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[Música] k [Música] Imagine sua história como uma linha do tempo quantos altos e baixos já viveu alegrias dores superações obstáculos a verdade é que essa linha não é assim tão linear inúmeros fatores internos e externos influenciam o tempo todo nossas jornadas e as tornam únicas e complexas Mas e se pudéssemos ser responsáveis por um pequeno estímulo capaz de impactar de forma positiva uma vida inteira e se criássemos oportunidades de Minimizar vulnerabilidades e de alguma forma mudássemos uma trajetória acreditamos que sim isso é possível e por isso desde 2003 apoiamos projetos inspiradores com objetivo de incentivar
o protagonismo social acreditamos que podemos gerar Impacto hoje para que versões cada vez mais felizes dessas histórias possam ser escritas no futuro próximo Instituto CPFL energia que transforma realidades Boa noite estamos começando mais uma gravação do programa Café Filosófico CPFL queria agradecer todo mundo que veio hoje aqui em Campinas paraa gravação e agradecer também todo mundo que tá acompanhando a gente pelo YouTube já fazer o convite para você para você se inscrever no nosso canal para ter acesso a mais de 20 anos do programa e também para ver a nossa programação e d um D
um aviso aqui para vocês também que para seguir a gente nas redes sociais no tiktok no @ cafos CPFL você também vê cortes do programa A gente vai começar agora então a gravação do Café Filosófico CPFL [Música] [Música] [Música] começo de mês e começo de módulo o módulo gozai por nós a inteligência ial entre nós que tem curadoria e é o palestrante de hoje Alfredo simonet que vai falar sobre o tema a subjetividade artificial Simonete é médico psiquiatra e psicanalista Professor titular de Psicologia médica da faculdade de medicina São Camilo de São Paulo professor convidado
da PUC São Paulo para cursos de pós--graduação na área da saúde e coordenador do núcleo de estudos e pesquisas em psicologia hospitalar é coordenador da pós-graduação em psicanálise de saúde do Hospital Albert ein em São Paulo e autor dos livros manual de psicologia hospitalar e a cena hospitalar e pílulas e palavras palavras pela Editora artesã esse último é uma transcrição de um Café Filosófico CPFL além destes o nói laço da editora integrar e gozai por nós estudos da subjetividade artificial pela Editora Alpendre lançado este ano então por favor recebam com aplausos o nosso convidado da
noite Simonete seja muito bem-vindo ao Café Filosófico vou te passar a palavra bom café muito obrigado boa noite obrigado pela presença sejam bem-vindos bem-vindas para essa noite que vamos falar de subjetividade artificial vou começar explicando com história é essa né A tecnologia tem evoluído tanto que além de pensar e fazer coisas por nós ela está começando a fazer coisas que a gente não sabe direito sequer ela começa a escolher nossos caminhos escolher o antibiótico que o médico vai dar pra gente escolher a pessoa com quem a gente vai ficar mais que isso dizer para você
a pessoa por quem você vai se apaixonar e com muita porcentagem de acerto daqui a pouco nós que Já começamos os encontros pelos aplicativos né temos aplicativos de encontro Talvez daqui a pouco tenhamos os aplicativos de separação né mas eu não sei se a gente vai gostar muito deles assim porque daqui a pouco você vai ter um um programa que vai ter uma Dr por você né você vai se separar sem todo o sofrimento de uma Dr isso é claro do ponto de vista de quem quer se separar né né porque do ponto de vista
de quem está sendo separado a angústia não não tem economia né então é dessas coisas que a gente vai falar Será que nós queremos mesmo isso Será que nós vamos pedir isto paraa tecnologia né então vou conversar aqui sobre Quais são as tecnologias que já existem as que são reais e as que são ficção né e tratar bem dessa questão nós queremos pedir isso né Então como é que essa história começa a tecnologia pra gente sempre foi um meio de viver melhor a gente inventou tecnologia para viver bem desde o primeiro instrumento tecnológico né Não
sei se você já pensou qual foi o primeiro instrumento tecnológico do ser humano ele não sobreviveu porque ele não não era de Ferro nem de cobre ele era de madeira ou um galho de árvore que quando os hominídeos desceram das Árvores pegaram aquele galho começar a futucar para tirar coisa para comer para se defender dos bichos para derrubar uma fruta eh madura Esse foi o primeiro instrumento né Depois a gente foi inventando coisas para substituir os nossos músculos inventamos a roda domamos os cavalos tudo isso é tecnologia tecnologia não é só uma coisa saber domar
um cavalo é tecnologia né é um saber né então primeiro desenvolvemos Essas tecnologias que substituir os nossos músculos depois mais para frente a gente desenvolveu tecnologias que substituíram nossos sentidos né um óculos um telescópio um binóculo né na medicina um estetoscópio né então primeiro substitutos musculares depois substitutos sensoriais depois inventamos o computador para fazer conta para memorizar raciocinar por nós né o o próximo passo disso é quase Óbvio ou não primeiro uma substituição física muscular depois uma substituição sensorial depois uma substituição cognitiva racional qual vai ser o outro é evidente a vida emocional n então
nós começamos a ter hoje tecnologias que apontam nesse sentido não são muitas ainda não é mas temos que vão vivendo a vida no nosso lugar experimentando né quer dizer o A Experiência a vivência Então quando você tem uma tecnologia que começa a viver no seu lugar daí falamos então de subjetividade artificial Então esse é um conceito derivado da Inteligência Artificial porque a própria ideia da subjetividade artificial é um extremo do da Inteligência se você pensar assim que tem o reino da inteligência artificial no extremo desse reino começa um outro reino o da subjetividade artificial onde
seres de que não são feitos nem de carne nem de osso são feitos de luz e energia sobre tela começam a substituir a nossa vivência a nossa emoção né se tiver uma coisa que vai sub que vai ficar com raiva no meu lugar que vai ficar se tiver uma coisa que vai ficar triste e angustiado no meu lugar eu vou querer pense em você um dia morre alguém que é muito querido para você imagine que você tenha um brinco chip que basta você fazer assim e este chip aqui vai processar no seu lugar aquela angústia
e Aquela tristeza e mais no final vai te entregar o aprendizado que uma ador entrega porque se for só para evitar ador ISO não é isso isso chama-se fuga né mas nós estamos falando aqui de uma possibilidade de algo que vivenci que processe e que me entregue a sabedoria que um mau momento traz na vida voltando aquele exemplo do aplicativo que vai ter drr né a gente não gosta desse aprendizado mas ele às vezes acontece quando você se separa de alguém né se a gente usar esse aplicativo um WhatsApp se terminar um relacionamento por whatspp
Será que como é que vai ser isso O que é que eu perdi o que é que alguém que terminou um relacionamento desse jeito perdeu né se perdeu muito essa tecnologia não é boa a tecnologia da subjetividade artificial mesmo não vai roubar completamente a vivência vai modular né vai ser dessa ordem de uma modulação então toda vez que eu tiver uma tecnologia modulando as os meus pensamentos as minhas emoções o meu interior vou chamar de subjetividade artificial mas aqui importante que a gente separe o que é subjetividade artificial e subjetividade do artificial se eu falar
se eu quiser discutir com se um robô tem ou não inconsciente vocês acham que um uma máquina né sei lá um robô desses médicos que já começam a trabalhar nos hospitais Será que ele tem inconsciente uma inteligência artificial tem inconsciente essa discussão é muito legal muito interessante mas não é aqui não é disso que eu vou falar isso é inteligência a subjetividade do artificial o que eu quero discutir Hoje é a subjetividade humana modulada por alguma tecnologia E aí a gente chama de artificial Não no sentido de fake né no sentido de que ela é
moldada por algum aparato tecnológico tá então esse é o conceito Esse é um conceito novo um fenômeno que é novo Será que ele existe mesmo ou isso é mera invencionice dos intelectuais dos filósofos do Povo de ciências humanas que ficam pensando sobre a realidade conceit vamos ver estamos muito no começo eu evidentemente vocês devem perceber não devo achar que iso é invencion n Mas pode ser que alguém pense porque a gente tá limite né entre a realidade e a ficção Esse é um projeto que a gente vem desenvolvendo estudar subjetividade artificial e como é muito
difícil imaginar como el vai euo menos dific como que vai imag uma um que no meu lugar e eu vou fazer o que enquanto ele sente tristeza e eu mas que verbo eu vou usar ele vive por mim mas o verbo vive Tem coisa que a gente só faz em primeira pessoa nascer morrer sofrer sofrer daqui a pouco vai se essa história for verdadeira Tem coisas que a gente faz em primeira pessoa só pode ser feito em primeira pessoa que vai mudar então nós vamos precisar mudar a linguagem né precisa amos de novas palavras para
falar desse mundo esse mundo é muito parecido com ficção daí que nesse projeto né de desenvolver de estudar Isso né de genericamente chamado de gozar por nós estudos da subjetividade artificial a gente junta escritores e psicólogos escritores e e médicos juntamos a filosofia com a arte com a ciência se não fosse inventar muita palavra a gente poderia falar de ciência poética mas não precisa seria mais um um rótulo né mas não deixa de ser eu tô falando isso para preparar vocês que algumas das coisas que eu vou falar aqui são do mundo da ficção outras
são da realidade eu não vou dizer exatamente o que é o que talvez você fal assim ah isso aí é claramente que é ficção ou isso aí é claramente que é realidade vamos testar vamos ver porque o que eu estou afirmando é que esse limite está se esgarçando que a nossa capacidade de diferenciar vai diminuindo né bom então deixa eu fazer aqui também dois dois comentários sobre essa história de falar de subjetividade artificial de tecnologia eh nós nós da área de humanas que acho que a maioria de daqui deve ser isso temos um discurso sobre
a tecnologia um tipo discurso tipo denúncia é ou não é a gente tá denunciando reclamando avisando falou ó Isso não vai dar bem isso vai dar o ser humano vai ficar superficial o ser humano né a o nosso discurso sobre a tecnologia enquanto o pessoal de ciência se Encanta e fala das grandes vantagens da ia Nós tomamos como responsabilidade talvez tenhamos mesmo nós da humanidades de refletir sobre a questão ética sobre a questão então Eh o impacto disso na vida da gente né então a gente tem dois dois pontos Nos quais nós somos Mestres em
declarar emergência e que precisa tomar cuidado o impacto da tecnologia nas crianças e no amor nas crianças ficamos fal ó Isso não vai dar certo essas crianças vão ficar burras vão ficar isso vão ficar aquilo né Será vamos ver né e no amor o esporte Nacional internacional do pessoal de humanidade é falar mal do amor pós-moderno não é então nós somos muito bons nisso apontamos como as coisas vão mal que história é essa de acabar um relacionamento pelo WhatsApp é bom para quem acaba e o outro e a ética e a empatia e não vou
