Luciano Subirá - UMA QUESTÃO DE HONRA | FD#74

40.55k views5274 WordsCopy TextShare
Luciano Subirá
Receba nossos conteúdos por e-mail: https://bit.ly/3HZLj9B Todos os episódios já gravados do FUNDAM...
Video Transcript:
Abordei na aula anterior como lidar com o dinheiro. E se você chegou nessa aula, Uma Questão de Honra, sem ter assistido a aula anterior, a de número 73, eu pediria a você que desse uma pausada nesse vídeo e procurasse escutar primeiro aquela, porque estamos montando um quebra cabeça, estamos organizando uma construção progressiva e é muito importante que você tenha esse fundamento. Tratamos, na aula anterior, das advertências bíblicas sobre a forma errada de lidar com o dinheiro e provamos biblicamente que o problema não é o dinheiro em si, mas a maneira de lidar com ele.
Então a Bíblia fala que o amor ao dinheiro, não o dinheiro, é a raiz de todos os males. Se o dinheiro fosse, só teria problema quem tem dinheiro e a maioria de nós não teria problema ou não teria muito. Mas, o que eu e você precisamos entender é que o cerne da questão é a maneira de lidar com ele.
E acredito que o que vou falar nessa aula é um dos principais antídotos a qualquer relacionamento errado, deturpado e equivocado com o dinheiro. Porque o que enfatizamos na aula anterior é que, apesar do dinheiro em si não ser o problema, a relação com ele pode sim ser delicada. Há inúmeras advertências bíblicas para que a gente seja cauteloso nessa área e acredito que aquilo que nós vamos falar entra no elemento antídoto, na parte prática de como vencer o problema.
Então eu quero começar lendo Provérbios, capítulo três, versos 9 e 10, que diz: "Honre o Senhor com os seus bens e com as primícias de toda a sua renda, e os seus celeiros ficarão completamente cheios, e os seus lagares transbordarão de vinho. " A primeira coisa que eu quero enfatizar diante desse versículo é a distinção de propósito e consequência. O propósito.
Deus está propondo uma ação específica. Qual? Honre ao Senhor com seus bens e com as primícias da renda.
Seja com os bens ou com a renda, nós devemos honrá-lo, honrá-lo nessa área. Esse é o propósito. Consequência.
Os seus celeiros ficarão completamente cheios, os seus lagares transbordarão. É evidente que há uma promessa que destaca que provisão e provisão abundante mas nós precisamos tratá-la como efeito colateral, como mera consequência e não como propósito. Porque muitas vezes eu vejo pregadores até mesmo na boa intenção e motivação que encorajaram o povo: "Olha, você tem que honrar a Deus se você quiser ter celeiros cheio, meu irmão.
" E de repente olho e digo: "Pera aí, Isso é bíblico. Se nós honramos, haverá consequência, mas a consequência tem que ser vista como consequência e não buscada com o propósito. " Porque se buscarmos a consequência como propósito, nós já invertemos o cerne da questão.
Quando falamos da relação do cristão com Deus e o dinheiro, nós precisamos entender que o cerne de tudo isso é uma questão de honra. O que significa o verbo honrar? Honrar significa fazer distinção, fazer diferença.
Basicamente, o que Deus está dizendo é: "Eu quero que você me distinga. Eu quero que você me coloque acima do dinheiro. " Em outras palavras, "você não pode atribuir a mim, Deus", Ele falando conosco, "um lugar de valor e atribuir ao dinheiro o mesmo lugar de importância ou de valor.
" E nós falamos na aula anterior que o próprio Jesus diz em Mateus 6. 24: "Não podeis servir a dois senhores. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
" Ou seja, não há nada apresentado na Bíblia com tanta clareza como um senhor concorrendo diretamente ao senhorio de Deus na nossa vida, com uma relação equivocada com o dinheiro. Então, depois de termos dado essa aula, apresentamos os conceitos práticos de como vencer o que pode ser o problema, que é a relação errada com o dinheiro e mostramos que o cerne, o ponto de partida é uma compreensão clara do senhorio de Deus e do lugar de importância que Ele tem. Quando Deus está pedindo que nós o honremos é evidente que Deus não tem necessidade de honra.
