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estamos começando mais um luto podcast e hoje para conversar aqui com a gente temos Fábio Perin E aí cara muito obrigado por ter vindo tudo bem cara muito muito muito muito obrigado por ter vindo aí Oi Eu que agradeço convite muito bom poder vir falar um pouquinho sobre neurociências gosto muito já se supor você quer que eu fale um pouquinho de mim cara minha formação se apresenta aí Tá bom então vou me apresentar um pouquinho eu sou psicólogo lá na Universidade Federal em Santa Catarina em Florianópolis e fiz o mestrado em neurociências comportamento lá na
Universidade Federal também e depois fiz uma uma especialização em avaliação neuropsicológica no CPC aqui em São Paulo ali no Hospital das Clínicas né pós-graduação Muito boa que tem aqui e aí eu trabalhei muitos anos como professor de Psicologia né na faculdade de psicologia fui coordenador de curso e trabalho como psicólogo fazendo avaliação neuropsicológica e fazendo também na clínica né com psicoterapia psicoterapia cognitivo comportamental cara por que que você já ali na escolha do mestrado você já foi para essa linha de neurociência e comportamento assim porque a grade curricular ali da do curso de psicologia vai
passa pouco por isso né Passa pouco e ainda mais na época que eu fiz né que eu entrei em 92 né você já era nascido em 92 foi em 92 cara e na verdade quando eu entrei a década de 90 eu sempre falo disso teve um movimento em especial nos Estados Unidos assim de fomenta Senhor de ciências no início da década de 90 é foi considerada a década do cérebro porque teve um volume financiamento muito grande principalmente pelo governo pelo congresso dos Estados Unidos para pesquisas relacionadas a neurociências já prevendo um pouquinho do impacto do
envelhecimento da população e declínio cognitivo que que acompanha isso então a gente já sabia de certa maneira que as doenças neurológicas e psiquiátricas elas teria que desenvolver muito para dar uma qualidade de tratamento de Amparo Então teve esse financiamento e eu tinha acabado de entrar na faculdade em 92 e passou um filme primeira semana que ela semana que você tá escolhendo os cursos que vai fazer passou um filme no comentário que falava disso aí caramba eu gosto disso né E aí em seguida eu comecei eu entrei no laboratório de Psicologia experimental que na época era
coordenada pelo professor Rogério guerra e comecei a fazer pesquisa ali ali o Rogério guerra trabalhava com uma perspectiva que a gente chama hoje de Psicologia comparativa psicologia evolutiva e Psicologia experimental né mas já mas já se aproximando muito da neurociências e acho que foi mil acho que foi 19907 eu acho que saiu o mestrado neurociências onde Universidade Federal Professor guerra foi um dos participou da da formação do estado do mestrado era mestrado interdisciplinar e aí eu fui da segunda turma desse mestrado eu passei na época passei na seleção pro para pós-graduação para o mestrado em
psicologia e por mestrado neurociências mas daí eu optei pela neurociências por dois fatores um que já tinha um direcionamento muito grande desde o início do curso e depois porque na psicologia eu já conheci um pouco o quadro dos professores já tinha uma intimidade maior eu queria explorar outras áreas de conhecimento né então foi foi a oportunidade aí para mim dar uma derivada da psicologia e um pouquinho mais para o lado das ciências biológicas digamos assim o que que você acha de uma psicologia que não leva em conta a neurociência ou a química do cérebro a
Biologia de um ser humano cara isso é uma coisa interessante né quando eu entrei na psicologia você todo cenário de conhecimento todo cenário epistemológico da Psicologia ela é muito diferente a gente ainda tava pensando assim de certa maneira qual era o objeto de estudo da Psicologia né porque a psicologia é muito vasta a gente costumava dizer que objetos tudo era o comportamento humano mas a ideia de falar do comportamento humano excluir uma parte que era muito importante que era da experiência pessoal ou seja de como que eu tô tendo essa experiência agora Como que você
tá construindo Essa realidade que está te cercando agora certo um ponto que geralmente era muito enfatizado principalmente por pessoas com outra perspectiva epistemológica por exemplo uma perspectiva mais voltada para fenomenologia né então de certa maneira quando quando a gente a gente quando que eu entrei no curso a psicologia era sincero eu tenho até uma uma brincadeira assim que o professor guerra falava muito isso não é possível conceber uma psicologia sem cérebro né não tão irônica e provocativo né a psicologia ser cérebro é efetivamente você deixa todo aspecto biológico que de certa forma tem um peso
muito grande nos nossos comportamentos né quer dizer eu diria que a Biologia basicamente tudo mas isso obviamente vai causar algum ruído né porque quando ele fala que é Biologia é tudo as pessoas acham que a gente está desconsiderando fatores Como a cultura como a história de vida de vida trajetória pessoal dele ou outros aspectos sociais que efetivamente são formadores né mas eu costumo dizer que todos esses aspectos estão incluídos dentro da biologia então a Biologia nesse sentido ela o que fundamenta a cultura a sociedade as relações socioafetivas que as pessoas têm então não tem do
meu ponto de vista como a gente abrir mão da biologia mas óbvio que a gente pode dentro do estudo da Psicologia enfatizar alguns aspectos específicos onde essas discussões neurobiológicas elas não são tão interessantes né então eu diria que hoje eu diria que naquela época existia uma resistência maior a essa ideia de aproximar psicologia da biologia porque muito muito da evolução histórica da psicologia tá ligada à filosofia certo a psicologia ela como muitas outras ciências deriva da filosofia né da questão antropológica da filosofia né O que que é um ser humano o que que é experiência
humana então é a partir daí que a gente começa a pensar na psicologia Óbvio a gente tem uma influência muito grande por incrível que pareça da física né a psicologia ela se estrutura como ciência a partir da física certo eu já falei isso em alguns outros aspectos porque na física Você tem o problema de medidas certo dependendo das medidas elas vão ser alteradas conforme o estado do Observador então eles começaram a pensar como é que a gente vai estabelecer medidas que seja mais confiáveis já que O Observador vai influenciar nisso e Surgiu uma escola que
a gente chama de psicofísica que tentava entender como é que é como é que eram construídas as nossas Sensações as nossas percepções em termos físicos para que a gente pudesse de certa forma obter um controle melhor esses estudos Então você imagina por exemplo o movimento de um astro no sol ou a distância entre esses astros que tinham que ser medidas em milímetros ou tempos em segundos o tempo de reação de um observador para outro já alterava muitos cálculos certo então a psicofísica é que vai criar o laboratório do Vult de leipzig que é o primeiro
laboratório de certa forma destinado a estudar esses fenômenos perceptivos e a partir desse laboratório vão surgir uma série de contestações a esses estudos de um lado é alguns autores que vão dizer que essa perspectiva que a perspectiva que ele usava que era treinar observador das pessoas para observar observar a si mesmo internamente certo é que ela não dava certo porque você efetivamente sempre ia ter medidas diferentes o mesmo observador ia ter uma variação entre entre ele entre ele e ele no outro momento né então era muito difícil de regular o equipamento de coleta de dados
né e por outro lado Pessoas que diziam que a gente não pode dividir a nossa percepção e fragmentos certo que a percepção por si mesmo ela é uma construção interna que aí são os fenomenólogos em especial os gestaltistas certo eles vão dizer que a nossa percepção vai mudar conforme o processamento interno mudar e aí é interessante assim porque aí a gente tem uma base do que quer fazer as discussões sobre psicologia no século 20 vai ter muitos outros autores colaborando mas essa vai ser a base da discussão né que é o que aspectos como é
que a gente faz essa essa ciência para observar essa experiência interna a partir de dados que sejam objetivos né Então essa essa vai ser a grande briga de sistema lógica principalmente na primeira metade do século 20 né de formação e por isso que eu te falei que a gente tem vai ter uma dificuldade em estabelecer Qual é o objeto de estudo da Psicologia né Eu acredito que a partir da parte da década de 80 década de 90 essa questão começa a se assentar melhor então a gente determina a subjetividade ou como eu gosto de falar
experiência humana pessoal como objeto de estudo da Psicologia de uma forma geral mas os objetos de estudo da Psicologia eles são multifa multifacetados então por exemplo se eu quiser estudar experiência de pessoas numa comunidade certo para entender essa experiência entender como como que elas se desenvolvem ali como esse desenvolvimento afeta aspectos cognitivos cognitivos a percepção de mundo a construção de realidade delas eu não preciso ir para lá necessariamente com técnicas da neurociências eu posso usar o outro conjunto de técnicas isso é um objeto da Psicologia é se eu quero entender a experiência dos de pacientes
oncológicos do terminais eu vou ter um conjunto de outras de outras ferramentas certo esse conjunto de ferramentas que pode ser aqueles próprios da Psicologia hospitalar eles vão servir ali para mim fazer esse recorte desse fenômeno humano desse fenômeno da experiência humana Então a gente tem que pensar que a neurociência é necessariamente um avanço da Psicologia mas ele é um conjunto de recursos técnicos e teóricos que cada vez estão sendo mais absorvidos pela psicologia como uma forma de enriquecer as explicações que a gente tem sobre o comportamento humano Então hoje eu vejo as pessoas muito mais
abertas independente da perspectiva epistemológica com que elas olham muito mais aberta essas informações da neurociências do que elas já tiveram no passado né aquilo que eu te falei para você eu não te dei ideia com as pessoas se interessavam tanto por neurociências é um foi uma surpresa para mim saber que ela tinha um público tão amplo de pessoas que estavam interessadas nisso em psicologia também de uma forma de uma forma geral né sou professor de na área de neurociências há 20 e Poucos Anos Então realmente é na academia ninguém gosta das disciplinas que [Música] acha
difícil complexo é disciplina que ninguém quer fazer as pessoas querem se entender né cara as pessoas tão Sei lá tão é eu acho perdidas né Eu acho que eu acho que se entendesse sempre foi uma questão para nós a literatura mostra isso né Se a gente for buscar na literatura a gente vai ver que muitos muitos livros foram construídos numa perspectiva de entender a própria natureza humana a filosofia já tava lá né e antes disso talvez a religião ou outras formas de conhecimento né então eu acho que a busca por conhecimento ela é uma busca
bem interessante né bem interessante também bem construída na história da humanidade né O Wesley Wesley cita sempre uma frase que é do que é derivada dos textos do Michel Foucault que é saber é poder saber é poder mas poder é saber também né porque você produzindo saber você produz poder mas com poder também você pode extrair mais saber das coisas né então por exemplo hoje o poder que o conhecimento médico nos dá em muitos aspectos nos permite abranger um conhecimento muito mais detalhado sobre o funcionamento humano e conheço Óbvio ter mais estratégias de controle tanto
por bem quanto por mal Então essa é uma questão importante também porque muitas pessoas acabam olhando para essas coisas de uma forma muito de uma forma muito simplista né o conhecimento ele vai se construindo e se o conhecimento e o poder eles vão se construir e se apoiando diversos diversos processos que nem sempre são processos lineares fáceis de a gente entender Às vezes eles são processos bem conflitosos também né mas essa relação entre saber ele poder ela sempre existiu E aí tem uma coisa interessante nesse que você fala porque as pessoas estão querendo se conhecer
