Oi pessoal boa tarde boa tarde ser a presença de vocês e mais uma dessas aulas abertas do ciclo nas aulas abertas conversando sobre SUS ciclo de aulas abertas da disciplina psicologia e saúde antes de apresentar o nosso convidado nosso ilustre convidado de hoje queria só deixar os agradecimentos aqui para programa de pós-graduação em psicologia social e pela comissão de graduação Que apoio a gente na possibilidade de trazer o Paulo do Rio de Janeiro né demora aqui então tiveram apoio das duas começo da compra as duas condições e também aproveitar para fazer um agradecimento pessoal da
comunicação e da informática que tem ajudado bastante Paula falando um pouquinho ele vai saber né ontem né e do Brasil da luta antimanicomial atualmente é Presidente da Associação Brasileira de saúde mental abrasme quando é um grupo de saúde mental da abraço Associação Brasileira de saúde coletiva editor da revista Saúde em debate né da do cebb Centro de Estudos da saúde e pesquisador coordenador do Núcleo de Estudos e pesquisa em Saúde Mental e atenção psicossocial lápis Líder chama agora agora deu uma lida você mudou para Líder é a marca do meu sonho das ele de alguma
coisa querida casa da Capes Então tá aí na escola pública da Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz Então tem um monte de coisa ainda para falar né Tem vários livros publicados na casa da frente uma referência para ele que ele trouxe aqui para cooperativa mas alguns alunos já tinha pedido Alguns que estão faltando E aí eu falei com ele que tu deve disponibilizar vai ter que ter alguns alunos aqui me pedindo é o saúde mental e atenção psicossocial né então acho que era esse não é o nome dele é um livro que é a saúde mental e
social mas isso a gente conversa no fim depois vou passar a palavra para ele obrigada viu Obrigado boa tarde obrigado deane a todas as professoras aqui tudo pessoal já tive aquilo ano passado né e eu sempre peço desculpa porque muita coisa eu o que me chamo também agora já com alguma idade né eu vou falar nos locais tem que contar a história às vezes eu repito um pouco da história mas sempre é bom assim o resultado eu vejo que muitas pessoas não conhecem a história ou tem uma visão assim muito resumida da ideia de história
né Por causa das falas da história a gente não fala de fatos passados e fala do presente né a gente fala da construção do que nós estamos vivendo a ideia da história isso você reconstruir o momento e quando você consegue entender o processo de movimento você consegue ser ator você fica mero espectador da história você fica isso foi alguém que construiu alguém que fez e eu tô só reproduzir indo e não reconstruindo reinventando eu acho muito legal e a gente tá como como nunca precisando de atores e como nunca precisando de protagonistas né Nós vamos
certamente nas perguntas um debate ver falar agora com esse norm processo que nós estamos vivendo de retorno à demanda por internação a internação compulsória por intervenção na vida privada tem uma série de aspectos aí nós estamos acompanhando muita preocupação esse cenário estão vivendo um cenário muito semelhante ao que vivemos no início do século 20 com a higienização da cidade Faz derrubar das comunidades carentes né que é um termo também enjoativo gente depois que vai falando vai tomando a gente tem muito cuidado de falar as palavras né eu falo as populações indígenas no Brasil se denomina
de populações indígenas o comunidade de os outros comunidades indígenas da América do Sul não gosto O que é uma forma de incorporar à nomeação que o colonizador deu como populações indígenas que todo mundo sabe da história das Índias ocidentais imaginava que América Então se chama de populações originárias povos originais bem agora a comunidade carente já desço fale pessoa falou se chama de carente você tá nomeando população porque eles faltam no pelo seu potencial e positividade de cultura que a gente vai começando não só uma questão de nomeação uma questão de forma de olhar nomear também
significa forma de entender o outro né Então é eu tava falando disso tudo aqui Iniciando um pouco essa história de como a gente tá vivendo esse contexto reproduzir indo muito revivendo muitos dos dilemas que é a nossa história vivemos no início do século 20 quando das campanhas de genes o derrubaram as comunidades urbanas populações mais pobres mas é carente de recursos né é sociais e ao invés de resolver o problema da Necessidade das Comunidades afastadas ainda mais da cidade estão vendo isso muito Claro agora com chamada as cracolândias que já é um termo também de
definir um bairro uma qualidade a partir de uma de uso de uma droga Então Toma série de aspectos é que estão envolvidos e a gente precisa muito desse desse movimento desse processo de participação então eu vou é assim a ideia é um pouco saúde mental no Brasil do SUS né a gente tem feito várias publicações recentemente avaliando também o SUS o etapa que o sujo Sistema Único de Saúde tá uma ideia trazer uma perspectiva panorâmica histórica para gente de avaliar um pouco o momento que estamos vivendo agora as novas perspectivas muito especificamente no campo da
Saúde Mental para daí a gente talvez traçar novos novos caminhos né eu vou primeiro me apresentar eu tenho falado muito isso eu acho que a gente está no momento importante de ser uma exigência agora no livro da ética que falar da onde você fala é o conflito de interesse tem conflito de interesse há pouco tempo eu vi uma pesquisa inclusive da USP participantes sobre o consumo de medicamentos e sobre doenças existentes nas populações brasileiras nós temos notado é o aparecimento de pesquisas que detecta um grande crescimento dos transtornos mentais na sociedade E essas pesquisas se
por um lado são vangloriados pelo Doutor Fantástico famoso programa de domingo na famoso programa de domingo da Globo que sempre Pega essas matérias não momento tal a televisão gosta muito de doença - programa de saúde são sobre doença né o Ministério da Saúde também gosta muito doença secretarias em geral também que podia até pedindo o futuro que ela chamasse secretaria da doença Ministério da doença né porque não falam de saúde impressionante como lidam com doença e temos por outro lado visto cada vez mais um questionamento dessas pesquisas que detecta o essas doenças chegando a ponto
de questionar a metodologia em alguns casos e o outro o caráter ético e a veracidade dessas pesquisas um exemplo muito claro vou adiantar uma coisa que eu falar mais dura é os seus trabalhos da doutora massa angel' Você já ouviu falar é uma pesquisadora norte-americana do Johnny Robinson investe escreve angel' com dois L sair isso Márcia Ângela ela norte-americana era uma editora de uma revista científica que começou a perceber que muito dos artigos que ela publicar vá não eram escritos pelos seus autores mas apenas assinavam que escrevi era um departamentos de medicina das Indústrias farmacêuticas
Ela acabou de começando investigar isso chegou a ter problema de risco de vida anda por segurança aquelas coisas todas é uma das pessoas mais respeitadas hoje pública dos Estados Unidos e [Música] G1 E aí o mercado de produção Inclusive das revistas que cada sofre uma exigência de bom então hoje não e se ó ando é estiloso tem muita dificuldade público os resultados muito objetivos quase que quantidade 1 E aí bom então ela acabou se legal por causa de um artigo que ela chegou não late E aí [Música] E aí [Música] em algumas fadas a E
aí [Música] E aí [Música] E aí E aí E aí [Música] E aí E aí [Música] G1 eu vou poder o pai mexer nessa é o craque abstinência as drogas que a pessoa volta a tomar ao tomar é melhor e a melhorar ela assim ó [Música] E aí [Música] eu tô com os antidepressivos causa uma dependência como qualquer outra droga e incerta pelo Fábio e que ela causa uma sempre investir nessa maior do que o que causou o uso de pedir é por essa questão a gente tem que levantar Nossa essa necessidade das pessoas se
definirem não é que você vai ver um um profissional os interesses o caso dessa pesquisa e as pesquisa foi financiada por mais 10 laboratório dizendo que tenho medo o aumento da possibilidade da existência da prevalência de doenças interessa o laboratório eles vendem medicamentos então a conflito de interesse sim né mas devemos preservar a mente o conflito de interesses como ao interesse da saúde coletiva da saúde pública e ao ter esse dentro de mercado e z nós pretendemos medicamento os mesmos níveis de equipamento o prescrevemos a parte de uma política de saúde ou a cor de
uma política de mercado emissor não consigo preço é um pouquinho importante tendência é esse livro da massa cerâmica tem um depoimento de uma diretor de o que já pelos travei o quê que é a falta de ética nesse caso ela diz o meu sonho é que eu posso atender medicamentos como hoje aí você chiclete chiclete as pessoas compram Chico e o número necessidade E aí e não produtos entender é repolho mas uma falta de uma substância vitamina proteína magra sede mata a fome né pode ser mastiga mastiga mastiga depois joga fora também interessante esses depois
o laboratorio do fundo e o trabalho Beijos em praticamente ficou louco produto público e se eu tô fazendo 30 anos o cursos predação são de metal e ele deve ter visto que derrubou a decisão até homenagem para o seu e proteção da Itália super Furini um curso que nós fazemos lá que o Cruz e também desatualizado foi envolvido agora o presidente da Brasil e sucesso implementação de metal que nós vamos amanhã no resgate da pressão reclamar continuar organização do fórum nacional de Direitos Humanos e saúde mental que vai servir São Paulo a sua saúde que
nós vamos organizar Muito provavelmente 24 de Maio eu estou naquela fase de prospecção né porque eles anos vendo local comissão temos os campos para organizar mas eu tão importante nessa em relação direitos humanos e saúde mental por isso inclusive invertemos votamos direitos humanos e saúde mental que a começar pela questão da violência dos direitos né Muito amplamente nós vemos assim o Brasil tá certamente tendo deslocamento das classes populares pela classe média crescimento da nova classe média aumento do direito ao consumo mas como a diminuição substancial dos direitos sociais aumentando ao acesso ao consumo vai diminuindo
os direitos estão tendo reduzido a garantia o trabalho a garantia a Previdência garantia aposentadoria a garantir o direito à saúde nas hoje o trabalhador de nível intermediário o salário dele se não tiver um plano de saúde o SUS acharam da conta parece Thomas estamos vivendo um momento muito crítico de um deslocamento do modelo de saúde e de todos saúde como direito Universal à saúde como direito do conveniado do contratado como era antes do SUS que era com os segurados da Previdência Social da série de aspectos importantes que a gente tá assistindo e eles área dos
direitos como todos os direitos humanos entendido não só vou voltar a falar disso Como não ser submetido a violência física né o Moral mas a não ser submetido a várias formas de constrangimento de acesso aos direitos sociais é o Direitos humanos também cripto direitos políticos e direitos sociais e eu sou é a tua a e a Eliane já falou Tá olhando o quê que é aquele aquela aquela aquele Paris vazio ali né agora que eu entendi aqui tá dando para ver é porque tá uma lista Clarinha é a página do serviço para quem tiver interesse
