Webpalestra - Dificuldades de aprendizagem e o transtorno específico de aprendizagem

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Telessaude UFSC
Webpalestra realizada no dia 26 de abril de 2019 sobre dificuldades de aprendizagem e o transtorno e...
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[Música] [Música] olá pessoal meu nome é nathália dias sou psicóloga tem um mestrado e doutorado também com pós-doutorado em distúrbios do desenvolvimento pela universidade presbiteriana mackenzie eu sou professora do departamento de psicologia da universidade federal de santa catarina e hoje eu vim trocar um pouquinho com vocês sobre dificuldades e transtornos de aprendizagem talvez o melhor título para essa apresentação fosse uma pergunta dificuldade ou transtorno de aprendizagem porque a ideia é que no decorrer desses slides a gente possa pensar um pouco quais são os fatores que estão subjacentes às dificuldades aos transtornos de aprendizagem e que
fatores poderiam nos ajudar a delinear a discriminar melhor entre eles professores em sala de aula e profissionais da saúde ea delimitaria principalmente fonoaudiólogos psicólogos médicos nem suas clínicas em seus consultórios muito freqüentemente quando atendem a crianças e adolescentes recebem crianças que vêm com uma queixa de que o filho não aprende ou seja uma queixa de dificuldade de aprendizagem e se alguém está aprendendo existe ali um motivo que precisa então ser investigado né a dificuldade de aprendizagem ela é a ponta do iceberg ela simplesmente o indicador é um sintoma de que alguma coisa não está correndo
muito bem agora a gente precisa tentar investigar por meio de uma avaliação ampla uma avaliação compreensiva o que pode estar na base dessa dificuldade de aprendizagem passa a ser algo pontual pode ser a o passageiro ou não a gente pode estar falando de algo persistente e que vai precisar de uma avaliação mais extensa e de uma intervenção mais focal e mais direcionada acho que sobretudo é pertinente se explorar esse tema e a compreender as suas características a e as diferentes diferentes fatores que estão associados à aprendizagem para que a gente saia de um determinismo simplista
de que toda dificuldade de aprendizagem é um transtorno específico de aprendizagem porque na realidade não é assim nós veremos que existem uma série de fatores que podem interagir e que vão impactar diretamente na aprendizagem da criança e que nem toda a dificuldade vai se configurar como um transtorno de aprendizagem então os fatores que podem impactar a aprendizagem e conseqüentemente podem levar a dificuldades de aprendizagem nós temos este modelo é do flat de um artigo publicado recentemente onde ele traz um modelo que é causal e que considera as inter-relações entre os vários níveis de processamento que
estariam envolvidos na aprendizagem então a gente tem por exemplo um primeiro nível que está aqui poderia influenciar a contagem que é o nível eo biológico a gente vai pensar por exemplo os fatores genéticos né que podem levar a uma maior vulnerabilidade ou suscetibilidade para o desenvolvimento de um transtorno psíquico de aprendizagem também fatores associados à própria estrutura e funcionamento cerebral ou falamos os transtornos de aprendizagem por exemplo sabemos que existem algumas áreas específicas do cérebro de indivíduos acometidos por esse transtorno que funciona de uma forma diferente um cérebro de indivíduos que não têm um transtorno
de aprendizagem essas áreas nessas operações de desenvolvimento de funcionamento já estão bem delimitadas na literatura mas também no nível neurobiológico a gente ainda pode pensar num nível cognitivo né então entrou em voga ali os processos cognitivos fundamentais para a aprendizagem por exemplo memória atenção e motivação né fatores comportamentais psico sociais que também devem ser considerados em um contexto mais amplo para ponderar para pensar aprendizagem e as suas dificuldades né então uma criança com problemas de comportamento internalizam ante ou está analisando anti estado vai impactar na sua aprendizagem entre os problemas psicossociais talvez possamos ponderar fatores
de risco ou fatores de proteção ao desenvolvimento infantil e que também vão ter um impacto na aprendizagem dessa criança né nós temos também os fatores associados ali ao contexto ao ambiente né entre os fatores ambientais eu acho que essas setinhas de interação é com o ambiente elas também poderiam ser ampliadas para interação do ambiente não só com os aspectos unido neurobiológico mas também dos processos cognitivos e dos fatores comportamentais e psico sociais porque todos eles vão ter um pacto né do do ambiente mas entre os fatores ambientais acredito que seja interessante nós ressaltaram os por
exemplo aspectos como escolaridade dos pais que sabemos está associado à aprendizagem da criança o nível de vocabulário do pai da mãe está diretamente associado ao a estimulação né e ao desenvolvimento cognitivo desenvolvimento lingüístico da criança e de forma mais global o nível sócio econômico existem alguns estudos mostrando que o nível sócio econômico ele tem um impacto não apenas no desenvolvimento cognitivo mas até mesmo alguns estudos mostrando que é um pacto do nível sócio econômico sobre o desenvolvimento de córtex cerebral e algumas regiões cerebrais parecem sofrer mais um pacto de um nível sócio econômico baixo é
por exemplo quando a gente fala de pobreza extrema então regiões temporais frontais elas receberem maior impacto de nível sócio econômico baixo e essas áreas estão envolvidas por exemplo linguagem com funções executivas que são habilidades fundamentais para que a aprendizagem funcionamento desse indivíduo à sociedade ocorra na sdi-1 de uma forma adequada então esse modelo nos ajuda a pensar nas diversas influências e nas diversas interações que esse diferentes níveis e euro biológico cognitivo e comportamental além de todo contexto do ambiente podem ter sobre a aprendizagem e as dificuldades de aprendizagem da criança falecida dificuldade de aprendizagem ou
