construir uma rede nova né de atualização da atenção materna infantil para reduzir mortalidade materna e a gente vem trabalhando em conjuntamente com diversas secretarias do Ministério da Saúde mas nós temos um comitê executivo eh saps e Saes em especial para trabalhar a integralidade atenção primária e atenção especializada dizer que essas ações também tê sido construídas muito em parceria com o conas e com apoio do conasems então não posso deixar aqui citar a câmara técnica de atenção primária a câmara técnica de
atenção especializada do coanas da cit para que a gente possa seguir e ter os resultados que o país mais precisa rapidamente antes de começar o tema da da da morte materna do enfrentamento eu queria trazer para vocês o nosso grande ganho que foi a publicação há um an pouco mais de um ano atrás da política nacional de atenção especializada a saúde a pinais a política nacional de atenção especializada é a primeira forma de organizar uma política para esse segmento do cuidado do Cuidado especializado e ela traz o seu primeiro eixo algo que a gente tem
tem buscado exercer em todas as demais estratégias programas políticas linhas de cuidado que é prevenção e Vigilância em saúde e políticas transversais de enfrentamento ao racismo e foco nas populações vulneráveis Então ela traz no seu primeiro eixo guia a questão da Equidade e com o foco de enfrentamento a racismo e as desigualdades regionais em especial Trazer isso como seu primeiro eixo é é é Trazer isso como fio condutor das dos programas que se seguem e das políticas e da atualização das políticas que isso traz traz todos os outros eixos como uma política deve ter mas
sempre trabalhando as questões da Equidade né então regulação do acesso com Equidade a gente vinha trabalhando muito no processo de regulação do acesso só com protocolos clínicos nós temos agora trabalhado vários protocolos para atualizar e ter esse recorte racial né E esse recorte étnico para que a gente possa de fato chegar naquilo que a gente tá falando da Equidade então de fato o que a gente precisa é construir políticas que foram fortalecer esse caminho aí eu trago aqui a questão com foco grande né na numa numa saúde anti racista é essa que a gente vai
buscando e a gente tem no um outro projeto né um outro grande estratégia o programa mais acesso especialistas uma forma de organizar atenção especializada ao qual a gente começa pela atenção eh atenção ambulatorial mas nós estamos em vias já de chegar nos Serviços Hospitalares e de ensino o pima né o programa mais acesso especialista hoje nós temos adesão de 98% dos Municípios e regiões do país e a gente chega numa totalidade de alcance de desculpa 88% dos Municípios mas chega numa totalidade de alcance de 98% da população e é uma forma de organizar o cuidado
trabalhando né todo o itinerário terapêutico desse usuário no no no sistema único então desde o atendimento na atenção primária com a suspeita diagnóstica com acesso né pros vazios assistenciais com estratégias de telesaúde e de telemedicina com acesso assegurado em um tempo oportuno mais um tempo oportuno às consultas e exames n ários com especialistas um plano terapêutico onde o pagamento depois ele é feito pelo combo pelo pelo pela totalidade do da atenção ao usuário é uma é uma experimentação de sair da lógica de pagar apenas procedimento e do usuário ficar perdido na rede chega na atenção
primária chega num ambulatório e não sabe para onde ir então organizar o acesso com os prestadores né sendo públicos ou ou filantrópicos ou até prestadores privados que que prestam serviços ao SUS nesse processo da continuidade do cuidado é a gente acompanhar de Fato né tornar mais rápido ampliar o acesso e acompanhar o itinerário do usuário para que a gente tenha resultados e desfechos mais felizes e aí na atenção materna infantil né aquilo que nos cabe aqui o nosso grande lançamento eh enquanto compromisso do Ministério da Saúde mas muito mais do que do ministério um compromisso
social em reduzir a morte materna a gente lança a rede Aline em setembro deste ano a rede Aline ela vári já tá amplamente publicada mas eu nunca deixo de trazer esse esse slide porque a gente precisa lembrar quem foi Aline Pimentel para que não haja mais a casos Aline Pimentel e trazer essa foto da Aline materializa a falta de acesso e as violações de direito que ela teve em 2002 né Aos 28 anos quando ela morre grávida aos 6 meses na Baixada Fluminense E aí o caso foi reconhecido né que foi uma morte materna reconhecida
por causas evitáveis e como uma violação de direitos humanos né no Conselho da ONU e antes mesmo da condenação do país que foi em foi mais tarde mas em 2011 o governo brasileiro lança a rede cegonha como uma forma de resposta e a rede Aline vem agora para reafirmar o compromisso do Ministério da Saúde em enfrentar esses desafios históricos e ampliar e atualizar a rede segund que foi lançada em 20111 qual é a situação que a gente encontra né o país o ano passado em relação à à a mortalidade materna nós temos alta taxa de
mortalidade materna e diversos estudos que nos mostram que nove em cada 10 dessas mortes poderiam ser evitadas quando a gente fala nove em cada 10 poderiam ser evitadas a gente tá criando estratégias e possibilidades pra gente chegar nos nossos desejos e fios sempre coloco são mais ou menos hoje estabilizando aí pós-covid sete a oito aviões que caem quando cai um avião todo mundo se mobiliza a mídia toda para mas a gente perde sete aviões de mulheres todo ano no Brasil aos quais destes nem metade nem nem metade de um deveria ser perdido Então isso é
muito grave e a gente precisa trabalhar isso como causa de vida e como causa de organização do sistema toda morte materna destrói uma família destrói uma equipe muitas vezes uma comunidade toda então por isso a seriedade da mortalidade materna que a gente vem buscando enfrentar no no na pandemia né o Brasil teve 1000 3.030 mortes de mulheres em 21 ampliando em 74% o o que a gente teve em 2014 e a gente vê uma aparente tendência de de queda né pós pandemia mas a gente ainda tem muita disparidade Regional Quando eu olho aqui o norte
ele tá aproximadamente 80 numa razão de 80 e eu olho a região sul ela tá em 37 então é esses dados que a gente precisa ter e acompanhar e agradecer aqui muito a svsa a equipe do Dácio da Letícia que nos tem trab nos tem eh Tem trabalhado conosco diuturnamente para atualizar esses dados e nós vamos chegar agora no nome da mulher num tempo mais recorde e fazer várias interfaces então nós temos buscado a partir de sistemas e a partir dos comitês locais de vigilância e prevenção essa aproximação desses casos para que a gente possa
de fato trabalhar naquilo que é evitável e por raça cor por raça cor a nossa preocupação é ainda Maior Nada justifica Nós temos duas vezes mais mulheres pretas que morrem do que mulheres brancas e pardas não tem justificativa Clínica Isso quer dizer então que a gente tem um racismo institucional e outras coisas para estudar e temos uma ascensão ainda como um grande desafio da da mortalidade materna em mulheres indígenas em 2023 ampliamos muito a investigação mas a gente tem ainda o desafio o secretário deve trazer aqui mas tanto a saps quanto a saí Tem trabalhado
junto com a cesai nesse processo de enfrentamento e de qualificação porque a gente não quer que as mulheres morram mas a gente quer melhorar também a qualidade da assistência na situação Neonatal isso é muito importante trazer porque eles a gente resgata aqui as disparidades regionais e por etnia também das crianças né a gente tem uma tendência de estabilização mas nós temos aí no no norte um um índice de 10.1 com várias disparidades regionais entre os próprios locais do Norte e no Brasil nós temos uma média de 8.7 sendo que na região sul a gente chega
aí 6.87 então a gente precisa correr atrás e olhar para pras regiões e paraas populações que mais precisam Quais são esses desafios persistentes minha gente que a gente tem que trabalhado e a ministra tem reiterado cotidianamente as altas taxas de mortalidade materna né sendo a maiorias por causas evitáveis as desigualdades sociais e étnicos raciais os efeitos do racismo institucional para a saúde das mulheres e criança o subfinanciamento e a desatualização dos valores da rede cegonha isso mobilizou bastante a rede Aline em especial na atenção Neonatal porque nós estávamos com muito pouco financiamento dos leitos especializados
a dificuldade do acesso e a qualidade na atenção primária para um cuidado integral e aí tem uma série de estratégias que a secretaria de atenção primária vai apresentar e que a gente tem dialogado diariamente a baixa vinculação precisamos tomar como compromisso os mapas de vinculação e assegurar o acesso às mulheres desde o pré-natal que ela saiba sua referência paraa pro um para uma maternidade de risco habitual e quando necessário pros ambulatórios e paraa Maternidade de alto risco precisamos tomar isso pro nosso cotidiano trabalhar com a vinculação e que as mulheres tenham a segurança de saber
onde elas vão parir e por fim né temos uma Baixa vinculação também entre os serviços pouco diálogo E a fragilidade no monitoramento e avaliação das ações de materna infantil é o monitoramento é algo que a gente tem Invest bastante no âmbito da rede Aline o que é que a gente quer onde é que a gente quer chegar então garantir um novo modelo de atenção então nós estamos falando aqui não só de reduzir mortalidade mas de de uma mudança de modelo e de uma mudança an lógica da atenção ao parte Nascimento Renata vai trazer as ações
de planejamento para que a gente possa trabalhar o planejamento reprodutivo que a gente possa que as mulheres eh ampliar informação para essas mulheres que eu possa dizer para elas que um par normal vai ser tão qualificado quanto o parte cesárea para que a gente não tenha nas portas das maternidades as mulheres chegando pedindo cirurgia reduzir em 25% a taxa de mortalidade materna até 2027 reduzir 50% das mulheres pretas e atingir por fim o objetivo do milênio em 2030 que é chegar a 30 óbitos por 100 nascidos 100.000 nascidos vivos que esse é um compromisso assumido
desde o objetivo do milênio no ano 2000 e foi o único compromisso o único objetivo dos anos 2000 que esse país não não não não respondeu então temos essa dívida e temos corrido atrás para saudá-la rapidamente as inovações aqui são recursos financeiros de fato do quanto que a gente tá ampliando a parte de recurso financeiro e do quanto nós estamos financiando componentes que não eram financiados como por exemplo os ambulatórios de saúde da mulher e da criança para o pré-natal de alto risco e a e o po pério bem como o ambulatório de seguimento para
aquele bebê que nasce e vai e precisa de uma UTI Neonatal então aquele bebê baixo peso prematuro ou com outras eh outras eh clínicas outras necessidades precisa ser acompanhado num serviço especializado até os 2 anos mas sempre isso em conjunto com a atenção primária com o lugar de referência do território que essa mulher reside estamos ampliando aqui recurso para transporte sanitário para que a gente tenha né segur ança e qualidade no transporte dessas mulheres e desses desses bebês e qualificar a regulação quem aqui é da foi de hospital e sabe do tanto de regulação que
a gente recebe e que a gente poderia receber muito melhor essa mulher ou qualificar os pedidos para que a gente possa de fato eh criar laços e vínculo entre os serviços Além disso né para todos os municípios do país tem sido trabalhado e discutido um financiamento por nascido vivo por local de residência é um financiamento que a gente tá chamando de incentivo da qualificação da rede então gestor Municipal vai receber o recurso pelo seu munícipe e não por onde ocorreu o parto para que a gente possa trabalhar uma forma integral de atenção desde o planejamento
reprodutivo até a primeira infância outras ofertas para além das da da da questão financeira que é tão importante a qualificação dos profissionais isso aqui a gente Tem trabalhado muito em conjunto saps e Saes né n então sistema de apoio a decisão clínica para para suporte aos profissionais desde o pré-natal até o parto então na na no acolhimento com classificação de risco se a enfermeira obstetra ou se a enfermeira ou se o médico obstetra tiver dúvidas ele pode acessar o aplicativo e a partir da queixa conduta ou dos sintomas ele pode ter a condução melhor do
caso isso muito voltado para os lugares onde a gente não tem especialistas onde a gente precisa qualificar o cuidado mas também para as grandes portas de emergência aí das emergências de maternidade que são muitas vezes superlotadas e que tem pessoas ainda com desafio né da questão técnica estamos desenvolvendo apoio institucional no âmbito da gestão da atenção e da formação para maternidades e serviços prioritários desse país trabalhando na metodologia de plano de ação com foco e com e com processos de qualificação no âmbito da gestão no âmbito da atenção das questões clínicas mas também na mudança
da lógica da formação porque como eu brinco an até antes de ontem eu era eh gestora de serviço e a gente tem recebido muitos profissionais que não são formados no modelo do SUS e no modelo que a gente acredita então a gente vai trabalhar também nisso e por fim né tem sistema de monitoramento de indicadores eh estratégicos então uma parte eu apoio e na outra eu monitoro e eu monitoro com sistemas de monitoramento já consolidados então indicadores estratégicos de cuidado mas de gestão e sobretudo da relação com a rede eu preciso monitorar o quanto que
esse hospital e essa maternidade tá em relação com as suas unidades básicas de saúde no seu território tá em relação com os outros processos do Ministério da Saúde e com os outros processos do SUS por fim nós temos trabalhado junto à comissão nacional de residência médica a ampliação e provimento de especialistas né em 2023 a gente teve a maior ampliação de bolsa em residências médicas desde 2013 então a gente passou 10 anos pra gente voltar a ampliar bolsas de residências nesse país eu preciso formar mais obstetras eu preciso um grande projeto aqui trabal em articulação
com o FMG coordenado em conjunto com a cgs tetras para de fato mudar o modelo de atenção ao parto normal nesse país e diversas estratégias de cel saúde que também estão sendo organizadas próximos passos para a rede Aline né numa uma parceria Firme com conas e conasems é a gente atualizar plano de de ação né Muito aproveitando do que tem sido feito no planejamento plan quem já trabalhou o planejamento Regional integral já tem o desenho da rede pronta precisamos que olhe agora com o recorte raça cor e etnia para que a gente possa ter alguns
focos de ação nos territórios e aí a gente organizar todo o processo de plano de ação de habilitação e da reorganização da rede muito em conjunto com as estratégias do conas e conasems essa não é sua né aqui tá minha desculpa e aí fechando mesmo meu tempo tem uma grande um grande esforço e incentivo na infraestrutura então no nosso novo pac saúde a gente tem a a meta de construção de 60 maternidades e 90 centros de parto normal foram selecionados esses espaços nos maiores índices de mortalidade materna em mulheres negras mai primeiro critério segundo critério
maior índice de mortalidade Neonatal em crianças pretas e no terceiro critério a gente usou os vazios assistenciais e as e as questões indígenas então eu tô contemplando maternidades em regiões com população quilombola eu tô contemplando maternidades em regiões como Roraima e Mato Grosso do Sul que tem saúde indígena para que a gente possa materializar na entrega de serviços num novo modelo de atenção em espaços adequados todos os nossos esforços para que a gente tenha acesso que essas pessoas tenham acesso mais breve e mais próximo da casa delas em obra né em em em repasse de
recurso a gente já repassou 30 novos recursos para 30 novos centros de parto normal e 36 maternidades e a gente trabalhou essa primeira parte do Parque nas 31 macrorregiões de saúde que apresentavam as piores razões de moralidade materna essa primeira etapa a gente tá colocando 4.85 bilhões e a gente quando a gente estima que a maternidade ela vai trabalhar desde o planejamento reprodutivo essas regiões contemplam mais ou menos 30 milhões de mulheres para fechar mesmo no pack da atenção especializada no serviço de de tentar eh utilizar todas as ações e tentar organizar no âmbito da
atenção especializada a gente tem uma série de outras investimentos do PAC saúde na atenção especializada que vão para 13.8 Bi que inclui então Eh 90 unidades né de de saúde da família que incluem centrais de regulação incluem centros de reabilitação e oficinas ortopédicas e sobretudo 200 caps para que a gente tenha mais Serviços de Saúde Mental nos territórios aqui a gente publicou semana passada o programa Paes pop trans que é o programa de atenção especializada à população trans onde o lema foi existir para enseres ser cuidado esse lema vai para todo mundo não só para
Pop trans mas a gente tem apostado de que eles eles eles Puxaram esse Lema e a gente vai vai trabalhar com eles para todo mundo e eu agradeço aqui me colocando à disposição muito obrigada Aline eh a gente tem conversado muito com conis né nessa perspectiva sobre a questão da construção eme con tem dialogado muito nesse sentido batido muito na tecla a gente pensando isso enquanto garantia mesmo do Cuidado integral paraa saúde né da nossa população sobretudo das nossas mulheres das mulheres negras mulheres indígenas né E que a provocação desse seminário é exatamente a gente
ir nessa linha mas complementando sobre o olhar que a gente precisa dar também na Perspectiva da Equidade né quem são essas mulheres quem são essas pessoas que estão precisando mais desse Cuidado então quero agradecer pela sua né apresentação agora eu vou passar né seja bem-vinda Renata aqui na hora da composição da mesa você não né tinha chegado ainda né agradecer também por estar aqui a nossa coordenadora Geral de atenção à saúde da mulher e vou passar a palavra para Que ela possa apresentar as questões da saps enquanto a minha min apresentação vai sendo eh disponibilizada
gostaria de iniciar cumprimentando a mesa um prazer est aqui com vocês cumprimentar todas as pessoas que estão aqui presentes e a quem nos assiste pelo YouTube eu vou fazer minha audio descrição Eu sou uma mulher de 43 anos pele branca cabelos longos artificialmente louros e tô usando um macacão estampado com marrom vermelho enfim colorido na paleta do evento Então vamos conversar um pouquinho dando eh continuidade também ao que Aline já trouxe como ela já falou a gente tem trabalhado de forma complementar e sinérgica e colaborativa bom a Coordenação Geral de atenção à saúde das mulheres
ela se autodenomina e e se eh coloca no papel de guardiã da política nacional de atenção integral à saúde das mulheres política essa que foi antecedida pelo programa pelo paism eh e que foi construída graças à luta de muitas mulheres de muitos movimentos eh que começaram a vocalizar o que querem como querem para quem querem Eh esses quatro aqui não tem apontador né não os quatro quadrantes é é é uma forma supostamente sintética e didática de como a gente gente se organiza lá na coordenação para cuidar da política então atenção obstétrica e Neonatal as violências
saúde sexual saúde reprodutiva ginecologia câncer de colo câncer de mama e todas as condições prevalentes todas as especificidades populacionais a saúde mental tudo isso perpassando o tempo inteiro eh em celebração aos 20 anos da Pina ISM a gente iniciou um processo de atualização da política Então acho que o primeiro passo dessa atualização é oficializar o plural né que na no nome original não existe a saúde da mulher e a gente já se intitula saúde das mulheres na coordenação e acho que a primeira atualização é formalizar esse esse plural também no título da política como política
nacional de atenção integral a saúde das mulheres todas elas quantas forem em todas as suas necessidades desejos potências e sonhos eh e aí a gente sabe né que pelo menos 90% das mortes maternas são eh evitáveis se a gente garante assistência materna de qualidade acesso Universal a métodos contraceptivos eficientes com base em evidências científicas e combatendo as desigualdades no acesso eh não vou me alongar aqui porque isso já foi dito e será dito ao longo do do restante do dia e do dia de amanhã mas é assim é nessa perspectiva que a gente atua né
não adianta a gente querer reduzir morte materna falando apenas e eu sei que não é só apenas de atenção obstétrica ou só de prenatal ou só de parto e Nascimento é preciso falar de saúde sexual e saúde reprodutiva no sentido Mais amplo que que esse conceito eh Abarca e falar de outras desigualdades de acesso de condições socioeconômicas de Barreiras locorregionais tudo isso a morte materna é um fenômeno super complexo multicausal e não dá para debatê-la de forma simplista simplificada eh muito rapidamente queria falar do novo financiamento da aps eh a gente sabe que em anos
anteriores o modelo de saúde da família foi absolutamente desmontado inclusive todo o apoio que que que atenção especializada e equipes especializadas davam para as equipes de saúde da família foi destruído isso tá sendo reconstruído a partir da recomposição de equipes multiprofissionais com financiamento Federal eh incrementado tanto para as equipes multi tanto para as equipes de saúde da família redimensionando o número de pessoas de famílias a cada eh a que cada equipe tem que se vincular e e fazer o acompanhamento assim como desenvolvendo critérios de vulnerabilidade social e de porte população acional e de indicadores de
qualidade de cuidado para compor todos esses esses eh componentes de financiamento para superar a lógica que havia sido instituída anteriormente de uma saúde da família muito preocupada com produção e cadastro e sem nenhum comprometimento com qualidade e com redução de iniquidade então a a estratégia de saúde da família atenção primária a saúde É a escolha deste país do Brasil como estratégia como ordenadora do eh do Cuidado eh a a grande porta de entrada a a a grande o grande nível de atenção que tem a capilaridade tamanha que chega literalmente dentro da casa das pessoas por
meio de Agentes eh comunitários de saúde e é essa Aposta que a gente tá fazendo e muito embora não esteja na normativa da rede alineo ou dentro da pnaism isso tudo vai compondo um cenário mais amplo de cuidar das mulheres eh quando eu falo de cuidar das mulheres eu eu eu entendo que quando a gente cuida das mulheres a gente tá cuidando do planeta a gente tá cuidando da sociedade a gente tá dando oportunidades para que elas exerçam seus seus direitos com autonomia com eh o exercício de escolhas verdadeiramente informadas eh e por consequência a
gente também tá falando quando a gente fala de cuidado pré-natal de cuidado eh qualificado ao parto e Nascimento de melhoria da saúde das Crianças tanto no período Neonatal que é ali nos primeiros dias após o parto quanto durante toda a sua vida a gente sabe que o o o o cuidado pré-natal e um parto de qualidade tem impactos ao longo de toda a vida das pessoas e aí eu fui escolhendo algumas algumas âncoras para me lembrar de outras coisas que eu preciso falar então quando a gente fala de saúde sexual reprodutiva a gente tá em
Viz de celebrar um instrumento cujo Foco vai ser qualificação das ações de saúde sexual reprodutiva de oferta de métodos contraceptivos de qualificação da atenção primária para identificar prevenir identificar e manejar adequadamente situações de violência eh isso começou até antes desse instrumento que tá sendo eh formulado com o reconhecimento no atual governo de que a categoria de enfermagem não só pode como deve ser ativa e protagonista n garantias dos direitos sexuais dosos direitos reprodutivos inclusive inserindo o Dil o dispositivo intrauterino com cobre que é um método contraceptivo de alta eficácia reversível que nem no conceito mais
eh amplo de aborto cabe porque o Dil cobre ele é tóxico pros espermatozóides e pros óvulos de tal forma que as células são danificadas e a fecundação é inibida eh mulheres que nunca tiveram filhos podem usar adolescentes podem usar são pouquíssimas contraindicações pouquíssimos efeitos adversos fácilmente manejados amplamente disponível no SUS com uma eficácia eh equiparável a eficácia da laquiadura tubária E aí a gente parte desse ponto eh primordial que é que todas as maternidades sejam desejadas que as mulheres possam exercer este que é um direito não só previsto na Constituição Brasileira como em diversos tratados
internacionais dos quais o Brasil é signatário de escolher quando eu quero engravidar se eu quero engravidar quantas vezes com que intervalo Lembrando que o de é facilmente Irreversível tirou a fertilidade e retorna eh sem impacto na capacidade de engravidar no futuro e a gente tem buscado estratégi de ampliar essa oferta de ampliar a qualificação da força de trabalho da enfermagem eh de família e comunidade também dos profissionais do programa Mais Médicos sempre buscando eh investir antes da gestação também para garantir saúde e direitos eh os 10 passos do Cuidado obstétrico para reduzir morb e mortalidade
materna são uma ferramenta de cuidado que já vem sendo implementada em cinco estados eu nem vou me arriscar aqui a falar porque eu vou me confundir com certeza no âmbito de um de um outro instrumento que a coordenação de saúde das mulheres tem com o Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz o if preciso dizer nos anos anteriores ao atual governo manteve-se presente em todos os estados enquanto referência técnica e apoio de continuidade e fortalecimento das políticas públicas que que são previstas e conseguiu inclusive conter os danos de todo o o ímpeto de destruição do governo anterior
no primeiro passo dos 10 passos ele nos diz o seguinte eh Garanta encontros de qualidade centrados nas necessidades de cada mulher eh e a gente tem aprendido que o Óbvio precisa ser dito então nós temos feito um exercício de inclusão da Perspectiva antiracista da Equidade das políticas transversais em cada um desses itens aí enunciados então entenda que cada mulher na sua frente a depender do pertencimento étnico acial da condição econômica dos seus modos de viver ou de trabalhar a terá necessidade diferente E terá condições diferentes de aderir à proposições que cada que o profissional de
saúde vai fazer não adianta eu simplesmente prescrever uma dieta assim assado se ela não tem condição de acessar um alimento de qualidade não adianta eu prescrever atividade física pura e simplesmente se ela passa 4 horas por dia no transporte público Então eu preciso enquanto profissional de saúde ser criativa o suficiente para desenvolver de fato projetos terapêuticos singulares e propostas que possam ser aplicáveis a cada uma de da das realidades de cada mulher que eu encontro eu preciso olhar para aquela mulher e entender que se essa mulher é de raça negra tem cor de pele preta
