Os pensamentos e as teorias de Thomas Hobbes - Aula com Renato Janine Ribeiro | Casa do Saber

a aula que você vai ver a seguir é parte de um curso da casa do Saber mais plataforma Educacional com mais de 1000 horas de conteúdos desenvolvidos pelos melhores professores do país quer conhecer então clique no link que tá abaixo do título desse vídeo assine agora e tem acesso a outras aulas desse curso e também a um mundo de conhecimento bom para falar de um de alguém como Thomas Robs Há muitas maneiras possíveis quer dizer eu poderia começar sei lá quer dizer poderia por exemplo seguir a a o roteiro da principal obra dele ou da

mais conhecida que é O Leviatã e poderia então começar falando da física depois falar da da da teoria que ele tem do homem e finalmente da política Ou seja eu poderia pegar a sequência que é a filosofia prima filosofia primeira que no século X7 já viram outros autores era o que hoje nós chamamos de de física ou de teoria do mundo teoria dos corpos H passaria depois a um dos tipos de Corpos que são os corpos humanos seria a psicologia e finalmente eu chegaria há um tipo de homem ou de ser humano vamos ser mais

corretos abrangentes falar ser humano um tipo de ser humano que é o ser humano em sociedade que é o ser humano político Body man and Citizen é o nome de uma coletânia das obras de hobbs que pega muito bem essa ideia do de Corpore do corpo de homni do homem e de Corpore político corpo político seria a sequência essa é uma possibilidade seria provavelmente muito chata essa aula então ah mas enfim espero que isso não seja tanto mas outra possibilidade é a gente começar perguntando que eu acho muito importante quando a gente está trabalhando um

autor o que que caracteriza em Robs efetivamente a diferença dele porque Robs é Robs quer dizer o que que faz esse autor ser ele peguemos por exemplo um um outro autor que é Kant Kant vive o que ele chama um sono dogmático até o momento que ele tem um um despertar crítico e a filosofia dele vai ser filosofia crítica peguemos o mais perto de Robs Padre Antônio Vieira teve o famoso estalo de Vieira que ele deixou de ser uma espécie de imbecil que repetia a coisa e tornou o gênio um dos maiores gênios da cultura

luso-brasileira no caso de HS é uma coisa também curiosa quer dizer Robs ah nasce em 1588 isso é um pouco complicado porque a Inglaterra seguia um calendário diferente do do continente então ele nasce em 5 de Abril de 1588 eh acontece que na Inglaterra o ano começava por alguma razão deles no dia 25 de Março então quando ele nasceu havia 10 dias apenas que na Inglaterra tinha começado o ano 1588 Quer dizer vocês tinham essa coisa engraçada dia 24 de março de 1587 e sucedido por 25 de março de 1588 um hábito inglês certamente e

Robs nasce 10 dias depois quando a Invencível armada está chegando perto da Costa inglesa para vingar a execução de Maria Stuart pela rainha Isabel Elizabeth Pânico todo mundo correndo a mãe dele tem um parto prematuro 90 80 anos depois ele escreverá minha mãe os gêmeos eu mesmo e o medo que é uma bela frase a gente pode voltar a ela depois eu mes eu mesmo e o medo quer dizer a ideia de que ele é gêmeo do medo o que isso significa a gente verá depois vamos deixar um pouco de suspense nesse ponto acontece que

este autor tem uma educação clássica conhece latim conhece grego quando ele tem 40 anos ele um dia vai à biblioteca de um Fidalgo e abre um livro Ah e vê um livro aberto são os elementos de geometria de eu obra clássica obra de 2000 anos de idade na época Ah ele abre o livro tá aberto no teorema de Pitágoras ele solta um palavrão by God que em inglês era um palavrão e diz Isto é impossível E aí mas há uma demonstração diz demonstra bom todo mundo estudou geometria mesmo que não lembre então sabe que existem

