Luciano Subirá - OS DONS DO ESPÍRITO - PARTE 1 | FD#52

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
Seguimos falando a respeito do Espírito Santo, tanto sua pessoa como a sua obra. E nessa aula eu quero introduzir um assunto que terá continuidade, que diz respeito aos dons do Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreve em primeiro os Coríntios capítulo 12, e ele começa já com uma abordagem direta, dizendo o seguinte: "Irmãos, não quero que vocês estejam desinformados a respeito dos dons espirituais.
" Ou seja, havia uma preocupação do apóstolo de que a igreja pudesse ter entendimento a respeito dos dons, e entendo que a importância dos dons dada na época ela não deveria diminuir nem um pouco hoje e vamos apresentar algumas razões para que a gente consiga, de fato, perceber isso. Mas a primeira delas diz respeito ao que o apóstolo vai falar sobre a edificação do corpo. Por exemplo, no capítulo 14, o apóstolo Paulo segue falando a respeito dos dons, eu brinco que entre o capítulo 12 e o 14 nós temos um recheio, que é o 13, onde ele fala do caminho mais excelente, da importância do amor.
Mas no capítulo 14, o apóstolo vai falar da seguinte forma no finalzinho do verso cinco: "para que a igreja receba edificação. " Nós precisamos entender qual é o propósito dos dons. No versículo sete, de primeiro aos Coríntios 12, o apóstolo faz a seguinte afirmação: "A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.
" O proveito não diz respeito apenas ao indivíduo. Na verdade, o indivíduo que flui nos dons, ele deve ter como foco, como proveito dos dons, a edificação de outros, a edificação da Igreja ou daqueles que compõe a Igreja. Então é muito importante que a gente possa ter o devido olhar para isso.
E o apóstolo Paulo, ele começa já no verso um, falando sobre a importância não ser ignorante, desinformado, mas nos versos dois e três ele também traz informações importantes sobre os dons que eu quero seguir lendo. Eu quero, em primeiro lugar, apresentar aqui o que eu vou chamar de um panorama geral, para só depois desse panorama geral, a gente falar a respeito de quantos dons, são as suas categorias, a maneira como eles funcionam. Então, em relação ao panorama geral, além dessa ideia de não ignorar os dons e na próxima aula nós vamos trabalhar um pouco melhor, o que significa esse conceito de não ignorar os dons, não estar desinformado a respeito deles, agora eu quero enfatizar os versículos dois e três.
Ele diz: "Vocês sabem que, quando eram gentios, se deixavam conduzir aos ídolos mudos, conforme vocês eram guiados. Por isso, quero que entendam que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!
, senão pelo Espírito Santo. " O que é que o apóstolo está falando nesses versículos? Primeiro lugar, quando ele usa a expressão "quando vocês eram os gentios", isso precisa ser entendido de uma forma que não é literal.
Por quê? A igreja de Corinto, Corinto ficava na Grécia, já estava, em termos de divisão territorial, na Europa, todos os não judeus são considerados e classificados como gentios. Então, obviamente, eles eram gentios e seguiam sendo gentios.
Quando Paulo diz: "Quando vocês eram gentios", como se deixaram de ser, só existe uma única explicação para isso. Paulo está usando a maneira que era empregada pelos judeus de referir-se aos gentios como os pagãos, os povos sem Deus, aqueles que estavam vendidos à idolatria, e agora ele está falando da conversão. Então a expressão "quando eram gentios" não é literal, mas ela se refere ao período de antes da conversão.
Então ele diz, comportamento de antes da conversão: "vocês se deixavam conduzir aos ídolos mudos conforme vocês eram guiados. É interessante Paulo fazer esse comentário a respeito dos ídolos, chamando-os e classificando-os de "ídolos mudos". Por que fazer essa observação?
A Palavra de Deus no Salmo 115, a partir do verso quatro, diz assim: "Os ídolos das nações são prata e ouro, obra de mãos humanas. Têm boca e não falam; têm olhos e não veem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram; têm mãos e não apalpam; têm pés e não andam; som nenhum lhes sai da garganta. " Então a palavra Deus está falando sobre a inutilidade dos ídolos.