ou parda ou é indígena ela parte de um princípio de risco maior de morrer conforme os dados já foram apresentados e o meu cuidar precisa receber essa impressão eh ali fala de identificar fatores de risco critérios de gravidade eh a nossa principal causa de morte materna são as síndromes hipertensivas Então a gente tem dialogado eh num caminho já mais avançado para universalizar a prescrição de cálcio no prénatal o IBGE tem estudos que que detectam que a população brasileira que é negra em sua maioria tem baixa ingesta de cálcio cálcio é uma intervenção barata já está
na rename faz sentido que todas as mulheres grávidas suplementem cálcio no pré-natal tal qual fazem a suplementação de ácido fólico e sulfato ferroso há bastante tempo também temos evoluído na discussão eh e na atualização de materiais o cab 32 que é de pré-natal de baixo risco risco habitual no manual de gestação de alto risco e outras haverá também o manual de pré eclâmpsia eh deixando escolhendo quais serão os critérios que o Brasil vai utilizar para prescrição de asas os critérios de alto risco não há muita dúvida nos critérios de risco moderado há uma discussão sobre
como que marcadores sociais de risco ou fatores de vulnerabilização como Raça Negra e baixa condição socioeconômica entrariam na composição desses critérios Ahã compondo também todo todas essas estratégias a gente tem discutido sonhado com a criação a instituição de um comitê Nacional de prevenção da mortalidade materna infantil inf fetal eh o nosso isso no campo do desejo ainda precisamos andar um bocado Sem pressa é que esse comitê seja ocupado pelos tomadores de decisão do ministério da saúde e que esses tomadores de decisão sejam subsidiados por grupos técnicos específicos que vão apresentar os dados eh étnico-raciais os
dados da vigilância os dados de qualificação do Cuidado os dados de implementação da rede para que esse acompanhamento par e passo nos vá eh ajustando a Rota na medida da Necessidade Porque como bem disse Aline a gente tem um plano ousad e um objetivo ousad simo para atingir até 2030 também temos trabalhado Na elaboração de um plano nacional de enfrentamento à mortalidade materna infantil inf fetal que foi uma resolução da comissão gestores tripartites de 2018 e que de 2019 a 2022 não preciso dizer o por não teve andamento nós estamos retomando e trabalhando nisso eh
com a consciência eh total de que precisamos dialogar tanto mais ainda dentro do ministério como para fora do ministério com a academia com movimentos sociais com redes de pesquisa e outras instituições afins ah pro ano que vem o os 10 passos serão implantados em todos os estados do Brasil e eles foram eh pensados e estruturados paraas três principais causas de morte materna a primeira eu já disse hipertensão as outras duas hemorragia e infecção e eu gosto de chamar atenção pro pros Passos 9 e 10 o passo nove nos diz reduz as cesarianas desnecessárias não é
possível mais naturalizar o absurdo de termos uma taxa de cesariana de quase 60% e esse é um dos graves problemas de saúde pública desse país porque uma cesariana é uma cirurgia abdominal de médio para grande porte que compromete a saúde e o futuro reprodutivo das mulheres acrescentando morbidade e aumentando o risco em gestações subsequentes e não é substituir eh a cesariana desnecessária por um parto iatrogênico inadequado nós queremos um parto bom um parto satisfatório um parto do qual as mulheres sintam saudade isso é absolutamente possível dentro de um modelo de cuidado que é cientificamente embasado
a um corpo robusto de estudos científicos que falam da segurança dos benefícios do parto normal e da assistência ao ciclo gravítico puerperal por profissionais de enfermagem obstétrica e obstetrizes e a ambiência adequada isso já há normativas extensas isso é absoluta ente possível os estudos nos mostram que os resultados perinatais desses desses modelos de cuidado liderados por essas parteiras ditas Profissionais que são as enfermeiras obstétricas obstetrizes são equivalentes mas a satisfação das mulheres é maior a taxa de cesarianas é menor Assim como as intervenções Esqueci de colocar aqui vou falar agora que eu lembrei soltamos em
maio desse ano uma nota técnica que reconhece a atuação das D no Sistema Único de Saúde uma profissão que ainda está em vias eh de regulamentação né tramitando projeto de lei lá na casa Legislativa mas que já atuam e que já são uma força de trabalho significativa e tem um estudo recente que compara eh os efeitos da da né da atuação da doula no Cuidado ao ciclo gravítico puerperal e não há diferença quando se compara grupos étnicos raciais Ou seja a atuação da as doulas é uma das estratégias de enfrentamento ao racismo e garantias de
direitos o passo 10 diz respeito a atenção vigilante no puerpério grande parte das mortes maternas acontecem no período pós-parto em que mesmo as mulheres mais privilegiadas muitas vezes se vê solitárias e sem rede de apoio de cuidado eh o sistema de apoio à decisão Clínica o sadec Tá bom eu falo muito eh a gente tá trabalhando Para incorporar o sadec no PEC no prontuário eletrônico eh com ferramentas de qualificação do cuidado pré-natal eu fiz um preenchimento muito rápido de alguns sinais vitais a mulher chega para uma consulta de pré-natal tá com dor de cabeça vê
que ali no cantinho já tem um alerta vermelho né ó pode ter um alto risco eu continuo preenchendo ele me fala eh Coloque mais sintomas e depois Pergunta se ele quer que aqui nessa calculadora se eu se ele quer que eu se o sistema quer que eu que eu preencha mais dados vitais e da da mulher e aí ele chega à conclusão a alto risco de pré-eclampsia dessa mulher para atenção especializada esse ambiente interativo de redução de morb e mortalidade materna tem recursos como eh vídeos aqui fala sobre a contracepção de emergência que também inibe
ou retarda uma ovulação que ia acontecer e não aconteceu e é um recurso Super Válido para prevenir gestações indesejadas e suas consequências e por exemplo Flux eh fluxogramas esse eu peguei de hemorragia pós parto isso se desdobra em vários eh recursos outros inclusive podc também tá super acessível eh o sistema de monitoramento eu vou pular que a Aline já falou mas só lembrando que ele nos assim na medida em que mais maternidades aderirem ao preenchimento desse sistema teremos mais dados sobre morbidade materna grave ni hermis materno porque também é muito difícil eh lidar com a
morte materna que é a ponta do iceberg sem ter o conhecimento aprofundado da base do iceberg que são aquelas mulheres que quase morreram mas não morreram e ficaram muito graves o telepin Eu só coloquei aqui porque o Pedro vai falar eu nem vou tirar porque a estrela do telepin tá aqui com a gente mas é um outro instrumento que a gente tem com a Federal do Amazonas que pisou nos territórios nas aldeias de barco com todas as adversidades para construir uma estratégia de telemonitoramento de pré-natal de alto risco e os resultados serão apresentados acho que
hoje à tarde né que ele vai falar eh eu recém cheguei de uma visita à Terra indígena Arariboia do Povo Guajajara eu já tô querendo ficar chorando e para além do registro na minha pele que tá quase sumido tem os registros profundos na minha alma assim então tem dona Maria ali de vermelho Dona Maria Santana Parteira no perto dos seus 80 anos esse é o terceiro encontro que ela convoca os dois primeiros por conta dela porque ela percebeu que as mulheres estão morrendo mais e antes não era assim esse encontro que eu participei foi com
profissionais de saúde e a outra mulher de amarelinho a pzinha tão pequenininha ela enorme né simbolicamente a zeuda me contou que ela Parteira e o O Netinho dela tava preste na sei um território não chega carro ela ela atendeu o parto ela recebeu o nenenzinho nenenzinho como elas gostam de falar com as próprias mãos e usou o que tinha disponível para cortar o cordão umbilical uma fibra vegetal que eu não me lembro o nome agora e quando chegaram ao hospital Profissionais de Saúde chamaram a polícia para ela porque disseram que ela estava cometendo um crime
uma Parteira que é guardiã de saberes que a medicina não alcança que cuida da comunidade não só nas gestações no parto mas em muitos outros outras necessidades e adoecimentos inclusive ela é Pagé e ela desse tamanhozinho gritou e colocou o dedo na na cara do policial e falou eu não fiz crime nenhum não você respeita a minha cultura e eu sou Pajé algo como é melhor você ter medo e ela falou que dali um poucos alguns dias depois chegou a notícia de que esse policial havia levado um tiro na perna quando eu fui me despedir
ela eu agradeci abracei beijei a sua mão e ela abençoou e soprou as minhas mãos e por isso eu tenho enorme gratidão e eu queria contar essa história eh trouxe essa fala da Sônia gojar essa tribo a a a aldeia Lagoa quieta é da própria Sônia eu valorizo muito a luta coletiva penso que só vamos conseguir essa transformação de consciência no mundo quando entendermos que é somente o coletivo que traz essa possibilidade então Profissionais de Saúde gestores Quem tá na ponta atendendo Precisamos sair da toca precisamos reconhecer que o que a gente sabe é assim
e o que a gente não sabe é assado precisamos construir pontes de diálogo e de de construção de um cuidado que seja verdadeiramente intercultural e respeitoso e que atenda as necessidades das pessoas Nós não somos exclusivamente prescritores de regras ou de medicamentos ou de julgamentos Isso é um absurdo nós somos em Essência cuidadores e cuidadores das pessoas e aí para acabar acabei agora eh eu vou citar duas frases da Angela Davis numa sociedade racista não basta não ser racista é necessário ser antiracista então eu sou aprendi que eu sou Caru que é não indígena né
para aquele povo e eu na minha condição de mulher branca privilegiada eu preciso reconhecer ser as formas Como o racismo me atravessa e ser ativo na desconstrução disso e na construção de uma outra alternativa que inclua todas as pessoas você tem que agir como se fosse possível transformar radicalmente o mundo e você tem que fazer isso o tempo todo obrigada você vai apresentar alguma coisa não PR Obrigada Renata e essas é Tô no maior desafio aqui de segurar todo mundo viu gente e Renata tava só me ignorando ela nem olhava aqui mas muito importante né
o seu relato e e apresentação também enfim todas as questões que você traz sobre a atuação que a saps tem feito e pensando que a gente né Nós estamos aqui diante de gestores estaduais sobretudo Quando você vai falar sobre atenção primária e esses profissionais estão lá na pronta nas unidades básicas de saúde e nós estamos aqui com gestores que dialogam com os gestores municipais né no sentido mesmo de construção dessa rede enfim de saúde de fazer o SUS de fato funcionar né então a importância também da gente ter vocês enquanto Aliados e pensando né no
sentido na Perspectiva né de Se somar dentro disso e da responsabilidade que cada um de vocês possam sair daqui dessa atividade amanhã amanhã a gente tem um longo dia de Deb de discussão com todos vocês para poder escutar vocês né nesse sentido e que a gente espera que a gente consiga tocar né diante desses debates e se encaminhar para dentro dos estados e municípios no Brasil a fora quero passar agora a palavra pro nosso secretário tapb secretário de saúde indígena da do nosso Ministério da Saúde muito boa tarde a todas e todos presentes nesse evento
eu vou pegar um pouquinho inclusive da Estratégia da Renata para me valer na realidade da oralidade da nossa ancestralidade né a oralidade é que conduz todo o debate em torno de toda uma Sociedade Coletiva que vivem nos territórios originários do nosso país Então queria pedir licença para não fazer apresentação em PowerPoint aqui para deixar me deixar um pouco mais livre e a gente poder conversar sobre os desafios da Saúde indígena brasileira eu queria já de início Agradecer o convite e parabenizá-lo pela organização desse evento Luiz Eduardo que é um parceiraço lá aqui no ministério único
da Saúde Como diz a nossa ministra de Estado da Saúde a Nísia Trindade e certamente Luiz a criação dessa Assessoria especial e colocá-lo à frente dessa assessoria para tratar Equidade na saúde foi um um gol de placa que a nossa Ministro o presidente Lula eh fez então acredito que é um ministério que traz inovações e esses espaços também certamente cumpre um papel estratégico no modo de fortalecer o nosso estem Único de Saúde queria saudar aqui a nossa o nosso dispositivo e dizer que para vocês D satisfação de estar nesse seminário poder falar um pouco sobre
a saúde indígena antes de tocar especialmente no tema do seminário eu queria eu quero socializar com vocês um pouco da trajetória de como nós chegamos aqui né porque a relação dos povos indígenas com o estado brasileiro sempre foi uma relação baseada na violação de direitos humanos em processos eh estruturantes de de exclusão e de algum modo de uma política que previa o desaparecimento dessa população indí no nosso país tem um um antropólogo que se transformou em deputado Federal ele fez uma previsão 1000 a população indígena brasileira ela iria desaparecer é um grande intelectual escritor Darc
Ribeiro que eh produziu muitas leis importantes pro nosso país mas nesse aspecto eu queria dizer que Darc Ribeiro cometeu um erro muito grande e infeliz porque nós estamos aqui Resistindo nesse dia nesse ano nessa época no nosso tempo né então nós nós não desaparecemos né Pelo contrário embora a gente viva num cenário em que a política era da exclusão era de matar os nossos povos nós estamos Resistindo aqui eu tô falando de que eh os primeiros eh especialistas que começaram a estudar sobre isso apontavam paraa presença de cerca de 6 milhões de indígenas aqui nesse
país quando o Cari chegou aqui nesse território então nós fomos reduzido a pouco mais de 400 indígenas então não dá para Romantizar essa historinha de encontro de raças que se tenta colocar no livro de História lá do Ensino Fundamental menor né não tem coisinha de encontra de raça de raças não aqui foi estupro aqui foi genocídio etnocídio sim e a gente precisa reconhecer isso pra gente conseguir se inserir numa sociedade que busca a justiça a igualdade a Equidade especialmente nós que atuamos no Sistema Único de Saúde e entender que os princípios do SUS precisam de
fato estarem vivos nos territórios indígenas do nosso país também então é preciso desmontar essa história que foi repassada lá na nossa escola na educação infantil no ensino fundamental fundamental menor e maior da gente sair dessa historinha de se trabalhar a cultura indígena somente no dia 19 de Abril então tem muitas coisas que a gente vai precisar reelaborar reescrever como uma nova história do nosso país mas pra gente compreender que eh as primeiras iniciativas de programas assistenciais educacionais volta da população indígena ela se deu nessa relação muito turva muito conflituosa com essa proposta de integração do
estado brasileiro de uma de uma tentativa de criação de uma sociedade nacional que fosse uniforme que fosse se criado um país de uma cultura só de uma língua só de uma religião só foi assim que o o o spi que foi a primeira agência governamental criada pelo estado brasileiro foi pensada e foi idealizada Rondon numa estratégia de integração do país com linhas telegráficas aberturas de estradas sugeriu a criação do spi como sendo um órgão que pudesse ao mesmo tempo proteger a vida daqueles que estavam vivendo naqueles territórios lincos isolados mas mas ao mesmo tempo numa
ideia de integração forçada do ensino da Língua Portuguesa de levar a religião de descaracterizar a a a as práticas culturais são Essa foi a ideia de levar educação pros territórios e também as ações de saúde o spi ele naufragou nesse projeto de integração forçada da população indígena brasileira a sociedade nacional e o spi ele foi substituído pela Fundação Nacional do Índio que agora nesse nosso governo é Fundação Nacional dos povos indígenas então nós já mudamos Inclusive essa lógica mas a Funai quando ela é criada em 67 ela é criada com uma outra ideia se o
spi a intenção Inicial seria a integração forçada da população indígena com objetivo de desaparecimento dessa diversidade a Funai ela nasce com uma ideia de tutela de cumprir uma função em que os povos indígenas os indígenas enquanto cidadãos e cidadãs ocuparem uma função secundarizada de pouco direito e de uma agência governamental iria responder inclusive civilmente por essas sociedades coletivas no Código Civil brasileiro de 2002 você vai olhar lá que eh os indígenas são considerados seres relativamente incapazes tava colocado lá num num documento recente que é O Código Civil brasileiro e somente com a Constituição Federal que
a gente passa a reconhecer eh essa diversidade a organização social própria as línguas as culturas as crenças e as tradições está colocado no capte do artigo 231 da Constituição Federal tá lá escrito são reconhecido aos índios sua organização social seus usos costumes crenças e tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam competindo à União demarcá-las os seus bens Esse é o capte do artigo 300 231 da constituição federal de 1988 então é a Constituição que passa a reconhecer essa diversidade mas como é que a gente chega no subsistema de atenção à saúde
indígena que é vinculado ao sistema único de saúde como é que a gente consegue consolidar a política nacional de atenção à saúde dos povos indígenas isso se dá primeiro pela luta das grandes lideranças tradicionais Muitas delas sem instrução analfabetas mas que colocando o pé no ritual balançando seu Maracá com a força da espiritualidade ancestralidade fizeram com que os atos normativos a nossa legislação pudesse reconhecer os direitos dessas coletividades então a gente inicia com essa ideia da Integração forçada e levando assistência depois passa a um regime de tutela mas protegendo também a saúde dos nossos povos
e olha que a Funai criada em 67 ela ficou atuando nos territórios indígenas com a saúde até o ano de 1999 somente 99 com o novo regime jurídico no nosso país com um novo pacto federativo as responsabilidades da educação sai da FUNAI vai para o Ministério da Educação que aprova uma resolução colocando os estados e municípios com essa responsabilidade de levar educação pros territórios e na área da saúde a gente o o governo federal a união ela ela absorve essa responsabilidade e ela passa a realizar uma ação direta no nosso territórios por meio da Fundação
Nacional de saúde a Nasa ela vigorou ela permaneceu nessa sua atribuição até o ano de 2009 quando o movimento indígena brasileiro e suas organizações representativas decidiram entenderam que a que a funas ela tinha uma um escopo ali uma uma competência originária que focava muito no saneamento mas que na área da assistência tinha muita deficiência para atuar nos territórios então aí nasce a secretaria de saúde indígena por que que eu venho aqui falar de um um subsistema de uma política que é diferente porque no Ministério da Saúde vocês viram aqui que a gente tem várias secretarias
irmãs temos a secretaria de atenção primária Secretaria de atenção especializada a cjet som várias outras secretarias e nós temos a cesai só que a cesai na estrutura do Ministério da Saúde ela é a única secretaria que ela planeja e coordena uma política mas ela própria ela executa essa mesma política nos territórios por meio dos nossos 34 distritos sanitárias especiais indígenas eu queria inclusive aqui saudar a cada um e cada uma presente representando os distritos do nosso país que estão aqui presentes nesse seminário o dissei ele é essa Instância de execução direta da nossa política e
olhando a realidade dos nossos territórios nós vamos perceber por não é tem muita gente que tem uma visão totalmente atravessada preconceituosa sobre a população indígena ah os indígenas tem uma secretaria própria é o governo federal que leva a saúde são mais merecidos tem mais direito e a gente não olha não tem essa ótica da Equidade como sendo e e os outros princípios do SUS né a integralidade de garantir a universalidade nós estamos falando de territórios que inclusive os municípios não conseguem chegar os estados não conseguem chegar nós estamos hoje vivenciando a primeira emergência Sanitária de
interesse Nacional por desassistência em toda a história da República em um território indígena que é o território indígena lá do povo yomama e eana estamos falando da maior terra indígena do Brasil com quase 10 milhões de hectares de uma população de mais de 31.000 indígenas são 384 comunidades e que o acesso de insumos equipamentos força de trabalho Profissionais de Saúde se dá pelo modal aéreo 98% de acesso a esse território é pelo modal aéreo Qual é o sistema de saúde de um município ou de um estado que seria capaz de fazer o que nós fazemos
lá naquele território Então são os desafios que a saúde India ela acaba assumindo como uma uma tarefa e uma missão de levar saúde eu tô falando de uma população que em 2010 de acordo de acordo com os dados com o senso do IBGE nós tínhamos 800.000 indígenas no nosso país 0,44% da população brasileira e nós agora em 2022 o Censo ele apresentou um crescimento de 100% na população a sobe para 1.600000 indígenas no nosso país e isso representa Exatamente Essa retomada não é apenas no crescimento demográfico nós somos um país que é signatário de um
importante instrumento de direitos humanos que é a convenção 169 da organização internacional de trabalho que dá o direito a autoidentificação da população indígena brasileira isso é um Marco e representa algo extraordinário porque eu venho de um período em que quando eu nasci Luiz eu morri quando eu nasci eu morri por que que eu tô falando isso porque lá na maternidade quando eu nasci na minha declaração de de nascido Vivo e no meu registro de nascimento tinha lá o campo raça cor e etnia e não perguntaram a minha mãe e o meu pai qual era a
minha situação colocaram lapo Não colocaram o indígena então eu já nasci morrendo Essa é essa sempre foi a cultura de um país que é na sua essência um país que discrimina e um país que tem um preconceito estruturante e que nós estamos buscando mudar Essa realidade então quando nós estamos falando aqui de rede cegonha rede alinha nós travamos isso no gabinete da ministra Luiz não foi de quando a gente for pensar política de estruturantes sempre a gente precisa lembrar que o paí o Brasil ele não é um país homogêneo ele é um país heterogêneo ele
é um país que é diverso ele é um país que tem um pluralismo cultural étnico religioso multilingua porque se a gente não pensar assim nós vamos pensar naquela ideia lá de um país de uma cultura só de uma língua só de uma religião só né então quando se fala em Parteira tem que lembrar as parteiras tradicionais elas nasceram no chão dos territórios indígenas quem é que mais morre no nosso país né então nós temos muitos desafios pela frente eu queria falar sobre exatamente sobre essa nossa missão de levar saúde indígena pros territórios do nosso país
usei o exemplo ianomami mas tem vários outros exemplos você imagina levar saúde indígena pro povo eh zoé lá no Estado do Pará né um povo bonito que quase foi massacrado e que a estratégia que nós estamos utilizando lá é levar resolutividade com parcerias porque dentro da nossa estrutura do Sistema Único de Saúde nós não conseguimos achar ainda o caminho nós estamos achando parcerias até internacionais para garantir que quando haja uma necessidade de uma pequena cirurgia a gente evite tirar um Zoe de dentro do próprio território que a gente sabe que se tirar um zoé de
dentro do território a condição de levá-lo pra cidade e de possibilitar um cenário de vulnerabilidade muito grande a chance dele voltar doente e transmitir aquela doença pro rest da comunidade é muito grande então são Desafios que nós enfrentamos nos territórios indígenas do Brasil portanto eu estava conversando com v me ajudando a pensar um pouco na direção dessa fala e fiz questão de organizar powerp mas tava dizendo não é vandos a cesai Luiz ela é uma secretaria essencialmente fundamentalmente antiracista porque ela consegue tratar o diferente de forma né equilibrada igual busca a Equidade para levar a
saúde indígena nos seus territórios eu vou dar um exemplo aqui quando nós eh Assumimos essa tarefa de levar de tirar o povo e anom de um projeto de genocídio que estava em curso nós eh fomos fazer o lançamento do do mês Nacional de vacinação dos povos indígenas no território anom Mam Eu fiz o desafio a nossa ministra Nísia ministra Vamos pro território anom ela vamos a secretaria de saúde de vigilância saúde e ambiente a nossa svsa organizou uma equipe para ir na frente fazer um diagnóstico da situação do território e voltou de lá assim com
um relatório que a gente olhando assim Ah nós não vamos Expor a ministra nessa situação de um território que não tem rede frio né como é que pode como nós vamos vacinar num Território que não tem um freezer no território fizemos uma reunião de urgência fui chamado lá pelo nosso secretário executivo que teve hoje na abertura do evento numa tarde de um domingo para decidir se a ministra vai ou não no território e lá a conversa era essa né Não tem rede frio não tem um freez como é que vamos vacinar e a como nós
vamos alcançar nossa meta de imunização naquele território eu com muita tranquilidade do jeito tá peba de ser eh Deixei todo mundo falar e no final eu disse que o problema não era a ausência do freezer o problema era a ausência da da energia elétrica e a ausência da energia elétrica não era conhecida somente daquele dia sempre foi uma realidade de diversos territórios indígenas do Brasil e mesmo com essa com essa dificuldade as comunidades indígenas imunizam as nossas equipes de saúde indígena imunizam e imunizam bem as coberturas de imunização a gente tem alcançado metas que são
robustas são muito importantes mas sabe por quê Porque as nossas equipes elas não se acostumaram e elas não trabalham somente com a ideia da referência do prédio e aí eu vou vou concluir nós não trabalhamos com a ideia da referência do prédio da mesma forma na educação na educação a aldeia toda o território todo é uma sala de aula a casa de farinha uma sala de aula a lagoa o rio a área de tudo na sala de aula e na saúde também na saúde a gente realiza a referência na unidade de saúde no Polo base
mas quando o indígena não vai nós vamos buscar o indígena vamos na área de plantil onde eles estão trabalhando Vamos no rio imunizar onde ele tá é assim que a gente consegue coberturas de imunização que são bem importantes paraa saúde indígena Então eu queria dividir um pouco para com vocês a experiência que nós realizamos nos nossos territórios mas Para Dizer para vocês que nós temos ensinado muito nós temos um subsistema bastante estruturado que tem muitos desafios pela frente tanto é que nessa gestão nós estamos discutindo o aperfeiçoamento da nova política nacional de atenção à saúde