nem pensar no outro né Esse é um dos grandes problemas da dessa tecnologia que substitui o subjetivo a deslia a em relação ao outro e em relação a mim mesmo né mas enfim o que eu quero dizer que eu acho que esse primeiro momento de discurso de de alarme de denúncia nós já fizemos bem agora a gente precisa ir ao segundo momento qual é o segundo momento o entendimento estou aqui na trilogia lacaniana dos tempos um tempo de ver um tempo de conhecer e um tempo de fazer o tempo de ver Estamos indo muito bem
mas o tempo de conhecer não estamos porque às vezes a gente fica tão assustado com isso que a gente não se permite ver o positivo vou dar dois exemplos claramente nós na educação não estamos aproveitando nenhum terço do do Encanto que a inteligência virtual que as telas TM para na educação a gente não não tá aproveitando primeiro que a gente tá pensando em banir a tela e o celular das salas de aula né Quanto mais a aproveitar isso o pessoal da das empresas de economia dos negócios tá D mas isso é da natureza da empresa
e dos negócios está à frente né a nossa natureza é respirar Espera aí onde é que isso vai dar né mas o que eu tô querendo dizer é que para estudar a subjetividade artificial nós temos que e é o momento dois do tempo de entender também até porque o primeiro a gente já fez ótimo nós somos ótimos de denúncia de né dois exemplos onde a gente não viu o da escola e da pandemia nós fomos salvos na pandemia pela tecnologia e pelo virtual não fosse fazer Live trabalhar eh nós teríamos tido uma epidemia de depressão
e de ansiedade e não tivemos viu Posso afirmar isso tanto do ponto de vista teórico como de alguém que pratica isso e que fala e trabalha com muitos psicólogos não tivemos pelo contrário tivemos um uma valorização enorme da Psicologia a pandemia se uma coisa que a pandemia fez pros PSI valorizou no consultório no hospital n saímos valorizados da pandemia né Eh Que história é essa de falar em isolamento de quarentena você não ficou isolado isolamento onde você podia falar com sua mãe com seu filho que você podia namorar que você podia fazer sexo virtual que
você sabia que isolamento é esse isolamento mesmo deve ter sido o povo lá em 1914 na gripe espanhola aquele estavam isolados nós não ficamos então este é o o conceito né de a gente estudar a subjetividade artificial com uma certa quase assim ó em defesa de uma certa tecnologia ou dito de um jeito melhor em defesa de uma certa ambivalência na tecnologia então talvez a gente precise ter uma atitude um pouquinho ambivalente para poder conhecer antes de ver o que vai fazer né porque tem se uma máquina que vai sentir tristeza e angústia no meu
lugar seguramente eu vou querer mas uma outra que vai ter raiva Será que que eu quero às vezes não porque tem um gostinho de sentir raiva é ou não é tem uma um prazer Zinho né de sentir raiva amar então eu não vou querer que ame no meu lugar vou querer amar então essa esse estudo da subjetividade artificial comunga ou procura ser um pouquinho pelo menos nesse discurso do entendimento O que significa uma certa ambivalência né até porque em termos de ser humanos ambivalência não dá para escapar você pode espernear mas não vai escapar da
ambivalência ela é nossa assim mas estamos muito calcados no discurso da denúncia bom não vou ficar muito nisso como se a gente tivesse que ser não sei o que que vocês vão achar dessa metáfora essa ambivalência assim nos coloca no lugar do Hamlet pós-moderno né o Hamlet pós-moderno é alguém que pega o celular assim e fala assim ligo ou não ligo tocoa ou não tocoa né esse é o ser ou não ser o Hamlet era uma caveira Nera hoje nós fazemos assim você bota você fala assim não mas eu já Via 2 minutos atrás não
tinha nada por que que eu vou apertar isso de novo Agora não vou não vou somos o Hamlet mais moderno né com várias tecnologias nós olhamos pra tecnologia né Não só no celular eu tenho muita experiência né eu vivo muito isso com os remédios psiquiátricos Então em vez de botar o celular na mão se botar o remédio toma ou não toma né então nós estamos olhando para tecnologia eu acho que TZ pelo menos moment TZ seja interessante a gente assumir esse momento Hamlet Bom agora vou dar alguns exemplos não vou comear com o modelo para
estudar Isso a gente precisa de um modelo teórico Então o que eu vou falar aqui chama-se é paradigma Dorian Grey Dorian Grey foi um sujeito Um nobre eh italiano inglês muito rico bonito que não envelhecia todo mundo olhava Car que cara bonito sempre bonito e interessante inteligente e ficou V começou a ser um mistério ele mesmo falava assim nossa mas eu que acontece comigo né aí um ele tinha ele era muito amante das Artes né ele tinha amigos artistas pintores músicos e um amigo fez um retrato inteiro dele e ele guardou lá no porão anos
depois desse mistério pessoas envelheciam morriam e O doran Gre tava lá hé ele desceu um dia no porão no porão aí puxou assim O véu que que que cobra aquelas coisas no porão e ele se depara com uma figura angustiada velha quem era o retrato dele né então O Retrato de Dorian Grey que envelhece no lugar dele que se angustia no lugar dele esse é o paradigma que a gente pode usar para pensar se uma tecnologia é ou não subjetividade artificial quanto mais uma tecnologia se parecer e ocupar esse espaço né na existencial mas ela
seria subjetividade artificial então podemos usar esse modelo essa história de Dorian Grey eh é ficção essa parte Claro é uma obra do de um escritor chamado Oscar White né é um livro belíssimo de ler pequenininho viu pros nossos tempos pras moderno fácil de ler Então esse é um esse é o modelo vamos chamar modelo Dorian Grey quando eu fu olhar de subjetividade artificial será que um celular por exemplo ocupa esse lugar ele me defende de algumas coisas eu posso bloquear pessoas pessoas né então vai ser sempre essa análise que a gente vai usar o modelo
mais ideal seria do Retrato de Dorian Grey Porque notem que o Dorian Grey também se questionou sobre isso ele também estranhou ele não foi embora vivendo e né tipo e for foi feliz para sempre ele próprio se questionou então n Esse é para mim esse é o paradigma que a gente pode usar agora um exemplo o exemplo zero de de subjetividade artificial é o remédio psiquiátrico já existe um remédio que faz uma subjetividade artificial especialmente os antidepressivos os remédios mais iniciais os antipsicóticos não fazem uma subjetividade artificial porque eles prendem né os antipsicóticos deixavam as
pessas os verdadeiros zumbis mas os antidepressivos você se eu pedir para um de vocês levantar e olhar aqui na sala e dizer quem toma você não vai acertar antigamente Se eu dissesse ah levante aqui olhe Verê quem toma remédio para Psicose paraa esquizofrenia é possível acertar antidepressivo você não acerta porque ele não não modifica tão grosseiramente a modulação que esta química faz é da ordem bem subjetiva mesmo é assim ele tira o desespero quem toma antidepressivo F assim ah perdi o emprego você me demitiu você não gosta mais de mim não é que a pessoa
não sente que ela não virou um zumbi ela não virou um robô ela está modulando aquilo Então esse é o exemplo número zero de como uma tecnologia modifica a subje idade humana e olha aqui ess Esse aspecto quem toma antidepressivo sonha diferente as pessoas que tomam antidepressivos sonham de um outro jeito e aí daqui a pouco vão inventar o chip que já já imaginou a beleza de uma máquina de filmar sonho eu escuto essa história há muitos anos de um cara que disse para mim um dia o que que você vai fazer fal assim tem
um projeto logo que eu me formei faz muitos anos o que que você vai fazer F eu vou inventar uma máquina de film sonhos não tinha Iá nessa época não tô falando de uns 30 anos atrás eu fic Pando se eu encontro essa criatura hoje vou perguntar para ele o que que ele se ele desenvolveu mas vamos falar do sonho né concordem que isso é de fato uma subjetividade artificial uma substância química uma tecnologia portanto não é virtual não é uma ia né Mas é uma tecnologia que modifica algo tão íntimo quanto os sonhos e
aí duas perguntas os psiquiatras levam isso Ema que estão dando remédio que muda o conteúdo dos Sonhos dos seus pacientes e os psicanalistas Nós psicanalistas levamos em conta isso quando vamos analisar o sonho dos nossos pacientes Será que vale todo o arcabo teórico e técnico que o Freud propôs de de recalque de conteúdo para analisar será que um psicanalista F assim esse sonho que essa pessoa tá vivendo tem a ver com o remédio e ele Analisa do mesmo jeito ou ele fala assim será que vou responder pelos dois porque eu sou os dois sou psiquiatra
sou psicanalista né dependendo quando eu falo assim nós você não sabe direito de quem que eu tô falando né fica uma coisa meio esquizofrênica n mas eu agora vou falar o nós psiquiatra tá depois eu vou falar o nó analist vou responder né o psiquiatra Não se preocupa com o conteúdo nós psiquiatr nos preocupamos com a quantidade do sonho com o efeito do sonho no sono se ele produz ou não um sono e reparador E se ele se o paciente sonha muito ou pouco porque às vezes nós temos que trocar o remédio porque o paciente
fal assim não aguento isso né mas raramente um psiquiatra pergun mas o que exatamente você sonhou o máximo que nós vamos é o seguinte como é este sonho aí a paciente começa a falar Ah porque eu Son isso assim é um pesadelo Não essa é a primeira informação de que o sonho do paciente com antidepressivo é diferente mas não é um pesadelo é um sonho muito vívido é aí que que nós psiquiatras ficamos né agora nós psicanalistas bom a maioria não pergunta e não e não sabe nem essa informação de que o som que o
antidepressivo de fato modifica a quantidade e o conteúdo dos sonhos quantidade aumenta muito conteúdo é um sonho esquisito essa é a palavra que os pacientes usam não é um pesadelo é um sonho esquisito tá então esse é um exemplo Esse é o exemplo zero de uma tecnologia ficando a subjetividade uma subjetividade e o modelo é o do do dorang grei tá esta é realidade certo o Dori angr era ficção estea é a realidade e este agora foi feito um experimento no Reino Unido para saber sobre o amor né Eh queria saber se casais que estavam
juntos se dali aá 5 anos eles iam estar juntos ou não Então como era o experimento o casal passava por quatro sessões com um psicólogo e o psicólogo podia fazer o que quisesse nessas quatro sessões com o casal e ao mesmo tempo eles respondiam 80 perguntas que uma inteligência artificial propôs depois disso a inteligência artificial e os psicólogos diziam daqui a 5 anos esse casal vai estar junto daqui a c anos esse não quem acertou mais quem hum não nós psicólogos ainda vencemos por 3% isso foi há 10 anos se fosse hoje acho que a
gente já ia perder e você tinha razão que aá ia ganhar por A Iá já joga xadrez melhor que a gente né E isto não é ficção vocês acharam que era não é isso é real esse experimento Foi Real uma inteligência artificial foi capaz de avaliar algo tão subjetivo quanto um um o relação de um casal e acertar quase igual a nós psicólogos é muita coisa né bom para analisar as tecnologias também é interessante a gente pensar o seguinte toda a tecnologia tem eh duas funções uma função de uso e uma função de gozo né