trouxe aqui uma definição não é do livro transtornos de aprendizagem aprendizagem abordagem neurobiológico multidisciplinar que é um texto bastante plástico na área da neuropsicologia de psicologia cognitiva de forma geral que diz o seguinte ele vai falar que a dificuldade de aprendizagem é um termo amplo é um termo geral né tem sido utilizado para designar aqueles quadros em que há problemas na aquisição das habilidades acadêmicas ainda aqui sem especificar em leitura escrita e matemática mas de forma global é um termo que abarque que dificuldades na aquisição das habilidades acadêmicas básicas essas dificuldades elas podem ser gerais
ou seja a contemplando abrangendo essas três diferentes áreas da leitura da escrita na aritmética ou elas podem ser específicas por exemplo estar mais circunscrita uma determinada habilidade acadêmica do que a outra né essas dificuldades também podem ser vividas adversas e tecnologias ou seja a causa aqui pode ser pedagógica pode ser sócio econômica ambiental pode estar atrelado a fatores familiares talvez a gente possa estar falando de uma dificuldade de fato de vida a uma alteração do desenvolvimento as dificuldades de aprendizagem também vão abranger dificuldades em função de falhas secundárias relacionadas a fatores ambientais aí entram aqui
público problemas de origem pedagógica econômica e sócio cultural que também podem ser contempladas sobre esse guarda-chuva é esse termo relativamente amplo das dificuldades de aprendizagem um outro termo que também tem sido relativamente utilizado na literatura para designar dificuldades de aprendizagem é o chamado mau desempenho escolar então em alguns estudos em alguns autores a gente pode encontrar um ter um ou outro mas de forma geral eles podem ser utilizados de uma forma intercambiável o mau desempenho escolar de acordo com este artigo é de siqueira e gurgel genet é definido como um rendimento abaixo do esperado de
acordo com a idade ou com a escolaridade do indivíduo e eles trazem alguns dados interessantes pra gente em relação à prevalência do laudo desempenho escolar de acordo com esses autores aproximadamente de 15 a 20 por cento das nossas crianças apresentam mouse em escolar durante os primeiros anos da escolarização formal porém se a gente considerar os primeiros seis anos de escolarização formal essa taxa aumenta para de 30 a 50 por cento das crianças vejam um número bastante expressivo aproximadamente 50% das nossas crianças apresentam algum tipo de mau desempenho escolar ou dificuldade de aprendizagem nesses primeiros cem
anos da escolarização ainda de acordo com esse artigo o mau desempenho escolar ele está associado a uma série de problemas no âmbito individual no âmbito familiar no âmbito escolar como consequência também no âmbito social por exemplo ele vai ter um impacto importante sobre os aspectos emocionais daquela criança ou daquele adolescente que vivencia a dificuldade de aprendizagem né inicialmente um dos aspectos que mais impactado é a autoestima então indivíduos com baixo desempenho escolar tendem a ter também uma baixa autoestima podem ter a ansiedade relacionada a situações de aprendizagem avaliações por exemplo além disso esses indivíduos acabam
tendo uma desmotivação crescente frente às situações de aprendizagem e uma perca do interesse é por estas situações de aprendizado de forma geral o impacto então não é apenas individual mas ele pode também impactará as relações que os pais têm com essas crianças a partir por exemplo de conflitos pelo fato da criança não se identificar ou não bem né nos estudos pode causar um impacto também no âmbito escolar no relacionamento dessa criança com o professor com os seus coleguinhas e por que não pensa também na saúde mental desses professores e o impacto de ordem social pensando
principalmente na inserção social desse indivíduo com dificuldade de aprendizagem a dificuldade de aprendizagem ela ainda está bastante associada com a evasão escolar no nosso contexto por outro lado o bom desempenho escolar no nosso slide a identificar identificado como bebê está associado não apenas a sucesso acadêmico mas de forma mais ampla de forma global ao sucesso social esse slide o próximo ele também traz algumas das causas desse mau desempenho escolar também de acordo com aquele slide né de em siqueira e gujiao genético inclusive depois houver oportunidade eu possa disponibilizar esse artigo para vocês eu acho que
vale a pena a leitura ea que limita as causas do mau desempenho escolar divide em duas entre fatores extrínsecos e fatores intrínsecos fatores extrínsecos seriam aqueles que são externos ao indivíduo ou seja são sobretudo os fatores ambientais que podem ter algum impacto sobre o desenvolvimento ou sobre o desempenho do indivíduo entre eles a gente pode citar os aspectos socioeconômicos sócio-culturais aspectos associados à família ou à escola na seqüência a gente vai aprofundar um pouquinho mas bastante entre os seus fatores intrínsecos ou seja aqueles de cunho individual são aspectos intrínsecos ou internos ao indivíduo a gente
pode pensar que fatores como habilidades cognitivas vão impactar o desempenho escolar a aprendizagem então uma criança por exemplo com dificuldades de linguagem ou de atenção isso vai ter um impacto na sua aprendizagem aspectos emocionais de personalidade da mesma forma também pode a acta como indivíduo se coloca vivenciar situações de aprendizagem como esse desempenho de forma geral assim como com físicas e de saúde da criança é uma criança acometida por uma doença por uma condição física ela pode ter um prejuízo na sua aprendizagem e virtude do próprio quadro ou até mesmo em virtude do tratamento aprofundando
um pouco esses aspectos à luz dos estudos na área de trouxe alguns exemplos só para ilustrar como que alguns fatores poderiam impactar a aprendizagem a levando por exemplo a dificuldade de aprendizagem ou mau desempenho escolar dentre os fatores extrínsecos eu listei ali por exemplo as expectativas e as exigências exigências muito elevadas muitas vezes podem ter um efeito deletério sobre a aprendizagem da criança que pode se julgar incapaz de atender exigências né superestimado de paz ou de professores por outro lado o estudo muito interessante sobre o efeito da expectativa foi realizado na década de 60 ilustrou
um efeito interessante que comecei a ser conhecido como o efeito pela leão esse tempo está relacionado com as expectativas e ele diz que quanto maior a expectativa que temos em relação a uma pessoa melhor será o desempenho desse indivíduo nesse experimento os pesquisadores avaliaram crianças a ingressantes no ensino fundamental no ensino formal daquela época seria interessante de primeiro ano por exemplo em um teste de inteligência eles pegaram aleatoriamente aproximadamente 15% das crianças que deram os nomes delas para os seus professores dizendo que aquelas crianças haviam sido identificadas a partir do teste utilizado como crianças com