mas por que que a gente quer se conhecer Por que você acha que as pessoas estão querendo se conhecer que você acha que leva elas a buscar autoconhecimento Pois é né cara a gente é meio que o único bicho que tem essa necessidade né E aí eu vou te fazer uma pergunta por que que a gente precisa de conhecimento para prosperar Nossa espécie talvez a gente precisa de conhecimento com que com conhecimento a gente consegue controlar melhor o ambiente certo o conhecimento nos dá um poder para controlar as coisas então se você chega no banheiro
tem duas coisas tem duas registros para girar não tem nenhuma indicação você vai ficar ali girando o registro outro até você descobrir qual que é da água quente qualquer da Água Fria certo isso depois que você tem o conhecimento você já vai direto você poupar tempo você tem controle melhor do ambiente então a gente busca conhecimento na verdade para estabelecer uma forma de controle melhor sobre o nosso ambiente nos permite interferir de melhor forma no nosso ambiente e agora a pergunta porque que a gente quer autoconhecimento porque a gente quer se controlar melhor a gente
quer ter mais autocontrole e sabe porque que a gente quer ter mais autocontrole porque a gente não tem nenhum é por isso que a gente busca conhecimento a gente quer ter mais controle sobre nós mesmos e isso vem dessa suspeita de que a gente não se controla e aí e aí para mim ter um erro porque o autoconhecimento nunca é um conhecimento sobre si mesmo porque o que a gente chama de si mesmo na verdade é uma referência que a gente faz um fenômeno que é construído no nosso cérebro certo que é um que é
uma localização espacial de determinados eventos então a auto-referência que a gente chama de eu de selfie ele é um fenômeno do sistema nervoso central nesse processo de construção de conhecimento sobre o mundo certo sobre o ambiente sobre as coisas que estão acontecendo para mim poder de certa forma organizar o meu comportamento Para o Futuro Então o que acontece é que a gente faz a referência ao autoconhecimento é uma estrutura que é produto do conhecimento e não a fonte então não existe autoconhecimento existe conhecimento das condições que te controlam E aí essa é a magia da
coisa porque quando você conhece as condições que te controlam você pode mudar esse ambiente Você pode mudar essas condições e a partir daí você tem um pouquinho mais de controle mas eu adoro isso é um sintoma Nossa busca por autoconhecimento é um sintoma da nossa sensação de descontrole sobre a vida no luxo e achando que vamos morrer de fome então é interessante isso mas porque é um sei lá um hipopótamo não sei não sente essa necessidade de controle do ambiente ou sente sente ele controla o ambiente dele né não da mesma forma que a gente
não com a mesma diversidade de comportamentos e tecnologias que a gente mas hipopótamo tá empregada controlar o seu ambiente as formigas que estão aqui na tua casa elas controlam o ambiente certo Olha só que coisa interessante eu falo disso às vezes parasitas que estão no nosso corpo às vezes controla o nosso comportamento eles controla o ambiente dele certo e eu falei no post da toxoplasmose que é um parasita que infesta o intestino dos gatos e ele libera o espetozoários ovos desse protozoários na no ambiente e quando ele libera esse ele contamina os ratos e esses
ovos de protozoários vão se instalar na mídia lá do rato uma região muito específica que faz com que o rapaz de ter medo do Predador e quando o rato para de ter medo provedor e alguns aspectos em especial é ter medo do cheiro da urina do Predador ele se torna uma presa mais fácil o gato ingere o rato e os ovos são depositados de novo no intestino do gato de volta a se desenvolver que demais isso demais então isso é isso é muito bacana então quando a gente começa a entender um pouquinho melhor a Biologia
quando a gente começa a compreender um pouquinho melhor da nossa biologia né que a gente abre mão de outras respectivas sociais sócios históricas filosóficas a gente acrescenta um elemento de conhecimento novo aí do qual a gente pode olhar essas perspectivas sobre essa míria de novos fatos que a gente tem então isso é fantástico tem que chegar na conclusão que a gente não tem controle sobre o nosso comportamento não tem dá para a gente ter um pouco essa conclusão você vai ter a minha pergunta é porque que você quer mais controle no teu comportamento parece que
ele tá funcionando as coisas aqui certo a pergunta por que você quer mais controle O que que a gente quer controlar mais o nosso comportamento que que está nos levando a buscar esse controle eu entendo a necessidade de controle em pessoa e pessoas que muitas pessoas passam por isso quando elas de certa maneira tendo uma condição muito ruim muito aversiva tem um controle maior sobre seu comportamento Mas eu vejo pessoas que de certa maneira Ela tem ela tem um contexto muito favorável e mesmo assim tão procurando desenvolver algum grau de controle sobre seu comportamento né
e o que eu vejo em geral nisso é que mesmo que você tenha um domínio muito grande sobre o teu ambiente o mesmo teu ambiente esteja muito confortável certo a nossa a nossa necessidade de buscar esses aspectos de gestão eles vão sempre ocorrer porque a gente a gente sempre vai ter algum controle adicional para buscar certo Então na verdade eu entendo essa rente dessa questão sobre um E aí eu vou voltar para filosofia né sobre a perspectiva que eu gosto muito que é uma perspectiva do filósofo filólogo Nite né onde ele diz que o que
a gente busca é a vontade de potência né que é uma relação que ele faz principalmente a partir dos textos gregos né da tragédia grega que a tragédia grega é aquela coisa o cara sempre se dá mal no final sempre se ferra sempre se [ __ ] né então a vida trágica é uma vida que você a vida do homem-aranha você tá sempre lutando sempre tomando porrada você tomou mais uma rasteira né E essa e essa é a trajetória do Herói é essa é a trajetória do protagonista e a gente entende a se ver como
protagonista Então essa perspectiva ela ela me parece agradável aceitável esteticamente com as minhas com a forma como enxergo a vida né que a vida é uma sucessão de eventos Às vezes a gente vai dar um valor pior ou melhor para esses eventos mas ele sempre vão exigir da gente sempre vão é fazer com que a gente de certa maneira busca e se tornar um pouco mais potente diante deles então isso E aí de novo que essa relação entre saber e poder né mas a gente tá indo para a filosofia ele veio aqui para falar sobre
cérebro o nosso a nossa vontade de mudar um comportamento vem da onde então assim no sentido de que enquanto você estava falando eu fui imaginando né pô por que que eu quero mudar o meu comportamento mesmo né E por exemplo vamos supor eu tenho muita dificuldade em manter uma dieta por muito tempo deve fazer a [ __ ] não tô nem aí para minha barriga [ __ ] e aí mas ao mesmo tempo eu por exemplo quero lutar bicarbonato de quero fazer uma luta no final do ano que eu preciso bater um certo peso então
tem essa esse objetivo essa motivação esse desejo de estar no peso x E aí eu quero mudar meu comportamento só que eu não consigo eu tenho algum controle sobre isso tem obviamente Quando você começar a olhar para os aspectos do ambiente que estão disparando o teu comportamento de comer a gente não come por fora a fome desculpa a gente não come por uma carência nutricional a fome é uma condição construída pelo sistema nervoso envolvendo uma série de variáveis e algumas não são nutricionais certo de uma maneira geral há várias sinalizações no organismo para você sentir
fome é uma série de hormônios mais o mais contundente a leptina mas aí a gente tem agrelina também é o peptido de vaso intestinal dilatações viscerais a gente tem uma série de sinalizações que vão comunicar para o cérebro uma região específica do hipotálamo como é que tá nosso estado nutricional certo essas informações que chegam no hipotálamo elas podem ser enviadas adiante pelo hipotálamo lá essas essas informações chegam em duas grandes regiões de potássio lateral e potável Mundial certo o hipotálamo o Medial ele pode sinalizar para estruturas corticais o nosso estado nutricional dizendo pra gente se
a gente tá com fome ou sem fome certo e aí o que o que acontece cara é que assim se a gente for ver se a gente for olhar para biologia a disponibilidade de alimentos ela é variável ela é tanto sazonal quanto no dia a dia ela pode ser variar pode ser um dia que eu tô no lugar com mais abundância de alimentos com mais disponibilidade de nutrientes e outro em outro lugar com menos disponibilidade né então provavelmente foi nesse ambiente onde tem muita variação de recursos alimentícios que essa estrutura se desenvolveu certo então ela
de certa forma ela ela é plástica né a gente pode ter um grande desconforto ou um grande conforto alimentar não tanto dependendo do Estado nutricional certo o que acontece é que na maioria das pessoas hoje a gente não come por fome por carência nutricional a gente come porque a gente está condicionada Comendo aquele horário ou a gente come por outros motivos por exemplo por tédio as pessoas comem horrores por tédio né porque porque o tédio o tédio ele é o teu cérebro pedindo dopamina é o teu cérebro ele recebe tem projeções que sai de uma
região que a gente chama de área tegumentar ventral e vão e vão para diversas regiões do cérebro né dentro dessas regiões e córtex pré-frontal é uma região muito importante né a gente chama essas essas projeções de projeções dopaminérgicas Porque elas estão ligadas a um neurotransmissor chamado dopamina certo nessa região córtex pré frontal que é dividido em três grandes áreas mas isso vai depender do autor né mas que a gente chama de corte frontal Medial inferior e córtexdor lateral em especial nessa área do corte frontal a dopamina ela exerce um papel para verificar o quanto que
aquele comportamento é economicamente viável certo então faz um cálculo não é sozinho isso é uma simplificação mas ela faz mais ou menos um cálculo quanto que esse comportamento é viável em termos custo-benefício digamos assim de prazer e de reforçamento do cérebro né um núcleo que a gente chama de núcleo com Bentes que recebe informações dopaminérgicas da área tegumentar ventral também certo para perguntar para ele assim cara se a gente fizer isso quanto é que você acha que a gente vai ter de prazer né ao mesmo tempo ele consulta todos os recursos energéticos e ambientais para
ver a dificuldade daquele comportamento é ele calcula deixa eu ver será que fazer isso vai valer a pena né se o cálculo for positivo você se sente motivado se o cálculo for negativo aí você vai se sentir desmotivado a questão é que o nosso córtex pré frontal ele ele faz uma coisa muito bacana que ele consegue calcular o resultado disso tanto imediatamente quanto a longo prazo só que ele tem uma preferência por responder aos reforços ou a estimulação do núcleo com bens de curto prazo então a gente entende a preferir coisas que nos dê resultados
imediatos a coisas que vamos nos dar resultados a longo prazo né E essa e essa e essa questão é que às vezes dificulta o nosso comportamento porque Óbvio a gente prefere responder as questões de curto prazo a gente não né certo do que de longo prazo é a ideia do chocolate certo que ele fazia um experimento básico que era mais ou menos vou te deixar um chocolate eu fazia isso na minha clínica com as crianças também ó [ __ ] sacanagem Mas é verdade eu vou deixar esse chocolate aqui você ficar com ele até o
final da sessão eu te dou dois ou eu dizer eu te dou um Hot Wheels você consegue aguentar até o final você quer comer chocolate agora pode se quiser aguentar até o final da sessão te dou um Hot Wheels certo What's na época era barato agora é caro para caramba e aí E aí se a criança conseguir evitar de pegar o chocolate né esperar até o final a gente sabe que ela tem uma boa capacidade de calcular o reforço de longo prazo a intensidade desse reforço e inibiu o comportamento de comer o chocolate né Isso
mostra um bom funcionamento das funções executivas então uma das primeiras coisas que a gente começa a perceber é que o cérebro ele tem uma capacidade de organizar o seu comportamento em relação ao cálculo que ele faz entre custo e benefícios só que que nem eu falei ele tem uma tendência a responder as questões a responder estímulos que tem benefícios de curto prazo então o que que acontece velho quando você tá entediado teu nível de dopamina nessas regiões especial do núcleo de acordo está muito baixo então sem nada de dopamina ali certo e aí quando corta