Deus não é carente. Deus não tem problema de auto estima. Ele não vai se sentir, vou botar aspas aqui, "menos Deus" se você não o reconhece.
Aliás, Paulo pregando em Atenas, ele diz, em Atos 17, que Deus não é servido por mãos humanas como se necessitasse de coisa alguma. Não há nada que eu e você, que ser humano algum possa oferecer a Deus que preencha uma necessidade Dele. Ele é absoluto, completo, perfeito em si mesmo.
Então Deus não precisa da honra. Se Ele não precisa da honra, por que Ele pediu que nós o honrássemos? Porque Ele sabia que a honra seria um efeito regulador nos nossos corações para que a gente pudesse preservar o lugar de importância, de senhorio, de governo que só ele deve ter nos nossos corações e que o concorrente dele, o dinheiro ou a relação equivocada com o dinheiro, não tivesse espaço.
Então, antes de abordar o xis, o cerne da questão em si, é importante destacar que mesmo uma proposta como essa, que fala de honrá-Lo com os bens, com as primícias da renda, Deus nunca pediu o nosso dinheiro. Deus nunca esteve atrás de uma oferta ou de algo material que pudéssemos entregar. O que Deus pediu foi honra, e a forma de expressar a honra seria através dos bens materiais e da nossa renda.
Mas o que Deus quer não é o meu e o seu dinheiro. O que Deus quer não é a minha e a sua oferta. O que Deus quer é honra, e é importante que você entendamos isso.
Por meio do profeta Malaquias, nós percebemos uma clara advertência de Deus. Mm Malaquias no capítulo um, a partir do versículo seis, a Bíblia diz assim, o próprio Deus, por meio do profeta, diz: "O Filho honra o pai, e o servo respeita ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra?
E, se eu sou o senhor, onde está o respeito para comigo? " Então, basicamente, Deus está mostrando que nós temos dois níveis de relacionamento com Ele. Ele é o nosso pai e nós somos seus filhos.
Ele é nosso senhor e nós somos seus servos. Ele está dizendo: "Se eu sou pai, cadê a minha honra? Se eu sou o senhor, cadê o respeito", um sinônimo de honra, "para comigo?
" O que Deus está cobrando é honra. Então ele diz: "Eu, o Senhor dos Exércitos, pergunto isso a vocês, sacerdotes que desprezam o meu nome. Mas vocês perguntam: Como desprezamos teu nome?
" Verso sete: "Vocês oferecem pão impuro sobre o meu altar e ainda perguntam: Em quem te havemos profanado? Nisso de pensarem que a mesa do Senhor pode ser desprezada. Quando vocês oferecem em sacrifício um animal cego, será que isso não está errado?
E, quando trazem um animal coxo ou doente, será que isso não está errado? Ora, experimentem oferecer um animal desses ao seu governador! Será que ele se agradará de vocês ou será favorável a vocês?
Diz o Senhor dos Exércitos. Então nós podemos perceber com clareza que o povo estava levando a oferta, mas a oferta não dava a Deus honra e Deus está cobrando honra. Não está cobrando a oferta porque a oferta estava sendo entregue.
A oferta é que não expressava honra. Olhe os versos 9 e 10 na sequência aqui de Malaquias um: "E agora, sacerdotes, supliquem o favor de Deus, para que nos conceda a sua graça. Mas, com tais ofertas nas mãos, será que ele será favorável a vocês?
Disse o Senhor dos Exércitos Quem dera houvesse entre vocês alguém que fechasse as portas do templo, para que não acendessem em vão o fogo do meu altar! Eu não tenho prazer em vocês, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei as suas ofertas. " Então as ofertas estavam sendo entregues mas Deus não estava aceitando as ofertas entregues.