Olhos e não veem, boca e não falam, nariz e não cheiram, mãos e não apalpam. De todas essas características Paulo pega a primeira que é: têm boca e não falam e depois a última: som nenhum lhes sai da garganta. E quando ele se refere aos ídolos chamando-os de mudos, está dizendo: "Esses falsos deuses que não eram o único Deus vivo e verdadeiro, não falavam com vocês.
" E eu acredito que o que nós temos aqui é uma base que estabelece um contraste. Antes da conversão, os falsos deuses não falavam. E qual é o contraste?
É que agora essas pessoas de Corinto que haviam se convertido servem a um Deus que fala. E a pergunta é: Como Deus fala? Primeira e primariamente por meio da sua Palavra e também essa é a forma pela qual julgamos todas as outras, mas não podemos negar que Deus fala de forma personalizada.
O próprio Paulo, que está escrevendo isso depois da experiência que teve de Jesus lhe aparecer no caminho de Damasco, ele descobre que Jesus envia um discípulo chamado Ananias para trazer uma palavra muito específica não apenas orar por ele, para que ele voltasse a ver, fosse cheio do Espírito Santo, o próprio Senhor falou com Ananias numa visão, diz a respeito de Paulo, do seu ministério do futuro, que ele pregaria não a só judeus, mas também a gentios, seria testemunha diante reis, ou seja, Deus fala e fala de forma pessoal, fala de forma direta. É lógico que essas experiências sempre precisam estar em linha com a revelação da Palavra, porque se foi o mesmo Espírito Santo que inspirou a Escritura, que é também quem fala, não haverá desacordo. Aliás, essa é a ideia do verso três.
Quando Paulo diz: "por isso quero que entendam que ninguém que fala pelo Espírito de Deus", o que significa aqui "falar pelo Espírito de Deus"? Ele está abordando a questão dos dons. O conceito de profecia que em 1ª aos Coríntios 14.
1 é o dom que mais será incentivado é falar por outro. Paulo está falando que Deus fala por meio de outras pessoas. Ou seja, pelo Espírito de Deus essas pessoas usadas por Deus podem comunicar uma mensagem de Deus.
Então, quando o apóstolo vai abordar essa questão de falar pelo Espírito, ele vai abordar os extremos dos dois lados. Ele diz: "Ninguém que fala pelo Espírito vai dizer ou afirmar anátema Jesus. " A palavra "anátema", na melhor das hipóteses, significa algo abominável.
Na pior das hipóteses, diz maldito. Ou seja, o Espírito Santo jamais levaria alguém a falar contra Jesus, a falar contra a Escritura, a falar contra tudo aquilo que Ele já tem revelado. Em outras palavras, não jogaria contra o patrimônio, por assim dizer.
Então, há alguns parâmetros onde nós podemos buscar o acordo e o bom senso nas manifestações para poder avaliar se é o Espírito de Deus se movendo ou não. Ele diz: "Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus, se não pelo Espírito Santo. " Nenhuma fonte maligna de inspiração para qualquer pessoa vai promover o senhorio de Jesus Cristo.
É lógico que Paulo tá pegando só os extremos. "Olha, se alguém está enfatizando o senhorio, está sendo movido pelo Espírito Santo. Se está falando contra Jesus, não está.
" Mas com isso ele mostra algo que será detalhado no capítulo 14, que mesmo a palavra profética, diferente da Escritura, que aceitamos de forma inquestionável, a tratamos como infalível, quando falamos a respeito de profecia, não. Paulo diz: "Falem os profetas, dois ou três, os outros julguem. " Então é necessário o julgamento, porque não se trata de uma manifestação perfeita.
Como definiremos, há uma parceria entre Deus e o homem. O Espírito Santo inspira, o homem executa e por conta dessa participação, muitas vezes nós podemos até ter uma revelação correta e uma aplicação equivocada. Então, é importante entender que os dons do Espírito não devem ser tratados dessa forma, em pé de igualdade com a Palavra de Deus.