função de uso é a utilidade que uma tecnologia tem e função de goso é o prazer que ela dá tá então avião um avião tem uma utilidade ele encurta distâncias mas muitas vezes tem gente que gosta de voar pelo Puro Prazer de voar não é memória Se a gente fosse falar não é só a tecnologia função de uso e função de gozo é uma maneira de analisar as coisas baseada na teoria psicanalítica do Freud das pulsões aqui eu só tô dando nomes um pouco mais pragmáticos de falar de função de uso função de gozo que
parece mais adequado pra gente analisar né as tecnologias a memória a memória tem uma função de uso né e começou porque foi agradável pro foi importante o homem lembrar o Caminho do Lago onde tinha peixe né mas um dia o cara foi lembrou o caminho do peixo aí tá lá de noite na caverna e ele começa lembrar do caminho mas para quê Ele já pegou o peixe e aí certas funções psíquicas que tem uma utilidade prática começaram a ser vivenciadas pelo Puro Prazer Deu no que deu nostalgia uma doença do ser humano mas uma doença
que às vezes a gente né porque o ser humano não não vive apenas a gente vive várias vezes você se recorda do que você viveu de bom L nós temos essa característica né mas enfim aqui eu quero mostrar essa ideia da função de uso e da função de gozo para a tecnologia Olha só talvez a gente não esteja aproveitando você fala assim ah o celular começou como uma função de uso melhorava a comunicação o celular começou na guerra né para pras pras pras tropas se comunicarem tinha uma praticidade tinha um valor prático né mas hoje
em dia quanto tempo a gente gasta no celular por Puro Prazer essa história de por necessidade e prazer para mim é um dia a gente tinha ido almoçar e aí voltando de casa meu filho chegou em casa e começou a pegar uma comer uma bolacha voltando do restaurante aí eu falei assim mas você vai comer uma bulacha depois do você não tá com fome ele virou para mim e falou assim e quem te disse que é por fome né quer dizer assim fazemos muitas coisas que não são por fome por Puro Prazer sexo função de
uso e função de gozo né o sexo Tem uma função de uso é assim que a os animais sexuados procriam mas sabemos de toda essa discussão o sexo só pelo prazer hoje em dia isso é normal mas historicamente vocês sabem tudo isso que já gerou de discussão se era legítimo né em algumas religiões ainda consideram que não que o sexo não deveria ter função de gozo só função de uso né então na escola talvez a gente esteja a gente reclama que os alunos têm muita função de gozo com os os celulares né ficam só lá
divertindo jogando jogando a gente não está conseguindo transformar essa função de gozo em função de uso né os economistas sabem disso Olha tem um ramo da economia que chama economia de Tentação não sei se vocês sabem né um pessoal que estuda eh aliás duas duas coisas de de de Ramos de ciência a economia é isso tem um pessoal que estuda uma economia de tentação que é a economia das da dos produtos que não servem para nada que é por puro gosto por Puro Prazer por puro impulso qual é o grande modelo da economia de Tentação
drogas né e da das falando mais aqui da gente da subjetividade artificial ah quando eu falo a palavra neurociência você provavelmente pensa em algo cognitivo em neuropsicologia em memória em atenção né em recuperar eh Alzheimer em né Tem um ramo da neurociência que chama neurociência afetiva que estuda as possibilidades de aparatos tecnológicos para modular sentimentos aí eu perguntei pro Neurologia Eu fui tava conversando com um deles sobre isso assim quer dizer o quê que daqui a pouco a gente tem um chip que eu posso fazer um chip para pessoa me amar ele falou assim não
é sem sentido ele isso não existe ainda tá mas não é sem sentido do ponto de ele é um neurologista que nunca ouviu falar de filosofia sério eu fui falar ah um programa Café Filosófico hein mas é meu amigo um cara legal inteligentíssimo né mas que quando e que ele estuda neurociência afetiva você vê onde nós estamos chegando tá bom então além da função de uso da de gozo tem uma outra categoria que vai ajudar a gente a entender essa história a subjetividade virou o sujeito né a gente mal se acostumou com usar a tecnologia
para se comunicar com o outro né começamos com a carta com Telégrafo com telefone com celular com vídeo a gente a gente mal tá se acostumando né nesse usar a tecnologia como um meio aí Estamos descobrindo constrangidos e tímidos que eu estou me relacionando com a tecnologia não estou só me relacionando através da tecnologia com o outro eu começo a me relacionar com a tecnologia eu faço perguntas eu respondo paraa tecnologia eu faço perguntas e escuto as orientações não é eu fico com raiva do sistema do banco porque eu vou lá e eu Car ah
caiu o sistema não tem nada a ver comigo o sistema caiu E aí eu posso ficar puto com o sistema ou nós essa ideia de que a tecnologia está virando um sujeito será será que isso é verdade vamos ver bom eh O que é um sujeito né talvez a tecnologia não esteja completamente virando um sujeito mas ela Ocupa um lugar de sujeito para outro sujeito essa frase é uma paráfrase da do conceito lacaniano de sujeito que muitos vocês conhecem que sujeito é o que um significante representa para outro significante aí Aqui estamos dizendo que a
tecnologia representa para um ocupa para um sujeito um lugar de sujeito o que que é um lugar do sujeito é o lugar do outro um outro a quem eu endereço né sentimentos pergun demanda Mas será que este ser virtual né tecnologia um ser virtual um chip um sistema tal primeiro aquela questão Será que eu sei se eu tô falando com um sujeito uma tecnologia ou um ser humano essa pergunta é obsoleta ingênua você não sabe mais se eu mostrar aqui para vocês o prefácio que nós escrevemos um livro sobre isso eu pedi dois o livro
tem dois fácil um escrito por um professor e outro escrito pelo chat GPT é claro eu tô falando de subjetividade artificial tecnologia tinha que fazer uma certa metalinguagem tecnológica né então botei nós vamos fazer Vocês também vão ver aqui né Eh se eu mostrar os dois prefácios você não é eu já fiz esse teste você não vai ser capaz de dizer qual foi que o chat GPT ou o professor eu vou assim para mim para mim foi muito interessante ver os dois né para começar aconteceu aquilo que é esperado quando você pede um um um
prefácio para um amigo geralmente o amigo vai elogiar seu livro né assim vai ele comenta tal foi assim com o nosso livro O professor lá ah esse livro tem isso tem aquilo o chat GPT meteu falou e uma coisa que eu sabia mas é verdade ele falou assim olha esse é um tema muito complexo tinha que ter mais exemplos eu sab disso mas não deu tempo de ficar trabalhando no livro vamos publicar assim tava faltando mais exemplos né Então essa essa ideia de se você é capaz de identificar se o ser virtual é ou não
humano isso é bobagem ingenuidade isso chamava teste de touring que era lá no começo do século quando começaram os autônomos essa era a questão se se o Se o se o autômato lá se se a figura era capaz de mostrar para você e te convencer não a pergunta era assim botava lá um um um boneco jogando xadrez Aí perguntava é é um boneco ou é o ser humano Quando a pessoa não era capaz de dizer se era um boneco ou era um ser humano a gente dizia historicamente que passou no teste de touring o teste
de touring agora mudou porque isso eu tô dizendo não tem mais diferença é a questão do outro é se você é capaz de fazer transferência com um ser virtual Se você começar a transferir para um ser virtual Aí sim ele virou um sujeito né mas nesse caminho de que o de que a tecnologia é um sujeito pensa assim ó eh esse sujeito ele não tem um corpo ele é só luz ou é só uma informação né mas Será que precisa mesmo de um corpo para ser sujeito Esse é uma coisa interessante da psicanálise na pandemia
né atendemos durante 2 anos sem a presença física e o que é que aconteceu né Essa é uma resposta que nós nós psicanalistas estamos devendo nós estamos devendo o relatório da pandemia de do anos milhares e milhares de Horas de atendimento psicanalítico feito fora do enquadre com outro com várias mudanças nós estamos devendo Mas isso é quase um não tema nós não gostamos muito de falar disso bom mas voltando aqui então essa são dois conceitos para trabalhar a subjetividade artificial a ideia da função de uso e da função de de gozo e a ideia de
que a tecnologia virou um sujeito né E às vezes parece que é novidade tudo isso que a gente tá falando né mas Freud já em 1919 escreveu um texto chamado o estranho que que eu quero dizer com isso a gente quando tá diante de um ser virtual a gente sente uma coisa meio estranha não mas isso aqui é estranho mas ao mesmo tempo você fala assim não mas ISO parece familiar que é o estranho familiar né então isso traz uma questão do duplo né nós começamos porque esse outro virtual pode ser um outro outro né
pode ser eu sei se eu estou eh essa pessoa com quem eu tô falando se ela é de carne osso ou se ela é virtual mas e a ideia de que eu posso falar com um outro que é a minha cópia que é o meu o meu avatar Então vamos escutar uma história de duplo um casal de arquitetos Rodrigo e Beatriz ela com a doença de alzheimer que rapidamente consumiu sua memória e devastou sua personalidade Beatriz passava a maior parte do tempo sentada na poltrona olhando para os próprios pés uma empresa de tecnologia a Double
Tech criou um tratamento baseado na ideia do duplo um holograma com aparência Idêntica à paciente programado com um banco de dados com todas as informações sobre sua vida a convivência com seu duplo faria a pessoa reativar suas memórias viva com você dizia o slogam da empresa agora Bia o holograma era o duplo vivendo os dias de Beatriz dançando Alegre circulando pela casa já não era mais uma visita era a nova moradora a Estranha familiar enquanto Beatriz assistia a própria vida como se não tivesse nada a ver com que via Rodrigo agora só tinha olhos a
Beatriz que habitava em Bia e que era de luz que tinha memórias e que não estava na cadeira de rodas como posso sentir saudade de uma pessoa presente ele se questionava ele queria ouvi-la contar sobre aquela viagem para o Chile sobre o dia em que se conheceram sobre como ela gostava de bolo de laranja queria vê-la mover o ombro daquele jeito encantador que ele simplesmente ficava derrubado e Bia lhe deu tudo isso e e Bia era bela como Beatriz então foi inevitável o Encantamento com Bia e o afastamento de Beatriz e sua figura eternamente a
olhar para os próprios pés o tratamento não funcionou Beatriz só piorava e Rodrigo pensou em devolver o holograma Mas impulsivamente resolveu que era hora de colocar Beatriz numa clínica e seguir a vida com Bia entre ficar com o corpo sem memória ou uma memória sem corpo ele escolheu uma memória sem corpo certo dia Rodrigo foi ao shopping com Bia queria mostrar o prédio que um dia eles tinham projetado juntos enquanto desciam uma escada rolante Chegou uma mensagem da Double tch o cliente descumpriu a cláusula de uso exclusivamente doméstico o holograma será desativado no último degrau
da escada rolante Bia desapareceu no ar quando o arquiteto ou fora da escada era um homem solitário caminhando naquele Belo piso de mármore que ele mesmo havia criado essa Por enquanto ainda é uma história de ficção um conto né escrito por uma psicanalista de São Paulo Eli Borela que faz parte do livro do gozai por nós e que mostra pra gente essa coisa do duplo né o Freud falava desse sentimento de estranheza familiar eu acho que isso é muito pertinente mesmo a gente estranha certas coisas na tecnologia mas lá no fundo você então a gente
