E eu convido você a abrir, por gentileza, a sua Bíblia no livro de Efésios, no capítulo 1, nos versículos 13 e 14. Efésios, capítulo 1, versículos 13 e 14. Esse vai ser o ponto de partida, o trilho da ministração de hoje. Eu vou ler na Nova Almeida Atualizada. O texto diz assim: "Nele também, vocês, depois que ouviram a palavra da verdade, o evangelho da salvação, tendo nele também crido, receberam o selo do Espírito Santo da promessa. O Espírito é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória."
Eu queria dar destaque à expressão "receberam o selo do Espírito Santo da promessa." Outras traduções dizem "fostes selados com o Santo Espírito da promessa." Você pode repetir isso comigo? Diga: "receberam, receberam o selo do Espírito." Bom, a ideia apresentada no verso 13 de "receberam o selo" está ligada com a declaração que vem no verso seguinte, 14. Por isso, lemos os dois: "O Espírito é o penhor, ou seja, vamos ler aqui já o sinônimo, a garantia da nossa herança, até o resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória." O tema da mensagem de hoje é
"o selo do Espírito", um assunto que eu creio que precisamos entender mais e melhor, não apenas para que tenhamos um bom alinhamento doutrinário, mas porque acredito de todo o meu coração que essa compreensão é uma das chaves mais importantes para a nossa vida cristã, para a nossa caminhada com Deus. A expressão aqui "receberam o selo" ou "fostes selados" é, na verdade, o uso de uma expressão que significa literalmente, é um verbo, celar, colocar um selo, marcar com o selo. De acordo com o léxico de Strong e o dicionário de Vine, enfatizo que o uso do
verbo selar não pode ser desassociado da ideia de selo no contexto geral ao longo da Bíblia. Eu quero apresentar alguns dos usos da expressão "selo", mesmo fora do contexto do Espírito Santo. Em Apocalipse 7, nos versos 2 e 3, nós vemos uma declaração a respeito da necessidade de selar os servos de Deus na testa, para que eles não sejam julgados com os outros. Aqui, o uso do simbolismo do selo era o mesmo ao longo da história, para muitas outras coisas, como um emblema de propriedade e também de proteção. Algumas vezes, ele é usado para falar
de autenticação, como em Romanos, no capítulo 4, no verso 11, a Bíblia fala da justiça da fé de Abraão e o selo da fé por meio da circuncisão. Em 1 Coríntios 9:2, Paulo se refere aos Coríntios como selo do seu apostolado. O texto também sinaliza não apenas propriedade e autenticação, mas também segurança e destino. Em 2 Timóteo 2:19, a Bíblia diz: "Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem." Às vezes, era usado para falar de segurança, proteção ou permanência, como em Mateus 27:66, que diz que selaram
o túmulo de Jesus. E o próprio destino de Satanás, ainda que negativo, por conta de juízo, como é mencionado em Apocalipse 20, a partir do verso 3, fala de Satanás sendo colocado numa cadeia e um selo sendo colocado sobre ele. Ou seja, ao olharmos para essas declarações todas, a ideia de selo na Bíblia indica propriedade, autenticação, segurança e destino. Todas essas coisas apontam numa direção: Deus quer autenticar a nossa fé, quer garantir que sejamos propriedade dele, que ele nos guarde e que o destino daquilo que ele tem planejado e preparado para cada um de nós
seja cumprido. Ou seja, a ideia de selo sempre está relacionada com a definição de penhor. Em 2 Coríntios 1:22, assim como em 2 Coríntios 5:6, são as outras duas vezes em que a palavra "penhor" aparece. Nós temos de novo uma relação com o assunto. Em 2 Coríntios 1:22, "nos selou e nos deu penhor do Espírito em nosso coração." 2 Coríntios 5:6: "Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isso, outorgando o penhor do Espírito." Ou seja, o Espírito Santo, sua obra, sua ação em nós é apresentada como a garantia de que aquilo que começou
pode ser continuado e concluído. Paulo, escrevendo aos Filipenses, diz que aquele que começou em nós a boa obra há de completá-la. Da parte de Deus, a disposição é sempre de levar até o fim aquilo que ele começou. O apóstolo Pedro diz lá em 1 Pedro 1:9: "Para que alcanceis o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas." Então, sabemos que a salvação está em desenvolvimento. Filipenses 2:12 diz: "Desenvolvei a vossa salvação." Mas Deus quer nos levar ao destino final. Agora, o que é que eu e você precisamos entender sobre essa garantia, se ela está
relacionada com a ação do Espírito? Não apenas sua pessoa, sua presença, mas sua obra em nós. Então, é evidente que tudo começa por um reconhecimento. O Espírito Santo habita em todo aquele que se converte, que normalmente nós chamamos de um cristão. Mas todo discípulo de Cristo, alguém que experimentou o novo nascimento, tem direito a experimentar a presença do Espírito Santo na sua vida. Efésios 2:22 diz: "Nele também, vocês estão sendo edificados junto com outros para serem morada de Deus no Espírito." Ou seja, Deus, na pessoa do seu Espírito, veio fazer morada em nós. E 1
Coríntios 3:16, a Bíblia diz: "Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?" Por outro lado, em Romanos 8:9, Paulo deixa claro que quem não tem o Espírito de Cristo não é dele. Quem é dele... Tem e quem não é, né? Quem não tem não é dele. Romanos 8:9 diz: "Vocês, porém, não estão na carne, mas no espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês; e se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." No entanto, nós não podemos negar que
há alguns textos que, quando falamos do Espírito Santo, de receber o Espírito Santo, são tanto quanto contraditórios. Eu digo isso porque a Bíblia não se contradiz; ela é perfeita, né, na sua harmonia, na maneira como a sua revelação se encaixa. Eu costumo dizer que, diante de qualquer aparente contradição, o que você tem é apenas um desafio de interpretação. Estou dizendo isso porque a maioria das pessoas entende a partir do momento da conversão, do novo nascimento, que o Espírito Santo veio habitar em nós; deduz-se que isso seja um processo automático. No entanto, em Lucas, no capítulo
11, no verso 3, Jesus diz: "Olha, se vocês são maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai Celeste dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem." Agora, Jesus está falando sobre pedir, e a ideia é que você pede para que possa receber. É toda a ênfase do ensino de Jesus sobre oração. Então, se fosse um recebimento automático, seria desnecessário pedir. Se tem que pedir, o recebimento não é automático. Alguns começam a questionar: "Mas espera aí, como exatamente se dá essa dinâmica?" E não adianta pedir antes da conversão. Ah, não está falando
de pedir porque a pessoa que quer se converter, e quando se converter, ela automaticamente vai receber. Jesus diz em João, no capítulo 14, nos versos 16 e 17: "Eu Pedirei ao Pai, e ele dará outro Consolador a fim de que esteja com vocês para sempre; é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não vê nem o conhece. Vocês o conhecem porque ele habita com vocês e estará em vocês." Por enquanto, Jesus diz que ele está presente; vocês podem perceber a ação dele, mas daqui a pouco ele estará dentro de vocês. Mas
