Coach e Aceleração da Vida: Conceitos Elementares do Materialismo Histórico #03
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Tempero Drag
👆 PDF - Os Conceitos Elementares do Materialismo Histórico (6ªEd.) Martha Harnecker
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Video Transcript:
oizinho aqui no tempero a gente acredita que é importante começar as coisas pelo começo por isso a gente tá oferecendo mais essa série O conceitos elementais do materialismo histórico se você ainda não assistiu Esse é o vídeo três da nossa série ela tá numa playlist salva de mesmo título conceitos elementais do materialismo histórico e a gente já fez outra série de conceitos introdutórios do pensamento de esquerda no mundo o ABC do socialismo você pode ir lá ver também Essa série é fruto de um livro organizado por uma psicóloga social e cientista política da América Latina chamada Martha harn ela foi um nome fundamental emar gerações de ativistas militantes intelectuais pessoas que queriam transformar a realidade do mundo essa nossa série é uma espécie de tributo e homenagem a Marta e ao seu legado Então bora lá tá com ali Paul rochelli vamos começar moçada no vídeo de hoje a gente vai fazer uma espécie de de aprofundamento do que a gente trabalhou no vídeo anterior então vamos recapitular desde um que eu gosto de recapitula no vídeo um a gente fala sobre produção como compreender uma sociedade compreender um tempo histórico compreender o progresso de uma civilização é compreender como ela produz distribui e reproduz seu meio de vida seu meio social sua forma de organização por exemplo não dá para pensar o tempo presente sem pensar indústria 4. 0 uberização dos postos de trabalho um novo tipo de sujeito humano que aparece que é o empreendedor de si mesmo o fato de que a gente começa a usar termos como recursos humanos capital humano e a gente tá cada vez mais se humanizando e se tornando uma outra coisa essas reflexões mais contemporâneas né sobre outras coisas eu faço em em outra frente do canal que são os vídeos longos aqui voltando pra Série esse nosso vídeo um a gente pensa sobre produção como compreender uma sociedade no nosso vídeo dois a gente aprofunda na produção para falar sobre as relações de produção nenhum ser humano produz no vácuo nós produzimos em relação com outros seres humanos Mas acima de tudo em Rela ação com os instrumentos de trabalho a tecnologia de trabalho os meios de produção e um momento da história da humanidade feudal socialista capitalista mercantilista etc nesse vídeo também a gente falou um pouco sobre o conceito de posse sobre propriedade enfim vai lá ver E aí agora no terceiro a gente vai aprofundar um pouquinho mais que seria o seguinte se a gente falou sobre as relações técnicas de produção a divisão técnica de produção e a divisão social de produção Hoje a gente vai falar um pouco sobre eh a a divisão do trabalho na manufatura na grande indústria sobre a reprodução dessas relações se elas se mantém em curso é porque elas não acabaram se elas não acabaram é porque elas foram reproduzidas e por fim tocar num ponto que é na teoria marxista quando a gente diz né das relações sociais a gente não tá falando exatamente de relações humanas que Como assim social não é humano e a gente vai dizer em partes porque o humano é produzido por um momento histórico o humano é Reflexo das condições possíveis de produção da humanidade o homem a mulher o ser humano ele não é um ser apartado dos demais e da sua sociedade como somos seres sociais pensar a unidade não é pensar uma natureza não é pensar uma ontologia algo do campo da criação quando Deus te desenhou tem nada disso pensar seres sociais é pensar as sociedades que esses seres organizam Então agora que eu que eu dei o contorno do que vamos fazer a gente vai se mover pro primeiro ponto que é falar o seguinte a divisão do trabalho em a manufatura e a grande indústria historicamente a gente tá pensando uma linha de de progressão ai menina é que é uma série de introdução mas eu queria tacar-lhe o pau descer o contar que porque por exemplo isso aqui é um parênteses tá o seu Carlinho seu Car Carly Markson meu muito meu amigo temos umas histórias que não é bem de amizade Mas enfim o horário não permite seu Carlinho é um dos primeiros intelectuais do mundo a dizer que essa ideia linear de tempo é uma construção social que pensar Europa América Ásia África era pensar várias linearidades temporais de desenvolvimento de vários tipos de civilização Mas voltando no ocidente quando a gente tá pensando as potências que vão colonizar e destruir o resto do planeta existe uma trajetória histórica que vai levar as suas forças de trabalho de um lugar que era a manufatura Ou seja a gente não tá mais falando f de artesanatos a gente não tem mais artesãos a gente tem proletários falamos disso no vídeo passado e daqui a gente pula para grandes indústrias que seria algo muito próximo do que temos hoje em termos assim mais acadêmicos né mais próprios a gente tá falando sobre taylorismo e fordismo como a gente passou por momentos históricos da produção indústria 4. 