a página do cérebro é www.sebsa.com.br se tudo minúsculo. Org.br e ela tá com uma letrinha porque ela tá coisinha do link foi da doente ele fez um link ficou clarinho essa é uma página que tem nós temos tido mais de 60 mil acessos né Eu sou editor do sérios o cérebro centro de estudos saúde até dobrar quem ele falou ele foi fundado na USP praticamente né cuidado na USP é eu vim as reuniões ou era muito garotinho novinho é não foi nada só 36 anos atrás Encontrei com um deles agora o professor Carlos bottazzo era
da turma que se reunia tio Emerson BR tinha o Emerson BR era da Unicamp há pouco tempo mas as pessoas que organizava aqui era o Zé Rubi de Alcântara Bonfim o professor ainda muito militante da área da sobravime Sociedade Brasileira de vigilância de medicamentos é uma destas entidades que continua lutando pelo direito a quebra de patente é o direito Universal à medicamentos ao controle dos farmacêuticos e se vocês com essa é uma ONG muito importante eu sou bravim e eles fundador do Service e o outro fundador dois outros fundadores importante foram foi David Capistrano da
Costa filho Davi também conhecido como Davizinho porque era filho do Davi Capistrano da Costa pai né dessa brincadeira o que ela fala deve ficar o seu nome Davi caçando o cara foi preso na Polícia Federal a seguinte na época da ditadura Qual é o seu nome David Capistrano da Costa Filho e o nome do seu pai ficar te olhando toda assim ela é tudo menos o filho né mas eu sou seu filho e é que tinha essas brincadeiras que era nossa forma de reação né a censura EA ditadura a censura era muito eu fiz uma
música Se o compositor depois vou deixar um disco aqui que vai fazendo com os usuários aí o cara a música Era Domingo na praia vermelha é o cara falou você tem que mudar essa cor da praia não pode a censura porque é vermelha comunista né Oi gente tudo achava bem a praia pode ser mais vermelho Mar Vermelho dele que mudar o nome na aula de história lá de geografia né aí os Deus atravessaram o mar cinza para poder não tem problema com a censura professora ditadura era assim mas o cérebro Então e o outro foi
o Sérgio Arouca você jurou que eu ribeirense que fala que nasce em Ribeirão Ribeirão Preto você sabe não Ribeirão pretense o ribeirão-pretano dão Arouca um era aqui outra turma daqui mais ou menos fundou sérios sendo existe até hoje a segunda quantidade mais antiga primeira é Associação Paulista de saúde pública que hoje faz 40 anos desenho mas a festa é hoje o coquetelzinho né a preparação já para o pré aniversário né mas assim é 40 anos e os sábios 36 os egos existe ainda eu tenho uma revista que eu sou editor que a saúde em debate
ou até trouxe mas ficou no carro do mas vocês acesso a revista pelo site gratuitamente tudo que o cérebro e produz temos coleções de livros muito lindo sobre a Indústria Farmacêutica um dos pontos Nossa agora é importante de e sobre o SUS agora essa página agora tem um artigo muito rico da professora Sônia Fleury é todo mundo daquela geração ainda hoje o militante trabalhando na questão do do SUS né os que estão vivos e o disco tambor do CDs Tom atuando ainda de alguma forma e nunca pode dizer que não né eu cara e falou
vocês não pode dizer que tem vida depois da morte porque não há provas que tem vida depois da morte eu vi o carro responder nem a prova que não tem Ah tá certo então é o debate continua então é sério é uma revista importante tem uma página importante com mais de 60 mil acessos vocês podem escrever pode comentar e a gente sabe assim o ministro da saúde acessa regularmente porque uma página que faz opinião forma opinião política nessa área se der tempo do vídeo não tiver acesso à internet a gente pode colocar depois a saúde
debate abraço que todo mundo conhece daqui a duas semanas de 14 a 18 de novembro vai ter o congresso lá em Porto Alegre vou passar para frente não eu não falo do assunto mas essa ideia assim de colocar lugar da onde a gente está falando as relações né que você falou o cara vem apresentar um uma pesquisa mas ele é dono da clínica que tem interesse né agora em Sorocaba Eu tive um debate muito só para outra eu tive debate Sorocaba com a doutora Daniela skromov delas a defensora pública do Estado de São Paulo você
sabe Sorocaba tiveram mais de 400 mortos aqui nos últimos anos e a doutora Daniela fez uma fala conversando fala olha o e os pais conseguimos Sorocaba têm uma mortalidade tão alta porque top psiquiatra a doença mental do mata ninguém morre de infarto mental deve ser você a que mata é o que é a desnutrição violência física nos casos né infecções respiratórias e sutura coveniente de uma situação de descaso de abandono de quem que tá numa instituição de saúde que morre como é que tá os cação alimentar morre com uma infecção respiratória e etc então há
mais ou menos ela falou é como se a cada três dias morresse uma pessoa e Sorocaba Hospital Psiquiátrico aí o senhor lá da da terra falou morre Eu não entendi a pesquisa da senhora morre em relação ao que aí ela ficou meio parado assim que tiver uma pergunta dessa mesmo aí eu falei ela morre em relação à Vida tava vivo morreu com a dúvida do Senhor entendendo aí ele não é porque é pa A pesquisa não não constatação tava vivo morreu cara tava vindo vai lá não tá mais indo tá boa e na média é
como se não é que tem que ficar dois dias sem morrer no terceiro dia moro é uma pesquisa o pó por que que eu Sofia perguntando a total e um caso lá só ele é dono do hospital ele falou não mas eu não recebo o dinheiro do hospital Isso é só um detalhe do que eu tô contando é porque eu não recebo o dinheiro eu dou o lucro uma curioso Aí foi resolveu vai ser com ela depois as pessoas pessoal que tá lá envolvido no ministério quer saber lhe dou é mesmo louco ele sabe ele
ele tudo que ele ganha como o lúpulo do impedimento ele doa agora ele ganha um negócio que ninguém sabia ele tem mais de 400 internos em tutela jurídica recebendo a pensão deles da Previdência e o benefício chamado benefício É mas ele quem recebe e administra então é o tutor e ele deveria dar a prover as pessoas do que necessita E aí ele falou hospital já dá né então não precisa de mais nada tem casa comida roupa lavada né tudo da melhor qualidade então bem ele iniciando assim é interessante a os processos todos os processos de
vítima de reforma psiquiátrica de transformações no campo da Saúde Mental e vários conceitos nos conceitos só a gente que a gente que constrói né ele não existe né então você pode trabalhar com a ideia de saúde mental transformações no campo da política de saúde mental e ou reforma psiquiátrica um conceito que foi adotado no Brasil reforma sanitária e reforma sanitária e reforma psiquiátrica como conceito estratégico né pra vocês que estão estudando o que vão estudar ainda que querem que tem algum endereço Boa tarde é a uma as fontes assim mais importante de fundamentação dessa discussão
nos foi dado pela Sônia Fiori a professora que eu falei que agora tem um artigo dela na página é uma psicóloga ela de informação ouvir ou cientista político é uma das mais importantes pesquisadores lá da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro nessa área de políticas de saúde políticas públicas ela tem um livro clássico você pode dizer clássico assim chama reforma sanitária em busca de uma teoria Onde irá discutir porque do uso do Conselho de reforma e não de revolução né porque não sei a sentido é forma é uma transformação superficial e não estrutural seria
uma revolução mas uma série de aspectos que vão desde problemas políticos falarem revolução psiquiátrica na década de 70 e levar todo mundo para cadeia não dava certo e Revolução sanitário mas o termo revolução é adotado nas ciências você sabe da tecnologia e o clássico trabalho de Thomas khun editado Originalmente em 1961 a estrutura das revoluções científicas aonde lança pela primeira vez o pelo menos consolida no campo da ciência o conceito de paradigma em fala como o o arcabouço conjunto de teorias de conceitos de leis de normas e concepções que tem uma ciência que são aceitas
pelos cientistas como válidas né E que portanto compõem o paradigma comprou uma base estrutural e que a grande contribuição da ciência e aí eu não vou entrar em detalhes mas vocês sabem depois a contribuição de Gaston bachelard depois de Michel ficou com a ideia de ruptura diz continuidade da ciência que a ciência não se compõe por soma absolutamente Livre ar na ideia de que um descobre algo outro Soma Mais um pouquinho daqui a ciência e ela se constrói por rupturas ou seja por revoluções é a ideia de você superar uma teoria um paradigma arcaico arcaico
demonstrá-lo como arcaico e construir um outro paradigma na Revolução copernicana revolução Freud Anna a revolução em vários outros sentidos que você tem é como a própria revolução cartesiana né quando o de kart com discurso sobre o método começa ser a a preocupação do que que é Ciência para o que não é Ciência o que que é senso comum que a metafísica etc então mas é eu não vou aprofundar aqui há que lembrar desse trabalho da Sônia Fleury a reforma sanitária em busca de uma teoria então tenho sorte para os aspectos políticos mais conceituais a possibilidade
de construir uma proposta de de saúde no Brasil se fosse uma mera reforma de serviço isso é fundamental para reforma psiquiátrica também reforma sanitária não é Reforma de serviço o nome foi adotado inclusive Originalmente por Davi Capistrano e aqui José Rubio de Alcântara Bonfim essa essa geração dos primeiros fundadores do Service considerando uma contribuição de bicho né um dos grandes nomes da saúde pública a ideia de introduzir aspectos culturais sociais no campo da Saúde então fazer o Arouca dizia a reforma sanitária não é uma reforma mera reorganização de serviço regionalização e hierarquização relação entre os
reforma sanitária é a construção de uma concepção de saúde como direito como qualidade de vida como potencial de vida como direito à Vida etc etc Então isso é muito importante porque a gente acaba reduzindo a redigibilidade a entrar é o SUS e ao SUS uma reorganização de serviço e toma das vezes voltando muito para o SUS nessa concepção e perdendo a a ideia original até o Silvia suhi pesquisador é que foi de São Paulo agora tá lá em Assis na na Unesp escreveu num livro chamado rupturas e desencontros e se conhece sobre a reforma psiquiátrica
também que eles trabalham essa concepção do Arouca reforma sanitária como o processo civilizador o processo de civilização no sentido de construção reconstrução da sociedade então esse toda essa concepção só foi possível assim como outras experiências de transformação nessa pelo contexto que nós vivemos né Nós estamos vivendo no conjunto de profissionais recém-formados ou saindo das Universidades no momento de grande processo de e de repressão política repressão social muitos de nós fomos presos ou exilados ou afastados de alguma forma devemos amigos desaparecidos né de ver os amigos mortos e todo esse contexto de insatisfação de luta por
uma um novo projeto de social de país de participação envolve a saúde né Então nesse contexto das democratização do final da ditadura as lutas sociais os novos movimentos sociais que começam a parecer que como existia muita repressão direcionada aos dois grandes tipos de movimentos de organização social quais eram os partidos e as organizações profissionais né os sindicatos ou conselhos que organizava o médico psicólogo saída cada um nas suas categorias né e mais atingimos radicalmente como luta os músicos os os Portuários e de sete certo e os partidos com alguns partidos de esquerda é incerta levados