Jesus diz que o mundo não pode receber, ou seja, alguém que não nasceu de novo não pode pedir o Espírito Santo esperando que o receba. Porque, sem o novo nascimento, não se recebe. Pressupõe-se que quem está pedindo é alguém que nasceu de novo. Mas se é automático, por que tem que pedir? Então, essas coisas têm trazido muito debate entre algumas escolas teológicas, né, relacionando não só o questionamento com "pera aí, é aqui, é depois", mas também com a própria ideia do selo do Espírito Santo, que sempre esteve associada ao entendimento da habitação no cristão. Então,
aqueles que dizem "isso aqui é automático, o Espírito Santo veio habitar em mim", pressupõem que eu recebi o selo de cara no dia da conversão. Aqueles que dizem "não existe alguma coisa a ser buscada depois" empurram o recebimento do selo para depois. Eu acredito que nós somamos uma percepção bíblica mais clara para entender o que de fato é o selo do Espírito em nós, e não dá para falar da segunda coisa sem resolver a primeira. Então, na terça-feira à noite, né, eu vou falar mais sobre essa distinção, mas a única forma de você entender as
aparentes contradições é imediatamente, é depois, é quando você entende que a Bíblia nos apresenta duas experiências distintas: uma delas se dá na conversão, quando nascemos de novo, e de fato a pessoa do Espírito Santo vem habitar em nós; a outra delas, depois de já tê-lo habitando em nós, é quando somos revestidos de poder. Então, por exemplo, já falamos anteriormente aqui, ao apresentar o ministério do Espírito, que ninguém pode se converter sem a ação do Espírito Santo trabalhando arrependimento e fé. A própria experiência do novo nascimento é algo que nenhum de nós pode negar. O apóstolo
Paulo diz em 1 Coríntios, no capítulo 12, no verso 13: "Pois em um só Espírito todos nós fomos batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres, e a todos nós foi dado beber de um só Espírito." A expressão "ser batizado" significa mergulhar, colocar para dentro. Quando a Bíblia fala de ser batizado no corpo, você não precisa imaginar o corpo de Jesus como algo líquido, onde alguém é emergido ou afundado. Mas a Bíblia diz que é o Espírito Santo quem nos batiza no corpo, nos coloca no corpo de Cristo. Ou seja,
não há conversão sem a obra dele. Eu gosto de dizer que o Espírito Santo te leva a Cristo, mas depois você vem a Cristo. João Batista anunciou: "ele [Jesus] vai batizá-los no Espírito Santo." A partir do momento em que você vem a Cristo, Cristo diz: "Agora eu vou te mergulhar no Espírito Santo." O Espírito Santo te colocou em mim, e agora eu vou te colocar no Espírito Santo. São duas experiências distintas. Em João, no capítulo 20, no verso 22, a Bíblia diz que o Senhor aparece aos discípulos depois de ressuscitado, e o texto diz assim:
"Havendo dito isso, soprou sobre eles e disse: 'Recebam o Espírito Santo'." Naquele momento, depois da ressurreição consumada, Ele sopra sobre eles e diz: "Recebam." Eu acho interessante que ele não diz: "Olha, isso aqui é só uma ensinação profética, mas não vai acontecer agora; é em outro momento." Ele dá a entender que o Espírito Santo está disponível e vocês já podem tê-lo, no sentido de habitar em nós. Mas, em Lucas 24:49, Jesus disse: "Eis que envio sobre vocês a promessa do Pai; permaneçam na cidade, ele falava de Jerusalém, até que vocês sejam revestidos do poder que
vem do alto." Então, mesmo Jesus que soprou e disse: "Recebam," diz que tem alguma coisa a mais. Quem está acompanhando Atos, capítulo 1, versos 4 e 5, é a continuação do relato de Lucas, e, comendo com eles... da Ressurreição deu-lhes esta ordem: “Não se afastem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, a qual vocês ouviram de mim; porque João, na verdade, batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias.” Ou seja, Jesus soprou e falou o que eu li para vocês, dizendo: “Recebam o Espírito Santo”, a habitação dele
em vocês não é a experiência com o batismo no Espírito Santo, que ainda está para acontecer. Essas experiências precisam ser distinguidas. Atos, capítulo 1, verso 8, o Senhor diz: “Vocês receberão poder ao descer sobre vocês.” Aqui, o “recebam” é do lado de dentro. Antes, Jesus diz: “O Espírito habita com vocês, mas ele estará do lado de dentro agora.” Ele está dizendo sobre vocês e, quando olhamos essas distinções, é evidente que essas duas experiências precisam ser destacadas. O apóstolo Paulo pergunta aos Efésios: “Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?” Ué, se há um recebimento automático na
conversão, e de fato a Bíblia está dizendo que sim, que Ele vem habitar em nós, mas não há nenhuma outra experiência, por que Paulo perguntaria se eles receberam o Espírito Santo? Paulo não está falando da presença habitando; ele está falando do que Atos 19 vai nos mostrar, que é o batismo no Espírito Santo. E, quando olhamos a palavra de Deus, é evidente que não se trata o batismo de algo automático na conversão, mas isso não significa que na conversão não nos tornamos morada de Deus no Espírito. Por que eu digo que é importante separar essas
coisas? Em Gálatas 3:2, Paulo pergunta: “Quero apenas saber isso: Vocês receberam o Espírito pelas obras da Lei ou pela pregação da fé?” Ele diz que, quando a palavra é pregada, inclusive com assuntos como estamos ministrando ao longo de todo o mês, a fé é despertada. Por quê? Porque fé é necessária para receber o Espírito Santo, como qualquer outra coisa, e assim como você precisa, quando entrega sua vida a Cristo. No verso 5, ele volta a dizer: “Aquele que lhes concede o Espírito e que opera milagres entre vocês, será que ele o faz pelas obras da
Lei ou pela pregação da fé?” Então, é necessária uma correspondência de fé específica. É o que Jesus falou: “Peça o Espírito Santo. Creia para que você receba o Espírito Santo.” Aí, alguns tentam misturar a experiência do batismo no Espírito com a do Espírito Santo vindo habitar em nós na conversão. Dizem: “Não, quando alguém se converte, já recebeu o Espírito Santo, já foi batizado, já tem tudo o que precisa.” Eu digo que é confuso você tentar sustentar isso, porque quando você olha para as declarações do livro de Atos, em Atos 10, na casa de Cornélio —
e já lemos esse texto — o povo primeiro foi batizado no Espírito Santo, para depois ter sido batizado nas águas. Em Atos, no capítulo 8, em Samaria, foi contrário: primeiro eles foram batizados por Filipe nas águas, mas a Bíblia diz que nenhum deles ainda tinha descido o Espírito Santo. Então, está claro que as duas experiências não necessariamente têm que acontecer juntas e nem que haja uma ordem para elas. Em Atos 19, enquanto Paulo batizava os Efésios, eles foram cheios do Espírito Santo. Então, o batismo no Espírito pode acontecer antes da água, pode acontecer durante ou