frontal consulta a região que você vai fazer vai mandar dopamina para nós tá não tem nada de dopamina aqui velho certo e daí você tá lá naquele tédio sem nada de dopamina você diz caramba você vai ali pega iogurte daqui a pouquinho você dá a volta pega mais uma coisinha você pega ali pega uma banana um cafezinho chocolate um hambúrguer Sushi aí vai certo então a gente tem que ver que esse é um cérebro que de certa forma precisa de muitos estímulos para manter só o meu estás adequada pelo menos em relação a essa liberação
de dopamina certo então o que que acontece porque que você não consegue se controlar Talvez porque você esteja entediado entediado agora pode ser também que seja porque você está frustrado você brigou com a namorada seria sair com os amigos não deu certo e daí você vai querer uma compensação que a mesma coisa basicamente você tava esperando uma dopamina ela não vê eles [ __ ] Que sacanagem velho tô de mal não calma aí que eu vou dar um jeito aí você vai atrás de alguma coisa que compense até frustração certo então é muito comum questões
afetivas brigas mudanças no Afeto só vai começar na alimentação agora olha só uma coisa interessante meninas e os meninos também Mas é muito mais frequente meninas anoréxicas certo meninas e para de comer para de comentar o ponto que se coloca a vida delas em risco param de comer tal ponto que o organismo delas é que ela tá tão debilitada que para de voar certo e se você perguntar E aí as pessoas dizem Ah porque que ela fazia isso aí e aí tem um monte de gente que dá uma informação que eu acho super desinformativo que
a gente quer tudo relação de causa e consequência danizar Porque que a menina para de comer mas é porque ela tem distorção da imagem corporal Ah então a distorção da imagem a gente faz uma relação de causa e efeito onde não tem necessariamente uma relação de causa e efeito a distorção da imagem corporal é um sintoma assim como a falta de gestão de alimentos certo é existe uma série de existe uma série de circuitos que estão envolvidos nisso né que envolvem dopamina serotonina eu não vou entrar em detalhes aqui que eu quero chamar atenção é
porque que essa menina muitas vezes ela consegue ficar sem comer e consegue ficar sem comer por um tempo persistente porque não é porque ela tem uma distorção da imagem corporal Mas é porque evitar de comer ter um corpo com sobrepeso certo comer demais ter um corpo com sobrepeso são coisas desvalorizadas uma pessoa que consegue inibir o comportamento é uma pessoa que a gente alimentar que consegue ter uma dieta consegue deixar de comer São pessoas que geralmente a gente valoriza ter muita força de vontade quando a gente olha o perfil das meninas com anorexia a gente
vai ver que é um conjunto que quer um momento onde de certa forma nosso sistema nervoso ele tá fazendo uma série de alterações né que é adolescência Então a gente tem uma série de maturções ocorrendo ali é importante destacar mas o que essa menina muitas vezes está fazendo e quando a gente começa olhar para esse grupo de pacientes né você vê que não é só anorexia você vai encontrar ali a ansiedade generalizada você vai encontrar transtornos de pânico você vai encontrar transtorno de personalidade muito comumente você vai encontrar depressão certo e eu tenho visto na
base de muitos desses casos mas óbvio que a gente não pode generalizar uma percepção de baixa eficácia são meninas que muitas vezes tem uma dificuldade de entender o seu potencial e o seu papel para lidar com a vida futura com as questões que a vida exige dela E aí nesse nesse comportamento às vezes de tentar evitar de comer ela encontra alguma coisa que ela domina ela encontra uma coisa que ela faz e que ela tem o domínio que ela tem controle ela consegue controlar o apetite dela ela não consegue controlar quase nada da vida dela
mas ela consegue controlar o apetite dela isso traz uma sensação de auto eficácia que reforça para caramba ela é que nem quando você aprendeu a dar um olho você fica tentando quando você deu o primeiro daí fodeu aí ficou querendo mais cada vez mais até que ele ficar Então essa sensação de alta eficácia que você tem quando você acerta um olho ou faz alguma coisa difícil ela também tá presente ali e tá reforçando esse comportamento de não comer interessante isso cara e quase ninguém fala disso mas quando você entra no processo de análise você vai
ver que na base na base disso além de uma série de outros fatores que são importantes questões só se emocionais que eu não vou entrar em detalhes aqui mas que são fatores importantes tá isso ela consegue sustentar o comportamento dela porque ele é onde ela se sente eficaz e daí vai a mãe o pai psicólogo avô avós e para que ela tem que comer ou seja querem tirar a única o único lugar onde ela tem sensação de controle E aí óbvia essas pessoas se tornam de certa forma opositores quando quando eu trato pessoas com distúrbios
alimentares especificamente a primeira coisa que a gente vai é ver as comorbidades porque geralmente lá tem questões a serem trabalhadas não não diretamente no comportamento alimentar então eu não olho para o transtorno de eu não olho para o transtorno alimentar eu olho para aquela pessoa para trajetória dela e qual a função desse transtorno alimentar na vida dela por isso que tem uma coisa muito importante que a gente tem que estar muito atento quando a gente pensa em Saúde Mental e psicoterapia porque isso tudo que eu tô falando aqui são generalidades tudo isso daqui tem a
ver com padrões mentais que foram ocorrendo eu fui organizando dentro da minha experiência como psicoterapeuta ela é aplicável a todo mundo não de maneira nenhuma é uma generalização cada caso quando a gente fala de psicoterapia cada caso é uma investigação específica tem elementos que são comuns a todos têm obviamente tem né e é importante mas cada processo psicoterapêutico é uma construção específica é uma construção única de conhecimento que diz como que esses processos que eu te falei de uma forma geral e outros que eu não falei ele se organizam A partir dessa singularidade específica desse
lugar que essa pessoa ocupa na existência por assim dizer né Então isso que eu chamo atenção não dá para a gente olhar para as doenças mentais o único exclusivamente pelos manuais a gente tem que olhar para a função de cada um desses padrões de comportamento dentro da vida da pessoa eu tenho alguns pacientes eu vou não vou entrar em poucos detalhes assim mas tem condições condições mais mais comprometedoras e crônicas ou seja não vão se livrar daquilo e alguns pacientes já me disseram que aquilo faz parte deles que hoje ele se vem a partir daquilo
né E isso para mim é muito legal não não que a pessoa tem essa condição mas quando ela consegue construir uma identidade significativa a partir de uma condição que é uma condição que para muito seria restritivas isso é muito bacana e para mim isso é a grande riqueza por exemplo da neuropsicologia onde eu trato com um pacientes com doenças mais mais neurológicas é como que essas pessoas que têm condições que às vezes limitariam elas para certas coisas tem que se organizar para produzir uma existência significativa isso é muito bacana não não sem querer obviamente dizer
que eu não tenho interesse pelas outras questões que surgem por exemplo na terapia muito pelo contrário o fantásticas também né mas como esses pacientes a gente a gente tem condições que de certa forma precisam de mais vontade de potência então é para mim ter interesse Muito muito grande nos aprender a ter interesse Muito grande nisso ao longo da minha da minha da minha vida profissional né o Insight principal que você tira de uma pessoa que está numa situação dessa cara eu eu cada cada paciente é um universo não tem um site principal é eu diria
assim cada paciente modula o meu atendimento cada paciente tem suas próprias características as próprias necessidades e o seu próprio estilo de transitar dentro do processo terapêutico e a prática da neuropsicologia e a prática da psicoterapia apesar de também no meu contexto ela se misturarem muitas vezes elas são coisas relativamente distintas certo depois até vale a pena fazer um ponto sobre isso né então quando eu tô trabalhando com psicoterapia eu tô olhando mais para isso que eu te falei né quando eu trabalho com avaliação neuropsicológica eu tô mais avaliando as funções neurocognitivas desse paciente a partir
dessas avaliações muitas vezes alguns pacientes eles acabam migrando para psicoterapia comigo ou indo para outro profissionais inclusive de outras áreas para fazer outros processos seja o processo de habilitação ou reabilitação certo então a neuropsicologia não é uma psico neurológica certo neuropsicologia um processo constituído por uma avaliação Para ver como que estão Como é que está a integridade das funções cognitivas e associar integridade das funções cognitivas com funcionamento neurológico certo então ela surge no contexto muito mais neurológico do psiquiátrico depois que hoje as questões neurológicas e psiquiátricas elas estão meio que permeando umas as outras né
Eu acho que no futuro talvez tem algumas Campos que se aproxime muito mais se sobrepõe muito mais né mas apesar de muitos pacientes neurológicos terem necessidades específicas que passei de psiquiátricos talvez que alguns pacientes psiquiátricos talvez não tenham né Hoje é a tendência é que essas áreas se sobrepõem pelo menos em relação aos transtornos em especial transtorno de desenvolvimento né mas também não é discussão para nós aqui nesse momento é só para dizer para vocês que de uma certa maneira a gente fica ouvindo falar de Psicologia psicoterapia é neuropsicologia psicanálise acha que é tudo a
mesma Psiquiatria e acho que é tudo a mesma coisa não é né cada um dessas dessa ciências ou dessa subdivisões da profissionalização ela tem um cerne digamos assim de atuação mais mais determinístico no meu caso eu sou especialista nas duas coisas então eu faço esse trânsito como sei lá de repente alguém que fez uma residência um médico que fez uma residência e Neurologia e depois fez uma residência em Psiquiatria Talvez ele faça também essa aumente a minha habilidade nessas entre essas duas essas duas propostas propostas essas duas é perspectivas de uma determinada área mas são
coisas certo fazer do neuropsicólogo é uma coisa fazer do terapeuta cognitivo comportamental é outro eu posso ser eu posso ser um terapeuta cognitivo comportamental com muito conhecimento e neurociências e não ser um neuropsicólogo certo porque tem uma série de procedimentos técnicas que estão ligados diretamente a neuropsicologia a neuropsicologia é uma focada no diagnóstico é isso eu entendi bem cara psicologia focada em diagnóstico né Ela é na verdade ela ela Visa colher dados para que possa ser feito um diagnóstico então em Geral Avaliação neuropsicológica os pacientes os clientes que procuram avaliação ele vem encaminhado por um
médico como por exemplo você vai ter médico ele te pede uma série de exames né no caso de algumas condições psiquiátricas e neurológicas um dos exames e avaliação neuropsicológica porque ela vai ver a integridade das funções cognitivas né que seriam a inteligência atenção memória linguagem força executivaspraxias velocidade de processamento e humor entre outro então de uma certa maneira a ideia da avaliação neuropsicológica ver a partir da cognição do paciente como é que tá a integridade do sistema nervoso central dela então eu brinco que é um exame de ressonância um pouquinho diferenciado né porque no exame
de ressonância você vê a forma você vê a estrutura na avaliação neuropsicológica se olha para o funcionamento daquela estrutura certo então nem sempre quando você olha por exemplo uma imagem de ressonância você consegue ver uma lesão ou consegue ver algum comprometimento Claro porque às vezes é alguma coisa menos Evidente certo mas na avaliação neuropsicológica a gente consegue ver se estando entre íntegro ou não íntegro como que aquele sistema nervoso tá funcionando certo então ela tá muito ligada a essa funcionalidade então às vezes o médico quer informações adicionais sobre a funcionalidade do sistema nervoso em alguns