dos povos indígenas pra gente começar a se livrar de amarras e o Brasil deu um passo fundamental indo no ano passado em maio do ano passado na 76ª Assembleia Mundial de Saúde nos 75 anos de fundação naquele ano da Organização Mundial de Saúde Brasil liderou um processo em que nós aprovamos nos 75 anos de fundação da UMS a primeira resolução sobre saúde indígena na história do nosso planeta e foi o Brasil que liderou esse processo e nós conseguimos aprovar aquela resolução por unanimidade com a Adesão de todos os países membros da da UMS parece pouca
coisa mas não é nós entendemos que a saúde indígena precisa estar no plano internacional como uma prioridade e nós conseguimos aprovar uma resolução que aponta isso e por fim Dizer para vocês o fato de nós termos um sub bem estruturado a união Cumprindo com a sua tarefa nos impõe Um Desafio muito grande de colocar na mesa os entes Federados especialmente para também passar a cumprir para dividir essa tarefa de de levar saúde pros povos indígenas Falo isso porque quando o indígena sai do seu território as barreiras de acesso ao sistema único de saúde elas são
enormes das desigualdades da barreira linguística da barreira Cultural de uma série de situações que ou os sistemas de saúde se adequam para também eh receber e essa população ou então nós vamos viver sempre num país apartado e é e é é algo que nós não queremos parece também pouca coisa nós acabamos de criar um grupo de trabalho dentro da comissão intergestora tripartite porque a nossa o conasems o conis a própria União que coordena esse processo todo ela foi tendo uma cultura de excluir a saúde indígena do processo de pactuação da relação interfederativa e ter um
grupo de trabalho agora vai nos permitir discutir regulação porque o indígena quando sai de uma unidade de saúde indígena do Polo base ele vai entrar sempre no final da fila porque o estado gera a sua fila o município gera a sua fila e nós não geramos a nossa fila de nó não gerimos a nossa fila de maneira alguma né ou então num num soro antiofídico em que a união faz aquisição de 100% do insumo Entrega na mão do estado e do município e a nossa população que é de responsabilidade da união não recebia e se
insume quem mais morre com acidente eh com animal pesso entro no Brasil somos nós então nós estamos começando a mudar coisas mudar fluxo né alterar dispositivos legais porque nós entendemos que assim que a gente vai conseguir fortalecer o sistema único de saúde e o nosso subsistema então mais uma vez em nome do meu amigo meu irmão meu parente aqui luí Eduardo bom evento para cada um e cada um de nós que a gente possa Celebrar aqui o sistema único de saúde obrigado obrigada secretário e essa sua fala da importância né da nossa inserção internacional eh
a gente fez não foi luí agora recentemente eh um seminário regional com os países né da América e era incrível o quanto que os demais países chegavam e queriam dialogar e saber mais sobre o trabalho que a gente tem construído o Ministério da Saúde a partir da Cesar então isso mostra né a grande incidência que a gente tem construído o trabalho que a cesai tem construído e o quanto que isso tem eh também sido espelho e um grande eh eh tem tido uma sido uma grande referência para esses outros países da América sobretudo dos países
da América Latina né no sentido também de caminho né de apontar né e não tenho condição de deixar de saudar né Principalmente a iniciativa de vocês no sentido da construção da política né na na Perspectiva da da medicina ancestral indígena e eh tive uma uma reunião recente com a cesai Nesse sentido porque a gente tem construído a política nacional de saúde de atenção né a população quilombola e a gente tem muito aprender a conversa com a Cesar Diferentemente de todas as outras secretarias Foi numa conversa muito de beber né do aprendizado do que vocês T
tido e da experiência que vocês têm tido e que a gente né quer carregar e quer aprender e quer levar também para os demais postos tradicionais que a gente tem no Brasil então quero agradecer secretário pela sua fala e eu vou encerrar gente aqui a mesa a gente não vai abrir inscrição a gente só vai abrir inscrição na segunda parte que a gente vai fazer que aí é uma continuidade dessa mesa aqui com as rodadas de experiências né eu vou desfazer a mesa aqui quero agradecer a todas vocês Aline Renata muito obrigada né Por ter
né trazido e dedicado esse tempo para poder dialogar aqui com os nossos gestores gestoras enfim eh e é isso queria encerrar aqui a mesa muito obrigada [Aplausos] gente muito obrigado já já daremos continuidade com as nossas atividades aqui para a próxima mesa redonda equidade de ética e no racial nas experiências regionais é um tema [Música] interessantíssimo já v a gente continua em seguida tá nós solicitamos que vocês permaneçam aqui na no auditório que vamos montar aqui o palco em instante já iniciaremos o próximo painel mes não não vai não vai ela vai ficar em alguma
conção continuidade do evento apresentaremos agora a mesa redonda Equidade étic racial nas experiências regionais para isso eu convido a mediadora Maria José Evangelista do conas Salma de Palmas e eu passo a palavra e a condução desses trabalhos à nossa mediadora desejando a todas a todos e a todes um ótimo trabalho Boa tarde a todos eu que antes de parabenizar o luí eu queria agradecer a todos os membros das câmaras técnicas que eu acho que corresponde aqui a 90% do nosso público né que veio aí dos estados e como o Dr Jurandi falou de manhã Eh
esse tema é da maior relevância mas eu falo já primeiro eu quero parabenizar você viu luí e toda a equipe equipe do ministério que bravamente porque organizar um evento só sabe quem organiza como é Custoso como é trabalhoso né tem que pensar nos mínimos detalhes Às vezes a gente acaba esquecendo alguma coisa aí na hora né Então luí parabéns viu Porque de fato esse tema é da maior relevância porque a gente que tá trabalhando no dia a dia a gente esquece as coisas eu mesma quando o Luiz esteve aqui no conais ano passado no início
do ano a gente nem se dá conta como a gente não percebe as injustiças as desigualdades o jeito como a gente atende as pessoas no dia a dia que não tá olhando para a especificidade daquela pessoa então de fato Eu queria que a gente prestasse muita atenção nas experiências que vão acontecer aqui à tarde porque eu acho que é o que importa o seminário é legal é sensibilizar leg é mas se nada disso acontecer lá pra pessoa a gente tá trabalhando em vão Então vamos ver o que tá acontecendo aí pelo país aa Apesar de
todas as nossas dificuldades e nossos problemas né então eu queria convidar para vir para cá sinaide Santo Cerqueira coelho que vai apresentar o projeto maned acia da Maternidade Climério de Oliveira seja bem-vinda ca fica à vontade pode sentar aí Laia Talita Basílio e Conceição dos Santos Roda terapeutica das pretas Selma deina o protagonismo das mulheres na saúde anest [Aplausos] Márcio par planifica e Equidade avanços e [Aplausos] desafios Pedro Elias Rodrigues telepin experiência amazônica já é difícil fazer aqui no Brasil todo agora imagine na Amazônia a gente tava lá a semana passada Tinha alguns que estavam
lá Alguns que estão aqui na plenária aí é que aí é que é problema aí é que é dificuldade né Então seja bem-vinda viu pra experiência aí da região Amazônica Marlan Avelar Equidade em saúde e segurança do paciente na saúde materna e Neonatal análise da mortalidade materna e Neonatal de melhor de mulheres negras no [Aplausos] Maranhão tá faltando uma cadeirinha acho que falta uma cadeirinha já tá vindo Márcio Obrigada viu pela gentileza enquanto organiza aqui a cadeira vamos que cada um terá 15 minutos e eu não vou ser assim tão boazinha não porque são sete
se não cumprirmos o horário aí não vai ter tempo de ninguém perguntar nada eu acho que o debate sempre enriquece né Afinal de contas a gente tá falando de trabalhos na prática então é muito interessante que tenha uma interação com a plateia Então vou convidar primeiro a sinaide sinide é com você quando tiver faltando assim uns TRS minutinhos eu dou uma uma avozinho para você organizar sua cabecinha tudo bem alguém pode trazer aqui o passador para ela alguém tem o passador Zinho do do slide só não aqui é minha caneta tá aqui obrigada Carla bem
boa tarde a todas as pessoas nós vamos falar um uma experiência né que é relacionada a um programa da Maternidade Climério de Oliveira uma instituição uma maternidade pública da Universidade Federal da Bahia e sob gestão da ibs a maternidade clim de Oliveira além da ao suis ela também forma profissionais das mais diversas áreas da saúde e isso faz uma diferença no que temos que assistir e formar profissionais também na Perspectiva do suiz E aí vamos falar do projeto maned o maned ele traz o nascer o viver para e pelo amor então ele nasce nessa Concepção
e trazendo um pouco né da rede Aline que ela vem após né a o projeto manjedoura ele nasce em 2021 Então logo e eh nesse momento eh covid todo esse momento que vivenciamos nós começamos a despertar e a perceber o quanto estava nos incomodando algumas ações de saúde principalmente no que a gente fala da da atenção à maternidade voltado em um modelo como que todas as mulheres se enquadrassem naquele modelo de assistência e vimos na prática que não era isso e na percepção isso passou a incomodar uma das pessoas que eh trouxe passamos a discutir
né então dizem as boas ideias elas nascem justamente do incômodo e precisamos nos incomodar é de situações que a gente não pode normalizar no dia a dia e esse incômodo ele nasce quando percebemos a área que é Climério ela é inserida qual era a população que assistíamos e que o modelo assistencial não conseguia atender e aí tínhamos aumento de mortalidade e ni hermis Então precisamos rever precisamos reconfigurar então ele nasce eh a professora Marla ela inicia no processo como estudante da uf Bi como profissional e e começa a provocar outros profissionais a gestão e todos
nós começamos a refletir sobre e a promover mudanças E aí nasce vem a rede Aline que é uma estratégia que Visa implementar uma rede de cuidado para assegurar as pessoas o direito ao planejamento reprodutivo atenção humanizada à gravidez parto por her pério e as Crianças o direito ao Nascimento seguro crescimento desenvolvimento saudável tendo como premissa Equidade universalidade e integralidade E aí eu trouxe só alguns pontos né do que a rede Aline né Ela traz muito forte que é justamente a promoção da Equidade né étnica racial a questão da promoção do vínculo da família e bebê
e em especial para pessoas de situação de rua que é um dos pontos que nós vamos falar um pouco aqui sobre o projeto manjedoura e reduzir a morb mortalidade materna infantil no componente ne sobretudo da população negra indígena então baseado nisso né vem justamente Os questionamentos que tivemos e as inquietações que são importantes e não podemos simplesmente fechar os olhos e entender que está tudo normal porque não está mulheres morrem ocorrem ni hermis e o que é que nós estamos fazendo inclusive para causar aderência dessas mulheres ao pré-natal Por que que essas mulheres elas não
estão aderindo o que é que a gente precisa refletir refazer e que essa mulher realmente tem um pertencimento entend essa importância e aí vem essa contextualização como assegurar o direito preconizado pela rede Aline para gestantes em circunstâncias de vulnerabilidade visto o contexto de vulnerabilidade invisibilidade Então esse é um grande desafio além das vulnerabilidades determinantes de saúde que nós nós vamos falar aqui são vários para essa população assistida existe invisibilidade então é essa invisibilidade que precisamos e vamos e temos que combater porque é pela é combatendo invisibilidade que a gente vai agir que a gente vai
entender e vai atuar e promover ações que realmente torne essas pessoas visíveis asseguradas de seu direito e mais do que isso que ten qualidade e direitos garantidos associado à violação de direit humanos como conferir uma assistência humanizada e efetiva às populações em vulnerabilidade então nasce dessas inquietações e aí vem vulnerabilidade invisibilidade Qual foi a decisão vamos atacar E vamos ver o que é que nós fazemos né para que a gente possa mudar melhorar essa condição dar a essas pessoas que gestam o direito à saúde e a saúde de qualidade e como é que tudo começou
só trazendo aqui rapidamente a MCO a climer de Oliveira ela localiza-se no centro de Salvador e ela atende os distritos sanitários do centro histórico e parte do distrito Barra Rio Vermelho e Brotas Onde existe uma alta concentração de pessoas em situação de rua e outras vulnerabilidades por ser historicamente referência para esse perfil de atendimento percebeu-se a necessidade de estruturar o serviço a fim de melhorar e atender essa demanda da Saúde desta população surge uma manjedoura final de 2021 requalificando a assistência dessas pessoas em situação de vulnerabilidade extrema aqui eu tô falando e vocês vão ver
eh que eh eu coloco aqui quem são quem é essa população assistida por esse projeto e essa população nós temos gestante em uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas gestante em circunstância de abrigamento gestante com agravo em Saúde Mental gestantes que optaram por manutenção da gestação em virtude de violência sexual e em outros modos de violência mulheres que estão em situação de via pública mulheres que estão em situação de rua então todos esses perfis se enquadram nesse programa Observe quão quanta abilidade existe em uma população uma população que de Salvador Principalmente quando vamos falar da
situação de rua que aí você envolve vários determinantes sociais e que é uma população predominantemente negra conforme os estudos mais recentes apontaram E aí chega a maternidade climer de Oliveira O que é que tínhamos um grupo de profissionais que apesar de ser uma área de inserção dessa população era Climério que tinha que assistir eles não estavam capacitados e nem trabalhados no leitr momento Então o que é que isso acontece começa a ter reprodução de violência e outras ações que não eram que não eram permitidas que não deveriam ocorrer primeira coisa trabalhar os profissionais a entender
um contexto entender o que é a situação de rua O que são determinantes sociais Às vezes a gente a concepção que todos entendem tudo e não podemos partir desse princípio então foi o trabalho desde a portaria ou e segurança até os profissionais de saúde e gestores sobre letramento entender e trabalhar de um a um para que a gente começasse a tocar e que esse projeto hoje com muito sucesso tivemos um giro assim formidável para o que hoje as mulheres vem a for que elas são assistidas mas de que ponto nós partimos é fácil não é
fácil mas é importante e digo é algo que transforma vidas e o nosso papel na saúde é transformar vidas é fazer com que essas pessoas realmente saiam das condições de Sofrimento que elas já vivem ao que elas não conseguem enfrentar e que Principalmente quando forem tratar a sua saúde ela tenha a sua saúde respeitada e os seus direitos respeitados então Então quem é o principal pré-natal éramos nós mesmo porque a pré-natal é a janela de oportunidade é aquele momento que você realmente consegue inserir essa mulher e não só atuar na área da sua saúde saúde
fisiológica mas inclusive direitos que essa mulher tem nas questões sociais e aí tem os determinantes sociais e quando eu falo dessas mulheres os números Vocês verão aí do estudo mais recente que houve dentro desse projeto maned então nós já estamos tendo vários estudos que já estão estratificando Quem é essa população Qual é a necessidade dessa população e já estamos inclusive revendo muitas coisas e necessidades diante dos estudos que já estão sendo desenvolvidos diante desse programa E aí tem alguns indicadores né Esse estudo foi justamente da professora mar e ela traz números bem recentes e que
traz o total de pessoas atendidas nós tivemos 136 pacientes sendo que dessas 136 apenas três eram eh pessoas TRANS e as demais mulheres que se designavam se gênero 9127 eram negras então observe a totalidade jamais iria caber uma assistência ao pré-natal da forma de concepção que é para todo mundo e um modelo único é impossível aonde eu tenho a predominância e isso é um fator importante para que os serviços de saúde eles precisam entender o local que ele tá inserido Qual é essa epidemiologia a quem ela presta esse serviço porque aí sim ela consegue dar
conta dessas necessidades de saúde então vimos claramente que a nossa população majoritariamente negra e com isso começamos a rever inclusive o nosso pré-natal aonde teríamos que ter muito mais vagas não só no projeto manjedoura mas para doenças hipertensivas para diabetes Então você começa a olhar a sua população e começa a migrar Qual é o tipo de atendimento que tem que ser prioritário ou com maior número então a gente conseguiu hoje ter ambulatório de pré-natal tal de alto risco porque ela é referência e trazendo justamente as morbidades que acometem mais essa população porque elas são predominantes
na nossa assistência 61,9 dessas mulheres tinham um ensino fundamental incompleto essas mulheres que tinham o ensino fundamental incompleto todas relataram que o motivo foi abandono escolar 82,54 renda familiar de até um salário mínimo o tabaco foi a droga lícita mais utilizada em 39,68 drogas ilícitas a maconha foi a mais utilizada 34,92 cocaína 29,37 e o craque esses determinantes de saúde que ação é necessária para um atendimento peculiar esta mulher nenhuma paciente houve perda de guarda do filho então das 136 nenhuma delas perdeu a guarda e aí eu tenho que parabenizar não só o trabalho eh
multidisciplinar a equipe mas da assistente social existe uma equipe de serviço social atuante inclusive em busca de direitos sociais essas mulheres em situação de rua em situação de vulnerabilidade social que vão buscam nós temos uma parceria muito boa com Ministério Público defensoria pública e que tem nos ajudado muito a garantia desses direitos então ela não vai paraa maternidade só a barriga o filho nasceu não é todo um contexto de vida dela que ela passa por profissionais para que ela realmente tenha uma assistência de saúde olhando os diversos as aspectos de necessidade de saúde desta mulher
48% estavam desempregadas sem qualquer ocupação depois de desempregadas a outra ocupação era vendedoras ambulante com 32% elas eram vendedoras ambulantes sem um salário fixo e viviam dessa venda dessa venda né E aí eh nasce e aí a gente começa a partir né do edora quando a gente começa a estratificar e ver vimos o quanto foi importante pensar nesse projeto o quanto essas mulheres hoje a gente tá conseguindo inclusive muitas hoje pelo filho e pelo o conhecimento porque além de tudo nós trabalhamos a questão de educação em saúde trabalhamos a prevenção essa mulher ela chega na
maternidade por duas vias ela pode vir pelo consultório de rua ela pode vir por demandas outras né de pessoas que ligam informam né e levam tem alguns cidadãos que encaminham e vão com essa mulher até a maternidade então é porta aberta ou ela vai de forma espontânea hoje nós já temos um outro formato Antes era só através do consultório de rua hoje elas vão de forma espontânea elas mesmos sabem que a Climério é o lugar que ela vai e que ela tem um atendimento e elas vão espontâneo sinaide ela vai e agenda não o agendamento
até com consultório de rua quando ela vai espontâneo a gente aproveita a oportunidade e já faz tudo então faz exame Laboratorial faz eh ultrassom tudo é feito assim que ela chega a gente sabe que em algumas pacientes é um pouco mais complicado mas a gente tem essa equipe de Psicologia de serviço social que nos ajuda bastante e o que é que a gente tem percebido elas ficam aderem então é um trabalho diário é um trabalho a cada consulta a cada encontro e o que é melhor de tudo isso Muitas delas a gente tem percebido quanto
elas TM mudado a sua atenção à saúde e muitas Retornam não gestante mas como uma mulher que quer ir para fazer um exame e um atendimento então isso mostra o quanto a gente consegue se impactar a vida do outro e modificar o objetivo é justamente um assistência integral e interdisciplinar proteção à família há um incentivo apental idade então a equipe busca mesmo vai atrás tenta entender Quais são os laços Qual é a parentalidade qual é o vínculo desta mulher consultório de rua tem ajudado muito o que não tem informações a equipe busca né para que
a gente possa fortalecer organização de documentação para garantia de direitos então é organizado toda a vida dela a nível de direitos de documento muitas chegam sem certidão sem RG tudo isso é providenciado durante esse período articulação com as redes intersetoriais promover a redução da violência obstétrica então o trabalho com os profissionais foi fundamental hoje quando elas chegam todos já sabem como direcionar do porteiro Eles já entendem então não há Aquele olhar do preconceito do estigma né mas do acolhimento da inserção dessa mulher acesso ao prenatal parto e pós-parto de essa mulher ela é vinculada no
pré-natal e ela tem um parto lá a não ser que a escolha dela não seja Mas hoje nós temos 100% dessas mulheres par indo na maternidade janela de oportunidade pro cuidar da saúde da pessoa gestante de sua parceria né e o desenvolvimento de projeto de pesquisa e extensão com estudantes residentes então o O importante também é que a gente traz o estudante para entender e aprender sobre a população entender que o SUS e a assistência ela não é simplesmente não pode ser superficial e não existe um modelo único onde cabem todas as pessoas e aqui
eu trago só alguns passos do que eu já disse né No que o projeto consiste que é justamente essa porta de entrada que ela tem que eu já falei e toda essa assistência que ela tem não só no aspecto social mais assistencial o encaminhamento eu já disse a porta de entrada que é através do sistema no popo após a auta seguimento os encaminhamentos do programa auta segura atendimento com a equipe do mjed e seguimento na atenção primária primeiros 45 dias conosco enquanto isso toda a vinculação durante o pré-natal já foi feito com a rede básica
a estratégia de saúde da família e ela já sai encaminhada Essa mulher tem o PTS ela vai com a sua caderneta e um PTS construído e que a equipe recebe totalmente individual peculiar para aquela necessidade da mulher ela não recebe a alta do ambulatório no power pério sem que esse PTS tudo já esteja construído e toda a rede consolidada se existia algum vazio na estratégia de saúde da família nós continuamos com ela até que possamos colocar ela na rede de forma segura E o planejamento reprodutivo que nós temos três opções lá laqueadura di de cobre
e o implante eh é oferecido nada imposto é conversado junto com ou e eh a referência que ela tem com consultório de rua e principalmente essa mulher ela faz a escolha e ela já sai com método dela garantido E aí eu trago para finalizar né Essa frase que foi muito forte para que possa tivemos que dar o primeiro passo e ele traz né o do Aires aqui é construir as bases a partir das quais seja possível fazer a diferença Então precisamos fazer diferença na vida das pessoas Precisamos das respostas a essa necessidade precisamos promover Nascimentos
mais seguros precisamos impedir que essas crianças fiquem em situações de vulnerabilidade em rua no momento que essa mulher nós acolhemos damos todas as condições Observe que o Conselho Tutelar acompanha ela periodicamente nos informa situação e nenhuma delas perdeu a guarda todas elas conseguiram ter suporte e estão com seus filhos amando né e cuidando e o respeito e o direito dela de ser mãe é respeitado do cuidar do seu filho é respeitado também muito obrigada obrigada sinaide eh O que mais me impressionou na sua apresentação foi quando você diz assim a invisibilidade quer dizer a gente
acaba banalizando a vida a morte né a vida enfim parabéns pelo trabalho e mostra que quando tem determin mesmo com todas as dificuldades que eu imagino que são muitas até pela cobertura de Salvador né da ps que não é uma cobertura e que prop fazer um trabalho desse tamanho parabéns pela iniciativa de vocês foi um excelente trabalho vamos chamar agora a segunda experiência Laila Talita Basílio Conceição dos Santos Roda terapeutica das pretas Você viu que eu fui Generosa né deixei assim passar um pouquinho mas vai ser igual aqui é Cuidado tá é a princípio sim
Oi boa tarde a todas todos e todos eh a gente tem pouco tempo e já mostra um pouco o que é a nossa realidade a gente tem sempre pouco tempo né assim tempo é algo que a gente reflete tanto não só na roda como na vida então enquanto psicóloga Negra a gente entende o que é a correria e o que a gente faz com o tempo que a gente tem então até estar aqui em Brasília fazendo parte desse evento que é muito importante para todas nós é um tempo que precisa ter muito valor para nós
então a gente vai escolher as melhores palavras para que cheguem até vocês da melhor forma também tá bom então vou comear falando quem é a roda primeiro eu represento o coletivo Depois eu falo sobre Conceição então a roda teraputica das pretas é uma coletiva formada por psicólogas negras e nós temos como objetivo propar atendimento psicológico a mulheres negras em condições de vulnerabilidade em seus territórios e daqui a pouco vocês vão conhecer um pouco mais sobre todas nós né e através do dispositivo grupal Então nós não fazemos atendimentos individuais até fazemos mas em nossos consultórios mas
enquanto roda terapêutica somente atendimentos coletivos eu sou Conceição sou uma mulher negra eh Hoje eu estou com um cabelo bem volumoso com a blusinha branca com bracelete de cobra representando meu Orixá eu tô com o colar colorido uma saia verde e uma sandália Verde também eu sou psicóloga especialista em psicologia organizacional e do trabalho a minha função é pensar estratégias de adoecimento no na questão de trabalho eh dentro da roda terapêutica cada uma de nós tem suas especializações mas nosso foco principal é um atendimento em comum e levar para essas mulheres uma escuta especializada Então
essa é a minha formação daqui a pouco Laila vai falar dela também eh e e também sou articuladora política dentro da roda terapêutica das pretas pensando a questão de raça classe e gênero Boa tarde a todos eu sou Laila Talita Basílio Sou psicóloga também com AC com né e nossas outras colegas eu sou pós-graduada em Direitos Humanos gênero e sexualidade e também sou mestranda em eh gente esqueci o nome do meu próprio mestrado mudança social e participação política dentro da dentro da roda sou articuladora e sou também psicóloga Clínica e como nós não viemos sozinhas