0 seria um outro momento dessa evolução da nossa divisão técnica do trabalho histórica e socialmente tem alguma coisa que precisa acontecer para que a manufatura seja possível no caso na nossa história ocidental ou nós que fomos ocidentalizados por um processo de violência a gente vai pensar que esse evento que aconteceu foi o fato de que alguém teve a possibilidade de controlar um meio de produção uma vasta quantidade de terra um um rio um lugar de onde vem matérias brutas e matérias primas Alguém tem a possibilidade de ter a posse deste lugar falamos disso no vídeo passado sobre os conceitos de posse feudais modernos etc para Além disso você tem uma outra novidade que é pela primeira vez na história você tem uma classe de pessoas você tem seres humanos que não tem onde caírem mortos literalmente estamos falando disso dessa desde o vídeo a política de cercamento de terras na Inglaterra Então você tem que pensar o seguinte o campesinato ele tá vindo de séculos de milênios de construir sua casa a gente morava em algum lugar de produzir sua alimentação né a gente não começou a comer depois da política de cercamento então esses seres eles tinham uma espécie de laço de Elo com a Terra vale dizer que eram laços e elos comunais com a terra Quando você estuda a história da Europa quase todos os territórios tinham terras comunais que eram de todos que eram de usufruto da comunidade a identidade da comunidade estava dada inclusive pela terra né mas enfim volta e aí tem essa grande novidade que é de repente partir de um de um processo de longa duração Você tem uma classe de pessoas que não tem mais nada então a terra não é delas os instrumentos de trabalho não são delas as possibilidades de de pegar madeira de usar água de transitar de acessar uma não estão mais dadas E aí você tem uma massa de pessoas que tá descolada da sua realidade material via processos de de sangue e violência que que vai acontecer a partir daí você tem a possibilidade da manufatura um sujeito controla fluxos de trabalhadores números imensos de trabalhadores e meios de produção locais de produção de matéria bruta e matéria prima o seu Carlinho diz exatamente isso que eu tô dizendo a possibilidade a emergência da manufatura vem de dois fatores né primeiro uma fase de acumulação primitiva do capital é o colonialismo que tá acontecendo de forma mais ou menos concomitante com o cercamento de terras comunais e grandes massas de trabalhadores livres valia que a gente debatesse isso né isso que o capital chama de liberdade Ah você não tá mais preso à Terra você não é mais um Colono você não é mais um servo agora você é livre Obrigada pelo toque Lucinda livre para vender sua mão de obra livre para correr atrás de aonde vai est o emprego livre para se sacrificar para ter o que comer e antes não existia isso então essas hordas de trabalhadores livres e despossuídos é por isso que a gente diz desde sempre eu sempre cito a Angela Davis porque a frase dela é a mais óbvia que não existe Liberdade quando há necessidade se você é livre e é despossuída porque você não é livre mas não precisa ficar na Angela Davis né não preciso ficar no século XX se você quiser volta pro Espinoza ai como ela tá chique hoje né o Espinoza filósofo do 17 do 1600 conceito de liberdade pro Espinoza é a possibilidade de executar suas vontades é aqui aquilo que parte de você que vem de você e que pode ser externalizado concretizado realizado tá me entendendo pro Espinoza não há Liberdade se há necessidade se você tá desgraçado Oprimido destruído e e você é livre isso não existe né a liberdade não habita o mesmo reino da Necessidade se você tá passando fome frio e não tem teto você não é livre veja se você tá me entendendo que eu tô tentando traçar aqui com vocês é que o capitalismo ele é um modelo social um modo de vida um modo de produção um modo de laço social que não caiu do céu que foi historicamente gestado e você depende de a possibilidade formal material violência ideológica de que um sujeito uma família um um estamento seja Dono dos meios de produção e você precisa de massas de trabalhadores livres ir e vir você desloca eles para onde a indústria vai estar Aonde a manufatura vai est e despossuídos Vale contar para vocês por exemplo como começa o capitalismo brasileiro Então pensa o seguinte é possível imaginar capitalismo enquanto a gente tem a força de trabalho escravizada a resposta é não enquanto você tem regimes de Servidão Servidão coletiva você não tá falando de Capitalismo na Europa pode falar de protocapitalismo de alguma coisa que tá se