pode acontecer depois; não são a mesma experiência. Então, essa distinção é importante. Para quê? Para que a gente entre num questionamento mais claro sobre o que é o selo do Espírito. A gente viu que a sua ideia está associada a essa indicação de propriedade, autenticação, segurança, de destino. Em 1 João 4:13, a Bíblia diz: “Nisto conhecemos que permanecemos nele e ele permanece em nós pelo fato de nos ter dado do seu Espírito.” Eu acho interessante a Bíblia não só dizer “nisto sabemos que experimentamos”, mas ele fala de permanecer nele e ele permanecer em nós. E
essa permanência, nós nele e ele em nós, porque nunca é só um lado, é a interação de ambas as partes, como a gente vem destacando mensagem após mensagem, e eu vou seguir falando dessa interação o tempo todo. A Bíblia nos mostra que isso está relacionado com a ação, a obra do Espírito Santo. Então, se somamos, entendemos que há uma garantia. Mas o que exatamente é essa garantia e quando ela acontece? De uma forma geral, as igrejas tradicionais históricas sempre associaram o selo com a conversão, até porque o texto que nós lemos de Efésios, capítulo 1,
é muito claro e diz: “Nele”, se você olhar o versículo 12, termina falando "em Cristo". Quando chega ali Efésios 1:3, “Nele também vocês, depois que ouviram a palavra da verdade, o Evangelho da Salvação”, ou seja, quando foram evangelizados, tendo nele também crido, quando houve a resposta de fé para conversão, receberam o selo do Espírito Santo, a promessa. Então, eles sempre disseram: “Não tem o que discutir! Foi na hora que o Evangelho foi pregado, houve uma resposta de fé, houve conversão, houve um novo nascimento, o Espírito Santo veio habitar em nós. A habitação dele a partir
da conversão é o selo.” Quando o movimento pentecostal rompeu pelo mundo na virada do século XIX para o XX, porque ao longo de muitos séculos as manifestações do Espírito Santo, os dons, as experiências, tornaram-se muito raras e pouco experimentadas. Mas, quando Deus começou a restaurar isso no movimento pentecostal — e eu gosto de dizer que se espalhou que nem fogo em capim seco pelo mundo todo — eles começaram a dizer: “Não, o selo, a garantia não é o novo nascimento, a conversão.” E eles tinham tanto o que acreditava ser uma base bíblica como misturaram algo
perigoso na hora de você fazer doutrina que diz respeito à experiência. Base bíblica? Eles pegaram a segunda epístola de Paulo aos Coríntios, capítulo 1, verso 21 e 22, que diz assim: “Aquele que... Nos confirma juntamente com vocês em Cristo, e aqui está falando de confirmar em Cristo. Ou seja, é a autenticação; é a ideia do selo. Ele diz: "Aquele que nos confirma junto com vocês não só nós, mas vocês também em Cristo, e que nos ungiu é Deus, e que também pôs o seu selo em nós e nos deu penhor do Espírito em seu coração."
E sério, pera aí! Quando está falando que nos ungiu, está relacionando o selo com a unção, com o revestimento de poder, com a segunda experiência, e não com a primeira. É aqui que está a confirmação. E aí, para tentar justificar a interpretação, eles misturaram experiências. Tem um monte de crente que nasceu de novo e está desviando. Se tem uma garantia, um penhor, como é que está se perdendo no processo? O penhor é o poderoso e glorioso batismo no Espírito Santo, que quando você é revestido de poder, você vai vencer o pecado, o mundo, o diabo,
Satanás e tudo. E começaram a identificar a experiência do selo com batismo no Espírito Santo, tanto que até hoje, no meio pentecostal, a expressão "selado" é sinônimo de "batizado no Espírito Santo". Eu me lembro das campanhas de avivamento quando o pregador, no final, dizia: "E no final dessa semana, nós tivemos tantos selados com o Espírito Santo", porque eles simplesmente começaram a bater o pé e dizer: "O selo está aqui!" No entanto, o argumento da experiência tem crente nascido de novo, não batizado, desviando. Virou-se contra eles quando muita gente, que além de ser de novo, e
ter sido batizado no Espírito Santo, começaram a desviar. Aí tu ... dizia: "Mas e o argumento de que tem garantia? O processo não perde!" Alguém disse: "Ok, vamos tirar a experiência." Esse texto fala claro da conversão, e o outro, e esse texto fala claro da unção; não são as mesmas experiências. E o que eu acho curioso é que as pessoas tentam brigar por qual versículo é que tem razão, como se uma parte da Bíblia fosse verdadeira e outra não, como se uma tivesse certa e a outra errada, e a gente tem que descobrir qual é
a certa. A verdade está no todo, na concordância, e a palavra de Deus nos conta isso. Então, a pergunta se é feita: existe alguma outra coisa que possa indicar que o selo do Espírito não seja só isso aqui que acontece na conversão, nem só isso aqui que acontece no batismo no Espírito Santo, mas pode ser alguma coisa que não exclua nenhum nem outro, mas que também não se contradiz? E eu creio que esse é o ponto a ser explorado. Quando as pessoas me perguntam: "Pastor, quando o senhor acredita que se dá o selo na vida
do cristão, na conversão ou no batismo?", eu falo: "Nem um, nem outro, mas nos dois." "Ah, não, não, não, pera aí, agora o senhor complicou as coisas!" Falei: "Não é só isso, não é só aquilo; envolve isso, mas é maior do que o que vocês estão enxergando." Eu quero tentar te mostrar que talvez a nossa perspectiva errada de definir o selo seja tentar estabelecer uma linha do tempo e dizer: "Aonde, cronologicamente, ele aconteceu? Aconteceu aqui ou aconteceu ali?" Mas, na nossa cabeça, é uma experiência instantânea e completa. Se isso fosse verdadeiro, tudo aquilo que eu
prego e ensino sobre a perda de salvação não seria coerente. Por quê? Porque se temos uma garantia, não existe risco; e se tem risco, não tem garantia. Então, como que a gente lida com esse entendimento? Eu acredito que, além de separar as duas experiências – isso precisa ser claro –, eu e você precisamos entender que ainda não temos tudo o que podemos ter e nem experimentamos tudo que podemos experimentar do Espírito Santo. Em Romanos, no capítulo 8, no verso 23, o apóstolo Paulo, falando da criação que geme, ele conclui: "Não somente ela, mas também nós,
que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do corpo." E não disse só: "E também nós que temos o Espírito." Ele disse: "Temos as primícias." As palavras primícias significam primeiros frutos. De onde Paulo tirou isso? Do entendimento da festa e da celebração das primícias da própria Bíblia. O que era o exemplo alegórico que Paulo menciona? O camarada entrava no campo com um braço, ele abraçava um feixe – seja de trigo ou o que for – e, com o outro, ele cortava com a foice e ele
parava a colheita no primeiro feixe, porque ele tinha que agora levar para Deus os primeiros frutos. Os primeiros frutos não eram toda a colheita; eram bem distintos. E quando ele está dizendo: "Nós temos as primícias do Espírito Santo", evidente que ele está dizendo: "Nós não temos tudo que podemos ter." Agora, nós já falamos na semana passada que Deus não está dando o Espírito Santo parcelado, aos poucos. Quando explicamos que o conceito de ser cheio do Espírito não é a gente ter mais dele, e subindo o nível até estar com o tanque cheio, a gente mostrou