à clandestinidade então começa a surgir novos movimentos desse conceito de novos movimentos eu vou tentar ver se tem aqui no não tá aqui não depois eu vou voltar a falar que eu fiz uma eu tive que compor uma uns slides aí com agora praticamente porque eu comprei um negócio se chamar tablet que é um horror é um o vô ele escreve para mim eu começo a escrever aí ele aparece a palavra aí eu volto e-mail eu vejo que eu escrevi uma palavra mas ele escreve outra ele tem um negócio lá eu preciso pegar alguma pessoa
mais jovem entenda disso eu vou escrever assim ó é é com satisfação e é com com insatisfação ele se resolve trocar o que eu escrevo eu apanhei ele tem um negócio automático que tenta entender o que eu quero é preciso disso cadeado eu queria que ele não fizesse isso para mim é verdade ele tenta se vocês têm isso vocês tem isso eu tive um celular que fazia assim eu joguei fora abandonei ele escrevi o que eu queria em 1 e quem tem como fazer né Manda ele parar vai fazer isso aí eu fiquei corrigir rodovia
que escrevi Eu vou mostrar você depois como é que ele faz a coisa Eu rimo e ele vem ele me complicou eu acabei com ponto mas os novos movimentos sociais uma expressão usada por Boaventura de Sousa Santos não sociólogo português vocês conhece o diretor dos pés e muito trabalho sair da piscina elogia do Sul ele certo pelo amor de Alice discurso sobre a ciência vai sair de novos movimentos sucesso o Jorge eo disse é o outro pesquisador norte-americano alebisa daqui do Brasil tem muitos autores o que que é são novas organizações né de luta social
política que não tem mais exclusivamente a questão do Capital a relação capital-trabalho como núcleo luta de classes etc pega um outros direitos a questão de gênero sexualidade e tios cultura diversidade cultural o que vão se organizando e que começa a ter uma dimensão importante porque não não deixam de tocar na questão da luta de classes no certo sentido a questão do Capital o que você vai acabar a vendo que os oprimidos na luta de classe também são populações originárias de comunidades indígenas ou de populações Negra afrodescendentes Discriminados por uma série de outros aspectos são os
novos movimentos sociais né então tanto à saúde quanto o movimento Nacional de Trabalhadores de saúde mental começa a se organizar nessa perspectiva não tem uma luta só pelo direito no trabalho ele certo mas também em relação aos direitos das pessoas com os quais eles trabalham as pessoas com diagnóstico psiquiátrico as pessoas das instituições botar aqui um em uma dessas em pé informações quero muito importante para a gente como a gente começa a descobrir a situação da assistência psiquiátrica em 1997 praticamente quase cem porcento do que se gastava em Psiquiatria era para manutenção de enfermaria psiquiátrica
manutenção de leito psiquiátrico Hospital Psiquiátrico quatro porcento aí arredondado para cima pequeno 3,6 6,7 por cento não gastava se com ambulatórios né uma outra atividade assim não hospitalar mas muito pouco tá praticamente se gastava com internação nosso modelo de tratamento era Hospital você sair de uma faculdade de medicina psicologia serviço social você ia trabalhar em hospício não tinha outra oferta de servir bom e que que era que nós vimos nos hospícios né é uma série de deturpações e cozido que boa parte de Suspicious eram financiados pela Previdência Social paciência que eram internados desnecessariamente pacientes Fantasmas
assentos que não existiu o sistema absolutamente corrompido fraudado de informações de pessoas que não tinham em uma cidadania quero jogada nessa instituições na colônia Juliano Moreira no Rio de Janeiro fizeram uma estatística simples uma média simples pegaram todos os pacientes no senso não dia que tava internados pegaram lá os dois mil tantos prontuários depois dias depois ficaram pegando aqueles prontuários quem tava naquele dia vendo o tempo de internação somados os tempo de internação de todos e dividido o tempo médio de internação é de 61 anos o médio tempo médio nessa Vuitton as pessoas iam para
os hospitais para ficar praticamente abandonados morrerão lá vocês tomava com possibilidade de um tem cinco anos o outro tem tem 15 Idade Média é 10 né você imagina uma ajuda como que era alto tempo dessas internações e aqui só para ter uma ideia é ser uma foto de Juqueri é um dos hospitais mais famosos do Brasil né que ainda existe hoje alguma coisa Ju queria nesse período chegou a ter a cifra isso registrado no livro problemas brasileiros de psiquiatria social do Professor Luiz Cerqueira que era coordenador de saúde mental do Estado de São Paulo Cruzeiro
foi homenageado com e com a criação o nome do primeiro capuz aqui em São Paulo ali na Rua Itapeva chegou até 16.000 internos Paulo Juqueri vocês imagina o que que é uma instituição que tem 16 meu interno Então ela se aproxima muito mais de um campo de concentração esse li a matéria aquele se olho ali o olhar corpo dele os exemplo um parece muito mais uma um prisioneiro de um campo de concentração do que um paciente em uma instituição de saúde sendo tratado essa expressão foi muito interessante que ela apareceu em vários momentos né os
campos de concentração é quando é essa revista utilizou aqui utilizou em relação uma visita que Franco basaglia fez e no hospital de vou voltar ela aqui essa é a visita do Franco basaglia excited blusinha ele cachemir visitando o Hospital Psiquiátrico de Barbacena e ele falou 1979 Isso não é um hospital não é uma instrução de saúde um campo de concentração aí nós reproduzimos isso ficamos muito impressionados com essa expressão né porque primeiro momento parecia uma denúncia do tipo é uma violência absurda mas depois conversando discutindo debatendo conversando com pessoas que trabalhavam no âmbito dos Direitos
Humanos Ficou claro que o campo de concentração quando basaglia falava isso é que ele queria só radicalizar violência do tipo aí em São Cárceres da pior qualidade não era sinônimo campo de concentração é uma instituição onde ao contrário das outras instituições totais supostamente pretendem recuperar e os alienados reformar os delinquentes né os reformatórios as casas de de correção as penitenciárias o campo de concentração ele pretende extinguir eliminaram o outro a diferença do campo de concentração para outras instituições correcionais é que esse outro ele deve ser extinto né é eliminação em Barbacena foi muito interessante essa
peça analogia porque era instrução que maior mortalidade tinha de pacientes lá tem um setor que vocês podem acessar também pela pela Escuta aqui eu tô aqui não tá dando para ver mas é um museu da loucura vocês então no Google boto lá museu da loucura e vocês vão achar tem documentos e o Fatos e Fotos absolutamente impressionantes eu vou mostrar algumas aqui vou passar menos vão fazer uma sessão né quero só mostrar o vigor dessa pessoa que tava falando tem tinha documento estatísticas de previsão de mortalidade Barbacena olha que coisa curiosa todas as instruções você
depois do mês vencido você fala nesse mês tivemos tantos pacientes com isso aqui no tantos foram a óbito eles tinham contrário nesse mês espera-se quinze mortes de homens no setor masculino tal 12 de mulheres têm acontecido o que acontecia então no museu da loucura tensa essa documentação que que significava significava uma gestão dessa mortalidade e aquelas não eram assim era uma mais ou menos uma determinação depois se descobriu que eles vendiam os corpos 21 ossos né Tem um caldeirão lá de de cozimento de corpos para retirar os tecidos para ceder os ossos vai vender a
coisa impressionante né mas realmente verdadeiro campo de concentração e agora ano dois mil e pouco 2002/2003 descobriu-se o cemitério Nossa Senhora da Paz Olha que ironia perto lá do do hospital cemitério abandonado que eram de mortos lado do hospital de parecido um 60 mil copos é um quadro realmente muito eu vou mostrar aqui ó esse algumas fotos Além disso os olha só essa enfermaria que coisa impressionante esse esse Pátio né da foto que coisa impressionante é a A Lista de Schindler montada cinematograficamente não tem a visão de tragédia de horror que tem isso é uma
foto do hospital os pacientes se alimentando olha só a grande maioria nos absolutamente forjado de qualquer bem de qualquer privacidade de qualquer direito essa uma situação eu mostro muito chamo muita atenção nós estamos no momento de muito clamor O Retorno à manicômios essa questão do crack das internações no melhor é fazer o que tirar botar nas instruções né parece uma questão sempre tão simples como foi naquela época fazer o quê com louco não sabemos fazer então vamos botar neste solar serão bem tratados né Depois que a gente volta o chefe dele grande maioria dos familiares
não tinha informação do que acontecia nessa instruções uma criança com os dois nus no refeitório os pátios de mulheres Valeu mais verdadeiras prisões e campos de concentração a visão essas fotos todas estão disponíveis nessa página museu da loucura Isso foi uma descoberta que a gente fez em alguns anos a gente eu falo porque eu também Participei de algumas coisas lá de Barbacena e desse livro Uma pessoa achou uma revista chamada o Cruzeiro na revista que já não existe mais né é o pessoal mais antigo lembra o Cruzeiro deverá moeda brasileira né então o Cruzeiro ia
ser vista de 61 de 14 páginas sobre esse hospital em quatro partes fotos assim o repórter escreveu que o fotógrafo e o jornalista que fez a matéria é pode Começou assim ó Isso é mais um campo de concentração que uma instrução pior do que um caça e tal a gente aí vou basaglia falou que 79 isso vai vir que o jornalista e 61 18 anos antes foi lá e usou essa mesma expressão aí fala na matéria já e 61 anos eu estava no período anterior porque editado depois da ditadura estudo ficou ainda mais invisível qualquer
coisa que você falasse em relação a isso né cientistas da Fiocruz foram exilados que falaram que a água tava contaminada e causava dengue o cara Olha isso aí você é contra o governo só pode ser para dizer que a água que causa dele foi isso aí você tá então esse lá vão teve um exílio violento lá na Fiocruz né foi chamado mas a O que é o bairro onde tem um Castelinho Imagina você fazer denúncia dessa situação que eu estado é o poder público que mantinha essa instruções então foi redescoberto isso e nós resolvemos então
foi a sugestão de uma pessoa Será que esse jornalista tá vivo ou tá aí tá por aí vamos ver se ele tem mais foto e tem informação e acabamos cobrindo o fotógrafo tem um cara na época era um garoto tem uma foto dele no livro tinha 19 e 20 anos agora descobri um ele 2005 ele tinha setenta e poucos anos a gente tava inteiro ainda e muito lúcido e ele tinha um álbum na casa dele com todos os negativos organizadinho Negativo você sabe que é né também tem que explicar agora tudo isso eu sempre lembro
que eu falo que foi assim mesmo sabe aqui é negativo negativo um negócio que a gente vê lava foto Anderson e na é antes de revelar Uma foto tinha umas bandejinha assim eu fui fotogravador e passava a foto de trata de prata Depois tinha lá ó o chama o fixador e tal sabe que hoje a questão da foto mudou tanto que não é aceita mas como documentos para comprovação de delito né Você sabe os tribunais não não usam mais depois que o Suprema corte norte-americana recebeu a foto do solutamente verdadeira do abra elenco dando a
mão a Melody Monroe né e a vários pesquisadores de fotografia técnicos peritos analisaram e falaram é verdadeira né não tem nada aqui pelo menos ele sabia que era não era verdadeiro porque historicamente possível um morreu Cem Anos Antes da outra nascer né então mas as fotos assim são essa e ele tinha tudo lá os negativos colocados nos estojinho sindiplásticos aí um livro que une o fantástico você no sentido a visão do cara as imagens que ele pega aí chamamos um artista plástico que organizou as fotos empate janelas né portas em várias coisas assim né sobre
