Série Ideias para Economia Solidária - Genauto França Filho

[Música] num primeiro momento eu gostaria de refletir sobre o tema economia popular solidária de um ponto de vista conceitual que é que isso quer dizer pessoal isso quer dizer que a gente vai fazer uma reflexão sobre o que a gente próprio vive enquanto agente ator/atriz da economia solidária que todos nós partimos do pressuposto que a economia solidária é uma outra economia quem convive esse slogan do movimento de economia solidária é uma outra economia o que entendemos por exemplo economia talvez alguns de vocês têm ouvido falar de uma ciência social chamada antropologia é uma ciência humana

e social que estuda o ser humano na condição de um ser que constrói cultura os antropólogos eles trazem uma contribuição acerca do que é a economia que é extremamente valiosa para a gente entender a diferença entre economia solidária economia convencional se a economia solidária economia diferente o que é inclusão financeira para a economia solidária ou qual é o sentido da educação financeira na economia solidária vocês viram que a prática de rede de rede local territorial de economia solidária é apresenta uma espécie de estratégia é com a economia solidária pensa contribuir para a dinâmica de desenvolvimento

local sim sujeito pessoas se auto organizar nas suas comunidades a gente consegue ter uma outra lógica para o desenvolvimento do lugar que a gente vive né eu vou comentar então quatro pontos pessoal é o primeiro deles cooperação a economia solidária na prática pressupõe relações de cooperação nós estamos vivendo no mundo cuja cultura de relações sociais predominantes em tende a ser mais competitivo do que a cooperativa não trabalhar com cooperação na prática passa a ser de certa maneira hoje uma construção o trabalho em torno por exemplo da prática dos bancos comunitários de desenvolvimento requer um esta

cooperação cooperação esquenta do banco gerido empreendimentos cooperação esquentar no banco que tinha um morador se relacionar a confiar por exemplo cooperação com instituições que estão fora que podem pôr o banco comunitário é cooperação em diferentes níveis o banco comunitário e as organizações de economia solidária são antes de tudo formas democráticas de gestão de recursos a competição do ponto de vista da economia solidária é algo indescritível ela pode trazer ganhos sem dúvida para aqueles que descem a competição mas não é um modelo de sociedade de vencedores e vencidos que a economia solidária considera com o seu

modelo ideal não pelo contrário o primeiro ponto é a cooperação segundo topo que vem na apresentação sobre rede local em do gene a hidrogênio é um perigo que faz referência aquilo que vem de dentro o desenvolvimento endógeno do local é um desenvolvimento que parte dele mesmo a idéia de desenvolvimento e do endógeno é algo que todas as pessoas em geral gestão estudos projetos de municípios acreditam que funciona não nem sempre muitos gestores públicos acreditam que só conseguiu ver o município atrair investimentos de fora como por exemplo uma grande empresa que possa se instalar o seu

município se a gente apoiar o desenvolvimento de um gás em agentes externos seja uma empresa que chega o que quer que seja esse desenvolvimento local poderá ser sustentável como eu posso sustentar algo que não tem raiz não está fincado no chão que não vem de dentro de baixo para cima toda a comunidade por mais pobre que seja pode ser portadora de soluções para seus próprios problemas não há desenvolvimento sustentável possível se não estiver baseado têm processos em dó jesus ou seja que vem de baixo assim isso não quer dizer que a gente vai virar as

costas para o que vem de fora primeiro a gente tem que valorizar o que a gente tem do ponto de vista de recursos mais diversos a começar pelo nosso meio ambiente natural como poder fazer algo a partir da nossa própria riqueza e em seguida a riqueza que são as pessoas mais pobres que elas sejam elas têm uma capacidade uma terceira característica a ênfase em um enfoque territorial quando alguém pensa em combater pobreza a partir de iniciativas com economia solidária a visão deixa de ser individualista não é isso que por exemplo um banco comunitário estimula quando

ele estimula e fomenta a criação de rede a idéia de território é importante para pensar que o diretor seja ninguém sai da pobreza sozinho as soluções para o enfrentamento das dificuldades devem priorizar uma visão abrangente contextualizada e por que não dizer territorializada e uma última característica democracia econômica democracia econômica pessoal te dizer que mesmo os assuntos de economia isto é aqueles relativos à gestão dos nossos próprios recursos podem ser realizados de maneira democrática evento o kindle comunitário faz na sua comunidade e não faz a gestão de recursos quais são os recursos financeiros né o banco