que a ideia de ser cheio é estar totalmente tomado e que o conceito bíblico de ser cheio é ele ter mais de nós, porque ele não é parcelado. Então, se ele não é parcelado, o que é que significa? Eu e você não temos tudo daquilo que poderíamos ter. Estamos falando da obra dele. Tanto que Paulo disse: "Nós estamos aguardando a redenção do corpo." Ou seja, nosso espírito foi regenerado, nossa alma segue sendo restaurada e, um dia, o nosso corpo será transformado. Então, não temos tudo e não experimentamos ainda a sua obra plena e completa. Agora,
a pergunta é: se não experimentamos sua obra plena e completa, que vai progressivamente nos transformando de glória em glória na imagem de Cristo, como sinalizamos desde a primeira mensagem, como é que nós já temos uma garantia do processo terminado? Antes de terminar, eu mencionei 1 Pedro 1:9: "para que alcanceis o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas". Esse é o objetivo final. Outro dia, alguém falou: "Não saber, eu não consigo entender como você acredita em Pedro de salvação". Falei: "A salvação não é pela fé". Ele falou: "É". Eu falei: "Paulo não fala de
alguns que naufragaram na fé? Ele não fala de guardar a fé? Se a fé pode ser perdida ao longo do processo e a salvação é só pela fé, como é que a salvação, que é pela fé, se alcança sem fé? Então, você acha que é só ter fé para começar e não precisa mais justificá-la? Não precisa sustentá-la? Não precisa praticá-la?". Nosso conceito de segurança existe, mas está condicionado a quê? A que você funcione devidamente de acordo com aquilo que Deus deu. Rafael Barbosa me pediu, no intervalo, falou: "Pastor, deixa mais claro, tipo assim: mostra que
um selo de garantia num produto é válido enquanto você usa direito". Ele diz: "Não adianta jogar o iPhone debaixo da roda do carro, passar por cima, e esperar, né, que o fabricante simplesmente dê outro". Existe um entendimento prático sobre isso. As Escrituras nos mostram que sim, por exemplo, em Filipenses 2:12, a Bíblia diz: "Desenvolvei a vossa salvação com temor e trembling". Se ela é um ato unilateral de Deus, por que existe um imperativo para que eu a desenvolva? Nós precisamos entender alguma coisa na dinâmica da obra do Espírito Santo que envolve o que eu estou
falando desde o início: interação. Então, pastor, tem algum texto que não exclua a ideia de que o selo pode estar relacionado com a conversão, pode estar relacionado com o batismo no Espírito Santo, que não coloque os dois em choque, que não se discuta que a garantia não é ato unilateral de Deus e que resolva tudo isso? Efésios, capítulo 4, verso 30, que diz: "E não entristeçam o Espírito Santo de Deus, no qual vocês foram selados para o dia da Redenção". Aqui, Paulo introduz a ideia de selo não como uma experiência única e cronológica em um
momento ou outro, mas ligada a um relacionamento. Se você entristecer, se você afastá-lo, você vai perder a única garantia que você pode ter. Então, ele não está falando do selo como algo que aconteceu ali; ele fala de algo que envolve uma dinâmica de interação contínua e permanente, e que, se for comprometida, a garantia foi embora. Aonde isso nos leva? Eu quero destacar assim, em primeiro lugar, distinguimos a experiência do Espírito Santo habitando em nós - que são duas coisas diferentes: ele habitar em nós e o batismo no Espírito Santo. Por outro lado, ao questionar o
selo do Espírito Santo, a gente diz: "Não está aqui, não está ali", mas envolve todas essas coisas. Em terceiro e último lugar, e aqui eu gasto um pouquinho mais de tempo, eu quero falar sobre o que a Bíblia chama de a comunhão com o Espírito Santo. Em 2 Coríntios, capítulo 13, verso 13 (em algumas traduções, isso mudou para um versículo novo, que é o 14, mas é o último do capítulo), esse verso diz assim: "Nós o apelidamos de a bênção apostólica: a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito
Santo estejam com todos vocês". Não com alguns, com todos vocês, porque cada um desses itens apresentados aqui é para todo mundo. Eu fico olhando para um versículo como esse e imagino que a maioria dos crentes lê mais ou menos assim: "A graça do Senhor Jesus Cristo". O crente para e fala: "Top, esse negócio é sério! Isso aqui é importante, é vital, essencial, inegociável", porque lembra da declaração de "pela graça sois salvos". Então ele pensa: "Se não tiver a graça, tá todo mundo lascado!". Então ele diz: "Isso aqui é importante". Aí ele continua lendo: "E o
amor de Deus". Ele para e diz: "Top! Também essencial, vital", porque lembra de João 3:16: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê". E pensa: "Se não fosse o amor de Deus, a gente tá todo mundo perdido e lascado". Mas ele termina a leitura mais ou menos assim: "E a comunhão do Espírito Santo... o que quer que seja isso não deve ser importante? Esteja com cada um de vocês". Eu digo: "Como é que é? O Senhor Jesus oferece algo que é vital, a graça, sem
o qual não tem vida cristã, não tem salvação, não tem relacionamento com Deus. O Pai oferece algo vital, a expressão do seu amor que providenciou tudo, vital, sem o qual não há vida cristã, não há relacionamento com Deus, não há nada; e o Espírito Santo oferece uma coisa inútil, sem vergonha, sem propósito, só para entrar na lista, mas que não tem nenhuma relevância?". O nosso problema tem sido não conseguir mensurar o peso que o ministério, que a obra do Espírito, tem em nós. E não adianta falar dele agindo sozinho, porque, para que ele aja, é
necessária interação. E nessa interação, a Bíblia nos mostra uma ideia de relacionamento, porque o Espírito Santo não é uma coisa. Espírito Santo não é uma energia, ele não é uma força, ele não é um poder; ele é uma pessoa e é Deus. Ele é um com o Pai e com o Filho. Então, o Filho e o Pai apresentam obras essenciais e a dele é totalmente desnecessária. Ele veio habitar em nós a troco de nada, porque não tinha lugar para ele morar no céu e descobriu que podia morar dentro de mim, dentro de você, de graça,
sem pagar aluguel. Se nós não entendemos a importância do que ele veio fazer e a natureza da sua obra, que requer interação, mas não é só... Um movimento lá de lá, eu faço do lado de cá. Essa interação é relacional. E aí, nós já falamos que o Espírito Santo pode ser resistido, que ele pode ser enciumado, que ele pode ser apagado, que ele pode ser entristecido. São todas dinâmicas de algo que acontece dentro do quê? De um relacionamento. Ao olhar para as Escrituras, nós percebemos toda uma sinalização de que era pra gente interagir com ele
como interagimos com uma pessoa de carne e osso. João, capítulo 14, verso 25 e 26, Jesus disse: “Tenho dito isso enquanto ainda estou com vocês; mas o Consolador, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse ensinará vocês todas as coisas e fará com que se lembrem de tudo que eu lhes disse.” “Ensiná-las todas as coisas” não é algumas. Quando a gente pensa ser guiado pelo Espírito Santo, a gente pensa em um direcionamento profético, uma manifestação dos dons. Não, como nós vamos falar na semana que vem, no próximo domingo, se Deus permitir. Um
