[Música] sabe uma que eu já consegui estudar na época que eu trabalhava no exército na área de comunicação social mas também na área de operação psicológica a gente fez um seminário de comunicação lá e nós convidamos o professor José Miguel winick Professor José Miguel winick era eu não sei se ele já se aposentou mas ele é um professor de Literatura da USP da acho que da ECA da escola de comunicação e Ares né ou talvez da da Letras eu não me lembro mas ele era um professor de de Literatura e ele as palestras dele muito
legais mas ele também era formado no Conservatório de Música e um pianista que já gravou Com caetano velos com a galera top então ele fazia seminários assim em que ele explicava a teoria por trás da música explicava a letra da música A partir da literatura e depois tocava ao vivo era legal para caramba Então por causa disso eu Convenci o pessoal do exército a convidá-lo para dar aula sobre a maneira como você pode influenciar usando a música E Ele pegou alguns slogans e e jingles políticos e analisou pra gente aquele por exemplo do Lula Lula
lá sei e ele foi mostrando como é que essa melodia é altamente persuasiva altamente empolgante por causa do Ritmo e da Melodia ele deu uma aula incrível cara então é um tipo de mensagem subliminar é porque é uma música que tá te cativando que gruda que tá te trazendo só que ele eu não vou conseguir reproduzir isso agora Apesar de eu ter estudado em Conservatório de Música também mas não me recordo o detalhe do que ele explicou da harmonia da melodia e do Ritmo mas ele tava ele explicou como é que aquele conteúdo Ali era
altamente cativante persuasivo tipo assim uma obra de arte do jingle político eu não lembro quem compôs aquele jingle mas o cara tirou nota 10 porque ficou perfeito né total que a gente L O problema é que hoje cara com inteligência artificial você já compõe também né é você bota ali faça um Dingle maior persuasivo do mundo e tal então você vê já que a gente falou nisso existe todo um universo das mensagens subliminares a partir da estrutura da música A gente pode falar se você quiser a gente pega mais uma pergunta e depois eu entro
nesse assunto para dar uma moral pra galera né que tá ouvindo tá que que você acha vamos ouvir mais umas perguntas vamos vamos tem aqui a tem uma aqui você tava falando sem ligar o microfone é isso Car é eu percebi eu liguei rápido entendeu uma mensagem sobr nariz também né É pode ser que seja tem uma mensagem da do Julian Souza ele fala assim Daniel pode dizer sobre o mescalito meu pai ouvia músicas e dizia ver um Anjo um tal anjo mescalito Acho que vem do chamanismo cara essa aí Eu não manjo não perdão
essa aí eu fiquei por fora peço perdão capa não entendi tamb mescalito não sei se é uma banda uma uma composição erudita não sei o que que é tem outra aqui do WG que ele fala assim fala sobre a arte de 2024 da revista economist que anuncia o atentado do trump cara eu não me lembro qual é essa edição se você puder pesquisar para mim é vai atrás por fa se você botar na tela eu e deixa ele mastigar também um pouco fala mais devagar a pergunta assim o cara tá no meio da mastigada né
qual que é se botar na tela eu eu lembro que eu não tô me lembrando qual essa edição tem mais tem mais ele guarda mais uma a gente faz mais uma bateria de perguntas depois depois então aí esse essa parte é legal ã eh a gente tem a música A Gente Tem a música modal a gente tem a música tonal e a gente tem a música atonal essa evolução da música é sensacional o Como ela foi o tipo de mensagem subliminar que ela passa por quê quando a Igreja Católica se estabelece eles começaram a criar
uma um conceito de padronização através da música Por quê cada região da Europa ou do mundo conhecido usava um tipo de música na missa um tipo de ritmo um tipo de estrutura musical você tinha o rito visigótico que era os visigodos faziam na região da Espanha e Portugal você tinha um rito mais eh francês você tinha um rito italiano aí o Papa Gregório e o Gregório é um nome interessante porque Gregório vem de gregorin em grego que significa fica vigiar então ele que queria monitorar tudo e fazer tudo ficar igual ele teve a ideia de
