Dia 6 de outubro, quase 156 milhões de eleitores poderão escolher prefeitos e vereadores, responsáve...
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[Música] somos mais de 212 milhões de pessoas vivendo no Brasil e mesmo sendo um país de tamanho Continental a maioria da população mora em uma pequena parte do território a população tá concentrada nas médias e grandes cidades segundo os dados do censo 2022 mais da metade da população mais precisamente 56% está em apenas 5% dos Municípios do país mais de 30% das pessoas vivem em apenas 48 municípios são cidades com mais de 500. 000 habitantes uma concentração que guarda relação Direta com as mudanças climáticas a nuvem cinza encobre Goiânia há semanas a fumaça dos incêndios piora a qualidade do ar que já costuma ser ruim nesta época do ano nas 24 estações de medição da capital e região metropolitana de São Paulo oito registraram qualidade do ar ruim e 16 muito ruim excesso de gente de carro concreto vidro asfalto é uma ilha de calor é um fenômeno Urbano tem tudo a ver com a forma de construir as cidades cobrindo que antes era terra e vegetação com materiais que não absorvem água mas absorvem muito calor rios e Córregos foram estrangulados pelo concreto é preciso agir para evitar que o solo fique cada vez mais impermeável mudanças que se voltam contra as próprias cidades e cidades de urbanização precária de crescimento desordenado ficam cada vez mais vulneráveis a tragédias climáticas como as que ficaram em evidência neste ano tempestades cada vez mais fortes deslizamentos que arrastam o que está pela frente medo e insegurança para quem vive em áreas de risco o Rio Grande do Sul viveu incrédulo um mês de água e de terra destruída pela água 2848 cidades brasileiras e o Distrito Federal ficaram em alerta para baixa umidade relativa do ar entre 30 e 20% embora os municípios possam reduzir os danos das mudanças climáticas e também se preparar para elas nem sempre a questão está entre as prioridades das 27 capitais brasileiras 15 ou seja a maioria não tem plano de mudança climática ou seja não tem plano de prevenção de desastres dessa natureza de mitigação reduzir emissão ou de adaptação que é a cidade se preparar para o novo normal do clima e uma das formas de mudar o cenário é ente pelas urnas nas eleições de 6 de outubro quase 156 milhões de eleitores vão poder escolher aqueles que vão definir os rumos das políticas climáticas nas cidades uma coisa que se deve ter atenção para os prefeitos para as prefeitas eleitas é saber como é que ela pensa como é que ele pensa a gestão ambiental da cidade se a configuração da Prefeitura vai ter ou não uma Secretaria de Meio Ambiente se tiver quem vai ser ser esse secretário ou secretária da redação do G1 eu sou Nat zaneri e o assunto hoje é o voto de olho no clima um episódio para entender como as campanhas políticas estão lidando com a questão ambiental e como identificar boas propostas nessa área eu converso com Márcio astrini secretário executivo do Observatório do clima que é uma rede formada por 120 organizações da sociedade civil Ele é especialista em políticas públicas e com Rodrigo iacovini advogado Doutor em planejamento Urbano e regional e diretor do Instituto pois segunda-feira 16 de Setembro Márcio a gente vem num ano de eleição Municipal em muitos lugares do Brasil essa eleição já tá bastante quente a gente não tá tão longe assim da reta final e o Brasil enfrentou enchentes no Rio Grande do Sul e agora vive impactos de uma tragédia que é uma seca histórica a realidade do clima se reflete mais em mais propostas dos candidatos ou os candidatos apesar de todos esses eventos estão ignorando clima quando fazem os seus planos de governo Olha a gente tem uma característica muito na agenda de clima porque os municípios nem sempre né o gestor Municipal ele tá à frente de oferecer soluções pro problema climático isto normalmente é feito mais a nível de país mas ele recebe o problema quando você tem o problema da Saúde da seca da enchente do deslizamento de terras isso daí normalmente vai precisar da assistência da mobilização da máquina pública local é aquele Prefeito que vai ficar com todo o passivo que o clima