comunitário não quer que o recurso financeiro esteja mais acessível à população então o documentário está gerindo democraticamente recurso está operando na prática o que a gente chama de uma democracia econômica qual inclusão financeira tem a ver com democracia econômica e portanto com economia solidária guarda essa pergunta a gente vai chegar nela depois daqui a pouco em função da fala já o agente disse que poderia jogar por mim é indiferente à beleza qual é a forma convencional mais conhecida de entender o que é economia em geral a gente pensa que a economia tem a ver com

dinheiro finança troca monetária príncipe mercantil relação de vitória ou seja uma economia baseada em relações de troca onde a competição e alguém pode levantar entretanto se a gente achar que a economia global quando mercado como é que você entende a economia de um país em grande parte da sua população a maioria inclusive não se encontra na economia de mercado o conceito de economia de mercado ele é limitado ele é insuficiente pra gente bem como na prática a gente acha que é excludente por exemplo que ela é concentrador de riqueza que ela não é coerente com

a ideia de cooperação distribuição mais justa em de um mundo mais humano e solidário a economia rigor tem a ver com a forma com os seres humanos em diferentes culturas viabilizam suas condições materiais de existência a economia tem a ver com o modo como pessoas sobrevivem subir nem sentem sem sustentação para viver a economia tem basicamente as de cunho pessoal as formas pelas quais as pessoas se sustentam ou sobrevivem em diferentes sociedades em diferentes culturas são muito variadas ea lógica do mercado e representa apenas uma forma ou cível e as instituições que são responsáveis muitas

vezes por influenciar o desenvolvimento também são influenciados por essa forma de economia e acabam estimulando sempre práticas baseadas na lógica de mercado é assim que o financiamento às empresas não é evidentemente maior por exemplo do que o pensamento outras formas de organização do trabalho existem várias formas de fazer economia o uso pessoal aqui do ponto de vista histórico essa forma de fazer economia é muito recente do vento hoje ainda consegue ter tanto poder pessoal quando uma instituição pública o governo arrecada e redistribui recursos ele também não está fazendo a economia é um tipo de economia

redistributivismo notem que nessa forma de economia a uma transferência direta do recurso não há uma relação de troca o que desfaz uma idéia pré-concebida acerca da economia que pensa aqui para ver a relação econômica a relação de troca não necessariamente quando empreendimentos de economia solidária captam recursos junto a uma instituição pública através das diferentes formas de financiamento esse empreendimento estão recorrendo a uma loja de episódios de economia que não é igual a lógica de mercado apenas dizer que existe uma outra forma de fazer economia que tem a ver com o papel da chamada economia públicas

essa economia pública pessoal ela pode estar mais a serviço da sociedade apoiando mais duas pontuais ou longo ou ela pode estar mais ao serviço como se diz na linguagem mais coisa do capital apoio mais as empresas disseram é o perfil de governo o governo que ver se essa prática do estado como instituição que opera também a economia agora deixa eu falar sobre os dois tipos de economia que tem muito diretamente a ver com a nossa vida no dia-a-dia a reciprocidade pois bem todo mundo aqui é o inverso do que a responsabilidade não é pessoal a

história é essa de dizer que esta cidade a relação econômica com uma mulher humilde pobre numa favela precisa sair um dia não preta o seu emprego porque ela não tem mais que saiu um dia pra fazer um estágio ela conseguiu fazer a faxina na casa uma vez patroa dela que ficar muito distante vem pegar dois ônibus mais 13 atletas com essa mulher um dia têm três filhos netos marido que o marido já sim abusou dela violência tal como a mulher sofre um dia e não tinha uma creche no bairro ela podia manter as crianças na

creche privada ela recorreu a quem a vizinha né toda a vizinhança ficou durante todo o dia cuidando das crianças esse trabalho que a vizinha fes é uma relação de reciprocidade né eu sou favor né essa relação é uma relação econômica do ponto de vista da economia convencional não é uma relação com nomes também obviamente ela é uma mera uma simples relação social na inspeção essa relação de fato é uma relação social mas ela pode ser vista também com uma relação econômica com a cimpor que uma pessoa não precisa pagar para manter seu filho na creche