dos conceitos de ser guiado é ser tomado pela mão e ser conduzido até o destino final. Nós não estamos falando de um mero direcionamento profético, de uma experiência de dons; estamos falando de viver a vida cristã debaixo da plena condução e liderança dele. E isso envolve o quê? Uma dinâmica de relacionamento, não tratá-lo como um ser pessoal. Atos, capítulo 8, verso 9, então o Espírito disse a Felipe: “Aproxime-se dessa carruagem e acompanhe.” Alguém que fala coisas particulares, num nível muito personalizado, que dá direcionamento e que, junto com ele, demonstra os seus resultados sobrenaturais. Atos, capítulo
10, versos 19 e 20: “Enquanto Pedro meditava a respeito da visão, o Espírito lhe disse: Estão aí três homens à sua procura; portanto, levante-se, desça, vá com eles sem hesitar, porque eu os enviei.” Quando você olha a forma como esse povo vivia e se relacionava com o Espírito Santo, ele era tratado como uma pessoa. Uma pessoa a ser ouvida, a não ser entristecida, a não ser afastada, a não ser apagada; alguém que não poderia ser deixado com ciúmes. Ou seja, a ideia de relacionamento. Eu quero que você me acompanhe, por gentileza, em Hebreus, no capítulo
6, e nós vamos ler dos versículos 4 até o 9. Esse ensino aos hebreus, para mim, é importantíssimo dentro do assunto que nós estamos falando, e o escritor diz assim: “Hebreus 6, de 4 a 9: É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro e caíram; sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo à zombaria.” Outras traduções mais antigas
dizem “vitupério”, que significa desonra pública. Deixa eu fazer uma pausa antes de ler os versículos 7 a 9. O texto está falando de gente que caiu e não só caiu, mas ultrapassou uma linha sem volta. E diz que caíram a tal ponto que é impossível renová-los para arrependimento. Aí eu ouço o time que não acredita na salvação de Pedro dizer: “Não, não eram salvos.” Eu digo: Como é que caíram senão salvos? Já estavam caídos, tá todo mundo caído, longe de Deus, distante, inimigo. E aí você vai dizer que eles caíram sem serem salvos? Ah, não
é que eles até vieram pra igreja, comportaram-se como crentes, mas não eram. Eu digo: Fala sério, é impossível renová-los para arrependimento. Para renovar, tem que ter tido arrependimento antes. Quem que conduz ao arrependimento? O Espírito Santo, ainda que haja responsabilidade do homem interagir. Então ele estava lá. O texto diz que eles foram iluminados, significa que a luz de Deus brilhou na vida deles. Não é gente tentando alguma coisa sem Deus, que tá olhando e dizendo: “Não, escolhi vocês, quero saber de vocês.” Tem nada a ver com isso. A Bíblia diz que a luz de Deus
brilhou na vida deles, resplandeceu no meio das trevas da vida deles. O texto diz que receberam o dom celestial. Quando Jesus usa a expressão “nascer de novo”, no original é “nascer do alto.” Paulo, em Romanos 5, fala dos que receberam a abundância da graça e o dom da justiça. Ou seja, receber o dom celestial, para simplificar, tá falando de nascer de novo. E pra gente não gastar tempo discutindo isso; se provar que isso é novo nascimento, é só pegar a próxima declaração: e se tornaram participantes do Espírito Santo. Jesus disse que o mundo não pode
recebê-lo e que, se alguém não tem, não é de Cristo, porque aqui tá a determinação clara de quem é de Cristo. Agora, eles se tornaram participantes. Não é que foram tocados, mas não deixaram ele terminar o trabalho; se tornaram participantes do Espírito Santo ao recebê-lo sem serem salvos. A Bíblia diz: “Provaram a boa palavra de Deus.” E “provar” aqui dá a ideia de saborear. A tradução espanhola de Reina Valera diz “degustaram”, “saborearam” a palavra de Deus. Ou seja, não receberam apenas um evangelho mal pregado, mal explicado; foram discipulados, ensinados, instruídos na palavra. A Bíblia diz:
“E provaram os poderes do mundo vindouro.” O que você pode falar, desde a transformação do fruto do Espírito até a manifestação dos dons, tudo isso sem serem salvos. Eu digo: é uma façanha muito grande tentar dizer isso. Mas a pergunta é: se só ter o Espírito Santo habitando em nós ou se só ter sido batizado no Espírito Santo é garantia de que o processo termine, como que alguém que participou do Espírito Santo pode cair ao ponto de não mais poder ser renovado para arrependimento? Então, a pergunta é: será que nós entendemos o que exatamente é
o selo? O que o texto está falando? Vamos continuar no verso 7 até o 9. O verso 7 começa com a conjunção explicativa, pois está sendo construída uma explicação: porque a terra que absorve a chuva... Que frequentemente cai sobre ela e produz plantas úteis para aqueles que a cultivam, recebe bênção da parte de Deus. Mas, se produz espinhos e ervas daninhas, é rejeitada; perto está da maldição e o seu fim é ser queimada. Eu, durante muito tempo, li os versículos 7 e 8 com a sensação de que parecia que copiar e colar o texto no
lugar errado, na linguagem informática, Control C e Control V no lugar errado. Eu não sei se alguém já fez isso; já fiz isso com texto, com um livro. Estou revisando o material e não sei que não ficaria tão bem aqui quanto lá. No fim, eu recorto, mas enquanto ainda estou analisando, até na hora de chegar ao lugar, eu fico me perguntando o que é que eu fiz com esse texto. Eu preciso de outra revisão para descobrir que colei no lugar errado, né? E aí fica totalmente sem sentido. A sensação que eu tinha era essa. Mas
no versículo 9, o escritor deixa claro que ele não mudou o assunto e diz: "Quanto a vocês, meus amados, aí que falemos dessa maneira, estamos certos de que coisas melhores os esperam, coisas relacionadas com a salvação." Você pode repetir isso comigo? Diga: "Coisas melhores, coisas melhores, relacionadas com a salvação." Só mais uma vez: "Coisas melhores, coisas melhores, relacionadas com a salvação." Outra tradução diz: "De vós, amados, esperamos coisas melhores." O que significa "esperamos coisas melhores"? Em primeiro lugar, no sentido genérico, falando de todo crente, em todo lugar, em todas as épocas, Deus tem o direito
de esperar de mim e de você o melhor, o nosso crescimento, porque Ele fez o Seu melhor por nós. Filipenses 1:27 diz que eu e você temos que viver de modo digno do Evangelho com o qual nós fomos chamados. Isso não significa que a gente recebeu o Evangelho por ter dignidade própria, mas, depois que o Evangelho nos dignificou em Cristo, nós precisamos de uma resposta digna ao investimento feito. E nós temos que levar Deus a sério; não podemos viver de brincadeira. Quem está entendendo? Então Ele está dizendo: "De você, esperamos coisas melhores." Esse é o
