Muito feliz por poder compartilhar a palavra com vocês hoje, eu quero dizer que eu tenho uma palavra de Deus para vocês. A verdade é que eu tenho quatro. Todos os domingos de setembro, nós estamos iniciando agora uma série e eu vou falar sobre o Espírito Santo em todos esses domingos. É lógico que cada domingo nós vamos tentar botar começo, meio e fim, mas tudo vai fazer muito mais sentido junto do que faria somente separado. Em primeiro lugar, quero te encorajar a não perder os cultos e as ministrações. Em segundo lugar, que a gente possa
criar um ambiente de resposta a Deus, o que eu creio que as águas estão subindo. Nós estamos vivendo um tempo de visitação de Deus e eu quero que você fique bem, mas bem sensível para tudo aquilo que o Senhor quer fazer na sua vida. Amém? Eu quero ler os versículos 7 e 8. Mas seria bom que você deixasse aberto esse texto, que daqui a pouco eu vou ler outros versículos do capítulo. Mas o certo 7 e 8 serão aqui o nosso ponto de partida e dizem o seguinte: "E se o ministério da morte, gravado com
letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fixar os olhos na face de Moisés por causa da glória do seu rosto, ainda que fosse uma glória que estava desaparecendo, como não será de maior glória o ministério do Espírito?" Eu vou repetir a pergunta do verso 8: "Como não será de maior glória o ministério do Espírito?" Tem uma da minha mensagem hoje que é o ministério do Espírito. Com a expressão "ministério", essa palavra no grego "diaconia" fala de serviço, fala de trabalho, fala de missão, fala da obra que
o Espírito Santo tem. Mas é interessante observar a maneira como o apóstolo Paulo constrói a ideia que ele vai apresentar aqui no verso 6, que nós não lemos. Ele disse que Deus nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança e diz assim: "não, mas do Espírito, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica". Quando ele está falando de letra de um lado e Espírito do outro, ele está destacando a Lei ou a velha aliança de um lado e ele está falando da Graça e da nova aliança do outro. É uma ideia de contraste, de
comparação. Quando ele fala que o ministério da morte, gravado com letras em pedras, ele está fazendo uma alusão aos dez mandamentos. E por que é chamado de um ministério da morte? Ou por que ele diz que a letra mata? Quando ele fala da letra, ele está falando da letra da Lei. Eu tenho visto muita gente interpretar errado essa expressão "a letra mata". Eles usam para dizer: "não vou estudar a Bíblia, não vou estudar teologia, conhecimento faz mal". É lógico que uma atitude errada com o conhecimento pode ser prejudicial. Paulo disse aos romanos que a ciência
incha; para alguns, os caras ficam metidos quando começam a achar que sabem alguma coisa. Mas o camarada que escreveu isso tinha um conhecimento profundo, né? O apóstolo Pedro, se referindo a Paulo, fala da sabedoria que lhe foi dada e ele disse que "nas suas epístolas abordam pontos difíceis de entender". Eu brinco que era difícil para Pedro; imagina para nós! Então, Paulo não está falando quanto ao conhecimento. A expressão "a letra mata" você precisa pegar, então, toda a teologia de Paulo, as declarações, principalmente em Romanos, e diz: "por meio de um só homem entrou o pecado
no mundo; através do pecado, a morte. A morte passou a todos os homens." Ele está falando de Adão e diz mais: "a morte reinou de Adão até Moisés". Qual é o diferencial em Moisés? Em Moisés nos foi dada a Lei. Ele diz: "quando o mandamento foi dado, aí definitivamente nos matou." É por isso que ele está chamando isso de ministério da morte, porque ele diz: "eu não teria conhecido o pecado se a Lei não colocasse diante de mim limitações." A Lei tinha um propósito, quando foi dada, e ela servia muito mais para trazer um diagnóstico
do problema do homem do que oferecer a cura. A cura seria dada por meio da Graça. Em Romanos 8:3 fala: "diz o que for impossível à Lei, pela fraqueza da carne, Deus fez, enviando seu Filho." Ou seja, a Lei tinha limitações, e uma das suas limitações é que ela não mudava a vida de ninguém; pelo contrário, ela só trouxe uma consciência de que éramos pecadores, tínhamos uma natureza pecaminosa. E a Lei apontava profeticamente, não só dizendo que viria o Messias, não só quem ele era e qual seria a sua obra, mas ela tinha um papel
de realçar a natureza pecaminosa. Então, quando ele está usando a expressão "a letra mata", ele está dizendo que a vida que Deus tinha para nós, não essa antiga aliança, é experimentada agora no ministério do Espírito. E ele resume a Nova Aliança nessa frase: o ministério do Espírito. Isso precisa nos dar uma ideia, uma percepção da proeminência do ministério do Espírito Santo na Nova Aliança, a ponto de tudo o que Deus tem para fazer aqui agora, e aqui e agora, que está resolvendo de fato as coisas. E ele chama isso tudo de um ministério do Espírito.
Isso nos dá uma outra perspectiva, uma outra capacidade de entender a importância do seu trabalho. Eu quero hoje chamar a sua atenção para a importância do ministério do Espírito Santo, da obra que ele veio fazer e realizar. Nós estamos nos questionando: o que é esse ministério, essa missão que foi dada a ele? Qual é a sua importância? O apóstolo Pedro, no dia de Pentecostes, quando nós podemos dizer que a igreja está oficialmente inaugurada, e agora o evangelho passa a ser pregado com poder a partir desse episódio, a primeira mensagem oficial que nós temos da história
da igreja não apenas comunicava a salvação em Jesus; ela... É outra perspectiva teológica. A gente chamaria de "mensagem de uma mensagem apologética". Pedro se levanta e ele defende a doutrina do Espírito Santo para aquela multidão atônita, vendo aquele povo falando em línguas. Não apenas, né, uma coisa desconexa. A Bíblia diz que muitos ouviam falar na sua própria língua das grandezas de Deus. Para essa multidão atônita, alguns estão zombando, dizendo: "Esses homens estão bêbados". Pedro levanta e, em Atos 2:15, ele diz: "Esses homens não estão bêbados, sendo ainda 9 horas da manhã". Ele está dizendo: "Gente,
convenhamos, não deu tempo de ninguém ficar bêbado ainda às 9 da manhã". E diz: "Mas isso é dito pelo profeta Joel". Ele vai resgatar uma promessa do Antigo Testamento, Joel, capítulo 2, versos 28 e 29: "E acontecerá depois, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos jovens terão visões; sonharão os vossos velhos; até sobre os servos e servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão". Ele se levanta para dizer que a promessa se cumpriu e está defendendo a obra do Espírito Santo. Não há
perspectiva bíblica e teológica porque essas coisas precisam ser ensinadas, precisam ser devidamente apresentadas para que isso dê sentido e direção à nossa fé. Por conta disso, e, obviamente, querendo ajudar vocês a dar devido a resposta prática para Deus, nós vamos investir nesses quatro domingos falando a respeito da pessoa e da obra do Espírito Santo e da responsabilidade que nós temos de interagir devidamente com Ele. Hoje, eu quero começar destacando a importância do seu ministério, do ministério do Espírito. A primeira coisa que eu quero enfatizar, meu primeiro tópico, que o apóstolo Paulo apresenta neste texto, é
o foco da Nova Aliança. Nós falamos que ele está fazendo um contraste entre a lei e a graça. Ele vai buscar Moisés, que é o ícone da comunicação e da revelação da Lei, e ele fala que quando Deus entregou a lei a Moisés, ele manifestou a glória, se referindo apenas ao episódio de Êxodo 19 e 20, quando o povo que saiu do Egito esteve no Sinai, no Horebe. A glória de Deus manifestou-se, e o povo ficou assustado com os relâmpagos, vozes, trovões, o som da buzina, a nuvem escura no monte, o fogo. A Bíblia diz
que eles falam: "Moisés, que Deus fale com você e você repasse pra gente". Moisés passa 40 dias na presença de Deus, e, ao descer, descobre que o povo tinha feito um bezerro de ouro. E o homem que o livro de Números chama de "o mais manso do mundo" pega as tábuas da lei que o próprio Deus tinha feito, que o próprio Deus tinha escrito, e ele arrebenta-as no chão, dizendo para Deus: "Não brinco mais, não tem condições da gente levar esse povo a sério". Então, Deus chama Moisés para mais 40 dias na nuvem da glória.