grande potencial de aprendizagem ao final do ano letivo eles retornaram à escola e avaliaram todas as crianças e eles observarão é que aquelas crianças que haviam sido indicadas pelos professores para os professores como tendo um maior potencial de desenvolver nem cognitivo de fato tiveram scores significativamente superiores aos demais coleguinhas nos indícios de que os indícios de inteligência né mas a priori os pesquisadores haviam mentido para os professores aquelas crianças foram sorteadas foram apontadas aleatoriamente elas não tinham nenhuma diferença inicial e inteligência ou em potencial de aprendizagem e lá em relação aos demais colegas da turma
que os autores conseguir identificar se eles geraram os professores uma maior expectativa em relação àquelas crianças essa maior expectativa reverberou em diferentes atitudes em relação àqueles estudantes talvez encorajando os mais na aprendizagem ou dando a eles maior atenção um encorajamento frente as atividades e isso teve como reflexo de fato um maior desempenho e maior desenvolvimento desses estudantes na medida de que não se mostra o efeito que as expectativas de fato podem ter sobre os entende sobre o desenvolvimento de forma geral além dos fatores intrínsecos não é selecionei alguns também para dar como exemplo um deles
é o bloco de controle o bloco de controle ele está associado à percepção do indivíduo ou a expectativa que o indivíduo tem a respeito de em que medida os resultados que obtenho estão sob controle interno ou seja da minha competência do meu nível de envolvimento de engajamento com o estudo ou sobre controle externo por sorte ou por que o professor fez uma prova muito difícil né então o nível de expectativa que o indivíduo tem sob em que medida o meu desempenho está sob o meu controle ou sobre o controle do ambiente o que a gente
sabe da literatura é que indivíduos mesmo crianças que tem bloco de controle interno tendem a ter melhor desempenho escolar eles obviamente está associado é mediado pela dedicação pelo engajamento e índia tudo tem para com a situação de estudo de aprendizagem um outro termo também que podemos trazer para essa discussão é o de auto eficácia a alta eficácia ou a crença de alta eficácia ela está associada à confiança que o indivíduo tem no swap na sua própria capacidade de planejar e de executar ações a alta eficácia está associada por exemplo ao quanto eu vou perceber a
numa actividade face a dificuldades né se um indivíduo tem a expectativa de obter um resultado positivo isso tende a funcionar como um incentivo para o chão e indivíduos inclusive crianças que têm maiores melhores crenças de auto eficácia tendem a ter melhor desempenho inclusive desempenho escolar e desempenho acadêmico e por fim um fenômeno interessante que a gente pode ilustrar a o fenômeno do desamparo aprendido né o fenômeno do desamparo aprendido a gente pode definir de forma geral como sendo um fenômeno em que o organismo tendo sido exposto a um estilo aversivo né repetidas vezes ou de
forma contínua ele deixa de evitar ou não deseja evitar aquele estilo agressivo é como se o organismo aprendesse que ele não pode controlar aquela situação então ele deixa de emitir comportamentos na tentativa de evitar o estímulo aversivo estímulo negativo a alguns experimentos foram realizados nesta a avaliar o desamparo apreendido nessa situação de aprendizagem escolar muitos desses estudos lá na década de 60 e 70 e que hoje tem sido revisitado em um desses experimentos vejam só que interessante a professora chega para a sala de aula com uma proposta para os seus alunos em que ela daria
para as turmas três exercícios cada exercício constituída de três letras dadas em uma forma absolutamente aleatória e eles teriam que formará uma palavra a partir dessas três letras nem a partir da combinação da ordem dessas três letras só que o que ela não disse para as turmas foi o seguinte para a metade direita da sala ela se utilizou de três sequências factíveis que de fato tornar um possível formar uma palavra japão metade esquerda ela se utilizou das duas primeiras sequências que eram impossíveis de serem combinadas para formar palavras ou seja não havia uma solução possível
ea terceira seqüência era exatamente igual a terceira sequência da metade da direita conforme ela ia avançando na atividade em conjunto com a turma ela ia verificando se eles conseguiriam fazer então fazia uma primeira sequência junto à metade da direita conseguiu levantar o irmão conseguiram ea metade da esquerda obviamente ele não conseguiu a solução era impossível né a professora então a fazia verbalizações como nossa como é que vocês não conseguirão se eles conseguirão né de lutando que o fracasso da se nesse lado da turma de executar a atividade então vamos para a segunda seqüência novamente vocês
conseguiram pessoal da direita conseguiu o pessoal da esquerda novamente eles não conseguiram né ea professora denotava né lá ela relevavam esse fracasso porque vocês não conseguiram mas eles conseguiram que aconteceu com esse lado da turma hoje né quando chegavam na terceira sequência quer exatamente igual para as duas turmas e ao final a professora perguntava vocês conseguiram terminaram a turma da direita terminada conseguiu executar a turma da esquerda não mas porque se a terceira sequência era exatamente a mesma para as duas partes da classe para as duas metades da turma segundo jantar apreendido ele explicar isso
na verdade a nossa experiência de fracasso ela ela tende a interferir nas nossas experiências posteriores nas nossas experiências futuras então o fato deles terem experiência de fakka o fracasso na primeira tentativa na segunda tentativa parece ter tido um efeito importante o desempenho na terceira tentativa né agora imagino quanto quanto de nossas crianças com dificuldades de aprendizagem não estão sob o efeito do desamparo aprendido pelas experiências repetidas de fracasso que muitas dessas crianças têm bom delimitando então as principais variáveis no campo da família da escola e do indivíduo que podem impactar a aprendizagem a gente pode