nós trouxemos também as nossas parceiras de trabalho que hoje é essa composição da roda Mas ela já circulou e teve outras composições então não seria muito justo virmos aqui só nós duas e não trazer a coletiva inteira Então tá aí essas mulheres maravilhosas eh aqui é um pouco do histórico da roda Como a roda nasceu então a roda ela nasce eu não vou ler o slide todo mas é para vocês vocês estão aí vocês vão conseguir ler então a roda ela nasce de uma necessidade de uma escuta especializada onde eh inicialmente as mulheres procuravam os
consultórios e não se sentiam acolhidas por atravessamentos eh e Sofrimentos em consequência do racismo E aí a a pessoa sua fundadora da roda ela entendeu que seria importante criar um projeto para que essa escuta conseguisse atender de fato o que essas mulheres pediam né Então tinha um sofrimento que estava diretamente relacionado às questões raciais né E nós quando quando nós falamos questões raciais nós não estamos falando somente de um racismo do racismo direto ou de racismo institucional estrutural nós estamos falando também de tudo que circula as questões sociais e que faz com que essas mulheres
cheguem Até nós com sofrimento psíquico é bem resumo aqui é um histórico né Nós nascemos em 2016 eu faço parte do grupo que chega em 2017 E aí também fala um pouco né como que a roda se formou e quem eram essas psicólogas do início então a roda ela foi se modificando ao longo do tempo nós como Laila aqui tava pensando Qual era o nome da formação dela então nós somos pesquisadoras também né então tem algumas pessoas com mestrados doutorados tem pessoas que estão especializadas em determinadas áreas para que dê conta de todas as questões
que vão chegando para nós gente eu tô correndo Mas não quero perder nada tá E aqui como que os atendimentos acontecem então todos os atendimentos são formados né em grupo terapêutico e com no mínimo cinco mulheres e no máximo 15 eh São eu tô longe de aqui ah tá são e formados sempre por duas psicólogas né assim nos nossos eventos estamos sempre em duplas também eh eles acontecem de forma descentralizadas nas periferias de São Paulo e na grande São Paulo nós vamos até o território para atender as mulheres Então esse Mais um ponto para não
ter que para que elas não tenham que fazer deslocamento e ser mais dificultoso o acesso ao atendimento eh no período de atendimento fizemos Ah eu posso Que ótimo tá então no no período da pandemia nós precisamos recorrer também aos atendimentos online né porque eh a gente sentia que tinha um pedido das mulheres por atendimento e nós não podíamos ir até os seus territórios eh a partir de agora a gente vai trazer alguns dados aqui e esses dados ele é ele é eles são fruto de uma pesquisa que nós encomendamos para que a gente pudesse ser
mais assertiva ainda nos nossos atendimentos isso não significa que a gente despreze os dados oficiais outros dados formais então a gente acompanha os dados alguns dados que vieram aqui eh dados levantados pelo IBGE e mas nós queríamos entender diretamente a questão de saúde mental Como que essa questão vinha acontecer para essas mulheres e pra gente conseguir atuar de uma maneira mais assertiva nos territórios Porque hoje a gente faz parcerias com as lideranças locais e aí eles trazem as demandas para nós nós vamos até o local e atendemos e para que a gente consiga atender o
maior número de de mulheres negras a gente quer entender o que causa esse sofrimento e onde esse sofrimento está então tem a gente vai mostrar um pouco desse dado para vocês e como a roda também metodologicamente atua com isso tá bom Espero que tenha dado conta para trazer um pouco do que é a gente Dea [Aplausos] tem uma coisa importante de pensar né que a gente enquanto coletiva primeiro que a gente é uma coletiva pequena né a gente tá ali estrategicamente em São Paulo mas São Paulo é enorme e muitas vezes a gente não dava
conta de alcançar as extremidades de São Paulo lá onde estavam as mulheres periféricas que a gente tem como objetivo principal atender né então quando a gente encomenda essa pesquisa a gente tava tentando chegar num lugar que a gente enquanto coletiva não tava conseguindo que era de obter essas informações para que a gente pudesse ter nosso trabalho melhor colocado e atingir nosso objetivo principal então a gente fez uma pesquisa né como a com tá dizendo ela foi feita entre Abril e maio de 2023 a gente conseguiu pesquisar 110 mulheres a partir de 18 anos e até
60 a mais em quatro Regiões de São Paulo pode você já passou pode passar e a gente aplicou questionários fechados e questionários abertos bom o que que a gente foi descobrindo né Eh pesquisando essas mulheres e que também depois a com vai dizer da nossa metodologia como é que a gente vai também aplicando o que a gente pode fazer a partir desses resultados nessa ocasião a maioria das mulheres tinha um ensino médio completo tinha uma renda familiar média de r$ 65 e a maioria não exercia né atividade remunerada todas elas são mulheres negras quando a
gente falava de saúde quanto menor o nível socioeconômico dessas mulheres menor também a procura de Serviços Médicos né E quando elas procuravam elas procuravam por clínicos Gerais e ginecologistas em média uma vez por ano quando a gente perguntou para elas por que que elas não procuravam assistência médica elas vão associar um deslecho ou então por não verem necessidade quando a gente foi né tentando entender eh também por que era difícil esse acesso E aí elas vão dizendo sobre um um atendimento mais robotizado né pouco humanizado pouco acolhedor o que também dificulta que essas mulheres consigam
eh sentir que tem possibilidade né de receber um um atendimento né como vai contar daqui a pouco da nossa metodologia que envolve a gente conseguir acessar essas mulheres por outros vieses que considerem ela integralmente uma coisa curiosa né que a gente tem de informação é a maioria dessa a minoria dessas mulheres s com Raça quando elas foram perguntadas sobre se elas preferiam profissionais negros mas quando a gente iniciou a coletiva A gente veio justamente em resposta essa lacuna né de pessoas negras procurando pessoas negras para ser atendidas Então esse é um dado que a gente
precisa de questionar né como a gente atende quem a gente atende e o que que é importante no próprio manejo para que ao mesmo tempo que elas eh não se importem né necessariamente com acordo profissional elas também não se sentam discriminadas e elas não sentam esse atendimento robotizado né como elas relatam bom a gente vai entrando né no num ponto mais eh profundo sobre a saúde mental e eh poucas delas né vão diz di sobre alguma Preocupação com saúde mental na maioria das vezes não era uma preocupação principal e tava lá numa escala de um
a CCO né entre as últimas preocupações mas o que preocupava essas mulheres era e conseguir dinheiro para pagar as contas e cuidar dos filhos Então vamos pensar que a gente é uma coletiva né que produz atendimento psicológico e aí como que a gente vai conseguir levar essa mulher para um local atendimento se ela não tem dinheiro né para fazer o básico pagar alhe as contas deixar os filhos a gente perguntou também para elas o que que para elas era saúde mental elas foram relacionando a ter uma certa Paz de espírito mas também por um outro
lado elas foram dizendo que saúde mental tinha a ver com ser doido né com a loucura o Emiliano Camargo Davi vai falar que ele na pesquisa dele né ele vai contando pra gente que não sabe o que surgiu primeiro se foi o negro ou o louco e a gente sofre esse estigma mesmo né O que que é loucura a quem a loucura atinge bom quando a gente pergunta como elas se sentem Elas falam que a maioria delas se sente se sentem ansiosas contudo elas não conseguem atribuir um um contexto né pra ansiedade elas vão dizendo
que elas estão ansiosas Porque elas estão ansiosas não tem motivo né E como assim não tem motivo né para lidar com esse sentimento Elas comem elas dormem ou elas guardam para si quando a gente pergunta o que que melhoraria eh a saúde mental delas elas vão contar pra gente que tem dinheiro é ter um conforto ali na vida né E se apegar a fé e quando a gente pergunta sobre acesso a psicólogos ou psiquiatras isso tá sempre relacionado com casos extremos né então eu procuro um psiquiatra um psicólogo se eu tiver ten algum tipo de
surto né ou se eu tiver com algum tipo de agressividade caso não eh Não tem necessariamente uma contextualização né segundo essa pesquisa de que as questões sociais essam diretamente a saúde mental E aí né Eh arrematando a pesquisa elas vão falando sobre essas contas para pagar né E a preocupação com os filhos e de Fato né se essa mulher não tiver o mínimo de estrutura a gente não tem como tirar ela da casa dela para levar ela para fazer um grupo e ficar refletindo necessariamente né sobre questões subjetivas a roda ela precisa trabalhar em conjunto
com a raps e com a ras né senão ela não funciona a gente precisa ter para onde referenciar essas mulheres elas também vão dizendo de um de um lugar de serventia quando elas se colocam atrás né dos filhos dos maridos do próprio trabalho elas vão ficando nos últimos lugares e isso impede que elas possam se cuidar Esse é um reflexo da formação da nossa sociedade né as mulheres negras estão na base e elas vão levando a sociedade elas vão contando também das diversas dificuldades do acesso à saúde no lugar de por exemplo você é muito
difícil de marcar né Eh a distância eh dos dos postos enfim dos hospitais para que elas possam ter acesso né E aí eh Isso dificulta mais ainda quando a gente fala de acesso a psicólogo como a gente tinha dito elas não conseguem né descrever os sintomas que que identificariam ali as ansiedades que elas sentem eh mas elas dizem que esse sentimento se se intensificou depois da pandemia E aí a gente foi entendendo né uma coisa que a gente já sabia na verdade que era que para que a gente consiga acessá-las a gente precisa necessariamente pensar
em um um modelo integral né que que a gente entenda assim então tudo bem onde essa mulher mora eh ela tem ali minimamente os seus direitos básicos né mantidos E aí como política da roda é por isso que a gente também vai até o lugares né porque lá quando a gente vai a gente atravessa uma barreira que é essa delas precisarem alcançar um lugar que elas possam cuidar das própri saúde um lugar que elas consigam se colocar em primeiro lugar que muitas vezes a gente vê isso nos relatos né E então essa pesquisa foi direcionando
a gente eh até no sentido de que quando elas respondem por exemplo aonde elas pedem ajuda e quando a gente consegue a partir disso pensar que a gente precisa se articular não só a rede de saúde mas as igrejas a gente precisa se articular aos espaços sociais que elas ocupam a gente precisa se articular aos líderes comunitários para que elas consigam entender que existe a possibilidade de cuidado de saúde mental e a gente vai precisando né de alguma forma colocar essa mulher dentro da rede para que o nosso trabalho também possa fazer sentido temos um
minuto e um minuto só para fechar né então a a pesquisa ela veio nos ajudar até a confirmar o que nós ouvíamos nos atendimentos então o projeto da roda é um projeto Clínico ético e político Então as falas dessas mulheres sobre questões sociais históricas econômicas elas são consideradas por nós e a gente não deixa de fazer o manejo a partir disso também então se chegar uma mulher com a criança que já aconteceu com a criança que ela não tem com quem ficar a gente vai fazer o atendimento com a criança embora dentro do consultório a
gente não faça a do consultório particular a gente não faça isso a gente vai fazer lá porque a gente entende que isso é um atravessamento que passa por ela tá certo gente eh agradeço a escuta de vocês espero que a gente tenha conseguido transmitir um pouco do que é o projeto da roda eh nós estamos nas redes sociais também se vocês tiverem vontade de conhecer mais sobre os projetos sobre o projeto e o que já foi feito a roda terapêutica das pretas né ao @ e o e-mail rodat terapeuticas pretas @gmail.com PBR acho que é
p comom só Obrigada la Conceição eu entendi que é muito mais do que uma pesquisa vocês estão fazendo uma intervenção né e eu fiquei aqui pensando Enquanto vocês contavam como é cruel a desigualdade né além da invisibilidade lá da experiência de Salvador você ainda soma que também deve est deve ter também né é você ser absolutamente invisível ninguém olhar para você ao ponto de achar que é desleixo ou não precisa olha só que estima hein parabéns pelo espero que vocês continuem eu sei que São Paulo é um desafio do tamanho do mundo porque aquela cidade
é muito grande né mas de gota em gota né a gente vai molhando a floresta Obrigada parabéns eu agora Queria convidar Selma Selma vai falar sobre o protagonismo das mulheres na saúde ancestral quilombola obrigada boa tarde boa tarde boa tarde boa tarde boa tarde falar depois é complicado né bate aquele soninho e esse clima aqui favorece que a gente dá umas cochiladas né bem escurinho o ar geladinho Mas vamos lá eu não tenho a pessoa quando faz a apresentação e ela não tem nada a ver com que você vai falar então é o meu caso
então eu vou pedir para deixar só aí nesse nessa parte aí porque quando eu cheguei aqui eu eu descobri que não tem nada a ver a apresentação com o tema que tá sendo debatido aqui Mateus falou que tem mas eu acho que Mateus tá querendo que eu me ferre então eu vou fazer as anotações que eu fiz aqui bom primeiro em nome da conac né que é a coordenação Nacional de quilombos eh agradecer ao Ministério da Saúde eh pelo convite agradecer a organização do evento em nome do Mateus Brito que é quem o nosso quilombola
que tá dentro do ministério fazendo aí a diferença eh e quero trazer também para esse momento eh graça Epifânio que é quem a gente eh homenageia dando o nome não só do GT de saúde mas também do coletivo de saúde da kac Graça ela é a quilombola eh do Quilombo Bom Despacho do Quilombo carrapato itabatinga no município de Bom Despacho em Minas Gerais e nós perdemos a graça há quase 5 se meses e a graça ela é o exemplo de como a saúde foi falha com graça né a gente não consegui e ela lutava pela
saúde a conferência livre de população quilombola foi uma das conquistas dela e a saúde e falhou com graça né então Quero trazê-la para esse momento porque a gente não estaria aqui também se não fosse muito do empenho dela e e da vontade dela de fazer com que a política quilombola fosse colocada nesse nesse nessa dinâmica bom eu sou CMA delina MB eu sou quilombola Quem são os gestores do Espírito Santo tá lá atrás Então sou de São Mateus no estado do Espírito Santo território Sap do Norte né fico lá no eh no Espírito Santo mas
eu moro em Brasília há 10 anos vim para ajudar aqui na na articulação política da kac que é da sede né o escritório aqui em Brasília e bom eh nós somos segundo IBGE embora o movimento já T já falando isso há muito tempo nós somos um pouco mais de 1,5 milhão e meio de quilombolas né a gente acredita que muitas pessoas não conseguiram ser recenciador ao senso né que foi uma batalha canak lutou Durante 14 anos para que a população quilombola fosse contada no Censo E aí né o ex o ex-presidente mais atrapalhou do que
ajudou essa Contagem mas a gente consegue agora em 2022 mostrar pro Brasil que existimos né que Palmares como muita gente conhece a história a luta quilombola não parou em Palmares né Muito pelo contrário né Eh nós somos mais de de 1,5 milhão e de quilombolas estamos em 24 estados com exceção de Brasília Roraima e Acre não é que não existam Quilombos é que não tenha nenhuma Identificação do governo eh ainda desses desses três estados então estamos em 24 Estados da Federação e mais de 1696 municípios então é bem provável que vários de vocês estão em
estados que tem Comunidades Quilombolas eh na sua maioria não titulada como é o sonho das Comunidades Quilombolas Mas no processo de de reconhecimento bom para isso existe uma uma burocracia que é o primeiro a gente existir pro estado brasileiro então a gente brinca que e não é uma brincadeira mas enfim né E que a que a certidão da Fundação Cultural Palmares é uma carta de Euforia moderna porque a gente começa a existir mesmo já estando ali naquele tempo durante tantas décadas mas a gente começa eh o estado brasileiro começa a nos olhar depois da certidão
da Fundação Cultural Palmares e depois a titulação dos territórios que é um espaço que é um passo mais demorado hoje dos 1700 1800 processos que nós temos no Incra demorariam 2.000 anos para titular Os territórios quilombolas que estão no Incra 2000 anos então é muito tempo né para titular Os territórios eh que tão que então no processo no Incra que é o Instituto Nacional de colonização e reforma agrária bom eh do é muito bom est nesse espaço né com os gestores estaduais porque eh muitas das demandas a gente precisa dialogar diretamente com vocês não é
isso e aqui a gente precisa do comprometimento antirracista de vocês e aí não é só boa vontade porque Boa Vontade ela ajuda mas ela sozinha a gente não faz muita coisa precisa do comprometimento precisa que vocês olhem pros privilégios que vocês têm as pessoas brancas obviamente e que não trate como uma política de assistencialismo Porque nós não somos nós não queremos pena de ninguém ou coitadinhos né Nós não somos os quilombolas não são vulneráveis o estado brasileiro racismo nos deixou nessa condição né então é bom ter o comprometimento e a Acho que mais do que
isso durante muito tempo princialmente no governo passado falou que nós estávamos transformando todo Mundos em militantes que bom que a gente Tomara que a gente consiga transformar todos vocês em pessoas engajadas e militantes por uma causa porque a transformação de uma sociedade melhor mais justa mais igualitária ou seja lá qual outro nome bonito que a gente dê precisa do comprometimento de vocês que são vocês que conversa com os municípios e a gente precisa de enfrentar o racismo religioso né a gente precisa falar que não é intolerância intolerância a gente tem a leite a religião de
matriz africana É racismo mesmo e a gente precisa colocar o nome nas coisas né E vocês precisam olhar pro estado que se diz que é lá que às vezes a gente tem esses esse grande questionamento se é ou não é para que isso não t não tome à frente porque muitas das mulheres quilombolas é que tratam dessa dessa saúde ancestral elas esbarram nessa palavrinha bonitinha que é o racismo as parteiras né que não são valorizadas as rezadeiras as Benz deiras as curandeiras as garrafeiras né todo mundo corre por remédio lá plantado na horta quando as
coisas apertam Então essas mulheres que tentam levar essa essa saúde ancestral elas são impedidas muitas vezes de exercer esse seu modo ancestral de viver são impedido inclusive de fazerem partos então Eh olhar para essas mulheres olhar paraa condição das Comunidades Quilombolas que vocês como gestores estaduais TM nos seus respectivos estados é se comprometer com o enfrentamento ao racismo ao olhar pro privilégio Mas acima de tudo de ampliar as vozes porque nós também temos vozes no máximo que a gente precisa de tradução quando uma ou outra de nós não falamos um outro idioma mas mas nós
temos vozes precisamos de ampliar as vozes precisamos de portas e janelas e brechas e buracos na telhas aberto para que a gente possa entrar com a nossa pauta e com a nossa demanda sem isso fica muito difícil a gente dar qualquer passo e nós vamos ficar reunidos aqui dois dias 2024 25 26 27 28 só se lamentando porque nossa prática de fato não fez diferença em mudar a vida das pessoas e esse é o compromisso de vocês então a gente precisa saber aqui enquanto Comunidades Quilombolas do país se nós temos o compromisso de vocês enquant
gestores Estaduais de fazer esse enfrentamento de frente com a gente e fazer esse enfrentamento E olha que para nós Preto racismo né E nós estamos aqui há 524 anos então não dá para vocês ouvirem dois duas horas sobre racismo já sentir que estão cansados vocês não TM esse direito porque nós não tivemos esse direito de nos cansar certo bom eu não eu coloquei um relógio aqui porque eu também falo demais então já deu 8 minutos eu acho que tem uma questão que a gente quer trazer para cá que é uma vitória da dpf 742 2020
onde nós conseguimos fazer com que o estado brasileiro cumprisse o que é dever do Estado brasileiro que foi referente à vacinas e as máscaras embora tendo muito problemas embora perdendo muitas pessoas importantes para covid que foram assinadas né porque é negação de uma de uma de de um direito dessas pessoas e as mulheres quilombolas né lá nas suas ancestralidades Eu lembro que quando a gente eh foi fazer um comunicado da conac que não poderia mais ter o toque né as mais velhas perguntavam bem assim e a Bena como é que fica porque a gente que
mora na roça ou que ela sabe que não pode jogar bença né se jogar bença no mínimo ela joga a praga em você então não podia jogar Bena você tinha que tocar na mão das pessoas e para falar com as pessoas mais velhas que que a gente não podia mais dar a Bena pegada na mão que foi o grande desafio de explicar e de tentar fazer com que eles eles e elas entendessem que por um curto espaço de tempo o toque não seria permitido mas o tocar para bezer o tocar para cuidar o o tocar
para inclusive para abençoar ele foi mantido e foi feito Muitas das coisas a gente não conseguiu eh fazer com que os mais velhos deixassem de de de praticar porque os conhecimentos dessas pessoas que estão muitas vezes na oralidade né ou que são usado muitas vezes Pelas universidades para pesquisas e depois nem Retornam para eles para dizer o que foi feito o que não foi feito né porque tem muito da apropriação cultural intelectual porque é inadmissível que minha tia que pegou quase 200 crianças no quilombo ela não seja tratada como Doutora porque ela não tem um
doutorado de Universidade mas ela através das suas pesquisas através das suas entrevistas deu entrevista para várias pessoas antropólogos e por aí vai sociólogos que se tornaram doutores por causa da pesquisa porque pesquisaram e entrevistaram a minha avó a minha tia a minha avó e tantas mulheres pretas que tiveram direito que não tiveram direito de ser mencionadas como doutoras então são Doutor do Saber obrigada bom aqui para finalizar que a plaquinha já levantou com 5 minutinhos eu acho que tem e quero deixar aqui duas provocações pro Ministério da Saúde O primeiro é a importância do Ministério
da Saúde criar a política de saúde quilombola e a importância do GT saúde quilombola gente precisamos fazer com que isso funcione precisamos botar na prática precisamos ter esse comprometimento e isso aí também precisa que os estos também coloque a importância da Saúde quilombola né do GTS no grupo de trabalho num eh não sei inventem o nome bonito lá mas discutam a saúde é quilombola a outra questão é concretizar a criação eh através de financiamento para as equipes de atenção à saúde básica que atua nos quilombos esses profissionais são excepcionais inclusive para levantar várias pesquisas dados
e levantamentos que a gente tem hoje a gente sabe da importância que tem os agentes de saúde né que são pessoas da própria comunidade né aquele que sabe da vida de todo mundo né do coisas boas e coisas também não muito boas mas que tem lá essas pessoas são detentoras do Saber daquela comunidade porque são pessoas que são formadas na comunidade eh e a gente no ano que vem 2025 a conac através do coletivo de mulheres o coletivo de saúde o coletivo de educação os três coletivos vão realizar o primeiro encontro das mulheres quilombolas parteiras
beende iras rezadeiras e todas as mulheres que cuidam da Saúde ancestral porque esse esse esse é o nosso compromisso de com que esses conhecimentos não se vá Quando essas pessoas for por lorum que elas que esses conhecimentos a gente consiga continuar com eles e a gente precisa eh dar continuidade inclusive PR pras PR né pra Juventude pras próximas pras próximas gerações e no final encerro dizendo eh da importância do incentiva as mulheres paraa mamografia que eu vi aqui na mesa anterior falando é muito bonito mas na prática a gente sabe que isso não funciona a
gente precisa fazer com que de fato as mulheres e isso eu tô dizendo quando uma mulher sai sai e da roça e não tá perfumada e vai fazer o exame ela não seja negada pelo profissional de saúde porque ela está fedendo isso é humanizar as pessoas porque muitas dessas mulheres não tem como fazer uma depilação não não tem como botar um antitranspirante para poder ir numa numa consulta médica e elas não podem ter esse direito negado isso tem acontecido muito então antes da gente botar muito bonito no papel precisa que a prática ela condiz com
isso e essa prática ela só é bonita no papel pras mulheres do campo da água e da floresta se é difícil pras mulheres da Periferia das cidad imagina PR as mulheres do campo da água e da floresta bom a no ano que vem dia 25 de novembro de 2025 nós vamos realizar a segunda Marcha das mulheres negras aqui em Brasília nós vamos botar 1 milhão de mulheres negras aqui em Brasília marchando por saúde enfrentando a violência enfrentando o racismo as violências E aí eu quero encerrar trazendo uma outra mulher muito importante para esse momento que
é dona Bernadete Pacífico que foi executada no ano passado com 25 tiros segundo a último informação da polícia Dona ber aí Conceição eu tava ouvindo você falar da Saúde Mental Dona Bernadete era tratada como louca como que não não enlouquece uma pessoa que vê seu filho sendo assassinado e o estado brasileiro não responde para ela quem mandou matar o filho dela como que no loquece os filhos a neta dessa mulher que viu a sua avó ser executada trancada num quarto do lado e todas essas pessoas Conceição tiveram direito negado até apoio apoio psicológico nós estamos
extremamente doentes e a sociedade o racismo e o estado brasileiro tem deixado a gente cada vez mais doente e cada vez mais doentes Então dona Bernadete era uma que dizia eu não sou louca eu não quero não quero atendimento psicológico Então as mulheres negras também tem negado esse direito as mulheres que Lomb não tem direito a atendimento psicológico então M das coisas que vocês estão pensando aqui quando vocês forem pensar coloque se vocês como se vocês fossem ser atendidos por aquele sistema talvez se vocês começarem a fazer assim de fato as coisas vão começar ser
executadas de forma mais humanizada e pras pessoas que precisam muito obrigada [Aplausos] a Selma emocionou todo mundo né ela falou em Boa Vontade de compromisso eu acho sabe Selma que isso mas muito mais também não basta ser não basta ter só boa vontade e compromisso porque aqui todo mundo tem se não tivesse não tava nem aqui mas tem uma série de coisas que estão por trás do que você coloca e quando você fala da política por exemplo né esse mês luí apresentou no GT O que é uma minuta né n é do da política que