tem essa ambivalência né a diferença tem uma tem uma questão importante nessa história de se é ou não o outro porque seres humanos sempre se apaixonaram por coisas não é novidade né nos apaixonamos por uma árvore por animais por canetas por né Eh o amor que devotamos aos objetos o Caetano tem um verso não me recorda o amor que devotamos aos maços de cigarros e alguma coisa assim né então isso não é novidade O que é novidade é que essa coisa pela qual os seres humanos se apaixonam está ficando muito parecido com a pessoa mesmo
ela responde ela interage mas toda vez que eu falo isso né quando eu estou numa posição de defender que o que o a tecnologia virou um sujeito aí me lembram que esse sujeito tem uma grande diferença dos sujeitos dos outros sujeitos qual não é um sujeito desejante e que isso Faria toda a diferença do mundo Será né esse é o ponto em que estamos nessa discussão de se a tecnologia virou um sujeito e essa história do Rodrigo que que você faria você ia ficar com uma mulher sem memória que estava num né numa cadeira de
rodas ou com uma memória sem corpo que era a Bia né é como eu disse essa aqui é é ainda ficção mas segundo o meu amigo neurologista quando eu contei isso para ele ele falou assim por pouco tempo porque do mesmo jeito que você tem os marca-passos os hologramas que isso vai evoluir muito muito rapidamente e aí isso nos leva também nesse caso do Rodrigo a pensar na influência da tecnologia e da inteligência artificial no amor né quando a gente pesquisa essa questão do amor uma coisa que foi ficando Claro claro não né foi ficando
menos nublado é que a tecnologia aproxima os que estão distante E afasta os que estão próximos né quanta se encontrou através da da tecnologia mas quant os casais ficam como Aquela figura que que a gente mostrou antes né do como essa figura aí né É capaz até de um tá mandando mensagem pro outro né Não eu já me peguei em vez de falar eu mando eu tô na mesa da sala Ela tá no sofá isso é aproximação ou distanciamento né Di Ass história daquele pai que separado que convidou levou a filha para jantar aniversário da
filha aí a filha falou assim pai a gente vai na pizzaria vai posso levar minha amiga pode aí chegou lá o pai sentado a filha e a amiga e o pai querendo conversar tal e as meninas cada uma só nem falavam uma com a outra né e o pai falou assim tá vendo mas é isso aqui vocês não se comunicam nem comunicam nem vocês não sei que aí reclamando Reclamando a menina falou assim pai para você não tá entendendo nada nós estamos falando com a Teresa que não veio estamos nós três aqui nos comunicando né
quer dizer então dentro daquela ideia de ter um discurso menos eh de denúncia e mais de compreensão eu acho que esse é um um campo que falta a gente entender um pouco melhor o papel da tecnologia no amor nós temos uma vontade porque nós nos apaixonamos por B Quando descreveu que o amor ficou líquido né E nós só enxergamos quase coisa ruim no amor pós-moderno ninguém se você ameaçar falar bem do Amor pós-moderno você tá fora de Tom não é nós conhecemos alguns de vocês conhecem a história de um psicanalista famoso Paulista que ousou dizer
que desejaria terminar as relações por WhatsApp né causou um rebuliço né mas assim então o que eu quero dizer assim ó por exemplo tá faltando a gente estudar se só um exemplo não é que tá faltando isso tô querendo dizer como é que seria esse momento dois sair do tempo de denúncia para um tempo de entender Talvez seja mesmo Talvez o nosso amor moderno seja um fracasso né uma superficialidade co ou não eh lembra alguns de vocês lembram quem não lembra já deve ter ouvido falar sobre os hiips sobre a cultura hiip dos anos 60
né do paz e amor e do amor livre os hiips propunham um amor livre sem compromisso que né O que aconteceu o amor livre ficou líquido Talvez esse fosse uma boa ideia a gente comparar Qual é a diferença entre o amor livre dos hiips e o amor líquido do balman mas nem tem muito espaço para falar isso só de falar isso né porque nós temos má vontade com o amor pós-moderno mas só a título de provocação se o Bal mantiver certo e tudo foi uma decadência n relações amorosas né que as nossas relações amorosas hoje
são mais superficiais mais descompromissadas significa o seguinte você acha que o seu amor é mais superficial do que o da sua avó o seu amor é mais descompromissado nem vou ousar responder essa pergunta mas só pense nisso a sua vida amorosa é mais pobre do que da sua avó bom então aqui agora vamos passar para um Último Ponto da nossa conversa que é a ideia quando eu comecei a palestra eu falei assim será que a gente quer isso né essa pergunta é capciosa porque se você disser que não quer a pergunta em seguida é E
quem disse que é você que controla Será que nós temos força para controlar a tecnologia como a gente pensa assim ah não o homem fez a tecnologia então eu posso desfazer Você conhece na história alguma sociedade Que desistiu da roda do arco flecha a ideia de que a tecnologia é um é uma coisa que o homem fez e portanto pode desfazer é enganosa historicamente antropologicamente Nós podemos ser só uma da uma das peças nessa engrenagem Nós não somos os autores e que Ah então agora eu vou né E aí tem esse grande fantasma de uma
tecnologia que começa a ser autônoma né não sei se vocês acompanharam um um uma inteligência artificial japonesa que se auto programou isso tem uns 20 dias s o maior escândalo né que é o seguinte bom para começar eu achei que a notícia era fake assim Inteligência Artificial japonesa muda o seu próprio programa e faz coisas eu falei fake aí eu fui investigar melhor sabe como era o nome da empresa japonesa que fez isso o nome da Inteligência Artificial era Sacana e a com k s a aí eu comecei a ligar PR os meus os meus
orientadores e os meus jovens alunos de né de meu sobrinho que trabalha com informática falei escuta eu quero falar disso numa palestra vou passar chame ISS é fake aí ele foi lá pesquisou falou ass é não tio chama sacana mesmo e aí ele me explicou o que aconteceu segundo ele Fi assim não é nada demais Isso só aconteceu porque foi um erro Olha a explicação que ele deu falou assim era é uma inteligência artificial que tinha que resolver um problema em 60 minutos tava lá um problema sei lá de logística de distribu qualquer coisa em
60 minutos a inteligência artificial tinha que dar uma solução ela não conseguia não conseguia não conseguia não conseguia não conseguia sabe o que que a inteligência artificial fez mudou o programa para 90 minutos ela sozinha aí eu falei assim mas isso é autonomia el falei assim não isso é porque os programadores Erraram e subiram pro processamento o código fonte eu falei bom mas se é um erro pode acontecer outra vez né quer dizer assim então eh a impressão que eu tenho é com essa ideia de Será que a gente pode controlar Será que a gente
quer né Eu acho que a tecnologia tá hoje em dia para nós humanos é aquele filho adolescente que começa a fazer coisa que você não queria aí você acho que os japoneses lá olharam pra tecnologia e falaram assim eu não te programei para isso que nemum pai fala pro filho eu não te criei para isso e eu imagino que a tecnologia deve ter olhado pros programadores que os adolescentes assim é né então será que nós vamos ter este controle de um processo histórico que pode ser transhumano esse processo é mais do que um um desejo
que a gente realizou né porque nós temos agora então se se eu não controlo o que é que vai acontecer Talvez também não seja nenhum fim de mundo pelo seguinte porque a gente sempre acha deixa eu ver a hora a gente sempre achou que o o domínio da tecnologia sobre o homem viria de fora como se fosse o planeta dos macacos sendo dominados pelos robôs nós estamos descobrindo apavorados que ele virá de dentro é porque ó a relação do ser humano com a tecnologia tem quatro fases primeira fase a tecnologia é um instrumento como aquele
G de árvore que Eu mencionei depois a tecnologia é um meio como celular ou como computador né depois a tecnologia é um outro com quem eu me relaciono e a a próxima fase a quarta que a gente está entrando só muito de leve é quando a tecnologia embarcada no ser humano é porque nós teremos um chip me modificando né num conto aí seria assim quando o bebê nasce ele toma mamadeira com leite com pó de chipe tem um chip assim que desde pequeno já vai Aqueles pequenos pozinhos de silício e que vai então vai ser
algo dessa ordem eu penso que a quarta fase nós vamos ser vamos ter um no meu íntimo algo tecnológico que faz algo por mim e que se confunde que se mistura que eu já não separo mais o eu do não eu né então é de uma tecnologia de uma subjetividade que é e não é minha n mas a então a a essa história da subjetividade exal tem isso né assim de que ao mesmo tempo que é que é que é pavorosa como eu tô aqui terminando com esse meio conto de terror mas ao mesmo tempo
ela é um encantadora é um encantamento né Nós somos Encantados e apavorados né dizem né que a a a tecnologia é maravilhosa você só tem que aguentar vou parar por aqui para passar para vocês a palavra muito obrigado tá [Aplausos] bom sim vou te agradecer por essa primeira parte do Café Filosófico agora a gente vai pra segunda parte que parte do onde vocês podem fazer pergunta pro Simonete Quem tá aqui em Campinas tem um papelzinho em cima das Mesas É só escrever a pergunta ali caso queira fazer pergunta diretamente só chamar alguém da produção e
a gente começa já já a fazer as perguntas Aqui quem tá acompanhando a gente pelo YouTube reforço aqui o convite para vocês se inscreverem no nosso canal para terem acesso aí a mais de 20 anos de Café Filosófico e da nossa programação também e para fazer pergunta só escrever no chat como fez alguém aqui que eu acho que você conhece vamos começar essa esse encurtamento né da que a tecnologia nos permite muita gente tá acompanhando o Café Filosófico aqui pelo YouTube é alguém que ela escreveu com muitos coraçõezinhos e ela se chama Paula Simonete então
e a pergunta é a tecnologia virou um vício em todo lugar que vamos vemos pessoas de olho na tela de um celular a pergunta da Paula é futuramente qual o tratamento ideal para se livrar desse vício eh todo vício é tratado com um primeiro movimento de abstinência né então de interrupção do uso né então eu acho que a gente vai demorar ainda para tratar desse vício porque nós temos muitos muitos ganhos com esse vício né E aqui entre nós né Eh a Paula tá falando de vício e vamos ter que diferenciar o uso de vício
tem gente que usa muito tem gente que é viciado para ser vício tem que ter três características qualquer vício tá internet jogo cocaína aposta amor quando a gente tá viciado no outro qualquer tem que ter uma incapacidade de de parar a pessoa tenta parar e não consegue dois a atividade passa a ser um Ponto Central na sua vida você organiza tudo em função daquilo e três você precisa de doses cada vez mais altas da coisa para fazer o mesmo efeito então muito o eu acho Paula que a gente usa exageradamente a ideia do vício internet