Inclusive, devem ser julgados por ela. Mas depois vamos explorar um pouco melhor isso. Nos versículos quatro a seis o apóstolo fala sobre a diversidade de dons.
Ele começa dizendo assim: "Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços", outras traduções dizem "ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.
" Aqui eu gostaria de trazer um esclarecimento, porque o foco principal de Paulo nos capítulos 12, 13 e 14 são as manifestações do Espírito Santo. E aqui ele vai apresentar o que eu chamo de uma interação da Trindade. Ele atribui a operação dos dons ao Espírito Santo, mas depois, quando ele diz "há diversidade de serviços ou ministérios, mas o Senhor é o mesmo", apesar de no Velho Testamento, a expressão "Senhor" ser usada sempre para Deus Pai, no Novo Testamento, ela é aplicada para falar do Senhor Jesus, e é Ele quem opera os dons ministeriais.
Efésios 4. 11 diz que Ele concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores, mestres. Então há uma divisão.
Quem é responsável pela operação dos dons no grego, a palavra "carisma", as manifestações é o Espírito Santo. Agora, quem é responsável pelos serviços, ministérios ou dons ministeriais? O Senhor Jesus.
Mas no verso seis ele também fala que há diversidade não só de dons e de ministérios, mas também de realizações. Algumas traduções optaram pela palavra "operações". Isso significa o quê?
Nós temos uma lista em primeiro aos Coríntios 12, de 8 a 10 de nove dons do Espírito Santo. Nós temos uma lista em Efésios 4. 11 de cinco dons ministeriais e o que são as operações ou realizações?
Tudo o que não entra nas duas primeiras listas para simplificar, a gente pode colocar aqui. Romanos 12 Paulo fala do que exorta. Ele fala do que contribui.
Existem alguns dons que não são as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo, nem estão classificados nesses dons da graça que chamamos de dons ministeriais mas Deus está trabalhando na igreja. E Pai, Filho e Espírito Santo interagem, como já falamos em aulas anteriores, para que toda igreja receba edificação. Com isso, é necessário reavaliar algumas listas, porque às vezes as pessoas misturam dons ministeriais, dons do Espírito Santo, realizações numa lista só e algumas coisas que eu nem sei se caberiam lá e fica um pouco confuso para as pessoas entenderem quando falamos sobre os dons.
Por exemplo, Paulo falando sobre essas nove manifestações do Espírito, ele nos compara a partir do versículo 12, de primeiro aos Coríntios 12 a um corpo. E ele diz que nesse corpo nós somos coletivamente o corpo de Cristo. Todos são parte do corpo, mas individualmente somos membros e os membros não têm funções similares.
É por isso que ele vai dizer: "A um é dada a palavra da sabedoria, a outra a palavra do conhecimento. " Nós temos funções diferentes, e ele usa o exemplo: olho, boca, mão, pé. Isso significa o quê?
Que cada um de nós, presume-se, deveria ter uma função de cooperação e edificação para com o corpo quando falamos dos dons. Ou seja, os dons do Espírito Santo não são apenas para alguns. Todo membro do corpo deveria carregar pelo menos uma dessas manifestações.
Então, a menos que você acredite que é uma verruga no corpo de Cristo, não dá nem para dizer que está aí de enfeite ou um apêndice, que se tirado não vai fazer muita falta, nós precisamos entender que todos deveríamos cooperar e buscar isso em Deus. Digo isso porque alguns têm às vezes, o hábito de terceirizar: "Não, eu já contribuo, Então eu não preciso das manifestações do Espírito Santo. " Eu acredito que devemos fluir em todas essas diferentes dimensões de operações, sejam os dons, os ministérios ou mesmo as realizações e todos nós deveríamos ter um olhar específico para os dons.