organizando né mas é muito difícil falar de Capitalismo na Rússia quando a Rússia Era um país feudal semifeudal Então volta aqui no Brasil você já tinha uma fase de acumulação primitiva Então você já tinha uma classe de pessoas com capitanias hereditárias você já tem uma classe de possuidor mas eles não tinham trabalhadores livres eles tinham trabalhadores escravizados o grosso da força produtiva brasileira estava escravizada E aí o que que acontece uma brilhante ideia surge na Inglaterra Então vamos em termos mais prosaicos pé no chão pedestre a escravidão no Brasil impossibilita o capitalismo brasileiro de começar impossibilita o Brasil de entrar no funcionamento capitalista se você não tem assalariado quem vai comprar as mercadorias o Adam Smith que é um economista clássico Adam Smith e o David Ricardo precedem o Marx né O que o Marx faz é a crítica da economia clássica ao perceber que toda a economia é política o Adam Smith em a origem e como chama em português a origem da riqueza das Nações então quando Adam Smith escreve Essa bosta desse lixo desse livro ele tem lá a ideia Brilhante de que deveríamos encerrar os regimes de escravidão porque eles são nojentos rochel Me põe no Jogo do Milhão que eu adoro essa montagem que você faz Obrigada porque eles são nojentos porque eles são escrotos porque eles são os piores regimes já inventados porque eles são antiéticos não por E aí nas palavras do Adam Smith olha aqui dentro do meu ol nas palavras do Adam Smith porque o custo de comprar e manter escravizado excede o custo de pagar o mínimo para que um trabalhador sobreviva tá bom para você então a partir daí a Inglaterra que tá liderando a transição de um modo de vida lá social que tá começando o capitalismo ao redor do mundo o exporta via violência e a Inglaterra vai impor uma proibição para que haja o tráfico de pessoas escravizadas para o Brasil por exemplo é a Inglaterra faz uma pressão para que o trabalho se torne livre no Brasil porque aí você vai ter uma classe assalariada que vai poder se transformar posteriormente num mercado consumidor a origem da riqueza das Nações é 1776 a independência dos Estados Unidos é 1775 você tem que ter ter esse mapa mental do que que tá acontecendo dessa transição que o mundo tá passando que é uma transição de um mundo pré-capitalista para um mundo capitalista que depende de uma fase de acumulação primitiva e massas de trabalhadores despossuídos e Livres essa fase da manufatura capitalista Ela se parece muito com a guilda de artesãos com a oficina de trabalhadores livres em que todos eles se juntavam em torno de uma função e havia um líder um mestre um só que agora tem tem uma mudança de natureza são esses muitos que se juntam mas não ficam com o que produz não são responsáveis pelo que produzem no sentido né de ter a posse disso e são liderados não por um professor um mestre alguém que sabe a técnica Tá mas por um dono por um gerente que os controla o Marx chega a dizer que o que distingue a guild da oficina de trabalhadores da manufatura capitalista é a quantidade então você tem 10 Rendeiras fazendo um vestido guilda se você tem 120 mulheres empobrecidas sem nada para viver costurando roupa você tem uma manufatura capitalista as fases iniciais do capitalismo elas apresentam um grande cenário de competição e concorrência diferente da da agora né capitalismo tardio em que a gente vive uma fase de oligopólio monopolista então eu te convido a concorrer com a meta Abre isso a rede social boba né É só empreender já parou para pensar porque você não prospera Com certeza é porque você não sai da sua zona de conforto eu te desafio a concorrer com uma empresa de energia elétrica abre aí tua hidroelétrica Boba só concorrer então a gente vive uma fase Oligárquica e monopolista do Capital mas ali naquele início havia a possibilidade da petição desses pequenos produtores o que o Marx percebe desde o início é que esse sistema tende ao monopólio que não era possível que os pequenos concorressem com os grandes Os Pequenos acabariam sendo engolfados engolidos pelos grandes no entanto aqui existe uma contradição que a gente vai explorar no próximo vídeo as formas de cooperação dos trabalhadores o que eles fazem como eles se dividem o pelo que cada um deles está designado vai ficando cada vez mais complexo e especializado nessas manufaturas se você voltar lá na origem da riqueza das Nações do Adam Smith ele dá um exemplo de Trabalhadores de uma pequena indústria de produção de alfinetes aí ele vai te dando os números um alfinete de fralda pensa quanto tempo leva um trabalhador fazendo do início ao fim e quanto tempo levam 11 trabalhadores organizados de modo que cada um se responsabiliza por uma pequena parte e aí você pensa bom se em uma hora um trabalhador produz um 11 trabalhadores produzirão 11 e não é menina É tipo 11.