demonstrações que envolvem outros teoremas axiomas etc e ele vai lendo o livro de trazo paraa frente quer dizer a partir da demonstração do do teorema de Pitágoras ele vai vendo o que o fundamenta E como evoca teoremas que que remetem a outros anteriores Ele leu o livro de traz para frente e o biógrafo dele diz assim he fell in love with geometry assim ele se apaixonou pela geometria eu acho linda a ideia de um filósofo que desperta paraa filosofia para um enamoramento ele se apaixonou pela filosofia a partir daí ele é outro então até então

o que ele tinha feito ele tinha feito basicamente estudar Os Clássicos traduzir autores do grego Homero ele tinha traduzido a odisseia traduzir e textos escritos em inglês por exemplo Francis Bacon para o latim o inglês era uma língua que ninguém Lia se alguém queria ser conhecido no mundo em Que contava tinha que passar para o latim então ele fazia esse trabalho e de repente esse homem renega toda a cultura clássica que ele tinha e decide eu vou fazer ciência vou fazer uma ciência com base geométrica daí a filosofia prima daí a a física como todos

os filósofos importantes do século X Ele vai ter uma física física de hobs é um pouco curiosa dizem que ela é um tanto quanto equivocada porque uma das principais teses é da quadratura do Círculo ou seja traduzindo em em linguagem que a gente conhece melhor o número pi não seria um número irracional não não seria 3,14 15 e e contas que não chegam nunca a nada para Robs não ele acha que a conta ch chegar ao fim a gente pode também ver por depois para deixar uma outra questão em aberto mas apesar de ser uma

física que foi renegada que foi desconsiderada no seu tempo é um trabalho ao qual ele se dedica depois a psicologia dele é interessante agora o ponto que é o diferencial ponto que faz hobs ser hobs é a teoria política dele então acho que vamos concentrar aí depois a gente pode remeter aos outros pontos quer dizer quando eu perguntei o que faz HOB ser hobs o que fará cant ser Kant o que que o estalo vai produzir é uma filosofia política eu vou começar então não exatamente pela exposição das ideias dele mas basicamente pelo qual a

questão a qual ele tenta responder qual a grande questão essa grande questão a gente pode resumir no seguinte ponto é uma luta contra o clero o grande problema para Robs é a ameaça que o clero faz à política no seu tempo a Inglaterra em 163 tem uma troca de Dinastia morre a rainha Isabel ou elizabe primeira se vocês quiserem e com ela termina a dinastia Tudor e entra a dinastia Stuart foi caracterizada talvez por um nível de incapacidade governamental e política raras vezes alcançada na história Então os dois Jaimes os dois Carlos que reinaram durante

Cerca de 80 anos foram lamentáveis em todas as políticas deles conseguiram tornar juntar todo mundo Contra Eles Robes é partidário da realeza Robes considera que se você ah tenta de alguma forma enfrentar o poder você o desagrega e você produz um conflito social muito intenso agora e nessa época eh Há justamente uma indignação cada vez maior da sociedade inglesa com a realeza os parlamentos eh se voltam contra o rei O parlamento é uma instituição na época que não é permanente o rei convoca quando ele quer ou quando ele precisa de imposto Então os stu tentam

não convocar o Parlamento tentam evitar ao mínimo convocá-lo e Robs é partidário dos Reis e nesse ponto ele tem o lado deles ora a a novidade de hobs é que Em vez dele ler o conflito contra a realeza como um conflito burguês como hoje se lê burguesia contra aristocracia ou um conflito político Parlamento contra a monarquia Ele lê como um conflito basicamente do clero contra o que poderíamos chamar uma visão mais leiga do Poder o clero é o grande problema para Robs E isso não quer dizer que Robs d ah que Robs seja ateu como

ele foi chamado Isso quer dizer simplesmente o seguinte para Robs o grande problema é o efeito da linguagem o poder da linguagem a linguagem tem um poder danado a gente pode ver isso pegando uma questão que parece até secundária tá no capítulo quarto do Leviatã é quando ele discute os usos da linguagem Eu vou ser um pouquinho técnico nesse ponto ele diz a linguagem tem dois usos básicos dois usos O primeiro é como marca alguns traduzem como também falam em nota e o segundo é como signo o sentido da linguagem como marca é quando eu