pensar por exemplo dentre as variáveis associadas à família a escolaridade dos pais parece ser uma variável importante a principalmente a escolaridade da mãe porém alguns estudos também já tem enfatizado a escolaridade do pai outra variável associada aqui por exemplo é a importância que a família atribui a aprendizagem a escolarização formal título nacional e também um nível de vocabulário dessas famílias a os hábitos de leitura então também associado ao nível de um vocabulário mas apenas o fato de se ter livros em casa da criança poder manusear poder brincar com livros já parece ser um fator de
proteção contra as dificuldades de aprendizagem condições sócio-econômicas né que já mencionamos então um fator nível sócio econômico parece uma variável importante para o desenvolvimento do indivíduo de forma global afetando inclusive a sua aprendizagem acabou de sair um estudo recente sobre isso datado realmente de 2019 que coloca que apesar do nível sócio-econômico ser relevante para o desenvolvimento cognitivo existe uma variável que consegue moderar ou seja consegue mudar o poder dessa relação que é a variável parentalidade então se você tem uma interação parental saudável tem um estilo é parental de maior estimulação interação mais positiva isso pode
inclusive se sobrepor ao efeito prejudicial de um nível sócio econômico mais baixo por exemplo o histórico familiar de alcoolismo de drogadição né uma desagregação familiar tão todos os aspectos que podem impactar no desenvolvimento psicológico da criança de forma geral rotinas de estudo e não só rotina de estudo mas rotina de forma geral de alimentação e de lazer de sono porque a rotina é importante muitas vezes não chegam na clínica crianças com uma queixa de dificuldade de organização na época uma falta de rotina mas como eu vou ensinar organização por uma criança cuja família é desorganizada
então a rotina passa a ter de fato um papel fundamental no que concerne à escola desde variáveis de condições físicas da sala de aula qualidade do material didático do método pedagógico né as discussões acabam se centrando principalmente nos métodos nerd de alfabetização a interação que essa escola tem com a família condições do corpo docente qual é a formação nesse corpo docente por isso vai ter um impacto importante na aprendizagem da criança em relação aos fatores específicos do indivíduo problemas físicos gerais desde nutrição até doenças tratamentos que essa criança realiza que podem ter um impacto de
forma global na sua aprendizagem e problemas neurológicos estão uma criança que tem um quadro de pvh de epilepsia isso vai ter um impacto na sua aprendizagem provavelmente sim prejuízos cognitivos como déficits atencionais déficit lingüísticos na linguagem de forma geral é uma variável muito importante a ser investigado quando falamos de queixa de dificuldade de aprendizagem além de problemas psicológicos e alterações comportamentais sem esquecer que todos esses fatores eles também podem interagir né imaginem por exemplo uma criança né com uma alteração comportamental importante é com um problema de comportamento internalizam antes de uma criança que apresenta alguns
sinais de ansiedade e depressão que tem uma família extremamente organizada e se muda para uma escola que tem uma professora muito rígida então esses fatores também podem interagir eles podem acentuar as dificuldades vivenciadas por esse indivíduo bom com que a gente consegue abarcar no nosso processo de avaliação todos esses aspectos sobretudo a partir de uma anamnese bastante completa bastante detalhada que dê conta de entender o indivíduo e os aspectos familiares da forma mais ampla possível também é fundamental que o profissional tenha um contato estreito com a escola que faça visitas à escola para que ele
também possa coletar informação neste bloco a que só a título de curiosidade de informação não vejo que sete em cada dez crianças que procuram por por serviços de saúde apresentam queixas de mau desempenho escolar e problemas emocionais associados né então da demanda que nós recebemos nos serviços de saúde essa é uma demanda bastante prevalente em geral as dificuldades de aprendizagem elas têm ele estar associadas aos problemas também de ordem emocional bom quando falamos de dificuldade de aprendizagem nós podemos então pensar em dificuldades naturais e também dificuldades secundárias há dificuldades naturais são aquelas que praticamente todo
indivíduo experimentou ou pode experimentar em algum momento da sua vida a encher aulas são decorrentes de algum aspecto ou uma situação pontual que acontece na vida do indivíduo por exemplo pode ser decorrência da proposta pedagógica da exigência da escola da exigência da família conflitos eventuais que essa criança esteja vivenciando no seu ambiente familiar e que podem como consequência impactar também na sua aprendizagem essas dificuldades elas tendem a desaparecer ou a partir de um esforço maior do aprendiz ou se intervenções específicas forem interessadas para situações que geraram essa dificuldade um outro tipo de dificuldade porém são
aquelas secundárias secundárias aqui a outros quadros diagnósticos aqui nós temos por exemplo um quadro diagnóstico que vai atuar primariamente sobre o desenvolvimento de forma global mas que de forma secundária também vai impactar aprendizagem por exemplo uma criança que tem um quadro de défice isso é intelectual ele tem um quadro que de forma ampla vai então vai levar um comprometimento global do seu desenvolvimento mas que de forma secundária ou seja como uma consequência também para acarretar uma dificuldade de aprendizagem outros exemplos uma deficiência sensorial quadros neurológicos como as refletia tumores cerebrais o próprio tvh transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade transtornos psiquiátricos na infância é todos eles acometem o desenvolvimento de uma forma global mais ampla mas secundariamente também podem comprometer a aprendizagem da criança por outro lado quando falamos de transtornos de aprendizagem aí nós estamos falando de condições que são caracterizados por serem neurológicas ali a gente tem cérebro que processa a informação de uma forma diferente e aí pra falar sobre os transtornos de aprendizagem ou transtorno específico de aprendizagem como o dsm traz em sua nova nomenclatura vale a pena a gente dá uma olhadinha nesse manual de classificação o transtorno