Neuma uma ordem aquelas fotos então vocês encontram como nível esgotado é o livro capa dura grandes astros encontro tudo nesse Hospital né É nesse museu Esse é um Pavilhão pressionante né só Pavilhão impressionante e já se volta encontrar coisa assim Sorocaba muito recente agora quando você entrou lá nas clínicas foram ver coisas se achava que não é possível né Aí eu era um um filme A em nome da razão você já viu se deve ter nem ali eu podia passar não então eu tenho pode o dia quem sabe numa outra aula você ele Dura 20
minutos em nome da Razão o filme Preto o verso raton hoje um grande cineasta né serviços era pouco tempo ele fez batismo de sangue do Senhor do Frei Betto só do efetivo contato pelo Frei Betto e é um grande cineasta primeiro trabalho dele foi um curta-metragem lá no hospital de Barbacena chamada em nome da Razão título que lhe retira de Poconé em nome da ciência não do Estado em nome da razão é isso que nós fazemos com essas pessoas ditas sem razão depois eles são sem razão né eles que são os loucos né então esse
cara faz um depoimento um médico e fala dessas enfermarias eles pegavam o Verá muito complicado tirar os colchões botar os colchões eles pegavam aqueles colchões de palha de capim nem sei se existe mais eu cheguei a conhecer seus colchões né os colchões de capim que tinha uns uns Carrapicho se umas coisas assim picava que é uma desgraça e o olhava aquilo no chão e ali ficavam os pacientes mais violentos ditos violentos o seu olhar se os outros não vi nenhuma mas um cara que brigou o guarda da enfermaria dizia não ele respondeu mal não quis
comer qualquer coisa ficava ali era quase desse tamanho dessa sala um pouco mais fino então eram duas fileiras de cama ele vai acabar arrancando fora a cama jogando aquilo no chão não tinha banheiro não tinha via nada só um uma tipo um coxo na parede só que é coxo O cavalo come um buraco assim o coxo em ligeiro plano de declínio e a saída lá do lado de cá jogavam a comida que era uma comida pastosa Tecnicamente poderia ser chamado de lavagem que era comida que se dava a porcos uma sopa uma e as pessoas
comiam ali comida que a comida passava pelas comigo aquilo e dormimos ali então Claro urinar ou defecar verde aí ele disse depoimento ele fala era um horror daquela enfermaria porque os pacientes em decorrência da sua alienação fazer xixi e cocô ele vai fazer xixi ficou hoje mas o cara só faz chegou porque alienado na aí foi a Maria não tinha banheiro esse carro Trancado na noite recebi aquela comida Então no outro dia de manhã os guardas viram lá levavam aquela aquele capim lavavam o capim deixava o secar pegava o outro capim seco tinha uma pelo
menos tinha duas leva de Capina aí botava de novo aí eles dormiu ali então depoimentos assim imagens das pessoas as cenas do hospital de Barbacena eu teria dezenas centenas Vocês pode olhar mas vocês vem as fotos nas enfermarias dos pátios a cena são realmente dantescos né lembra muito uma imagem já usada por esquirol exemplo de pneu no seu livro não é pelo tinha fotografia né Então essa ideia da alienação Esse é um dos princípios básicos do Imaginário social de que a loucura é perigosa o louco é perigoso Então esse Imaginário é impressionante a ideia que
as pessoas têm que se perde a razão Ou seja a razão é aquilo que dia mais e caro a humano é característico para de kart do humano só humano tem a razão aquele que perde a razão é irracional e racional e animal é bestial né então é porque você pensa é perigoso a traiçoeiro é previsível ele senta ele certo então essa visão e é muito interessante hoje a gente falando de mídia né de construção social de representação social Imaginário produção de sentido é como essas coisas se incorporam na nossa concepção né é interessante ver desde
o início e como a gente vai aprendendo essa ideia de que a pessoa com transtorno mental contra com doença mental louca alienado com seja o conceito ela é uma pessoa por natureza mar né Tem uma olhar de alguém que é mal né É perigoso é mau e violento Por isso ele tá acorrentado ele está aprisionado essas ideias todas né eu botei esse cartaz simbólico Lemos em né você já viu Eh e começou a se esse movimento crítico esse movimento de reflexão de denúncia de situação e mudar imagina que se recém-formado você estou saindo da faculdade
parar numa instrução dessa trabalhar naquela enfermaria a mais ali ou faz como Franco basaglia aqui desde o primeiro dia que chegou falou não viu eu posso fazer como médico é tirar a correia de todo mundo falaram que pneu tinha tirado mas tá todo mundo concorrente Ah não é não pode porque esse está sob tutela não mas eu como médico não posso fazer isso eu como médico diretor ele teve vários processos Aliás o Venturini teve aqui no na mostra de Psicologia é né suja Turini Alguém teve lá para ver não lançou o rio chamado o crime
louco e esse que esse esse livro tá disponível em PDF na página da Fiocruz lá no nossa página se quiser depois ele fez o estudo de todos esses processos para quem estuda na área jurídica eu tenho interesse todos os processos que o bazar foi primeiro desde o bazar foi processado por famílias que depois o paciente vê atualmente saindo de alta eu é um crime alguma coisa aí certo e como ele lidou com isso que isso claro que vai ocorrer né se você fechar o hospital hoje pediu pessoas qualquer instituição né Essas pessoas Voltaram para a
sociedade em algum momento da vida elas podem cometer algum crime como Os Outros tantos que nunca foram suas asas também cometem crimes e não é por isso que eles cometeram Por estarem o serem Lobos você tem como bazar ele lidou com isso então esse cartaz é clássico porque foi o evento que teve em Buenos Aires 1986 e quando lançou se essa frase aqui embaixo para quem tá mais distante tô vendo Leia por uma sociedade sem manicômios que virou uma expressão importante aqui no Brasil a ideia de um movimento de um processo esse novo movimento social
que até então era um movimento de trabalhadores e saúde e começar a lidar com um objecto diverso com o objetivo uma imagem objetivo diferente não mais a a humanização dos hospitais o que se acreditava a humanização a melhor qualificação dos mais com a extinção dessas instituições Foi um momento de uma transformação que a um só tempo uma ruptura epistemológica né a ideia de que é uma ruptura com o paradigma psiquiatra em que a instituição cura trata recupera é benéfica né que isso tudo considerando uma fraude até no sentido conceitual do sistema lógico um fracasso nos
termos dos seus das suas estratégias dos seus princípios como também política no sentido ético-estético-político de você transformar a relação com essa pessoa com essas pessoas então a sociedade tem que lidar com esse sujeito de uma maneira e não só ou não mais excluídos não só não não mais escolhidos Então esse é um momento importante dessa transformação na e que nasce a luta de manicomial o dia nacional da luta antimanicomial né Não sei se todo mundo sabe dia Dezoito de Maio é considerado o dia nacional da luta antimanicomial nós temos aqui algumas antimanicomiais históricas mas eu
vou fazer o meu depoimento quando estava resolvendo isso a ideia que fosse Treze de Maio de 78 fosco desde Maio porque o que em Treze de Maio de 68 tinha sido aprovada a Lei basaglia na Itália que é a primeira lei no mundo ocidental a primeira lei assim na de âmbito nacional que determinava o fim do modelo manicomial você das instituições psiquiátricas fechadas e claro não só extingue a Manicômio mas começava e a determinar a orientar a legislar sobre a criação de serviços de atenção psicossocial que na época chamado de base territorial serviços territoriais comunitários
a criação de outros recursos na Vamos ver depois das cooperativas de trabalho os lábios assistidos residências assistidas hoje chamados residências terapêuticas e todos os outros recursos né então a ideia que fosse a princípio Treze de Maio eu me lembro disso mas Três de Maio é uma data muito p*** singular aqui no Brasil que a abolição da escravatura que é uma data complicada né o que para os movimentos é afro-descendentes não é Abolição não é pelo significado foi uma o último país a abolir a escravatura por pressão Internacional e que não construiu Claro as condições para
que esses sujeitos fossem inseridos na sociedade de uma maneira diferente a e tirou Nice inclusive alguns casos o local Cristino teto a referência populações como no Mato Grosso do Mato Grosso agora do do Norte Mato Grosso puro foram abandonadas né quilombolas e comunidades exceto tem uma outra história só não se poderia criar uma data outra nesse período acabou se ficando com 18 de Maio uma data próxima Mas é uma data importante no país inteiro tem eventos têm manifestações né que eu vou adiantar Inclusive eu não sei que horas são E aí a 13 kg Então
tá bom ainda né não tem intervalo não geral não né a gente acaba também vai direto e vai cedo e na tá bom obrigado e o a chave para mim a sua própria para hoje e essa ideia ou o movimento que se reconstitui enquanto uma entidade nova né O que o movimento de luta antimanicomial aí uma foto histórica também que eu tenho lá no Nossa segundo encontro lá de Piatã em na praia lá em Salvador quando foi o primeiro encontro e outros espaços né aqui o alguns serviços começam novos acontecer que demonstrando o que que
eu boto essa ideia Porque até então se né tinham alguns impactos alguns problemas vamos operacionais é é possível criar uma pessoa com diagnóstico de Psicose cuidar dela tratar dela número são aberta né que como a gente tinha todo aquele imaginário de pessoas perigosas e controláveis aí certo ele certa como é que pode fazer isso então essas novas experiências começa a demonstrar que sim me mostrar na prática que é bom então alguma dessas experiências são fundamentais esse essa do CAPS Itapeva que começa também organizar uma associação a experiência em Santos que foi muito importante né porque
teve o fechamento de uma instrução psiquiátrica a clínica Anchieta a criação dos núcleos de atenção psicossocial 24 horas associações um projeto que eu vou voltar a falar que vai ser a ênfase que eu quero dar a segunda parte aqui já do trabalho que é os projetos culturais a rádio TV tam tam né a residências começam aparecer A Outra experiência de São Paulo e Ane participou mais diretamente quiser fazer alguma alguma observação algum comentário no início dos anos 90 aqui essa imagem inclusive do livro da Maria eliziane né essa imagem aqui nesse traçado do modelo de
atenção em Saúde Mental e na Prefeitura Municipal de São Paulo né a rede de atenção integral à saúde mental substitutivos ao Manicômio aí começa a parecer-se conceito que hoje é muito importante de rede substitutiva serviço substitutivo até o mais rigoroso seria como tá aqui falar de rede substitutiva e não sou ali serviço que não existe um serviço substitutivo mais uma rede você tem que ter serviços e não um serviço serviços e outros dispositivos substitutivos né outros recursos forma seus pés dia ambulatórios projetos culturais aí que nasce inclusive o projeto aqui em São Paulo ainda hoje
existente cidadãos cantantes né partir daí e já faz a propaganda que sábado eles vão se apresentar às dezoito horas eu só não consigo guardar o nome na galeria olido na São João estilo de Ipiranga Não eu só sei falar da Ipiranga com São João Cada Um busca né olha cidadão os cantantes 20 anos de projeto encontro artístico em defesa da Cidadania plena e é 18 horas as 20 sala olhando é junto no olho lindo e no rio tem unido polido na praça do lido mas não é o livro galeria olido tá então e cidadãos cantante