Dito isso, eu quero só destacar mais uma vez o verso sete, o propósito das manifestações não é promover a pessoa que flui, é promover o senhorio de Jesus é trazer honra e glória a Deus e edificar as pessoas. Agora, como dito na aula sobre o fruto do Espírito, nós entendemos que o número nove está associado à frutificação. Apresentamos uma visão do candelabro falando a respeito da sua figura relacionada não apenas com a pessoa, mas com a obra do Espírito Santo e como da haste central saem três braços, de um lado, três braços de outro, que dá uma visão de equilíbrio, e que em cada um desses três braços nós temos três amêndoas.
E as amêndoas também são figuras de frutificação na Escritura. Portanto, quer seja o fruto do Espírito com a característica de nove, eu gosto de chamar de nove gomos, porque é um fruto só ou os dons do Espírito quando vemos uma relação como essa de nove manifestações, eu não vejo nisso coincidência. Além do equilíbrio entre a visão do fruto e dos dons, nós vemos também um entendimento do número nove na Bíblia, na tipologia bíblica, associada à frutificação.
E três braços com três amêndoas cada. Isso me leva a entender que uma divisão prática que fazemos de dividir os nove dons do Espírito em três categorias de três dons cada, cabe muito bem dentro dessa figura bíblica. Estou dizendo isso porque, em primeiro aos coríntios, no capítulo 14, no verso 26, o apóstolo Paulo faz uma afirmação que acredito que é importante.
Ele diz o seguinte: "Quando vocês se reúnem" e agora ele vai falar sobre aquela visão de cada um vir com algo para abençoar quem está na reunião, ele diz assim: "Que fazer então, irmãos? Quando vocês se reúnem, um tem salmo, outro tem ensino, este traz uma revelação, aquele fala em línguas, e ainda outro faz a interpretação. Que tudo seja feito para edificação.
" Ele usa a expressão aqui "revelação". Aliás, no verso seis de primeira aos Coríntios 14, ele também diz isso. "E agora, irmãos, se eu for até aí falando em línguas, que proveito vocês terão, se eu não falar por meio de revelação, de conhecimento, de profecia ou de doutrina?
" Então, quando a expressão "revelação" aparece um pouco solta, alguns dizem: "Pastor, revelação não é dom do Espírito Santo? Não seria então uma décima manifestação além das nove? " Eu normalmente eu digo às pessoas: Não.
Revelação está mais para uma categoria de dons, porque três desses dons, a palavra de sabedoria, a palavra do conhecimento e o discernimento de espíritos, elas têm a característica de revelação. Então, quando a Bíblia fala de revelação, ela pode estar falando não só de um dom específico, mas de um grupo de dons que flui de uma forma muito parecida. Aliás, esses dons, quando você pega os exemplos de Antigo e Novo Testamento e a ideia aqui não é ser exaustivo, é apenas trazer um resumo, algo conciso, eles normalmente se manifestam ou por meio de um testemunho interior do Espírito Santo ou por meio de visões.
Esses três dons de revelação estão relacionados dessa forma. A grande distinção entre a palavra de conhecimento, que é basicamente uma revelação dedutível, mais a palavra de sabedoria, uma revelação seguida de conselho, enquanto que, por sua vez, o discernimento de espíritos é a capacidade de perceber espíritos e alguns crentes associam isso só a libertação, a demônios nós precisamos entender que toda visão, toda aparição de anjo, de Jesus ressuscitado é uma manifestação do discernimento de espíritos, a capacidade de discernir o mundo espiritual que normalmente não se vê e não se percebe com os sentidos naturais. De todos os nove dons do Espírito, o que mais está relacionado à predição, ao futuro é a palavra de sabedoria, uma revelação seguida de conselho.