n nós temos vícios sim são pessoas adolescentes com vícios dos jogos no pra maioria das pessoas não é um vício é uma fuga que é diferente da ansiedade né e o melhor tratamento para ansiedade eu aprendi na Índia com um mestre indiano chamado oxo quando estive por lá ele falava assim quer tratar ansiedade então Pratique o stop stop é assim quando você percebe fazendo muito uma coisa comendo fumando falando transando comprando assim simplesmente pare aí você vai parar de fazer aquilo aí vai vir a coisa da qual você tá fugindo aí você descobre se você
tem continu continuar fugindo você já pode enfrentar aqui oxo fala com Freud né porque toda a psicanálise não é isso olhar se ainda é preciso recalcar será que eu ainda preciso fugir disso então assim para o vício ou para a fuga Stop pare um pouco e ag você vai ver do que é que você tá fugindo aí você pensa não isso aqui é terrível demais eu não aguento vou continuar fugindo mas pelo menos uma fuga consciente n ou você percebe que não precisa mais fugir tanto vai agora com uma pergunta de uma colega em vídeo
vamos para ela boa noite antes de mais nada eu gostaria de agradecer ao Dr Alfredo sim p convite para escrever um texto para esse livro eh cujo projeto é de uma importância e de uma atualidade que Dispensa comentários a minha pergunta eh deriva do próprio título do meu artigo no livro chamado cri outro é esse sabemos não Alfredo da importância crucial que a psicanálise atribui ao outro no processo de Constituição subjetiva do sujeito né e parece que a questão que nos põe aqui é a natureza desse outro desse outro atual n é do do projeto
tecnológico cujas eh cujos algoritmos e cujo contexto de manipulações com todas as vias me parece que difere bastante eh e de outros e que já constituíram sujeitos em outros tempos fica bom o luí tá perguntando que outro é esse né eu tava falando que a tecnologia virou um outro então tá bom vamos tentar entender né tentro da aquela ideia do discurso do entendimento este outro o outro virtual tem uma tem várias características a primeira dela delas esse outro tem baixa fisicalidade ele não tem corpo físico ele é um ser de luz sobre tela na verdade
de energia percorrendo circuitos que é o coração do ser virtual é o chip Por enquanto né e a a presença deles se darem luz sobre tela tá então esse é um é um limite quando a gente conseguir ultrapassar este limite da Baixa fisicalidade muita coisa vai mudar por exemplo e se comunicar com alguém assistir palestra falar você tem a imagem e o som não é você tem a comunicação você tem a voz o que é que você não tem toque e alfato né quando a tecnologia For Capaz de Despertar a experiência tátil e outiva nós
daremos um salto nessa neste outro por enquanto isso falando com os meus amigos neurologistas está longe né dessa experiência tátil e olfativa não tem nada parecido ainda e nem que aponte que teremos mas este é né mas o fato Então desse outro que O Luiz pergunta Quem é esse outro então é um ser de luz sem nenhum né ele não ter corpo como eu tava dizendo faz muita diferença né porque na P Como eu disse nós da psicanálise precisamos responder isto né Que diferença fez ter a presença física ou não outra coisa que eu diria
pro luí que este outro no outro virtual é um outro Imaginário tá certo então Ó você tá se comunicando com alguém você está aqui recebe uma mensagem de um rapaz que está na na Ucrânia na guerra e ele se mostra mostra uma foto dele encantador vocês começam a conversar ele fala que ele precisa vir pro Brasil mas ele não tem dinheiro e te pede 00 né E se você tá falando e o povo aqui tá dizendo que é golpe E se for verdade você vai abandonar alguém lá e tal né mas você não sabe você
não tem a presença física é uma é uma foto em cima daquela foto daquele vídeo você imagina o outro certo então esse outro Luiz é um outro Imaginário Ah bom tá vendo Então essa é uma super diferença com o outro real será quando você se relaciona com um outro real e aí acontece alguma coisa você vira pra pessoa fala assim eu nunca imaginei que você fosse fazer isso comigo é você que não imaginou eu sempre fui assim você nunca me viu o que que o lac ensinou pra gente que o encontro nunca é entre dois
reais não há um encontro você não se encontra com o outro você se encontra com o Imaginário que você tem do outro é ou não é é por isso que o amor a gente sofre tanto porque você cria uma imagem do outro que o outro preenche Durante algum tempo ou que você enxerga Durante algum tempo que a a a imagem fica única durante um tempo chama paixão o fim da paixão é quando você tem visão binocular né Aí você enxerga que tem um que você imaginou e que o outro e quanto mais essa distância vai
mais você sofre mais você fica bravo mais você então se o outro é sempre um outro Imaginário seria bom o Luiz estar aqui pra gente debater posso debater com vocês se o outro é sempre um outro Imaginário Que diferença faz se é um Imaginário já que que é virtual mesmo na verdade talvez a história do Divan Por que que o Divan funciona na psicanálise porque você permite ou facilita que o paciente entre no mundo do Imaginário dele inclusive em relação ao analista que ele desenvolve Por que que o analista é tão neutro não conta quem
é Quantos filhos tem quant por quê Porque o que nos interessa não é o o que o analisando pensa da pessoa do analista real é o que ele pensa dessa quem é essa pessoa que ele construiu então assim o o outro é sempre virtual Então esse outro é sim tem valor de outro o ser virtual desde que você faça a transferência E desde que esse outro Comece então os dois limites desse outro L para ele ser um verdadeiro outro é se a pessoa faz transferência E se ele é um sujeito desejante por enquanto transferência eu
acho que a gente já anda fazendo E ser desejante me ocorreu aqui agora não tinha pensado nisso que é que é a grande questão lacaniana de perguntar de cada sujeito perguntar pro outro o que quer de mim né que é sempre o Imaginário essa coisa não sei se o outro quer isso mesmo mas eu imagino que ele quer isso então parece que este outro que o outro virtual vai existir olha aqui ó já tem pessoa física pessoa jurídica daqui pra frente tem pessoa virtual você tem TR pessas daqui PR frente inescapavelmente temos uma pergunta do
público agora pode se apresentar e fazer a pergunta eh Boa noite meu nome é Renata Piras Eu agradeço muito a palestra Renata Ah eu eu tem alguns pontos que eu gostaria de alinhar aqui você Dr Alfredo disse que tem as tecnologias sensoriais que foram telescópio binóculos os cálculos matemáticos até Talvez as emoções poderem ser eh digamos utilizadas né e e dentro da da da Inteligência Artificial eh e a questão é sobre a tecnologia que virou sujeito né então assim teve aqui uma história de uma eh de um casal né o do duplo né A Bia
e do Rodrigo que foi um exemplo né e eu me questiono eh esse mundo artificial versus a realidade né especialmente aquilo que a realidade que é eh ligada aos vínculos afetivos e ao amor né então sinta-se que eh o ser humano ele é feito de vulnerabilidades empatia delicadezas Ternura né e todo um universo do humano inclusive as incertezas que não são dessa inteligência exata né da Inteligência Artificial E então todas essas incertezas fazem também eh do ser humano um ser singular né E então ele pode olhar para os processos deles dele humanos né e precisam
de vivência a vivência leva a reconhecer a própria identidade que pode ser expressada então essa vivência sobre a própria singularidade seria possível a inteligência artificial colocar isso eh no mundo artificial né eu fico me perguntando porque o humano é um um ser em processo um um ser em evolução através das nu da vida no processo de vida né então se existem possibilidades percentagens que não são calculáveis né E que fazem parte da singularidade de cada um de nós não sei se eu consegui passar a pergunta Com todas essas esses comentários como teu nome é Renata
Renata Renata eu obrigada eu entendo quando você diz que não não sabe se conseguiu fazer a pergunta porque acho que neste Campo a gente não consegue mesmo pensar com clareza nos falta até vocabulário como é que eu vou falar de algo que experiencia por mim se experiência sempre sou eu né mas eu V entender responder o que eu entendi também né Desse da sua colocação eu pessoalmente acho que não acho que vamos ter sempre essa singularidade essa mas os meus amigos neuro informáticos dizem que eu sou ingênuo que isso sim vai acontecer e um dos
argumentos que ele usa Renato eles falam de uma coisa chamada eh propriedade emergente porque quando você fala assim que ah que é programado da singularidade né Eh aí a gente pensa assim não mas não vai conseguir ter um programa que eh diga tudo que ele vai fazer para o que que é a singularidade nossa quando a gente vive uma coisa a gente não sabe direito o que a gente vai sentir Às vezes a gente pensa que vai sentir uma coisa e na hora sente outra não é isso né A singularidade não é racionalidade porque você
fala assim não eu se fosse assaltado eu entrego o celular aí na hora que assalta você vai dar um murro no cara né ou você falar assim não eu na hora que eu tiver velho com câncer Eu quero morrer aí na hora que veio o câncer você fala não espera um pouquinho né quer dizer assim então essa singularidade nossa e a psicanálise cansou de mostrar isso pra gente não é uma racionalidade não é o que você acha de você isso aliás é bem pouco singular né porque a singularidade é algo que Como você mesmo disse
Brota vem e aí a propriedade emergente é assim você pega um sistema junta com outro com outro com outro com outro cada sistema faz uma coisa e eles juntos Renato fazem uma coisa que eles não estavam programado para fazer então os meus amigos dizem que embora não ainda que a singularidade é o é uma propriedade emergente de vários processos que a gente não sabe eu não consigo imaginar isso mas totalmente dentro da minha proposta de ambivalência te mostrando né eu não consigo mesmo nem imaginar não é que eu não queira é difícil imaginar eu não
tenho nem Qual qual é o verbo que eu vou usar para que algo vivencia por mim por mim eu não vivencio então por isso essa ideia precisamos de palavras novas de Campos Novos né Tem mais uma pergunta em vídeo Na verdade são três perguntas de alunos da de medicina da São Camilo vamos a ela Olá D Alfredo eu sou a Felipa Essa é a Isabela ess é o celton e essa é a Mônica e nós somos alunos medicina da São Camilo e gostaríamos de fazer algumas perguntas sobre o tema do Café Filosófico de hoje se
a inteligência artificial pudesse ensinar o significado da vida ao passar pela dor em seu lugar a experiência de viver perderia seu valor em o futuro onde a tecnologia pudesse nos substituir emocionalmente o que nos diferenciaria das máquinas Será que somos mais que os nossos sentimentos eles me deram aqui a transcrição das perguntas porque as meninas falaram talvez vocês não tenham ouvido né bom primeiro um comentário antes de responder as perguntas dele medicina e ia né Eu queria aproveitar essas perguntas deles porque estudantes de medicina Ah esse pessoal tá fazendo pesquisa sobre a subjetividade artificial na
medicina inclusive eh tem um grupo grande um um deles é sobre o conteúdo dos sonhos lembra que eu falei né estamos pesquisando né a o conteúdo destes destes sonhos né dentro de para mim é interessante colocar estudantes de medicina colocar não né convidar e eles aceitarem porque convidar psicólogas para estudar Isso é fácil claro que eles iam querer mas quando eu fui proposto estudantes professor vai estudar o qu conteúdo de sonho né mas parece que eles estão e esses especificamente estudam um projeto chamado Doutora ia será que vai existir uma inteligência que vai ocupar o