000 então a divisão técnica do trabalho ela tem um aumento de produtividade que é vertiginoso e isso é uma das novidades desse novo modo de produção no entanto o trabalho vai ficando cada vez mais parcial e alienado no sentido de que eu faço alfinetes então vai lá trouxa Faz um aí do zero para eu ver e você não faz E isso também cria uma uma dependência dos trabalhadores com os seus senhores os seus patrões os seus donos né os donos dos meios de produção quando você está em estágios artesanais você lembra Eu já falei isso aqui nos outros vídeos você vai lá e assista porque também tô com pouca paciência quando você tá em estágios iniciais e você é responsável por pegar a argila e transformar no vaso e aquecer e vender se você tá descontente com o seu patrão você pode dar-lhe uma bela de uma machada quer dizer uma banana e ir fazer tua argila em casa e ir trabalhar por conta agora quando a manufatura começa a se transformar em indústria entra maquinário Entra você não tem mais o que fazer você não tá contente tem um exército de reserva para te substituir não tá feliz com a escala 6 por1 pede as conta eu mesma faço uma escala de 3805 di tem 385 dias do ano eu faço uma escala de 385 por zero percebe tô falando Claro né de outro período mas estô te mostrando historicamente como aquilo Deu nisso isso é importante também para voltar num ponto que eu abordei no vídeo passado mais próximo do fim que é como existe uma determinação dupla técnica e social e a social sempre se sobrepõe a técnica no vídeo anterior eu falei sobre classes e estamentos quem vigia quem supervisiona o que que muda quando você trabalha sendo de uma certa classe ou sendo de outra etc aqui eu quero tirar do caráter individual sujeito humano ser passar pro caráter social que você perceba como a divisão técnica do trabalho ela tá é sobredeterminado por um momento social Então veja se você eu falei uma frase aí eu gostaria que você quebrasse a frase e vê se você entendeu o que eu falei em Miúdos uma divisão técnica do trabalho está sobredeterminado por uma divisão social do trabalho que que eu tô te dizendo que só há capitalismo numa sociedade que produziu as necessidades paraa aparição deste sistema entende o social o momento o laço a forma a organização a sobredeterminação no que acredita o que Pensa como é a propriedade Como é o poder repressivo a quem pertence tudo isso sobredeterminação vai fazer com que as tecnologias gradativamente avancem vamos lá mais uma vez a perspectiva histórico-materialista ela não vai te dizer ai as tecnologias melhoram porque as Universidades estão pensando em tem carta do engels para outros intelectuais europeus a Martha harker faz a questão de colocá-las lá no livro A gente deixa o pdf para você ler link dizendo 10 Universidades empenhadas em alguma coisa tem menos força do que a necessidade de um povo de lidar com algo é a partir de uma necessidade material histórica que um povo se engaja em Como produzir uma técnica uma tecnologia para resolver aquilo então eu preciso desviar esse rio é a partir de uma necessidade de um povo o proto estágio do capitalismo né os estágios iniciais do capitalismo a sua manufatura vão produzir uma série de idades E essas necessidades farão com que haja uma otimização das técnicas Ou seja que a gente possa produzir cada vez mais em menos tempo necessário parênteses e isso diminuiu a nossa jornada de trabalho e a resposta para você não porque vamos junta enquanto o seu Carlinho tá vivo se você for ler o livro Um do Capital que é o meio do 1800 1860 1870 o seu Carlinho ele faz parte de socialistas engajados numa luta por jornadas de trabalho de 10 horas porque a jornada de trabalho na época era de 12 de 14 de 16 a Revolução Francesa luta por 8 horas de trabalho 8 horas de descanso 8 horas de indivíduo de liberdade ele vai poder estudar ele vai poder se aprimorar ele vai poder