detalhes que ele não consegue pegar no exame médico no exame Clínico certo então ele caminha e o neuropsicólogo avalia isso e devolve esses dados e às vezes ele pode sugerir um quadro ou outro né fazer olha quadro compatível com tal tal situação certo mas avaliação neuropsicológica não não existe exclusivamente para o diagnóstico por exemplo por exemplo vamos dizer que você não tem diagnóstico nenhum mas se você vai fazer uma prova fazer uma próstata tá estudando aí você quer saber por exemplo você tá com um pouquinho de dificuldade você quer saber como é que tá o
funcionamento cognitivo Como é que tá a tua atenção como é que tá a tua memória Você pode procurar o neuropsicólogo E aí ele vai fazer uma avaliação ele vai dizer ele vai dizer olha aqui você tá bem aqui você tá bem pessoal atenção sustentada tá mal certo pô tô vendo aqui que você tá com um pouquinho de Déficit de memória operacional a tua velocidade de processamento de informação me parece tá um pouquinho alterada mas eu tô vendo aqui que tem ansiedade também é cidade basal é mais alta então o problema pode estar aqui então muitas
vezes essa avaliação ela pode ajudar em outros aspectos né exclusivamente condições neurológicas né ela pode orientar por exemplo como determinadas instituições de sino podem adaptar os seus instrumentos e processos pedagógicos para esses indivíduos certo criando uma customização para que ele se adapte a esse processo de educação e esse processo não seja tão violento para ele né então existem muitas possibilidades além do diagnóstico na avaliação neuropsicológica Mas como é um processo caro a gente de em geral a gente deixa para fazer quanto tempo uma questão mais aceitosa e quando vale a pena esse investimento ou efetivamente
não dá para continuar sem ela perfeito cara mudando um pouco de assuntos Mas voltando também no que a gente estava falando antes a gente não tem controle sobre o nosso comportamento mas de certa forma a gente tem controle sobre o nosso ambiente né isso e ele controla nosso comportamento por isso que a gente brinca que não existe livre arbítrio Porque você não faz uma você não faz uma escolha descontextualizada toda escolha contextualizada toda escolha tá ligado ao ambiente pode ser o que tá acontecendo agora ou pode ser em relação a tua trajetória de situações que
fizeram você chegar aqui até a história de condicionamento das condições que permitiram que você chegue aqui certo então não dá para a gente dizer que você pode chegar e fazer uma escolha descontextualizada ou que não esteja de certa forma ligada ao ambiente até porque a gente é o ambiente a gente é o nosso ambiente por exemplo eu já falei isso não podcast mas eu gosto muito de falar aqui quantos ambientes tem nessa sala ambiente de forma geral certo meio ambiente quantos dois não porque tem quatro tem quatro pessoas quatro pessoas cada um tá no ambiente
o ambiente que eu tô não é o mesmo que você tá e o ambiente que ele tá na mesma que nós dois estamos certo são ambientes completamente diferentes não existe um ambiente existe 8 bilhões de ambientes sem contar o resto dos das estruturas orgânicas do planeta né então cada pessoa constrói o seu próprio ambiente cada pessoa tá inserido no ambiente quer próprio seu e a gente só consegue compartilhar o ambiente a partir da linguagem porque a linguagem nos conecta a linguagem é que de certa forma a comunicação não só a linguagem mas enfim né faz
com que a gente possa construir um ambiente que seja mais ou menos como porque faz com que a gente tem alguns consenso por exemplo ela tem dois fatos em cima da mesa né então a gente mais ou menos entende que eu e você estamos tendo uma experiência parecida né Mas se por exemplo se por exemplo de ser assim né o os copos estão os copos tão os copos são são pretos e você dizer Ah não os copos são brancos certo pode ser que a gente esteja em ambiente Pode ser que a gente começa a suspeitar
que a gente está em Ambientes diferentes aqui na frente dele ele vai falar não é verde você vai falar que é verde mas ele tá vendo que você acha que é azul é na verdade vai depender do daltônico né isso tem vários tipos de daltonismo né então dois tipos de datafonismo também né mas sim né a realidade que ele construiu a experiência dele é diferente né eu posso por exemplo eu olhando daqui eu sei que vocês três então não só ambiente que é o meu ambiente mas cada um de vocês tem a mesma percepção certo
mas são três são quatro Ambientes diferentes não sei se ficou Claro para ti não muito vamos lá aquilo que eu tava te falando né a nossa experiência ela é uma construção individual pessoal eu tô olhando esse copo por uma perspectiva você tá olhando para o outro a gente até consegue chegar no consenso apesar da imagem ser diferente a gente consegue de certa forma a partir da linguagem referia que a gente está falando das mesmas coisas certo mas do ponto de vista da experiência humana existe só um ambiente que é o que eu tô construindo o
meu ambiente ele é o único Universal da mesma forma que o teu certo então de certa maneira um paradoxo porque existem 8 bilhões de ambientes porque cada pessoa vai construir o seu próprio ambiente certo mas ao mesmo tempo ele é o único não tem outro para mim não existe outro ambiente sem ser esse que vocês habitam dentro da minha experiência perceptiva certo e você consegue entender e pensar nisso de uma forma mais prática quando você efetivamente olha para o cérebro e você diz caramba olha só mas quando eu tô olhando esse esse copo tem várias
áreas aqui se ativando em vários neurônios respondendo vários neurônios ativando em respostas se eu tiro isso daqui esses neurônios E aí eu começo a descobrir se eu estimular esses neurônios eu consigo a mesma percepção mesmo experiência com a ausência deles aqui certo então onde é que tá o ambiente é o ambiente é uma construção Central para de certa forma ajudar a gente a se localizar no espaço organizar o nosso comportamento o ambiente a nossa experiência ela é uma interface com uma série de energias disponíveis no espaço para que a gente organiza elas e possa de
alguma forma atuar sobre elas por isso que nós ambiente é restritamente um ambiente humano porque a nossa experiência é humana se tivesse um gato aqui o ambiente dele ia ser mais diverso do que o nosso porque porque existe uma existe uma maior diversidade estrutural um gato do que entre eu e você o gato houve coisas que a gente não ouve não vê frequências luminosas que a gente vê sem cheiros que a gente não sente então o ambiente dele é por causa dessas diversidades estruturais é muito muito diferente do nosso interessante cara e é uma loucura
né pensar nisso legal para garagem quando você começa a prender se tem hora que você deita na cama e fica assim fica presa por isso que eu que eu gosto também de certa forma de pensar neurociências mais próxima da filosofia né porque a gente tem que digerir essas coisas a gente tem que conseguir digerir essas coisas porque se a gente começar a pensar que efetivamente eu tô preso dentro da minha própria experiência né E quem quer comunicabilidade dela pelo menos uma como comunicabilidade absoluta impossível que a única forma de a gente de certa forma compartilhar
as nossas experiências é limitada pela linguagem é uma forma de compartilhar mas é limitada certo obviamente isso às vezes nós deixa impactados de tal maneira que esses padrões de pensamento acabam predominando e aí tem uma coisa interessante cara porque até eu devia ter avisado isso tem pessoas que só de ouvir isso vão ter sintomas de despersonalização e desvia realização é gatilho para essas pessoas depois tem que botar o aviso é porque é gatilho então eu não sou eu não sou eu sou uma auto-referência a gente junto um monte de memórias a gente chama de memórias
biográficas mas na verdade são memórias episódios certo a gente junto um monte de memórias que de certa forma elas são conectadas para criar uma trajetória certo que né porque a gente precisa de uma animação de continuidade para a gente organizar nosso comportamento futuro é preciso que eu entenda que aquele cara que tava lá os 15 anos de fez aquela merda o mesmo cara que tá aqui aos 51 certo para organizar esse comportamento Então essa essa questão dessa dessa nossa trajetória autobiográfica ela vai criando na gente uma uma relação muito grande de propriedade com essa referência
que a gente chama de eu certo mas era uma referência ela é importante é necessária certo essa coisa tem um pessoal mais espiritualizado que diz que a gente tem que vencer o ego e tal não tem como você esperar o ego a gente precisa dele a gente usa ele todo dia a gente se encontra com ele todo dia a gente não precisa levar ele tão a sério certo mas assim é Meu Ego que tá aqui falando com você eu tô falando a partir de uma auto-referência eu tô falando a partir de uma forma que eu
quero que as pessoas me entendam e que de alguma forma elas se identifiquem com isso absorvam isso ou seja de alguma maneira tocada com isso Imagine se a gente não tivesse isso aí meio que nada importa né O que que eu vou fazer um podcast aqui eu acho que eu acho que a gente tem que pensar que essa estrutura de auto-referência ela só existe porque a gente tem outras pessoas em torno da gente o cérebro precisa referenciar a si mesmo em Oposição a outras pessoas que estão dispostas para nós então para determinada para determinar as
estruturas do cérebro Não Existe diferença entre eu e você só são Dados chegando certo tem dados que vem de um lugar tem dados que vem de outro lugar ele não pega os dados aqui organiza com [ __ ] e cria uma cena mas em determinados níveis de processamento em especial de execução você precisa ter essa distinção Então você cria essa posição entre eu e o que está fora de mim certo isso é importante para a gente organizar o comportamento mas a história de auto-referência é possível porque a gente tem uma referência do outro o outro
vem antes de mim é na minha relação com o outro que vai surgir essa ideia de auto-referência certo então de certa forma essa construção sentido essa construção ela é essencial para que a gente em alguns aspectos possa se organizar como sociedade a gente se organiza como sociedade a partir da auto-referência a partir de uma perspectiva de individualidade que eu costumo dizer tá hipertrofiada vem sendo hipertrofiada desde o século 17 mas que é essencial para que a gente se Organize individualmente dependendo do ambiente a nossa vai mudar né nossa percepção de que a gente é tudo
Óbvio Quem quem já saiu do país quem já viajou quem já foi sabe que viajou sozinho sabe que sair desse contexto ambiental Às vezes você às vezes nem você se reconhece que se executa e faz comportamentos que outras situações você não faria pois é certo é comum as pessoas de cara fui viajar cheguei lá nem me reconheci Apareceu outra pessoa porque porque o ambiente é definidor né e o ambiente para Nós seres humanos é sempre um ambiente social sempre não tem ambiente não humanidade que não seja social Eu já falei isso eu às vezes fica
achando podcast é daqui a pouco vai ter cara não aguento mais a galera que nunca ouviu [Risadas] E aí é legal porque você vê como uma auto-referência tatuada Olha a minha preocupação com o outro de tá dando um conteúdo de tá colocando coisas que seja inusitadas que produzam um bom efeito neles certo então de certa maneira nosso ambiente é sempre social que determina o nosso comportamento sempre social esses fenômenos assim igual essa Auto percepção Eles existem porque tiveram uma tem algum momento na evolução que foi necessário que a gente tivesse isso é por causa disso
Cara não tem nada que em algum momento não tenha sido necessário ela pode até ter deixado de ser necessário mas se ele existe ele teve função certo é que nem o apêndice Deus sabe lá para que que serve isso mas se ele tá ali é porque em algum momento tinha alguma coisa que funcionava ali que era necessário mas até mesmo coisas por exemplo acreditar numa divindade maior ou queria saber o que acontece depois da morte tudo isso provavelmente teve algum motivo na evolução sim com certeza né não sei aí tem uma outra uma outra questão
interessante né porque às vezes a gente se Pergunta assim quer dizer será que as coisas surgiram porque tinha uma função ou será que elas surgiram e a partir disso a gente deu uma função né Por exemplo é uma discussão a respeito da linguagem hoje eu não sei se é mais discussão porque eu não acompanho mais muita muito como é que estão os estudos nessa área né mas há uns anos atrás a gente se perguntava se em termos evolutivos a linguagem teria surgido efetivamente como um padrão de comunicação e existe algumas percepções que não que talvez