sentido genérico, mas, ainda que a gente vá olhar aquilo que é genérico para todo cristão, não dá para negar que o escritor de Hebreus estava falando com um grupo específico de crentes. Então, ele está falando por um grupo de crentes que está de pé, mas ele acabou de citar um grupo de crentes que não só caiu, mas caiu a ponto de não poder ser renovado para arrependimento. Aí ele fala: "Para de pé, de vocês, esperamos coisas melhores." Melhores do que quem? Do que eles. E é nesse intervalo que ele apresenta uma alegoria. Ele está falando
de crente bom que está de pé e crente ruim que caiu; crente que corresponde com Deus e crente que deixou de corresponder com Deus. Ele entra com alegoria falando de terra boa e terra ruim, terra que corresponde com fruto e terra que não corresponde com fruto. Ele não está falando literalmente de terra, porque ele termina dizendo: "O fim do verso oito e o seu fim é ser queimada." Terra não queima. Você sabe que incinerador é esse que ele está falando. Então, a pergunta é: qual é o grande diferencial que determina quem frutifica para Deus e
quem não frutifica? Durante muito tempo, olhando para esses versos 7 e 8 de forma equivocada, eu pensava: "Bom, sobre um grupo choveu e sobre outro grupo não choveu." Além do fato de que a Bíblia apresenta as chuvas como a figura do derramar do Espírito Santo, é evidente que a chuva é o investimento de Deus para que a terra frutifique. E o maior investimento que Jesus sinalizou que nós precisaríamos para viver a vida que Ele espera de nós é o Espírito Santo. Então, eu ficava pensando: "Então esse aqui deu bom porque choveu sobre eles e esse
aqui deu ruim porque não choveu." Se isso fosse verdade, nenhum dos crentes poderia ser responsabilizado por nada, porque a planta não tem o poder de fazer chover sobre si. Então, a que recebeu a chuva seria afortunada e a que não recebeu seria apenas vítima de uma escolha que não é dela, e ela não poderia ser responsabilizada. O que dizer? Ser lançada no fogo por causa disso? A pergunta é: Deus está escolhendo sobre quem vai chover? Não, nem no natural, nem no espiritual. No natural, Jesus disse: "O Pai Celeste faz sair o sol e cair a
chuva sobre justos e injustos." No espiritual, Ele diz: "Derramarei do meu Espírito sobre toda a carne." Ele não falou: "Vou derramar do meu Espírito sobre alguns, vou derramar do meu Espírito sobre os eleitos, vou derramar do meu Espírito sobre os crentes." Sobre os crentes bons das igrejas boas. Ele nunca fez distinção e disse: "Vou derramar do meu Espírito sobre toda a carne." Ele está dizendo: "Eu estou fazendo investimento para que todo mundo possa corresponder e frutificar." Então, qual a diferença entre um tipo de terra e outro? A diferença está aqui no verso 7: a terra
que absorve a chuva, que não desperdiça, que aproveita, que interage com aquilo que está sendo derramado sobre ela. E, de novo, nós voltamos a um elemento comum: o que é a nossa garantia? Não é uma experiência cronológica ao longo do tempo, é a disposição de ato contínuo de interagir. Porque, se eu absorvo a chuva hoje, mas daqui a 10 anos não, o que é que me adiantou ter absorvido no início? Quem está entendendo? O nosso problema é que a vida inteira nós ficamos tentando definir o selo em um lugar de referência cronológica: aconteceu lá ou
aconteceu cá? Deixa eu tentar explicar isso de outra forma. Hoje, 17 de setembro de 2023, eu completei exatos - descontando, né, levando em consideração o bissexto - tudo 18.522 dias de vida. Estou há 18.522 dias no planeta Terra. Para simplificar sua conta: 50 anos que sempre tem. Um, que fica: Que idade ele tem? Pronto, já resolveu seu problema? Você volta a prestar atenção aqui, em vez de ficar fazendo a conta. Se eu levar em consideração, aqui, só a nível hipotético, que eu tenha comido, em média, 1 kg de comida por dia, média generosíssima; na época,
eu era criança e malemá comia. E os últimos anos, a última década, que eu me converti nessa área, porque teve alguma coisa nesse meio, no limbo, aqui que 1 kg era uma refeição. Então, vamos tentar imaginar uma média que sirva para a maioria de vocês e, mesmo para a maioria de nós, a média é generosa e significa que eu já comi no mínimo, no mínimo, 18 toneladas de alimento. Ou seja, eu sou uma máquina devoradora de alimentos. Eu fico imaginando se eu fosse estocar 18 toneladas e meia de alimento aqui em cima da plataforma, qual
seria a altura, né? Porque o espaço já tá limitado. Qual seria, não a extensão horizontal, mas vertical? Quanto espaço precisaria para acumular 18 toneladas e meia? Ou seja, é muita comida, gente. Se alguns anos atrás, quando eu completei 15.000 dias de vida, eu pensasse: "Meu Deus, 15 toneladas de alimento consumido!" e eu chegasse à conclusão que eu já comi demais e parasse de comer permanentemente, estaria aqui hoje pregando para vocês? Não, porque não precisa nem de muita inteligência, porque não importa quanta comida eu comi; se eu parar de comer, eu morro, pelo menos permanentemente. E
quando nós falamos do Espírito Santo, a gente não consegue entender a mesma lógica. Deixa eu te dizer uma coisa: não importa quanta experiência já teve com o Espírito Santo; se você parar de relacionar-se com Ele, então o selo não é experiência do primeiro dia! Aleluia! Tive experiência, tô garantido para sempre, não preciso de mais nada! O selo não é experiência do batismo no Espírito, mas envolve todas essas coisas. O selo é uma resposta contínua de relacionamento com Ele, onde eu e você decidimos: eu não vou apagá-Lo, eu não vou diminuir Sua obra, eu vou interagir,
eu não vou entristecê-Lo, não vou resisti-Lo, não vou afastá-Lo; eu vou permanecer sensível à Sua condução e à Sua liderança. O selo do Espírito não é uma experiência única, é um ato contínuo de interação e relacionamento. Por isso quando a Bíblia diz "enchei-vos do Espírito", nunca é uma experiência única; é ato contínuo. Ou seja, alguém pode ter se tornado participante do Espírito Santo, como esses hebreus estão ouvindo falar de um grupo, e ainda assim interromper completamente o processo, a ponto de não ter garantia nenhuma. Aliás, vários textos não só relacionam o conceito do selo com
garantia, mas mostram pecados contra o Espírito Santo que sinalizam uma interrupção do processo. E a gente já falou deles, mas vamos recordar alguns e tocar em outros. Atos 7:51, Estevão diz: "Vocês sempre resistem ao Espírito Santo". Alguém diz: "Não, isso é quem não se converteu". Vamos pular. 1 Tessalonicenses 5:19, falando pro crente: "Não apaguem o Espírito". Ele não tá dizendo que a pessoa do Espírito será extinta, deixará de existir, mas, obviamente, Sua obra na nossa vida, ao ser comparada com fogo, tá dizendo: se você alimenta, ela permanece ou aumenta; se você não alimenta devidamente, ela
diminui. Se você não alimenta nada, ela pode se apagar completamente. E se eu e você O apagamos completamente, e Ele, a garantia, significa que nós podemos ter aberto mão da garantia no meio do processo. Em Mateus 12:31 e 32, Jesus disse: "Por isso digo a vocês que todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do Homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, isso não lhe será perdoado, nem nesse mundo, nem no porvir".