criar um modelo musical que a gente conhece como canto gregoriano por causa dele como é que é o canto gregoriano ao contrário da música dos trovadores que era mais tinha mais Liberdade oo o canto gregoriano ele é uma música de estilo modal a música modal ela é o seguinte ela tem uma nota principal e todas as notas giram em torno dessa nota principal ou seja todo mundo Segue o mesmo lí então a música modal pela estrutura dela do canto gregoriano né eles falam Aleluia usa várias notas mas sempre cai naquela nota mestre principal né Aí
você tem os modos gregos lá lío Mix lío eó locre Então Significa o quê todo mundo Segue uma mesma nota e todo mundo canta em uníssono quando uma nota tá sendo cantada todo mundo tá cantando a mesma nota por isso que el chama de cantochão também tá todo mundo cantando Vamos mudar de nota todo mundo muda não tem e acorde né geralmente o Acorde é formado por uma Tríade né a primeira a terça e a quinta então o que que é o Acorde são notas diferentes que estão concordando entendi notas diferentes estão concordando significa opiniões
diferentes são permitidas mas para trabalhar junto eles não quiseram isso eles falam não vamos fazer música modal canto gregoriano todo mundo cantando igualzinho uní uníssono quando o líder tá cantando uma coisa todo mundo canta junto então Lock step né Como diz em inglês todo mundo junto né E aí a ideia da o conceito da igreja que é o conceito de sempre o mesmo sempre idem em latim vamos ficar sempre o mesmo e o professor José Miguel vni tem um livro sensacional sobre isso para quem quiser estudar chamado o som e o sentido que antigamente vinha
com cdzinho com os exemplos das músicas que ele citava que ele falava assim agora pô vamos estudar o canto polifônico dos pigmeus do Gabão você fala meu irmão parada ouvi falar tinha e é exatamente isso canto polifônico é canto polifônico dos pigme do Gabão aí tinha no cdzinho você Ah agora eu entendi que porque explicando é difícil Então nesse livro que parece um pouco com o conteúdo do livro Noise the political Economy of sound que é um livro de origem francesa mas eu dei o título da versão inglês esse livro vai explicar isso música como
mensagem sobrar música como controle da sociedade né música como engenharia social então o canto gregoriano ele além dele ser todo mundo cantando junto em volta da nota principal e sem acorde Ele também era uma música que não tinha início meio e fim ela não tinha assim couro e refrão ela não tinha tensão e relaxamento ela era sempre entendeu é tipo assim e dá para ficar cantando isso aqui a vida inteira a música não conclui por quê Porque a ideia era que a nossa presença na terra da igreja seja perene eterna aí o que que acontece
né acontece que o Papa Leon x falou que que soltaram um touro desgovernado no nosso jardim que é o Martim Lutero entrou tudo é entrou como é que é entrou um javali no meu jardim pô destruir o meu jardim todo Aí surge o Martinho Lutero com a reforma protestante a primeira coisa que ele faz quando ele se desliga da igreja ou quando ele é desligado porque ele não queria se desligar Originalmente ele foi excomungado então ele queria reformar por isso que é Reforma né mas ele acabou sendo expulso e tal né teve o a dieta
de vormis que foi fo uma reunião com o o imperador da época que era o Carlos v e declararam ele como hered falaram Vamos matar aí o Duque Frederico I da da da Prússia escondeu ele dentro do castelo e ele ficou lá dentro traduzindo a Bíblia para alemão né foi uma revolução cultural porque não tinha Bíblia no no alemão inclusive as regras gramaticais do Alemão hoje são baseadas nas escolhas que Martinho Lutero fez quando ele traduziu a Bíblia pro alemão isso é legal para caramba da importância cultural da reforma protestante Mas aí o que que
ele faz ele se desliga desse conceito do cantochão do canto gregoriano E cria o canto coral então uma música é a música gregoriana outra música é a música que vem com a reforma protestante que é a música por exemplo de yor sem bambar e o Sebastian ele já começa a fazer acordes ele já começa a usar o cravo né por isso tem um cravo bem temperado começa a fazer as fugas que vão explorando a a tonalidade então a música modal ela dá lugar no protestantismo a música tonal a música tonal é diferente da modal a