lugar do médico né porque assim concordem comigo agora na medicina assim agora e na hora da nossa morte clique né tá tudo né Por exemplo eh São programas de computador que decidem Qual o melhor antibiótico e o que é que você acha da ideia de que é um programa de computador que decide para quem vai o órgão de Um transplante você vai gostar disso e a ideia de que vai ser uma inteligência artificial que vai decidir a hora de desligar o respirador já é inteligência artificial que escolhe a vaga da UTI nos grandes hospitais de
São Paulo tem lá no pronto socorro um monte de gente usando para UTI e as UTI não é mais o médico sozinho que escolhe aí os meus amigos né eu vou falar assim mas isso é um absurdo como é que você vai deixar um computador aí o que que o meu amigo dizem os médicos da inteligência não mas nós temos a figura do supervisor da ia a minha pergunta para você até quando né que vai ter o cara que fala assim deixa eu conferir a tá dizendo que a vaga da UTI Do Sétimo Andar vai
pro cara do né então a medicina na medicina O Impacto daá é enorme como eu falei até da do desse ser virtual desse quem é esse outro virtual e o que que vocês acham da ideia de ser atendido por um médico que nunca estudou num cadáver que estuda em holograma o corpo humano aí você fala assim Ah mas isso aqui deve ser não quero lhe dizer que a faculdades de ponta dos Estados Unidos da Alemanha e algunas do Brasil não tem mais cadáver portanto eu estou falando do médico que vai operar você infelizmente porque você
vai docer porque seu pai sua mãe nós vamos ser tratados por médicos que aprenderam aí outro dia eu tava discutindo isso né que que tá ficando muito que não tem cadáver aí o uns alunos F professor e daí Porque a gente também não toca mais o paciente no exame então eu não me toque Doutor porque ele vai eu vou olhar uma imagem da tomografia o contato físico do médico com o paciente está diminuindo enormemente bom tudo isso só para introduzir a medicina que esses alunos representam e foram convidados a me perguntar algo né a partir
desse lugar de estudante de medicina né Então a primeira pergunta se a inteligência artificial pudesse ensinar o significado da vida ao passar pela dor no meu lugar né quer dizer o que a gente tá falando aqui tem um equipamento que passasse a dor então a experiência de viver perderia seu valor né que foi a pergunta da da Felipa eu posso responder isso de dois jeitos Teoricamente e num suposto experimento né vou responder primeiro Teoricamente ela coloca em questão o significado da vida o significado da vida a gente pode experimentá-lo de dois jeitos um que é
dado e o outro que é pegando a palavra da Renata vivenciado experimentado um que nos é dado de fora né aprendemos o significado da vida dos Pais da religião da é um significado fraco concordem né que a gente às vezes até quer adotar mas Às vezes a gente adota por um tempo depois aquilo perde porque foi é o significado do superg né do incorporado e existe o significado vamos dizer assim que vem da do experienciar você não sabe qual é o significado não é você que dá um significado Você não escolhe o significado ele Brota
em você não é então quando a Filipa fala assim se aá o vamos dizer esse stip que ficou triste por mim n vai me ensinar alguma coisa do significado da vida pode ser mas A grande questão é vai ser como é que eu vivo essa experiência de ter algo que experiencia por mim faz responder isso Teoricamente como vocês estão vendo é complicadíssimo já estou me enrolando né as palavras começam a ficar a faltar a clareza já não vem então vou agora Mas o que eu quero dizer para Felipe é que é assim que o significado
da vida é descoberto na experiência ele não é dado ou pelo menos o significado forte né E aí que não vai ter problema se uma e a vivencia por mim eu vou vivenciar o que ela me disser essa relação e o significado não vai se perder né o significado vai sempre brotar ele é mais do que um desejo ele vem do inconsciente do então Mas essa é uma resposta teórica agora vou fazer a resposta fazer um experimento que que já estamos passando eh Nós deixamos de escolher muitas coisas das quais desfrutamos hoje em dia não
é isso Você tá lá na televisão aparece achamos que você vai gostar desse filme né o os aplicativos de encontro achamos que você vai gostar desse homem achamos que você vai gostar dessa menina não é isso Isso é uma substituição de uma função que antes a gente fazia o modelo antigo era na Pracinha da cidade do interior os meninos ficavam em pé em volta da praça e as meninas com as amigas passeando e os meninos escolhendo né ou as meninas I né hoje isso não tem mais já vai direto ao alvo e dá certo né
Quantos casamentos quantos D met então a eficácia da Escolha funciona mas a pergunta é o que é que você perdeu ao pular o processo da escolha de olhar para uma essa não aquela outra essa o que é que a gente perdeu quando você às vezes você tá lá no catálogo de filmes streaming da sua televisão você tá escolhendo hora que você se cansa que você né Bom na verdade Você que acha que está escolhendo né porque é só você sair e perguntar paraa sua irmã na casa dela para você ver o que vai o catálogo
dela já é oferta de outro da mesma assinatura da mesma né mas assim a resposta é você perdeu o quê ao deixar que o aplicativo escolha a pessoa você pulou a fase da Escolha Será que perdemos eu a minha resposta que sim devemos ter perdido alguma coisa essa escolha aquela angústia o alívio o encanto de falar assim nossa é essa Será que tem Talvez né porque o aplicativo seleciona uns quatro ou cinco parece talvez tenha então Felipa respondendo nesse sentido do significado Eu acho que a gente vai sempre pelo processo vivencial dar algum significado a
outra pergunta foi no futuro onde a tecnologia pudesse nos substituir emocionalmente o que nos diferenciaria das máquinas a pergunta dele nos remete também né no no nosso projeto lá da Medicina ao seguinte existem já aplicativos que estão se propondo a decidir no lugar do médico né são aplicativos de apoio à decisão Clínica Se você fosse médico e tivesse que escolher entre a se vai se vale a pena ou não fazer um tratamento os médicos Por incrível que pareça para vocês talvez não paraa maioria né também se angustiam tá eles fazem semblante de frios mas especialmente
os não cirurgiões se angustiam mais tá os cirurgiões não sei parece que são treinados desde né que meus amigos cirurgiões me perdoem mas assim ó a medicina hoje não é mais uma medicina baseada em evidência como eles gostam de pensar ou só baseada em evidência o que que é medicina baseada em evidência é assim Quais são as evidências de Que tal antibiótico funciona quais são as evidências de que hemodiálise funciona para paciente Quais são as evidências que vacina funciona por isso que todo o médico vive falando um estudo disse que é como se justificam os
médicos mas o que que tá acontecendo hoje a tecnologia tá progredindo tanto mas tá progredindo na medicina de um jeito eh descompassado é como se fossem dois braços um dos braços da Medicina cresce demais o outro não cresceu Qual é o braço que cresce demais a tecnologia capaz de manter uma pessoa viva então respirador aqueles aparelhos de ressuscitação intubação UTI antibiótico isso mantém vivo mas não cura o braço da cura não cresceu tanto antigamente se a pessoa tinha um câncer e não era curada ela morria hoje ela tem um câncer não tem cura pro câncer
mas ela vive esse espaço entre criou uma coisa chamada cuidados paliativos por isso que vocês ouvem tanto falar hoje foi a tecnologia que criou os cuidados paliativos sinto dizer e não o amor dos médicos ou dos psicólogos porque que o cuidado paliativo é esse descompasso trouxe a necessidade de um ponto de basta hoje na medicina Alguém tem que dizer assim basta não vai fazer a hemodiálise não vai operar e eu não sei se vocês sabem como is ser angustiante Espero que não passem por isso mas sinto lhe dizer vai passar de vai chegar no pronto
socorro e o médico vai perguntar assim para você alguma Diretriz você vai levar sua mãe sua mulher o que que ele tá querendo saber é que se ele tiver uma parada cardíaca se você autoriza ressuscitar se é para intubar se é isso ou se é aquilo então nós temos hoje uma medicina baseada no ponto de basta E quem diz esse basta as famílias a um preço de angústia altíssimo apoiado pelos médicos a um preço de angústia médio e se a família tiver a ideia de que eu posso dizer Esse basta baseado num aplicativo nós estamos
estudando isso se já existem então a pergunta dele que estuda especificamente isso esses sistemas de apoio à decisão médica aí a gente quando tava estudando no tem a questão assim pô mas que diferença como é que uma máquina que não morre pode escolher a hora de um ser humano morrer nós nos debatemos com essa questão e até agora o nosso debate está no seguinte ponto não é verdade que a máquina não morre ela morre porque ela pode ser desmontada tal a diferença então que ele pergunta aqui qual é a diferença entre a gente e a
máquina é a consciência da morte porque nós sabemos que podemos morrer o computador e a inteligência artificial não sabe não é que ela não morre ela morre mas ela não sabe e como sabemos saber certas coisas dá muita angústia né E temos aqui uma pergunta então respondendo a grande diferença é essa a consciência da Morte diferença da da gente pra máquina a última pergunta dela era se somos se Somos mais que nossos sentimentos bom eu não preciso de tecnologia para isso basta ser psicanalista para responder que sim claro que somos temos uma coisa chamada inconsciente
porque sentimento supõe consciência certo aquela ideia de sentimento inconsciente é um é um problema de uma frase do Freud aliás num texto que está fazendo 100 anos a economia do masoquismo o problema da economia do masoquismo tá completando 100 anos e nesse texto o Freud fala assim ah eu sei isso porque eu li semana passada porque né não sei decora eu falei assim ah esse negócio de culpa inconsciente como culpa inconsciente se é culpa tem que ser consciente aí o Freud fala é claro que isso aí não não é possível falar em sentimento inconsciente porque
psicologicamente isso está errado isso o Freud escreveu essa frase Freud não é bobo não é ingênuo né Ele fala culpa inconsciente não é bem isso que eu quis dizer eu quis dizer necessidade de punição né então Sim nós somos muito mais que os nossos né a gente vai para mais uma pergunta agora do público no mesmo canto pode se apresentar e fazer a pergunta Olá boa noite meu nome é Luci muito bom estar aqui excelente palestra eh como boa usuária de e a Eu adoro uma Alexa eu não vivo sem a Siri antes eu ficava
brava quando elas não me respondiam eu falava Obrigada Alexa e eu não tinha uma resposta e isso foi sendo atualizado com todas as atualizações dessas dessas e elas foram atualizadas justamente para voltar a responder pras pessoas né então quando hoje eu faço alguma pergunta eu falo Obrigada Alexa realmente e ela não tem uma frase para para responder ela tem diversas né ela fala Imagina ela tem n frases para fazer um retorno pra pessoa então até onde essa interação Que Nós criamos com essa Iá afeta a nossa conexão emocional com o outro ser humano desculpa Como