ter lazer ele vai poder aquilo pelo que seu carlho tava lutando e os industriais da época falando a economia vai quebrar sempre assim né Tá vendo qualquer semelhança com o fim da escala 6 por1 mera coincidência que nada mudou mas volta lá o que tá acontecendo é existe uma tecnologia que faz com que seres humanos sejam capazes de produzir um número X em horas Y A tecnologia vai avançar vertiginosamente por exemplo com a Revolução Industrial e o número de horas não vai reduzir vamos tentar de outra forma aqui no tempo presente essa coisinha que a gente tem na mão condensa espaços a gente tem uma atopia não existem mais topos imagina que nos anos 50 nos anos 60 nos anos 70 nos anos 80 nos anos 90 você tava trabalhando e você precisava ir ao banco tem o intervalo do seu dia que agora você vai ao banco aqui banco tá feito eu precisava falar com E aí eu me retirava eu ia a um telefone eu buscava um orelhão não tá aqui cada vez mais a gente usa menos tempo para fazer as coisas as coisas são feitas cada vez mais rápido a gente produz vertiginosamente mais e a gente não trabalha menos não se aposenta mais cedo e não tem salários suntuosamente maiores do que naquela época que que acontece aumenta a concentração tá vendo um na lasca uma lasquinha de unha de Por que o seu Carlinho já tá vendo que o sistema tende ao monopólio por se aumenta a produtividade a gente tá cada vez produzindo mais em menos tempo mas não diminui o tempo que a gente dedica pro trabalho a única coisa que tá acontecendo é alguém tá acumulando cada vez mais sobre isso tem uma passagem no livro da Marta que a gente vai ler juntas a máquina ferramenta permite assim saltar a barreira orgânica que se levantava entre o trabalhador e o meio do trabalho na manufatura e aumentar com isso consideravelmente a produção Ou seja você tem um sujeito com um martelo 8 não há o que você possa fazer agora você tem uma máquina funcionando e um sujeito só colocando coisa lá só supervisionando só apertando só isso faz com que a barreira que era fisiológica esse corpo não é é capaz de de produzir mais Produza mais porque agora você tem uma máquina desempenhando Aquela função nós socialistas comunistas a gente luta para quê agora que você tem tecnologia capaz de emancipar as forças produtivas as forças de trabalho as forças de trabalho tem que ter acesso a mais lazer não temos uma escassez de produção não tá olha em volta de você vai no supermercado não é que tá faltando comida e que que justifica o número de horas e o número de dias que a gente dedica a trabalhar numa m a sede e a sanha de acumulação da classe que nos governa e nos domina vou tentar em outros termos você é uma coitada costurando blusinha pra Zara tô usando a Zara de exemplo desde o dia um falta blusinha ou os dados que a gente tem aqui hoje no planeta existe roupa pras próximas seis gerações de pessoas nunca mais precisarem comprar roupa o que que tá acontecendo com os oceanos na África vou colocar na descrição do vídeo A rochel vai pôr aqui as imagens das praias engana que não tem mais areia é só roupa então de novo Olha aqui né para você entender que se você é capitalista minha filha tem alguma coisa de errada com você você tá comendo merda não temos uma um problema de escassez o nosso problema neste horário do sistema é o excesso produzimos vertiginosamente mas aí a gente vai precisar é dominar as consciências para que esse excesso não seja percebido como excesso Jesus Cristo por que que eu tô trabalhando tanto Uai porque seu patrão quer usar hidratante de 10. 000 galera mimimi mimimi você entendeu o que que eu te falei 10. 000 um hidratante é o que a usa tem nada faltando é que a gente vai criando tipos e modos de vida que são incompreensíveis de forma racional só são possíveis de compreender de forma fetichista você não pode usar um hidratante normal você tem que usar um hidratante de 10.