Por quê? Porque não era oferta que Ele queria, o que Deus queria que as ofertas expressassem honra. E já que essas ofertas não estavam expressando honra, ou seja, não estavam cumprindo o seu propósito, Deus afirma no verso dez: "Quem dera houvesse alguém de vocês para fechar as portas do tempo, para não acender em vão o fogo do altar.
" Em outras palavras, Deus está dizendo: "Se vocês não vão me dar honra não precisam dar é nada. Fecha a porta do templo, para o culto. Vamos acabar com a brincadeira.
" Porque Deus está dizendo: "Ou me entregam o que eu espero ou não precisa entregar nada. " E aí eu e você precisamos de fato entender o que Deus espera, o que Ele pediu e por quê. Então, evidentemente, Deus está falando de honra.
Ele diz: "As ofertas de vocês não expressam honra. " Deus diz: "Leva para o seu governador o que você trouxe para mim para ver se você vai fazer média com ele. Se vai impressioná-lo.
" Agora Deus está dizendo: "Você não entregaria isso para um governante está trazendo para mim? " Então nós precisamos entender que desde a lei de Moisés, Deus determinou que o animal do sacrifício fosse perfeito. Isso não apenas comunica a ideia do símbolo do sacrifício de Cristo, aquele que seria oferecido como um sacrifício substitutivo, vicário por cada um de nós, ele precisava ser representado na perfeição desses holocaustos, mas nós também entendemos que há em conjunto uma ideia de que para Deus em você, devemos sempre oferecer o melhor.
Aliás, a Bíblia diz que Abraão, quando entrega os dízimos a Melquisedeque, entregou o dízimo dos melhores despojos. Ou seja, ele não apenas fez a conta, um de cada dez é de Deus, mas ele entrega a melhor parte. E Deus estava dizendo: "Eu espero que até na escolha de um animal sem defeito vocês expressem a honra e a importância que eu tenho.
" Mas Deus diz: "Vocês estão trazendo o coxo, o cego, o manco. " Deus diz: "Vocês não estão entregando aquilo que eu espero. " Confesso que nasci e cresci num lar cristão, convivi com a ideia e o conceito prático de dízimos e ofertas uma vida inteira mas eu demorei muito para entender que Deus nunca quis o meu dinheiro ou a minha oferta.
É lógico que eu continuo entregando isso, mas eu procuro entregar através disso o que Ele realmente quer. Deus quer honra. E como dissemos, o verbo honrar significa fazer distinção.
Na aula anterior, quando falamos sobre como lidar com dinheiro, nós mostramos que a relação do cristão com o dinheiro, embora ele em si não seja errado, ela pode se tornar delicada. Muitos caem em tentação, em laço, em ruína se desviam da fé. Por quê?
Porque a Bíblia diz: "O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. " Então uma pessoa pode amar o dinheiro sem tê-lo e outra pessoa pode ter dinheiro sem amá-lo. Então, o dinheiro em si não é o problema, mas a forma de lidar com ele pode ser delicada.
Então eu falei que alguém pode ter recursos sem que o dinheiro o tenha, isso está lá no Salmo 62. 10: "Se as vossas riquezas aumentam, não ponham nelas o coração. " Você vai ver Paulo dizendo em Colossenses 3.
5 que a avareza é idolatria, quem é muito apegado ao que é material, tem um ídolo, um falso deus na sua vida, que está concorrendo o lugar de Deus. O próprio Jesus diz: "Vocês não podem servir a dois senhores" e bota o dinheiro ou a relação errada com o dinheiro como algo que concorre com o senhorio de Deus. Na parábola do semeador, em Mateus 13.
7, Jesus fala que uma das sementes caiu entre espinhos. No verso 22, ele explica. Os espinhos cresceram, sufocaram a ação da Palavra.