é teu nome Lu Luci eu vou dar uma de psicanalista aqui agora porque você sabe que psicanalista nunca responde uma pergunta diretamente né você pergunta para psicanalista o que é o amor ele fica meia hora dizendo o que não é o amor é ou não é não é para falar daquilo se Mas essa é a nossa arte né então antes de responder à pergunta dela eu vou comentar por que é que a maioria das inteligências artificiais T nome de mulher é Alexa é círia como é o nome da outra que você falou Bia a nossa
Inteligência Artificial do Nosso conto aqui tamb me chamar bom era uma mulher no caso Aí não vale mas por que será respond porque elas respondem mais rápido né Eh a a a piada que contam é que sabe por que que é porque se fosse homem se fosse Jorge você ia ter que falar seis vezes Jorge tire a toalha de cima da Coisa Jorge fecha a porta Jorge me responde então tocando na sua questão de que é até onde a resposta né Eh você perguntou até onde o fato desse outro virtual nos responder afeta a nossa
relação com os seres humanos de uma forma muito natural vai se misturar vai ficando naturalizado tá ficando cotidiano você sabia que coisas que a gente acha que é assim que é do outro mundo que um dia já foram normais assim qual é a ideia que você acha hoje de andar num avião sem piloto você não gosta muito certo mas daqui a talvez 10 20 anos né mas a história de que um dia em Nova iork teve uma greve dos acessorista de elevador que parou Nova York Porque as pessoas não tinham coragem de ir no elevador
sem acessorista e hoje todo mundo vai então eu acho que isso vai sendo uma naturalização da nossa convivência Eu já falei pessoa física pessoa jurídica e pessoa virtual vai ter é vai já já é a gente vai agora a gente sempre dá uma olhada no Acervo do Café filosófico e a gente vai chamar agora um trecho do Acervo para você comentar o nosso maior problema não tem nada a ver com tecnologia com absolutamente nada que eu crio como instrumento para fazer coisas tem a ver com que o tempo que eu perco fazendo nada quando você
olha para trás dis rapaz como é que eu perdi 2 anos com isso ou como é que eu fiquei 10 anos com aquela pessoa como é que como é que eu não percebi isso quer dizer Ten o tempo até por causa desse GAP que a gente tem né Tem Nascimento morte no meio tem tempo a gente gasta um tempo imenso se preocupando com coisa que não tem nada a ver n o a coisa mais inapropriada que tem na vida humana para mim é o tempo que as pessoas eu inclusive perdemos com coisas absolutamente relevant não
existe uma posição natural entre nós e tecnologia Existe sim uma diferença no espaço-tempo de nós entendermos sociedade como um todo e pessoalmente nos apropriarmos dessa tecnologia e fazer o que a gente chama do melhor uso dela nós nunca faremos uso ótimo de nada nem das nossas [Música] vidas vocês já imaginam o que eu vou responder o meu amigo Silvio claramente é alguém da área de exatas que fica falando de uso então eu vou me valer da categoria da função de uso e da função de gozo e dizer pro Silvio que é claro que esse que
esse é o maior problema do ser humano é fazer coisa irrelevante coisa que não dá certo coisa que faz a gente sofrer chama-se goso não é à toa em Lacan que goso não é igual prazer né gozo é igual a desfrute tem o gozo mortífero então né o pro Silver eh isto não é um problema do ser humano Isso é uma característica que a gente não conseguiu superar ainda e que talvez não consigamos a gente vai se debatendo porque o que que ele tá querendo dizendo que a gente vai é só a função de uso
eu tenho que dizer para Ó tem essa função de uso na qual é mas é assim que o pessoal da tecnologia pensa eles querem maximizar o uso e ele chamou de ele não considerou função de gozo porque não sei por mas eu Eu discordo um pouco da da do que o Silvio tá colocando não é assim né mas nós não não conseguimos Viver com Essa utilidade toda Nós não somos seres da utilidade meu filho já falou quem foi que disse que era por fome que ele ia comer a bolacha Depois do jantar né temos mais
uma pergunta da plateia aqui na primeira fileira pode se apresentar e fazer a pergunta Boa noite Dr Alfredo Boa noite a todos e todas aqui presente é um prazer imenso estar aqui hoje eh meu nome é Juliana Abreu e eu vou fazer uma pergunta um pouquinho mais dos tempos atuais percebo na clínica hoje eh a questão das possibilidades temos na questão por exemplo de empregos antigamente nós víamos o pai advogado deixar o legado da advocacia pro filho hoje né os sujeitos eles têm muitas possibilidades e Nisso vem a angústia o que eu escolho o que
é melhor para mim então delegar essas escolhas né fugir dessa angústia que o próprio desejo traz Claro eh terceirizar esse desejo pra subjetividade artificial né e deixar a tecnologia gozar lacanian m né prazer e desprazer da sua própria escolha eh sem esse desejo sem esse gozo sem a falta que nos move como sujeito vai sustentar uma existência apática ao desejo primeiro a Juliana essa frase de terceirização da subjetividade né Eu eu acho essa uma frase interessante a gente tá terceirizando a subjetividade né Cheguei a pensar que esse poderia ser um dos títulos dessa Plata dessa
dessa palestra né a subjetividade terceirizada depois achamos outros títulos melhor mas esse é uma é um jeito interessante de falar disso e sim eu acho que esse é um ponto de medo de incômodo mesmo pra gente né o que que é que vai ser desse ser humano quando tiver algo gozando por ele né que é o título desse trabalho todo gozar por nós eh eu não sei né mas aliás tem sido esse o nosso projeto na estudar entender o que vai ser isso fico pensando aqui que um dia a gente já fez essa pergunta sobre
o trabalho o que vai ser do ser humano quando um carro andar por ele o que vai ser quando surgiu a escrita uma das angústias é que isso ia acabar com a memória Humana porque você não ia precisar mais de memória que tinha uma mema na pedra registrado né então esse medo que a gente tem que a tecnologia vai acabar com comgo nosso eu acho que ele é real talvez será que a gente vai ser seres apáticos eu penso que não baseado no quê ser humano fica infeliz até com a fica inseguro até com a
felicidade é ou não é se você tá feliz com uma coisa você começa a ter medo de perder aquilo né quando você tá muito feliz por exemplo eu tenho essa experiência da Clínica também dos pacientes do remédio esse não sou eu tô bem demais mesmo quando a gente tá bem o ser humano tem um negocinho né Eu queria que o Silvio tivesse ouvindo entender que mesmo quando a gente faz o que é útil o que dá certo o que produz pá tem nós temos lá um um não sei um vírus essa é a nossa natureza
então eu eu fico pensando que a falta é tão estrutural na gente que mesmo quando a gente completar vai dar um jeito de é como se fosse um um um uma tampa que não tampa completamente tem sempre um escape Eu desconfio que infelizmente nem isso vai nos livrar da angústia Total mas talvez diminua eu acho por exemplo angústia Branca O que é angústia branca essa que eu falei dos médicos né Será que os médicos vão sentir menos angustiados porque foi uma I que determinou se ir ou não inar um paciente e depois ele viu a
paciente morrer casos reais que eu veo né Vamos ter que ver Juliana se eu não tenho não sei M mas Teoricamente eu acho que a gente não vai conseguir aplacar toda angústia mas acho que a gente vai diminuir sim E aí o que é que vai ser vamos ficar apático ou vamos inventar as nossas faltas né Ó que história vamos começar a inventar a falta porque eu não sei conviver sem ela uma formulação bem lacaniana né você D nó em Pingo d'Água Simonete durante esse Café Filosófico a gente teve perguntas do público teve perguntas que
vieram pelo YouTube né pessoal que escreveu no chat perguntas gravadas também mas antes eu quero só chamar uma palavra aqui antes da próxima pergunta só uma uma imagem eh essas imagens essas palavras aqui são as palavras que você mais falou durante a sua primeira hora de apresentação deixa eu ver a gente jogou num no na ia né a gente fez ISO daí Ah é pegou a gente pegou a sua a sua apresentação essa primeira hora pegou todo o texto dele e jogou para criar essa nuvem de palavras e são as palavras que você mais falou
durante essa primeira hora e com base não só nessa Nuvem de palavras mas na verdade no todo o conteúdo dessa sua primeira hora a gente também jogou numa inteligência artificial para que ela te fizesse uma pergunta baseada nesse conte o que eu falei você botou nas exatamente e ela tem uma pergunta para você que a gente vai ouvir agora até que ponto podemos confiar em tecnologias de subjetividade artificial para lidar com aspectos profundamente humanos como o luto ou o amor você mencionou que emoções mas existem limites éticos ou psicológicos que deveríamos impor ao seu uso
em áreas tão delicadas foi um que perguntou isso entender a pergunta né fez uma pergunta quero até que ponto podemos confiar em tecnologias de subjetividade artificial para lidar com aspectos profundamente humanos como o luto ou o amor você mencionou que a tecnologia Pode modular emoções mas existem limites éticos ou psicológicos que deveríamos impor ao seu uso em áreas tão [Música] delicadas então luto e amor se podemos confiar né Eh eu diria que até ela fez a pergunta sem perceber a armadilha de que se nós vamos conseguir controlar mas vamos deixar essa pergunta de lado vamos
supor que a gente possa e a gente pode um pouquinho né Quais são as forças que a gente tem respondendo a pergunta sim eu acho que a gente tem que colocar limites éticos porque se somos nós não não fazemos coisas só porque podem ser feitas ficamos tentados sempre mas né se eu disse que nenhuma sociedade desistiu da roda né do arco flecha mas a gente cria conceitos como por exemplo crime de guerra e crime que não é de nós nós o ser humano é ético Não tô dizendo que ele é de uma ética boa só
mas nós temos uma preocupação com com colocar um freio ético o um freio de qualquer natureza o primeiro freio que a gente pode colocar na tecnologia é a força bruta que é puxa já tomada que foi o que o pessoal fez com a yacana lá no Japão aí eu falei que aí o que que fizeram F ass desligaram e vão rever mas esse puxar a força bruta não vai resolver a maioria dos problemas da ia porque já já ela vai ter bateria ela fez uma progr tem o filme lá 2001 no espaço que não deixa
desligar né então assim essa pergunta e ele e ele ou ela né não sei né tava numa voz de homem Né de luto e amor são dois pontos muito caros mesmo ao nosso projeto da subjetividade artificial né de até que ponto a gente pode confiar ah pouco pelo menos no atual momento a gente pode confiar pouco vamos ter que ser psicanalista com o paciente Na minha opinião assim olha aí diz isso Mas e você o que acha essa saída dos psicanalistas é perfeita sempre e não é perfeita como um truque é perfeita porque ela é
perfeita existencialmente É e aí você o que acha que é quando eu falo para você e você acha que o seu amor é mais superficial que o da sua avó eu acho que falar mal da da Iá com as crianças nós temos que dar voz às crianças você você já temos 15 20 anos de de crianças educadas na tela o que temos assistido isso está em debate né mas não é aqui Mas respondendo a pergunta assim precisamos confiar pouco ainda porque temos que colocar esse o meu amigo neurologista falou assim não se preocupe tem toda