Aí alguns fazem um malabarismo teológico para dizer: "Não, isso aqui é o pecado contra o Espírito Santo". E aí eles evitam a blasfêmia. Jesus tá dizendo que a blasfêmia é um pecado sem perdão. Eles tiram "blasfemar", que é um ato de falar do jogo, e dizem: "O pecado contra o Espírito Santo é não crer em Jesus". Eu digo: "Como é que é? Então o cara que não creu até agora não vai ser perdoado; ele não pode crer nunca mais? Que conversa é essa?" Pega o contexto. A Bíblia diz que os fariseus atribuíram a obra do
Espírito Santo, Jesus curando enfermos, expulsando demônios, e Ele disse que fazia isso pelo dedo de Deus e pelo poder do Espírito Santo. Eles disseram: "Você faz isso por Belzebu, o maioral dos demônios". Eles atribuíam a obra do Espírito Santo a demônios com consciência, não com ignorância. Eu já vi gente que foi em culto, em reunião, dizer: "Esse cara é enviado de Satanás; os milagres que acontecem são do diabo". O cara entra e recebe o milagre e aí fica em crise: "Peraí, o diabo tá mais forte na minha vida do que Jesus". E tem que parar
e pensar e perceber que ele estava numa grande ignorância. Mas essa turma era indiscutível; a Bíblia diz que eles O entregaram por inveja. Era indiscutível; eles reconheciam: só Deus pode fazer isso, não tem outra forma. Mas se a gente admitir, vai ficar ruim para nós. Então vamos dar um tombo no cara e, deliberadamente, eles passam a falar contra o Espírito Santo, atribuindo a Sua obra a demônios. Alguém vai dizer: "Não, mas é porque não se converteu". Ok, vamos falar de convertidos. Hebreus, capítulo 10, de 26 a 29, e eu vou ler do 26 a 29
para fazer mais sentido. No verso 29, é chamado de um insulto ou um ultraje ao Espírito Santo: "Se continuamos a pecar de propósito" (outra versão diz "deliberadamente"), ou seja, intencional, depois que temos recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, ou seja, intencionalidade em... Pecado é, depois de conhecer a verdade, alguns dizem: "Não é porque aqui o ídolo está na ignorância, não sabe." Agora, alguém pregou, ele não quis; ele quer ficar no pecado. E eles tentam dizer: "Isso aqui não é para crente." Aí digo: "Não, vamos continuar lendo o texto." Disse, pelo
contrário, resta apenas uma terrível expectativa de juízo e fogo vingador, prestes a consumir os adversários. Quem tiver rejeitado a lei de Moisés morre sem misericórdia, pelo depoimento de duas ou três testemunhas. Imaginem quanto mais severo deve ser o castigo daquele que pisou o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado e insultou o Espírito da Graça. Aliás, se você ler depois, verso 30 e 31, a Bíblia diz: "O Senhor julgará o Seu povo". Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo, porque o nosso Deus é um consumidor. Então, o
Senhor julgará o Seu povo; não está falando de gente que não é povo. Aí o texto diz: "Pisaram aos pés do Filho de Deus". Se parasse aqui, você falaria: "Não, rejeitou Jesus, não converteu." Mas a Bíblia diz: "Profanaram o sangue da aliança com o qual foram santificados." Gente, alguém me explica como é possível você ser santificado pelo sangue sem ser salvo? Porque uma coisa é a pessoa frequentar a igreja sem nunca ter nascido de novo, sem nunca ter se arrependido, sem nunca ter crido, sem nunca ter tido uma experiência de conversão genuína. Eu costumo dizer
isso: a pessoa que frequenta a igreja não faz de você um cristão; assim como frequentar o estábulo não fará de você uma vaca. Você pode estar em um ambiente que tem gente com aquela natureza; se você não mudar de natureza, você nunca será aquilo. Então, é evidente que alguém pode estar no nosso meio sem conversão, mas o livro do Apocalipse diz que a única forma de ter acesso e entrar na cidade pelas portas é lavando as vestes no sangue do Cordeiro. Aí o cara lavou as vestes, mas não está salvo. É uma trollagem espiritual para
enganá-lo. Pelo amor de Deus, gente, agora, de alguma forma, as pessoas estão olhando e falando: "Não, se a gente admitir isso agora, vai falar que ele insultou o Espírito Santo, que é a garantia." Então, não tem mais garantia? Não, continua tendo garantia; a questão é que você não pode esculhambar a garantia achando que vai continuar bem. Esse é o ponto. As pessoas estão, de alguma forma, buscando a garantia irresponsável. Eu vivo de qualquer forma, não preciso corresponder com Deus. Não quer dizer que eu e você vamos acordar cada manhã com medo: "Perdi a salvação hoje."