O que eram os espinhos da alegoria proposta por Jesus? A preocupação do mundo e a fascinação das riquezas. Ou seja, uma relação errada com o dinheiro, seja na ausência, o anseio por ele, o acúmulo de forma equivocada pode trazer danos ao nosso relacionamento com Deus.
Então, quando Deus está dizendo: "Eu quero que vocês me honrem, façam distinção, me coloquem num lugar diferenciado", isso precisa transmitir uma mensagem clara para mim e para você. Eu me lembro de, quando ainda adolescente, ler as afirmações bíblicas lá de Apocalipse 21. 21.
A NVI, Nova Versão Internacional, traduziu esse texto assim: "A rua principal da cidade era de ouro puro". A tradução brasileira diz: "A rua da cidade era de ouro puro, mas algumas outras traduções apontam "a praça da cidade". Mas quando você olha e consulta essa palavra traduzida "praça" no original grego "plateia", está falando da rua principal, do caminho largo.
Então quero só mencionar isso porque alguns às vezes estão assistindo à aula me vêm falando de rua e podem checar a sua versão e dizer: "Não, mas aqui está dizendo praça. " Quando eu li essa afirmação da rua da cidade sendo de ouro enquanto adolescente imaturo, isso ativava na minha cabeça o que eu chamo do modo ostentação. Eu me imaginava no céu, andando descalço naquela rua para sentir o geladinho do ouro no pé e comigo mesmo, na minha imaturidade, eu me imaginava pensando: "Se um dia fui pobre, já não me lembro.
" Seria o momento da vingança. Cresci num lar e numa estrutura familiar muito simples, sem muitos recursos. E eu imaginava que seria o dia da vingança.
Mas demorou um pouquinho. Mas à medida que a maturidade, a percepção bíblica, o entendimento, a relação com Deus começou a se fortalecer. Um dia eu senti Deus falando claramente ao meu coração.
Ele diz: "A glória do céu não é o ouro, a glória do céu sou eu. " O próprio Deus é a glória. A Bíblia diz que não lá há necessidade de sol e nem de lua, o Senhor ilumina a cidade.
Ele é o centro. Ele é a glória de tudo. E de repente eu comecei a pensar: "Eu estou dando muita atenção e importância a esse ouro.
" E a partir disso, comecei a pensar na possibilidade de olhar para isso com uma outra perspectiva. Imaginava, ainda, na minha imaturidade de adolescente, jovem um cenário, algo acontecendo, como um anjo perguntando para Deus: "O que é que a gente faz com tanto ouro? " Eu imaginava Deus, a partir da nova percepção, respondendo: "Ouro?
Essa coisa que aqui não vale nada. Faz rua, faz piso pro meu povo andar. " O ponto que eu quero te dizer é que a interpretação de um texto deste como Apocalipse 21 não forma doutrina, mas olhar para isso da forma correta cabe em toda a doutrina bíblica.
Qual é o lugar do dinheiro na vida do cristão? É debaixo do pé. É como servo, nunca como senhor.
Aliás, o livro de Atos nos mostra por três vezes as pessoas trazendo recurso financeiro aos pés dos apóstolos. Interessante que se olha qual era a cultura, qual era a prática. O Evangelho de Marcos, nos mostra Jesus assentado no tempo diante de um gazofilácio, um cofre de ofertas.
Ninguém entregava dinheiro aos pés dos sacerdotes, mas de repente, uma prática completamente nova. Na minha cabeça, eu às vezes imagino os apóstolos botando o pé em cima daquele dinheiro e dizendo: "Aqui você não é senhor, aqui você é servo. " Nós estamos falando de colocá-lo no lugar certo.
E quando falamos de honra, é exatamente isso que Deus está propondo. Então nós precisamos entender que o texto de Provérbios que lemos no início não fala de barganha. - "Olha, se você me der honra nessa área material e financeira, eu te dou honra de volta.