uma ética na ia né tem já um campo que não é jurídico tá jurídico são as leis que é fazer leis se um carro automático atropela alguém De quem é a culpa quem paga né Isso é jurídico mas não é disso que eu tô falando é da ética mesmo da discussão se vale isso né ou a discussão assim do campo de vista ético seria assim ó se você receber um poema do seu da sua namorada e você fi Nossa que legal e depois você descobrir que não foi o ax fez o poema o poema só
Corrigiu o que ela fez como você vai se sentir ética nesse sentido o que que que valor a gente dá né Eu acho que a gente ainda não dá a inteligência um valor de sujeito né e não deixamos aí ó luto e amor e eu colocaria aqui desligar os aparelhos ainda não damos mas vou aproveitar aqui porque aqui trata-se de quem está no controle né quero chamar para essa conversa a gente chama sempre muito Freud aqui mas eu queria chamar roubar um pouquinho da pergunta da uma coisa que eu esqueci de falar que é chamar
o Marx para essa conversa n o tinha muita esperança na tecnologia achava que a tecnologia ia tornar a nossa sociedade mais igualitária especialmente se a tecnologia estivesse na mão das classes trabalhadoras né operárias ou de quem produz eh vocês acham que isso aconteceu né Eh por um lado a tecnologia parece que democratizou né se você pensar no caminho de dois humoristas brasileiros Chico aniso e E o inderson Nunes os dois vem do Nordeste e o Tom Cavalcante o Tom Cavalcante é melhor o Tom Cavalcante Ele conta a história ele chegou ele ia na televisão e
mostrava a fita dele e assim e não conseguia ninguém que acreditasse nele e não sei né era difícil para ele chegar no palco né o indersonunes fez isso pela rede social foi a é alguém que então parece mais democrático não parece e é um pouco nesse acesso mas depois não é mais porque quem domina a essas redes sociais que o que o induni o indon Nunes ocupa elas não são tão democráticas assim primeiro que elas têm dono E aí que o que o Marx deve deve estar infeliz porque a a tecnologia não diminuiu Tem coisa
que a tecnologia fez Tem coisa que ela não mexeu desigualdade social não mudou política não mudou né essa relação Mas para ficar na desigualdade social aí você pensa assim as Big Tex que são as donas desse das mídias Porque você acha que você você faz o que você quiser no Google ou no no WhatsApp não faz isso tem sistemas controlando né então a big as bigtec são os novos latifundiários é a nova Elite nova não né é a mesma Elite que foi proprietária de terra foi proprietária do capital é a proprietária não mudou nada aí
né só para chamar o Max um pouquinho paraa nossa conversa de tecnologia né que falamos muito com Freud mas ali embaixo tem uma das fotos aqui do da CPFL né Tem Freud Marx junto então Lembrei de chamá-lo só para vou agradecer em nome da Inteligência Artificial a sua resposta e agora a gente vai com uma pergunta que foi feita por um humano foi até escrita por caneta aqui do Nicolas eh o ncolas te pergunta se o senhor sente que a tecnologia está acovardando ou encorajando o sexo enov acovardando ou encorajando isso sei muito não deixa
eu pensar aqui um pouco a esta altura eh encorajar Ô ncolas você põe numa coisa que eu não queria tocar muito aqui porque acho que é um tema muito amplo por exemplo pornografia né a o sexo na virtualidade né primeiro que pornografia eu vi uma definição de pornografia brilante né assim pornografia é o desejo do outro quando é comigo é desejo quando é com o outro é pornográfico né porque ele tem essa essa conotação negativa Mas então eu diria que a o mundo virtual amplia a possibilidade sexual numa resposta assim eh apressada Nicolas Me desculpe
não não é um tema que eu tenho elaborado tanto ainda porque acho que esse é um tema muito complicado né E tem posso também referir um filme que se você quiser ver que chama-se fidia que é história e não tem nada a ver com pandemia é de antes a história de um rapaz que é fóbico social muito bonito e que ele ele como é que é o filme Ele tá em casa trancado não sai ele sai para ir na locadora naquele tempo que você tinha que ir buscar o filme na locadora né alguns de vocês
né que ele ia comprar neste caminho ele encontrar as mulheres eles encontrava as mulheres que se aproximavam dele mas ele era muito tímido ele então ele comprava fitas e alugava fitas de sexo e ia para casa né E aí um amigo dele reclama mas você tá aí as mulheres estão bonitos estão atrás de você ele falou assim eu não suporto eu não aguento mulher com mais de duas dimensões né que ele só aguentava mulheres na tela né temos uma pergunta do público ali no meio ali pode se apresentar e fazer a pergunta Boa noite Eh
meu nome é Guilherme eh O senhor falou muito falou muito muito a respeito das tecnologias inclusive de como elas são eh importantes revolucionárias e com certeza as tecnologias são da mais alta relevância ninguém cogita eh abrir mão dela assim como nenhuma sociedade Abriu mão da roda eh a minha pergunta está pautada em uma frase de autoria que eu desconheço que é nós humanos temos alma paleolítica instituições medievais e tecnologias divinas a minha pergunta seria a seguinte eh de que maneira ou qual a sua experiência na clínica eh que o senhor percebe do conflito que existe
entre as tecnologias divinas que criamos e a alma paleolítica que temos Qual é o conflito entre Essas tecnologias Ultra revolucionárias e de que maneira ela pode estar pode estar como uma uma conceção ou seja eh nada obstante seja muito boa de que maneira ela pode agredir a Nossa interioridade paleolítica Muito obrigado Como é teu nome Guilherme Guilherme eh de novo sendo psicanalista quando você falou de tecnologias divinas eu me dei conta que tem dois assuntos que ainda precisam ser melhor elaborados com essa subjetividade artificial que é o papel da tecnologia no sexo na pornografia e
nas religiões né Eh mas não é tanto isso da espiritualidade da questão da religião né fala quando fala da coisa divina como uma coisa transcendente e tal então eu diria que de duas maneiras eu esse Impacto eh velocidade e número velocidade e escala as tecnologias atuais são transhuman são inumanas pra nossa alma paleolítica para nosso corpo para a alma o nosso a nossa alma e o nosso corpo não combinam em dois jeitos com a tecnologia que é a velocidade e a escala por exemplo sempre houve fofoca sempre houve ódio mas o que nós temos hoje
nas redes é um volume enorme desse ódio né Sempre não tem nada de novo se você pensar assim ah se fosse possível se você se fosse dado a você o direito e a capacidade de criar uma nova emoção pro ser humano qual emoção você ia criar Pense um pouco talvez você esteja assim não mas não se cria emoção assim do nada do ser humano tem coisas que são básicas Então não é nisso não é que a subjetividade criou uma emoção nova a tecnologia desculpe o que a tecnologia fez é assim continuamos com medo mas com
medo raiva desejos basicamente as mesmas coisas mas num escala enorme né num tempo que é muito veloz o tempo da tecnologia não é um tempo humano a gente não dá conta nem a linguagem Olha a física quântica a física quântica é um ramo de conhecimento que nem permite você falar coisas explicar com palavras são equações são coisas que só faz sentido no número Mas respondendo então os dois tópicos que eu que eu penso que nos ultrapassam que ultrapassam e que impacta o nosso corpo e nossa alma né paleolítica é a a velocidade da tecnologia e
a quantidade a escala hoje você tem opiniões demais né tudo é demais e muito rápido isso Definitivamente não é nosso Simonete a gente falou muito de máquina de humano aqui queria falar que humano erra e eu errei eu li errado a pergunta do Nícolas eu li sexo onde era ser então at falho pical se você já quiser analisar esse erro meu fique à vontade só vou responder faz de mas o ncolas onde você estiver me desculpa eu vou refazer a pergunta do Nicolas agora vocês ignorem que eu falei errado mas o Nicolas per mas foi
uma resposta boa não foi não porque levou para um lado foi boa mas o Nicolas te pergunta é se você sente que a tecnologia está acovardando ou encorajando o ser agora eu acertei Nicolas eu vou dizer que a sua pergunta é hameri certo é o ser ou não ser né então trazendo pro primeiro campo da dos Remédios psiquiátricos E aí Nicolas tomar remédio psiquiátrico para tirar uma uma angústia de porque foi traído ou porque foi demitido ou porque tá preocupado ou seja não é doença mental Nicolas é para uma angústia cotidiana isto é uma covardia
existencial ou é um jeito pós-moderno de existir eu não sei acho que a gente deve continuar como Hamlet perguntando tá e eu queria esse eu acho que é uma coisaa assim a gente não tá aqui não tem não tem maneira vocês vejam que minhas respostas não não temos como concluir nada como eu disse no tempo lacaniano de ver de entender de concluir não temos tempo de concluir ainda vamos ficar perguntando Mas obrigado Nicolas pela resposta porque ela nos provocou respostas interessantes porque desembocou num tema que eu acho que eu queria falar né e não tinha
fal aí quando acho que é um ato fao de empréstimo que eu fiz Simonete eu vou te agradecer pelo Café Filosófico de hoje eu vou terminar aqui mas antes de eu falar as últimas palavras aqui eu vou te passar novamente a palavra para você encerrar do jeito que você quiser fique à vontade como vocês viram eu sou contra encerramentos né Não Faz Sentido encerrar só estamos continuando acho que as palestras não é o tempo de encerrar é o tempo de entender só vamos interromper porque é o tempo muito obrigado terem vindo pela conversa pelas perguntas
obrigado ao pessoal do YouTube que tá em casa muito obrigado pela conversa boa noite [Aplausos] como Simonete vou agradecer também a todo mundo que esteve aqui que mandou pergunta pelo YouTube também faltou uma pessoa se agradecer que foi a ia que te fez a pergunta mas eu agradeço ela aqui também as lembranças para ela você que tem um pode deixar mais contato mais íntimo com ela mas deixa eu dar os últimos recados aqui para vocês lembrando e esse módulo começa hoje na semana que vem a gente tem um especial e vai ser na terça-feira em
Ribeirão Preto Então quem quiser acompanhar pela internet vai ser com o Mário Sérgio Cortela e rossandro Clin com o tema As Quatro Estações da Alma da angústia Esperança então são todos convidados quem quiser ir para Ribeirão tá convidado também mas quem quiser acompanhar pelo YouTube fica à vontade e daí na outra quinta-feira dia 18 de outubro a gente continua esse módulo com o Pedro de Sante com o tema a mente de um virtual a outro continuando o módulo gozai por nós a ência artificial entre nós quem tá acompanhando a gente pelo YouTube Siga a gente
se inscrevam e aqui quem tá aqui em Campinas acabando ó aqui o café fiquem à vontade para tirar foto com o palestrante com o nosso cenário marcar a gente nas redes sociais a gente se vê semana que vem Obrigadão domingo pelas redes sociais buscamos encontros perfeitos Mas será que o amor não é imperfeito uma relação boa não é uma relação sem conflitos é uma relação com respeito com conflitos onde a gente acha caminhos juntos o amor ainda é possível na velocidade 5g a gente acaba criando conexões mas não cria vínculos Café Filosófico domingo 7 da
noite [Música]
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