uso uma determinada Ah um determinado signo bom aí já tá a misturando um determinado significante para representar uma memória minha para eu lembrar de algo então por exemplo eh vocês lembram talvez que havia um tempo que a gente dava um lacinho de barbante quando havia barbante no dedo para lembrar de uma coisa então isso daí era uma maneira de você marcar uma coisa para uso próprio é uma lembrança sua vocês estão anotando vários de vocês estão anotando essas marcas talvez não sejam entendidas por outra pessoa ou porque vocês usem taquigrafia ou porque anotem de um

jeito tal que só vocês recordem ou contextualizem isso esse é o sentido da linguagem como marca o uso da linguagem como marca signo para Robs é comunicação então eu posso também usar a linguagem para comunicar como eu estou fazendo agora então quando eu uso a linguagem para comunicar a vocês algo o uso é signo as mesmas palavras se vocês anotam literalmente ou se vocês resumem são para cada um de vocês marcas Então não é que uma palavra seja Mac outra seja signo são usos diferentes então ele começa com esses usos macro vamos dizer aí ele

fala bom mas há quatro usos especiais e ele vai detalhando os quatro usos especiais não vou falar dos quatro não porque o que interessa um outro ponto ao qual nós vamos chegar mas vou dar um exemplo por exemplo eu posso usar a as minhas algo para anotar eh uma ideia e uma ideia científica ISO seria um uso especial não uma ideia qualquer mas uma ideia vamos dizer mais rigorosa seria um uso especial e a cada um dos usos especiais ele faz corresponder um abuso especial então aqui ele não falou em abuso aqui ele falou em

quer dizer aqui ele só falou do lado positivo os usos aqui ele fala do uso e do seu negativo do seu reverso abuso então uma marca vamos dizer ah mal feita ah ou da qual me esqueço o que você quer dizer isso seria um abuso especial se eu também uso a linguagem para comunicar a outra pessoa ensinamentos isso é um uso especial que seria digamos Talvez o sentido da de uma aula aqui mas se eu usar isso para transmitir a vocês dados incorretos ou me atrapalhar demais ah isso se torna um abuso se eu digo

a vocês digo a alguém Qual a minha vontade em determinada coisa para podermos cooperar isso é um uso se eu eh minto quanto a minha vontade isso é um abuso acabei falando de três dos usos especiais e dos seus respectivos abusos vocês vem cada uso especial é exatamente o reverso do seu abuso ou vice-versa melhor dizer o abuso é o reverso do seu uso aí chegamos ao quarto uso especial aí que a coisa fica divertida o quarto uso especial é o seguinte é quando nós usamos as palavras ah inocentemente por para o prazer nosso e

de outros ou se quiserem para o deleite delight nosso ou de outros como ornamento ou brinquedo sem causar mal a ninguém eu fiquei espantado quando li da primeira vez esse uso especial porque ele é muito leve e ao mesmo tempo ele usa tanto pal usa tantas palavras para indicarem que esse uso é inocente que esse uso não vai causar mal a ninguém vocês vejam quando uso para deleite nosso de outros sem ferir ninguém como ornamento jogo etc é uma linguagem vamos dizer muito castrada uma linguagem muito enfraquecida essa que ele está apontando assim aí a

gente vai ao abuso especial é usar a linguagem como arma assim como alguns seres foram dotados com com garras ou dentes para atacar os outros também os seres humanos abusam da linguagem quando eles usam as palavras como armas contra os outros então o quarto abuso quarto uso e quarto abuso O que são de um lado você tem o jogo de outro lado você tem a arma vocês vem não é a coisa tão simples quanto dizer o que eu quero de vocês e dizer e mentir a vocês quanto que eu quero não é simplesmente colocar um