você tanto clama e que tem direito e que é necessária mas eu acho que falta uma coisa que quando você disse assim a gente vai colocar aqui em Brasília 1 milhão e meio de mulheres pretas nessa marcha que você coloca eu acho que no SUS falta isso a mobilização de quem usa eu duvido que se os congressistas por exemplo Quem tá lá usasse o SUS no dia a dia a gente tinha tanta dificuldade então é preciso usar para entender a dor do outro eu acho que todo mundo aqui é solidário com o que você fala
a gente né luí tá discutindo aí a política de forma ele tá conduzindo de forma madura porque já foi dito aqui por várias pessoas inclusive por mim não basta o papel o papel é importante tem que ter né mas o papel por si só não adianta nada então a gente tem que ter mobilização e ter uma política madura que na hora que Publique As Pessoas sintam diferença no dia a dia da vida de cada um tanto profissional que tá ali atendendo que também tem suas dificuldades inclusive o seminário tem um dos objetivos é esse é
fazer com que as pessoas vejam isso não banalize não enxergue não seja invisível né e e que a gente possa resolver pelo menos sei lá alguma acolhida a à população que é razão de ser do nosso sistema Obrigada e pela Parabéns pela por ter emocionado todo mundo aqui né bom agora a gente vai convidar o Márcio parece que o Márcio é do Hospital Albert as que vai falar sobre o planificações e Equidade avanços e desafios como todos aqui sabem a gente trabalha ição em vários Estados em várias regiões e Desde o ano passado que a
gente tenta colocar isso na prática do dia a dia das equipes né Márcio e é isso que o Márcio vai mostrar aqui um pouco ele vai falar pelo Hospital Albert que é o planifica Mas é uma prática que também é feita pela BP que também tá aqui e pela opas manais que também estão aqui boa tarde a todos e a todas vou pedir licença para ficar em pé que eu tô ali no cantinho tô tô sem campo de visão e enfim eh sou o Márcio paresque vou fazer minha autodescrição então sou um homem de 1,70
m 43 anos né tô usando um terno cinza claro com uma camisa social chumbo eh com um sapato preto eh faço uso de aparelho auditivo eh e sou um homem gay né e que eu acho que também é importante dentro dessas discussões né também enfatizar o quanto que nós pessoas lgbtq e APN Mais também precisamos ocupar esses espaços né então acho que é uma alegria tá aqui eh com tantas pessoas Acho que compartilhando aí suas práticas e e seus saberes e eu ter aqui a alegria de falar um pouco desse trabalho que ainda tá bem
embrionário dentro do nosso proj projeto que é fala essa discussão sobre Equidade dentro desse projeto que é o planificações eh rapidamente para quem talvez ainda eh não conheça a nossa instituição ela eh esse projeto é viabilizado via programa do apoio desenvolvimento institucional do SUS o proad SUS eh ao qual nós somos executantes um projeto que foi proposto pelo conis em 2018 eh que somos executores desde então e E além disso né Nós temos aí um uma parceria um apoio muito forte da secretaria de atenção primária a saúde né a saps que acompanha esse projeto conosco
como a maé citou né através do proad a gente faz esse projeto de forma eh em parceria né Tem tem um segundo projeto que é feito pela Beneficência Portuguesa o qual a gente né Tem trocas aí importantes para manter essa sinergia deste projeto né falando especificamente do planifica SUS nós estamos em 18 unidades federativas 30 neste momento 39 regiões de saúde ainda com algumas eh expansões para acontecer no primeiro semestre de 25 515 municípios mais de 2.600 unidades básicas de saúde mais de 65.000 profissionais de saúde envolvidos direto indiretamente nesse projeto alcançando aí em torno
né de 30 milhões de pessoas usuárias do SUS eh é importante dentro da perspectiva deste projeto que é a base normativa também da planificação a gente colocar que a gente então Eh precisa estar alinhado e eu preciso deixar isso cada vez mais claro né que este é um projeto que tem por sua essência fortalecer e apoiar a implantação né de algumas normativas do SUS e essa base as principais bases normativas ao qual o projeto tá eh ancorado é a portaria 4279 de 2010 que é a portaria que estabelece as diretrizes para eh a organização do
sistema de saúde em redes o Decreto 7508 que foi citado hoje mais cedo pelo luí Eduardo a política nacional de atenção básica a política nacional de atenção especializada e a política nacional de cuidados paliativos eh e a gente tem como base teórica e também não não não é possível falar de planificação então um projeto que tem como objetivo dar apoio à secretarias estaduais e municipais de saúde na implantação dessa metodologia que a gente segue como base teórica a construção social da ps os macroprocessos da atenção especializada através do modelo pasa o modelo de atenção de
condições crônicas e o modelo de atenção os eventos Agudos e esses dois modelos acho que n não não sei o quanto é claro todo mundo que tá aqui na né no evento acompanhando virtual ente conhece mas eh ele é baseado em três modelos internacionais e um deles é o modelo de determinação social da saúde do Dow Green whitehead que é o modelo padronizado pela política nacional de promoção à saúde e que também BASA esses dois modelos então é um projeto que eh na sua essência prontifica se a olhar de fato paraa necessidade desses territórios para
processo de vulnerabilidade desses territórios porque é assim que se organiza um sistema de saúde organizada em rede né de que a gente de fato eh faça isso através de uma gestão de base populacional e Organize nossas demandas Organize a oferta de serviços A partir dessa necessidade e não a população tendo que se adequar a forma o modos operantes que um determinado serviço né quer se colocar a partir do gosto pessoal do profissional A ou B né então a gente vem fazendo muito essa discussão e o mod de determinação social ele perpassa por esses dois modelos
que também são bases teóricas desse projeto mas aqui trazendo mais claramente esses avanços e desafios da Equidade no planifica SUS eu vou brevemente compartilhar alguns pontos tá a gente desde 2019 sentiu a necessidade de ter um olhar que complementasse uma escala Já eh conhecida nacionalmente que a escala de coelho Savas mas que a gente entendia que alguns elementos de vulnerabilidade não eram contemplados A partir dessa escala tá certo a gente então consegue submeter realizar uma pesquisa eh de validação utilizando a psicometria como metodologia para validação dessa pesquisa e quando eh a gente então faz todo
esse esse processo e consegue validar uma escala que é a escala de e vulnerabilidade familiar que a gente vem chamando de evf BR né que e a gente então seguiu todo Rigor científico conseguimos garantir publicações inclusive publicações internacionais importantes tivemos agora recentemente no Congresso europeu eh de saúde pública numa oficina apresentando essa escala e que a gente tinha 50 minutos de apresentação e a atividade levou duas horas porque agora na Europa que tá se discutindo vulnerabilidade a importân de se discutir Equidade todo mundo queria saber como é que a gente tinha construído e validado essa
escala né a gente vem agora dentro do projeto numa fase de implantação diretamente né fizemos a pesquisa recomendamos a escala mas como que de fato elas se comportam nos territórios a gente então além de já utilizá-las nas unidades de Saúde ao qual fazemos a gestão no município de São Paulo a gente vai rodar dois pilotos né Eh um entendendo a importância né que é em Uberlândia que é o grande centro colaborador da planificação ao qual né já agradeço aqui né a pessoal do da equipe do centro colaborador e do município de Uberlândia pela disponibilidade da
gente fazer esse piloto lá eh e por uma iniciativa do Município de Boa Vista que vem reformulando também todo seu processo né de gestão Municipal havia solicitado e a gente vem apoiando um pouco mais de perto a forma dos profissionais para a aplicação dessa escala tá certo eh Então esse esse é um ponto né que a gente vem trabalhando eh um outro ponto que eu acho que também vale destacar diante do cenário que a gente tá discutindo aqui dentro desse seminário é a a gente percebeu em 2022 eh a partir de um trabalho que a
gente vem fazendo junto à secretaria do estado da Paraíba né na 14ª região de saúde ú que é a região de Mamanguape ao qual pertence né o território indígena da Bahia da traição e outros eh eh e outros polos que ali estão que faz parte né do disce Potiguara Então por uma iniciativa da secretaria do estado e do próprio dissei que vinha percebendo que a gente vinha Trabalhando dentro das subs eh a organização dos processos de trabalho a partir da organização dos macroprocessos da atenção primária eh ficaram interessados e Perguntaram se a gente então poderia
apoiar esse processo a gente né meio que informal mas entendendo que faz parte da rede a gente começa a fazer um trabalho laboratório lá na na 14ª região de saúde do Mamanguape eh qual tive a oportunidade de ir lá de ir na ubsi de conversar com as equipes e enfim eh a trazer a se aproximar dessa discussão do Olhar paraa saúde indígena eh dessa população eh vinculadas ao G6 desse subsistema de saúde acho que um ponto importante que vale destacar aqui do de Potiguara e eles tiveram a oportunidade de de trazer aqui né uma contribuição
no na última conferência da planificação mas eh foi muito interessante a gente trazer o subsistema de saúde indígena para dentro da discussão S junto da rede no intuito numa lógica que eh já existem vários desafios na integração seja eh do subsistema de saúde indígena com a atenção primária do sistema Municipal local mas ainda eh se nesse ponto é complicado é complexo imagina na integração com atenção ambulatorial especializada né então lá a gente conseguiu através do projeto e das discussões com os atores de governança trabalhar um fluxo que antes até então se uma gestante passasse num
pré-natal na ubsi para que e fosse identificada como uma gestante de alto risco para que o eh o cuidado fosse compartilhado com serviço de atenção especializada ela precisava passar pela eh equipe de saúde da família do sistema de saúde dessa equipe de saúde da família ser compartilhado o cuidado para o pré-natal de alto risco tendo um fluxo desnecessário já que ela já tinha sido avaliada por uma equipe de saúde qualificada e que conhece a realidade dela E aí dentro das discussões ali no nível de governança conseguiu pactuar um fluxo que não haveria mais a necessidade
desse compartilhamento do Cuidado para com a com a a UBS né do do sistema local então só um exemplo de alguns avanços a partir desse triênio então a gente formaliza a participação do dsei a gente vem né trazendo o dsei Potiguara dando uma equipe que vai est apoiando mais eh de perto esse processo mas a gente também por iniciativa das secretarias de outras secretarias estaduais e das de outros de seis que sinalizaram para as secretarias o interesse de participar do projeto a gente conseguiu então junto à secretaria do estado do Tocantins eh hoje também tá
trabalhando com o de sei Araguaia e o d sei Tocantins o d sei Araguaia ele tem território com parte né a sede do dsei não é no Estado de Tocantins mas boa parte do território está dentro do Tocantins Então já sinalizo aqui a equipe do Mato Grosso que em breve a gente vai precisar ter uma conversa com vocês porque a gente já vem fazendo um movimento juntas né a a a uma discussão com dece Araguaia eh mas via a secretaria do estado do Tocantins né então precisaremos da essa aproximação e agora também recentemente o de
sei Alto Rio Purus no Acre né Eh para essa questão da população indígena a gente então vem trabalhando o apoio paraa organização dos macroprocessos da ps tanto nos polos quanto nas ubss e eh apoio na integração com a PS dos sistemas de saúde municipais e a gente agora estávamos em Brasília na semana passada Brasília não em Manaus na semana passada eh que até a Maria José citou eh eh fazendo uma reunião né e e dando o o o primeiro passo aí para uma pesquisa que faremos dentro do projeto que é a pesquisa sobre a planificação
na região Amazônica eh em especial nos territórios líquidos que perpassam os cinco estados em que estamos com a planificação hoje seja pelo Einstein ou seja pela BP então estarão participando Amazonas Acre eh Roraima Rondônia e Tocantins Tá certo eh Rondônia com abp os demais estão conosco eh implantando essa essa tecnologia tá e que não vai est contemplando especificamente a população indígena envolvem também os outros eh eh as outras populações tradicionais e tudo mais mas falar desses territórios e não tá falando da Saúde indígena Não não é condizente Tá certo e eh para fechar aqui né
Acho que são são são compartilhamentos de né como eu disse processo tá muito embrionário eh mas que eu acho que é importante da gente trazer que é também esse olhar pra questão da Saúde da população negra né Eh vou falar agora né de uma triste constatação eu não tenho eh orgulho nenhum do que eu vou falar agora né mas no no final do triênio na transição do do de 2023 para 24 para esse triênio novo veio uma quando o plano de trabalho foi aprovado veio uma recomendação do Ministério da Saúde que nós precisaríamos então trabalhar
algumas populações vulnerabilizadas e algumas populações específicas eh de forma transversal dentro do projeto E aí num primeiro momento eu virei E pensei assim né com o time falei assim nossa mas a gente o tempo inteiro tá falando de que a gente tá olhando pro território a gente tá olhando a vulnerabilidade a gente tá ouvindo território né mas isso talvez não esteja Claro e eu comecei a me questionar nesse sentido e aí óbvio que esse questionamento aconteceu por eu ser uma pessoa branca privilegiada que não sinto na pele né O que se trata dessas questões e
eh e eu como uma a liderança desse projeto então resolvi junto com o meu time a gente montou um núcleo de Equidade dentro da nossa área ao qual a gente vem discutindo alguns processos né a gente já vinha trabalhando pra questão da Saúde indígena especificamente mas o quanto que a gente achava que tava tendo uma abordagem que contemplava a população como um todo mas a gente não tava considerando a população negra a gente estava colocando ela dentro de um pacote junto com toda a população residente daquele local e daí a gente então ao longo de
2024 vem amadurecendo os processos e a partir de 25 a gente vai trabalhar algumas questões relacionadas a letramento eh a gente eh tá trabalhando seis indicadores dentro do projeto de um acompanhamento mais acompanhamento mais sistemático cobertura vacinal de poliomelite e cobertura vacinal de poliomelite eh internações por condições sensíveis atenção primária relacionadas a hipertensão e diabetes eh sífilis congênita internação psiquiátrica mortalidade materna e mortalidade infantil Tá certo e dentro da discussão com o nosso núcleo de dados a gente conversou que e a gente vai disponibilizar uma análise desses indicadores para os as regiões que nós que
são participantes do projeto e nessa análise vai est contemplando o elemento raça cor né porque é fundamental que quando a gente chegue no território e que a gente olhe para esses indicadores a gente considere que existe situações de iniquidade que precisam ser olhadas de formas diferentes né então isso já é algo que vai est previsto dentro dessa análise demográfica e epidemiológica a gente lá no início lembra que eu coloquei as bases normativas e lá não estava a política nacional de saúde integral da população negra né e a gente entendeu que se a gente então quer
Eh ter esse olhar diferenciado essa política precisa ser uma política normativa dentro desse projeto e por isso que todo o processo também de en letramento vai ser importante e a gente passa a partir de 2025 normatizar e trazer para dentro do projeto né Eh um olhar específico para essa política com isso vai ser necessário uma revisão de todos os nossos materiais técnicos vídeos recursos audiovisuais produzidos para que possam contemplar esses elementos que já estão previstos no nosso orçamento então toda a revisão que vai ser feita já vai ter isso eh contemplado além de uma ênfase
né nas Comunidades Quilombolas que a gente foi fazer um breve levantamento e também não tenho orgulho nenhum de dizer isso mas acho que é importante evidenciar principalmente tendo uma representante dentro dessa dessa mesa que na hora que a gente foi fazer um levantamento em todas as regiões que nós estamos atuando se a gente tinha alguma experiência consolidada realizada especificamente em Comunidades Quilombolas a resposta foi que nós não tínhamos e nós temos 221 Comunidades Quilombolas dentro dos territórios que nós estamos atuando nesse projeto então de fato a visibilidade tá aqui né então o quanto que nós
que lideramos projetos numa posição de Privilégio consegue se conscientizar disso trazer para dentro dessa discussão e não é com o olhar da pena né É com o olhar do compromisso junto a esse SUS é um olhar no compromisso de de fato fazer esse sistema único de saúde funcionar e gerar resultados sanitários para essa população que reside nos nossos territórios era isso muito obrigado obrigada Márcio e além do que o Márcio já colocou né Com relação à saúde indígena quilombola a gente também tá fazendo uma experiência tô vendo ali o Saulo e o William numa região
predominantemente de população indígena que é lá no Maranhão pra gente aprender com eles como que a gente faz esse trabalho porque a gente tá se virando aí como pode como colocou mas na hora que você entra Aldeia a situação é outra quem tá acostumado sabe né e eu aprendi umais que eu ouvi outro dia nada para mim Sem mim nada para mim sem mim não venham fazer cois para mim que eu não esteja participando disso porque quem sabe sou eu então é isso que a gente tá aprendendo lá em Barra do Corda né Tem um
médico enfermeiro que são da Aldeia que se formaram e que estão junto conosco a gente trocando a gente tem um método Mas eles é que sabem o que precisam a cultura é outra não podemos invadir nada para mim semi Eu adorei isso aí fiquei adotando isso bom agora a gente vai chamar o nosso nossa próxima experiência são dois novamente eh Pedro Elias e o ion Rodrigues com vocês esqueci de falar né telepin experiência amazônica obrigado senhora mediadora se esse pessoal jovem não estava conseguindo enxergar essa tela imagine eu daqui então então senhora me permite eu
fico daqui eu acho que dá não vou atrapalhar nem e a vida de ninguém vai mudar aqui por conta disso boa tarde a todos meu nome é Pedro eu sou médico sou cirurgião da do Hospital Universitário Getúlio vaga lá da Universidade Federal do Amazonas e cirurgião é um bicho que foi treinado para ser rápido e preciso eu não sei se você preciso mais rápido eu você prometo a vocês eh esse aqui é um projeto que tem como objetivo reduzir mortalidade materna em regiões remotas do Estado do Amazonas portanto por si só já é Um Desafio
quase intransponível mas a gente tá conseguindo e vamos mostrar daqui a pouco os resultados que são muito gratificantes até aqui eh de antemão agradecer a secretaria de atenção primária do Ministério da Saúde na figura do secretário proens da coordenadora de Saúde da Mulher Renata e Em Nome do grupo técnico agradeço a SUS que tá aqui eh que conosco compartilha as ações planeja e sobretudo vibra quando a gente consegue um resultado bacana né que é levar saúde de qualidade e de forma decente as mulheres que vivem naquela região do Brasil que acho eu a maioria de
vocês nem deve conhecer a não ser pela televisão né porque a missão não é fácil eu sempre digo que ser na Amazônia já é Um Desafio ser mulher e mãe aí já Beira a santidade tem uma legião de de amazonenses que precisam ser beatific ali porque eu vivi isso na minha família eu sou do sul do Amazonas lá da região do Rio Madeira e vi o sacrifício enorme que foi para minha mãe aquela época século passado criar 12 filhos 12 todos de parto normal essas histórias que as parteiras contaram aqui são tão gratificantes que a
gente remonta aquela época em que na minha região por exemplo enfermeiro já era um luxo quase impensável médico era coisa de ficção né Eh e a gente que eu tenho o privilégio e eu digo sempre que ISS é problema meu por vários projetos e por várias missões eu conheço o estado do Amazona todo todo esse que é o esse que é o 16º maior país do mundo né 1 milhão 500.000 km qu de terra de Floresta de água e aí quando todo mundo Olha para aquele lugar ali como a maior floresta tropical e a maior
bacia hidrográfica do planeta eu olho e pelo menos no meu estado eu vejo 2 milhões de pessoas que precisam ter acesso saúde essa história de Floresta em pré é muito bonita é muito bonitao e nós precisamos do ecossistema e do meio ambiente para garantir o nosso futuro e o futuro dos nossos descendentes né mas eu não acho legal uma floresta em pé e o homem deitado sete pmos abaixo do chão eu não curto isso eu acho que a gente tem que contemporizar as coisas né saúde de qualidade que o nosso SUS deve ter e promover
e conservar e cuidar do meio ambiente tem que andar Juntos pelo menos é o que eu penso e as barreiras que nós temos lá eu já quero anunciar que daqui a pouco vai entrar Dr ion brunk e essa sim entende de pré-natal de alto risco Como já disse sou cirurgião e antes que vocês perguntem o que que eu tô fazendo no meio disso eu trabalho há muito tempo e pesquiso inovação tecnológica em saúde desde os anos 2000 quando se começou a falar em tecnologia digital para promover saúde eu eu já estou nessa história fazendo que
se chama por aí hoje de telesaúde né Isso começou como telemática depois passou para telemedicina e agora é telesaúde e Heal saúde digital sabe-se mais lá o número que vai dar para isso na minha concepção é oferecer saúde utilizando tecnologia levar saúde para perto das pessoas sobretudo aquelas que moram em lugares em que existem Essas barreiras de acessos geográficos Como é o estado do Amazonas que eu repito não sei se alguém aqui conhece com prof comidade eu acho que Essas barreiras se juntam todas elas aqui tá faltando uma aí que é a política né nessa
história de povo esquecido e povo invisível eu acho que esquecido não há dúvida agora invisível não porque eles são tão visíveis naem época de eleição né Ainda mais se tiver com título de eleitor em dia que eles são vistos que é uma beleza ninguém esquece mas a gente tem ali no Amazonas uma cidade de estado chama Manaus que eu não sei se conhece ela concentra tudo economia emprego acesso e vejam 100% 100% da alta complexidade em saúde está lá em Manaus e nós temos cidades que ficam a 1240 Km da Capital em linha reta e
as nossas linhas não são retas lá não olha só essa aí é a maior bacia hidrográfica do planeta e ela é tão complexa que Vejam o o maior rio do mundo que tá aí no meio fica quase invisível né quando ele junta o negro com só Limões são 22000 são 22.000 km de de vias navegáveis e esse aqui é a única é a única maneira de trazer paciente lá do alto Solimões pra capital a gente tem um município lá chamado Guajará que pro cidadão chegar de lá até Maná são 29 dias de barco 29 dias
em condições Nemis de temperatura pressão com essa seca terrível que nós estamos vivendo agora lá isso deve dobrar chega para perto de 35 30 e poucos dias Então imagina colocar uma criatura de Deus doente dentro de um barco desse para remover pra capital é condenar a morte no mínimo né mas essa é a realidade que a gente vive lá o que que isso tudo tem a ver com com tele prenatal nós vamos já chegar lá eh olha só tem situações que é praticamente impossível de de de seguir adiante pela via fluvial e aqui eu não
tô conseguindo colocar o laser Mas vocês podem ver ali em cima que aquilo ali contraria até a lei da matemática né e da física porque aquela história de que uma reta é o ponto é a maneira mais fácil de chegar num ponto ao outro ali não é não é uma curva ó sujeito vai lá em cima para voltar pro mesmo lugar né mas enfim isso aqui às vezes dura um dia né enfim vamos ao que nos interessa aqui eh Essa é a população atual do Estado do Amazonas é quase 4 milhões e como eu falei
metade na capital metade no interior com a diferença abissal a capital tem sete maternidades sete o interior não tem nenhuma nenhuma leito de UTI todos estão em Manaus UTI pediátrica esquece Neonatal talvez no próximo milênio e é com isso aí que a gente tem que conviver eh e vejam 2000 2.16 7.000 daquela população é feminina e 28.700 mulheres indígenas segundo o IBGE e segundo todos os livros A qual nós tivemos acesso sobre esse tema nós temos a maior população indígena do país lá confere muito bem e obviamente que quando a gente começou a pensar nesse
projeto e nós fomos procurado E por que que eu estou nisso já tá explicado e eu faço parte do núcleo de tele é saúde do Hospital Universitário atualmente sou chefe da da sessão de saúde digital juntamos tecnologia com conhecimento da equipe de Obstetrícia eh e de prenatal de alto risco e estamos levando tudo isso através desses caminhos digitais para perto dessas mulheres através dos profissionais valorosos profissionais da atenção primária que faz esse elo entre a nossa equipe e a mulher lá no local em que ela vive médicos enfermeiros psicólogos odontólogos farmacêuticos todo mundo que acompanha
essa equipe eu não sei se ainda existe alguma criatura eu tenho muito orgulho da minha profissão muito meu mas eu não sei se ainda tem alguma criatura na terra que acha que medicina faz só com o médico pode até fazer medicina saúde não faz não saúde não faz e quando outrora procuraram a nossa equipe para dizer que esse era um projeto esse antecede Essa gestão vamos deixar claro aqui quando se começou a falar sobre isso de que este projeto era para ser feito só entre médicos eu eu particularmente dis D eu tô fora disso porque
não vai acontecer se não colocar enfermeiro dentro do processo não vai acontecer e foi e foi graças e foi graças a essa decisão acertadíssima que a gente está hoje com quase 700 gestantes de alto risco sendo acompanhadas vistas acolhidas monitor e tratadas nessa fase tão especial da vida delas que é a gestação enfim para encerrar minha parte e não incomodá-los mais com a minha voz de Lutor de FM e essa aqui é a população em idade fértil hoje no Estado do Amazonas 1 mil 400.000 e esse dado aqui que tá tão variável de 120 a
150.000 mulheres indígenas e para encerrar de fato a minha participação isso Outro ponto importantíssimo da tal discussão que iniciou lá para trás com gente eu gostei muito da frase da mediadora agora há pouco que eu não lembro agora certo Qual era mas fazer esse tipo de coisa principalmente na Amazônia sem ouvir as pessoas que estão lá é fadar ao fracasso a gente ouve todo dia os profissionais que trabalham nos distritos indígenas sobretudo e ainda assim estamos aprendendo não é isso Doutor porque são eles que vivem na pele tem um monte de gente aqui de sei