000 vamos lá você não pode usar uma calça de pedreiro você tem que usar a calça de pedreiro da Balenciaga Por que tanto tempo da minha vida é investido nessa lógica de trabalho absurdo porque a gente colou a vida social da vida material a especulação possibilita isso que a gente crie valores que não tem nada a ver com os valores em si cadeira não mas tem um design sofisticado um material tem a exclusividade tem o luxo e aí a cadeira passa a custar R 40. 000 uma poltrona Então você tá entendendo que é o modo social modo de vida social que vai fazer com que as técnicas de trabalho caminha em num sentido Por que estamos produzindo tanto porque tem um modo social que dita a necessidade dessa quantidade de produção pelas próximas gerações ninguém mais precisa usar roupa no planeta mas e a moda porque agora agora é gola V essa gola aí já tem que jogar tudo fora porque agora é um tecido de outra cor esse tecido aí tá bom concluí a primeira parte Menina olha Deus sabe o esforço didático que é sorte que eu tenho talento vai me dizer aqui nos comentários você tá compreendendo até aqui o que eu tentei te explicar a duras penas foi como é sempre uma necessidade material que faz progredir um modo de produção só que esse modo de produção progride por causa de determinações sociais que eu tô te dizendo é a forma com a qual organizamos sociedades é material elas estão intimamente ligadas elas se retroalimentam como toda for forma de divisão social do trabalho sobredeterminação técnica do trabalho Espero que você tem entendido agora a gente vai pro finalzinho do vídeo que eu vou te ensinar mais duas coisinhas rapidinho a gente encerra e você vai pras pras questões vai ler e vai responder tá boa então vamos lá esse nosso segundo ponto é a reprodução das relações de produção em outros termos esse modo de vida não morre que que acontece ele se perpetua em ial por causa da superestrutura lembra que eu conto para vocês que eu falo com vocês a partir da crítica cultural que essa é minha área de Formação Essa é minha área de atuação eu trabalho como crítica cultural a gente fica olhando pra superestrutura que são as crenças as ideias as leis a fé a repressão e percebendo Como Elas são fruto da infraestrutura Esse é o viés marxista pros estudos culturais a gente não acredita que a cultura vem de a cultura é produzida a cultura é comum ela é o que fazemos todo dia o dia todo sem parar como que esse modelo de vida esse modo de essas relações se perpetuam através da superestrutura Então você tem as leis que possibilitam que ela se perpetue a escala de trabalho é regida por lei de novo eu tô te perguntando você tá entendendo o que que eu tô te falando sua fid sua otária Você tá entendendo porque que tanto tempo da sua vida é consumido se escangalha ano de trabalhar porque o capital assim determina porque sua superestrutura o sistema de leis fala vai trabalhar seis por um otária você é peão você nasce cresce se for trabalhar e morre você não vai se divertir você vai se trabalhar é isso que o sistema tem para você então os nossos modos de produção eles se perpetuam eles se reproduzem através de uma pressão superestrutural nossas leis através de uma pressão superestrutural a fé Deus gosta de pobre que que é a revolução protestante no mundo Deus gosta de quem trabalha Deus ajuda quem ser do madru a fé a ideologia do Coach super estrutura é um modo de fazer com que você ache normal trabalhar enquanto Eles dormem é só assim que esse modo de vida vai se perpetuar através de um domínio superestrutural exército repressão vagabundo tenha que apanhar tem que S vagabundo que à toa então em Em que momento a gente transforma o tempo de lazer o ócio tempo de vida qualidade em coisas deletérias negativas é só assim que esse modo de vida poderá se perpetuar eu tô tentando te dizer uma coisa que o grams passou a vida toda dele dizendo que seu raymundinho Raymond Williams passou a vida Bom enfim vou ficar falando nome de crítico cultural até acabar essa merda desse sistema ele Depende de uma Dominação infraestrutural e todo mundo consegue ver isso falar Ah beleza só que quem domina a infraestrutura produz a superestrutura o que que o Marx fala na ideologia alemã as ideias dominantes são as ideias da classe dominante de um tempo então por que no século XX nós temos Coach porque a gente acelerou de forma tamanha Nossa velocidade de vida eu vou ao banco aqui eu falo com a minha familha aqui não preciso mais de então eu tenho muito tempo com esse tempo eu vou curtir eu vou aproveitar não você vai trabalhar a gente tá trabalhando duas três vezes mais do que as gerações prévias mas para que que eu tô trabalhando se ninguém tá usando esses recursos se em São Paulo tem 500. 000 Imóveis Vaz vazios e 80.