não na frente é algo mais eu acho que aí nós temos um uma espécie assim de segredo da filosofia heresi nós temos a Minha tese é que nesse ponto aqui nesse escondido quarto abuso especial com o qual ele encerra uma exposição sobre sobre os usos da linguagem Robes está dizendo no fundo Qual o grande perigo da linguagem tá dizendo a linguagem é extremamente perigosa porque a linguagem pode resultar nesse abuso Então o que nós temos que fazer nós temos que coibir isso se se a gente quiser resumir um pouco a história da Inglaterra eu diria

o quarto abuso especial é o que o Parlamento faz contra o rei segundo Robs o que que o Parlamento faz o Parlamento manipula a linguagem para fomentar A sedição então por exemplo eles eram diz ele do Parlamento presbiterianos Isto é cruéis e portanto eles procuravam contra toda vez que iam atacar o rei manipular as palavras de modo a voltar as pessoas para fora de su obediência à Realeza ou então ele fala dos pregadores que iam nos domingos as praças públicas ilegalmente fora dos púlpitos fora das igrejas onde eles poderiam ser autorizados a a pregar e

tentavam incutir com êxito muitas vezes o descontentamento contra as autoridades e junto aos jovens especialmente aos rapazes essa passagem eu acho muito engraçado mostrar aos rapazes que os primeiros movimentos do desejo pelos pelo qual eles apreciam a beleza da forma de o sexo oposto são algo pecaminoso e dessa maneira eles se tornavam controladores dos eh das consciências dos jovens quer dizer na medida em que os rapazes começavam a sentir culpa de terem desejo sexual eles se tornavam ah presa fácil de diretores de consciência de pregadores que depois diriam para eles a única coisa que vocêes

podem fazer é se voltarem contra o rei é claro se Alguém leu ou lembra dos três mosqueteiros é assim que eh que o personagem felton é levado a assassinar o Duque de Buckingham assim quer dizer eh todo o espírito puritano desse personagem É voltado contra a o inimigo da da Fé da religião de Deus etc então essa esse é o sentido da linguagem como arma como jogo é muito engraçado porque a ideia da da linguagem como jogo que Robs valoriza não é senão a para simplificar um pouco a ideia Barroca da linguagem a na Inglaterra

o Barroco se chama Ah simplificando um pouco poesia metafísica ess é a poesia de John dun de o de basicamente John D quer dizer que é um é uma poesia que tem um elemento muito forte de jogos de de palavras como entre nós Padre Antônio Vieira talvez vocês conheçam a aquele um sermão de Padre Vieira em que ele fala terrível palavra ou não porque eh ele se diz em latim n então não dá para você virando pelo avesso eh enfraquecê-lo como Moisés fez com com a cobra no Monte Sinai que ele pegou pela cauda e

assim conseguiu desarmá-la quer dizer então e há todo um jogo ou a palavra ó da qual ele começa a falar Nossa Senhora do Ó e o caráter Redondo do Ó e o o ó como vocativo e toda a beleza que ele pode então evocar em algo a partir da forma da palavra do som da palavra que é o lado que o Barroco valoriza tanto Especialmente nos países católicos uma vez que o Barroco é basicamente uma posição católica em Face das Artes da literatura etc pois bem a poesia metafísica vai ser uma poesia eh que vai

ter trocadilhos vai ter jogos de palavras é um poema belíssimo johnan que um ex-aluno meu Eugênio gardinali traduziu e na tradução fica assim amor não é amor se se parte se a outra parte o outro se for vocês vem o jogo pelo qual se se parte se a outra parte o outro se for você pega sentidos diferentes partir de parte como verbo partir parte como lugar como substantivo outra parte eh adjetivo outra como adjetiv outro como substantivo então todo esse jogo é algo que Robs valoriza então nós temos aqui nessa oposição entre duas funções dois

dois jeitos de ver a linguagem ah a própria guerra civil inglesa se vocês quiserem quer dizer o Barroco vai ser o ponto de vista dos favoráveis ao rei que são às vezes simpatizantes do catolicismo a linguagem como arma vai ser o ponto de vista dos vai ser segundo Robs a maneira como os presbiterianos atuam agora o que que isso daí no qual eu me detive um pouco nessa nesse capítulo quarto do Leviatã no sinaliza que a linguagem é uma arma terrível então a questão é controlar a linguagem quem pode controlar a linguagem melhor dizendo quem