que eu já vi que trabalha conosco nisso você não deve fazer ideia do que que é prover saúde lá no alto Rio Negro na região do Município de São Gabriel da Cachoeira só para dar um exemplo esses profissionais passam 30 40 50 60 dias nos poos bases em que internet é coisa do outro mundo longe da família longe dos parentes longe dos filhos fazendo saúde acontecer paraa população indígena e por isso que eu deixei bem claro lá no início por conta disso esse projeto não pode ser feito paraa mulher não indígena no estado com a
mulher maior população indígena do país como é que alguém consegue imaginar um negócio desse e vocês vão ver aqui Dr mostrando e nós vamos focar muito nisso quantas pacientes quantas mulheres gantes de alto risco indígenas a gente tá conseguindo ajudar no processo aqui só para ter uma ideia das das etnias que nós temos lá São Gabriel me corrija se eu tiver errado eu acho que eu não tô nessa fase da vida São Gabriel o município mais indígena do país não é da Cachoeira segundo deve perder para Manaus ou para Tabatinga e ali se fala quatro
de umas né Quatro línguas oficiais eh anatu é banua tucano desana e português parece que inclusive né se fala por lá então vai aqui de apurinã até enfim são muitas etnias e daqui para frente o Dr I assume que já chega também obrigado boa tarde a todos obrigado por ter convidado o projeto a fazer parte aqui desse evento Tô adorando e vamos falar um pouquinho mais do telepin bom Aqui não tem PowerPoint aqui é só para mostrar a razão de mortalidade materna que a gente tem no Amazonas né aquele primeiro gráfico que tem ali a
gente a gente vê a população do Amazonas como um todo e a gente pode observar que tá em torno ali de mais ou menos quando a gente começou a trabalhar o telepin em torno de 70 e poucos óbitos maternos e eu quero crer que o telepin já tá agindo de alguma forma quando a gente observa que a gente já teve uma redução de mortalidade materna no Amazonas e aqui principalmente chama atenção paraa pro pra população do interior que é onde realmente o telepin atua né com as populações ribeirinhas com as populações indígenas onde a gente
sabe que tem outras eh atuações aí mas que o telepin realmente tá fazendo a diferença nessa população a gente tem aqui também os óbitos maternos indígenas entre 2013 a 2024 e a gente observa na tal que é Manaus onde a gente não tem o registro de eh óbito materno isso aí é referente a 2023 enquanto que no interior a gente teve 13 óbitos maternos isso aí eh chama atenção de que eh a gente acha que é pouco não é né a gente tem que pensar que nós estamos ali lidando com a população indígena e ela
é um um um número grande na nossa região no Amazonas é um número bastante considerável e a gente aqui também consegue observar nesse último gráfico é que eu também não tô conseguindo ler pela distância mas onde a gente tem a cor amarela e laranja referente à população indígena onde a gente vê também que a partir do momento que o telepin começou a atuar a gente já teve alguma melhora em relação à mortalidade materna bom vamos falar então o que que é o telepin Né reduzir a mortalidade materna e Neonatal e como é que a gente
pode fazer isso utilizando tecnologia digital de comunicação e informação integrando as equipes de atenção primária e principalmente atuando junto o município com a gestão capacitando as equipes estratificação estratificação de risco e compartilhando com as equipes de saúde local os cuidados na gestação de risco intermediário e alto risco como é que isso se dá começa com fluxo né o fluxo começa com a articulação dos gestores dos Municípios e também dos de seis A Gente Tem trabalhado já com sete de seis do Amazonas coletando os dados que são esses dados são as pessoas que vão trabalhar com
a gente na plataforma a equipe de saúde que vai trabalhar médico enfermeiro eh a partir daí a gente coloca essas pessoas na plataforma é feita uma capacitação essa capacitação pode ser online ou pode ser eh eh presencial E aí a gente insere a plataforma essa plataforma foi criada dentro da Universidade por colegas da universidade e a gente tem utilizado e aprimorado a gente diz que a plataforma ela não tá pronta cada dia a gente vê a necessidade de criar ou de melhorar a plataforma mas ela tem funcionado muito bem até o momento e o fluxo
de assistência como que era antes de ter o telepin vejam vocês a paciente lá na zona rural ou na aldeia ela tinha que ser deslocada de barco na grande maioria das vezes até chegar numa UBS ou num local que pudesse ter o primeiro atendimento dali se fosse necessário se fosse identificada uma gravidez de alto risco e até mesmo de risco intermediário essa gravidez essa paciente tinha que ser eh transferida para o atendimento em Manaus e isso se dá 90% dos casos por via aérea né porque por via fluvial também é muito distante e com o
telepin que a gente observou é que a gente consegue tá trabalhando junto com a equipe de saúde do município ou dos de seis essas pacientes consideradas de risco intermediário e alto risco próximo Opa desculpa aí bom o tele a a teleassistência ela pode dar de forma assíncrona na grande maioria das vezes o agente de saúde o médico O Enfermeiro tá lá na comunidade e nós lá em Manaus Fazemos o atendimento junto com ele ele coloca a paciente na plataforma a gente vê a descrição da paciente e ajuda a conduzir Aquele caso mas em algumas situações
a gente também trabalha de forma assíncrona quando eles acham que necessário a gente vai lá junto trabalhar com eles a plataforma basicamente ente isso aqui a pessoa cria um a gente cria um login pro médico ou pro enfermeiro ele entra na plataforma a primeira página tem vários documentos inclusive tabelas que eles podem acessar links que eles acessam eh com data da última menstruação com cálculo de Mc com a própria estratificação de risco e é importante dizer aqui que nós Montamos uma estratificação de risco junto com eles porque é diferente a estratificação de risco para para
quem tem um uma via eh eh consegue ir de carro pro local diferente da nossa que a gente precisa de uma rede aérea ou fluvial ou muito tempo então nós Montamos uma uma estratificação de risco e a partir daí essa paciente é inserida na plataforma pelo colega lá do do município da do dissei e a gente passa lidar trabalhar com ele cada gestante é um caso é uma paciente na Plata forma aqui esse exemplo ali da da esquerda para vocês né Eh um caso já que tá chegando no desfecho essa paciente só vai sair da
plataforma a partir do momento que ela Pariu 40 e poucos dias depois a gente pede todo tudo que aconteceu com ela e eles preenchem a gente preenche junto e a partir daí ela sai da plataforma ou seja essa paciente a partir do momento que ela entra na plataforma ela é seguida até o desfecho a gente vai conduzir Aquele caso junto com o médico ou com o Enfermeiro de lá do do do Município aqui a gente trabalha também isso aí tem se mostrado muito importante que a telec eh teleducação a gente pode fazer de forma assíncronas
em várias situações a gente tem ido eu Pedro e a equipe a gente tem ido nós fomos junto com a Suzi em uma Maitá eh São Gabriel a gente já foi duas vezes Tefé em vários municípios a gente vai junto para dar o treinamento de como acessar a plataforma e as principais causas de mortalidade materna como conduzir e principalmente que nós temos trabalhado que temos visto o resultado é trabalhado a estratificação de risco quando é que essa paciente tem que entrar na plataforma quando é que esse colega que tá lá na ponta precisa da ajuda
de um especialista para para poder dar uma melhor assistência a essa paciente eh nós eh tivemos temos inserido no no treinamento a oficina de prevenção da morte por hemorragia pós-parto também e o que que a gente tem observado já os resultados do do do telepin nós já tivemos 680 isso aí em 2022 Né desde a inserção desde 2022 681 mulheres inseridas e no ano de 2024 nós já tivemos 400 19 mulheres gestantes inseridas no telepin E aí ão os resultados a média de idade tá entre eh 20 e 39 anos e com relação à raça
e cor a gente vê que a população indígena aqui é referente ao ano de 2024 até eh final de Novembro 250 gestantes indígenas que estão sendo acompanhadas na plataforma com relação às etnias as principais até o momento fo AB Baré banila Tucano e as rápidas e a forma que elas for o motivo da inserção delas na plataforma não quer dizer que depois tenha ficado só esse motivo porque à medida que a gente vai conduzindo a gente consegue identificar outras eh motivos para estratificação de risco mas quando o colega lá da ponta inseriu principalmente estava relacionado
ao IMC vocês vejam que a gente tem 88% de baixo de baixo peso e mas a gente tem um número grande também de obesas e de sobrepeso hipertensão em 99% das nossas pacientes que foram inseridas cursavam com hipertensão diabetes 11% da nossa da nossa gestante quais os resultados que a gente obteve até agora 60 municípios do Amazonas aderiram ao projeto é bom lembrar que o projeto foi feito para 11 municípios Nós já estamos hoje em 60 municípios eh sete de seis dos do Amazonas estão inseridos no projeto nós temos 13353 profissionais que foram capacitados para
aderir para entrar na plataforma e para est discutindo com os profissionais 681 gestantes foram inseridas na plataforma e 362 e dessas 362 São gestantes indígenas quais os benefícios Lembrando que eh vocês vão ver mais para frente a nossa equipe nós somos três obstetras eh especialistas em gestação de alto risco Nós temos duas enfermeiras e uma técnica de enfermagem no no projeto e nós temos a equipe de apoio que ti eh que são mais três ou quatro pessoas que trabalham com a gente nesse projeto tá o obj os benefícios que a gente vê pré-natal tá sendo
acompanhado por um especialista porque o coleca lá da ponta acompanha essa paciente junto com nós que somos especialistas redução das intercorrências obstétricas e da mortalidade materna inf fetal a gente acompanha e o que a gente vê que essa paciente em muitas situações elas não precisam ir para Manaus a gente consegue acompanhar ela através do telepin em outras situações a gente já coloca olha essa paciente já tem que ir para Manaus e ela chega lá em condições de ser acompanhada não chega lá em condições de mortalidade morbidade já sem eh um bom resultado redução nos gastos
com remoção porque isso pro município e pros disis é altíssimo imagina cada remoção que era feita anteriormente ao projeto que hoje a gente consegue conduzir sem a paciente sair lá do seu destino né da da da sua área e fora isso a parte social que ela ter que deixar a família ou muitas vezes acaba levando a família toda aí chega em Manaus ainda fica lá em Manaus esperando um tempão para conseguir um atendimento numa unidade de saúde ou no a média complexidade redução do tempo de espera da gestante no caso que em que ela é
transferida educação em saúde para profissional em área remota porque muitas vezes também eles se sentem sozinhos Eles até sabem o que vão fazer mas eles se sentem Seguros em como conduzir a gente ajuda e a redução das desigualdades no acesso à saúde Então os nossos agradecimentos para por a gente estar aqui a nossa equipe lá em Manaus e os nossos endereço para quem quiser mais alguma informação Obrigada Pedro e obrigada I Pedro foi assim ol nada para mim sem mim tem que discutir comigo primeiro para porque eu se o que é melhor para mim parabéns
a vocês de fato eu acho que é um caminho sem volta tele né E se a pandemia deixou alguma coisa assim não deixou nada que preste mas Digamos que foi uma oportunidade de pelo menos oficializar né porque era até proibido e num numa região como essa principalmente é de extrema importância parabéns a vocês pelo trabalho Desculpa só um registro por favor mediadora Na verdade dois primeiro assim eu esqueci de citar a parceria imprescindível do Conselho de Secretaria Municipal de Saúde do Amazonas o cosem ele foi é e vai continuar sendo nosso parceiro nessa empreitada fundamental
segundo que por determinação e por necessidade nós estamos expandindo o telepin agora para Roraima e Rondonia Já estamos em tratativas com com a parceria do da da da da coordenação de saúde da mulher da saps e muito em breve se Deus quiser com ajuda da dos navios hospitais da Marinha que atuam muito naquela região são quatro navios hospitais nós estaremos chegando em em Cruzeiro do Sul no também e daí pra frente obrigado obrigado vamos agora paraa nossa última experiência Marlan Avelar Tá certo né Marlan Equidade em saúde e segurança do paciente na saúde materna e
Neonatal análise da mortalidade materna e Neonatal de mulheres negras no Maranhão obrigada gente vou pedir a licença né para ficar de pé porque aqui hoje eu represento não só o meu estado o estado do Maranhão mas eu represento todos os estados através da câmara técnica de qualidade e segurança do paciente do conis a quem eu agradeço a Carla olhoa né por essa proposição ao Ministério da Saúde pelo convite e ao Dr luí Eduardo por levar para a nossa Câmara técnica a Equidade como pauta para um cuidado seguro e se o cuidado não é seguro ele
não é Cuidado então eu me chamo Marlan Marlan Vel sou uma mulher preta de 1,79 m Tenho 47 anos sou filha né de um homem que ontem se vive estivesse ele teria feito 78 anos e ele foi vítima de um cuidado inseguro e por isso hoje não está aqui para poder pessoalmente estar morto de orgulho da filha que ele troue ao mundo né então mas minha mãe tá lá em casa deve est assistindo um beijo mãe mas eu sempre preciso trazer o nome do meu pai João José cavel Porque ele é o motivo de eu
estar aqui de militar na Segurança do Paciente porque foram 15 minutos que Me separaram dele e levaram ele para fazer um exame com contraste onde ele não tinha indicação de fazer e é por ele e por todos os que vieram Antes de nós sou descendente de quilombola sou do Estado do Maranhão nasci e cresci no maior quilombo Urbano que é o bairro da Liberdade no meu estado e tive a oportunidade de transcender dentro de um sistema que achou que pudesse me dizer não mas eu disse não a ele e por isso que eu estou aqui
ocupando espaço de fala e ouvindo todos vocês e muito obrigada por trazer falas tão importantes e tão significativas e é isso D Maria José é nada de nós sem nós Porque nós é que sentimos na pele O que é viver o racismo desde que você se entende por gente no espaço escolar e às vezes muito antes disso então vamos lá vamos para essa pauta tão importante que esse cuidado respeitoso e seguro e que precisam realmente exterminar com essas desigualdades que não se faz saúde né da forma que se tem feito realmente tendo racismo estrutural tendo
racismo dentro dos serviços e nós vimos isso aqui durante todo o dia de hoje e nós temos uma responsabilidade que é trazer essa discussão e por isso mais uma vez eu agradeço a todos os meus colegas da câmara técnica se o Anderson que eu não tô conseguindo visualizar ao Rio de Janeiro a todos que quando a pauta veio para nossa Câmara técnica todos se entreolharam e disseram assim agora vai né então vamos lá então aqui eu tenho alguns Marcos regulatórios do Estado do Maranhão né aonde nós temos aqui a criação da Secretaria de Estado extraordinária
de igualdade racial aci Dr Iracema né está aqui também que representa aí uma discussão junto à Secretaria de Estado da Saúde para defesa de direitos e principalmente de acesso né da população negra do nosso Estado Isso foi uma discussão lá em 2007 era uma secretaria extraordinária em 2015 nós tivemos um Decreto Estadual né Aonde se cria o programa Maranhão quilombola aonde a gente tem dentro desse estado um recorte populacional de quilombos né temos dentro da Equidade outras políticas e também a população indígena nela aí em serida mas a gente tá fazendo esse recorte aqui em
específico em 2017 nós temos a instituição da política estadual de saúde integral da população negra comunidades de tradicionais de matriz africana e quilombola no Maranhão então é um caminho a gente começa lá em 2007 10 anos depois a gente tem uma política de saúde instituída e em 2021 a gente amplia ainda esse olhar e cria aqui a força Estadual de Saúde do Maranhão que é a fesma quilombola que é um recorte um equipamento de saúde estratégico para que a gente consiga garantir acesso à saúde a essas populações que estão em áreas remotas longínquas e aonde
a negativa de acesso ela é realmente incidente e vários desfechos a gente tem E aí Iracema at que ela consegue né saber do que nós estamos falando porque o movimento negro do nosso Estado ele tem Realmente esse papel social de proteção a essa população e o lançamento do nosso primeiro boletim epidemiológico da população negra que foi feita agora em novembro de 2024 que Dr luí esteve lá conosco que foi um Marco realmente e um orgulho porque quando eu estive aqui em 2023 e eu tive com o Vinícius né eu vi aquele mais cedo não estou
vendo agora e ele me entregou o boletim nacional e aí quando eu voltei para Maranha eu disse assim Vamos lá minha gente que a gente vai ter que lançar o nosso e ano passado né Eu estive aqui esse ano lancei né lá juntamente com a equipe mas não podia deixar de fazer um recorte importante porque lá já estavam todos os indicadores que eram visíveis para o estado e que não são concordo com o que o colega falou tá posto só que aqueles números eles têm cor e cada número daquele representa uma família e são para
essas pessoas que a gente precisa trabalhar e conseguir realmente garantir esse SUS que seja né integral que vesse sobre a Equidade que seja Universal então nós temos como caracterização populacional 6. 77580 habitantes aonde 50% são mulheres e 49,1 são homens e aí quando eu faço o recorte né e étnico eu vou teri aqui 4. 4991 pessoas pardas 854 42 quatro pretos e 29.18 quilombolas Esse é o recorte étnico-racial né do Estado do Maranhão e aí a gente vê o quanto robusto são essas pessoas e eu não posso fazer política sem olhar para uma política estadual
que é voltada paraa população negra sem olhar para ela 80% da população do meu estado é preto e parno como é que se faz política para pessoas que não t vez e que não tem voz e que não ocupam os espaços de discussão aonde lá que precisa se dizer qual é o tipo de saúde que essas pessoas precisam E aí eu não posso deixar de agradecer aos colegas do Estado do Maranhão assistência à saúde Dra Priscila Milena Dr William superintendente da atenção primária o Saulo que tá coordenando a planificação no nosso Estado por quê Porque
são várias pessoas trabalhando num bem comum e são para essas pessoas que a gente precisa trabalhar porque quando não se faz esse movimento a gente vai ter Impacto de desigualdade E isso nós já sabemos o que vai acontecer é fato os números nos dizem isso mas eu vou ter barreira de acesso E isso nós já discutimos né e vimos o quanto isso impacta realmente para essa população as disparidades no acesso acesso desigual né e cuidado aí preventivo sendo negado atraso no diagnós e na evolução a óbito desse paciente e isso não é garantia de direito
Muito pelo contrário a qualidade no atendimento porque a diferença no atendimento e a colega trouxe aqui né um relato que não é só na Bahia não é só no Maranhão em todo o país as pessoas não podem ser julgadas pela cor da sua pele pela roupa que veste se está perfumado ou não está E aí quando ela diz assim que bom que vocês estão aqui até agora ouvindo a última fala dessa mesa mas que é tão importante quanto todas as outras porque esse é o espaço para se discutir uma saúde sem racismo e são esses
números que eu vou trazer para vocês que vão mostrar que nós não estamos fazendo saúde no achismo nós estamos fazendo saúde baseado em evidência em dado informação e esses estudos eles vão mostrar né que a qualidade do atendimento vai vai variar conforme raça etnia do paciente e esses grupos né vão receber um cuidado com menor qualidade isso evolui para morbidade e mortalidade desses grupos vulneráveis que vão apresentar taxas né mais altas aí de morbidade e mortalidade né por várias de saúde e a epidemiologia de doença que hoje acho que eu já ouvi falar duas vezes
sobre essa moça e que aí eu consigo falar sobre ela porque eu vim da ponta e aí eu fui pra atenção primária e Vigilância em saúde e hoje eu consigo olhar o indicador quanti qu de forma diferente porque é preciso não se faz qualidade contando quantidade porque precisa-se um olhar pro outro e quando você não olha pro dado epidemiológico você não tá olhando para nada porque um dia no estado Maranhão eu fazer ouvir uma apresentação sobre os indicadores de mortalidade e eu ouvi Carla a pessoa dizer que era normal morrer 31 bebês dentro de um
mês aí eu fiquei logo me sacudindo na cadeira né esperei para poder perguntar qual era a base o Maranhão tava sendo comparado os hospitais do Maranhão com outros hospitais de excelência que não tem condição E aí eu perguntei para ele se para você é normal para quem faz saúde com seriedade dentro do Estado do Maranhão isso não tem normalidade E aí a Dra Maria José vai lembrar de Caxias e vai saber aí do que eu estou falando e aqui nós tivemos um estudo para poder identificar Quais são os eventos adversos que acometem essa população porque
nós temos os núcleos de Segurança do Paciente dentro das unidades e aí no Maranhão né nós tivemos aí dentro de um triênio 38.000 3.938 incidentes relacionados à assistência à saúde sendo notificados e aí quando eu olho para esses números você Mailan Por que que você fez o recorte do triênio porque eu queria não sofrer o impacto de uma pandemia para que não fosse confundido o dado e a informação e aí quando eu vi o número de incidentes relacionado à assistência por ano eu vi aqui eventos né ou incidentes no ano de 2022 vindo 2021 22
23 uma crescente pra gente que faz qualidade de segurança isso é ruim Não eu estou visualizando o que está acontecendo Eu estou notificando o evento E aí eu consigo ter a qualidade sendo gerenciada porque eu vou ter Barreiras para que vidas não sejam perdidas por um cuidado inseguro e aqui quando eu venho paraa proporção dos incidentes aí eu trago recorte étnico racial Então a gente tem a população parda preta né aqui tendo realmente né Essas notificações sendo executadas e aqui eu tenho a prevalência da população parda mas quando eu avanço e vou lá paraa proporção
em relação aos incidentes né segundo grau de dano e aqui vem o óbito eu vou ter aqui a população parda o óbito na população preta e e aqui o não informado aparece me mostrando que a subnotificação em relação a esses óbitos ainda prevalecem e são números robustos Porque não são números pequenos quando a gente vai quantificar isso e esses acidentes relacionados às assistências marlão que essa assistência que não é feito de forma de qualidade são por broncoaspiração Estação falha nesse cuidado e aí vai envolver o catet venoso queda do paciente né o tromboembolismo e vários
outros incidentes que são evitáveis por quê Porque as barreiras são existentes os protocolos estão lá para serem executados mas aí por que que não são executados se os núcleos estão lá as equipes estão capacitadas mas aí eu encontrei algo que talvez foi o que mais me inquietou diante da informação isso eu falava com os colegas mais cedo número de incidentes relacionado à assistências que resultar em óbito em mulheres né com 18 anos ou mais segundo raça cor e aí quando eu venho aqui paraa parda eu vou ter um total de 10 Preto dois branco três
não informado 27 quem são essas pessoas Por que que esse campo não é preenchido se eu falo em dado informação e qualidade da informação eu preciso fazer o cuidado baseado em evidência quem são esses 27 alguém consegue imaginar Quem são mas eles não estão aqui com o recorte do critério raça cor e é sobre essa responsabilidade da informação do dado que a gente precisa trabalhar e eu tô ouvindo desde de manhã subnotificação falta de informação mas por que que a informação não está inserida Por que que as equipes não dão valor a esse critério se
eu preciso ter uma epidemiologia porque a vigilância do óbito ela precisa acontecer e eu preciso investigar e o tempo vai ser oportunidade porque a gente tem uma janela e um período por que que eu não consigo identificar e isso é falha Isso é uma falha que realmente a gente precisa olhar e eu falo para os meus colegas aí dos 26 estados porque não é só um dado que o Maranhão vai encontrar todos os outros vão encontrar é o que realmente movimenta esse espaço que eu estou representando aqui que é a câmara técnica de qualidade e
Segurança do Paciente aonde a gente tem o GT da Equidade né para que a gente possa ter produto a ser entregue para os nossos estados acerca dessa discussão é essa a nossa maior proposição mas agora eu preciso atingir a toda essa população a toda essa população e aqui dentro do Estado do Maranhão nós temos os 217 municípios em planificação com o módulo da Segurança do Paciente sendo capilarizado em todo o estado o estado do Maranhão ou E aí ele conseguiu levar a planificação para todos os 217 municípios e a gente vai ter muito trabalho mas
é um trabalho prazeroso porque a gente quer mudar realidades porque essa realmente é a nossa maior missão e claro a sensibilização dos núcleos de Segurança do Paciente para a importância da notificação e do preenchimento de todos os campos da ficha porque aquilo tudo que eles preenchem gera informação e vai gerar uma análise para que a gente consiga realmente ter de forma efetiva o nosso papel quanto assistência e realmente com quanto cuidadores da saúde né de uma população e claro a articulação transversal da Segurança do Paciente porque a Segurança do Paciente ela vai da atenção primária
secundária hospitalar ela transversaliza todo esse cuidado e nós fazemos ciência porque a gente não trabalha no achismo a gente trabalha com dados que são evidenciados e é por isso que a gente tem esse grupo coeso que trabalha de forma técnica fazendo discussões que levem né a todas as realidades mudanças porque é isso que a gente se propõe né quando a gente realmente tá ali né em discussões que vão levar a outros uma realidade que seja diferente e uma visibilidade para aqueles que não estão invisíveis eles estão mais visíveis do que nunca mas eles precisam ser
respeitados dentro da sua igualdade de direito né em todos os níveis e aqui eu encerro trazendo essa frase e eu escolhi ela hoje de madrugada né porque eu tava com insônia disse para Carla que eu tava nervosa né e eu não sou uma pessoa Nervosa mas enfim a verdadeira paz não é apenas a ausência de tensão é a presença da justiça e Essa justiça é aquela que aonde eu estiver eu represento não só o estado do Maranhão mas eu represento a todos aqueles que vieram em navios Negreiros a todos aqueles que foram escravizados a todos
aqueles que ainda sofrem racismo dentro do século XX são para essas pessoas que eu sempre estarei em qualquer espaço tendo a fala do respeito da igualdade e da quebra de um ciclo que é possível porque o sistema ele vai dizer não todos os dias e aí nós vamos ter a sabedoria de dizer Calma que eu me dou sim você não precisa me dizer não e é isso obrigada obrigada maan É de fato a Segurança do paciente do usuário que não é só do ente que tá lá no hospital mas na atenção primária também é um