" É certo que a Bíblia ensina isso. Primeiro Samuel 2. 30 Deus diz: "Eu honro os que me honram, mas os que me desprezam serão desprezados.
" Então honra atrai honra, desprezo vai gerar desprezo, mas nós precisamos entender que não é uma troca. Não se trata de mera barganha. Não é Deus dizendo: "Olha e me honra primeiro só para eu poder te honrar depois.
" Nós precisamos entender o que é que está por trás da honra. Quando colocamos Deus acima e Ele, de fato, tem um lugar de importância diferenciado, e o dinheiro abaixo, sem concorrer com Ele, e Deus encontra em mim e em você, um coração blindado contra a avareza que é idolatria, e Deus encontra em mim você, um coração que não demonstra apego excessivo àquilo que é material e financeiro, porque geraria uma concorrência com Deus, então Ele olha para mim e para você e praticamente a conclusão, nós podemos imaginar a conversa, é: "Se isso não é um problema para você, eu posso te dar muito mais disso. Eu posso encher o seu celeiros, eu posso encher os seus lagares, porque eu não vou perder você para o concorrente.
" Mas, honestamente, alguns nós estamos que pedindo a Deus dinheiro não temos a menor condição de recebê-lo por imaturidade, por falta do tratamento de Deus no coração, por falta de compreensão das verdades bíblicas. E a pergunta é: se você pudesse trocar só por um instante, hipoteticamente imaginando, se pudesse trocar de lugar com Deus e visse um fiel aqui da terra, você mesmo pedindo por dinheiro, mas você, como Deus, ciente de que aquilo vai desencaminhar o coração daquele seu fiel porque é um concorrente, você entregaria? Eu sei que a sua resposta será não.
Se não é, por que nós achamos que Deus faria aquilo que nem a gente está disposto a fazer? Na verdade, nós precisamos entender que o que Deus mais deseja produzir em nós é justamente desapego. Não dar valor demasiado ao dinheiro, dar o mínimo de importância que é colocá-lo no lugar de servo e não do senhor, honrar devidamente a Deus, para que então, com nosso coração devidamente guardado e blindado, a gente possa sim, então, ser abençoado por Deus ver celeiros cheios, lagares transbordantes.
Não acredito que haja promessa bíblica sobre riqueza, mas acredito em promessas de provisão e de prosperidade. E em outra aula nós vamos ver qual o motivo. O motivo certamente não é que isso pare nas nossas vidas, mas que transborde através de nós.
Precisamos entender a importância do contentamento, será o assunto da nossa próxima aula, mas precisamos entender como é que as promessas de abundância de celeiros cheios e lagares transbordantes não são contraditórias ao conceito de contentamento, porque a maior parte disso não precisa e não deve parar na nossa vida. Deve passar por meio de nós e transbordar para a vida de outros. Mas tudo começa com o elemento da honra.
E a pergunta a ser feita é: o que exatamente é dar a Deus essa honra? Porque eu e você precisamos entender que é mais do que a disposição de ofertar. Por exemplo, quando decidimos caminhar em honestidade e integridade nas nossas finanças, não fazemos negócios escusos, não mentimos para ganhar dinheiro, não pagamos nem recebemos propina porque entendemos conceitos bíblicos de integridade, nós estamos dizendo que o dinheiro, ou dependendo da versão, Mamon, não é senhor sobre as nossas vidas.
Nós temos um outro senhor que tem princípios que são diferentes. Então a gente não mente, a gente anda em integridade, a gente anda em honestidade. Nós entendemos que nosso Senhor, que está muito acima do dinheiro, diz: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".
Então também não sonegamos impostos, ou seja, pessoas que são governadas pela lei da esperteza que você vê no mundo, elas têm outro senhor. Elas estão dispostas a fazer qualquer coisa para sonegar o imposto. E nós, cristãos, eu brinco, de vez em quando digo: "Graças a Deus não tem uma ordem para fazer, entregar os impostos com alegria, como na hora de ofertar a Deus.