específico de aprendizagem ele se enquadra dentro de uma categoria mais ampla dos transtornos do neurodesenvolvimento em geral aqui nós temos quadro quadros que vão surgir momentos relativamente precoces do desenvolvimento do indivíduo e que vão ter um impacto no seu funcionamento social escolar nem acadêmico e também ocupacional especificamente o transtorno específico de aprendizagem ele vai ser caracterizado como um déficit específico isso inclusive está no nome transtorno específico de aprendizagem e é uma delimitação importante são caracterizados como déficits específicos na capacidade do indivíduo para processar informações com eficiência e precisão e aqui nós estamos falando de informações
de conteúdos específicos em relação à leitura a escrita ea matemática nesses casos nós temos habilidades acadêmicas que estão abaixo da média o que seria esperado pela idade pela escolaridade desse indivíduo o desempenho que pode ser aceitável porém diante de um grande investimento de um grande esforço cognitivo desse indivíduo a característica fundamental desses transtornos é que ele isso trazem eles a levam a um comprometimento a 1 um prejuízo funcional importante uma vez que acomete habilidades que são fundamentais para a inserção social e profissional momento desse indivíduo no seu dia a dia então os critérios diagnósticos a
gente tem ali o primeiro critério para classificação do transtorno psíquico de aprendizagem com dificuldades na aprendizagem o uso de habilidades acadêmicas que persistem corpo mais de seis meses apesar de intervenções dirigidas a pelo menos um dos seguintes sintomas têm que estar presente por exemplo a leitura de palavras de forma em precisa ou lenta e com esforço dificuldades para compreender o sentido do que é lido dificuldade na ortografia dificuldade na expressão escrita por exemplo aqui pensando na dificuldade com pontuação ou na clareza é da organização a escrita dificuldades para dominar o senso numérico e dificuldades na
aplicação do raciocínio matemático é para solucionar problemas do dia a dia com relação a esse novo aspecto que o dsm traz né que seriam a necessidade de você dirigir intervenções dentro do próprio processo é diagnóstico algo que pode colaborar muito que ainda é pouco difundido no brasil é um modelo drt médico responsável que entrou em show de resposta à intervenção esse é um modelo de intervenções em camadas e que pode funcionar muito bem quando integrado à educação aqui a gente tem uma primeira camada que é uma camada de caráter preventivo ou universal em que uma
intervenção preventiva baseada em evidência endereçada a todos os indivíduos aqueles que não evolui passam por uma segunda camada de intervenção em grupo essa seria destinada por exemplo aqueles indivíduos em risco de ter um transtorno de aprendizagem ainda assim se o indivíduo não evoluir ele vai para uma terceira camada que seria uma camada com um trabalho mais intensivo e mais individual destinado realmente para aquele 5% da população com maiores dificuldades com dificuldades de fato pronunciadas que podem caracterizar um transtorno específico de aprendizagem aqui elas são alguns outros critérios né eles estão nos slides então não vou
ver esses critérios para vocês mas o que é pertinente aqui é que o desempenho do indivíduo ele tem que ser mensurado por meio de medidas padronizadas para que nós possamos nos certificar de que de fato ele está abaixo do esperado para a idade cronológica ou para escolaridade do indivíduo e verificar se de fato eles causam interferência importante significativa no desempenho acadêmico no desempenho profissional e nas atividades cotidianas desse indivíduo então esse critério do comprometimento do prejuízo ele é relevante é pertinente essas dificuldades elas tendem a se iniciar né no início dos anos escolares mas em
alguns casos podem não se manifestar até que as exigências acadêmicas relevem né e ultrapassem se sobrepõe às capacidades do indivíduo e outro critério relevante a ser considerado é que as dificuldades não podem ser explicadas por outros quadros clínicos então não pode ser explicada por uma deficiência intelectual por um prejuízo sensorial seja ele auditivo visual a diversidade psico social ou por exemplo uma instrução educacional inadequada é necessário se excluir nessas variáveis como causas possíveis para a gente pensar de fato um transtorno específico de aprendizagem apesar do dsm nessa nova classificação trazer transtorno específico de aprendizagem como
uma única categoria ele permite que a gente possa especificar domingo e também subir a habilidades comprometidas né a gente pode especificar o domínio com prejuízo na leitura com prejuízo na expressão escrita o prejuízo na matemática e delimitar por exemplo quais seriam as sub habilidades comprometidas isso ajuda muito na comunicação em ter profissionais a e também na delimitação de intervenções por exemplo um indivíduo chega com uma queixa uma dificuldade maior na velocidade influência de leitura mas recebeu uma intervenção que é bastante diferente daquele indivíduo que chega com o maior prejuízo na precisão da leitura de palavras
fundamental a gente pensar num diagnóstico em uma diferenciação de dificuldade de transtorno de aprendizagem é necessário fazer tudo um resgate histórico deste indivíduo né o seu o seu histórico médico de condições acometem essa criança que poderiam explicar a dificuldade que ela vivencia o histórico familiar outros indivíduos na família apresentaram dificuldades ou já têm algum diagnóstico por exemplo de 23 65% dos indivíduos disléxicos são filhos de pais disléxicos ou seja existe um componente genético importante e que precisa ser investigado nos nossos anef é importante investigar o histórico educacional quando essas dificuldades começaram o desenvolvimento como foi
o desenvolvimento dessa criança sobretudo o desenvolvimento lingüístico desenvolvimento da linguagem pode nos dar dicas importantes sobre a concorrência posterior de problemas durante a alfabetização de problemas na aquisição da leitura e da escrita os relatórios escolares também podem nos possibilitar observar padrões de desempenho que são típicos né de crianças por exemplo com o transtorno específico de aprendizagem da leitura e é fundamental uma avaliação ampla das habilidades cognitivas e acadêmicas e só contrastando com a prevalência que vimos do mau desempenho escolar que estava na ordem de 30 a 50 por cento quando a gente fala do transtorno