problema grave no país não é queria parabenizar você e a Carla que tá ali toda orgulhosa porque você tá representando as as câmaras técnicas né que tem feito um trabalho explêndido porque tinha alguma coisa nos hospitais mas na primária não e a gente sabe que isso acontece em todos os locais né então absolutamente relevante e a palavra que eu destaco aí na sua apresentação é justiça eu acho que não tem nada pior do que injustiça não é desigualdade injustiça eita mundo cruel não é mas a gente não pode desanimar Então eu acho que nós tivemos
aqui uma belíssima tarde e eu queria terminar com duas hã oi desculpa aía acabar por causa da hora ô meu pai Vamos abrir para as perguntas que eu mesma disse que ia controlar rigidamente o tempo para dar oportunidade às pessoas Olha que injustiça 2 minutos não é vamos lá quem se inscreve quem quer começar estão tímidos cadê pode falar diga o nome de onde Ângela agora não vi quem tá no final Ângela foi a segunda quem foi a primeira você leva o microfone fazendo um favor cadê a Ângela frente é tu e lá no fundo
tem uma tem quem é já tá aqui do lado ó Boa tarde a todas e todos né bom olhar pra Selma né a sua fala me impactou e a gente tem uma população quilombola lá no Espírito Santo muito grande estivemos lá fazendo um Outubro Rosa né em Conceição e São Mateus agora em outubro Mas tem uma coisa que eu acho que a gente precisa trazer pro debate que é o financiamento Existe financiamento para eh as populações quilombolas principalmente na atenção primária Mas a gente nunca consegue fazer que isso vire política pública lá na ponta cai
no Fundo Municipal e o dinheiro é utilizado e às vezes né em São Mateus mesmo e Conceição não tem um carro exclusivo E adivinha qual o primeiro carro que é cancelado para uma atendimento às vezes ah hoje tá tendo um um ponto de atenção lá no Angelim Ah mas Surgiu uma demanda de um carro para Vitória adivinha qual o carro que vai ser cancelado é o que vai fazer ponto de atenção nas nas comunidades quilombola e nós temos recursos desde sempre pras comunidades quilombola então assim a gente precisa de discutir que o recurso precisa ir
mas precisa de ter um comprometimento do município para aplicar a gente fomenta enquanto estado mas a gente sabe das dificuldades quando não tá inscrito não adianta transferir pro fundo a fundo e não ficar né não ter uma responsabilidade do município de garantir que aquil que aquilo vire vire política pública Então minha fala isso para dar parabéns para todos que falaram aqui mas mas também falar para você isso pra gente né a gente tá com novo cofinanciamento da atenção primária né ainda não saiu ainda Até onde eu sei nenhuma né como que vai ser essa esse
financiamento para as populações quilombolas antes no previne estava com população ponderada né e agora a gente precisa de uma marcação mas eu acho que precisa também e lógico a gente Quanto estado e quanto sociedade também cobrar que isso V política pública Então acho que a gente a gente precisa a partir daí tem um recurso que já existe da saúde bucal por exemplo que também cai no Fundo Municipal e às vezes não vira saúde para aquela população Muito obrigado Ângela Boa tarde obrigada eu sou diretora da atenção primária do Estado de Santa Catarina queria fazer uma
pergunta talvez eu não tenho entendido mas a minha dúvida é quem fica na ponta do sistema né vocês colocaram que tem um ponto de apoio no município que passa as informações queria que se pudesse explicar um pouquinho mais como isso acontece e queria fazer um desafio pro Márcio eu acho que ela elas colocaram aqui várias vezes que eu acho que a gente tem que se comprometer fiquei bem preocupada com a fala dela porque assim a gente como Secretaria Estadual a gente não consegue saber dentro do prestador se se as pessoas estão sendo eh negligenciadas né
Principalmente na questão da mamografia né é um é um lugar que mesmo n juntando isso com a questão da Segurança do Paciente fiquei pensando como nós eu e eu e a Santa Catarina em paranal pensando como é que a gente vai saber disso né porque tem ouvidoria mas se ela não chega pra gente eh é uma é um um uma informação que a gente não consegue e como a gente botou lá no planifica Ah vou fazer desafio pra equipe Vamos ver se eles topam né porque eu a gente A equipe que a gente tá trabalhando
na mortalidade materna a gente colocou como indicador de processo a olhar todos os óbitos maternos na região do meioeste tem tem comunidade quilombola e tem população negra Então eu acho que a gente pode estratificar esse indicador para tentar olhar essas duas populações e aí esse é o meu compromisso que eu deixo por aqui obrigada Nossa sim Obrigada Angela Eita eu faladeira né Olá minha gente boa tarde ou você quer um primeiro bloco é é mais assim né trazer alguns elementos dizer primeiro né que foi brilhante Muito bom ouvir todo mundo muito potente fazer um destaque
assim pra fala do pessoal eh da beneficiência e do proad que que que trouxeram né que a gente tá na área técnica do ministério trabalha muito juntinho aí mencionou a escala de coelho savass eu sou egressa da residência de saúde do Campo sou enfermeira de família e comunidade e sanitarista e eu só consegui olhar pro meu território a partir da escala de coelho e savass aí queria só fazer um destaque assim em amostramento É lógico que a residência de saúde do campo ela teve a capacidade de adaptar a a a escala de coelho savass pro
território quilombola Então eu acho que é é um é um lugar bom de beber também me deixo aqui já vou col colocar até Mateus no destaque também para que a gente possa pensar junto como é que a gente aprimora isso pros nossos territórios territórios do nosso povo saudar a Brilhante necessária fundamental fala né da companheira da conac Selma e provocar aqui eu acho que algumas coisas que eu acho que é necessário eu tô achando ruim tá de costa deixa eu ficar aqui de lado só um pouquinho mas de de de provocar aqui eu tô entendendo
que a que tiveram experiências exitosas do Sistema Único de Saúde que dialogam com certeza diretamente com o que a gente produz ali no território enquanto atenção primária o o telepin tá aqui no meio disso tudo tentando fazer com que a gente consiga no âmbito do território manejar o que seria do âmbito da atenção especializada mas eu acho que tem um desafio que talvez esteja sido colocado como um grande desafio de pensar Esse seminário né Nós enquanto trabalhadores e trabalhadoras do Ministério da saú que estivemos nesse processo assim de construção que eu acho que é pensar
Selma como que a gente pega a medicina o saber ancestral do nosso povo quilombola e nós trabalhadores que dominamos uma técnica biomédica como é que isso tá a favor do povo brasileiro eu acho que a grande provocação dessa mesa É nesse sentido como que a técnica Como que o Saber biomédico e todas essas especialidades que nós temos elas acumulam com o saber do nosso povo eu acho que é esse o talvez a provocação dessa mesa de trazer experiências exitosas e traz a fala de Selma extremamente necessária dizer assim como produzir saúde em territórios que são
violados como produzir cuidado como produzir cuidado intercultural no âmbito do Sistema Único de Saúde se a gente não olha pro saber do nosso povo se a gente não considera era o saber e a riqueza do nosso povo e assim não colocar isso num tom de romântico de que ai que bonitinhos eles são tão sábios Não minha gente é resistência é história mais de 500 anos de luta Então existe uma bagagem que a gente não pode considerar porque a gente tá sendo legal ou porque porque isso precisa est entranhado a Manuel go fez uma fala aqui
hoje de manã que foi brilhante para mim foi a frase do evento assim Manu falou assim é importante que a política de saúde da população negra seja uma a gente olhe pra política e entenda ela enquanto uma política transversal mas o Sistema Único de Saúde se tá todo mundo em 2024 discutindo que não há saúde e com racismo não é possível por que é que a gente não consegue construir a oferta do nosso cuidado partindo da premissa antirracista partindo da premissa de reconhecer que a academia é Também o lugar que tem pseudociências que negam os
saberes ancestrais do povo brasileiro então eu tô entendendo que a gente tem a capacidade de pensar aqui a roda no Sistema Único de Saúde a estratégia de saúde da família produz encontros de saúde de cuidado por que que no território em São Paulo na periferia a gente tem o desafio de integrar esse saber dessa mulher não conseguir nem ser acolhida né então eu tô entendendo que minimamente aqui a gente tem uma série de provocações para que nós enquanto gestores trabalhadores e trabalhadoras da Saúde tenhamos condição de pensar o cuidado do povo brasileiro para o povo
brasileiro com o povo brasileiro bom tô entendendo que é isso muito obrigada uma fe tem duas pessoas inscritas E aí eu acho que a gente vai para ela a i on responder a pergunta né Tá então surgiu mais quatro você quer responder essa e fazer mais uma rodada em S agora só teve uma pergunta que foi pra Ione o resto foi comentário Então se vocês forem Breves a gente dá pros quatro né para todo mundo boa tarde boa tarde a todos todas e todes eu sou Zelma madeira sou secretária da Igualdade racial do Estado do
Ceará e quero parabenizar esse encontro né porque nós estamos aqui eu tenho aqui a galera que minhas meus amigos e amigas que fazemos a política a gestão da política de igualdade racial nos estados e que para nós é muito importante essa interlocução Então hoje e euv todo dia mas euv cada experiência de pessoas chegar aqui disse aí a gente pensava que tava dando certo que a gente tava tendo uma política mesmo inclusiva né mas aí aqui diretamente eu venho dizer da importância do aprendizado e mais diretamente paraa fala que eu acho que levou a gente
para um um lugar que nós precisamos que é a Selma aí como a representante né quilombola eu acho que ela mexeu no que é fundamental que a gente precisa é entender que essa sociedade é racializada racializada a todo mundo não é aqui nesse ambiente todos são racializado e nós temos um grupo que é racializado para ter benefícios privilégios enquanto outros é para ser desvantagem então de desvantagem é aquele racializado de forma subalterna né é aquele que sua ativa será se ela tá mentindo será se ela tá falando a verdade é deste lugar é deste povo
que são os povos originários população negra povos e comunidades tradicionais aqui falando da questão racial aqueles que reivindica uma raiz étnica como os quilombolas mas também povo de terreiro mas também ciganos então a gente precisa dessa eu me ressentia então no Ceará o que é que a gente tem feito eu acho que a gente precisa ainda afinar mais esse aonde tem as secretarias os órgãos de p de de política de igualdade racial a gente viu que Maranhão tem desde 2007 nós temos também a Bahia com a ceprom que já tem mais de 17 anos que
tem a secretaria Então essas secretarias elas ficam muito isoladas porque a nosso tema a pauta é transversal mas é também própria mas é que a gente fica na mão de algumas secretarias se for sensível ou não para poder fazer uma saúde voltada para os grupos racializados de uma forma subalterna então a gente precisa entender que também o a a fala que nos antecedeu da preocupação disse olha mas a gente tem transporte mas o primeiro que é cortado então a gente precisa de uma política para funcionar que o gestor maior Se comprometa ele tem que ter
um compromisso com essa saúde e que nós não vamos ter paz nós não vamos ter modelo de desenvolvimento desculpa porque a gente fica empolgada e principalmente porque este seminário ele tem um diferencial vocês fazem uma reunião técnica mas vocês chamaram os gestores da Igualdade racial e nós fazer tempo que estamos querendo esperar por vocês para conversar com vocês que a gente não pode fazer a transversalidade para inglês ver nós temos que definir metas com orçamento Então o que a gente vai fazer então desculpa aí tem que dar mais tempo aí pros gestores falar [Aplausos] Ai
eu tô com vergonha Olha só eu sou uma mulher branca cabelos louros estou com vestido branco e preto com fios Dourados e um blazer Branco 1,68 m eh me chamo Fernanda eu sou a única representante do instituto instituto nacional de câncer aqui nesse evento e a razão disso é porque desde o início do ano eu venho tentando implementar uma política de cotas na formação da pós--graduação lá senso nas residências nos cursos felos e nos cursos técnicos do inca e aí uma das que me antecedeu essa moça aqui de branco ela disse que na academia nega
saberes ancestrais e nega mesmo porque eu venho da academia eu sou graduada em Direito sou advogada sou mestre em direitos humanos e Doutor em direito à saúde e eu entendo isso de uma forma bem profunda e a minha pergunta é como vocês aqui desse evento maravilhoso aplausos eh imensos como vocês podem me ajudar a de fato implementar e difundir esse projeto porque a gente lá no Inca tá sem recursos financeiros sequer para fazer uma aula inaugural sobre isso eu já tentei e projetos de financiamento vem um ano tentando e a gente não consegue nem chamar
palestrante nem [Aplausos] falar tem mais uma pessoa ali aquela de vermelho ali tá boa tarde boa tarde a todos Eh quero primeiramente parabenizar aí a organização do seminário muito bacana e eu quero Me direcionar a maa é maa maa maan tá bom a você eh pra frente aqui aonde aqui legal assim ó eu venho de um município do interior do meioeste Santa Catarina eh tem 10 9000 e 9600 9800 habitantes eh é o município que ele é de origem em Cabocla eh tem vários pessoas de Quilombo não tem Quilombo lá mas tem numa cidade vizinha
e lá tem vários moradores que se transferiram para esse Quilombo numa cidade vizinha e tem uma outra preocupação minha preocupação que vem acontecendo de uns 2 anos 3 anos para cá eu acho por aí que a gente recebe muitos maranhenses por conta que o nosso município ele é de uma de uma ele é de uma mão deobra de produção safrista Ou seja a economia ela tá voltada para madeireiras e plantios de maçã alho cebola enfim que isso acaba demandando uma mão deobra grande e que nos últimos tempos tá vindo muitas pessoas do Maranhão Então hoje
na nossa cidade 10% mais ou menos da população já é maranhense e a gente precisa entender a cultura o jeito como é essas pessoas para nós poder tratá-las porque eu tô eu tô sentindo que elas estão uma sociedade à parte elas não estão inserida na sociedade pela diferença de cultura e por tudo mais eu vejo jovens de 14 15 anos grávidas que é um problema sério eu vejo adultos com problema sério psicológico talvez pela distância da da terra natal dos paredes sei lá então é é uma preocupação minha e depois eu preciso da sua ajuda
pra gente fazer um intercâmbio entender esse povo pra gente melhor ajudar eu estou hoje lá como secretário de saúde eh temos boas equipes mas eu acho que a gente tá devendo muito ainda pro teu povo e é isso que eu queria comentar e depois posteriormente se você puder me ajudar a dar alguma dica a ver como que a gente pode fazer essas tratativa Eu acho que a gente vai melhor conduzir Talvez uma política pública mais alinhada com esse pessoal e cuidar mesmo de deles lá inserir eles da sociedade que eu tô vendo que eles estão
meio fora isso aí obrigado obrigada vamos para a nossa última inscrita e eu só quero acalmar os corações e dizer que amanhã a gente vai ter trabalho de grupo onde todo mundo vai poder falar à vontade Depois tem plenária então hoje é só o começo é uma esquenta né né Lu boa tarde a todos e a todes eu sou Iracema de Jesus Amorim Sou de São Luís do Maranhão né sou uma mulher preta estou de Brea vermelho os cabelos um tanto para rocho né para lilás e é uma satisfação estar aqui e parabenizar o encontro
eh desde de manhã né com essas fal e nós estamos aqui para também reafirmar os nossos compromissos né companheira maan companheira da conac né que nos representam aqui neste momento e os nossos companheiros também do Maranhão né Dr William nosso grande parceiro eu estou na Secretaria Estadual de igualdade racial do Maranhão é onde eu faço é que faço a interlocução da transversalidade saúde e igualdade racial no Maranhão e temos um grande orgulho né de poder contribuir de criar uma política específica que é esta aqui que é a política estadual de saúde integral da população negra
comunidades tradicionais de matriz africana e quilombola do Maranhão eu acho que a única país que tem essa denominação e que foi feita em um amplo processo de escuta altamente popular em todos os territórios quilombolas e ouvindo todos os tipos de população negra quilombola matriz africana né do estado e é através desta política que nós temos trabalhado dialogado inerentemente Dr William sabe Ma também sabe todos os dias nós estamos dentro da Secretaria de Saúde provocando para que esta política ela seja comprida de fato e de direito para quem precisa né Nós temos uma das maiores população
que Lomb ola do estado mais de 80% dos 217 municípios nós temos 102 municípios com população altamente declarado no IBGE temos mais 10 municíp altamente populosos que se autodeclaram como população negra quilombola do Estado do Maranhão e esta população Ela merece ser atendida de fato como deve né temos avançado Mas precisamos avançar mais temos a consciência o desafio São muitos muitos né Dr Will mas a gente precisa que o ministério também nos convide mais como Secretaria de igualdade racial do Estado do Maranhão que às vezes convido a secretaria de saúde e aí não nos convida
né e a gente precisa também colocar também as nossas experiências exitosas que a gente tem enquanto Secretaria Estadual de igualdade racial do Estado do Maranhão né Para para que a gente eh também a aprenda e reaprenda a dizer e a afirmar nada para nós sem nós né Cada passo que os nossos ancestrais deram que são meus precisam ser afirmados com estas políticas tá então muito obrigada estamos aqui à disposição para qualquer dúvida reforçar nós estamos criando criamos agora estamos criando outra política construindo que a política a escuta de povos povos de matriz africana outra escuta
importantíssima para a o estado brasileiro e o estado do Maranhão obrigada gente Obrigada Iracema a gente vai teve algumas perguntas mas nós vamos dar a partir ali do Elias e pedindo que cada um responda as perguntas foram poucas né mas que faça suas considerações finais e respondo o que foi perguntado rapidamente por conta do horário Podia começar lá pelo pelo Elias depois você responde a pergunta e a gente vai seguir em relação que a colega perguntou sobre o ponto focal no município no dei né a gente tem sempre um coordenador local via de regra é
a enfermeira responsável pela saúde da mulher é com quem a gente melhor faz interlocução Então ela é nomeada pelo secretário a gente solicita isso para ficar oficializado e o município assina um termo de adesão ao projeto porque senão fica tudo de conversa e na próxima na próxima ninguém encontra mais nenum secretário e e assim tá funcionando bem a mesma coisa nos distritos sanitário indígena também e obrigado a todos o Pedro já respondeu e assim só acrescentando que a plataforma fica no celular no tablet online aonde o o profissional quiser ele entra em contato com a
gente né então assim é fácil não tem uma hora a hora que ele puder ele coloca para na plataforma e a gente responde tá bom e obrigado Mais uma vez por poder est participando aqui do evento é o Maranhão na verdade Brasília também já tem muito maranhense E aí talvez ter peixe frito arroz de cuxá seja o primeiro passo para poder acolher bem os maranhenses que estão aí né indo [Aplausos] estado Mas a gente pode sim dialogar eu acredito que eh as questões sociais elas marcam e não só o estado do Maranhão e essa busca
realmente pela oportunidade de trabalho né se faz para Rio São Paulo enfim para todos os outros estados mas o povo Maranhense é um povo fácil de lidar são pessoas tranquilas né A gente só precisa realmente entender a particularidade que é exatamente isso que nós estamos discutindo que é Equidade né a gente não precisa tratar né os iguais de forma desigual Então eu acho que aí a gente já parte desse princípio E aí realmente né olhar de forma igualitária para todos né A gente só vai ter regiões que vão ter particularidades diferentes mas as pessoas elas
são iguais né em sua essência mas eu tô aqui à disposição sento Sim a gente conversa e a gente vem trocar essa figurinha em relação ao povo do Maranhão obrigada bom agradecer mais uma vez por fazer parte desse momento agradecer a cada um a cada uma de vocês que ficaram aqui para poder fazer esse processo de escuta que ele é muito importante e a gente segue juntas juntos juntes nas mais variadas trincheiras porque não vai eu só quero deixar registrado aqui uma coisa que o SUS ele é muito muito muito importante pro povo brasileiro ele
deveria receber inclusive o patrimônio de uma das das oitavas maravilhas do mundo porque E aí eu rapidamente Maria José eu sou casada com uma pessoa que é do cegal e se você quiser falar quiser comprar briga com o pessoal você fale que o SUS é bonito que eles defendem o SUS com unhas e dentes porque esse tipo o que a gente oferece no Brasil a gente não encontra em outros países em exemplo do Senegal Então é só dizer que esse espaço ele é importante o SUS é importante mas a gente precisa cada cada vez mais
humanizá-lo e trazê-lo mais para mais para perto da população que são os verdadeiros e detentores desse desse patrimônio brasileiro que é o Sistema Único de Saúde mais uma vez muito obrigada maé pela condução E obrigada a ao Dr luí muito obrigada pessoal a gente segue juntos então eh primeiro Ângela né Luís Eduardo tava comentando aqui para Assim vocês estão começando a entender né Lu Eduardo a provocação era essa né então Eh convite aceito e eh acho que você enquant representante de Santa Catarina mas acho que esse espaço que tem representantes da planificação e representantes da
câmara técnica que perpassam pelo processo de planificação acho que fica esse convite para que a gente possa olhar isso junto nos diferentes estados né Eu acho que esse é um ponto importante né não só para a comunidade kilamba Mas como que a gente olha a questão raça cor dentro né dos indicadores que a gente precisa analisar como que a gente ouve essas pessoas né Eu acho que isso vem sendo colocado o tempo inteiro porque sem ouvi-las não dá para construir saúde pública para elas e a gente vem aprendendo muito isso na região Amazônica como um
todo e como que a gente tem esse olhar olhar para né os outros os outros povos que a gente também precisa eh ter um olhar mais inclusivo de Fato né então convite mais do que aceito Renata tá ali já anotando e sabe que ela já tá com essa tarefa de casa mas quem sabe a gente começa por Santa Catarina né então é isso e agradecer também parabenizar né Eh o ministério em nome do luí Eduardo conis e a conasems e e todos acho que essa pauta é fundamental eh nunca é tarde né pra gente começar
então estamos juntos Eu também gostaria de agradecer eh pra gente é muito importante que a gente esteja aqui n eu percebi que eu não fiz meu autodescrição então vou fazer agora para poder ficar registrado Eu sou uma mulher negra hoje eu tô vestindo uma blusa branca e uma cça preta uma sandália tô de tranças né que representa minha cultura e acho importante a gente sempre ten essa política né de poder nos nos autc e queria dizer também que muitas vezes a gente discute dentro da roda em que lugar que a gente tá que papel que
a gente ocupa enquanto uma coletiva né a gente não é uma ONG a gente não é uma empresa Nós somos mulheres negras que nos reunimos para poder atender uma lacuna então eh a gente tá dizendo justamente sobre Equidade e sobre um atendimento especializado a esse público a essas mulheres que muitas vezes são negligenciadas e a gente tá vendo aqui né de diversas formas então um dos nossos objetivos é que em algum momento a gente possa ampliar esse trabalho que a gente possa assim virar política pública e que o o pensamento que a gente tem a
metodologia que a gente tem possa ser espalhada para outros lugares né porque a gente entende o quanto é importante e por isso que a gente também faz a pesquisa né Eh ouvir essas mulheres entender de que forma elas precisam ser cuidadas né observadas e terem seus direitos garantidos muito obrigada vou só ser bem breve né que Laila já trouxe aí a importância de estarmos aqui nesse espaço então é muito agradecer por estarmos aqui a psicologia participando das discussões que envolvem saúde pública né Isso não é comum para nós não é comum então hoje é um
dia muito importante para nós porque a psicologia desde que acho que quando eu fiz lá atrás ela tem um lugar muito elitizado então conseguir fazer essas discussões fazer eh fazer algo que numa discussão que eu estava até com Selma num outro evento que participamos dizendo que a gente tá faz fazendo uma reparação Histórica de algo que não é uma dívida Nossa aqui né a dívida não é Nossa mas a gente tá reparando então para nós é muito importante esse dia de verdade então por isso talvez até a fala meio desconcertada a gente escolhendo as palavras
e tudo mais porque a gente deseja estar muito mais em espaço para fazer discussões que atenda o nosso povo então eu agradeço pela escuta até aqui primeiro eu gostaria de agradecer a Lu Eduardo né Muito obrigada luí é importante sempre a troca de experiência e uma fala eh alguma colega trouxe eu não lembro agora foi da plateia mas uma frase que me fez revisitar algumas questões e aí revisitar enquanto profissional de saúde e para que possamos finalizar esse encontro no dia de hoje pensando o seguinte alguém Alguém falou sobre observe-se aquele cuidado Qual é o
que você gostaria que fosse para você e nós precisamos refletir a cada caso que chega a cada gestor a cada situação aquele aquilo que eu ignoro e não boto prioridade na minha pasta vamos começar a refletir às vezes é tão bom quando Às vezes a gente tem a oportunidade de refletir sem sentir dor é quando você vive aquilo E aí nessa fala me fez revisitar eu sou mulher mãe três filhos e sou vó eu sou avó e eu desde eu Tinho 30 anos de profissão eu entrei na profissão e eu iniciei pela Obstetrícia pela área
materna infantil e até hoje eu continuo dela nela e um dos motivos que me fez lutar e buscar mesmo na dificuldade mesmo sozinha para fazer a diferença é porque eu fui uma mulher adolescente que precisei do suz e sofri violência obstétrica eu senti na pele O que é isso dói hoje eu entendo porque eu tive que passar por essa dor para que eu possa olhar para as outras vidas sabendo que dor é essa então se nós não conseguimos pelo menos nos ou refletir sobre não queiram viver porque é péssimo a dor mas nos ajuda a