E, dessa vez, quando ele desce, Deus diz: "Agora quem faz as tábuas é você. Você vai restituir o que você estragou". E agora, quando ele sobe com as tábuas, Deus comunica todo o conteúdo a ele. Ao descer, nesta segunda vez, o rosto dele está brilhando de uma forma assustadora; era uma manifestação da glória de Deus. Mas Paulo está dizendo que essa glória desvanecia. Aliás, ele vai dizer nos outros versículos adiante, que nós não lemos, que esse é o motivo pelo qual Moisés usou um véu no rosto: ele não queria que o povo visse que a
glória estava sumindo. Porque aquela glória que ele experimentou era extraordinária, mas não era permanente; ela sumia, ela desaparecia. Cada vez que Moisés voltava lá para a presença de Deus, no lugar da tenda do encontro, ele voltava com o rosto aceso de novo, mas, quando começava a apagar outra vez, ele cobrindo o rosto. Agora, o apóstolo está dizendo: “Se o ministério que promoveu morte e não vida, que era apenas uma preparação do que estamos vivendo agora, já tinha glória, está dizendo para a turma: vocês têm noção da glória que está disponível hoje?”. Então, toda a construção
é feita em cima do contraste. Tanto que, no verso 18, o apóstolo Paulo vai fazer a seguinte declaração: "E todos nós, com rosto descoberto". Por que ele está usando essa frase? Porque ele vai dizer: "Moisés cobriu o rosto com véu". E diz: "Mas todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na sua própria imagem, como pelo Senhor que é o Espírito". E ele está dizendo: "Agora temos o que não tinha antes. Antes a glória era passageira, transitória, desvanecente". E diz: "Agora não some, mas não é só
que antes era passageira e agora é permanente. Agora, além de não sumir, melhor do que ser permanente, ela é progressiva". Quando a Bíblia diz que Deus nos transforma de glória em glória, isso me sugere os degraus de uma escada: "É um nível de glória aqui, é outro nível de glória depois, mais outro e mais outro". É uma glória progressiva, uma glória cada vez maior. E, como essa glória se expressa, nos transforma na imagem do Senhor. O cerne da obra e do ministério do Espírito se chama transformação. Além, contraditória, não transformava ninguém. Hebreus capítulo 7, verso
19, diz o seguinte: "Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, não só na pessoa, ninguém; como uma pessoa, nada, coisa nenhuma". Hebreus capítulo 9, verso 9, se referindo também aos ritos cerimoniais da lei, a Bíblia diz que era ineficaz para aperfeiçoar aquele que presta culto. Então, a lei funcionou como uma espécie de diagnóstico. Mas imagine o raio-X que o ortopedista pediu: ele revela o problema; seu camarada quebrou não o braço, mas é só um diagnóstico, não é a implementação do processo. De cura, de colocar no lugar de imobilizar, a lei só tinha o papel do
diagnóstico. O homem é pecador e não resolve o seu problema, mas não transformava. Quem estaria traria transformação: era a finalização do processo da obra de Deus em Cristo, que seria viabilizada no tempo da Graça, a Nova Aliança em que vivemos, que é chamada de um ministério do Espírito. Aqui nós temos transformação, mas no ato da transformação, estamos a entender que isso é o cerne do evangelho que cremos e pregamos, que o homem não apenas seja transformado, mas seja transformado progressivamente na imagem do Senhor. Romanos, capítulo 8, verso 29, diz que aos que dantes conheceu, Deus
também os predestinou, ou seja, destino de antemão, para que a fim de que sejam conformes à imagem do seu Filho, Jesus. Esse é o plano que Deus tem para cada um de nós. 1 João 2:6 diz: quem nele deve andar, como ele também andou. 1 Pedro 2:21 diz: ele nos deixou exemplo para que a gente siga nas suas pegadas. Em 1 Coríntios, no capítulo 11, do verso 1, Paulo disse: sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo. Ele segue sendo o padrão, a referência. Filipenses 2:5: tenha em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus. Efésios 4:13: até que todos cheguemos à estatura do varão perfeito, o Cristo Jesus. Em 1 Coríntios 15, verso 49, Paulo diz: assim como trouxemos a imagem do homem terreno, uma referência ao primeiro Adão, assim também traremos a imagem do homem celestial. Todo o evangelho aponta numa direção: qual é o grande projeto do Deus que nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, nos transformar na imagem de Jesus. E quem é o responsável por nos levar a esse lugar? O Espírito Santo. Então, se o cerne do projeto de Deus
é a transformação na imagem de Jesus, é o Espírito Santo que viabiliza isso. A pergunta é: como não dar valor e importância ao ministério do Espírito? A transformação na imagem do Senhor é o produto final, é o alvo a ser alcançado. Para chegar lá, existe um processo que envolve várias etapas, e elas começam quando eu e você ainda éramos ímpios. Antes da conversão, quais são as primeiras coisas que alguém precisa para vivenciar a conversão e o novo nascimento? É só olhar para a pregação de Jesus em Marcos 1:15: arrependei-vos e crede no evangelho. Tudo começa
com arrependimento e fé. É responsabilidade do homem tanto se arrepender como crer, tanto que Jesus prega usando o imperativo: arrependei-vos e crede. Então, o homem é responsável pelo arrependimento e pela fé. Isso não significa que Deus o deixou sozinho e que Ele não ofereça recursos que colaboram no processo. Romanos, capítulo 2, por exemplo, diz a partir do verso 5 que a bondade de Deus conduz ao arrependimento. Então, existe um favor de Deus sendo liberado que vai nos ajudar nisso. Mas em João, no capítulo 16, no verso 8, falando do Espírito Santo, o próprio Jesus diz:
quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Então, se por um lado eu tenho a responsabilidade de ceder ao arrependimento, o Espírito Santo o tempo todo vai estar fomentando e se criando em mim espaço. Ele vai trabalhar para ganhar terreno nessa área. Quem está entendendo? Eu também tenho a responsabilidade de crer, mas em 2 Coríntios 4:13, ele é chamado de um espírito da fé e significa que ele também trabalha para que essa minha disposição de crer seja fortalecida, turbinada com os recursos que são oferecidos pelos céus, ou seja, ele está