específico de aprendizagem a gente está falando de uma prevalência em torno de 5 a 15% desses indivíduos que gostaria só destacar provas fez né vejam que esse é um dado do méxico no centro falar em saber que né do montante de crianças que são atendidas pelo sistema educacional 42 por cento são crianças com transtorno de aprendizagem então essa é uma demanda importante na área de saúde na sua intersecção com a educação em outro aspecto aspecto que gostaria de relevar se refere aquela curva de desenvolvimento isso é que a gente deixe de lado essa postura do
esperar para ver ou seja as dificuldades dessas crianças elas não se recuperam sozinhas como tempo eo beque a diferença de desempenho de uma criança com transtorno de aprendizagem em relação uma criança normal tende a aumentar ao longo do tempo elas vão ficando cada vez mais atrasadas em relação aos seus pares para dar um exemplo de transtorno específico de atraente de aprendizagem eu trouxe a dislexia que é o transtorno de aprendizagem mais amplamente conhecido difundidos estudado na literatura essa é uma definição da eda que a internet num flexi assossiation ainda diz o seguinte ela diz que
a dislexia como sendo um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica talvez dois aspectos a relevar é um transtorno específico de aprendizagem essas crianças não têm uma alteração global elas têm uma alteração específica e de origem neurológica esse cérebro processa a informação de uma forma diferente é caracterizada por dificuldades com reconhecimento de palavras de forma precisa o fluente o reconhecimento de palavras é o principal aspecto disfuncional comprometido no indivíduo com dislexia e pela baixa capacidade de ortografia e decodificação essas dificuldades são típica é tipicamente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem ali eu
destaquei o dest um componente tecnológico porque hoje a hipótese mais amplamente aceito e respeito da dislexia é que ela seja fruto resultado de uma alteração na forma como o cérebro desses indivíduos processo a informação mas não qualquer informação a informação foi no loja fica no processamento dos sons da fala então de neurobiologia da flexív a gente tem aqui na figura maior esquerda as áreas que tipicamente são ativadas e estão envolvidas nos processos de leitura né ea linha direita nós temos as áreas que são ativadas no cérebro de indivíduos léxico o que a gente observa é
um padrão de ipu ativação ou seja uma menor ativação uma disfunção nas regiões têmporo parietal mais e tem por objectivo do hemisfério esquerdo e uma hiperativação seja uma maior ativação na região frontal inferior do hemisfério esquerdo essa hiperativação funcionaria quase como uma compensação numa tentativa do indivíduo e compensar a falta de ativação nas regiões posteriores com relação às hipóteses explicativas nós já iniciei falando um pouco sobre isso aí na definição hoje a hipótese mais amplamente aceita respeito da delegacia é hipótese do défice ecológico em que os indivíduos com dislexia teriam então uma alteração no processamento
fonológico que incluiria alterações nas habilidades de consciência fonológica memória fonológica e acesso ao léxico a consciência fonológica um conceito importante se refere à nossa capacidade de manipular os sons da fala essas dificuldades levariam por exemplo há uma dificuldade do indivíduo com dislexia de fazer um uso adequado das relações letra e som e por isso a sua leitura seria baseada praticamente na memorização visual das palavras isso vai levar prejuízos por exemplo na sua curasse ou seja eles têm uma dificuldade na precisão eles cometem muitos erros muitas trocas eles tendem a lei por adivinhação e também leva
um prejuízo na influência dessa leitura é a que eu trouxe como exemplo um instrumento que pode ser utilizado para avaliar esses perfis de leitura né só que explicar brevemente o gráfico a seguir vou falar um pouquinho sobre os itens que temos aqui e ali nós temos fadas sobre a figura de fada que é uma palavra correta regular depois táxi sobre a figura de táxi é uma palavra também correta e irregular depois a gente tem rádio na figura do telefone onde a gente tem uma troca de significado uma troca semântico há ali a gente tem a
palavra tem o luisão não é sobre televisão que é uma troca visual machico sobre a figura do mágico é uma troca fonológica eo génio que apesar do assunto é correto está escrito de forma ortograficamente incorreta negócio que é uma palavra que não existe é uma pessoa de palavra nesse tipo de teste a criança tem que colocar certo ou errado então ela vai falar se a correspondência palavra figura tá certa ou se está errado o que a gente observa quando aplicamos em suas crianças disléxicas é esse perfil e desempenho a gente tem a linha azul mais
escuro o padrão de desempenho das crianças com dislexia e vejam que em alguns itens como nas palavras corretas regulares ou irregulares nas trocas semânticas a lista como vs na vizinha semântica ou nas pseudo palavras estranhas lp elas não tão bem quanto as crianças não disléxicas aonde que as crianças com dislexia falham quando a gente tem as trocas visuais né então até eu visão não é sobre a figura de televisão elas não se dão conta dessas trocas visuais porque elas tendem a lhe a palavra como um todo pelo contexto a partir de nebulização visual elas também
falham as trocas fonológica celas receitam machico como correto tá sem perceber que ali nós temos uns em vez de um elas também falham nasceu do palavras o mofo nas que são aquelas que estão ortograficamente corretas não é como o exemplo do gênio mas que mantém o som é igual análogo da palavra real né então elas têm dificuldades quando elas precisam se utilizar de estratégias mais elaboradas mais sofisticadas para a leitura elas recorrem a um tipo de leitura baseada na memorização visual e é por isso que elas cometem esse tipo de erro sem avançar para estratégias
mas adaptativas mas adequadas que lhes dariam possibilidades de dar conta da leitura desse tipo de material o que a gente vai avaliar quando se tem uma suspeita de dislexia está por exemplo em termos de uma avaliação excludente né ou seja aquilo que tem que estar preservado né nós vamos misturar vamos considerar alguns processos cognitivos entre eles a compreensão de linguagem oral inteligência processos cognitivos outros como atenção processamento visual que devem estar preservados ou que não devem estar prejudicar ghosn a ponto de explicar a dificuldade de leitura que aquela criança apresenta também é fundamental se certificar