pode trazer Então eles deveriam estar extremamente preocupados né eu sempre digo que se tem um ator que eh vai sofrer junto com a população Ou pelo menos deveria sofrer junto com a população mais de perto é realmente o prefeito e a gente não vê isso refletido nas preocupações de campanha são pouquíssimos os candidatos hoje que T até mesmo consciência disso que nós estamos conversando dis saber que naquele município que ele se propõe a administrar aquele município se ele está por exemplo ou não na lista do O cadem que é um órgão do Governo Federal que Analisa Quais municípios estão ali sob risco eh de evento climático extremo né poucos candidatos sabem disso por exemplo poucos deles eh se preocupam em fazer um plano do que deveria ser a adaptação daquele município ou daquela região Caso receba o impacto de um evento extremo né no caso recordando o que aconteceu no Rio Grande do Sul São 397 municípios sofrendo com as enchentes aqui do Estado há mais de 48. 000 pessoas em abrigos outras 156.
000 pessoas estão desalojadas e 362 feridas além das 90 mortes já confirmadas bombeiros e voluntários procuram por 131 desaparecidos há 60 abrigos em Porto Alegre mas muitas pessoas ainda não sabem para onde vão é uma situação desesperadora quem tem que deixar a casa a vida para trás porque a água tá tomando conta de tudo essas medidas de adaptação essas medidas preventivas às vezes são a diferença entre a vida e a morte das pessoas e a diferença entre a pessoa perder a sua casa o pouco que tem né e conseguir criar ali alguma forma de resistir a esses eventos portanto deveria ser uma preocupação muito grande dos candidatos deveria est muito claro ali no programa que eles oferecem à população em busca de voto mas o que a gente vê na maioria das vezes é que não estão preparados para isso tem um ponto aí que são as desigualdades no Brasil né a gente falava agora no começo que é muito difícil paraas pessoas que vivem numa situação de pobreza muito aguda pensarem em ideias como mudanças climáticas como democracia porque o o o problema delas é tão maior as alcança de tal maneira que tudo vira lateral além da própria sobrevivência né que muitas vezes é é muito difícil agora a gente também sabe que as mudanças climáticas acentuam as desigualdades então é uma coisa que se retroalimenta né você vive num num país desigual que tá passando por eventos climáticos extremos e esses eventos climáticos extremos vão fazer com que a vida dessas pessoas que mais precisam piore Então eu queria muito que você nos desse Márcio exemplo de como a população que tem menos é mais afetada por esses eventos climáticos extremos mudança climática ela é uma espécie de máquina de gerar pobreza e desigualdade ainda mais num país tão desigual como o Brasil e por que isso porque quando a chuva vier e alargar tudo quem vai perder a casa é que quem tá naquela área de risco Quem foi empurrado pras encostas Quem foi empurrado para uma área de vársea que e o mercado imobiliário de alto padrão não vai ocupar né quem vai ocupar ali é um um assentamento Urbano quer dizer porque a condição de vida daquelas pessoas é o que deu para arrumar de moradia para elas com um esforço próprio muitas vezes então são essas pessoas que estão nas áreas de risco são essas pessoas que vão perder a sua casa que vão perder o pouco que tem quando não pagam com a própria vida quando uma seca extrema ela afeta a produção de alimentos por exemplo o arroz que vai ficar mais caro na gôndula do supermercado vai pesar mais no bolso da população mais pobre quando não chove no Brasil e a gente não abastece ali as hidrelétricas e as hidroelétricas Mandam mais de 80% da energia que chega na nossa casa quando essas hidroelétricas não estão abastecidas a gente liga a chave das termelétricas que são mais poluentes e mais caras e é aí que acontece a tarifa vermelha a bandeira vermelha na conta de luz e claro atinge de forma muito maior o bolso daquele daquela população mais desassistida então o clima vai fazendo transformações que vão causando prejuízos econômicos e materiais para quem já pouco tem e temos até medida disso né Nós temos eh algumas pesquisas levantamentos por exemplo do Instituto polis