Olá no mês da consciência negra poderemos abordar os mais diversos assuntos mostrando o aumento do protagonismo dessa população mas os casos de racismo quadruplicaram entre 2018 e 2021 e precisamos falar sobre isso é um dos caminhos para mudar essa realidade Qual a sua opinião sou a favor Ah não sei depende [Música] Às vezes você entra numa loja as pessoas te olham de uma certa forma o segurança às vezes acompanha é só amigo que rouba só nego que faz coisa errada eu nunca sofri racismo e eu acho que o Brasil não é um país racista às
vezes nós mesmos Somos preconceituosos Quem tá aqui na desigualdade é sempre o preto a preta falta oportunidade Ainda temos ainda que trabalhar sobre isso principalmente com a educação né Isso é de base Recebemos a jornalista Juliana Gonçalves militante do movimento negro e Mestrando em Filosofia na USP e o cientista em humanidades deles Pacheco pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Denis Juliana obrigada como data da consciência negra é celebrado no Brasil desde 2003 quando foi incluído no calendário escolar nacional é o dia da morte de Zumbi dos Palmares E lá se vão quase 20 anos
desde que essa data começou a e quando deveríamos comemorar as conquistas estamos aqui mais uma vez falando do aumento de casos de racismo Por que que a discriminação racial persiste no nosso país Acho que ali com o povo falando a gente já tem algum alguns elementos que eu acho que vale a pena a gente destrinchar aqui A primeira coisa é que ainda temos uma educação muito influenciada pela democracia racial e pela negação do racismo então a gente viu ali um companheiro que inclusive trouxe né homem negro dizendo não acho que existe racismo nunca sofri Porque
de fato Nós não fomos educados a ver dessa forma pelo contrário existia toda uma ideia social que foi construída inclusive uma política de estado que foi construída dizendo somos todos iguais aqui o Brasil não existe racismo Então até hoje a educação é muito importante justamente para pontuar que sim existe diferenças de desigualdades sociais que começam a com o processo da escravização que não tivemos separação histórica mas se persiste porque a gente está falando de um grupo que é privilegiado por esse racismo e eu ainda penso que existe uma classe dominante que ainda dá as diretrizes
né sociais e políticas do país que se faz desse que se fazem em cima desse privilégio e que não quer realmente abrir mão desse privilégio e acaba negando o direitos para a população negra e por fim eu acredito que não é que nós temos mais casos é que de fato a população negra não está ficando mais calada né o próprio movimento negro social faz um trabalho educativo e o movimento negro vai ali dando ferramentas para a sociedade para as pessoas combaterem esse racismo Então hoje você sofre racismo Você tem uma câmera na mão Você joga
isso na internet então acho que a gente não tá ficando mais calado perante isso falando sobre esse ponto de vista da Juliana é um avanço nesse sentido então aprendeu vamos dizer assim a reconhecer o racismo não ficar mais calado e fazer as denúncias nesse sentido é um avanço não só isso né Acho que o sistema de segurança pública teve um avanço também em relação a qualidade dos dados que produz No que diz respeito ao racismo e como ele não tá dissociado da sociedade né existe uma relação muito específica importante entre o debate público e a
tomada de decisão dos gestores da Segurança Pública o aumento da discussão uma cerca da temática do racismo na sociedade faz com que exista práticas e desenvolvimento de protocolos e de ações de formação para que os policiais estejam mais capacitados para registrar e levar adiante os inquéritos policiais do que diz respeito a essa temática nesse sentido aí em que ponto avançamos que que vale a pena chamar atenção eu acho que a gente avançou mesmo nessa conscientização da própria população negra quando a gente vê que de uns anos para cá a população tá cada vez mais se
reconhecendo enquanto pretos e pardos Eu acho que isso é um avanço importante porque aí a gente enquanto movimento social a gente sempre teve essa impressão de que éramos maioria mas hoje os dados do IBGE trazem aí a população negra com 56% da população então Acho que sim que tem avanços importantes desde a ampliação da participação das pessoas negras nas universidades no mercado de trabalho mas é isso eu sinto que a gente ainda tem conquistas é que são quase políticas de governo ainda não é uma política de estado voltada para reparação e para a extração do