que a dificuldade que a criança apresenta não seja devido a uma alteração de integridade sensorial auditiva ou visual ou alguma alteração neurológica conhecida então se a criança tem alguma lesão cerebral alguma disfunção já conhecidas ela tem um quadro de e flexível então provavelmente nós não estamos falando de um transtorno específico de aprendizagem enfim de uma dificuldade que é secundária a uma alteração neurológica a integridade do desenvolvimento global na então poderá o desenvolvimento global dessa criança em termos de desenvolvimento motor linguagem de inteligência aspectos funcionais e também os aspectos pedagógicos então precisamos excluir todos esses fatores
como causas da dificuldade de aprendizagem para então pensar numa possível num possível diagnóstico de transtorno específico de aprendizagem então de avaliação cognitiva o que a gente vai ponderar o que a gente vai fazer nós vamos avaliar o uso diferencial das estratégias de leitura assim como o padrão de desempenho dessa criança em termos de velocidade de compreensão daquilo que ela lê e de precisão e também avaliar alguns processos cognitivos relacionados e que nós esperamos que estejam prejudicadas em indivíduos com dislexia como aqueles que subjazem o processamento fonológico processamento de informação baseado na linguagem oral o perfil
mais comum o indivíduo com dislexia é um indivíduo que tem inteligência preservada habilidades sensoriais preservadas e habilidades cognitivas outras como o processamento visual a atenção também relativamente preservado esses indivíduos tendem a ter uma boa leitura logo gráfica o que em geral acaba disfarçando um pouco dificuldade essa leitura logo gráfica essa leitura pelo contexto é uma leitura pormenorização visual ele vai pelo formato da palavra pelo contexto global e não lê a palavra propriamente como se ele tratasse a palavra mas como um desenho do que como um item psicolingüístico propriamente esse indivíduo vai ter dificuldades específicas fonológica
no processamento dos sons né com consciência fonológica com memória fonológica e consequentemente a isso também dificuldades com ortografia são relativamente freqüentes o diagnóstico ele necessariamente multidisciplinar porque nós temos que excluir uma série de causas possíveis a gente tem que eliminar como causas aspectos pedagógicos aspectos ambientais aspectos sensoriais auditivos e visuais à integridade biológica por isso a gente fala que o diagnóstico de exclusão se não é nenhum desses fatores então sim a gente pode considerar que pode ser um transtorno específico de aprendizagem por isso é fundamental que a equipe com ou seja composta por exemplo por
um psicólogo e psicopedagogo uma fonoaudióloga um fonoaudiólogo né algumas equipes trazem também o hospital mas são poucas de fato isso a gente não tem observado na prática em um neurologista quando esse diagnóstico tende a ser realizado em geral ele é realizado quando a criança está na unidade escolar lá pelo 2º 3º ano quando as dificuldades de fato se tornam mais evidentes a yandex duas perguntas né será que é possível identificar antes então premiê e na vida adulta 'neste as dificuldades sonnen disléxico deixa de ser léxico na vida adulta e falando rapidamente sobre esses aspectos é
possível identificar antes não é possível diagnosticada antes a gente não pode dar um diagnóstico de transtorno específico de aprendizagem por uma criança em idade pré escolar mas existem uma série de fatores e de habilidades que são preditor as ea gente pode identificar por exemplo uma criança em situação de risco de desenvolver um transtorno de aprendizagem esse é um estudo que retrata isso ao passo em que ele avaliou crianças aos 54 meses e separou em dois grupos um grupinho tinha dificuldade de linguagem e o outro não há nenhum problema no desenvolvimento da linguagem eles acompanharam essas
crianças ao longo dos anos até que elas chegarão um quinto ano e avaliar o desempenho delas em leitura e que eles observarão é que ao longo do primeiro ano em terceiro ano e do 5º ano mesmo desempenho em leitura o desempenho daquelas crianças com problemas de linguagem e sem problemas de linguagem nunca se igualou às crianças com alteração de linguagem tiveram um desempenho inferior em leitura ao longo de todos os anos sucessivos e é a pergunta que o autor faz é de fato necessário esperar que essas crianças chegassem ao 5º ano para identificar que ela
tinha um problema de leitura na verdade não isso poderia ter sido identificado lá os 54 meses simplesmente a partir de uma identificação de aspectos do desenvolvimento de linguagem que poderiam identificar então crianças em situação de risco para desenvolver uma dificuldade maior de leitura e com relação a essas dificuldades no curso da vida adulta né a essas dificuldades homem não elas não fome se não forem interessadas intervenções específicas essas dificuldades elas tendem a continuar e aí nós vamos ter uma série de outros custos associados como por exemplo os custos emocionais os custos ocupacionais na vida laboral
desse indivíduo e também um custo social porque essas dificuldades elas tendem a se manter ao longo da vida desse indivíduo da importância da avaliação para a correta identificação para quem quer um plano de intervenção possa ser feito para que sejam trabalhadas essas dificuldades bom eu gostaria de deixar que alguns agradecimentos para a doutora bruna trevisan ea doutora tatiana meca por algumas idéias e slides que foram compartilhados para essa apresentação e também para o núcleo desenvolver né principalmente ali para os pediatras cláudia lorenzo e joão carlos cotta que possibilitaram essa troca que pode ter com vocês
a respeito de dificuldade de transtorno específico de aprendizagem e gostaria de deixar algumas sugestões para aqueles que querem realmente tem o maior interesse na área e que querem se aprofundar um pouco nesse tema nos últimos anos temos visto uma um crescimento importante de uma área tem sido denominada como neuroeducação ou neurociência aplicada à educação tá este é um artigo que eu deixo como sugestão para que aqueles que tenham interesse na área possam ler onde ele vai falar por exemplo de achados da neurociência como por exemplo como que o sono nutrição exercícios físicos podem interagir podem