tonal é o seguinte tem um tom a música o tom da música é sol você pode tocar a nota que você quiser desde que ela esteja dentro da escala de sol maior entendeu então você tem vários acordes que você pode tocar e várias notas você pode tocar nas escalas uma escala cromática uma escala pentatônica E por aí vai ou seja nós admitimos opiniões diferentes a gente admite Tem liberdade de pensamento só que tem que tá dentro do mesmo geralzão que é o Tom então ali tem acorde o que que é acorde um acordo de vozes
diferentes entendi você tem a primeira a terça e a quinta que juntas criam um acorde que é um acordo então a mensagem subliminar que tá passando é aqui tem mais Liberdade aqui a gente admite opinião diferente você pode até falar que você não concorda com com essa doutrina mas poxa tem que acreditar em Deus não pode ser ateu que aí também é demais o ateísmo seria fugir do do acorde né ou do sistema das escalas Então quando você chega hoje na música geralmente é uma música tonal É nesse processo o o desenvolvimento disso Foi incrível
é sensacional Esse estudo né de Como surge a música tonal eh os cálculos matemáticos foram feitos para criar isso a Envolve você afinar os instrumentos de uma determinada forma e você colocar notas de uma determinada forma aí vai surgir o piano vai surgir os os instrumentos temperados né temperado não é com com molho de ketchup não temperado é que eles têm as traes né você vê o violão ele tem as trzin que separam as partes ali das notas né então o instrumento eles começaram a fazer os instrumentos temperados as escalas e falar meu irmão o
tom da música é sol Manda brasa aí é só seguir as escalas e a galera começou a tocar todo mundo junto notas diferentes mas dentro do mesmo Tom é tipo assim todo mundo na sua mas com alguma coisa em comum né que era slogan do free do cigarro free né não mais com alguma coisa em comum acho que era isso né aí tinha o free jaz festival que era legal PR caramba né então o que que acontece começa a chegar uma galera falando Poxa muito legal ter liberdade Mas vocês me obrigam a bater no limite
do Tom eu não posso sair do Tom eu não posso tocar uma escala atonal ou como a gente chama na música outside não dá não É admitido isso Inclusive a igreja criou até intervalos entre notas que eram proibid por serem até diabólicos Nossa que era o trítono Né que é o diábolos em música Por Quê que é um intervalo que de uma nota para outra soava estranho dava uma sensação ruim então eles proibiram isso o trítono E aí a primeira música que o black saa faz que é black saba o nome da música é todo
em cima do trítono né Sai de propósito para dar uma zoada né então e tinha coisa até proibida o cara ia pra inquisição se ele toc compusesse um negócio com trítono né o trítono era chamado de Diabo na música E aí o que que acontece os protestantes estão lá falando não aqui eles tem mais Liberdade só que de repente chega Unos cara e fala pô mas e se eu quiser ser ateu não dá pô eu quero ser ateu e aí aí que acontece a música começa se se fundir numa música atonal que aí não tem
mais Tom me irmão é bagunça Total você toca nota que tu quiser e tá tá valendo então não tem mais acordo não tem mais acordo não tem mais ou tem acordo mas os acordos os acordes não são não seguem uma regra desse Tom então o tanto o José Miguel winick quanto eu esqueci o nome do autor do livro Noise the political Economy of sound eles vão dizer que a música Ela sempre antecipa mudanças na sociedade primeiro surge o canto gregoriano depois vem essa tendência na igreja depois Primeiro surge a música tonal depois vem a reforma
protestante primeiro surge a música atonal depois vem a Revolução Francesa até não não não 100% atéia porque voltera acreditava em Deus mas anticlerical por exemplo anti antigo regime então a música A tonal o que que eles fazem enquanto na música tonal tem o tom de sol maior e você tem que tocar as nota dali a música tonal Ela fala meu irmão Você pode tocar as 12 notas por que 12 notas em vez de sete né porque você tem dor faol c e os sustenidos ou bem né então e aí surge por exemplo a música dodecafônica