mas teve aquele serviço atendido mesmo que de maneira muito diferente de forma efetiva e direta mas aqui não pode ser aquilo pode ter tradução monetária quanto custaria ela colocar seu filho numa a escola ali a gente pode dizer que há uma relação de reciprocidade em outras palavras com ele percebesse sustentam forma quando obina que deixou sem trabalho e emprego ou seja elas se sustentam em grande medida através de relações de solidariedade vezes vocês já sabem na prática então há muita relação de solidariedade o cotidiano da vida das pessoas particularmente entre os setores populares da nossa

sociedade e nas classes médias urbanas também tem né ea domesticidade é um tipo de economia baseada em relações de troca entretanto mais restrita ao ambiente de uma família é como se fosse uma unidade produtiva voltada basicamente para a produção para autoconsumo é o que era no passado a agricultura familiar por exemplo hoje a agricultura familiar ela é em parte uma economia baseada em relações de domesticidade que as pessoas consomem grande parte do que elas produzem na economia de mercado o ser humano podemos dizer assim ele é a peça de uma engrenagem um recurso por exemplo

como outro qualquer na economia solidária de certa maneira essa equação se inverte pessoal todos vocês ouviram falar que a palavra economia tem origem em uma palavra grega chamada oi com os boicotes quer dizer casa lume até a ver com governar algo pessoal gerin então é consumido internamente a gestão da casa pois bem é isso mesmo mas a casa aí pode ser entendida tanto com tanto como a unidade familiar quanto ao meio ambiente maior é o hábitat por exemplo a casa pode ser na comunidade onde ele existe ou se quiserem ir mais longe a cidade querem

mais longe a região o estado o país o planeta terra é pessoal é a nossa casa o planeta daí a preocupação em preservar o planeta na origem da palavra economia significado dela é muito diferente pessoal de significado convencional que está habituado a imaginar a lógica de mercado dinheiro 80 quando alguém está tentando satisfazer logicamente as necessidades ele está operando uma cremaschi estica tanto o boicote contra a temática são forma de economia porque são formas de garantir as condições materiais sobrevivência a gente a falar sobre isso pode ser via web mercado pode ser de uma lógica

de solidariedade não monetária é discutir isto através dos benefícios cesta contendo um exemplo banal como objetivo da empresa é gerar lucro o ser humano nesse caso ele é o meio para que o resultado seja atingido logo o econômico no sentido do material se torna consumo em si mesmo pois bem do ponto de vista da idéia de jorge costa da convenção de haia é quando se torna um meio porque o objetivo das práticas de economia solidária qual é pessoal gerar lucro atingir resultados materiais com nota em que do ponto de vista da economia solidária a economia

deixa de ser um fim em si mesmo e é só meio a meio com se realizar outros objetivos o que é mais importante na vida é você ser feliz na pessoa estar bem socialmente e culturalmente preservação deles um dos objetivos sociais culturais políticos e ambientais bem primeiro em relação ao propósito meramente mateial é da natureza intrínseca da lógica de economia de mercado peixe crescer sempre é auto destrutivo se algo crescendo definidamente torna auto destrutivo é quando é solidária pretende portanto inaugurar uma outra lógica você sabe que o número de pessoas sem trabalho no mundo hoje

é de cerca de 4 bilhões de habitantes do planeta hoje ataque - 7 bilhões curiosamente a grande maioria da população cerca de dois terços dela tá fora da economia de mercado o que está fora é que o mercado é assim mesmo que não têm qualificação pessoal até como o mercado não consegue absorver a gente criou um sistema de desenvolvimento que não dá conta nem todo mundo toda a gente vai caminhar a gente não criar alternativas a ele é começou a mudar é uma alternativa a história da economia solidária não é simplesmente um princípio que a

gente abraça ela é uma condição necessária a gente encontrar outros caminhos para o desenvolvimento pessoal hoje no mundo é um problema do planetário não é só uma questão brasileira [Música]