envolvido em todo o processo que nos guia à conversão. Quando chegamos na conversão, e eu gosto da linguagem de Jesus, que chama isso de novo nascimento. Em João, no capítulo 3, Jesus fala para Nicodemos: se alguém não nascer da água e do Espírito. Alguém pode falar: não, ele está só falando que no novo nascimento é o nosso espírito que é recriado. OK? Tito, capítulo 3, verso 5 e 6, diz o seguinte, falando de Deus: ele nos salvou mediante o lavar regenerador. Regenerar significa gerar de novo, ou seja, novo nascimento. Ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Como é que nós nascemos de novo? O que o Espírito Santo está trabalhando? Então, ele não apenas está nos ajudando na preparação do arrependimento e da fé, mas no momento da experiência de conversão, ele está presente executando a obra do novo nascimento. Então, nós nascemos de novo. Está tudo pronto e resolvido? Não! Agora tem todo um processo transformador que nos leva a nos tornar cada vez mais parecidos com Jesus. O nome que damos a isso, usando a
nomenclatura bíblica, é santificação. E para isso, você ainda precisa do Espírito Santo. Gálatas, capítulo 5, versos 16 a 18, diz: digo, porém, o seguinte: viva no Espírito. Outras traduções dizem: andem no Espírito, e vocês jamais satisfarão os desejos da carne, porque a carne luta contra o Espírito e o Espírito luta contra a carne, porque são opostos entre si, para que vocês não façam o que querem. Mas, se são guiados pelo Espírito, vocês não estão debaixo da lei. Preso e confinado naquele lugar onde não existe transformação, terminou apenas o trabalho: arrependimento, a fé nos leva à
conversão, ao novo nascimento, mas ele trabalha em todo o processo de santificação e vitória sobre o pecado e sobre a carne, enquanto seguimos em direção ao alvo que é sermos cada vez mais parecidos com Jesus. Mas enquanto ainda estamos sendo transformados, o Deus que não esperou que nenhum de nós ficasse perfeito para nos usar, depois Ele pede que a nossa salvação, que estamos vivenciando e desenvolvendo, que ela seja compartilhada, que ela seja transbordada. E Ele conta conosco para que a sua mensagem seja pregada. Para que outros sejam alcançados e incluídos no Reino de Deus, mas
para que a gente possa servir, nós também precisamos da ação do Espírito Santo. E, no momento como esse, temos que lembrar da declaração de Jesus em Atos 1:8: "Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e vocês serão minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como na Judeia, Samaria e até os confins da terra." Jesus está dizendo que, para me servir, para trabalhar para mim, vocês precisam do Espírito Santo. Então a pergunta não é se a obra do Espírito Santo é importante; ela é verdadeira, vital e essencial. A pergunta é: podemos fazer alguma coisa sem ele?
E a resposta é: não. Nós precisamos entender o nível de importância dessa obra, porque em todos os seus processos ela nos guia para o cerne, para o foco da Nova Aliança, que é viver transformação. Além disso, a segunda coisa que eu quero destacar, para que a gente reconheça a importância do ministério do Espírito Santo, é que uma experiência com o Espírito Santo nunca foi opcional, nem no ensino de Jesus, nem dos apóstolos. No Evangelho de João, no capítulo 14, eu vou ler os versos 16 e 17: "Jesus assim disse: Eu pedirei ao Pai, e ele
lhes dará outro Consolador" (algumas traduções dizem ajudador), "a fim de que esteja com vocês para sempre." Eu vou pedir a gentileza de você repetir essa frase comigo: "A fim de que esteja com vocês para sempre." Jesus segue dizendo: "O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não vê nem conhece. Vocês o conhecem, porque ele habita com vocês e estará em vocês." Ou seja, do lado de dentro. Daqui a pouco, Jesus está anunciando que as coisas vão mudar e ele estará em, ou seja, do lado de dentro de vocês. Eu não vou falar
sobre isso ainda hoje, esse assunto fica para as próximas ministrações, mas eu lembro dessas palavras de Jesus, e eu comecei a prestar atenção nisso ainda adolescente. Então, não era só imaturidade bíblica, falta de entendimento teológico; era também uma questão de maturidade para a vida. E a sensação que eu tinha, numa leitura que era emocional, é que o Espírito Santo era uma espécie de estepe. O que eu quero dizer com "estepe"? Jesus está dizendo: "Gente, eu vou sumir um tempo." Se você olhar o contexto de João 14, Jesus disse: "Eu vou preparar lugar; e depois que
eu for, preparar lugar, eu volto para buscar vocês." Então, o que ele está anunciando é que ele vai se ausentar. No verso 18, logo após o texto que acabei de ler, Jesus vai dizer: "Não vos deixarei órfãos." Tentar dizer: "Não é abandono, é temporário", e diz: "Na minha ausência, eu já pedi ao Pai um outro Consolador." Então, alguém vem "segurar a onda". Eu pensava: "Já que Jesus vai embora e a gente não vai poder tê-lo pessoalmente, ele vai deixar o Espírito Santo para que o negócio funcione." Mas, na minha cabeça, era quase como um estepe.
O que eu quero dizer com isso? Já passei por essa fase quando solteiro; infelizmente, alguns já passaram por essa fase enquanto casados. Essa fase que eu digo tem a ver com o começo, em que vemos garotas que dão valor a coisas que não precisam. Vejo caras que já são casados, ou seja, são a cabeça do lar, mas que não funcionam como cabeças de governo. É um cabeção! Por quê? Porque ele bota não sei quantos mil reais em rodas esportivas no carro, enquanto está faltando coisas básicas dentro de casa. Mas o que é interessante é que,
mesmo fazendo essa façanha de não dar tudo que a família precisa para ter aquilo que ele quer, ninguém investe em cinco rodas; o jogo normalmente são quatro. Por que nós não estamos nem aí para o estepe? O estepe não vai aparecer; salva um carro ou outro; a maioria fica guardado, escondido no porta-malas. Se tiver que usar, é só numa situação emergencial, curta e breve, até que as coisas se resolvam. Na verdade, quando falamos do estepe, nem o pneu é... Essas coisas que eu quero dizer é a roda. Então, na minha cabeça, eu pensava no Espírito
Santo meio como um mistério. Jesus está dizendo: "Ó, já que eu tô indo, vocês vão ficar sem ninguém até que eu volte; vocês não vão estar totalmente abandonados." Essa era a minha leitura. Um dia, Deus usa as palavras do próprio Jesus para me corrigir. E, em João, no capítulo 16, eu vou ler os versos 7 e depois os 12 a 13. Nosso Senhor diz: "Mas eu lhes digo a verdade: é melhor para vocês que eu vá. Pois, se eu não for, o Consolador não virá para vocês; mas, se eu for, eu o enviarei a vocês."