Então, alguns exemplos bíblicos é quando José tem a revelação do que significa o sonho ou os sonhos de Faraó, e ele vai trazer uma orientação diante da revelação de algo que ainda vai acontecer, como o farol deveria se conduzir. Segundo Reis capítulo seis, quando Eliseu também diz ao rei de Israel: "Guarda de passar por tal e tal lugar, porque o rei da Assíria colocou ciladas contra ti", saber que lá tinha uma armadilha, na perspectiva militar foi uma revelação, mas seguida de conselho: "Evita passar por lá para que você seja poupado. " Quase sempre o dom que mais está relacionado com coisas que não aconteceram, diferente do que muitos imaginam, não é a profecia, é a palavra da sabedoria que no Velho Testamento quem falava do futuro eram os profetas, mas os profetas eram chamados de videntes e a profecia não se manifesta por meio de visão.
Normalmente ela é uma fala inspirada pelo Espírito Santo. Então esses profetas, além de profetizar e de ter o dom de profecia como ministério, eles também tinham os dons de revelação. Por isso eram chamados videntes por conta das visões.
Mas também podemos destacar um segundo grupo de dons. O primeiro, dons de revelação, inclui palavra de sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos. O segundo grupo eu chamaria, como muitos já na teologia pentecostal, denominam como dons de poder, porque em vários textos o apóstolo Paulo vai usar a expressão "poder".
Em primeiro aos Coríntios 2. 4 ele diz: "A minha palavra não chegou até vocês. A minha pregação não chegou até vocês baseada em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de espírito e de poder.
" Quando ele fala de poder, está sempre enfatizando milagres, que são sinais visíveis. Em vários outros textos nós veremos o apóstolo Paulo usando o emprego da palavra poder com essa ênfase. Por exemplo, em Romanos 15.
18, ele diz: "Porque não ousarei falar sobre coisa alguma, a não ser sobre aquelas que Cristo fez por meio de mim, para conduzir os gentios à obediência, por palavras e por obras, agora verso 19: "por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito de Deus. " Então, quais são os dons de poder? Aqueles que estão relacionados a milagres.
São três: o dom da fé, a operação de milagres e os dons de curas. Esse é o único que aparece no plural: dons de cura. E alguns comentaristas dizem que até cura poderia ser traduzido no plural, mas a palavra dons está ali no plural.
Agora você pega dons de cura e você entende que ele tem um foco específico de milagres relacionados a cura. Os outros milagres "não cura", o que são milagres "não cura"? Jesus transformou água em vinho.
Foi milagre? Foi. Foi cura?
Não. Multiplicou pães e peixes, foi milagre? Sim, foi cura?
Não. Todos os milagres não cura se subdividem entre o dom da fé e a operação de milagres. A distinção básica entre um e outro, alguns definem, é que o dom da fé é mais passivo, ele recebe, enquanto que a operação de milagres é ativa, ela produz a manifestação.
Quando falamos do dom da fé, não estamos falando da fé que todo crente tem. Romanos 12. 3 diz que nos foi repartida por Deus uma medida de fé.
Então a gente não tem a fé toda que poderia ter. A Bíblia diz que essa fé pode e deve crescer, tanto que Jesus repreendeu a pequena fé de uns, elogiou a grande fé de outros, mas eu diria que o dom da fé é uma espécie de fé especial entre o nível de fé a que já chegamos e aquele que falta por um milagre, numa situação específica, Deus pode trazer aquele acréscimo, não porque ele queira apenas suprir uma necessidade que deveríamos receber com a nossa própria fé. Normalmente para nos colocar numa espécie de vitrine onde o nome dele seja exaltado e engrandecido.
Dois exemplos desses que estão lá na galeria dos Heróis da Fé, do livro de Hebreus, no capítulo 11, são Daniel, que fechou a boca dos leões e seus amigos que apagaram a força do fogo. Nenhum deles experimentou um livramento que se constituísse apenas num benefício pessoal, mas as experiências de ambos promoveram e exaltaram o nome de Deus, engrandeceram o Senhor, o seu Reino. Esses reis temeram diante de Deus, baixaram decretos envolvendo reconhecimentos a respeito de quem era o Deus deles.
E aí nós temos o efeito ou o impacto de benefício coletivo e não apenas pessoal. E temos ainda uma outra categoria de dons, alguns chamam dons de inspiração, outros chamam dons da palavra. Eu gosto da expressão "dons vocais".