ela tenham ocupado uma outra função e depois essa questão da comunicação obviamente deu uma série de vantagens e fez com que ela se desenvolvesse mais propriamente né mas existe alguns atores que acham que os nossos padrões de comportamento verbais eles podem ter surgido com outras funções por exemplo como estreitar lá sociais certo e o o o o padrões eh para avisar a localização de determinados eventos ou para localizar predadores e a partir daí elas foram se desenvolvendo como linguagem aqueles indivíduos que dominavam mais esses padrões se comunicavam mais se organizavam melhor tinha tinha um melhor
domínio sobre seu ambiente a partir disso mas a gente não sabe exatamente como que isso como que isso se organizou ou Talvez sabe eu tô aqui viaja né mas de uma maneira geral a gente não pode dizer que as coisas surgem para uma função né a gente pode dizer que elas vão evoluindo se transformando e produzir uma função a partir disso na medida em que elas vão sendo selecionadas pelo ambiente o grande motor da evolução é sempre a seleção certo Por isso que a ideia de mutações aleatórias ela acaba casando muito bem com a ideia
de seleção natural é hoje se Questiona um pouquinho essa ideia de mutações aleatórias Ou pelo menos tem alguns algumas perspectivas que questionam isso mas isso Isso é uma discussão para um outro momento eu sempre tive essa dúvida se as mutações todas foram necessárias também em algum momento acho que estão aí foram que loucura acho que não foram necessárias ficaram pela história né é interessante eu falo sempre eu não quero atrapalhar seu tempo tá não sei que horas são não são 13:59 tem que sair isso 17:30 tá legal mas ia falar saiu o estudo agora onde
eles aponta a probabilidade de um único genro desse desenvolvimento de um único jeito ser responsável pelo desenvolvimento do córtex para frontal em seres humanos depois eu posso até dar uma olhadinha nisso Mas é interessante isso porque quando a gente olha para história evolutiva dos hominídeos né ou seja daqueles indivíduos que tem algumas características morfológicas comportamentais e genéticas muito próximas da gente certo a gente vê que de todas essas espécies hoje tem Só uma que tá prosperando que é efetivamente que desenvolveu esse córtex para frontal maior né E isso tem sido associado a um único jeito
onde esse Rei surgiu em que momento ele surgiu como é que se deu essa divisão entre esses Ramos dos hominídeos né e enfim porque que eles esperou essas questões a gente não tem como responder completamente ainda mas de uma maneira geral por algum motivo desse jeito fez a diferença para nós pode ser que a gente já tivesse extinto também sem ele certo então óbvio né Essas são especulações que a gente faz em cima de alguns dados que tem sido apresentados né a gente não tem um conhecimento vasto para discutir isso em termos absolutos mas é
tudo leva a crer que de certa maneira a evolução sempre vai o objeto a ser selecionado pela evolução é sempre o comportamento do organismo o que que acontece a gente sempre deu uma importância muito grande a estrutura né então a gente olhava o bico tamanho do fêmur o tamanho da caixa craniana mas o objeto de seleção é sempre o comportamento do organismo e é esse comportamento que é o longo do processo evolutivo vai definir a estrutura certo então por exemplo uma mudança no hábito alimentar sei lá dos descendentes da girafa não sei se isso aconteceu
viu pessoal né fez com que a disponibilidade de alimentos no solo fosse menor ou tivesse mais competição E aí Alguns animais que optaram por buscar essa alimentação no Alto das Árvores começaram a ser selecionados A partir dessa desse comportamento aqueles que tinham de certa forma aspectos estruturais que privilegiar esse comportamento tinham mais acesso a comida uma melhor condição de saúde mas possibilidade de reproduzir mas descendentes com essas mesmas características certo então o processo seletivo ele não é necessariamente estrutural ele é sempre comportamental isso é muito doido né É porque mesmo se você for falar da
evolução de um porque a gente falava da evolução de um órgão a gente não precisa falar da evolução do organismo por exemplo Alguns neurocientistas evolutivos vão estar interessados especificamente na evolução do cérebro então eles podem mirar como é que o cérebro evoluiu né velho então se você vai olhar para a evolução de um de um órgão você vai ver que comportamento desse órgão é que foi influenciado pelo ambiente e que foi selecionado Olha esses níveis de de análise né eles podem variar Bastante e em alguns aspectos [Música] em alguns aspectos a gente pode ter uma
multiplicidade de Dados importantes aí mas o que o que eu quero dizer e o que eu quero deixar claro é que em todos os níveis seja no nível evolutivo seja no nível cultural Ou seja no nível pessoal o que vai estar determinando a seleção seja a seleção do meu comportamento agora seja a seleção do nosso comportamento enquanto sociedade enquanto produtores de Cultura seja a seleção dos nossos comportamentos Enquanto Mais pés específica certo é sempre comportamento a unidade da seleção é sempre o comportamento e comportamento está sempre influenciado pelo ambiente é o comportamento é sempre as
nossas adaptações ao movimento do ambiente a mudança do ambiente sendo que a gente é parte desse ambiente também né então quando a gente muda a gente já tá mudando o ambiente Então isso é bacana isso gosta do que a gente gosta Como assim para mim você gosta de andar de skate de surfar e tal mas tem um outro cara que ele pira em sei lá levantar ferro e monte de coisa que a gente tem diferentes eu vou responder de forma genérica é o ambiente certo isso vai depender de muitos aspectos por exemplo eu no meu
caso comecei a andar de skate cara primeiro contato que eu tive com skate foi na década de 70 final da década de 70 cerca de 71 eu acho um pouquinho antes de 77 e foi foi por conta de um de um vizinho meu falecido hoje mal do Drummond certo que eles ficavam na frente da minha casa tinha uma rampinha com aqueles skatezinhos da Bandeirantes O barato era descer e fazia o skatinho da Bandeirantes então a gente uma rampa de carro mais alto assim fazer uma voltinha assim uma calçadinha de pedra basáltica ver ele fazendo aquilo
veio um monte de gente volta a ficar ali com com a molecada fazendo aquilo dando risada me sentindo integrado os cara mais velho tudo isso criou uma experiência que de certa forma foi marcador que fez com que eu olhasse para aquele objeto com rodinhas de uma forma diferenciada Ou seja eu agreguei um valor aqui para pensar isso não tem utilidade não tem utilidade nenhuma como a maioria dos esportes isso até uma coisa importante a gente falar depois eu vou vou falar de uma uma hipótese que eu tenho mas assim tem absolutamente necessidade a gente vai
lá se machucar eu já rompei o ligamento duas vezes né doutor Cícero stank teve que me costurar para dar conta de poder continuar dando de skate e eu andando ainda cara com 50 vou fazer 52 anos joelho ferrado e quer continuar andando enquanto meus amigos mais velho que eu quase 60 anos lá e a gente tudo querendo andar de skate porque a gente deu um valor para aquilo e como é que a gente dá valor para essas coisas cara eu vou dizer e eu vou provocar a galera por um processo que na psicologia comportamental a
gente chama de operação estabelecedora certo operação estabelecedora é uma operação que ocorre fazendo com que as coisas do ambiente tem um valor adicional para o organismo Então vou te dar um exemplo simples de operação estabelecedora primária a sede se você for se você tiver com sede é desculpa a sede e a disponibilidade de água certo se você tiver com sede aqui em São Paulo você desce ele compra uma garrafinha de água até que é r$ 5 Agora imagina a situação que você tá no meio do deserto se a possibilidade de comprar água essa Garrafinha vai
aumentar muito de valor né dependendo da tua sede você entrega todo o dinheiro que você tem certo então essas operações estabelecedoras que eu tô fazendo elas ocorrem de certa maneira por condições fisiológicas mas tem outras operações estabelecedoras que ocorrem porque elas fazem parte de uma cadeia comportamental por exemplo eu imagino que você tá fazendo isso aqui além de prazer por causa de dinheiro até porque nós tenta sem dinheiro então ficava só lendo livros de skate [ __ ] a gente ia arrancar tudo isso botado uma vida de rap ele tava se incomodando com os vizinhos
mas cara porque porque o dinheiro ele efetivamente faz parte de uma cadeia de comportamento então eu executo uma série de comportamentos para conseguir o dinheiro porque esse dinheiro vai me dar acesso a várias outras coisas algumas dessas outras coisas podem ser coisas que também ganharam valor por exemplo ah sei lá vou comprar um tênis tênis de marca guardei um dinheiro para comprar um tênis de marca o que que eu quero comprar um tênis de marca porque aquele tênis de marca de certa forma ele agrega um valor a mim esse valor agregado a mim ele faz
com que eu tenha mais acesso a outras coisas por exemplo sei lá as meninas vão olhar pro meu Deus vai achar que eu sou o cara uma menina faz isso mas a gente tem mas você acha que isso vai fazer a diferença ali da hora talvez te deixo mais confiante talvez te deixo mais confiante mas mas veja bem é uma cadeia então o o o tênis não é o reforçador final ele ele depois que você adquire ele primeiro é o fim depois que você adquire ele ele vira o meio certo um meio para conseguir outras
coisas os nossos reforçadores finais Eles são muito poucos certo Por isso que pô eu compro um tênis fico felizão com o tênis legal para caramba mas ele não é um reforçador final da cadeia não que tenham reforçador Isso é uma abstração certo ele é um meio sei lá para ser impressionar alguém né E você quer impressionar alguém para atrair ela para você para perto para conseguir afeto conseguir sexo ou seja o que for certo então a gente tem que entender que existe uma série de processos que vão dando valor para as coisas né que vão
agregando valor para as coisas porque os reforçadores dito reforçadores filiais só que eles das nossas necessidades que a segurança né você se proteger de eventos climáticos de predadores de situações que botem em risco da integridade física e obviamente também psicológica né é sexo ou reprodução né E aí a alimentação C de sono né todos esses são de certa forma aspectos de reforços primários né não que não possa varar por exemplo se você dormiu bastante então motivação para dormir vai ser zero Você dormiu bem se você tá com sede se você não tá conselho automotivação para
ir buscar a água é Zero Certo então de certa maneira a gente tem que entender a cultura a partir de como que dentro desse contexto de comportamentos encadeados Eles vão eles vão agregando valores a gente também pode fazer isso acontecer com ratos por exemplo luz fortes ratos tem que ter a versão a luz forte Mas será que acendeu uma luz pode abre aspas aqui é produzir comportamentos que mostrem para gente que esse rato está gostando da luz acesa pode a gente pode mudar o valor da luz para o rato e como é que a gente
faz isso imagina a seguinte situação se faz um treino discriminativo que que é um treino discriminativou imagine uma caixa uma caixa mais ou menos de 30 por 30 por 35 a gente chama de caixa de Skinner certo essa caixa ela tem uma uma portinha de acrílico você bota ali dentro tem uma gradezinha Então você consegue ver esse animal e tem uma alavanca para ele baixar certo você consegue ensinar o rato por aproximação no processo que a gente chama de modelagem abaixar essa alavanca ele vai levar essa alavanca ele recebe um reforço que pode ser água
ou comida bom para ele baixar alavanca a primeira coisa que eu tenho que fazer é fazer com que a água tem um valor de reforço como é que eu faço que a água tem valor de reforço da água por 24 horas E aí ele vai fazer qualquer coisa por água eu botei lá ensinei ela pressionar a barra para ganhar as gotinhas de água porque eu dou bem pouquinho que é para ele não saciar rápido e continuar motivado para pressionar a barra certo e depois que ele aprendesse comportamento eu posso colocar uma exigência adicional continuar modelando