Eu falei: "Espera, espera! Que conversa é essa? Jesus, é melhor para nós que o Senhor vá embora?" Daí Jesus está dizendo: "Sim, porque, se eu não vou, o Consolador não vem." Então, olha a ordem ou a perspectiva que Jesus está apresentando das coisas: Jesus está dizendo que o Espírito Santo não vai vir porque eu estou saindo; eu tenho que sair para que ele venha. E para vocês é melhor que ele venha logo. Nós não podemos imaginar que o que está sendo enviado é um estepe que vai baixar o nível. Quem está entendendo, diga Amém! Mas
Jesus não diz só que o Espírito Santo ia baixar um nível. Aliás, a palavra "outro", no original grego, é "outro igual em qualidade", do mesmo nível. Ele não está falando de ninguém que seja inferior. Mas, nos versos 12 a 13, é o que Jesus fala, e aí vai fazer sentido a declaração do 7: "É melhor para vocês que eu vá; tenho ainda muito para lhes dizer, mas vocês não podem suportar agora. Porém, quando vier o Espírito da Verdade, ele os guiará em toda a verdade." Ele não falará por... Sim, mesmo, mas dirá tudo que eu
vi e anunciará a vocês as coisas que estão acontecendo. Jesus, te presta atenção, tem coisas para descarregar que nem eu dou conta de entregar e nem vocês têm condição de suportar. Mas, quando o Espírito Santo vier, ele vai além de todas as limitações minhas e de vocês, e ele vai comunicar a verdade de uma forma, em um nível que ela vai penetrar profundamente em vocês. Sabem que Jesus está dizendo: ele não veio só para manter o nível; Ele veio para subir o nível. Quem está entendendo? Sabem que as pessoas desmerecem demais a importância da obra
do Espírito Santo. Outro dia, alguém falou: "Subirá, eu acho que você supervaloriza". Falei: "Aprendi com Jesus, foi ele quem disse: ‘Convém que eu vá para que o Espírito Santo venha’, que é melhor para nós". Você acha que está valorizando ou não? Aliás, em Mateus, no capítulo 12, você vai ver Jesus dizendo o seguinte: "Se vocês contra mim, o Filho do Homem, a gente se resolve, dá para perdoar. Esse blasfemar contra o Espírito Santo deu ruim, para sempre não haverá perdão, nem nesse mundo, nem no vindouro". Jesus não está apresentando o Espírito Santo como uma pessoa
melindrosa que não consegue perdoar. Como Ele, nós vamos falar sobre isso ao longo do mês. Jesus está mostrando que existe algo tão vital na pessoa e na obra do Espírito Santo que quem desconecta daqui está perdido. Nós precisamos entender a importância da sua obra, porque, sem a valorização dela, nós nunca buscaremos ou nos exporemos àquilo que Ele tem para fazer em nós como deveríamos. Em Lucas 24:49, ainda falando de Jesus, agora ele já morreu e ressuscitou, começando os discípulos a pregar pelo mundo, ele diz assim: "Eis que envio sobre vocês a promessa de meu Pai.
Permaneçam pois na cidade" — ele está falando de Jerusalém — "até que vocês sejam revestidos do poder que vem do alto". Esse é o finalzinho do último capítulo do Evangelho de Lucas. Quando inicia o livro de Atos, que foi escrito pelo mesmo Lucas, aliás, a gente brinca que é o tombo 2, ele escreve ao mesmo Teófilo tanto o evangelho dele como o livro de Atos. Lucas começa exatamente onde parou. Atos, capítulo 1, versos 4 e 5, falando agora de Jesus ressuscitado, que por espaço de 40 dias aparece aos seus discípulos e orienta-os nas coisas concernentes
ao reino de Deus. Eu gosto de calibra a doutrina deles. O texto diz assim: "E, comendo com eles, deu-lhes esta ordem: Não se afastem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, a qual vocês ouviram de mim, porque João, na verdade, batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias". Jesus diz: "Ninguém a ré do pé daqui, ninguém vai a lugar nenhum, não pode fazer nada nem do que eu mandei antes de serem revestidos do poder do Espírito Santo. Nenhum de vocês vai poder fazer nada sem Ele". Ele disse:
"A promessa do Pai, eu vou garantir que ela se cumpra". E você precisa entender que essa provisão precisa ser experimentada para que a obra de Deus seja realizada. Quem está entendendo? Então, não é só o ensino de Jesus nos dias do seu ministério terreno, não é só o que Ele falou depois de ressuscitado, mas ainda com seus discípulos, antes de subir aos céus, e depois que Ele foi elevado às alturas, assentou-se à direita de Deus. Nós temos um episódio narrado no livro de Atos que atribui à palavra de Jesus. O próprio Senhor Jesus aparece a
Saulo no caminho de Damasco. A conversão, do que viria a ser o apóstolo, a conversão de Paulo é inquestionável. A Bíblia diz, em Atos 9:9, que ele ficou três dias trancado num quarto, sem comer nem beber. É tipo quem já fez jejum: sabe que os primeiros três dias são os piores, principalmente se você pega assim, de repente, sem preparação. É aquela fase da limpeza, desintoxicação do corpo. Agora, se você pelo menos está ingerindo muita água, você ameniza o processo. Agora, jejum sem água, absoluto, total, como a gente diz, é o mais austero. Tipo de jejum,
como diz uma moçada aqui da igreja, é punk! Pastor, é rádio, é pesado. Agora, o cara acabou de se converter, está três dias no jejum mais severo de todos, orando, trancado num quarto. Eu não tenho dúvida de que esse cara teve um encontro com Deus. Só que, enquanto Paulo está aqui orando, Jesus aparece a um outro discípulo, chamado Ananias, e na tradução da Bíblia na linguagem de hoje do pastor, dos Santos, Subirá, minha própria versão. A verdade é que essa aqui é a versão mineira. Jesus fala para Ananias mais ou menos assim: "Eis-me aqui, Senhor".
E disse: "Tem um servicinho. Você que se encontra na casa de fulano, lá na rua tal, que você procure por um tal de Saulo, apelidado de Tarso". Quando Jesus fala isso, Ananias interrompe. Eu não sei o que é conversar com Jesus, não. A visão aberta assim. Eu fico pensando, o cara tem que ser meio abusado! Jesus, ele olha para Jesus e diz assim: "Não é flor que se cheire. Nós dois sabemos que ele veio para perseguir o teu povo, aqui está colocando a turma na cadeia, tá matando gente! Encrenca assim!". Eu imagino que, se a
gente fosse falar as coisas na linguagem contemporânea dos brasileiros, talvez Jesus, pelo menos na descrição do meu relato, falaria mais ou menos assim: "Sabe de nada, inocente! Já apareci para ele, eu mesmo ganhei o cara". Fico imaginando como ia ficar aí, de Ananias, ele falou: "Ele tá trancado, três dias, orando, jejuando, e viu um homem Ananias entrar e pôr as mãos sobre ele". Você já mostrei que você vai agora. Você tem que eu quero que você leve para ele uma mensagem. Diga para ele que não vai pregar só para os patrícios... Os patriotas dele, os
judeus, vão pegar por Gentil os Ministérios. Bom, dia internacional. Eu vou colocá-lo como testemunha diante Reis de governantes. E o cara sai pegando fogo, vai pra lá, profetiza. Quando ele chega, ó, o que ele explica para Paulo em Atos, capítulo 9, versículo 17? Está o registro: então Ananias foi entrando na casa e pôs as mãos sobre Saulo, dizendo: "Saulo, irmão, o Senhor Jesus que apareceu a você no caminho para cá me enviou para que..." Para quem é indicativo de propósito. "Para que, número um, você volte a ver." A Bíblia diz que, desde a visão de
Jesus, ele não enxergou mais nada, ficou todo esses três dias sem ver, foi guiado até aquela casa pela mão por alguém. "O Senhor me mandou aqui para impor as mãos para que," número um, "você volte a ver." Número dois: "fique cheio do Espírito Santo." Agora, pensa comigo: Jesus, o cabeça da igreja, está dizendo a Ananias: "Eu apareci para ele. Eu ganhei o cara. Eu dei um propósito extraordinário. Na verdade, eu escolhi ele antes do nascimento, lá no ventre da mãe. Eu já tinha determinado fazer essas coisas. Agora que elas começaram a acontecer, é importante que
você analise: toda a igreja saiba de algo. Não adianta ele ter um nível de conversão que teve comigo aparecendo para ele. Não adianta ele ter o nível de resposta de consagração que ele está tendo, orando e jejuando, esse camarada precisa ser cheio do Espírito Santo, depois de me encontrar." Ananias, prioridade zero, número um: vamos chamar de zero, você é cheio do Espírito Santo. Agora, honestamente, nós vamos tentar ousar sustentar uma teologia que colide não só com a Escritura, mas com os mandamentos do próprio Senhor da Igreja. Como nos tornamos uma igreja que desvalorizou tanto a
obra do Espírito Santo? Eu sei que estou generalizando e sem justiça com alguns, mas ameniza… Chega sem justo por nível de bronca que eu tinha que levar, porque nós temos brincado com o Espírito Santo como se fosse algo opcional, quando ele, na verdade, é essencial, é vital para que a gente consiga desfrutar tudo aquilo que Deus tem. Agora, a pergunta é: além de Jesus, como igreja, como a liderança que Ele levantou desde o início, como os apóstolos e profetas que Ele mobilizou para estabelecer os fundamentos da igreja e da doutrina do Novo Testamento, como é
que eles criam e agiam? O apóstolo Pedro, na primeira pregação em Atos 2, eu não sei se ele não terminou fazendo apelo ou se interromperam ele antes, mas alguém pergunta: "O que é que nós vamos fazer com isso tudo que você está falando?" E Atos 2, versos 38 e 39, mostra que Pedro responde assim: "Pedro respondeu: Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos pecados." A gente pensa: "Glória a Deus, aleluia! É isso: arrepender, converter, batizar em nome de Jesus, sempre perdoados, vida zerada para recomeçar." É tudo?