São manifestações faladas. Aliás, há uma relação enorme na Bíblia entre ser cheio do Espírito Santo e falar. Em Joel 2.
28: "e acontecerá depois disso, diz Deus, "diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne. Vossos filhos e vossas filhas profetizarão. " Ele também diz: "Vossos jovens terão visões, sonharão vossos velhos, os servos e servas profetizarão", há uma relação entre ser cheio do Espírito e falar.
Embora outras manifestações, como sonhos e visões, também possam vir o falar é muito enfatizado na Bíblia. E, nesse departamento ou nesse braço do candelabro que chamamos uma categoria de dons vocais, nós temos três operações: a profecia, a variedade de línguas e a interpretação de línguas. Aqui é importante a gente destacar algumas coisas.
Em primeiro lugar, há uma manifestação bíblica do falar em línguas que entra na categoria de oração e não de dom. Então o apóstolo Paulo vai falar em primeiro aos Coríntios 14: "Se eu orar em espírito", e ele está falando a respeito de orar em línguas e não com a mente, ele vai algumas vezes abordar o falar em línguas como uma linguagem de oração. "O que fala em línguas não fala a homens e sim a Deus", ou seja, está orando e isso é algo que nos foi dado para benefício pessoal.
Não podemos confundir com o dom de variedade de línguas, seguido de interpretação, que é uma das nove manifestações do Espírito Santo para edificação de outros e não edificação pessoal. Eu sei que o assunto é abrangente, merece um pouquinho de atenção, inclusive em outra aula diferente, eu escrevi um livro inteiro a respeito desse assunto, não temos como esgotar o assunto aqui, mas eu preciso fazer essa distinção. Então, as manifestações vocais são: profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas.
Quando falamos dessa variedade de línguas e interpretação, estamos falando de manifestações do Espírito Santo. Alguns dizem: "Não, isso é a habilidade humana de falar línguas. " Então para que precisamos do Espírito Santo?
Qualquer ímpio faz isso conhecendo uma língua e um idioma, mas não tem a capacidade de comunicar uma mensagem profética divina. Porque é isso que variedade de línguas seguida de interpretação é: uma manifestação profética. Paulo diz, em primeiro aos Coríntios, no capítulo 14 e no verso cinco, e essa informação acredito que é muito importante, que línguas com interpretação têm o mesmo peso de utilidade que profecia tem.
Ele diz: "Eu quero que vocês todos falem em línguas, mas muito mais que profetizem. Pois quem profetiza é superior ao que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja receba edificação. " Então assim, não estamos falando de uma habilidade linguística, estamos falando de gente debaixo de inspiração divina que comunica conteúdo sobrenatural, divino, profético para edificação da Igreja.
Aliás, em primeiro, os Coríntios, no capítulo 14, no verso 13, Paulo diz assim: "Por isso quem fala em línguas, ore para que as possa interpretar. " Se é uma habilidade natural, por que tem que orar para poder interpretar? É lógico que ele está falando de algo espiritual e eu e você precisamos entender o seguinte: que profecia, me permita esse exemplo só para .
. . eu sei que ele é limitado, mas só para tentar comunicar algo.
Profecia é como se fosse algo equivalente a uma nota de 100 reais, línguas e interpretação duas de 50. Sozinhos eles não têm o peso de profecia, mas juntos tem o mesmo valor porquê? A mensagem profética em outras línguas ela recebe sentido por meio da interpretação e com a união das duas, temos o mesmo peso e o mesmo valor que a profecia e esses dons promovem também a edificação da Igreja.
Agora, obviamente, a Palavra de Deus fala a respeito de um entendimento correto sobre como operar nos dons. A Bíblia diz que nós não devemos criar confusão. Deus não é Deus de confusão.
Ele é um Deus de ordem, que tudo deve ser feito com decência. Então, há o entendimento sobre o aspecto humano da execução dos dons, que deve ser executado com sabedoria, com zelo, como o apóstolo Paulo diz, isso é o tema da próxima aula. Agora, eu quero enfatizar o seguinte: em primeiro, os Coríntios 14.