negro na sociedade isso foi muito nítido aí nos últimos anos e com a pandemia também entendendo que essa população que foi lá é vilipendiada por conta né de ser descendentes de escravo e do racismo que se estabeleceu é sem uma política de reparação que até hoje essas desigualdades são perpetuadas e a gente vai ver por exemplo no meu grupo social que sou uma mulher negra como as mulheres negras sofreram e sofrem ainda mais nesse nesse processo de tirada de direitos então quando a gente vai olhar desde rendimento até taxa de desocupação a gente vai ver
que ainda há um caminho muito longo para se chegar talvez pós o assassinato da Marielle em 2018 como a sociedade entendeu que é um projeto político precisa ser amplo precisa contemplar corpos que antes não eram contemplados como de mulheres é gays lésbicas pessoas TRANS e assim por diante Então acho que isso é uma voz é um negro mas a mulher negra é a situação ficar ainda pior fica ainda pior assim então quando a gente olha por exemplo taxa de desocupação trabalho doméstico a gente vai vendo que infelizmente a mulher negra tem um rendimento muito muito
menor assim então se a gente pensar aqui no primeiro trimestre de 2022 é a mulher negra recebeu 46% do total que um homem branco o se utiliza na vida e tem como rendimento isso é muito grande mas aí você vê que não é só uma questão de gênero quando a gente olha para o homem negro e vai ver que o homem negro também recebeu apenas 58% do que um homem branco então aí uma questão de raça muito forte e para mulher negra a questão de raça atrelada gênero que também vai colocando ela né É escanteada
na sociedade nós temos que lembrar que racismo é crime mas são comuns Os relatos de homens são da Justiça Diante das denúncias sobre isso ouvimos a professora de direito integrante da Comissão de Direitos Humanos da uspion nesse Prudente da Periferia muito pelo contrário Então vamos encontrar muitas vezes a prática de racismo praticado justamente por pessoas né aí da Elite então de repente o judiciário brasileiro tem um outro tipo de Réu e Aí vemos assistimos todos dificuldades na aplicação da lei é descumprimento de Leia um péssimo exemplo porque essa pessoa deveria permanecer presa e ser apresentada
ao juiz numa audiência de Custódia porque praticou um crime e não esses pagamentos de fiança que nós muitas vezes acompanhamos Isto é o retrocesso é descumprimento de lei e prejudica a defesa de todos os direitos humanos fundamentais sempre bom ouvir a Professora Eunice primeira mulher negra da aula na Faculdade de Direito da USP o quanto o aumento nos casos de racismo Denis são também consequência da impunidade bom como a Juliana falou né a gente vem de uma trajetória colonialista escravista que acabou moldando a forma como o Imaginário social representa as pessoas negras e isso faz
com que exista portanto Uma demanda social de incriminação e de objeção desses corpos dessas pessoas acho que um exemplo importante é que uma das primeiras políticas do estado brasileiro pode escravidão foi justamente a promoção de migração de pessoas brancas para o Brasil porque existia a percepção de que o problema do Brasil em relação ao subdesenvolvimento era um problema dos negros nós éramos o problema do abre aspas atraso em relação ao desenvolvimento no caso do Brasil existindo essa demanda social por incriminação por discriminação por diminuição da população negra é difícil tratar disso de uma perspectiva individualista
né então não é exatamente que as instituições do sistema de segurança pública e justiça no caso as Polícias e o judiciário não conseguem sejam especificamente racistas mas que existe uma sociedade racista na qual é difícil conceber a importância do racismo e o impacto que ele causa nas populações negras nas violência contra a população negra agora na maioria das vezes os crimes raciais são classificados como injúria racial e não racismo só para a gente ter uma ideia em 2021 o Brasil registrou 13 casos de injúria racial e 6 mil de racismo acho que vale aqui a