Não! Ele pode dizer: "Sejam batizados, recebam a remissão dos pecados," e disse: "E vocês receberão o dom do Espírito Santo." E diz, na sequência, depois de arrepender, crer, confessar publicamente a fé e ser perdoado: qual o próximo passo? "Receber não só o dom do Espírito Santo." Aí, ele enfatiza logo depois que "receberemos o dom do Espírito Santo." E diz o que? "A promessa é para vocês." Você pode fazer isso comigo? Diga: "A promessa é para nós." Ele continua: "E agora uma palavra aos pais, aos que sonham com isso, futuros pais e mães." E diz: "A
promessa é para vocês e para os seus filhos." Diga comigo: "A promessa é para os meus filhos." Ele continua: "Mas o Senhor está falando pra gente, dizendo que é para nós, nossos filhos, mas está falando para os judeus daquele dia." Ok! Ele continua e diz: "Para todos os que ainda estão longe." Não são longe de Deus, uma longe geograficamente, longe no tempo. "Para todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar." Inclusive essa galera toda que está nos ouvindo hoje na cidade de Curitiba, Brasil, mais de dois mil anos depois. "A promessa é para todos os
que Deus ainda iria chamar." A promessa é para cada um de nós. A promessa não é só para cada um de nós; é para as nossas casas, é para os outros que ainda serão salvos, porque se existe um plano inegociável que Deus tem no pacote, no combo da salvação e da redenção, é que o Espírito Santo seja desfrutado e experimentado. Atos, capítulo 8, nos mostra que Felipe, fugindo da perseguição, acaba pregando o evangelho em Samaria. A igreja negra, gerenciada pela ordem de Jesus: "Vocês vão ser minhas testemunhas. Não só em Jerusalém, Judeia, mas também lá
em Samaria e confins da Terra." Não foram. Na hora da perseguição, eles acabam fazendo missões acidentais, não intencionais, enquanto estão fugindo para salvar o couro. Começaram a pregar o evangelho em outro lugar. O evangelho está expandindo, e Samaria vive um avivamento. Nesse avivamento, tem gente sendo curada, liberta, o povo está se convertendo. A Bíblia diz que havia grande alegria na cidade, e as pessoas estão sendo batizadas. E alguém leva a notícia para os apóstolos que não fugiram de Jerusalém. Atos 8, 14-17: "Assim, quantos apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram que o povo de Samaria tinha
recebido a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João." Eu fazia um comentário aqui, que daqui a pouco eu explico. Só a diretoria chegando ali oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo, pois o Espírito ainda não havia descido sobre nenhum deles; tinham apenas sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então, livre, impuseram as mãos e eles receberam o Espírito. Espírito Santo. Então, para pensar, a notícia chega em Jerusalém: Samaria recebeu a palavra. Os caras! Glória a Deus, aleluia! Tá convertendo gente pra caramba, sinais, prodígios. Ela tá um avivamento, glória a Deus! E olha, o
povo está sendo batizado em peso, no que? Ah, por enquanto, só nas águas e não no Espírito Santo. Parece que ninguém teve a experiência lá, não? O que que os apóstolos... mas vão ter! Porque a prioridade zero, depois do encontro com Jesus, é um encontro com o Espírito Santo. Paulo se refere a três: não só da equipe dos doze, mas de todos os demais que compunham a liderança da igreja em Jerusalém; apóstolos e presbíteros. Paulo se refere a três que ele chama de as colunas da igreja. Entre os três, estão Pedro e João. O terceiro
é Tiago, irmão do Senhor, que viria a se tornar o grande líder da igreja em Jerusalém depois de Pedro. Pedro e João... por isso que eu brinquei, só a diretoria! Eles pegam o que têm de melhor no time e vão mandar os melhores. O povo chega lá e começa a focar na próxima necessidade básica, essencial para qualquer um que já se converteu: prioridade. Atos, capítulo 19, versos 1 e 2. Agora estamos falando das viagens missionárias de Paulo, e estamos falando de muitos anos depois. Aconteceu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões
mais altas, chegou a Éfeso. Encontrando ali alguns discípulos, perguntou-lhes... Outra tradução diz: alguns que se intitulavam discípulos. Perguntou-lhes: "Primeiro, pergunto, primeiro do check-list. Isso precisa revelar algo para mim, para você: vocês receberam o Espírito Santo quando creram?" Vocês estão dizendo que são discípulos. Vamos lá, vocês receberam o Espírito Santo quando creram? Do lado de cá, os caras respondem: "Não, nem ouvi falar que existe esse tal de Espírito Santo." Quando essa turma responde que não só não recebeu, mas não sabe nem do que Paulo tá falando, a partir do verso 3, que nós não lemos aqui,
a nova pergunta de Paulo é: "No que é que vocês foram batizados?" Por que que a próxima pergunta de Paulo é: "O que é que vocês foram batizados?" Gente, vamos lá, vamos pensar... Paulo tá dizendo: "Eu não reconheço o evangelho que os levaria a Jesus e não os introduziria à pessoa do Espírito Santo. Me explica, o que é que pregar, o que é batismo? É isso? O que é que rolou? Porque não tá fazendo menor sentido para mim essa história! Tinha sido vendido tão incompleta." Diz: "Não, são batizando no batismo de João, João Batista." Eu
acho que agora era a hora do Paulo falar: "Sabe de nada, inocente! João Batista anunciou o Cristo que viria. O próprio João Batista disse que, quando o Cristo viesse, ele já veio; ele viria com seu próprio batismo, nas águas e no Espírito Santo. Ele já veio!" Vocês ainda estão dando batismo de João? Paulo disse: "Quer saber? Vamos começar tudo de novo! Leva todo mundo pra água, batiza todos eles em nome do Senhor Jesus." E a Bíblia diz que cada um deles, cada um foi cheio do Espírito Santo, passaram a falar em línguas e a profetizar.