ele deve fazer o seguinte eu ligo uma luz na caixa de Skinner e quando a luz está ligada ele pressiona a barra e recebe a água quando a luz está desligada ele precisa da Barra e não tem água o que que vai acontecer quando a luz estiver desligada ele vai parar de pressão na barra depois de um tempo só vai pressionar a barra quando a luz estiver acesa certo então ali nesse momento ele tá fazendo que a gente chama de discriminação ele só vai emitir aquele comportamento naquele contexto ambiental específico só quando a luz estiver
presente isso é muito antigo cara mas tudo bem ele tá cara tô vendo que parece novidade mas isso é muito antigo Aí eu posso botar um eu posso botar um uma exigência adicional por exemplo existe um furo Onde eu posso colocar uma barra de ferro com uma argola dentro dessa caixa de esquina certo bom agora eu criei uma exigência adicional é o seguinte o rato vai aprender que quando ele passar por dentro dessa argola ela se acende Então agora eu vou usar a luz como reforço para o comportamento dele de passar dentro da argola Ou
seja eu mudei a relação dele com a luz a luz que inicialmente era no estímulo aversivo para o rato agora sinaliza uma oportunidade para ele de ganhar uma gota de água e agora ele descobriu que tem um comportamento que ele pode produzir que controla a luz acesa então agora Toda vez que ele vê argola ele já pula para dentro acende a luz ele precisa da barriga da água a partir de agora a luz adquiriu o valor positivo para ele Olha que maluco isso é loucura se acende a luz no lugar que tem rádio agora não
essa Luzia bacana do cara me sinto bem quando essa luz acende não sente feliz motivado dá vontade de apertar barras então a gente mudou o valor desse estímulo para o rato o ambiente mudou o valor do estímulo para o rato e veja só isso é muito importante porque imagina por exemplo vamos imaginar uma situação natural nesse rato só tem oportunidade de se alimentar quando existe uma uma determinada intensidade de luz então ele de certa forma vai ter que modificar o padrão de comportamento dele que era de ter medo da luz para poder aproveitar essa oportunidade
de alimentação que é o que tá ocorrendo ali e aí a luz muda de valor obviamente muda de valor para o lado isso é uma operação estabelecedora a gente passa por isso o tempo todo o tempo todo a moda é isso né totalmente tá mudando os valores da forma como a gente enxerga as nossas vestimentas Mas por que que uma moda pega por causa dos reforços que estão implícitos nela então você vê por exemplo Surf eu eu aprendi a ser fácil a maioria já surfava então você saía remando sem saber direito a prancha bambeando de
baixo assim você caindo da prancha tomando caldo engolindo água o que que fez continuar ali passar a libertação chegar lá quase morto depois com a cara torrada do Sol certo dos amigos que estão lá e que mostrar para você que dá para passar aqui aprender a surfar uma coisa que a gente precisa de modelo você precisa de alguém que te diga cara dá para fazer dá para entrar e sair vivo Às vezes a maioria da maioria Mas é uma coisa interessante porque E aí é esse é esse meio que vai determinar esse valor Cara isso
é muito doido muito doido quando você começa a entender esses aspectos que começa começa a olhar as coisas sobre outra perspectiva você começa a se entender sobre outras perspectivas você começa a olhar para tuas responsabilidades sobre outras perspectivas certo porque a nossa vida moral ela sempre feita numa perspectiva de individualismo de que eu que tenho que controlar o meu comportamento né e não dá para mim controlar o meu comportamento porque eu sou um produto desse comportamento o eu surge quando esse comportamento está sendo executado ela é uma referência a isso né e a ideia que
eu digo é exatamente de certa forma o oposto disso mas que não te tira a responsabilidade ela só joga para um outro nível quando você para de se identificar com essa ideia de auto referência e foca na tua experiência algumas coisas se modificam muito por exemplo por exemplo o ambiente né a gente tá falando muito de ambiente tem uma coisa interessante eu briguei muito com muitas pessoas por causa disso né quando eu comprei meus terrenos eu não gosto de mexer na vegetação eu tento ajeitar minha construção de modo que eu mexo o mínimo possível na
vegetação e as pessoas não sabe porque isso porque maioria das pessoas compram terreno a minha região é uma região muito bonita com é uma cobertura vegetal muito diversa muito bacana as pessoas compram no terreno e passa uma Patrola no terreno e dizem para mim eu limpei o terreno e o cara tava sujeira achei que a sujeira chegou agora com esse monte de saco de time cimento tijolo enfim né e as pessoas as pessoas da minha família elas não entendiam isso porque eu não vejo o terreno como uma propriedade minha eu vejo o terreno como uma
responsabilidade do que é meu sou eu que sou daquele terreno ali é o espaço onde eu vivo eu vou morrer o terreno vai continuar ali então eu tenho responsabilidade por aquilo porque aquilo é meio ambiente eu tenho que cuidar daqui o meu terreno é o mais arborizado que tem na minha região Eu tenho esse terreno sei lá quanto tempo as árvores que estavam lá continuam até hoje as pessoas não gostam eu tenho não matagal e realmente hoje ele disser porque não tem mais nenhuma árvore e volta de todos os outros mas entendi o que você
quis dizer porque isso faz você tomar mais cuidado com o que que você tá por exemplo eu vou deixar um monte de coisa bagunçada que muda minha ética muda a forma como eu me entendo em relação ao mundo eu paro de ver o mundo centrado em mim e começa a ver o mundo como um fluxo do qual eu faço parte o contexto do meu ambiente sou eu Imagina eu fico imaginando assim se todos nós ao longo da nossa vida tivéssemos preservado 20% da cobertura original dos nossos terrenos quanto por cento a gente teria de cobertura
original no nosso país 20% a mais do que a gente tem hoje Então para mim o terreno Ele não é meu eu que sou dele quando eu morrer aquilo que eu deixei ali para o mundo para vida mesmo que seja um negócio e aí significante cara não tem significado nenhuma negócio é hoje é só minhas rãs existe certo não tem significado nenhum aquilo ali já tá morto as pessoas em volta de certa maneira já transformaram aquilo que né não é meia dúzia de árvores que eu preservei ali no meu terreno que vai fazer diferença mas
tudo bem Hoje é coisa de velho né mas é isso que eu vou deixar é isso que vai ficar ali essa proposta esse exemplo essa forma de olhar as coisas de olhar é a relação que a gente tem com o ambiente quando você entende isso muda a tua relação com o ambiente porque ela deixa de ser uma relação centrada na alta referência você começa a perceber que a auto-referência é só uma referência e eu praticamente Eu adoro minha casa com todas as árvores tal para mim é super bacana isso eu gosto de deitar e ficar
olhando para a Copa das Árvores eu acho isso bacana demais acho que também coisa meio de rip doido mas eu gosto me faz bem né e saber que que aquilo ali tá ali porque eu tomei essa atitude pensando naquele ambiente não como algo que fosse posse minha mas como algo do qual eu pertenço que faz parte da minha existência muda minha relação sente que isso te ajuda a ter algum sei lá algum bem-estar a mais do que uma pessoa que estaria é difícil de avaliar eu acho que as pessoas que destrói tudo basta ela que
você tá no meio do quadrado tem uma bem-estar do caramba que tua casa é legal para caramba eu acho que sim que o contato com a natureza ele é salutar e muitos aspectos inclusive para saúde mental né mas assim é difícil de a gente fazer esse tipo de comparação e eu também não tô aqui para dar exemplo para ninguém beleza eu não sei exemplo para nada isso é muito importante porque assim ao mesmo tempo essas ideias não são minhas saiu foi construída a medida que eu fui me relacionando socialmente seja com texto seja como conhecimento
seja com outras pessoas não uma ideia exclusiva minha não é mas uma coisa que eu criei dentro da minha cabeça era produto de uma série de conexões que foram possíveis a partir das relações sociais que eu estabeleci então de novo por esse lado nada é uma nada é uma criação de ninguém né não absolutamente não cara mas é que nem é que nem você pegar um neurônios lá ele dizer que ah esse neurônio é o responsável por todos não existe se a gente se a gente pensar no mundo como um sistema de processamento de informação
a gente vai ver que tudo é informação e tudo conecta com tudo tudo conecta com tudo é um meio de falar mas é não quero ficar muito não quero ficar julgando as coisas muito generalistas assim né mas ou seja existem relações de causa e consequência E essas relações pode ser mais complexas ou menos complexas mas ela sempre existem certo a gente tá de certa forma conectado com o nosso ambiente e o nosso ambiente é um ambiente social né então de certa maneira toda a nossa construção é social esse conhecimento que eu tô falando aqui eu
costumo dizer não é meu não foi eu que criei Eu não tirei ele eu foi construído tem tem um monte de gente que participa disso desde pensadores e tal até meus colegas de faculdade meus pacientes meus amigos as pessoas que convivem comigo meus filhos todos eles de certa maneira participam disso Então não é uma individualidade ela é necessária enquanto o processo mas ela não é necessariamente uma categoria que existe por si a individualidade é que nem eu falei para você ela se constrói nas relações sociais Eu só consigo entender como indivíduo enquanto eu entendo que
tem um outro que é suficientemente parecido comigo para mim De certa forma conseguir entender que ele eu talvez tenhamos uma experiência minimamente ou Possivelmente parecidas então é nessa relação entre eu e o outro que a gente estabelece o individualismo e de certa forma essa visão um pouquinho mais limitada então de certa maneira eu costumo dizer que tudo que tudo que a gente tem nessa existência já existia antes da gente nós conhecimento nossos Reis a matéria do nosso corpo o lugar onde a gente habita ocupa tudo isso aí já tava aí antes da gente vai continuar
depois que a gente do que a gente não tiver mais aqui a batalha do teu corpo ela não vai sumir depois que você morrer essas coisas que eu tô falando não sugiram comigo e não vão morrer quando morrer elas vão continuar por exemplo pessoas que estão nos assistindo então Esse aspecto de entender essa perspectiva ambiental ela não muda só a forma como a gente controla o ambiente mas ele muda a forma como a gente experimenta esse ambiente e obviamente como a gente dá significado para esse ambiente Então é assim eu brinco que é um negócio
muito bacana faz a gente se divertir tem o que pensar né às vezes às vezes às vezes eu tô parado assim olhando ninguém pergunta o que que você tá pensando eu não tenho nem coragem de falar não porque seja alguma coisa obscena Mas é porque é um pensamento tão maluco tão desconectado com a realidade Outro dia eu tava pensando Outro dia eu peguei o copinho assim eu ficava apertando ele assim ó e pensando na distorção do tempo espaço pela gravidade né que a grande diferença entre a perspectiva de Newton e de Einstein acha que a
gravidade é algo que empurra e Nilton acha que é algo que puxa certo e aí depois eu fiquei pensando nessa história dos espaços não eclidianos [Música] é uma outra viagem alguma coisa é uma outra viagem e dá de como que esses espaços explicam essa distorção do tempo e do espaço eu tô pensando nisso e eu acho legal pensar nisso porque de certa maneira assim é uma coisa que também não tem utilidade nenhuma na minha vida cara eu não entendo nada de filho entendo muito pouco de física muito pouco eu gosto de ciências no geral sempre
gostei de ciências assim mas não tem nenhuma relevância na minha vida você consegue aplicar na tua vida para viver uma vida melhor eu tô ali viajando nisso e eu prefiro estar viajando nisso que tá viajando em coisas que eu não consigo porque essa é uma coisa que eu não consigo resolver Mas é uma coisa que não te deu significado da minha vida agora tem um monte de coisa que eu não consigo resolver e que eu não tenho absolutamente nenhum controle mas que se eu for parar para pensar nelas aí aquilo vai ter impacto na minha