" Mas a gente tem que obedecer. E o que César ou o governo faz com os impostos e nós sabemos que há muita má gestão, desvio, corrupção eles vão responder a Deus. Porque a Bíblia diz que as autoridades são ministros de Deus.
E o Deus que as institui, pode ter certeza, vai julgá-las, vai cobrá-las, embora nem todo juízo seja imediato nesse tempo e nessa vida, haverá prestação de contas, haverá acerto, você pode ter certeza, mas eu e você temos que fazer a nossa parte. Devido entendimento de honra de colocar Deus acima, nos faz mudar completamente os valores. A Bíblia diz no livro de Provérbios, no capítulo 19: "O que se compadece do pobre, empresta ao Senhor e esse lhe retribuirá o benefício.
" Então, diferente de um cara avarento que não quer repartir com ninguém, o cristão entende que aquilo que Deus tem lhe dado não deve parar na sua vida, deve ser repartido. E quando agimos dessa forma, estamos dando honra a Deus. Estamos colocando Ele num lugar distinto, dizendo: Deus, seu valor, seu caráter generoso, seus princípios tudo aquilo que o Senhor ensinou é mais importante do que o dinheiro e o nosso apego a Ele.
" Então, nós não vamos negociar nada daquilo que o Senhor falou, determinou ou propôs. Ou seja, nós precisamos entender que honra não é assunto que se limite a oferta, embora muitas vezes, quando falamos da oferta, eu acredito que alguns erram justamente por não entender aquilo que Deus pediu. Então, se você voltar na primeira oferta lá da da Bíblia mencionada em Gênesis quatro, porque a Bíblia fala da oferta de Abel e da oferta de Caim, a Bíblia diz que Deus se agradou de Abel e da sua oferta, mas não se agradou de Caim e da sua oferta.
Aliás, normalmente, quando Deus aceita, nunca é só oferta, é o ofertante. E quando ele rejeita, normalmente não é só oferta, é o ofertante. Agora ambos trouxeram uma oferta.
Se o que Deus quisesse fosse somente a oferta, então supostamente eles já teriam entregado o que Deus queria e Ele não poderia se queixar de nada. Mas quando Ele se agrada da oferta de um e não da de outro, o que é que nós entendemos? O próprio Deus vai falar para Caim no verso sete de Gênesis quatro: "Se fizeres aquilo que é certo, não é certo que você será aceito?
" Então Deus está dizendo: "Se você fizer a coisa certa, do jeito certo, você vai ser aceito. " Então presume-se que ele já sabia o que deveria fazer, já sabia o que Deus esperava e Deus está dizendo: "Não quero apenas que você oferte. Eu quero que você faça isso direito.
" E o que era fazer direito? A Bíblia diz que Abel entrega das primícias do seu rebanho ao Senhor mas Caim, no fim de uns tempos, trouxe uma oferta ao Senhor. O problema não é que um ofereceu um carneiro e o outro ofereceu o fruto da terra.
Já vi gente tentando dizer: "Não, é o que o Cordeiro tipifica Cristo, seu sacrifício, que é a forma como nós somos aceitos. Caim trouxe do fruto o seu trabalho e esforço. Ninguém é aceito por obras diante de Deus.
" Essa mensagem seria interessante se a gente estivesse falando de salvação, mas não tem nada a ver com o texto em si. Porque a Bíblia diz que Abel era pastor de ovelhas e Caim era lavrador. Então cada um ofereceu o fruto do trabalho.
Não dá para dizer que só Caim ofereceu o fruto do trabalho. Segundo, a Bíblia diz que Abel trouxe das primícias do rebanho. O que são as primícias?
São os primeiros frutos. Então, tão logo a renda dele começou a aparecer ou surgir, ele diz: "Antes de comer, antes usufruir, antes de desfrutar ou de multiplicar o patrimônio", ele diz: "Eu quero agradar a Deus. " E ao sacrificar ao Senhor, colocando Deus na frente e a si mesmo, por último, ele honrou e deu a Deus honra e distinção.