Foram cheios do Espírito Santo, como os apóstolos tratavam a prioridade zero. E não é apenas olhar alguém converter: "Eu vou mudar até para reconhecer se converteu!" Às vezes, eles olhavam... Deus fez quando o apóstolo Pedro tava orando, em Jope. Ele teve uma visão: Deus disse para ele: "Não chame de impuro o que Deus purificou." Ele tava tentando entender o que era essa visão, o que era essa coisa doida que não me faz menor sentido. De repente, o Espírito Santo fala com ele: "Alguns homens estão aí na porta e te procuram. Vai com eles sem nada
duvidar." Ele não tinha campainha, não tinha interfone, não tinha nenhum tipo de comunicação telefônica ou de internet para avisar: "Estamos chegando!" Mas o nível de comunicação do sobrenatural que esses caras viviam... Desculpa, esse assunto fica para as próximas mensagens, era fora de série. O Espírito Santo fala com ele: "Vai com eles, nada duvidando." E ele vai, mas ele nunca teria ido se não fosse a visão e um comando claro. Porque a cabeça de Pedro ainda funcionava nos termos da lei de Moisés, que proibia judeus de ter contato com gentios. Mas Jesus mandou que eles fossem
testemunhos até os confins da terra! Como é que eles não iam ter contato? Mas eles ainda não estavam entendendo a inclusão dos gentios. Então, ele chega e fala: "Olha pra mim! Nem é permitido por aqui, mas já que Deus mandou, eu resolvo o problema depois." E Pedro começa a pregar sobre Jesus, e o Espírito Santo caiu sobre todo mundo. Pensa na mensagem que não terminou, que não deu tempo de fazer apelo! E a Bíblia diz que os judeus que foram com Pedro, o time da segunda divisão, ficaram maravilhados, porque a Bíblia diz que os ouviam
falar em línguas e glorificar a Deus. E qual foi a reação de Pedro? "Vamos batizar todo mundo na água!" A noite chegou em Jerusalém antes de Pedro voltar. Quando Pedro volta, depois da notícia ter chegado, já estava lá o time dos fariseus esperando por ele: "Os convertidos, você entrou em casa de gentios, você comeu com eles!" Pedi: "Gente, deixa eu explicar. Antes de eu fazer o que vocês tão certos, e ouvir o que eu fiz, eu estava orando. Deus me deu uma visão e Ele falou isso. Depois, o Espírito Santo falou comigo: Alguns homens eram
buscá-lo, vá com eles, nada duvidando. Esses homens só vieram um pouquinho longe de Deus! Apareceu Ele! Esse é um homem piedoso, sério, tem bom testemunho de todo mundo. Quando cheguei lá, tentando entender o que Deus queria e comecei a pregar o evangelho, o Espírito Santo foi derramado sobre eles." Atos 15 é Atos 11, perdão, de 15 a 18: Pedro diz: "Quando comecei a falar, o Espírito Santo caiu sobre..." Eles, como também sobre nós, no princípio, quando ele usa essa frase: "como sobre nós no princípio", ele falou: "Galera, o padrão tá repetindo. Deus tá fazendo as
coisas do jeito dele." Aí ele continua e disse: "não me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: 'João, na verdade, batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo'; pois se Deus deu a eles o mesmo dom que tinha dado a nós, quando cremos no Senhor Jesus, que era eu, para que pudéssemos resistir a Deus, agora, olha, o circo tá pegando fogo!" Quando ele falou isso, a Bíblia diz quantos demais ouviram isso e glorificaram a Deus. Já estava atrasado, podia estar fazendo desde o início, glorificando a Deus, dizendo: "Então, também aos gentios, Deus
concedeu o arrependimento para a vida." Como é que eles entendem que a salvação se estendeu? Quando eles reconhecem que a promessa do Espírito foi concedida a eles da mesma forma que havia sido dada ao primeiro grupo que creu nele. Eu não consigo olhar para esse volume de textos e mensagens e imaginar que essa turma não valorizava a obra do Espírito Santo da maneira como nós desvalorizamos atualmente. Em Atos 14, eu nem vou gastar muito tempo aqui; eu tô dando muita cena dos próximos capítulos para deixar vocês curiosos e para vocês voltarem para os outros cultos.
Mas eu quero explorar isso um pouco melhor. Paulo e Barnabé saem como base missionária; eles vão pregar no meio dos gentios, o que era um desafio, porque pregar para judeus era relativamente mais fácil. Os caras já criam na Bíblia, ele só tinha que convencer o judeu, baseado na Bíblia da época, no Antigo Testamento, que Jesus era o cumprimento das promessas. Mas existe um ponto comum: quando iam pregar no meio dos gentios, chamados pagãos, eles criam em outros deuses. Eles não tinham o ponto de referência da Bíblia. Por isso que o evangelho tinha que ser pregado
com sinais, prodígios e milagres; não haveria conversão. Mas mesmo depois, na hora de se pular um judeu que se convertia, já sabia que moralidade não podia. Um judeu que se convertia já sabia que idolatria não podia; esses assuntos eram tão básicos que nem entravam no discipulado. Mas os gentios convertiam, praticando imoralidade dentro do culto aos seus deuses, que eram templos com ídolos. Então, até particular, o trabalho aqui era outro. Levanta esse desafio em conta: imagina que Paulo e Barnabé, com algumas pessoas que os acompanharam, chegam numa cidade, pregam o evangelho, agregam o primeiro número de
convertidos, e não gás fortalece aquela turma. Fica um pouco de tempo, daqui a pouco eles dizem para essa turma: "Galera, segura a onda aí que nós vamos prestar e pregar o evangelho." E deixavam aquele grupo para trás, chegando à velocidade do evangelho, ganhando vários, começando a discipular, dando o básico para eles. Falavam a mesma coisa: "Segura a onda aí que nós vamos ganhar em outra cidade." Na outra cidade, faziam a mesma coisa: ganhavam a turma, estavam com gás inicial, ficavam um pouco de tempo e diziam: "Gente, partiu, próxima cidade para gravar o evangelho." Eles iam
para outra cidade. O que, depois de Atos 13 e 14, era uma jornada de várias cidades: o que eles resolveram fazer? "Agora vamos voltar em todas as cidades por onde nós passamos e vamos fortalecer a alma dos discípulos." E Atos 14:23 diz: "Assim, promovendo-os em cada igreja, eleição de presbíteros, depois de orar e jejuar, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido." Presbíteros são apresentados na Escritura como os responsáveis pelo governo da igreja local. Nós estamos falando de liderança, não só de pastoreamento, mas estamos falando de governo. Essas assembleias eram devidamente presididas. Isso significa que
eles vão estabelecer na volta. É porque quando saíram, não tinha líder, não tinha pastor. Quem que deixa um bando de novos convertidos sem líder, sem ninguém para pregar, para ensinar? Agora, pior do que não ter pastor, eles não tinham Bíblia. O Novo Testamento ainda não tinha sido escrito; o Velho Testamento só era acessado pelos judeus nas sinagogas, e os gentios não seriam recebidos, não podiam entrar em uma sinagoga. Então, eles não tinham Bíblia, esse povo não tinha um prédio de reunião, como nós temos. A igreja não é o prédio; a igreja somos nós. Mas eles