que é o Arthur schember que cria né que você toca as 12 notas de forma que nenhum tem nenhuma das 12 notas que você tocou tenha autoridade sobre as outras é tudo no horizontal na mesma hierarquia E aí depois isso a gente tá falando início dos anos 1900 né finalzinho de 1800 ali aí vem o strav que ele já fazia um pouco isso já brincava com essa tonalidade Richard Wagner já brincava também algumas coisas do do Bet já era um pouco no limite da tonalidade Mas aí você vai vendo uma coisa que vai vai acontecer
por exemplo muitos anos depois quando os caras vão começar a falar olha vai vir uma doutrina anarquista falando que não deve ter hierarquia aí vão surgir o anarcocapitalista que aí vão brigar com os socialistas e tal e lá na frente hoje por exemplo eh isso se reflete até no meio digital por quê aí a gente falou um pouco sobre isso da em alguma conversa lembra quando tinha o o napster sim então o que que era o napster o napster era um local onde todo mundo botava arquivo lá e a galera ia lá e baixava ou
seja o napster é como se foset a o canto gregoriano que é o snaps porque o canto gregoriano tem uma nota que manda em tudo ou seja tem um Ponto Central um ponto de referência na verdade aí essa parte que você vai gostar Essa época do canto gregoriano é representada no espaço bidimensional da tela de um quadro na Renascença como ponto de fuga é mesmo porque toda é é quando quando você Você estuda todos todas as linhas convergem para um único ponto aquele ponto é o rei da parada e é o qu é um único
Deus coloca demonstrando que é profundidade para demonstrar ponto de fuga para pessoal entender n isso então Eh quando quando você faz esse estudo você percebe que essa esses avanços na música e na pintura eles antecipam mudanças na sociedade porque enquanto você vê ali a a própria Monalisa tem um ponto de fuga né Você tem o fundo que vai convergindo né atrás dela tem a estradinha e tal certo eh isso os caras começaram a fazer em Florença quando eles observavam as catedrais e os corredores eles começaram a perceber que pela fisiologia do olho o que tava
mais longe era menor o que tava mais perto é maior e eles eles visualizaram essa ideia do ponto de fuga né ó lá o ponto de fuga né é isso é uma representação da música tonal da música modal perdão porque tem um ponto e tudo tudo vai para aquilo entend ele é como se fosse um buraco negro que cha né chupa tudo aí o que que acontece alguns caras olham para isso e falam eu não quero mais seguir isso por exemplo tem algumas tem algumas obras do Rafael não vou me lembrar de cabeça que já
tem dois pontos de fuga diferentes tem um ponto de fuga embaixo outro em cima que que significa isso não é mais um único Papa uma única igreja agora tem duas Isso já é uma antecipação à reforma protestante Total entendeu Nas artes visuais ali tá dando para ver legal por causa dessa marca no chão claro né é então é aquele conceito de que tudo que tá perto é maior Tá longe é menor e se você for pro infinito vira um ponto né é a maneira como a fisiologia da nossa visão funciona então Eh assim como você
você teve ali o cisma do Ocidente que foi quando a igreja em 1453 a igreja de Roma brigou com a igreja oriental da Constantinopla viraram duas igrejas não tinha reforma protestante ainda é teve a crise dos Papas lá né a crise da das investiduras né como ele cham teve uma briga do Rei com o Papa né porque o rei o rei ele dava só com a nobreza e o Papa com a religião aí o Papa quis o Papa quis dar Pitaco na nobreza e o rei também quis dar Pitaco na religião e na verdade o
próprio o império romano restaurado no sacro Império Romano germânico ele já é isso porque você não tem só um imperador romano agora você tem o Imperador de Roma e o papa é por isso que é o sacro império romano e germânico é e Itália Roma e Alemanha Então são dois aí começa na pintura dois pon de f