impactar na aprendizagem esses são alguns dos livros que eu utilizei pra essa apresentação para essa fala e que deixe também como dicas são livros em geral da área de cognição e de neuropsicologia e que trazem as suas contribuições que estendem as suas contribuições para a área de educação saúde nessa área de intersecção entre educação e saúde quando a gente fala da aprendizagem e das dificuldades que acometem a alguns eventos também que teremos né nem muito brevemente na área então com criarte em 2019 o tema né deste ano é conexões de saberes na construção de uma
infância resiliente mas em porto alegre durante outubro e novembro nós teremos aqui em santa catarina ufsc o congresso brasileiro de psicologia do desenvolvimento onde também podemos ter uma oportunidade interessante para falar sobre aprendizagem as dificuldades que acometem esse processo a que o site da associação brasileira de dislexia é maior uma referência em termos de sociedade científica para aqueles que têm e se querem se aprofundar entender um pouco mais sobre a dislexia uma outra organização muito importante que é o instituto a b c d e e que têm uma série de iniciativas nessa área inclusive com
a campanha todos aprendem disponibilizando inclusive materiais que podem ser baixados e utilizados né para expandir esse conhecimento não é pra para outras áreas eventualmente para a paz que vêm trazem essa queixa de suas crianças e o site do núcleo desenvolver do hospital universitário que é o núcleo quer no âmbito do gaúcho tem realizado avaliações e o diagnóstico é bastante focado na investigação dos problemas de aprendizagem na infância por fim só apresentar nessa falar um pouquinho sobre o nosso projeto de extensão que promove atendimento a crianças com dislexia um projeto de extensão sobre intervenção neuropsicológica nos
transtornos do neurodesenvolvimento que está chamada né do nosso projeto no site do sap se que o serviço de atendimento e psicologia e é promovido e realizado na verdade pelas graduandos do curso de psicologia que presta atendimento gratuito a crianças até 12 anos que apresentem já o diagnóstico né de transtorno específico de aprendizagem aqui especificamente trabalhando com a dislexia deixe também a nossa página para que vocês possam conhecer e eu fico à disposição para trocarmos um pouquinho aí perguntas uma perguntinha aqui do município de luzerna é como podemos trabalhar hoje com toda essa tecnologia e acabamos
criando muito mais experiência nessa unidade das crianças é isso tá pensando não pode esclarecer como podemos é o uso da tecnologia para trabalhar o aprendizado será que seria isso se quiserem colocar algum momento eu gosto de você colocar como podemos trabalhar hoje com toda essa tecnologia tá e criando muito mais se for nesse sentido do uso da tecnologia né para implementar o aprendizado nós temos uma série de estudos tanto no âmbito internacional quanto no âmbito nacional do uso de diversas tecnologias entre elas jogos intervenções computadorizadas que visam estimular habilidades específicas que são relevantes que são
por exemplo pré-requisitos para a aquisição de determinadas habilidades acadêmicas e que podem sim colaborar para o aprendizado então por exemplo algumas intervenções para desenvolver o orçamento fonológico que podem ser utilizadas num contexto clínico a partir da interação face-a-face terapeuta paciente mas que podem ser feitas por exemplo com um tablet em sala de aula né então acho que podemos juntar intervenções baseadas em evidência e tecnologias em prol de intervenções mais eficazes que podem inclusive se dar no âmbito esta clínica um complemento utilizando tecnologia e isso acaba dificultando a ta ta eu vi recentemente algo sobre isso
mostrando que eu não vou lembrar agora o o autor do artigo que houve mas ele mostrava claramente que determinados conteúdos utilizados por exemplo em tablets celulares têm dificultado tem diminuído a capacidade intencional das nossas crianças tá então eu diria o seguinte a tecnologia é uma ferramenta vai ser boa ou se ela vai mas depende do uso que a gente faz dela a gente pode associar a tecnologia com evidências de pesquisa com intervenções baseadas em evidência para que isso colabora em desenvolvimento ou se eu tiver um uso indiscriminado simplesmente para jogar pra ver redes sociais talvez
o excesso tenha sido o efeito deletério sobre o desenvolvimento o que a gente tem observado da literatura científica é que o uso excessivo sem critério ou seja sem ser com um fim de desenvolvimento de cognição pode ter um impacto na habilidade a principalmente nas habilidades atencionais bom agradeço pela oportunidade o que eu espero ter passado com essa apresentação é que a delimitação entre dificuldade e um transtorno de aprendizagem é difícil é complexa na verdade o que chega para nós enquanto queixa é um comportamento né eu mesmo comportamento a criança não aprende ea identificar se uma
dificuldade ou se é um transtorno é tentar localizar a causa subjacente aquele comportamento aquele sintoma que nos aparece na clínica e isso exige um trabalho investigativo que é complexo que é amplo e que não é realizado em uma ou em duas sessões mas exige que a gente possa conhecer um pouquinho de todas as variáveis do entorno desse indivíduo palavras individuais associadas à escola foi o desenvolvimento ea família e tentar compreender como essas diferentes variáveis interagem e podem estar associadas a aprendizagem desses indivíduos sobretudo acho que é relevante é mostrar essa multiplicidade de fatores para a
gente tirar um pouco aquela idéia simplista aquele determinismo reducionista de que toda a dificuldade de aprendizagem é um transtorno de aprendizagem não é bem assim é necessário saber que os transtornos de aprendizagem existem sim então a corrente de medicalização ela teca por exemplo ao afirmar que esses transtornos não existem mas os transtornos de aprendizagem existem nós temos evidências de funcionamento neuropsicológico alterado nesses quadros mas também é preciso ter bastante critério e bastante rigor para não descartar todos os outros fatores que podem impactar na aprendizagem e que podem levar a dificuldades no curso desta
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