não tinham um prédio. Passou o prédio, a coisa mais essencial, não uma ajuda para caramba. Pode não ser a mais vital, mas é bem importante. Se não, a gente não veria as igrejas depois se organizando e dando tudo isso, um local para reunião, líderes e até a própria Bíblia seria providenciada. Agora, como é que eles largam esse povo sem Bíblia, sem líder, vão embora sem preocupar se essa turma vai desviar? Hoje em dia, nós damos um pregador, nós damos Bíblia, nós damos um pastor. E o povo dizia: "Você imagina?" E aí você vai entender por
que eles trabalhavam com a obra do Espírito Santo dessa forma. Primeiro de João do Santo e tem desconhecimento. Primeiro de João 2:27, ele continua e diz: "Porque é a unção do Santo que está em vós, e é verdadeira. Ela vos ensina todas as coisas." Jesus tinha dito: "Ele vos guiará toda a verdade." Ele estava dizendo: "Chegará a hora em que nós vamos providenciar a liderança." Isso era importante. Quando isso acontecer, chegará o momento em que nós teremos a Bíblia e o padrão de fé de tudo aquilo que será pregado e ensinado. Chegará o momento em
que nós vamos providenciar as outras coisas. Mas agora, a essência de tudo, vocês têm que se deixar ser governados e liderados pelo Espírito Santo. Agora, hoje nós temos tudo: temos estrutura, temos Bíblia, temos um pastor. Temos umas coisas que eles não tinham e não conseguimos produzir, nem de longe, o impacto que eles tinham. Produziam o que nós tratamos como opcional, o que para eles era essencial. Dá para entender a diferença. Terceiro e último lugar, para a gente terminar e passar a ser: se a obra e o ministério do Espírito é tão importante, como estamos falando,
não só para o resultado final de ser transformados à imagem de Jesus, mas desde o início, arrependimento, fé, conversão, santificação, capacitação para o ministério, enquanto estamos sendo trabalhados até chegar no produto final. Tudo está relacionado com Ele. Por que Deus não derrama logo do Espírito Santo de uma vez e faz tudo o que Ele tem que fazer? Esse é o ponto que rapidamente nós vamos abordar, que é a preparação para as próximas palavras. Por que Deus não faz tudo sozinho? O homem é chamado a interagir com o Espírito Santo. Eu quero terminar falando da nossa
responsabilidade. Quando Jesus fala aos discípulos: não se ausentem de Jerusalém, eles não ficam só esperando. Atos, capítulo 1, verso 14, fala da relação, os nomes de todos os apóstolos, incluindo Matias, o substituto, dizem assim: todos esses perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele. Esse povo está usando um recurso: a oração, uma chave. Jesus, em Lucas 11, diz: se vocês, sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai celestial não dará o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem? Sabe o que Ele está
dizendo? Não é automático nem espontâneo. Você vai ter que aprender a orar a respeito disso. Você vai ter que fazer a sua parte para se expor, para que você acesse aquilo que não é automático nem espontâneo. Quem está entendendo, diga Amém. Aliás, é impressionante como a oração está por trás dessas manifestações. Em Atos, capítulo 4, os apóstolos foram presos por pregar o Evangelho. São ameaçados para não falar mais, são soltos; quando são soltos, eles reúnem um time para orar. Essa turma começa a levantar uma oração unânime a Deus. Em Atos 4:29 a 31, estão dizendo:
Senhor, concede que anunciemos com toda intrepidez a tua palavra, enquanto o Senhor estende a mão para operar cura, sinais, prodígios e milagres em nome do teu santo servo Jesus. Estão dizendo: ninguém vai me parar, ninguém vai nos parar. Nós vamos continuar nesse negócio que nem um louco, sangue nos olhos, faca no dente. Nós vamos cair para dentro, mas precisamos do Senhor. O verso 31 diz assim: tendo eles orado, tremeu o lugar onde eles estavam reunidos. Do Poder de Deus! Você imagina? Tremendo o lugar onde eles estavam reunidos. E o texto termina dizendo assim: todos ficaram
cheios do Espírito Santo e, com ousadia, anunciavam a palavra de Deus. Aí nós vamos entender melhor essa questão da responsabilidade. Efésios 5:18, a Bíblia fala de um outro ambiente onde nos tornamos mais suscetíveis, sensíveis a Deus, que é o Espírito. Além da oração, que é a adoração, e diz: não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito. Imperativo! A ordem foi dada a nós: Deus diz que vocês têm que se encher. Vocês não podem esperar. Tem uns crentes que eu acho que imaginam que o Espírito Santo vai correr atrás dele: “Por
favor, deixa eu te encher.” Vai pegar mal para mim lá em cima com o Pai. Se você não me deixar me encher, eu preciso, não vou me sentir um bom Espírito Santo se você não me der espaço. E vai olhar para você e dizer: quem escolheu perder foi você. Nós temos que nos expor. Paulo diz: não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, hinos e cânticos espirituais. A Bíblia diz que Deus habita no meio dos louvores. Gente, nós precisamos parar com essa mentalidade. Me perdoa a
honestidade estúpida de achar que o que nós temos, quase metade do culto, é uma cantoria. Aliás, depois ainda falarei. Eu chego depois, eu acho só lástima, não apenas porque ele não entendeu que Deus é digno de honra e adoração, mas ele entendeu que Deus não precisa. Quem precisa disso é a gente. O impacto não é nele; é na nossa vida. Há uma exposição à presença d'Ele. Nós somos responsáveis por provocar o enchimento. Quem está entendendo? Aliás, essa conjugação "enchei-vos", que é feita no koiné grego antigo, a língua original em que foi escrito o Novo Testamento,
a gente não tem um equivalente ao que foi escrito em português para traduzir. Aliás, na maioria das línguas não tem. O que é o que os estudiosos chamam de tempo contínuo? É uma ação ininterrupta. Se fosse traduzido ao pé da letra, seria mais ou menos assim: continuem a se encher e nunca, jamais parem de se encher. O máximo que a gente tem para indicar continuidade é o gerúndio. "O pastor está pregando. Daqui cinco minutos, não estará mais pregando." Só funciona para agora e não garante continuidade. Eu só reconheço que a ação está acontecendo neste momento,
mas não garante continuidade. No italiano, eles têm uma coisa um pouquinho melhor do que a gente para falar de efeito. Por exemplo, eles não dizem que Jesus morreu ou foi morto, como nós conjugamos. No italiano, eles falam: "Jesus è morto". Porque existe uma regra na gramática deles. Deixa eu ver se vou lembrar exatamente como explicar: a morte de Jesus está no passado, mas o impacto da morte segue dando resultados. Nós conjugamos no presente, mas não estamos conjugando o infinitivo. O que foi nos pedido é um ato contínuo. Quem era? Tem Atos 4. Tremeu o lugar!
