Fala, pessoal. Tudo bem? Este é o Atualizaí!
, seu canal de política internacional descomplicada. Elevação da temperatura média global, derretimento das geleiras, aumento do nível do mar e intensificação de fenômenos climáticos extremos. O que tudo isso tem em comum?
No vídeo de hoje, falaremos sobre a mudança do clima e o que os países têm feito para tentar conter o aquecimento global e se adaptar às suas consequências. Inscreva-se no canal para não perder nada, e vamos lá! Desde a Revolução Industrial, que começou no Reino Unido, no século XVIII, as emissões de dióxido de carbono e de outros gases na atmosfera têm contribuído para a elevação da temperatura média na Terra.
Como se trata de um problema compartilhado por todo o mundo, nas últimas décadas a mudança do clima passou a ser tratada no âmbito de foros internacionais como a Organização das Nações Unidas. Em 1988, foi criado o IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, com o propósito de estudar a ciência relativa à mudança do clima e propor estratégias para responder a ela. Os relatórios do IPCC reconhecem a influência humana no sistema climático e afirmam que os riscos de impactos irreversíveis são cada vez maiores.
Mas nem tudo está perdido. Existem caminhos para limitar a mudança do clima e garantir um futuro sustentável para as futuras gerações, e com base nessa ideia foram elaborados importantes tratados e compromissos internacionais. Em 1992, foi concluída a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Esse tratado reúne quase 200 países de todo o mundo com o objetivo de evitar tanto o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera quanto a interferência humana perigosa no sistema climático global. Um dos princípios básicos dessa convenção é o das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Todos os países devem combater e enfrentar a mudança do clima, mas os países desenvolvidos, que se industrializaram há mais tempo, têm maior participação histórica nas emissões de gases, então é justo que arquem com a maior parte dessa conta.
E a conta começou a ser cobrada com o Protocolo de Quioto, assinado em 1997, que estabeleceu metas que os países desenvolvidos, a União Europeia e as antigas repúblicas soviéticas deveriam atingir em termos de redução ou limitação das emissões de gases de efeito estufa. Mas esses esforços não foram suficientes, e foi aí que tiveram início as negociações para um novo compromisso internacional mais abrangente, que envolvesse todos os países no enfrentamento à mudança do clima. A Conferência das Partes, também chamada de COP, é uma reunião anual em que as partes da Convenção-Quadro discutem medidas voltadas ao enfrentamento da mudança do clima.
Durante a COP 21, realizada em 2015, na França, foram concluídas as negociações do Acordo de Paris. Nos termos desse acordo, que já conta com mais de 190 participantes, todos devem adotar medidas para limitar o aquecimento global. Para isso, cada parte precisa apresentar sua Contribuição Nacionalmente Determinada, que é um conjunto de medidas que ela se compromete a tomar para reduzir as emissões de gases, adaptar-se aos impactos negativos da mudança do clima e fortalecer sua resiliência.
Assim, somando os esforços de todos, pretende-se limitar o aumento da temperatura média global. O Acordo de Paris previu diretrizes e compromissos gerais para os países, mas faltava definir como eles seriam implementados na prática em áreas como mitigação das emissões de gases, adaptação climática, elaboração e acompanhamento das contribuições, entre outras. Para definir tudo isso, foi aprovado na COP 24, em 2018, o chamado Livro de Regras do Acordo de Paris.
É como um manual de instruções sobre como o acordo deve funcionar. Mas alguns pontos ficaram pendentes nas negociações, como a questão da transparência no cumprimento dos compromissos, o reforço do financiamento para os países em desenvolvimento e a cooperação internacional. Esses pontos pendentes foram finalmente acordados na COP 26, em 2021.
Um dos resultados importantes dessa reunião foi um acordo para operacionalizar os mercados de carbono, que permitem que um país que reduzir suas emissões de gases de efeito estufa possa vender créditos de emissão para outro país. Mas a implementação do Acordo de Paris está só no início, e suas partes já reconheceram que será necessário aumentar a ambição nos próximos anos. Será que os governos de todo o mundo seguirão reforçando seu compromisso com o enfrentamento à mudança do clima?
E mais que isso, como nós podemos fazer a nossa parte e contribuir para esse esforço global? Escreva o que você acha disso nos comentários. E claro, não se esqueça de curtir o vídeo, para a gente produzir mais conteúdos como esse.
Confira nossas sugestões de leituras sobre esse assunto na descrição do vídeo e até o próximo!