pode controlar os signos quer dizer porque a marca tudo bem eu marco para meu uso próprio ela não circula as anotações que vocês estão tomando um livro que eu escreva eles podem ser Marcas para uso da da pessoa que usa notou mas no momento que alguém lê o seu livro isso vira signo você não tem controle é uma coisa todo o autor sabe a mesmo Professor sabe a gente fala uma coisa ou escreve e é entendido sabe se lá como né quer dizer aí entra muita outra coisa porque é signo porque o signo tem um

nível de precisão enfraquecido em relação à marca então o signo introduz esse elemento vamos dizer de confusão se vocês quiserem e por isso ele pode ser muito manipulado então a questão de hobs é como nós controlamos o clero como nós controlamos o clero que é o grande manipulador da linguagem o clero é quem mais controla isso então o poder tem que ser de alguma forma tem que controlar de alguma forma o clero se vocês olharem a capa do Leviatã eu deveria ter trazido Mas infelizmente não trouxe mas vocês poderão ver é o único livro da

história da filosofia que tem capa não tem nenhum outro livro Talvez o do cidadão também de Robs ten mas vocês não t n ao longo de todos os séculos da modernidade nenhum grande filósofo que o livro teve capa quer dizer ilustração Ou grosseiramente falando eu vou me atrever a uma coisa absurda que eu tentar desenhar vocês tem uma figura humana aqui suponhamos Leia assim veja assim uma figura humana nesse caso que tem um um uma coroa então seria um rei numa mão você terá uma espada na outra mão terá um báculo Então o que isso

significa que ele tem o poder temporal poder do gládio a espada o poder civil apesar de parecer militar mas quer dizer o poder não religioso e o poder religioso ele tem que ter os dois aqui e essa é a grande ideia da capa você tem uma infinidade de cabecinhas que são seres humanos o rei não é senão o soberano não é senão a a a a força que todo o povo unido depõe nele ele não tem nada fora isso é esse o grande ponto Então essa capa mostra muito bem a necessidade de se sintetizar o

poder espiritual e o poder temporal quer dizer o o poder da igreja não pode ser independente do Poder do rei ou do estado e por quê Porque se ele for independente nós chegamos ao estado de natureza que é a grande ideia uma das grandes ideias cesian o estado de natureza é a condição natural não é uma época que houve no passado que pode voltar é a natureza humana Todos nós somos feitos de tal Jeito Que Nós entramos em guerra com os outros se não houver um poder a nos controlar essa é uma ideia forte e

ao mesmo tempo chocante de Robs ele diz se nós olhamos dentro de nós notamos que não temos sociabilidade natural não temos amor natural aos outros aos nossos semelhantes ao contrário do que dizia Aristóteles e a companhia dos outros não nos causa prazer algum e sim um enorme desprazer se não houver um poder que nos controle vejam se não houver um poder que nos controla o que que esse poder que nos controla que Resumindo seria polícia faz ele faz que eu seja previsível ele faz que por exemplo a a chance que nós tenhamos que algum de

nós aqui tenha de um momento para outro de matar outro de agredir ou de fazer algo assim seja praticamente nula um amigo meu comentava quantas pessoas alguém que anda pela rua eh cruza por dia 1000 5.000 quantas dessas pessoas te agridem se você chegar a um nível em que três pessoas te agridam por dia sobre 5.000 que você encontrou isso que estatisticamente é quase nada é assustador quer dizer é apavorante você imaginar uma uma situação em que ao fim de um dia você tenha sido assaltada ou ou alvo de tentativa de assassinato três vezes mas