Agora, o que Caim fez? Caim fez o oposto. A Bíblia diz "no fim de uns tempos".
A palavra "tempos" é incerta, tanto no original hebraico como no português. Se eu falar: "A pessoa levou um certo tempo" e não explicar, a gente tem algo que não está definido. Pode ser minutos, podem ser horas, podem ser dias, podem ser semanas, pode ser até meses ou anos.
Agora, o que indiscutivelmente está ali e claro? "No fim de uns tempos". Não importa quanto tempo.
Mas Caim resolveu fazer isso no fim. Enquanto Abel põe Deus primeiro, ele por último, Caim fez o inverso. Ele come do fruto da terra, desfruta do seu trabalho, faz tudo aquilo que queria, para depois olhar para trás e meio que perguntar: "Sobrou?
Sobrou, então bota Deus. " Então quer dizer, se não tivesse sobrado, Deus tinha entrado? Eu tenho entendido quando falamos de honra, Deus não está atrás da nossa sobra, porque sobra não reflete honra.
Então você vai chegar no evangelho de Marcos, por exemplo, no capítulo 12, lê dos versos 41 a 44, Jesus assentado diante do gazofilácio, que era o cofre das ofertas, para observar não quanto, mas como as pessoas ofertavam. Porque o que chama a atenção de Deus não é o quanto eu como, até porque o quanto é relativo. Uma pessoa que tem muita posse, o quanto dela é bem maior do que a que tem menos posses e Deus não está olhando o valor contábil.
Ele olha tanto em termos de percentuais, o que isso significa para os nossos ganhos, como em termos de coração. Qual o nível de honra, de desprendimento que existe ali. Então Jesus diz para os discípulos: "Quem deu a maior oferta não foram os ricos que deram grandes quantias.
Foi aquela viúva pobre, porque eles estavam dando o que sobrava. A mulher deu do seu sustento. " Qual a diferença aqui?
Na contabilidade, o impacto da contribuição dos ricos foi maior, mas Deus não está avaliando a quantidade de dinheiro. Se o que ele está atrás não é da oferta nem do dinheiro, se o que ele está atrás é de honra, o que Deus estava avaliando ali? Quem deu mais honra.
E uma mulher que diz: "Eu dou o meu sustento, mesmo que eu não tenha o que comer", ela está dizendo: "Deus primeiro e eu com as minhas necessidades básicas por último. Agora, quando os ricos não só a sobra, eles estão dizendo: "a gente primeiro, já fizemos tudo o que a gente queria, já que não tem mesmo o que fazer, sobrou? Dá para Deus.
" Isso não reflete honra. Então nós precisamos entender que o fator regulador da relação do cristão com Deus e o dinheiro, é a honra. E quando a honra é alcançada?
Esse lugar de distinção é preenchido, é evidente, é indiscutível que Deus pode nos abençoar. Você olha Atos capítulo cinco e vai encontrar Ananias dando uma grande oferta. Vendeu uma propriedade, reteve uma parte do preço, mas deu a maior parte.
A oferta, na perspectiva contábil, era enorme, mas ele foi abençoado? Não, Pelo contrário, foi julgado. Eu e você precisamos entender que o apóstolo Pedro, quando o confronta, pergunta: "Por que encheu Satanás seu coração para que você mentisse ao Espírito Santo?
" Pedro está dizendo duas coisas: "Quem colocou no seu coração de ofertar foi o Espírito Santo, mas quem abortou o processo foi Satanás. " Agora pensa comigo: Deus e o diabo brigando pelo coração do homem na hora da oferta e você acha mesmo que isso não é importante e não tem valor? Mas qual era o valor?