Ela continua aqui; não é isso. Mas a Bíblia está dizendo que eu e você precisamos levá-lo a sério, que precisamos corresponder com Ele. Quem está entendendo diga "Amém". O selo, portanto, é um relacionamento contínuo com o Espírito Santo. Não importa se você, ao nascer de novo, recebeu a habitação dele, se um dia você foi batizado no Espírito Santo, foi cheio, transbordou dele; se depois você teve um batismo de fogo com ele, se depois você viveu o poder dos dons com ele, se em algum momento você se tornar insensível para ele, você jogou fora a única
garantia que tinha. Então, por isso que Jesus diz: "BL contra mim a gente resolve; contra o Espírito Santo não." O que Ele está dizendo? Jesus está dizendo que eu sou legal para caramba, eu sou assim, muito amoroso, perdoador. Mas o Espírito Santo não; ele é rancoroso, melindroso. Então, ele, como eu, não vai te tratar bem. É isso que Ele está dizendo. Não, Jesus está dizendo: "Enquanto você está me atacando, o Espírito Santo ainda está tentando te convencer do pecado." Então, nós temos na Bíblia o exemplo de um Saulo que está perseguindo Jesus, lutando contra Jesus,
mas o Espírito Santo trabalhando para levá-lo ao arrependimento. Mas quando você afasta aquele único que poderia fazer o que você precisa para se garantir, como é que você se garante sozinho? Quem está entendendo? É por isso que eu acho absurdo quando alguns pregam que na tribulação o Espírito Santo vai ser tirado da terra, e o cara que, com a ajuda dele, nunca converteu, agora vai converter por esforço? Eu digo que vocês estão de brincadeira. Nós precisamos entender a centralidade, a proeminência da obra do Espírito e que eu e você temos responsabilidade na interação. O selo
é uma garantia, sim. Nenhum de nós precisa ter medo de que o processo seja interrompido, porque Deus não vai interromper a parte dele enquanto eu e você estamos interagindo devidamente com Ele. E a interação, ela se chama relacionamento, porque Ele é um ser pessoal; Ele não é uma força qualquer. A dinâmica dessa interação vai ficar mais clara na semana que vem, quando falarmos sobre a forma como Ele deseja nos liderar e qual o nível de resposta que nós temos que dar a Ele. Mas eu gostaria que hoje a gente pudesse terminar com alguns momentos de
oração. Por quê? Nós precisamos rever o nosso relacionamento de tempos em tempos. A gente precisa parar, dar uma olhada e rever. E um de nós acorda amanhã resmungando: "Hoje é dia de maldade. O que eu posso fazer para machucar, para ofender, para entristecer o Espírito Santo?" Não é assim que funciona. Eu, pelo menos, quando olho para a minha vida, posso garantir para você que, por compromisso, por proximidade, por uma série de assuntos, sem tirar a responsabilidade de amar os demais, as pessoas que eu mais amo são minha família. Eu nunca acordei uma manhã pensando: "O
que eu posso fazer hoje para machucar o coração da K? O que eu posso fazer hoje para entristecer ou magoar o Israel?" Mas muitas vezes eu fiz isso, não porque planejei isso, mas porque não fui cuidadoso o suficiente para perceber o que era importante para eles ou para prestar atenção em uma maneira. Como eu respondi, o jeito que eu falei: às vezes era o que eu fiz, às vezes era o que eu não fiz. E quando eu me tocava que tinha machucado um deles, qual era o caminho? E lá, humildemente, dizer: "Me perdoa, eu amo
você. Eu não sei onde é que eu tava com a cabeça. Eu não sei por que não te enxerguei como deveria. Eu não sei por que não te tratei como deveria. Mas isso também me feriu. Eu não quero você distante. Eu quero um relacionamento legal; vamos consertar isso como fazemos com o Espírito Santo. Não é diferente agora. Eu nunca cheguei para minha esposa e disse: 'Te prometo que nunca mais vai acontecer isso', porque eu não sou louco. Eu teria que ser perfeito para garantir essa promessa. Eu falei para ela: 'O que eu posso te prometer
é que isso vai acontecer cada vez menos, porque eu vou estar profundamente empenhado com o meu crescimento no processo.' E muitas vezes, para o Espírito Santo, eu falei a mesma coisa: 'Eu não posso te garantir que em algum momento, por descuido, eu vá te entristecer. Mas eu te prometo que eu vou entregar tudo de mim.' E isso não é suficiente; eu vou depender de interagir devidamente com o Senhor para poder usar tudo que é Seu, para que isso não aconteça com a mesma frequência e regularidade, para que eu possa viver transformação. Uma das coisas mais
necessárias para qualquer cristão é manter um coração terno, sensível para o Espírito Santo. A Bíblia diz: 'Hoje, ouvires a Sua voz, não endureça o coração.' E muitos não percebem que começam nas primeiras coisas; às vezes é um pensamento que ele teve, algo que ele falou, e o Espírito Santo vem tentar convencê-lo: 'Isso não é legal.' E muitas vezes o coração endurece; a pessoa sente necessidade de razão para justificar o que fez, ou pelo que fez. E muitas vezes o processo vai lentamente. Uma coisa é entristecer uma vez, outra coisa é fazê-lo algumas vezes, outra fazê-lo
várias vezes, ou até fazer muitas vezes, ou até fazê-lo permanentemente. Mas esse processo de deterioração da fé nunca é instantâneo. Alguém diz que o crente não cai, ele vai caindo, e é necessário muito descuido e falta de sensibilidade para que essa relação se deteriore profundamente a ponto de não ter mais volta. Mas, biblicamente, é possível ultrapassar a linha sem volta, com certeza. Mas a ideia de falar isso é tentar criar em você o medo ou pavor de chegar no lugar sem volta; é justamente criar em você uma resposta, um posicionamento: dizer: 'Nem a pau que
eu vou atravessar pro lado de lá. Eu quero me garantir do lado de cá, pertinho dele.' Eu acredito que, no domingo que vem, nós vamos ter a orientação mais prática de todos os ensinos possíveis sobre como interagimos e nos relacionamos com Ele, com simplicidade, praticidade no dia a dia. Mas toda essa construção é importante. Alguns ficam me olhando com a cara de 'Chega logo lá, pastor', eu digo: 'Vamos com calma! Nós estamos montando um quebra-cabeça, né? Tanto doutrinário quanto de orientação prática. A Bíblia não falaria tanto sobre o assunto para a gente só ir correndo
no resultado final e dizer: 'Só isso, acabou.' É importante que a gente entenda o processo. Mas eu gostaria que, nesse momento, você fechasse seus olhos por um instante e pudesse ter um momento de conversa, como o salmista poderia dizer: 'Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração.' Em mim, algum caminho mau? De poder dizer: 'Espírito Santo, pode ser que algumas vezes meu coração esteja tão duro que eu não perceba o quanto eu te resisti, ou o quanto eu te entristeci, ou o quanto eu te ofendi. Mas eu não quero perder a sensibilidade. Eu não quero
endurecer o coração. Eu não quero perder a capacidade de te ouvir e, principalmente, dar ouvidos e corresponder ao que o Senhor está falando.' Eu creio que, nessa manhã, mais do que a clareza da doutrina bíblica, Deus quer soprar sobre o meu e o seu coração. Ele quer resgatar a sensibilidade; Ele quer gerar em nós uma disposição de correr para Ele, de reconhecermos que nós precisamos da comunhão com o Espírito Santo, que esse relacionamento é ato contínuo. E não estou falando de uma experiência com os dons; estamos falando daquele que quer nos transformar à imagem de
Jesus, que quer nos guiar em todo o processo de santificação. Parte do combo também envolve os dons, mas passa pelo fruto do Espírito, por mudança de caráter, por um comportamento que exalta e glorifica a Deus. E esse é um excelente momento para você rever coisas. Talvez seja muito rápido para o que a gente, em um paralelo, chamaria de um 'ader', discute a relação com Ele. Mas pode ser um momento de, pelo menos, dizer para Ele: 'Foi mal, eu sinto muito. Eu quero me aproximar. Eu quero descobrir o que tá perto. Eu quero conhecer o que
talvez eu nunca conheci sobre esse lugar de relacionamento, de comunhão, de intimidade.' Fale isso para Ele: 'Espírito Santo, sopra sobre nós. Nós temos clamado dia após dia, semana após semana, ao longo desse mês, por despertamento, por um sopro de Deus, por uma mudança não só de entendimento, mas de atitude, de comportamento de cada um de nós. E nós reconhecemos o quanto precisamos do Teu toque. E, ainda que haja disposição de correspondência, nós não podemos fazer isso sozinhos. Então, nós oramos: sopra sobre nós, não só aqui e agora, mas que, ao saímos desse lugar, haja aquela
percepção de que algo distinto começou. E a capacidade de corresponder ao Senhor seja encontrada no coração de cada um de nós. Nós oramos em nome de Jesus e para a glória de Deus.'