nós encontramos um número enorme de pessoas então a socialização é uma coisa fabulosa porque significa que não é nem três em 5.000 a chance de vamos diz de um ato de violência é muitíssimo menos agora o que basta TR em 5000 para deixar a gente apavorado então nós precisamos de um controle muito amplo e o que que garante Esse controle no tempo de Robs poderia dizer a polícia nós iríamos é uma socialização uma introjeção que foi ocorrendo dentro de cada um de nós do respeito ao outro do medo da Lei seja do que for mas

se não houver isso o contato com o outro se torna extremamente ruim e Robes ao dizer isso é é uma passagem que eu acho encantadora do capítulo 13 do leviatan ele fala bom mas provavelmente o meu leitor não vai concordar com isso e vai dizer oo contrário vai soltar o seu Aristóteles quer dizer não usa nesse Tero mas vai pegar essa ideia toda de que somos seres sociáveis por natureza então eu pergunto cada um olhe dentro de si mesmo e veja porque ele quando viaja procura ir armado ou evitar horas e horas tardias ou locais

ermos por quando ele eh porque ele tranca sua casa e porque dentro da sua própria casa ele tranca certas gavetas que juízo ele formula sobre seus compatriotas quando viaja armado ou toma cuidado em viajar sobre seus com citadinos digamos assim quando tranca a porta de casa e sobre seus próprios familiares e criados quando tranca uma gaveta e ele não está dizendo com seus atos ou mesmo que eu digo com minhas palavras eu gosto dessa expressão porque a expressão quer dizer eh uma uma das coisas que eu acho mais interessante na filosofia é você diz é

você tentar ver o que um ato diz você não confiar tanto no que as palavras dizem porque nossas palavras vão ser sempre essas coisas um pouco aristotélicas os seres são sociáveis por natureza um pouco Russo o homem é bom a sociedade o corrompe assim vamos dizer o nosso sistema automático de reação um pouco nessas duas linhas e Robs diz é nós temos que olhar os nossos atos e ver o que os atos dizem Qual o que tá sendo contado através da por exemplo do uso da chave quer dizer o um chaveiro vamos dizer é toda

a filosofia Riana fato de eu ter uma chave resume todo Leviatã se eu não não desconfiasse dos outros nós não teríamos chave uma vez eu vi uma pergunta no jornal inglês the gardian sobre qual o custo da desonestidade o custo social da desonestidade era espantoso porque eles começavam a dizer se não houvesse desonestidade você não precisava de catraca para entrar no metrô se não precisava de controle de metrô se não precisava Imagine o que não precisava como seria barato viver se não houvesse desonestidade ou receio de desonestidade então é um pouco isso que Rob está

dizendo quer dizer Chaves catracas ah Cartão zona azul tudo isso daí tudo isso sinaliza a nossa desconfiança sinaliza esse fato de que mesmo socializados nós precisamos desse esquema todo de controle etc bom daí Robs vai propor o o Estado Leviatã vamos dizer o termo Leviatã palavra Leviatã que é tão usada é um termo bíblico na Bíblia ele aparece no Livro de Jó como sendo monstro o monstro que governa os filhos do orgulho o ponto que Robs tira daí é especificamente a ideia do do monstro o que ele vai dizer o estado é um monstro o

estado governa noos pelo medo eh nós temos medo uns dos outros a condição de natureza é uma condição de medo recíproco medo generalizado eh quer dizer se não houver estado se não houver polícia é medo generalizado e a condição do estado é de governar incutindo o medo mas é um medo que não é mais generalizado eu tenho medo desta figura mas eu não tenho medo mais dos outros eu paro de ter medo dos outros porque eu sei que todos temos medo do Estado então essa introjeção do Medo do estado e a existência de uma instituição

que tem o monopólio da da violência legítima que tem o controle da polícia do exército da Justiça Isto é o que nos ah Pacifica é o que Pacifica a sociedade portanto consequência disso esse poder de estado não pode feito ao a ao arbítrio ao Capricho de nenhum súdito E aí vem A grande questão quer dizer então uma vez instituído o estado nenhum súdito tem controle sobre ele ficou com vontade de ver o curso completo as próximas aulas estão disponíveis na casa do Saber mais para você assistir onde quando e como quiser clique no link que

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