Era o dinheiro? Não, o diabo não se opôs que Ananias desce a maior parte do dinheiro porque ele sabe que Deus nunca quis o dinheiro. Ele só macula o coração de Ananias para que ele simplesmente diga: "Olha, eu posso até valorizar Deus, mas eu não fico fora dessa história e dessa equação.
" E quando ele macula o elemento honra, ele roubou de Deus aquilo que Deus realmente esperava de Ananias. Essas verdades precisam instruir o meu e o seu coração sobre o nível de compreensão que nós devemos ter do que é o senhorio de Deus no nosso coração. Seus valores, a revelação do seu caráter, sua orientação por meio da Sua Palavra, os princípios que Ele claramente instituiu devem governar as nossas vidas.
Muitas vezes as pessoas erram, não expressando honra por vários motivos, mas o que eu e você precisamos preencher é justamente o que é o cerne de tudo isso: uma questão de honra. Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a sua renda. Por que a palavra primícia aparece aqui, os primeiros frutos?
De novo é aquela ideia de "vamos colocar Deus em primeiro lugar". Quando eu era garoto, meu pai me ensinou não apenas a dar o dízimo. Ele dizia: "Separa primeiro a parte de Deus.
Consagra antes de gastar as outras que vai ficar debaixo do seu poder e da sua administração. " Nós precisamos entender, sob várias perspectivas, que mesmo nas ofertas, nós vamos honrar Deus, mas que não é a única forma. Então, a maneira como eu lido com o dinheiro, como eu o administro, se sou ou não generoso, se me importo ou não com o necessitado, se me deixo fascinar pelo dinheiro ou não, ter amor por ele ou não, se me blindam da avareza, todas essas coisas juntas, combinadas, vão compor o que é essa questão da honra.
Basicamente, a honra sempre será: Deus acima, o dinheiro abaixo. Quem começa a aproximar isso está correndo um risco enorme. Porque alguém pode chegar ao ponto de desviar da fé, como Paulo disse em primeira Timóteo 6.
Porque simplesmente valorizou mais o dinheiro do que a própria relação com Deus, a salvação e tudo aquilo que Deus colocou. E, evidentemente, essas coisas não acontecem da noite para o dia. É um processo.
Então nós precisamos sempre estar tratando, trabalhando o nosso coração, à luz da Palavra de Deus, na presença de Deus, em oração, aos pés de nosso Senhor, para que de fato Ele seja senhor sobre os nossos corações e sobre essa área. Existe um comentário que durante a época das Cruzadas, aquele movimento cristão que evidentemente não tem como concordar e aprovar com nada disso foi feito, mas eles, naquele afã de "vamos ganhar a guerra santa", começaram a recrutar mercenários na falta de soldados. Mas já que iam lutar pela bandeira do evangelho não podiam não ser cristãos, então essa turma era para para também se converter e não só lutar.
E, existem alguns relatos de que alguns deles, quando iam ser batizados, deixavam a espada do lado de fora, não entravam com ela. Era uma forma de dizer: "Eu estou convertendo. A espada, não.
" E vi uma pessoa, certa ocasião, fazer uma alegoria que parece que o cristão quando vai batizar ele meio que deixa a carteira de fora não é só para poupar o documento de ser molhado, mas é quase como quem diz: "Eu estou convertendo. Essa área, não. " Ela costuma ser, na vida de muitos, a última área a ser rendida.
Mas eu e você deveríamos entender a importância de rendê-la logo ao Senhor. Quando você vê Zaqueu dizendo que ia repartir recurso com os pobres, restituir quem ele tinha defraudado, Jesus imediatamente vira e diz: "Hoje chegou salvação à essa casa. " Porque Ele sabe que quando o controle do dinheiro e de Mamom é quebrado, significa que há um grande espaço no coração para que o senhorio de Deus assuma o lugar e preencha.
Então, que eu e você possamos entender e praticar essa honra a Deus, mantendo sempre Ele no devido lugar de exaltação e honra, e o dinheiro nunca como senhor, mas como servo das nossas vidas.
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com