seu projeto aí de dança também né depois então todo um contexto é inovador que que suja né o SOS saúde mental voltando suspense a questão dos Direitos Humanos fazendo uma reconstrução aí você viu que cada transparência que a Quadro slide aí eu tenho uma imagem né de um acervo que eu fui construindo que agora tem uma tese de doutorado já estão que tá acabando sobre a produção imagética ainda do do movimento econograma fica fotos em certo porque com essa ideia Bom dia transformação da questão na imagem no Imaginário social da loucura começou a pensar nós
temos que ter também mídia mídias Temos que falar aí começou a sua ideia de fazer camisetas criativas de fazer cartazes de fazer documentos livros vídeos em certo então tem muita coisa criativa vocês ver isso aqui é uma a qualidade da minha digitalização não tá muito boa mas é uma porta que eu mesmo tempo é de um formato de uma chave né de uma de uma trata de um chaveiro com a música do Lulu né há tanta vida lá fora é por uma sociedade sem manicômios e muita coisa de expressão né que vão surgindo a ideia
da própria organização hoje uma das mais importantes no mundo o mundo né porque a gente tem contato aí com pessoas de vários países de organização de uso e familiares em um outro país tem com todas as vezes precariedade que a gente tem ainda que a gente sente Às vezes quem tá militando mais de uma participação efetiva de usuários familiares nos serviços nas reuniões Nas condições nos conselhos de saúde municipais estaduais no Conselho Nacional nas conferências né a uma discussão razoavelmente permanente da questão da política de saúde mental das políticas de saúde por esses atores regularmente
que consegue fazer encontros periódicos aqui mesmo na USP teve um o último foi em Angra dos Reis com milhares de pessoas enquanto é muito interessante que a gente sempre falo com médicos que falam hoje vocês fizeram congresso da Brasil e agora fiz um congresso com sete mil pessoas em a Fortaleza EA Roche ajudou a gente não pega dinheiro laboratório por questão de conflito de Teresa de princípio mas vocês faz congresso sem dinheiro laboratório foi Imagina os da luta antimanicomial né são pessoas pobres em geral com pouco recurso na associações pobres é isso mostra o vigor
dessas associações e como é possível a gente fazer coisas sem sem vender os nossos princípios sem sem ameaçar o nosso princípios te claro que determinados financiadores só dão dinheiro na medida que você dá alguma coisa em troca né o que que eles querem troca é sempre muito E essa foto aqui ó esse desenho do Finn Daiane o Gabriel né João 10 ou mais anos atrás 15 anos é Olá gente é pra brilhar não para tomar eletrochoque não tá dando para ver o Gabriel pequenininho é uma das camisetas do nosso acervo inclusive esse ano lá na
Brasil a gente tem que dar muita dedicação essa questão cultural artístico cultural nós resolvemos fazer eu não vou contar toda a história das camisetas vou resumir mas eu juntei mais de 300 camisetas ao longo desse processo conhecer eu gosto por ser ver aqui isso eram objeto de propaganda de construção e tal comecei a guardar esse aguardar e depois aconteceu um fenômeno que eu já contei né para você com fenômenos estranhos que todas as camisetas encolheram eu ia botar elas não cabe mais em mim É pô mas isso é algum processo querendo um fenômeno aí antes
que ela sumisse eu resolvi escanear profissionalmente contratei um pessoal para fazer um trabalho que estão fazendo um DVD e fizemos um desfile das camisetas com as originais até Iane desfilou com essa camiseta que o Gabriel é desenhou aí fizemos um cordel e também ele tá na página da abrasme mas vou deixar um para você e depois olhar fizemos um cordel falando das camisetas e fizemos a apresentação tal e essa cantao.com isso assim eu vou entrar nessa parte final para as pessoas também não ficarem muito do tempo aqui comigo né eu tô falando demais e eu
eu vou deixar eu falo diz né não tenha duas be gosto de Fidel Castro não mas a todos estamos vivendo um momento acho que bastante interessante de retomando aquela discussão da reforma sanitária na reforma sentar não é sua reforma de serviço nem reforma psiquiátrica eu comecei há uns tempos aí a gente sabe disso você usar umas expressões Olha nós estamos cá precisando a reforma tudo era Carlos O Carlos é o centro cabos é importante a unidade ao Caps e os captam de caindo aí teve a infeliz ideia uma vida pois filho chamado mais acabou que
ajuda como você não é do mal pelo menos eu acho que não eu tô dentro da reforma quando faço crítica faço pelo avanço me chamar de capuz cone Ontem eu vi um cabo sem que virou um cascudo que eu cheguei cheguei e sentir eu tinha com Ernesto Venturini quando ele fez o prefácio no Nilson meu look pela vida ele falou que que você acha que mais caracteriza o Manicômio eu brincando falei o cheiro é porque uma coisa eu tenho o fato sou um um candidato a cozinheiro amador permanente tem o fato bom God cozinhar e
uma coisa que me impressiona nas estações totais carcerárias asilares orfanatos é o cheiro é impressionante que eu chego do abandono tem um cheiro é quando eu senti o cheiro do hospício suncaps uma vez eu falei Oba temos que parar para ver que tá vendo ele Fato né quiser a gente tem que começar porque a série de aspecto no pretendo da conta trago para vocês isso mas nós temos que ver assim que que tá vendo que nós estamos Será que nós estamos reproduzir indo o modelo manicomial em outros espaços é um deslocamento físico é uma jornal
mento como diz o Roberto Castell né Nós estamos só tirando daqui que que nós temos que mexer em todas um pensar Olha esse campo essa reforma só transformação a fazer o nome que se de reformas que a transformação do campo ruptura e certo tá precisando de algumas mudanças né E algumas questões então o primeiro aqui tá o Franco basaglia Ah é tá lembrasse a partir do trabalho dele toda teoria posso deixar Opa vai ter um sozinho que eu não sabia tenho sozinho Eu Te levei susto com o tiro assim não ri todo mundo se abaixa
né Ela viu o Google inverno todo mundo corre para o chão o chão chão aí o eu tenho uma outra transparência aqui pode deixar se quiser que eu fiz um trabalho sobre a contribuição epistemológica de Franco basaglia a discussão que ele faz né para para possibilitar a transformação que ele tem ideia se essa né reforma psiquiátrica é um processo social complexo essa ideia que ele vai costurar reforma psiquiátrica não é só uma reforma de serviço uma reforma do modelo assistencial A questão não é que o Manicômio é grande demais amor administrado falta a gente tem
gente demais tem menos o que este - terapia do que remédio a questão passa por uma complexidade de sistemas vão pensar instituição é psiquiatria instituição é Manicômio como tudo uma questão é dimensão epistemológica a dimensão teórico-conceitual é de colocar em discussão de debater de refletir sobre o próprio conceito de ciência nós acabamos absorvendo certas concepções de ciência aplicando-os a um agir de instrumental nessas instituições sem crítica à como o Saber psiquiátrico não se constitui como ele consegue olhar para um determinado Fenômeno Para não falar o objeto ou determinado sujeito ou terminada a experiência e e
nomeá-la e definir que esse saber tem uma validade uma positividade científica que um outro saber a ideologia o senso comum uma outra teoria não tem Então essa é uma questão central que no campo da Saúde Mental precisa ser retomada a discussão sobre o método de conhecimento da psiquiatria a sua relação elementar o que fazer nos anos 60 70 das relações de poder dessas instituições do uso de saber como instrumento de hegemonia de dominação de ordem pública de controle social de normalização social na então esses aspectos se eu não tiver em conta no primeiro momento já
agora isso eu vou para o carro e faça a mesma coisa que eu fazia do hospital então é a ruptura com esse modelo epistemológico é um dos aspectos fundamentais assim então o caso da do conceito clássico de pneu de alienação mental né pneu dizia ele não chamou de doença se de alienação alienado é aquele que perde a capacidade do controle de si que perde a razão né o tenho distúrbio na razão que não falava da perda da razão mas um distúrbio na razão é uma contradição importante um certo paradoxo porque a razão é por definição
a consciência plena a capacidade plena de juízo de consciência sobre a realidade o distúrbio na razão altera essa capacidade consciência embora não signifique a perda significa a perda da Razão plena da capacidade plena Então essa essa essa ideia de alienação levou o que que no campo técnico-assistencial ou a dimensão técnica assistencial As instituições para cuidar da alienação fosse instruções centradas na vigilância na disciplina no controle na repressão na e instituições por isso o placar ter estica típica do que goffi me chamou de instruções totais e o Castell ainda não satisfeito quando traduziu para o francês
traduziu como instruções totalitários para reforçar o caráter político dessas instruções não só funcional funcionalista como o cliente e por mais que fez um trabalho fundamental na época mostrando como é situações produzem subjetividades né doces adestrados ele certo ficou paralelamente construiu uma outra concepção da ideia do Poder disciplinar a disciplina como forma também de adestramento de docilização de Bill política e todo essa essa discussão de Socorro trás não esse debate todo ele é fundamental para que o profissional de saúde tenha essas concepções para que ele não só é possa fazer a crítica a origem dos saberes
que ele opera como também do seu papel como profissional se não ele reproduz né ele pode não fazer exatamente como fazia na instrução porque não tem os mesmos recursos mas ele produz o mesmo mecanismos as mesmas estratégicos e se nesse sentido é o conceito de alienação leva instituições carcerárias fechadas correcionais né à toa que o primeiro modelo de tratamento de pneu o tratamento moral a ao âmbito jurídico político como a ideia de irresponsabilidade de alienação de incapacidade civil inimputabilidade uma série de perda de cidadania no âmbito político defesa de direitos sociais civis na o alienado
para que o alienado vai estudar se ele em capaz de absorver a isso é uma série de desdobramento nesses Campos e fundamentalmente no campo sócio-cultural como o conjunto de imagens que se faz né das representações no sentidos ter vários conceitos eu não tô pintando por nenhum na sentido desses conceitos representação social representação mental produção de sentidos no cotidiano Imaginário tem a altura em Moscou vicia Mary Jane spink maffezzolli tanto os autores trabalham com isso eu vou fazer em uma opção eu vejo que tem tendências pessoas autores cada um gosta mais vai ser ideia nesse Campo
que se fala do campo do Imaginário do simbólico coisa teu simbólico e do Imaginário Lacan para complicar né é uma Fiori diz que não entende o que que Lacan pretende quando os diferencia um do outro e já viram isso então é o maior confusão é bem nesse âmbito do sócio cultural essas concepções com elas penetram e compõem a nossa olhar para essas coisas peças questões né então é sempre ideia da negatividade da incapacidade do medo é esse o outro assustador com aquela foto aquela imagem o outro que é perigoso em certo em sendo Então esse