que fica em São Paulo que ele pegou algumas capitais como São Paulo e Recife e mostrou o seguinte que você tem um um volume enfim um percentual x de pessoas negras que compõem a população daquela cidade então em São Paulo vamos pegar um exemplo aqui 38% da população Paulista é formado por negros porém nas áreas de risco climático esse número aumenta para mais de 50% então quer dizer a crise do clima além dela prejudicar mais as populações pobres Ela também tem recortes e tem recorte de gênero porque são as mulheres também que são mais afetadas nesses eventos extremos mesmo que numa campanha campanha Municipal ou na hora do voto as pessoas vão lá comparecer na urna e não considerem no seu voto a questão climática mesmo assim os governantes têm obrigação de colocar esse item no topo de agenda das suas preocupações clima não precisa ser popular para ter ações de responsabilidade a gente não pode esperar ele ser discutido no bar ele ser discutido eh na reunião de família está absolutamente na pauta e na ponta da língua de todo mundo para começar a tomar providência não é isso né Ela é uma pauta de responsabilidade a gente precisa agir antecipadamente porque cuidar do clima significa cuidar da vida das pessoas e quais deveriam ser as prioridades dos prefeitos e dos próprios candidatos à prefeitura deveria ser primeiro lugar um plano ter muito claro Qual que é o plano as necessidades de adaptação daquela região daquela cidade que ele administra saber o que precisa ser feito Quanto custa o tempo que isso vai levar Quanto de população tá em risco Quais são as formas eh que você pode tomar de ações paliativas enquanto que a obra definitiva não chega fazer essa conta bater na porta do governo federal bater na porta de órgãos internacionais e tem muitos que podem ajudar esses municípios e pediu de dinheiro e dividir também a responsabilidade né com outros com o governo do estado com o ministério que vai atender ali a sua região e fazer pressão para que essa obra chegue paraa sua população e precisa informar a população do que tá acontecendo até para contar com ela nessa pressão que precisa ser feito na arrecadação financeira e na mobilização em geral então a gente precisa que os governos eh municipais eles se incomodem com a questão do clima eles acreditem se modem e alguns mais do que isso alguns T que se desesperar porque é muito iminente em algumas regiões as catástrofes que a gente pode ter e catástrofes grandes a gente viu no Rio Grande do Sul mas nós temos vários exemplos por exemplo no semiárido Nacional eh de territórios ali que podem perder a capacidade de plantil de alimentos e às vezes são regiões que vivem do Meio Rural né E você vai condenar famílias inteiras a não ter mais eh como sobreviver não ter mais uma fonte de renda e quando a gente fala de eventos climáticos extremos a nossa nosso raciocínio vai logo paraa natureza algo que a gente não controla e que acontece e as pessoas os prefeitos têm que dar conta do recado mas aqui não dá pra gente deixar de incluir os as queimadas criminosas porque ela porque elas agravam o problema climático e ao agravar o problema climático isso vai cobrar um preço de todos nós lá na frente não é exatamente você tem coisas que acontecem locais e que precisam ser resolvidas ali né Então esse é o caso por exemplo da supressão de vegetação em áreas sensíveis em áreas que criam resistência Inclusive a eventos extremos ali naquela localidade ISO não pode acontecer né Mas você também precisa ficar de olho no que acontece em outros lugares a natureza não conhece as fronteiras não de limite de cidades de limites de estado a gente tá vendo a Amazônia queimar e essa fumaça da Amazônia ela atravessa milhares de quilômetros às vezes vai chover fumaça no sul do país de uma árvore que queimou a milhares de quilômetros de distância no Rio Grande do Sul teve além da poluição a chegada de uma frente fria isso tá provocando um fenômeno muito incomum a chuva escura a gente viu em São Paulo o dia vir à noite há alguns anos né então esses gestores municipais Eles também precisam cobrar a solução em mais alto escala da União né Nós precisamos acabar com o desmatamento precisamos acabar com