vida certo por exemplo se eu ficar me conduzindo com determinadas atitudes de pessoas ou se eu ficar de certa forma puto nervoso da maneira como a economia evolui se eu quiser como controlar os processos políticos de uma certa forma Isso aí são tudo coisas problemas que de certa maneira a solução não depende exclusivamente de nós é uma solução que depende da coletividade certo é uma fonte de Sofrimento que você pode escolher não ter né certa forma de certa forma assim não dá não dá necessariamente para escolher não ter né mas assim eu prefiro me ocupar
e me alimentar com coisas que de alguma maneira tem um desperta em uma motivação para pensar e não despertem [Música] eventos emocionais negativos certo então é muito melhor pensar [ __ ] que loucura isso cara como é que o espaço se distorce né como é que o tempo se torna difícil de entrar na cabeça mas é fantástico isso né então isso é uma estratégia isso isso de certa forma virou uma estratégia para que eu consiga me relacionar com um determinada situações usar meu sistema nervoso central porque ele tá efetivamente sempre funcionando com coisas que de
certa maneira não Produza um estado emocional ou não produz um quadros que possam que possam influenciar negativamente na minha saúde é legal para caramba né seu cérebro vai buscar algum lugar alguma coisa para você pensar né melhor sempre vai estar pensando cara tem como você não pensar você tem que pensar o seguinte cara isso eu falo várias vezes vou falar de novo o cérebro a cara para caramba negão tem 2% do Peso corporal casa gasta 15% dos nossos do nosso oxigênio 20% do nosso metabólicos ele é caro ele é mais caro que todos tem o
músculo certo então você não tem uma estrutura cara dessas e você pode deixar ela parada Além disso os neurônios eles têm um processo de sensibilização então eles a gente precisa manter um grau de atividade para que determinadas conexões determinadas processos metabólicos estejam de certa forma funcionando na hora que a gente tiver que recrutar eles então o cérebro não descansa nunca o cérebro trabalha para você acordar de manhã descansado por exemplo a gente pode pensar não mas quando a gente vai dormir o cérebro descansa não o cérebro não descansa quando a gente vai dormir o cérebro
quando a gente vai dormir Ele trabalha para a gente acordar de manhã descansar vai estar trabalhando tá trabalhando ativamente ali quando a gente está sem fazer nada por exemplo Aquele olhar pro horizonte sem fazer nada no meu cérebro não tá sem fazer nada ele tá ali rodando o negócio que a gente chamou alguns cientistas vão contestar de rede de funcionamento padrão o modo de funcionamento padrão Ou defurt Network certo que é o que o cérebro faz quando ele não tá de certa forma conectado conectado a atenção com Algum objeto específico em geral um objeto externo
aí a gente diz que a gente fica devagando ruminando certo e por que que o cérebro faz isso porque ele precisa ter uma atividade metabólica específica para que ele possa responder aos estímulos de forma muito rápida então ele está sempre funcionando então Como é que é o nome do nosso amigo o Dudu digamos ali que tem uma hora que ele não precisa estar controlando por nada ele vai procurar alguma coisa para fazer ou vai ficar passeando em alguns pensamentos certo você não desliga os teus pensamentos você não controla os pensamentos não dá para desligar o
pensamento vou desligar o meu pensamento não tem como certo então a gente a gente a gente tem que entender que a nossa atividade cognitiva ela é decorrente de um funcionamento biológico E que esse funcionamento biológico tem características e parte das experiências que a gente tem Depende das características desse funcionamento biológico certo então essas coisas de certa maneira elas ocorrem de forma que a gente acaba muitas vezes criando significados que são funcionais em alguns contextos mas que deixam de ser funcionais em outras em outras épocas em outros contextos né que é que nem a coisa que
é que nem por exemplo o conceito de consciência que é um conceito que todo mundo gosta muito também né Por que que eu falo que eu tenho uma consciência porque eu tô tendo uma experiência então eu sei que eu tenho consciência porque eu tenho uma experiência só que quando eu olho para o cérebro não tem um lugar para essa consciência tem um circuito que eu vejo que se ativa quando a pessoa tá respondendo alguma coisa conscientemente não tem uma tela onde a gente projeta a experiência a experiência é o próprio produto do funcionamento do sistema
nervoso central a consciência surge com a experiência A partir dessa perspectiva de auto-referência certo então eu digo que a gente não tem consciência a gente tem experiência e que a nossa experiência é absoluta eu tiro o conceito de consciência porque ele não tem utilidade na minha análise ele é uma palavra vazia Ele simplesmente não é útil aqui então eu tô tendo uma experiência Você tá tendo uma experiência ele tá tendo uma experiência Ah mas aí a consciência e o inconsciente a gente pode pensar que o que a gente chama de consciência é tudo aquilo aonde
uma experiência cabe se eu não tenho experiência eu não tenho consciência se eu não tenho consciência Eu não tenho experiência então para mim no mínimo eles são sinônimos só que é difícil de entender o que que é onde é que tá e como que eu manipula a consciência certo eu posso alterar os graus de consciência mas não necessariamente fazer uma manipulação drástica nela Então o que os graus de experiência para falar de outra forma de mudar estados alterados de consciência né show Estados Unidos que está alterando a tua experiência subjetiva pessoal e provavelmente uma condição
metabólica do sistema nervoso central uma condição fisiológica e metabólica do sistema nervoso central Então você toma um LSD o que que mudou mudou a atividade do sistema nervoso central que possibilitou ele construiu uma experiência diversa daquela que ele constrói cotidianamente não teve mudança na consciência tem mudança no tecido cerebral e essa mudança no comportamento dos neurônios mudou a forma como você Experimenta o mundo como o cérebro constrói teu mundo isso pode para algumas pessoas ser revelador para outras pode ser de algumas formas drástico Então essa mudança pode ser ocasional ela pode deixar uma marca muito
grande ali geralmente ela vai deixar uma marca né mas uma marca pode ser essa marca pode ser uma marca que acrescente na tua experiência componentes que façam com que ela seja mais leve mais mais barata mais bacana mais prazerosa entre aspas ou ela pode deixar um Rastro que de certa maneira para fazer com que o comportamento destrói daquele que você tinha Originalmente por favor que você tinha falado da já esqueci a gente tava falando do que a gente estava dando valor para o skate que é uma prancha com rodinha falou Pô tem uma todos os
esportes são meio inúteis né [Música] cara tem uma coisa tem uma coisa interessante assim quando você olha quando você olha o desenvolvimento humano né o desenvolvimento humano da infância até adolescência né e não só um humano de muitos mamíferos que a questão da brincadeira né cara brincadeira do ponto de vista evolutiva é um aspecto interessante né porque obviamente se a gente perguntar para as pessoas qual a importância da brincadeira elas vão dizer que tá relacionado ao aprendizado né mas muitos muitos estudos mostram que indivíduos privados de oportunidades para brincar não vão ter necessariamente grandes problemas
de desenvolvimento eles vão se desenvolver tanto também quanto o indivíduos que não tenham sido privados né Ou pelo menos padrões de comportamento geral certo a gente pode pensar isso no contexto humano né crianças que por exemplo trabalharam desde cedo não necessariamente elas vão se tornar adultos menos competentes certo elas podem inclusive desenvolver algumas habilidades adicionais e lá na frente tem algumas vantagens certo veja bem por favor pessoal não tô defendendo o trabalho infantil de maneira nenhuma muito pelo contrário porque isso que eu quero falar da importância da brincadeira Se você prestar em relação à evolução
a brincadeira ela é muito perigosa porque ela expõe os filhotes a predadores a machucados um gasto energético excessivo Olha o quanto que uma criança gasta de energia né Óbvio para gente que tem uma uma alimentação disponível rica em carboidrato esse gato pode ser relevante mas por um animal na natureza entendeu que tem pouco recurso isso pode ser efetivamente muito complexo né então você vê que mesmo nessas situações os animais gastam energia efetivamente com esse comportamento Então a gente tem que deduzir que é um comportamento importante certo a gente entende a deduzir que é um comportamento
importante né esses dados induzem a importância desse comportamento Mas por que que ele é importante a gente diz de uma forma geral para aprendizado né e eu acredito nisso eu acredito que ele seja importante para o aprendizado Mas ele tem que ter uma flexibilidade ele tem que ser importante para o aprendizado a tal ponto que ele deu algumas vantagens que nem sempre são tão evidentes Mas ele tem que ser desimportante suficiente para que numa situação de um organismo não tem oportunidades de brincar isso não empate significativamente no padrão de comportamento adulto dele para que a
ideia de se manter na evolução continua e funcionando então essa flexibilidade e isso é interessante pra gente porque isso de certa forma no meu caso ele faz uma metáfora com córtex para frontal que é uma região do nosso cérebro que consegue processar informações de uma forma mais elaborada ela consegue de certa forma é reunir comparar e conectar mais informação que outras estruturas Então ela consegue fazer uma avaliação mais precisa entre aspas do ambiente certo e o córtex pré-frontal ele é pelo menos nos seres humanos a última estrutura se desenvolver certo e a gente vê que
de certa maneira a brincadeira de uma forma de uma forma geral ela vai estimular uma série de atividades a brincadeira desde que você olha digamos assim aqueles padrões de comportamento lúdicos do recém-nascido um pouquinho menos porque ele ainda tá numa numa fase de desenvolvimento de conexões entre as vias que processam os estímulos sensoriais e as vias motores ele tá organizando esses padrões Tá tudo meio bagunçado no cérebro ele tá botando a casa em ordem assim então esse padrão não é tão tão fácil que observar nele mas depois de um determinado tempo você já começa a
observar que alguns que alguns padrões de comportamento promovem respostas digamos assim que exprimem Mas abre aspas satisfação do bebê começa a rir começa a interagir começa a falar certo sei que isso tenha necessar uma função mas esse comportamento continua ocorrendo né Então você vai lá brincar de [ __ ] a boca começa a rir começa interagir com aquilo ele começa a aprender a controlar o ambiente dele começa a aprender a relação de causa e consequência permanência de objeto uma série de de aspectos do desenvolvimento cognitivo começa a se estruturar a partir dessa brincadeira veja só
ele tem que ter um sistema que sustente esse comportamento porque esse comportamento ainda não tem uma função Clara na vida dele certo eles de certa maneira se auto sustenta porque quando eu falo achou tem uma mudança na circuitaria da Criança e do bebê que promove uma resposta para ela que é uma resposta reforçadora e aí ela dava risadinha você faz de novo ela dá mais uma risadinha você faz de novo ela dá mais uma risadinha e você faz de novo certo que nem aquela coisa todo pai e mãe certo quando ele tá com 6 7
8 meses e até um pouquinho depois ele tá na academia você bota alguma coisa que ele pega aquela coisa pô joga no chão você vai lá no chão o que que ele faz joga no chão de novo não tem função nenhuma a não ser ajudar ele a desenvolver essa relação entre motricidade e sensorialidade e aprender a ver profundidade porque nossa visão de profundidade ela a nossa visão de profundidade Ela depende da Integração sensorial entre som estímulos visuais estímulos táteis e estímulos motores para mim aprender a esticar o braço pegar esse copo eu tenho que fazer
um cálculo esse cálculo ele vai ser feito em parte a partir da retina só que a imagem na retina é plana ela não é tridimensional certo uma imagem plana Você não sabe a distância que estão as coisas então você precisa organizar dados que vem dos músculos oculares dos teus músculos como geral para você desenvolver a visão de profundidade Quando é que você vai começar a desenvolver essa visão de profundidade um pouquinho antes de você começar a se movimentar pelo ambiente certo e é isso que faz total sentido porque ele consegue ver o copo se deslocando