gente entender Qual que é a diferença Juliana normalmente os casos são entendidos enquanto injuria racial porque a de fato uma diferença no código penal que vai dizer que é injúria racial é um crime a honra né então é algo que você faz por um indivíduo enquanto a lei do racismo vai entender que ao praticar racismo Você tá indo contra a Constituição Federal Então seria contra um direito coletivo mas como a professora trouxe ali na fala dela é essa essa diferença foi muito usada de uma forma a não ah não valorizar o crime do racismo enquanto
algo que de fato precisa ser olhado que de fato precisa ser olhada na coletividade então em 2021 o senador Paulo Paim ele protocolou e conseguiu aprovar um projeto de lei que vai dizer justamente isso e comercial É racismo então precisa ser entendido enquanto racismo precisa não só ser entendido para os próprios pessoas as vítimas mas como para os operadores dos direitos que muitas vezes essa falta de letramento racial fazia com que a pessoa sofreu racismo vai até a delegacia e era de movida da ideia de fazer um boletim de ocorrência enquanto o racismo para não
vamos fazer de injúria racial que apenas a situação até porque o crime e inafiançável e esse projeto de lei é muito importante porque Traz algo que as pessoas negras né e os movimentos negros já traziam há muito tempo que é que não existe né que injúria racial você tá ferindo a coletividade então É racismo então precisa ser visto com esse peso e as pessoas precisam entender isso como como uma forma uma ferramenta mesmo de coibir hoje o negro ele tem que de alguma forma convencer as autoridades policiais de que olha o que eu sofri de
fato foi situação que as mulheres passarem ainda muitos ainda passam em relação à violência doméstica isso acontece muito sim os policiais muitas das vezes não tão capacitados não existem Protocolos de atendimento À Vítima é existem Claro delegacias especializadas tem um papel muito importante mas que não conseguem dar conta né de cobrir todo território brasileiro já que a gente tá falando de um país Continental Então existe demanda por mais delegacias especializadas mas acho que vale a pena investir também na capacitação dos profissionais de ponta então ali no cotidiano né que não fazem parte da delegacia especializada
mas que podem se aproveitar da produção de conhecimento da produção de protocolos da produção de perspectivas anti-racistas para atender a população a partir do que é produzido pelas delegacias que pode ser disseminado que a gente já tem de conhecimento No que diz respeito ao atendimento a casos de racismo Eu concordo Sim infelizmente são muitos dos relatos de pessoas que sofreram racismo que chegam até as delegacias e são ali de movidas de incluir isso enquanto o crime de racismo não vamos falar que é uma injúria foi uma injuria racial E aí normalmente assim nós somos acionados
também para isso E aí a gente precisa ter um advogado de um lado para conversar ali com o delegado com os policiais para entender então ainda assim e eu acho que isso denuncia o que essa falta de conscientização de letramento que faz com que não se entenda o quanto um crime de racismo é extremamente violento e vai acarretar em várias em vários elementos na vida de alguém né Então não é algo simples quando isso acontece acho que você fez uma comparação muito muito interessante com a violência doméstica então é uma violência que vai ali te
trazer muitos males depois né Isso vai acarretar problemas psicológicos então assim não pode ser visto como algo menor esse tipo de violência né nem como algo pontual não é exatamente uma pausa para chamar o intervalo rapidinho a gente volta já [Música] [Música] voltamos a conversar sobre racismo no Brasil com a jornalista Juliana Gonçalves e com denis Pacheco pesquisador do Fórum Brasileiro de segurança pública no bloco anterior Juliana chamou atenção e para a diferença de renda entre brancos e negros vou trazer aqui também a questão da diferença no acesso à educação que também revela uma desigualdade
enorme entre as pessoas identificadas como brancas 27,7% declararam não ter instrução ou ensino fundamental completo já entre os negros as taxas foram de 36 e meio por cento é aí que a gente entende né O que a gente costuma falar que o ciclo se perpetua Então você tem menos escolaridade por consequência menos acesso a empregos de qualidade e aí uma renda menor é o ciclo que acaba se perpetuando acho que é o ciclo e também tem o próprio racismo porque quando a gente olha por exemplo Às vezes as pessoas com trajetórias semelhantes e com a