processo essa ideia de processo social complexo é importante me interessa dimensões que se eu consigo eu e são conceito de alienação para mim para minha prática coloco o questiono a forma transtorno mental eu vejo poucos textos questionando o conceito de transtorno EA concerto oficial ele tá na Leite a lei da reforma normatizado você pega os livros e quase não tem uma definição o que que é o transtorno os americanos uso mais desordem fica mais claro né de os olhos tudo da ordem Qual é a ordem voltamos aquela velha questão que que é normal ou é
a ordem mental e qual é a ordem mental então o transtorno tem uma receita forma né o formato mental a formalização transtorno vende torno né torno é aquele instrumento que o oleiro chama Oleiro da Olaria Olaria que faz Jawa vasos jarros ele pisa assim ele gira ele dá um autor no chama aquele o torneiro mecânico Como o Lula né tem já tem tornos mais sofisticados O que é aquele do pezinho elétrico mas essa ideia mas exatamente quê que é isso como nós trabalhamos com esses conselhos porque senão não discutimos eles ficam vazios aí nós vamos
vendo que tudo é transtorno tudo é transtorno o risco agora do dsm eu botei uma matéria no service a pouco tempo naquela página o dsm-5 vai ampliar em mais de 300 transtornos mais de 300 formas de comportamento vão ser patologia usados o e nós vamos aceitando e vamos acatando e vamos fazendo e vamos incorporando é porque porque não temos a mínima discussão do que que seja o transtorno tão e uma coisa curiosa também cerveja as pessoas falam ou a gente evita falar portador de transtorno mental e o eu aprendi uma crítica que me foi feita
por isso o rapaz cena ele ele gosta de chamar de cego fiz eu fiz um trabalho durante algum tempo e a gente sabe disso chamado nada sobre nós sem nós a convite do ministro Gilberto Gil para trabalhar com artistas com deficiência física e esses Olha eu não gosto de chamar de portador de necessidades especiais primeiro que eu eu não importo se dá especiais nem porta uma deficiência suportar se eu pudesse Ai meu Deus vou deixar aqui em casa saía sem aula Entendeu essa então nem sua necessidade especial que acaba que nem O que é isso
que dia que eu não sou cego eu não vejo eles e eu preciso de condições para sair na rua para andar para assistir peça de teatro até para incentivar né Eu preciso ver peste já mas ele não consegue ver mas é a gente fala ver que ver né só ver sentido dia olhar também não é a gente fala você fala que língua falo língua de sinais brasileira só não falo mas gesticulo mas ninguém usa discípulo língua brasileira de sinais eu fui aprendendo com e uma questão interessante é que ninguém fala o transtornado mental né se
você fala o doente mental alienado mental conceitos ultrapassados né porque o que o transtornado mental Ele parece que ele denuncia o caráter ideológico moral desse conceito não é o portador de transtorno mental o domínio que a gente quer evitar isso é o cara não apontador eu a pessoa com transtorno mental em sofrimento se muito difícil nomear mas não aprofundamos essa discussão né tá a o recrudescimento da psiquiatria organicista uma uma pé de página eu fiquei com inveja eu vou fazer um pé de página aqui eu só abre parentes né você é um pé de pano
eu não gosto demais psiquiatria biológica porque relendo Eu tenho um amigo que diz assim maturana é o Darwin o século 20 Entendeu século 20 21 é um grande cientista maturana Você sabe quem é né biólogo da autopoiese em grandes biólogos da atualidade os grandes nomes da biologia da história da biologia um dos Pais essa teoria da complexidade na ciências ficaria ofendido se você chamar essa Psiquiatria organicista mecanicista reacionária e conservadora de biológica que ele fala isso não é Biologia que 10 chamado biológica né parece que a Biologia é um conjunto de mecanismos bioquímicos ou materiais
né e é isso é perder a complexidade é beleza da biologia e ele inclusive os pais dessa teoria que se fala teoria da complexidade né da se botar na idade do dos eventos é um dos pessoas fundamentais você for explicar que a depressão é uma alteração de serotonina na sinapse é de seta e vai ficar por isso mesmo É isso aí e eu fiquei deprimido ou não é porque eu tive isso aquilo aquilo outro certas situações que eu não consigo mais Entender reprimidos no meu inconsciente que o deprimido que a minha catecolaminas aumentou ou diminuiu
minha serotonina é de uma simplicidade ignorante impressionante né então é a ideia de que determinados processos bioquímicos neuro neurológicos sejam simultâneos a experiências emocionais é muito diferente tu é claro que eu tô falando aqui tem um monte de negocinho dando dentro de mim uma de neurônios trocando conversando por fazer isso tudo que eu faço agora não é estou fazendo fazer isso não é e essa emoção quando eu falo com meu sono que eu sinto que eu sinto as pessoas que eu sinto os olhares eu tô vivendo algo Então essa ideia da complexidade na Biologia é
uma das novas etapas da biologia a perna ideia de causa e efeito do Darwinismo evolucionismo ele Serra e chamar isso de psiquiatria psiquiatria que se faz ele biológico é um Ultraje a Biologia do outro lado tá falando da psiquiatria o nome ando não me anda as coisas dizendo isso Quanto mais ela não tem teoria é isso que o dsm sabe que eu desse ano todo mundo né podemos estudante e a classificação manual estatístico diagnóstico das doenças mentais que é feito pela sociedade norte-americana e que foi mundializado por interesse meramente mercantis ligado à Indústria Farmacêutica ligado
à indústria de planos de saúde para forma de retribuição aos planos de saúde aos médicos dos pagamentos de consulta e etc e do consumo de medicamentos se eu não tenho uma discussão disso eu vou reproduzido na e eu vejo alguma eu tive com o pessoal da da Opus naqueles 15 anos da declaração de em Brasília representando da ópera e falou emocionado em 2020 Vinte por cento da população terão depressão tão empolgado isso então você tá empolgado é folgado não tem tá triste falando triste isso que pensando nisso essas pesquisas que anuncia o crescimento estão produzindo
crescimento estão produzindo a ideia da banalização de que qualquer comportamento de Sofrimento de tristeza de mal-estar necessário a humano é patológico e as pessoas identificam né clássico trabalho para mim clássico de Michel focou a casa dos loucos sobre é sobre o o o estudo das seria sobre estudo da histeria quando charkow nome é que pesquisava histeria e produzir o sintoma histérico Ou seja quando ele questionava os sintomas ele contribuiu para aqui a mulher que ele pesquisava a suposta histérica se identificasse com a histeria e Se colocasse no lugar das técnicas ah e hoje a Márcia
anjo fala muito disso e outros autores importantes vocês estão acompanhando essa excursão da medicalização o Ian hacking né Tem um trabalho sobre a distúrbio de múltipla personalidade e essências da memória Peter Conrad aqui do Brasil quente Rocha Camargo muitos autores falando de trabalho a Indústria Farmacêutica os seus intelectuais orgânicos né que produzem a as bases para os novos medicamentos né a gente pensa sendo sua lança um medicamento que descobriu um remédio né o novo tratamento muitas vezes e hoje nós sabemos com seriedade e profundidade disso e descobre o remédio não sabe Para que é começa
a descobrir uma doença do que se possa usar o remédio é né a ideia de pânico ideia de outros a depressão mascarada outras doenças foram assim ele descobre o remédios altera uma fórmula e não sabe Para que começa então a produzir uma demanda uma clientela para aquele consumo de medicamento nós temos hoje uma uma uma uma relação muito mais uma uma produção intelectual em cima do uso de medicamentos né quando eles começam a dizer olha usar levar na Maria Braga lá na Maria Braga levar no probleminha tal levar não sei o que meio-dia aquela pessoa
que faz o depoimento de como foi ficando deprimida se descobriu deprimida iniciou o tratamento não tomou seu remédio fez uma psicoterapia que nunca bom falar que só melhorou com o remédio né para não criar problema mas vou fazendo e vão dizer alguma como é que você soube que e eu comecei a ter esse primeiro preguiça de levantar pois mal à vontade de levantar depois medo de levantar depois medo de que me agredisse na rua depois insatisfação com o trabalho todo mundo tem um pouquinho de isso aí Eu começo aí me deixa o campo eu também
tenho depressão não sabia né então eu também tenho isso ele certo então como é parece uma coisa de filme de ficção né já viram O Jardineiro Fiel né que tem essa história sim mas não é verdade a adoção mas eu Dica ameaça anjo falamos do Dilson elabora planos assim como um novo desodorante para mulheres ou agora já tem iogurte para mulheres né tem o Activia não tem mais alguns Olha eu tenho que eu volte de mulher de um homem desodorante de é de um homem perfume mulher de ontem você pode ir criando e para gênero
para sexualidade você pode criando para vários recortes produtos agora já estão fazendo antidepressivos para mulheres Então você vai criando Então existe uma concepção intelectual por trás disso uma questão da voltando aqui na do tô fazendo voando se no assunto mas é para demonstrar a importância desta discussão teórico-conceitual no campo da reforma é que a gente não chega com o mesmo padrão de psicopatologia Que nós tínhamos com trabalho tradicional e muitos desses padrões Eles ainda são antigos né muito antigos estão incorporados na nossa formação e vão lá para o caps vou lá para residência é você
ver residências leva o trabalho do André Milagres né residências terapêuticas né primeiro aí você já vê até da Concepção o nome é serviço Residencial terapêutico e se pensando no Imaginário Imaginário Imaginário né você fala das coisas igual fora primeiro a residência vira o serviço já não é mais casa vir instituição tô muitas pessoas lidam com o serviço das terapêutico como instituição querem fazer o horário de acordar o horário de tomar banho horário de comer virou instituição né É claro da minha casa também tem horário eu tenho horários em casa posso depois de certa idade o
filho não faz mais isso aqui é não tem jeito mas eu posso ter regras com ele entendeu mas você tem que administrar diferente eu não posso ir mostrar como mais um dinheiro aqui ia assim não faz não faz eu controlo e a sua alimentação eu Controlo a sua liberdade você não sai ou não vai comer por causa da tese do do do André que eu falei o deve Lagos é uma tese tem uma um resumo do trabalho dele nos arquivos um a pessoa que saiu sem avisar dormiu fora ele as letras São Paulo que disse
que era filha do Silvio Santos é que até hoje não foi provado que não seja né ninguém provou que é uma que não veio não foi provado mas ele fala com convicção e veio atrás do Silvio Santos foi PSB te aí quando voltou lá e foi punido internado no hospital por 15 dias recebi isso a Claro uma expressão radical né serviço Residencial terapêutico as instruções terapêuticas que a instituição que a terapêutica que o terapêutico eu Suponho é uma relação que eu creio é um tratamento que eu faço a instrução terapêutica pega em outros nomes a
casa Decor e chamava a casa de correção ou a penitenciária não é onde pagando uma Penitência eu sou recuperado moralmente outra o reformatório são as antigas denominações Aço na bem sair aqui chama funabem também chamava furar bem né ser bem ser bem se chamava o reformatório Essas são instituições disciplinares de correção é inscrição que a terapêutica pneu dizia isso o fundamental na inscrição é o regime institucional ele falava assim né o regime com ele exemplo é o regime institucional é hora de acordar aí ela ar Kia é a autoridade do chefe do diretor do líder