o crime ambiental no Brasil não é mais possível que diante de tudo que a gente tá vivendo nós tenhamos pessoas que cometem crimes para ter lucro individual distribuir o prejuízo para o coletivo para todos nós pros nossos pulmões pra economia do país e essas pessoas ficarem impunes né Essas pessoas não terem sequer uma legislação que coloque elas em apuro hoje a pessoa não é pega não é identificada não é penalizada quando é pega e o crime não prescreve ela dá lá uma cesta básica sai pela porta da frente da da delegacia Então não é possível mais a gente tolerar isso tolerar e dividir coletivizar o prejuízo para todo mundo Essa impunidade ela ajuda a arriscar o fósforo e a causar toda essa situação que nós estamos vendo no Brasil mas o legislativo faz parte das discussões de pautas ambientais na Esfera Municipal já que a gente tá falando de uma eleição Municipal esse papel cabe aos vereadores como é que você avalia a maneira como o tema tem sido tratado nas câmaras de Vereadores olha em geral nausa eh a gente tem pouca discussão para o lado bom desta agenda né para você gerar soluções eh Então a gente tem isso em vários exemplos a gente tem por exemplo a questão do Lixão eh que você tem muitas regiões cidades governos do Estado gestões compartilhadas desse tipo de situação e que se prorroga eternamente o fim de lixões eh que é algo que enfim causa um um transtorno terrível um problema de saúde pública muitas vezes além de piorar a qualidade do ar e de maneira geral o do clima nós temos planos diretores que são extremamente permissivos em que você vai avançando a faixa Urbana para cima de áreas de vegetação que são áreas que ajudam por exemplo a você represar ali um rio a você não tem um problema de enchente em uma área é é a engenharia da natureza que vai sendo construída porque n você libera investimentos e de Imobiliários Então você vai construindo cada vez mais casas em áreas de risco né ou em áreas que vão deixar a população mais vulnerável nós temos um problema terrível eh nas cidades e principalmente nos grandes centros urbanos de trânsito de poluentes né por conta de carros Então hoje nós temos verdadeiras Avenidas estacionamento em várias cidades né poluindo poluindo sem parar a gente precisa investir muito mais em transporte público e começar a retirar esses veículos da rua né Ou pelo menos numa fase bem Inicial você transformar o combustível que queima no motor desses veículos Principalmente nos veículos pesados em ônibus e caminhão em eh combustíveis mais limpos que não gerem tanta poluição porque nós vamos pegar agora a poluição que vem da amazona você vai juntar com a poluição que vem do escapamento do carro isso vai sendo potencializado contra a saúde da população a fumaça dos incêndios piora a qualidade do ar que já costuma ser ruim nesta época do ano 2848 cidades brasileiras e o Distrito Federal ficaram em alerta para baixa umidade relativa do ar entre 30 e 20% o ar com baixíssima umidade é agressivo pras nossas mucosas e essa agressão gera entre outros danos sangramentos e principalmente baixa na nossa imunidade contra vírus bactérias muitas partículas geradas por exemplo pelas queimadas produzem alergia e todas essas medidas normalmente Elas têm prazos adiados Elas têm lobes inclusive dentro da Câmara de Vereadores contra a adoção de medidas para diminuir esses níveis de poluição né então a gente vê muitas vezes muitas câmaras muitos vereadores muitas câmaras eh de de parlamentares locais né Trabalhando contra tralhando a favor da poluição e não a favor da comunidade da população e com Congresso Nacional não é nada diferente máo foi um prazer receber você aqui no assunto muito obrigada por nos concer essa entrevista Eu que agradeço muito Naus e t sempre à disposição é sempre um prazer conversar com você espera um pouquinho que eu já volto para falar com Rodrigo yov Rodrigo eu falava agora a pouco com o Márcio astrini sobre como a questão ambiental tem aparecido nas campanhas e nas gestões locais com você eu quero basicamente entender que tipo de proposta é eficaz nessa área Começando por exemplo pelo enfrentamento aos eventos climáticos extremos o que um bom programa de governo leva em