mesma classe social mesmo assim você vai ver um GAP uma diferença entre o acesso de pessoas negras Então acho que o racismo acaba sendo balança sabe que vai trazer isso e quando a gente fala por exemplo de ensino superior então e a gente tá no momento muito importante que agora são 10 anos da lei de cotas a gente vê essa diferença também quanto algo muito gritante para a gente prestar atenção né então como a lei de cotas houve um aumento de 205% da presença de pretos dentro da Universidade O que é excelente e eu acho
que é um avanço que a gente precisa comemorar e trabalhar para a qualidade de vida desses estudantes a permanência ser positiva mas por exemplo 18% dos jovens entre 18 e 24 anos estão na universidade negros enquanto os brancos são 36% então assim conforme vai indo na escolaridade e no nível superior essa diferença ainda é muito gritante então acho que é algo que é importante da gente se atentar também principalmente esse ano que a gente tá aí indo para a revisão da Lei de cotas e a gente precisa ampliar esses números o quanto antes o aumento
da desigualdade significa um aumento da vulnerabilidade né pessoas que têm menos acesso à renda menos acesso a emprego menos acesso à escolaridade tem menos acesso também a instrumentos de mitigação de violência e de resolução de conflitos por exemplo mulheres negras são mais vulneráveis a sofrer um feminicídio pessoas negras em geral são mais vulneráveis a sofrer um homicídio a serem mortas pela polícia e a gente tem mais de 80% das pessoas mortas pela polícia eram pessoas negras Então esse aumento da desigualdade significa um aumento da vulnerabilidade e não só isso essa discrepância ela cresce conforme o
tempo passa né A não ser que exista um investimento é progressivamente maior em relação a política de combate ao racismo de forma focalizada né sejam ali preocupadas em atender basicamente poções negras populações pobres populações no territórios mais vulneráveis que não é o que a gente tem vivido no Brasil a gente tem políticas de modo geral mais universalistas mais focadas em renda e que tendem a ignorar a desigualdade racial a gente não consegue sem mudar essa perspectiva para políticas focais resolver os problemas que o racismo causa agora pensando sobre essa questão é dos crimes raciais o
quanto está relacionado também com aquele entendimento equivocado sobre o que é liberdade de expressão no sentido de que eu posso falar o que eu quiser tem uma relação e eu acho que a gente tem que tomar muito cuidado com isso né Porque de fato a liberdade de expressão é um dos direitos né constitucionais e que a gente precisa sempre é trazer a importância da gente poder expor diferentes pontos de vista mas não se o seu ponto de vista ou em qualquer tipo de discriminação a gente não pode tolerar porque isso vai dar margem para que
cada vez mais as pessoas achem que isso é natural então o combate disso é muito importante né em todas todas as esferas como a Juliana falou existe uma naturalização do discurso racista na sociedade brasileira né então acho que uma das características mais importantes do racismo brasileiro essa característica que ele tem de estar sempre velado né E aí acho que a liberdade de expressão o debate sobre a liberdade de expressão não dá conta de abarcar todas as situações de racismo isso acaba gerando também uma certa fragilidade na lei porque o racismo não precisa ser expresso verbalmente
né necessariamente ele também tá ali no olhar de desprezo na tratativa desigual em relação às pessoas o que que é preciso para um avanço maior nesse alto de um combate eficiente em relação ao racismo agora que estamos aí com novos parlamentares eleitos e um novo governo eu acho que a gente precisa entender que a nossa ação precisa ser cada vez mais pontual é preciso ter vontade política e que isso precisa ser algo consciente então por exemplo quando o Denis traz que houve um aumento então a gente vê que nesses 10 anos que eu trouxe né
que aumentou o número de negros nas universidades que a gente conseguiu algum avanço ao mesmo tempo a reação é de uma de um setor da sociedade é o aumento da letalidade policial o aumento do encarceramento então a reação também tá subindo esse tom e aí nesse sentido nós temos aí um acúmulo que os movimentos negros tem diversos documentos e da forma de ver fazer política que precisa ser considerado na hora que você fala sobre o pauta racial Porque existe uma coisa também que muita gente acha que não é necessário nessa especialista nesse assunto mas não