etc etc incerto vocês viram as loucuras do Rei George que ele fica muito legal é autoridade o tratamento moral no seu ápice e O Alienista como aquele que determina o comportamento aquele que dá os limites o comportamento então a instituição reproduz isso né a ideia do uniforme da escola normal outra instituição é normalizadora classe da escola normal é a normalização que deu a origem a um modelo de escola que nós temos a normalista de seta a deve ser quase 4 horas é destas quatro eu vou fechar aqui com algumas ideia então primeiro lembrando isso né
queria assim a reforma psiquiátrica não é apenas é forma de serviço que a gente tem a outras dimensões uma das questões eu acho que hoje assim muito rica no Brasil está acontecendo e eu nem sou do governo nem sou é eu quero falar eu quero falar a minha é de novo a minha joga conflito de interesse da o seu do governo moro acordei numa política de âmbito nacional da qual não tem o cargo de chefia é uma coordenação até que essa política loucos pela diversidade que eu entrei ainda o ministro Gilberto Gil que a Iane
cozinha foi uma das pessoas convidadas a a construir esse trabalho É mas não sou o gestor nunca fui um diretor de cargo ele certa mas o queria chamar atenção disso o que acho que tanto no âmbito dos movimentos sociais quanto no âmbito do estado do Poder institucional né existiram tem existido no Brasil não sei qual daqui para diante qual vai ser dos peixes é fala assim porque vejo em vez de por cientistas políticos indicadores muito perigosos assim no Brasil como eu falei que agora com essa esse bumbum do Brasil né o país da Copa o
país das Olimpíadas que no meu primeiro momento todo mundo ficou muito feliz né não vão ver o jogo de perto o Brasil ganhar da Argentina e tal e agora nós estamos vendo que isso não é só um projeto de copa de coisa é um projeto de redefinição do projeto Nacional de aburguesamento de fechamento dos espaços sociais para ter uma série A3 o som é na cidade eu tava vindo na internet um pouquinho mais cedo um projeto chamado é Porto Maravilha do Rio de Janeiro onde tem hoje para comunidades como a Pedra do Sal Onde nasceu
o Samba na Gamboa que ali vai virar a maquete um conjunto de espigões No Estilo Porto de Nova York ultra modernizadas ultra todos com piscina com relacionamentos tal com heliporto 7777 né isso falando assim parece que são problema imobiliário mas é todo um projeto de concepção é nacional né Nós tamos seguindo o modelo norte-americano de consumo que já não dá conta mais hoje Estados Unidos consome três vezes mais do que ele é capaz de produzir e termos de recursos naturais e esse todo o projeto desenvolvimentista típico boa parte da esquerda apoiando seguindo esse caminho nós
vamos seguir um caminho que pouco tempo nós precisaremos essa é uma frase usada pelo Boaventura de Sousa Santos de três terras para sustentar uma Nós só temos uma não tem jeito tem jeito e não tem corrida espacial que vai dar tempo de daqui a 20 anos a gente pegar um outro planeta que tem a floresta Amazon ainda que tem a matas que tenha tenha ou uma lua Deserta para gente jogar o Lixão né Lau Avenida Brasil a Carminha juntos que perdeu toda aquela Rede Globo toda que faz aquela coisa né Muito curioso né pessoas comentando
um de droga e aumentando o consumo de novela assolutamente banal né são indicadores interessante a gente voltando a quem matou Valdemira lance agora Vingador e o meu uma coisa se repete estou muito interessante a gente tá mas tem o processo no campo nosso da saúde mental que a minha é meu trabalho aqui pelo menos né é de trazer assim que essa ideia então que tá falando da da reforma psiquiátrica de tá pensando intersetorialmente transdisciplinarmente né um aspecto interessante relacionada ao campo dos direitos humanos no campo dos Direitos Humanos ao campo Claro da saúde mental que
tá quem tá no Direitos Humanos está olhando que tá acontecendo aqui com outro olhar vendo esse movimento né representando interessante o a tanto comércio da brasme contra o Fórum de saúde mental Direitos Humanos o conferencista mais importante foi o Paulo vanuk que era Ministro dos Direitos Humanos interessado e acompanhar o que tá acontecendo o ao campo da Cultura né fato do Gilberto Gil a expressão artística política e o ministro do Fórum de Beto Gil criaram uma política no ministério da cultura para as pessoas em sofrimento psíquico assim que foi o conceito utilizado né então muito
interessante essa e no campo do é do trabalho tendo à frente da política nacional o pulso índia não o economista dos mais respeitados ligado a uma economia contra-hegemônica e no campo dos movimentos sociais também é a o trabalho aí de que o sol e economia solidária que tá acontecendo no Brasil na América Latina outras formas de produção produção de riqueza produção de trabalho produção de vida não só ligada à produção pura de cima de Capital como lucro de mais-valia etc e produção é essa tem a ver com a produção da cultura da diversidade é o
quilombola que consegue lidar com a terra de maneira diferente o respeito e são os mecanismos de produção de bens né é o mecanismo de reprodução da sua cultura feita através dos seus princípios não mais como excentricidade onde aqueles meus que fazem aqueles loucos como pintam aqueles loucos Como canta e certa para se falando desse levando a sua cultura para que o outro veja escute do lugar que ele fala né tem que tomar série de aspecto muito interessante acontecendo nessa relação tô quando eu penso Direitos Humanos conta populações indígenas não mais como a defesa só né
que agora como nunca por isso que eu tô falando da preocupação os Guaranis vocês viram caro acho que estão se decidindo morrer enquanto cultura decidiram suicídio coletivo que não suporto mais ficar vendo as pessoas morrendo à míngua pingando morre um morre dois morre três estão descobrindo que eles não tem mais lugar que o almoço aos capangas lá do dos invasores de terra deles eles entendem setra e estado de braços cruzados na então decidem morrer vocês viram o manifesto né uma série de maça tentou a gente viu o que essas comunidades com trabalho diversidade cultural eles
próprios filmando as suas línguas e extinção é filmando os seus eventos recuperando as suas as suas trajetórias históricas e inseto então todo uma uma uma rede descoberta dessas culturas para eles próprios e conseguindo fazer com que nós não vejamos mais como excentricidade cultura 60 mas como culturas que existem que tem novas concepções outras concepções do mundo outras visões de sujeito de família de sociedade certo né Então essa relação entre a saúde mental trabalha com nome ia né eu fiz só um quadro E essa foto lá do movimento lá em Salvador Quando foi criado o movimento
na primeira Então essa ideia dos novos movimentos sociais Ainda bem ou mal uma grande expectativa se tem da existência da Resistência que os movimentos têm de movimentos sociais no âmbito da questão de sexualidade de Cultura de de etnias e movimentos diversos como o nosso dá movimento antimanicomial Outros tantos movimentos e defesa da Cidadania movimento que fez a questão do da ficha limpa não é que conseguiu é criar uma lei dessa expressão diâmetro Nacional não tem movimentos importantes que estão acontecendo do campo da arte cultura e diversidade dessas novas concepções de arte cultura e diversidade cultural
né como explicitado eu a surgir outras pessoas acharem né tem na internet o discurso de posse do Gilberto Gil como ministro da cultura é de uma profundidade é belíssimo e fala fazendo que acabar de falar de folclore cultura folclore folclore cultura primitiva cultura Gruta entendendo arte primitiva excesso tudo é cultura não é tudo é cultura cultura tudo aquilo que o homem é capaz de produzir enquanto significado da sua vida da natureza exceto TV um filósofo falando ali e como dentro do ministério Se conseguiu inventar a ideia dos pontos de Cultura como locais novos de produção
de cultura é uma realidade Henrique cima do Brasil que desde então desde a saída do ministro Gil depois do Jucu Oliveira Juca Ferreira desculpe do julga julga Oliveira é o Santiago O Juca Ferreira Juca Ferreira tá com o Juca Ferreira entendendo que foi o ministro que se o augiu né A beleza do trabalho dos pontos de Cultura surgiu os seus Olha que que faz um ministro da cultura o ministro da saúde primeiro eu vou botar um ponto de Saúde da Família em cada bairro um Centro de Saúde cada cidade o hospital de cardiologia o Instituto
do Coração em cada cidade o da cultura também pensava isso a ideia botar um teatro estudam vai para o Teatro como nós o vemos aí que a Globo faz que coisa é um teatro ocidental de modelos Natal de teatro que reproduz uma certa forma de cultura Onde está cultura que é a o país produz não tá lá no centro de Umbanda tá no centro de Candomblé está no centro quilombolas está no centro de artistas com deficiência tá nos grupos de artistas o Harmonia enlouquece sistema nervoso alterado o cidadão estantantes onde está a cultura que fase
e cultura é dependente de não ter recurso e que não querem ir lá com o teatro só porque fazia outra coisa isso tudo a cultura é cultura né e eu Nós temos que identificar e ver deixar aqui aí foram criados milhares de pontos de Cultura desde a saída desses ministros pontos estão praticamente abandonados né foi uma tentativa de retorno a uma ideia que fazer teatro vocês viram a ministra que saiu agora tá marca que eu não vi ainda o que que ela pensou falou não vi nada de uma atitude já e administra a primeira atitude
foi dado Você quantos milhões para Betânia fazer isso que ela é bem uma ideia que tipo dura ia botar um grande artista no Canecão aqui no Olímpia ainda tem Olimpo aqui chato eu limpo eu não tinha tirado assim qual o maior teatro aqui o chega lá o teatrão né então é um teatrão um grande show grande show no Fulano na e na E essas pessoas culturais que nós participamos de muitas né eu vou eu vou seguir se não acaba Quero mostrar o vídeo aqui é questão de direitos humanos sua homenagem que eu fiz eu carrando
e ele conheceu muito Carrano Carrano eu quero é o garoto né que foi detido e internado no Hospital Psiquiátrico porque tinha uma bagana dentro do paletó lá do bolso dele o pai internou ele escreveu o livro dessas internações das violências que ele sofreu ou Canto dos Malditos e foi em cima desse livro que a Laís bodanzky fez o filme O Bicho de Sete Cabeças né e o Carrano foi o lutador disso ele ficava por aqui vendendo nível de basicamente vendia ele ele nunca conseguiu aceitar a violência que ele sofreu isso é fundamental e não conseguiu
trabalhar mais nada parece que não quiser mais nada o carro era um vítima da violência para si o nível isso é vida inteira e foi visto na vida inteiro quando conseguiu publicar o livro dele conseguiu fazer aquele filme ele foi processado pelos donos dos hospitais que denunciaram que ele denunciava no livro ele foi punido penalizado e teve que pagar multas violentas aos donos dos hospitais Os Procuradores dele entendendo traindo aquela Justiça Essa justiça que predomina aqui no Brasil então carrando mas levantou essa discussão né Então as questões de direitos humanos Como dizia não só de
a extinção da violência quando terminar os grupos mas no reconhecimento da diversidade desse grupo da especificidade da singularidade desse grupo aparecendo no âmbito da cultura aparecendo no âmbito da saúde das suas formas de fazer saúde na Eu particularmente eu falo assim porque eu sou uma no vosso deixar de falar de mim né isso aí militante arando quando começou a se falar de um vídeo aqui no Brasil foi conta fiz processo teve carta ela é um absurdo fazer cachos para índio é de uma de uma de uma violência colonialista entender que o problema de Ok drogas