12 o apóstolo diz: "Assim, também vocês, visto que desejam dons espirituais, procurem progredir, para a edificação da igreja. " Então em primeiro lugar ele fala de desejar dons. Nós precisamos entender que a Bíblia nos encoraja a buscar, mas essa busca precisa começar pelo desejo.
E muitas pessoas sequer têm o desejo porque nem entendem o que são os dons e a sua operação. Mas isso deve ser esclarecido a ponto de nós entendermos a sua importância e, reconhecendo a sua importância, Nos dispomos para sermos canais nas mãos de Deus para abençoar outras pessoas. Depois, ele nos mostra a importância de, além de desejar, de buscar.
1ª Coríntios 12. 31 diz: "Entretanto, procurem com zelo os melhores dons. " Assim como primeiro os Coríntios 14.
1 diz: "Sigam o amor e procurem com zelo os dons espirituais, principalmente o de profetizar. " Então existe uma busca. Começa-se com o desejo, parte-se para uma busca.
Essa busca não é geográfica, tipo uma caça ao tesouro. Ela obviamente é uma busca espiritual. E agora há pouco eu citei primeiro os Coríntios 14.
13: "Por isso, quem fala em línguas, ore para que as possa interpretar. " "Ore para que". A forma de acessar aquilo que não temos é buscar isso em oração.
Então, essa busca que é espiritual, ela deve ser regada a oração. Oração, de uma forma geral, uma vida de oração nos introduz em experiências sobrenaturais. A maior parte das experiências extraordinárias que lemos no livro de Atos estão relacionadas ao ambiente de oração, a pessoas ou grupos de pessoas que estavam orando antes serem introduzidos nestas experiências.
Muitas vezes as pessoas me param nos mais diversos lugares para me dizer: "Pastor, ore por mim. Eu quero ter os dons. " Eu digo: "Mais do que a minha oração, é importante a oração importante é a sua e não uma única.
Uma vida de oração e oração insistente, recorrente, regular pelos dons. " Agora, acredito que se por um lado, precisamos entender quem primeiro aos Coríntios 12. 11, a Bíblia diz que o Espírito Santo distribui os dons como ele quer, ou seja, não se trata de mera escolha nossa, por outro lado, a Bíblia também diz que nós devemos buscar os melhores dons, como já li a citação de primeiro aos Coríntios 12.
31 Então as pessoas me perguntam: "Mas peraí, é o Espírito Santo quem decide ou sou eu que escolho os melhores? " Aliás, muitos me perguntam: Quais são os melhores? Será que existe uma lista dos principais e os outros que a gente diz: Não, são mais ou menos?
Não necessariamente. Há algumas perspectivas de interpretação que levam isso em conta e consideração, mas eu costumo dizer que normalmente os melhores são os melhores aos nossos olhos, porque, como diz lá o livro de Filipenses, "Deus opera em nós o querer e o realizar segundo a sua boa vontade. " Então normalmente o Espírito Santo que quer distribuir os dons conforme lhe apraz, ele desperta desejos, e esses desejos devem ser levados em consideração, no mínimo, em oração enquanto estamos na busca para que a gente consiga encontrar conciliação daquilo que Ele tem como plano e propósitos, com aquilo que Ele também está despertando em nós em termos de desejo, para que a gente consiga combinar essas coisas.
Mas um elemento importantíssimo é não apenas saber que existem os dons, quantos são, quais são seus nomes, mas é principalmente entender como devemos funcionar nos dons. Como se dá essa parceria entre o Espírito Santo que inspira e o homem que executa e esse será o assunto da nossa próxima aula acredito que de muita importância, não só para direcionamento prático, mas inclusive na definição de uma doutrina a respeito dos dons do Espírito Santo. Então fique ligado e não deixe de acompanhar a próxima aula, porque eu tenho certeza que ela vai acrescentar e muito à sua vida.
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