no espaço ele consegue calcular o movimento dele ele consegue ver o adulto juntando e isso vai constituindo uma rede onde ele consegue organizar E isso se conectar isso com áreas motoras para que esses movimentos se tornem cada vez mais preciso mas nesse momento ele tem aquele jogo copo no chão eles provoca uma reação e nessa idade provoca uma reação na criança que é uma reação prazerosa Se você pegar uma criança de 2 anos geralmente esse comportamento praticamente já não ocorre mais ele perdeu o interesse por isso caramba cara isso é muito doido por quê porque
mudou a estrutura do cérebro dele então a brincadeira de uma maneira geral ela tem um fator muito importante para a gente que do meu ponto de vista tá muito ligado ao desenvolvimento do córtex pré-frontal crianças que tem mais oportunidade de explorar o seu ambiente tem um ambiente mais estimulante vamos ter melhor desenvolvimento do córtex pré-frontal E aí uma redução e um controle melhor das atividades subcorticais principalmente aquelas que são responsáveis por nossas respostas emocionais então a brincadeira ela é fundamental em alguns aspectos apesar de a gente conseguir se desenvolver sem ela mas a qualidade do
desenvolvimento a qualidade da aprendizagem a oportunidade de reforçar determinado circuitos no momento em que eles estão mais sensíveis a estímulos de ambientais faz com que esse momento essa oportunidade para brincar otimismo e o desenvolvimento desse circuito por isso que a gente vai mudando também nossos interesses ao longo da infância pelos brinquedos então de uma maneira geral você vê que a brincadeira evolui também ao longo do desenvolvimento porque ela vai incorporando cada vez elementos diferenciados em relação à necessidade de desenvolvimento de regiões do cérebro porque o cérebro não se desenvolve como um todo globalmente eu vou
ter surto de desenvolvimento e determinadas determinadas regiões em determinadas determinadas épocas do desenvolvimento certo então a gente a gente tem que estar um pouquinho atento a essas questões para a gente entender esse contexto de como que por exemplo a gente pode fomentar na brincadeira uma série de aspectos do desenvolvimento cognitivo eu vou falar assim do desenvolvimento cognitivo né aquele que envolve raciocínio de causa consequência permanência de objeto relação com quantidade relação com aspectos da linguagem ou mesmo aspectos de relação mecânica motor mecânica certo mas também eu vou ter a oportunidade de desenvolver uma série de
de controles que dizem respeito à cognição quente as respostas emocionais a minha modulação emocional por exemplo Esporte qualquer coisa melhor para você lidar com a frustração do que o esporte o esporte é um espaço enorme para frustração Sabe aquela manobra que você tá quase acertando ela não sai não sai Nossa aquela frustração você tem que controlar aquela [ __ ] para fazer agora de repente ela sai um jogo de futebol com o cara do outro time Beco cara do teu time [ __ ] espaço ótimo para a gente aprender a regulação emocional e aí tem
uma vantagem do esporte daí o surgimento ou sei lá porque o porquê da gente gostar de fazer isso eu acho eu acho que esse circuitos lúdicos no nosso caso como nós somos animais que temos um aprendizado contínuo certo provavelmente esse efeito lúdico ele ele permanece ele persevera certo então eu acho Quantas coisas que a gente faz por hobby dos cara que pilotam aeromodelo tem gente que constrói não sei o que tem outro que coleciona não sei o que Isso é isso é interessante porque de certa maneira é o efeito da ludicidade e tudo isso que
eu tô falando agora pessoal eu não tenho literatura para sustentar isso com base quer dizer tem um pouquinho de literatura para sustentar isso mas não todas as afirmações que eu faço aqui muito é com base na minha experiência com psicólogo né e não necessariamente que tem um conjunto construído já que sustentista uma hipótese certo mas mas a gente foi parar para pensar existe um ápice de desenvolvimento na maior parte dos animais a gente pode pensar que o desenvolvimento é meio que um ou invertido né a gente começa com pouca capacidade cognitiva vai desenvolvendo desenvolvendo na
verdade vai modificando modificando até que você chega num determinado patamar você estaciona aí por um tempo e depois vai perdendo certo isso é muito fácil da gente ver em animais mas em seres humanos é um pouquinho diferente muitos seres humanos continuam aprendendo modificando o seu comportamento mesmo depois daquelas fases onde a gente esperaria que isso acontecesse certo então nós somos uma espécie que de certa maneira conseguimos continuar a flexibilizando nosso comportamento e modificando ele ou melhor conseguimos ter alguma habilidade plástica em relação ao nosso comportamento mesmo depois que as estruturas que garante essa plasticidade não
tão ativas como é que você consegue isso com córtex pré-frontal certo córtex frontal como ele lida com a flexibilidade cognitiva como de certa forma ele é capaz de fazer diferentes combinações das nossas experiências para produzir novos comportamentos ele nos garante um período de aprendizagem infinito se você não tiver um quadro de mensal você pode continuar aprendendo até ficar velho vai ter limitações vai Óbvio porque a gente tem uma estrutura biológica que tem limitações também mas a gente continua de certa forma plásticos por conta da flexibilidade cognitiva isso é muito [ __ ] você é muito
[ __ ] isso é muito [ __ ] E aí faz toda a diferença né quando você entende essas coisas né porque daí você começa a perceber onde é que você tem que dar atenção é onde é que você tem que dar atenção nas coisas que você tem que dar atenção e as coisas que você tem que parar de dar atenção Então tem um contexto para mim que faz com que a neurociências de certa maneira nos permita ter uma visão do lugar onde a gente se encontra enquanto espécie e também enquanto indivíduo muito diferente para
que a gente construiu até hoje tanto no nosso desenvolvimento individual quanto na nossa compreensão enquanto espécie ela nos dá a oportunidade para olhar para essas coisas de uma maneira completamente diversa do que foi feito na história até agora E aí eu Talvez seja isso que de certa maneira hoje tá encantando as pessoas porque eu fui muito seduzido por isso mas eu não imaginava que isso era uma questão para tanta gente Mas provavelmente a maior parte das pessoas que me acompanha que tem se interessado por isso elas tão interessadas por isso porque elas estão atrás do
tal do alto conhecimento e porque ela está atrás do autoconhecimento porque elas querem ter autocontrole E por que que elas querem ter o autocontrole porque ela sabe que são descontrolados ou melhor que elas não se controlam certo então talvez esse seja o elemento que faz as neurociências de certa maneira se estão Atrativa por público leigo de uma forma de uma forma geral né e a gente ter um monte de pessoas interessadas e buscando esse conhecimento perfeito cara muito obrigado curtir demais foi muito bom também eu gostei achei legal eu falo pouco eu prefiro ouvir todo
mundo é mais inteligente do que eu então quero ouvir a pessoa cara isso é legal né porque a gente quer falar a gente tem uma urgência para falar Deus sempre te mordiência para falar meus amigos dizia cara você quer falar demais e hoje eu aprendi que eu não quero falar eu quero ouvir essa urgência para falar é porque as coisas que a gente ouve por exemplo as coisas que eu falei para você ela despertou um sentimento de lógica [ __ ] mano isso é muito lógico certo e daí você vai ficar com isso na cabeça
mas você vai querer falar isso para alguém você vai falar isso para outra pessoa você vai querer despertar isso porque porque nós somos conectados enquanto rede de processamento certo então se adquire um conhecimento Você tá louco para contar para alguém daquela novidade a Boa Nova certo porque nós somos estruturas conectadas mas de uma maneira geral cara eu vou te falar que eu cheguei o momento a partir daquela perspectiva de alta referência que eu falei para você que eu não vejo mais eu falando alguma coisa eu vejo discurso de certa forma se construindo eu sou uma
mídia que nem o celular discurso ele tá aí ele vem vindo ele sai fala e de certa forma contamina outras pessoas como em algum aspecto Acredito que tenha te contaminado daí um dia você vai estar falando com alguém cara olha só o cara malucão lá falou para mim isso é legal não sei o que se despertar obviamente essa reação lógica nele nessa sensação de lógica né de que as coisas fazem sentido eu quis fazer isso aqui justamente porque eu via os neurocientistas dando entrevistas lá lá na gringa e tal e aquilo me despertava coisas legais
eu falei pô dá para trazer isso pra galera também porque eu quero que ela Sinta Essa sensação de lógica e Isso se chama Isso se chama compaixão as pessoas confundem muito pena com compaixão e Nosso Sentimento desprevisível a gente não deve ter por ninguém nem pelos nossos piores inimigos compaixão é diferente compartilhar essa sensação que eu tenho de uma coisa legal e que eu quero compartilhar com outra pessoa de uma experiência boa que eu quero compartilhar com outras pessoas tem uma coisa que eu não concordo mas eu acho legal que o Budismo tântrico fala né
budismo tântrico ele diz que é o budismo Tibetano é esse que a gente veio Dalai Lama sabe e eu gosto muito dos monges tibetanos porque são muito engraçados cara são muito divertidos são muito descontraídos né acho que é uma característica deles de uma maneira geral até alguns que são mais razões mas a maioria é muito divertido e tem uma coisa do budismo Tibetano que diz que Buda tava lá debaixo da área por favor alcançou a iluminação né chegou no chakra coronário se a iluminação Daí tava ali meio que iluminado e tal mas o que que
eu vou fazer agora que acionou Chácara do coração de novo do Buda eles não então eu vou ensinar o Budismo né maldito Chácara do coração [Música] nada contra o budismo É mas eu tenho um pouquinho algumas questões com agremiações Mas enfim né E essa explicação dele é que muda descobriu a Boa Nova e foi contar pra galera galera olha só dá para a gente acender uma luzinha aqui que é legal vem cá que eu vou ensinar para vocês certo e é isso né tem tem tem naquele filme minha esposa gosta para caramba é na Natureza
Selvagem né entendeu que no final do filme ele fala um negócio que é uma frase que todo mundo adora bonitinha para caramba que assim não dá para ser feliz sozinho a felicidade é o caso ser compartilhado isso é compaixão a compaixão quando você tem um bem-estar você quer dizer caramba negão olha só que legal isso que eu achei aqui é muito bacana muito bacana essa ideia assim de a gente pensar de a gente pensar o quanto que a gente quer de certa forma que as outras pessoas tenham a mesma experiência que a gente eu sinto
muito isso então eu sou muito compaixão por isso que você tem podcast certo mas legal cara pô Eu que agradeço a oportunidade Adoro falar eu tô fora da sala de aula eu tô com um monte de palavra engasgada eu tenho essas oportunidades eu saí despejando tudo é isso como é que a galera pode te acompanhar mais lá acompanhar mais eu tô muito ativo no Instagram né o teu Instagram é perinterline neuropsicologia certo eu tenho um pouquinho menos ativo no twitter também que é o rtmf Perim certo e eu tô mais aonde aí tem canal do
YouTube né que vai sair logo mais boa é super legal porque dá para aprofundar mais nos temas lá você consegue falar por mais tempo a ideia é fazer um canalzinho e não sei eu não fiz até agora porque não tinha muito tempo para produzir conteúdo né mas a ideia agora é cada vez transferir a minha atividade de professor para atividade de divulgadora assim a ideia um pouquinho nessa direção e é isso Obrigado cara mais uma vez Eu que agradeço todos os links na descrição Então vão lá acompanhe ele e é isso mas muito obrigado obrigado
todo mundo que acompanha a gente até a próxima e Valeu pessoal obrigado pela oportunidade aí Espero que vocês tenham gostado um abraço um abraço
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