do índio É restrito a sua história pessoal entendendo que ele tem que ser a pistão B pegando o bolsa família e comprando cachaça tocou para Xavi que são vítima de violência cultural permanente Pedro de Direito de terra não é um capsídeo aí depois fazer capuz não sei o que Cássio não sei que é lá que vai resolver o problema e por aí a fora né então a gente Reconhecer essa eo programa de saúde da família a a esquerda equatoriana lá com o Rafael Correia deserto eles são concordando são contra os programas de saúde da família
populações indígenas que que acontece você vai me leva saúde da família é um programa bom para São Paulo deve ser seu lente talvez não é para ela não tem olha leva lá o interior de comunidades são comunidades ribeirinhas com características diversas que tem as suas raízes e os seus princípios seus rituais suas formas tratamento e que sobrevivem aos séculos com essa cultura aí você chega lá e diz que aquilo tudo é primitivismo tudo aquilo é feitiçaria e etc e fala que o modelo da consulta médica do modelo médico é o modelo certo você quebra todo
referencial as organizações históricas forma de lidar com o processo a uniformidade e depois não tem remédio nem médico e vai para lá é porque aí que você fala é o que eu interior do Amazonas nem mostra o vou mesmo né médico quando lá em Tocantins que eu participei do processo de construção dos carros do Tocantins em Saúde da Família começamos a Av o de levar a médico o governo pagava na época 2003/2002 por aí pagava 12 mil ou médico para servir de saúde da família no interior os médicos Não vamos não vamos é muito pouco
eu só vou se for um dia porque aí eu posso ir e voltar no outro dia fazendo consultório aqui total aí se o seu médico cubano eu acompanhei lá pessoal porque a gente tem um curso lá da da Fiocruz No momento está mudando o curso lá novamente médicos cubanos os médicos bando deram banho deram show lembro de um até hoje foi meu aluno assim pessoa muito querida muito que é ele ia a bicicleta e andava naqueles coco naquelas coisas todas rodava tem dia as pessoas conheciam todo mundo conhecia ele de nome Entendeu todo mundo ele
conhecia as pessoas pelo número clássico o desejado né o médico de família que todo mundo deseja conselho de medicina entrou na justiça e mandou expulsar todos os médicos banco que tava tirando o mercado deles entendeu e conseguiu com poucas exceções esse amigo casou com uma assistente social brasileira e ficou aqui vendo aí eu falei com os outros fiz casa também depois ele na verdadeira é uns casaram lá não foi por uma coisa eu não mas eu ajudei ajudei vou casa aí casa e vou ficar mas ficar anos depois o governo do estado ganhou na justiça
Mas ele já tinha ido embora e a situação de Cuba mudou e o gasto né a outra questão trabalho com o nome é solidária né também você pensa assim ó o grupo de saúde mental que faz uma banda que gravam CD aí eu trouxe aqui vou deixar com a Aninha já deve ter mas depois quiserem fazer um Você quer um grupo que foi lá em em Macaé chamar heterogênese urbana o grupo aí eu toquei né eu tenho uma busca que eu fiz eu toco e outra que o Anilton toca canta é dele a música Então
é esse aqui por sorte né pô é feito da conta que eu tô falando é distribuído gratuitamente né mas uma boa parte deles são discos são vendidos diz que eu tenho um negócio antigo que tinha grande assim mas é o CD né Estou vendidos e eles fazem shows cobram cachê se apresentam recebe o dinheiro então é também E aí tem as cooperativas de várias de a própria saldo do livro que pediu para trazer livro né vocês conhecem é a livraria assassina é louco louca sabedoria que chama né falou para sabedoria né então eles vaso com
isso vendo os livros recebe o dinheiro e quem não todo uma e produzem Artes e tal eu queria no final visitam então é é arte e cultura com a geração de renda até a economia solidária com a questão uma nova concepção de direitos humanos novas concepções no campo da Saúde Mental eu vou acabar aqui e assim pra dar tempo que eu quero mostrar dois vídeos rápidos assim se eu conseguir agora administrar a parte mais difícil Quitéria que é o seguinte eu queria mostrar as duas obras assim que eu acho muito vocês já conhecem mas tem
tanto negócio aberto de que foto só duas coisas uma é o Harmonia enlouquece que é só o final desse oficina que a gente fez kaiane participou cantando uma música chamada sufoco da vida que é maior parte aliás eu podia ter trazido do CDs que o Harmonia também como eu roda o Brasil inteiro eles pede para eu levar o serviço eu posso ter um monte lá no lápis aí eu entrego você as cooperativas que vende aí eles vendem ganha dinheiro do que eles vende o pessoal que vende ganha pela revenda né e ele já tem três
CDs gravados o último até foi muito legal foi lançado no Instituto villa-lobos a gente não faz o lançamento no Capes no hospital sei o que foi lá no villa-lobos né Oi e a Glória Perez foi agora férias botões na novela aquela Caminho das Índias né que é não foi das piores aí e lendo é porque pelo menos se lembra o tratamento para questão da da loucura pela primeira vez mudou é na novela mudou no o cara não ficava internado tal eu fico consultor durante o início e eu fiz uma questão né porque a Globo não
paga meu ninguém né só paga ele lá mas eu fiz pra gente pede conta que eu iria sair fazendo quer receber nada eu só quero te espaço um compromisso vocês não vão terminar ninguém nos piso porque acaba que novela assim a Carminha fica louca e vai pagar no hospício geral é assim o Amado a novela acabou na cadeia ou no hospício Então esse zero então rapaz tinha um rapaz chamado Ademir e lembro que é filho da empregada o que se tratava numa instituição meio assim tal mas pelo menos a noite ele ia para gafieira então
para mostrar aquilo era internado coitado eu tinha que toda a noite pagar feira toda a noite estava na Garcia eu não sei como é que aguentava no outro dia que ir aí ele a mãe dele que era empregada da casa a outra que era empregada da outra moça todo mundo na carteira todas as noites exclusiva não sei se tem essa gafieira que funciona mas o Hamilton tocou nessa novela é o Harmonia enlouquece e o outro é de si mesmos e de é de um grupo chamado cancioneiros da os dois falam dessa situação de serem loucos
etc ser sofrerem de algum problema tal o Hamilton João maneira mais irônica e o outro de uma maneira mais assim ser irônica também mas falam desse lugar de quem é são dois rapazes que o diagnóstico Psicose fizeram uma música sobre o De Niro sobre a legislação sobre Alucinação chama sintomas como sou se ferrar aqui né É claro que depois eu ficarei disponível para pergunta se alguém tiver manda uma mensagem digamos assim às atividades na vida social ela ela precisa ser prestigiada ela precisa ser vivida por todos vocês por todos nós que na verdade é preciso
romper essa Fronteira faz acabamos de ter aqui no na abertura da oficina muito claro alguma coisa assim aquele grupo Harmonia enlouquece você vem com a prática da arte a prática da música da porta Preto a elas um nível de inclusão nível de retorno à superfície como vai funcionar vamos ali que já é dos mais altos e isso foi propiciado pela prática de uma dimensão cultural importante que a música então o exercício das e as práticas culturais o convívio prefiro são importantíssimos para a aceleração do processo de inclusão dessa gente se a gente que tem sido
tão discriminada ao longo da história e o rei do remédio fica fria avental II E ai ai ai oi oi E aí E aí é isso topo da vida como estou cansado de tanta e eu tenho que agradecer a [Música] E aí e isso é uma aberto vocês conhece né amor é ver se eu consigo abrir de novo em outra Esse é uma Beto você conhece né É e ele tá lá eu já tô lá tá legal ele que é ele que faz apresentação aqui também eu vou botar o outro agora eu vou lembrar o
seguinte negócio de música clássica pessoa fala numa Cláudio logo não porque não acabou né ver que negócio que você usa Claro tem um finalzinho parece acabou você espera um pouquinho que vem eu não sei como é que faz a tela cheia por isso que eu tentei aquela hora mexer O que é o que eu vou começar a gravar hoje é e agora acabou o e o pneu já dessa música foi feito pelo Miguel e pelo Orlando né os dois são psicóticos né o diagnóstico lá do eles falam do das aulas afinações dos deles a ideia
de perseguição não é muito legal com eles lidam com isso e é toda a ideia a produção foi feita com a TV pneu né que é um projeto que existe lá no rio aqui também tem dinheiro TV plantão ainda acho que tem né então em Belo Horizonte tem a rede para bolo eroica é parabólica com paranóica né E eles e ajuda a ideia de fazer o clipe né depressão roteiro se tudo isso um processo criativo muito interessante né e uma coisa se Lupita que o baixo se você conhece ele pessoalmente que não conhece ele apareceu
tava lá na oficina né e uma das coisas que ele falou essa oficina e que a gente tem seguido ter visto com muito interessante a ideia da identidade né você tem várias o zoo referência para sua identidade algum local me coloca aqui o seu professor eu sou médico sou de toda a revista o sorriso para outras situações eu sou capixaba né que eu sou do Espírito Santo para outra só isso sou homem eu sou e tal eu sou digital origem de tal cultura sou guitarrista né então a semana interessante que a gente via com esses
essas esses sujeitos essas pessoas que participavam do dos projetos é muita identidade marcante deles é de paciente né assim se identificavam até eu tenho um livro que eu escrevi que tá lá no service na naquela Biblioteca Virtual uma pessoa que encontrei em São Paulo né tá o Senhor Doutor Paulo Amarante Eu tinha muita vontade de conhecer muito prazer eu sou fulano de tal bipolar ela chego tudo de serviço no assim não deixe que a pessoa claro né mas assim é fulano de tal a rolar né a ideia da doença identificação saber se eu sou torque
eu tenho torque eu só isso depressivo sua Psicótico sótão eu sou paciente Depois virou usuário que da mesma forma politicamente é importante para deslocar daí de paciente né o cliente mesmo Anysio e gostava de usar cliente eu nunca gostei cliente dá uma ideia de um usuário Privado não é de uma de uma empresa né assim presa usa um cliente ela o cliente tudo mas a ideia de sujeito né Então muitos começaram a falar assim e depois nesses projetos aí te viu muitas coisas quantidade o Hamilton é um o cantor né que fala agora se apresenta
como o compositor como músico identidade marcante outro que ator né Eu sou ator do grupo eu sou membro de um grupo de dança de um coral né como identidade você interessante isso cria para o sujeito o outro olhar sou E aí as pessoas que vivem deles e para o lado dele com ele né aqui também começa a ver nele e não apenas mais o o louco doente o paciente ele setra mas alguém que produz alguém que tem uma identidade isso não precisa ser artista pode ser o seu Livreiro da cooperativa eu sou membro de uma
cooperativa sou trabalhador sou o cooperativado a etc etc fora aí a gente pode não sei se tem tempo ela tá avance na hora vai se quiserem a pergunta Oi gente sentimentos Termina quatro horas a gente tem uma supervisão depois pede para ele mandar para feio mas se você tiver disponibilidade a gente podia até parar tomar um cafezinho e voltar a conversar tudo der aí vamos a gente tá até as coisas então a gente faz sabe se quiser poder não era também tá convidado não se você quiser ficar tranquilo ó E aí