crescer mas se nós não não conseguimos sequer como eu gostaria de ser tratada Essa é a melhor pergunta quando você não sabe para que lado vai se a gente não consegue mesmo assim pensar ou agir em prol do outro em melhorar ação nós precisamos pensar realmente é na área da saúde que deveremos estar só isso muito obrigada obrigada Eu acho Agora posso dizer né luí que a gente teve uma belíssima tarde muito enriquecedora faltou responder uma pergunta a de Fernanda mas eu vou comentar viu Fernanda e dizer PR Iracema e pra secretária do Ceará que
Vou sugerir né aqui ao pessoal que é referência da planificação a câmara técnica de atenção primária de atenção que cuida da planificação que convidem essas esse segmento pro grupo condutor na hora que for discutir as questões operacionais que convidem porque a gente tá vendo que né que é preciso para poder a gente se integrar melhor com relação a Fernanda antes da Fernanda a Selma falou aqui do SUS né do Companheiro marido dela que é do e tal e aí eu fiquei aqui pensando uma coisa aqui vou pedir licença aqui ao luí para falar esse ano
a gente tá fazendo 30 anos de saúde da família isso é para reflexão Saúde da Família começou em 94 em 91 começou o Pax né e o Pax foi bem sucedido e rapidamente precisou de uma evolução e foi saúde da família de de lá para cá e vocês vão entender eu t falando isso a gente teve seis presidentes alguns foram duas vezes outros à metade outros um outros uma gestão toda mas foram seis Teoricamente deveriam ser seis ministros porque o prasil vive uma praga da descontinuidade das coisas até que meio responde ali a pergunta da
Fernanda 23 ministros em seis presidentes não preciso dizer que cada vez que muda muda tudo né Às vezes até quem varre o chão Vamos agora para secretarias estaduais nem dá para contar centenas nós temos um estado aí que na gestão passada mudou nove vezes nove em 4 anos aí vamos pros municípios aí é que não dá para contar mesmo 300 por mês é a média de que troca isso significa tanto pro saúde da família que o saúde da família é um dos é um patrimônio do povo brasileiro né pegando a sua fala do SUS e
não se deve a governo nenhum se deve a todo mundo que tá nessa sala aos outros que não estão nessa sala que aguerri trabalham lutam ampliam com todas as dificuldades que se tem mas tá aí o saludo da família que a gente começou em 94 com 55 equipes em 15 municípios brasileiros os meus dados Ana Paula são um pouco diferentes do da saps porque eu vivi eu tava lá em 94 e eu tive no meu estado uma equipe piloto por isso que eu sei que foram 55 equipes em 15 municípios hoje a gente tá em
mais de 60.000 é como ela diz a gente não pode não se orgulhar disso foi um crescimento assim extraordinário que se não fosse isso alguém acho que foi O Elias não tinha nem nem enfermeiro muito menos médicos nesse brasilzão todo e hoje a gente tem em tudo que é lugar não na quantidade que precisa mas tem então nós temos que cada vez mais defender esse patrimônio que a gente tem agora tem que reconhecer as fragilidades Para poder melhorar e eu vou destacar duas uma é educação permanente que é responsabilidade de todos porque dessas 60.000 equipes
se a gente for pegar por exemplo o médico no país tem 10.000 médicos de família comunidade no país todo nem todos estão no SUS no SUS não tem nem 6.000 lá na Saúde da Família significa que os outros todos formaram agora se aposentaram mas ainda querem trabalhar e na atenção primária temos 1500 condições do dia a dia para fazer como que é milagre é até milagre tem chip que se bota nas pessoas Então se não tiver um processo de educação permanente de verdade a gente vai demorar mais ainda para ter qualidade resolutividade porque aí eu
vou voltar paraa Fernanda porque se a gente não tiver vocês lembram que de manhã cedo passou aqui um vídeo de de rede de atenção saúde e regionalização quando vocês chegaram tava passando o vídeo ali nós somos fragmentados e as nossas políticas são todas fragmentadas a gente tem saúde da mulher da criança do Adolescente jovem quilombola que não vai que não tem ainda mas vai ter eh águas e florestas eu dá um rol assim imenso né de coisas fragmentadas que a gente inventa aqui e escreve Não tô dizendo que não tem que ter tem que ter
porque a especificidade Alguém precisa aprofundar Alguém precisa tudo que Elas disseram aqui Alguém precisa aprofundar agora para implantar para acontecer lá na ponta eu sou eu sou atenção primária né aí agora eu vou atender o quilombola agora eu vou vou atender não é assim que funciona se a nossa cabeça não for uma cabeça em rede aonde eu que sou a profissional vou atender a pessoa que é indígena que é quilombola que é criança que tá preso Seja lá o que for eu tenho que olhar eu tenho que ter sensibilidade para atender a pessoa levando em
conta o que foi dito aqui então Fernanda essa é a nossa grande esse é o nosso grande desafio de todos nós da gente implantar tudo isso em rede entendendo que o fragmento precisa para a especificidade do conhecimento mas na hora que eu tô ali na equipe atendendo atenção primária tem que entender disso tudo mas não dá conta só mas tem que est integrada com a especializada da forma como foi falado aqui o Márcio falou no tele vocês também falaram de estratificar o risco com a segurança porque não dá para fazer isso de qualquer jeito E
aí eu combinei a al com o luí Eduardo por isso que eu me levantei aqui que isso que a Fernanda falou é Pergunta amanhã dos trabalhos de grupo como é lembra da pergunta dela que eu até vou pedir para ela repetir como é que a gente pode implantar isso tudo todo mundo sabe que o sistema é absolutamente subfinanciado todo dia tem corte não é verdade que tem dinheiro para tudo não é não tem Se você pegar uma equipe de saúde da família veja quanto custa veja quanto recebe seja do Federal do Estadual do municipal e
milagre só Jesus Cristo a gente faz um por dia Porque apesar de tudo temos aqui exemplos brilhantes do que do que é feito no dia a dia mas antes de eu dar boa noite eu acho que a Fernanda podia repetir a pergunta dela pode ser não tem que ter o microfone porque ninguém tá te escutando vai levar aí agora agora eu subir no palco de só beber uma Maguinha de que forma vocês nós né me incluindo também mas eu não estou conseguindo mas principalmente as gestoras gestores de saúde de igualdade racial podem nos ajudar a
implementar e de fato eh difundir políticas de cotas étnico-raciais na formação da pós--graduação lato senso dos cursos de residências de todas as áreas de saúde que nós temos lá no Inca eh felos que é a pós residência e cursos técnicos todos esses cursos não são obrigatórios cotas na lei inclusive depois da reforma só pós-graduação estrito senso e a graduação e os cursos técnicos os demais não são obrigatórios mas são necessários porque se você tem eh perpetua desigualdade eh racismo estrutural no atendimento do paciente se você não tem formação eh índios negros várias etnias até pcds
também se formando na área da saúde não vai ter não adianta que não vai conseguir um atendimento igualitário Essa é minha bandeira Então gostaria de ajuda para isso obrigada Fernanda e a outra coisa que eu falei né eu falei educação permanente e a segunda é a carga horária como que eu vou ter uma atenção primária de qualidade com o profissional indo um dia por semana chegando 2 horas saindo três trabalhando em dois dois municípios ao mesmo tempo como que eu vou como é É Milagre como é que faz isso então são essas duas coisas que
eu acho que todos nós devemos levantar Bandeira Ministério conais conasem de moralizar a carga horária das Não tô dizendo que é todo mundo mas é uma grande parte enfim obrigada a todos que tiveram a paciência de ficar até o final e até amanhã às Ah o nosso Mestre de Cerimônia vai às 8:30 muito bem Obrigada boa noite é Lembrando que nós temos um aviso aqui da comissão organizadora tá para quem não assinou a lista de presença por favor assine a lista de presença para que possamos dar prosseguimento com as prestações de contas deste seminário e
também as pessoas que tem as passagens emitidas pelo Ministério por favor passem também lá no guichê na recepção com os comprovantes de embarque ou os prints dos checkins teremos agora ainda o resumo do dia então permaneçam no nosso auditório convidamos a professora D Marli Cruz então solicitamos que permaneçam no no auditório pois teremos agora um resumo do dia com o assessor para Equidade racial luí Eduardo Batista e a professora D mar Cruzes somente então que A Equipe técnica permaneça aqui no auditório para acompanhar o resumo do dia esse resumo do dia o enfrentamento ao racismo
nas redes de atenção à saúde será coordenado Pelo assessor para Equidade racial luí Eduardo Batista e também pela professora D marl Cruz ela é Doutora em saúde pública pela Escola Nacional de saúde pública Sérgio pós-doutor em em Ciências da Saúde pelo Instituto de higiene e Medicina Tropical da Universidade nova de Lisboa eu vou passar a palavra e a condução dos trabalhos ao Senhor Luís Eduardo Batista desejando a todas a todos e a todes um ótimo trabalho pra Equipe técnica e teremos um ótimo evento amanhã também Oi só vocês receberam uma um um material um folder
com os resultados da da pesquisa que a gente fez Cadê mar Cadê aho Já mandaram a gente embora né você a gente pode até retomar isso na plenária final mas vocês receberam no um dos folders que tá no material de vocês é o resultado de um inquérito que nós fizemos e que a gente queria conversar um pouquinho com vocês sobre sobre o inquérito Às vez mandou todo mundo embora todo mundo foi embora mas a gente é ela mandou embora todo mundo aprendeu a Zezé Zezé tem essa capacidade Mas então não tô brincando não ela mas
a gente pode começar a fazer essa discussão marl vai embora né não né amanhã você fica né Melhor né só um pouco é porque eu acho legal contar para pelo menos PR as pessoas que estão aqui um pouco do resultado do inquérito marl não sim não gente boa tarde de depois a gente conta de novo bom Boa tarde eh eu acabei de chegar mas a gente se preparou porque havia um risco de eu não chegar a tempo então eu pedi pra Ana Paula para ela poder preparar essa apresentação pra gente então eu vou chamar a
Ana Paula que vai fazer a apresentação e eu vou est aqui super à disposição para responder o que vocês quiserem a respeito se for necessário tá bem Ana Paula Dora [Aplausos] Boa tarde a todos boa noite quer dizer né Eu sou Ana Paula sou Doutora em saúde pública eh sou pesquisadora do eixo dois do Ted que é o eixo de monitoramento e avaliação e a gente tem trabalhado eh no inquérito e até gostaria de iniciar minha fala agradecendo aos municípios e aos Estados que participaram do inquérito esse Inquérito é muito importante para que a gente
consiga acompanhar a política e o nosso desejo é que todos respondam que ainda tem tempo de responder tá pode passar fico de pé e onde eu fao obrigada bom eh a nossa equipe é do Inquérito é uma equipe eh composta por várias parcerias o Dr Luiz Eduardo Batista a professora dout marl Marques da Cruz a professora Márcia Pereira Alves eu Ana Paula Braga Taí riguet que tá aqui a Sara Passos também que está aqui e também parcerias da UFRJ do Ministério da Saúde e o conais e conaz enhos bom o objetivo do inquérito ele é
realizar um diagnóstico situacional do nível de implementação da política e ele se justifica eh pela possibilidade de subsidiar a produção de informações e Evidências sobre a implementação da política no país atualmente nós temos o tadic munic que traz questões importantes relativas a à política porém o inquérito teve um objetivo de eh abarcar outros pontos eh que eu vou detalhar mais à frente e a realidade do inquérito É permitir que as decisões sejam tomadas com base em dados que reflitam a realidade o trabalho no planejamento ele precisa ser orientado aos dados eh isso é de conhecimento
de todos aqui eh porém por vezes nós temos dificuldade disso principalmente no que se refere a estratificação por raça cor Então esse esforço da da de analisar a política e entender como isso funciona é um esforço extremamente válido para que a gente direcione nossas políticas baseada em dados baseadas em baseadas em evidências então o inquérito diferente do stad Munique ele apresenta cinco eixos que é o eixo sociodemográfico que se refere à característica do do respondente o eixo das diretrizes da da política o eixo da implementação da política o organizacional e por fim o eixo de
formação e informação qualificação e disseminação então a proposta do inquérito construído conjuntamente Foi de trazer detalh um detalhamento maior de como está essa implementação da política ah e também além eh desse nesses eixos né nós nós tivemos Campos fechados e também Campos abertos para que fosse possível contemplar alguma alguma operação do gestor que fosse eh eh necessária que fosse importante e que trouxe também resultados muito importantes pra gente no desenvolvimento desse inquérito que serão eh a a apontados mais à frente então quem respondeu o inquérito nos estados e municípios é é importante também sinalizar que
foram dois formulários né que foi o formulário dos Municípios e o formulário dos Estados eh e quem respondeu foram os secretários estaduais barra municipais de saúde coordenador de área técnica Onde está inserida A política o responsável Técnico pelo programa estadual ou Municipal dependendo do inquérito que foi respondido de saúde da população negra Profissionais de Saúde que desenvolvem ações voltadas eh para a saúde da população negra coordenador do comitê técnico de saúde da população negra e caso eh o respondente não se enquadrasse nenhuma dessas alternativas ele poderia lhe dizer eu me enquadro em outros e ali
eh incluir qual era o a a o seu cargo Qual é a sua função e também B eh nós trouxemos aqui até eh com uma preocupação que nós temos da divulgação eh dos resultados do inquérito que estão em análise eh os resultados preliminares eh e nós nos concentramos na caracterização sociodemográfica e na análise qualitativa onde foi feito o uso também de inteligência artificial para analisar eh essas informações então eh a representatividade do do inquérito ela se mostrou com alto grau de confiança de 9 99% então Eh os resultados que nós vamos trazer aqui eles eh
eh São fidedignos e nos apoiarão a entender como está a implementação da política eh a taxa de resposta para os estados foi excelente 97% apenas um estado não respondeu até o momento mas ainda dá tempo eh e os municípios a o o registro foi de uma boa qualidade eh por ter sido de 46% então 46% dos Municípios responderam ao inquérito até o dia 30 de 31 de eh outubro deste ano e a taxa de conclusão foi muito boa e o que significa a taxa de conclusão a taxa de conclusão eh começo a registrar ali o
o o formulário e eh eu consigo chegar até o final desse formulário eh alguns eh alguns Alguns inqu eh formulários estavam eh com uma completude eh inadequada mas a maioria 75% tem essa completude eh muito boa O que traz uma vida dignidade para o inquérito eh então aqui está a representação espacial na primeira nós temos a taxa de adesão dos municípios que foi de 46% eh nós optamos por representar de acordo com eh os estados para iar nesses estados a proporção de municípios que que registraram e também no formulário dos estados que é possível ver
que tá praticamente todo mundo azul só apenas um que não está até o momento eh uma das primeiras informações eh da da informação referente à identificação dos respondentes né o cargo que essas pessoas ocupam eh inicialmente nos municípios nós observamos um determinado do padrão O que foi a maioria 38,27 por eh registrou o campo outro O que que significa isso que essa esses profissionais não se enquadravam nem como secretários municipais nem como coordenador de área técnica ou as a as as opções que foram eh eh disponibilizadas nos Estados o padrão foi similar Mas diferente dos
Municípios o a categoria que seguiu a outro foi o coordenador da área técnica enquanto nos municípios foi o secretário de saúde no que se refere a caracterização de acordo com a autodeclaração do respondente nós observamos uma diferença eh para os municípios a maioria eh se autodeclarou como brancas 41,60 enquanto nos municípios foi a eh a a raça cor parda eh então variou isso nisso de acordo com a unidade de análise que nós eh observamos a frequência relativa dos respondentes por gênero nos municípios e estados a maioria eh se autod declarou como mulher Sis eh então
Eh maior parte da dessas pessoas que conduzem as políticas são mulheres mais de 65% tanto nos municípios quanto nos estados a área de formação a maioria da área da saúde mais de 70% nos municípios e mais de 60 um pouquinho mais de 60% nos estados e no que se refere à escolaridade a maioria indicou que tem a especialização eh também tem ensino superior completo então isso variou de acordo com os municípios e estados eh e também é importante até apontar que quando a gente tem uma um do ignorado a gente teve o que é aceitável
estatisticamente Então o que garante a confiabilidade do nosso inquérito eh a frequência relativa dos respondentes de acordo com vínculo a maioria nos municípios e estados são estatutários ou comissionados eh nesse também tem os seletista mas também tem sem vínculo permanente mas o que mais eh se destacou os que mais se destacaram foram os estatutários e os comissionados e eh para os campos abertos foram Foi realizada uma análise de sentimento para entender ali o que que eh no nesse Campo aberto gestores desejaram expressar E como foi feito isso né esses dados Eles foram analisados a partir
das frequências absolutas relativas e também a extração foi feita pela Inteligência Artificial eh de forma a ter uma classificação eh semis supervisionada que é o uso da linguagem para identificar ali padrões e aí ocorrer essa categorização aqui que que que está apresentada a acurácia ela foi uma acurácia alta de 92% o que garante uma fid dignidade do modelo e o que se observou na análise desses dados dos Campos abertos dos dados qualitativos que houve uma indiferença na resposta por por algumas em algumas alguns desses instrumentos que também foram pontuadas ações existentes e dificuldades também da
implementação da política que eh os gestores sinalizaram no seu dia a dia de de de trabalho também houve a identificação de um desconhecimento por vezes da forma da implementação então Esses foram os resultados da preliminares Nós temos muitos resultados ainda pela frente para apresentar eh no que se refere ao inquérito E na verdade a a gente no momento ela a gente tem essas respostas mas tem alguns municípios alguns estados que tiveram essa informação que não foi completa e a gente precisa desse dado mais completo possível para que a gente consiga dar uma devolutiva da implementação
da política e também apoiar no trabalho dos gestores eh para que entendam como essa implementação se encontra e possam desenvolver também estratégias para melhorar essa esse cenário então Eh quem para quem respondeu eh eles são são estados e municípios que são elegíveis para o selo de boas práticas eh esse selo ele Visa valorizar as boas práticas de gestão pública dos estados e municípios na implementação da política e os requisitos para a participação nesse selo foram ter respondido ao inquérito dentro do prazo que foi dia 31 de outubro ter nos planos de gestão e planejamento ações
para a saúde da população negra que são os planos que se encontram lá no digi suus em que todos os gestores fazem esse registro anualmente para dizer como é que foi o planejamento então é um uma fonte muito importante é um documento de planejamento de gestão que é imprescindível eh também eh para fazer esse ranqueamento desses estados e municípios além de serem utilizados esses termos de de de planejamento também será utilizado o índice de Nacional de maturidade em saúde digital que eh é disponibilizado pro cedig e também eh nós eh já iniciamos o cálculo do
indicador de vulnerabilidade social que é o indicador que contempla informações provenientes da da pinard contínua que é divulgada anualmente está disponível no pnud E aonde é possível estratificar eh as condições de vulnerabilidade do dos Municípios dos estados e estratificado por raça cor então pra gente é importante também entender como nesses municípios nesses estados a situação de saúde se encontra considerando as desigualdades raciais Então esse ranking até para ficar um pouquinho mais eh explicado esse ranking ele não vai contemplar apenas por exemplo a proporção de de municípios daquele estado que preencheram mas também vai contemplar outros
pontos para que haja uma paridade eh nessa análise eh quem respondeu parcialmente eh estão sendo enviados e-mails com os links eh desses instrumentos tá eh aonde é possível reiniciar esse esse registro considerando já as respostas que foram que foram disponibilizadas anteriormente eh e nesses e-mails são consideradas as indicações né para os Estados os municípios desses links eh com reforço para concluir as respostas do inquérito vou reforçar aqui que é muito importante que tenha maior completude possível para que a gente Entenda como está essa implementação e também é importante sinalizar que o inquérito não tem nenhum
tipo de eh eh finalidade punitiva mas sim de entendimento do da organização para que a gente apoie nessa nesse planejamento e quem ainda não respondeu a gente faz aqui um convite para que participem eh o formulário ele consta disponível até o momento para os estados e para os municípios e eh essa esse registro vou ser repetitivo até aqui eh que ele além de contribuir para a implementação da política existe um painel de monitoramento no observatório que com esses resultados irá apoiar o gestor eh nessa condução Então não é só eh um atender a um preenchimento
não é isso o que nós pretendemos construir aqui é uma forma de monitoramento da implementação da política para que seja possível o próprio gestor se visualizar porque por vezes é um pouco difícil a gente se visualizar quando tem diversas questões que a gente precisa resolver no dia a dia e ter ali um painel ter ali uma forma de acompanhamento apoia na condução do nosso trabalho eh e o que diz isso né das contribuições para os estados e municípios o acesso às informações sobre o nível da implementação para subsidiar o seu planejamento em saúde as experiências
compartilhadas por meio da divulgação das lições aprendidas oportunizarão recomendações para qualificar e melhorar a implementação da política e o diagnóstico situacional realizado também apoiará o desenvolvimento de um plano de monitoramento das ações inerentes à política eh fundamental para a melhoria dos resultados em saúde da população brasileira tá então eh monitorar é muito importante para que a gente possa revisitar as nossas práticas e conseguir atender a saúde da população negra também tem o inquérito que pode ser acessado tem os links eh que já foram disponibilizados até pelo fac e até aqui hoje mais cedo estava lá
no painel o inquérito então eh qualquer dúvida também vocês podem acionar a equipe mandar e-mail eh está divulgado já foi amplamente divulgado então ainda há tempo de registro Esse aqui foi O folder que vocês receberam hoje com com os resultados do do inquérito eh então Eh vejam esse folder para entenderem também como é que foi esse processo do inquérito e como ele ainda pode ajudar agradeço a presença de todos aqui também agradeço a equipe do Ted tá esse trabalho não foi construído sozinho tem a Sara marl Luiz Eduardo Cadê thí thí a Márcia também que
ficou montando apresentação ajudando a gente então a gente tem um trabalho de equipe que a gente quer que reverbere para vocês também apoiando no trabalho de vocês como gestores [Aplausos] Obrigada ai muito obrigada Ana pela apresentação né só falar que nós somos muito entusiasmados com esse trabalho que dá muito trabalho mas a gente tem visto assim resultados né Muito interessante que a gente vai ter que trabalhar muito sabe Luís sobretudo as expressões de racismo que apareceram no inquérito né como que a gente nas nas questões abertas a gente tem visto isso aparecer eh eu queria
só mesmo é dizer que nós temos aí uma expectativa de no início do ano que vem tá fazendo a apresentação dos resultados do inquérito eh a Ana mencionou ali o plano de monitoramento então paralelo a isso nós estamos construindo uma oficina que é de monitoramento e avaliação que vai ensinar melhor aos estados e municípios a construírem um plano de monitoramento da política Então a gente vai trabalhar em paralelo da mesma forma que nós vamos estar divulgando os resultados do inquérito nós vamos buscar não definimos ainda qual o arranjo que nós vamos estabelecer para isso mas
muito parecido com que a gente construiu agora pro Conselho Nacional de saúde eh que foi um curso que levava para a construção de um plano de monitoramento eh e avaliação que ajuda aos municípios não só a planejar mas também a monitorar a partir do seu planejamento acho que isso é uma ferramenta fundamental para todos e todas gestores e gestoras né então eu só queria só deixar isso aqui anunciado que é o que a gente tem como perspectiva daqui para frente a partir dos resultados né Eh deste inquérito e agradecer muito ao apoio de todos e
todas né particularmente aí a assessoria mas também né ao pessoal do dgip ao pessoal do depros ao pessoal da saps enfim todo mundo que tem ajudado caminhado aí de mãos dadas não foi mole pra gente chegar né até os municípios que nós chegamos a todos os estados mas nós chegamos a esse quantitativo que pra gente é um quantitativo bastante expressivo né mas assim com muitos e meilos e meos e Meios né pedindo pelo amor de Deus paraas pessoas não deixarem de responder mas não é a resposta pela resposta é isso que a Ana falou é
a importância de uma resposta qualificada para de fato orientar o que a gente precisa orientar em termos de melhoria dessa política legal bom eh eu tinha aqui uma fala de 1 hora me0 ainda então mas é melhor né a eu acho que a gente pode transferir a gente tá próximo a dois shoppings aqui né do lado tem um e atrás tem outro acho que a gente pode continuar isso no no passeando num dos shoppings tomando um café né Eh gente obrigado pelo dia de hoje intenso longo eh eu acho que a gente podia Ah eu
eh essa a parte dessa apresentação tá nos três dispositivos aqui não é isso Ana Paula tão presente aí no os três dispositivos eh Para para que a gente possa olhar com carinho com calma essa apresentação a gente colocou ali no nos nos três painéis e a gente vai ter que conversar como é que a gente faz eu conversar com as minhas chefes ali taires Cadê taires é tá tá ali o time para ver como é que a gente se organiza para apresentar como um todo novamente amanhã porque a gente tá com os gestores de de
promoção da Igualdade racial gestores estaduais aqui é é é vale a pena a gente voltar a apresentar e conversar com todos todas elas né sobre esses dados e o que é que a gente tá fazendo então acho que é isso vamos lá vamos para casa então obrigado gente uma boa noite i