conta nesse nesse ponto em termos ideais no que o eleitor precisa prestar atenção nausa basicamente que o eleitor precisa prestar atenção é se o candidato tá propondo mudar a cidade para garantir o direito à cidade da população ou seja se ele tá pensando em melhorar a infraestrutura de drenagem da cidade se ele tá pensando em melhorar a forma como a cidade é produzida hoje porque os municípios controlam por exemplo o que pode ser construído onde pode ser construído como pode ser construído então ele tem que pensar por exemplo se vai permitir maior permeabilidade do solo para a água poder ser filtrada mais rápido em caso de grandes chuvas ele vai por exemplo dizer também sobre a questão da arborização a preservação de áreas verdes a Constituição de novos parques Então tudo isso é algo que o eleitor Tem que olhar se o seu candidato ou candidata tá querendo promover tem já cidades com várias políticas que tem mostrado que são efetivas para tanto mitigar questões de ilhas e de calor na cidade em várias partes do mundo o concreto o asfalto e a poluição do ar transformaram as grandes cidades em ilhas de calor nelas as temperaturas são mais altas a mais tempestades e o clima abafado prejudica a saúde [Música] é possível amenizar os efeitos do aumento da temperatura com plantil de árvores e manutenção de jardins paredes e coberturas verdes preferência por cores claras e materiais que rebatem a luz do sol quanto também soluções baseadas na natureza que também promovem um melhor uso dos espaços urbanos para diante dos eventos extremos também tem também possibilidade por exemplo de instalação de hortas urbanas que também melhoram a questão do calor ao mesmo tempo que promovem a segurança alimentar da população Então o que as pessoas têm que ver É se do ponto de vista da cidade as propostas estão preocupadas com o meio ambiente e com a população e não só em gerar uma nova economia pra cidade o que infelizmente ainda é muito o Tom né das candidaturas eu queria falar contigo sobre ações de prevenção porque mais de 70% dos Municípios brasileiros tem poucos instrumentos de prevenção tem poucos instrumentos de Gestão de Risco ligados a enchentes inundações ind deslizamentos realidades que são muito comuns né pro Brasil não são de agora e isso segundo o estudo cidades sustentáveis agora como é que a gente identifica uma boa proposta nesse sentido a gente identifica se o candidato por exemplo tá querendo promover um plano de drenagem pra cidade se ele tá propondo mapear Quais são as zonas de risco da cidade e promover junto à população planos comunitários de Gestão de Risco para que a população Saiba como se comportar diante de eventos climáticos e também tem uma ação que é básica para prevenção e que é muito importante também que a manutenção a limpeza urbana principalmente de Rios principalmente de riachos e Córregos Então isso é uma coisa por exemplo que muitas vezes as prefeituras estão deixando de fazer deixando de priorizar isso é importantíssimo assim como também é muito importante a o fortalecimento da Defesa Civil também né o fortalecimento desse ator que é tão importante diante de catástrofes também então tem várias medidas preventivas que o poder público precisa fazer antes dos desses eventos né Precisa estabelecer por exemplo protocolos também e então tem várias medidas que a cidade pode ir tomando para ir se prevenindo em relação a essas mudanças e a esses eventos que vão acontecer agora com cada vez mais frequência uma delas inclusive é a gente destinar os imóveis que muitas vezes estão vazios subutilizados especulando em área trás da cidade pra moradia da população porque por exemplo aqui no centro de São Paulo a gente fez uma pesquisa no Instituto Pólis dessa semana que tem 87. 000 domicílios vazios no centro da cidade de São Paulo Além disso tem mais de 2,5 milhões de metos Quad que ainda não foram construídos e poderiam abrigar habitação de interesse social se a gente traz a população que tá em área de risco para ocupar esses domicílios que estão vazios e conseguir morar aqui ela estariam com menos medo à noite quando começa a chover Então se a gente desenvolvesse usasse esses 200 que é um potencial de 200.