o racismo ele é muito sofist então ele precisa de uma ação muito sistêmica precisa se entender que é preciso colocar o debate racial na centralidade para que a gente consiga diminuir essas desigualdades E aí nesse sentido ouviu acúmulo dos movimentos negros ouviu que as mulheres negras têm produzido de acúmulo não só dentro da academia mas na política dentro dos espaços de poder que estão ainda que ainda incipientemente então ouvir essas pessoas é necessário para que a gente consiga avançar nas políticas e levar sempre também o debate para dentro das escolas não é porque a gente
sempre tem esperança nas novas gerações deles como educar o racismo investir em educação é fundamental né acho que é importante conscientizar essas crianças de que o racismo ele existe ele é uma realidade acho que esse é o primeiro desafio né já que como eu disse anteriormente a característica do racismo é esse essa negação de si mesmo no Brasil tratar sobre a história tratar sobre os dados as desigualdades as formas como essas diferenças se perpetuam nessas desigualdades raciais perpetuam mas acho que o investimento em educação não pode ser o limite né já que a gente está
falando de novas gerações isso é um investimento de longo às vezes longuíssimo prazo e a gente precisa combater o racismo agora né enfim eu não eu gostaria de não continuar sendo vítima de racismo Agora não só no futuro então o investimento em campanhas de conscientização que conscientizem sobre o racismo né que tratam de racismo entre essas gerações que não vão mais acessar a Escola que não vão voltar para o ensino básico também é fundamental chama atenção para essa negação do racismo porque é o que a gente vê muitas vezes quando a pergunta é feita o
Brasil é um país racista muitas vezes as pessoas dizem que sim mas quando a pergunta é feita individualmente Você é racista aí a pessoa nega quer dizer então o Brasil é um país racista Mas onde estão os racistas não é então o primeiro passo é esse reconhecimento a pessoa reconhecer sim que é assista eu acho que tem um processo de conscientização política social e racial é que precisa ser algo é um processo que precisa se alimentar sempre em todas as férias então precisa ter esse incômodo parte de uma empatia talvez pessoal então de você entender
então assim você pessoa branca entender que nós estamos numa sociedade racializada Independente de você ser racista que não é algo sobre o individualismo uma ação individual mas é algo sistêmico então que já já está ali muitos níveis da sociedade que não é preciso que você ofenda um homem negro ou uma mulher negra para você ser racista para pessoa que não se acha isso pode ser não é algo simbólico não é muito concreto eu acho que da concretude são os dados dos homicídios por exemplo né que vai pegar ali que é o limite do sangue no
chão que é o que a gente vê ainda hoje então acho que tem esse processo de conscientização que passa também por uma empatia Assim como as pessoas negras não foram letradas para saber das suas histórias as pessoas brancas também não foram letradas para entender o racismo ou entender Aonde estão os seus privilégios então entender que sim nós temos uma grande parte da população que é privilegiada E que esse privilégio faz com que o direito de outra parte da população que aí no caso a parte Negra seja estabelecido ter essa consciência fundamental porque aí você começa
a fazer não ser só anti anti-racista no discurso mas promover ações a gente racistas que precisa ter resultado hoje como deles disse não Daqui a 10 anos não daqui a 20 anos o problema do racismo não é um problema do negro mas de toda a sociedade isso é fundamental entender que sim existe aí o movimento negro que faz todo um trabalho de letramento e conscientização mas quando a gente pensa uma sociedade melhor não é só para pessoa negra quando a sociedade é estiver melhor por a mulher negra para mulher negra trans para mulher lésbica negra
vai estar bom para todo mundo então é ter essa essa dimensão que a gente está falando de um projeto político para todo mundo de igualdade e não hoje que nós temos um projeto alicerçado nas desigualdades Obrigada pela presença de vocês aqui hoje Denis Juliana até uma próxima oportunidade Eu que agradeço Obrigada opinião fica por aqui acompanha nosso podcast e também nosso canal YouTube obrigada pela sua companhia boa noite para você [Música] [Música]