Estão buscando ser cheios do Espírito Santo, é o povo que já estava em Atos 2, no dia de Pentecostes, que já tinha sido cheio do Espírito Santo e falado em línguas. Eles entenderam que isso não é uma única experiência, mas um ato contínuo. E que nós somos... Responsáveis por buscar o enchimento e, de novo, em Atos, assim como em Atos 2, nós temos um ambiente de oração. Ou seja, nós temos que entender a nossa responsabilidade. Esse assunto será abordado nas próximas mensagens, mas só para arrematar aqui: Paulo diz "não apagueis o Espírito". O que ele
está dizendo? As traduções mais antigas dizem "não extingais o Espírito". Existe algum botão escondido em algum lugar, dotado de alta tecnologia espiritual, que se alguém descobrir e apertar, o Espírito Santo desaparece e deixa de existir? Você não extingue a pessoa; Ele é o Deus eterno. Aliás, Apocalipse 14, eu chamo de Hebreus 9:14. Eu chamo de "o Espírito eterno"; Ele não tem começo nem fim. Então, a pessoa d'Ele não pode ser extinta. O que é extinto é a Sua obra. A obra d'Ele é apresentada na Bíblia como um fogo na minha e na sua vida. Para
o fogo ficar aceso, você tem que botar combustível. Não importa se é lenha; o tipo de combustível que estamos falando. Se você põe pouco, o fogo diminui; se parar de pôr, o fogo apaga; se botar muito, o fogo aumenta. Mas a nossa responsabilidade é manter o fogo aceso. Não é d'Ele. Então, se entendemos a importância da obra d'Ele a ponto de valorizar, e dizer "isso é muito sério", a gente não pode brincar, e entendemos a responsabilidade de participar no processo e interagir, isso vai nos levar a um lugar diferente. Pastor, como é que a gente
interage? Mesmo não perca os próximos domingos, porque nós vamos parcelar esse assunto. Eu gostaria que você fechasse seus olhos por um instante antes de passarmos à ceia. Eu quero te fazer uma pergunta. Eu sempre preciso de alguma pergunta prática quando ouvimos a palavra de Deus, como fizeram para Pedro no dia de Pentecostes: "O que eu faço com isso tudo que você falou?" Então, a minha pergunta para você, para você saber para onde vai, é importante que você saiba onde está para dar os próximos passos. Você tem que saber onde está. Então, a minha pergunta para
você: onde você se encontra diante desse cenário que apresentamos? Será que você está como aqueles efésios que nunca ouviram falar do Espírito Santo, que, daqui a pouco, vão descobrir que não só não receberam o Espírito Santo, como nem Jesus receberam ainda? Que você estava desejoso, estava aberto, estava cheio de vontade, mas mal orientado e precisando do básico, porque esse é o lugar onde você está. O próximo passo é trazer Jesus de verdade para dentro e buscar, na sequência, a experiência com o Espírito Santo. Nessa vibe dos efésios, não? Eu acho que eu tô como os
apóstolos antes do dia de Pentecostes. Eu já encontrei Jesus, eu sei que eu preciso do Espírito Santo, mas ainda estou buscando e não cheguei nesse lugar da experiência. Então, sabendo onde você está, você sabe que o foco agora a ser resolvido é a experiência com o Espírito Santo. Pastor, eu acho que tô melhorzinho. Eu acho que não estou no lugar dos efésios, nem dos apóstolos antes de Pentecostes; eu estou naquele momento dos apóstolos depois de Pentecostes, orando para voltar a ser cheio, porque eu não tive o fogo aqui tão alto como deveria. Sabendo onde você
está, você sabe para onde precisa ir. Eu tô querendo os apóstolos tremerem o lugar que estavam reunidos. Eu tomei no ato; continuo sendo cheio do Espírito Santo. O que é que eu preciso entender como entrar nas águas profundas? Nós vamos falar disso nos próximos domingos. Mas sempre há um lugar para que a gente, e para que você, entenda para onde vai. Você precisa reconhecer onde está. Alguns dias atrás, uma semana e pouquinho atrás, estava no final de um desses períodos de jejum. Eu tive uma experiência singular. Eu estava assim, estragado de sono na madrugada. Eu
tinha feito o que eu não gosto: tomei muita água antes de ir para a cama e acabei acordando no meio da noite precisando ir para o banheiro. Eu fiquei até com raiva de ter bebido água, porque eu não queria; o sono estava profundo, estava gostoso. Eu lembro que voltei do banheiro para a cama preocupado em dormir em pé, tão grogue de sono que eu estava. Pensei: “Será que tem algum período que eu durmo em pé, de eu cair aqui?” Sério que eu pensei nisso, porque eu estava assim. Eu pensei: “Gostaria de encostar a cabeça no
travesseiro, mas não dá 3 segundos, já paguei.” Fui para Nárnia. Enquanto eu pensava isso tudo e me acomodei, encostei a cabeça no travesseiro, uma voz suave parecia um pensamento, um sentimento: "Por que você não ora um pouquinho?" Eu não tenho problema de orar de madrugada. Estudar a Bíblia de madrugada, quando eu não durmo, é ótimo. Mas depois que eu durmo, é tão difícil para mim. Então sabia que não era minha carne. Eu sabia que o diabo não teria nenhum interesse em me chamar para oração. Não tinha dificuldade em que aquilo era um convite, mas a
minha carne pensava: "Agora não dá para orar." Ao mesmo tempo, algo dizia dentro de mim: "Com o convite desse, você vai preferir dormir?" Eu levei um pouco. E quando eu comecei a orar, eu não consigo descrever o que aconteceu naquele lugar. Achei um dos maiores encontros que eu já tive com a presença de Deus na minha vida. Alguém me perguntou: "Pastor, você ouviu Jesus?" Falei: "Graças a Deus, não." Eu não acho que eu tinha morrido. A consciência do Deus invisível que eu preguei alguns domingos antes era um misto de vontade de rir, de chorar, de
orar na minha própria língua, de orar o que Paulo fala da língua dos anjos, de permanecer em silêncio, de falar e ouvir. É descritivo. Alguém falou: "Pastor, eu senti de um lado e do outro." Não, Ele estava em todo lugar. E, de repente, Ele me trouxe uma convicção que entraram... Nesse espontaneamente, de forma orgânica, minha mulher e meus filhos, junto com vários dos pastores e líderes da casa, não nos acompanharemos dessa vez. A maioria, Mateus 40 dias do jejum, e o Senhor começou a falar comigo. Eu provoquei eles; eu estou orquestrando essas coisas, eu estou
trazendo um tempo novo, e Ele me deu uma certeza de que algumas coisas acontecerão de forma diferenciada a partir desse mês, nessa casa. Eu não consigo explicar para você o nível de certeza que eu tenho. Então, se você não consegue crer, pegue uma carona na minha fé; o vento vai soprar nesse mês. Mas não é para parar esse mês, para trazer um despertamento que nos leva a um lugar mais profundo; não só um lugar de maiores experiências, mas de consolidar nosso relacionamento com Ele de uma forma diferenciada. Eu quero não apenas dizer para você o
que eu estou crendo, eu quero te dizer o que o Altíssimo me comunicou, que foi determinado pelos céus. A única decisão é se você aproveita ou não. E essas coisas não estão acontecendo à toa. Nós queremos que será um mês que realmente entraremos no lugar novo. Eu quero convidar você a não ficar de fora, a vir conosco. Se você não vir aqui, não vou terminar nunca, então eles vão achar que você não quer fazer assim. Então não vou e deixo fazer mais uma breve oração. Se o Senhor não viver nessa palavra, assim terá sido só
uma aula sobre o Espírito Santo. Nós Te pedimos mais; nós pedimos por uma santa provocação, por um despertamento, por um movimento espiritual intenso e poderoso que restaure a sensibilidade, que nos chame, que nos atraia para perto de Si e de encontrar em nós resposta. Nós oramos que, não apenas nesse ambiente de culto, mas a partir dele, o Senhor visite os nossos irmãos em seus lares enquanto dormem, em qualquer outro ambiente que seja, um tempo não apenas de uma ativação de dons ou da unção, mas de um reencontro na comunhão com o Espírito Santo. Nós clamamos
em nome de Jesus, em nome de Jesus.