A verdade tem que ser posta, a verdade tem que ser mostrada. O inocente grita. O inocente grita a sua inocência.
Ficou muito claro hoje que nós temos um inocente preso. Isso é muito injusto. Isso é inadmissível em estado de direito.
Eu disse, não tenho medo de errar. A Polícia Federal, com muito respeito essa instituição, ou melhor dizendo, o delegado Shore comprou uma colheira e saiu atrás do cachorro. O senhor fez uma uma uma crítica muito severa e pessoal ao Shore.
De forma alguma pessoal não. Advogado de beca numa tribuna da Suprema Corte desse país exigindo que um servidor público respeite a lei, não tem nada de pessoal. Ele é um servidor público, merece respeito à legislação e está omitindo a verdade da corte.
Esse relatório final da Polícia Federal, ou melhor, do agente público Shor e da PGR, tentaram induzir a erro a Corte Suprema do nosso país. Eu, na condição de advogado, a última barreira contra a injustiça do meu cliente, apenas expus a verdade. E é sempre isso que eu vou fazer.
Agora o senhor falou de um telefone que o telefone que estaria sendo usado pelo agente Brasil daquele grupo Copa, não era, não estava nas mãos do seu cliente. Com quem tava esse telefone? Que telefone é esse?
Então ele não era do seu cliente? De quem era esse telefone? Quem diz isso não sou eu, é a Apple.
acusação agora para rebater a minha fala que é baseada em provas, procure a Apple e prove que a Apple mente, porque os elementos probatórios que eu trago aos autos são elementos retirados da nuvem de um iPhone, que tem dia e horário bem precisos. E o relatório da Polícia Federal traz herbes, ou melhor, fala que herbs existem sem nos mostrar. Herbs é a localização da antena.
A gente tem que explicar tudo, certo? Vamos lá. Esse celular aqui está conectado.
Estação rádio base, ele tá trocando o sinal com alguma antena. Se ligarmos lá na TIM, se um juiz pede para te informar onde eu estou com esse celular agora, vai dizer que eu estou na antena aqui na nas redondezas do STF. A Polícia Federal no relatório final traz uma informação de AERB, que é esse sinal de celular, está nas redondezas da casa do ministro Alexandre de Moraes, quando a nuvem da Apple diz que meu cliente está em Goiânia 3 horas daquela localização.
Sobre isso, eli celulares diferentes, podem, exatamente, é nesse ponto que eu vou chegar. Por óbvio, são celulares diferentes. Então ele não poderia estar com o celular ali monitorando o Alexandre enquanto um outro celular dele que é esse que você pegou a herb, a localização.
Não, porque um tá 3 horas do outro. Esse que é o problema. Um tá num lugar h 3 horas do outro.
A questão não é essa. A questão não é essa. A questão é que o meu cliente só teve um celular durante toda a sua vida.
E o dia que dizem que ele iria tentar contra o ministro Alexandre Moraes era nada mais nada menos que o aniversário dele. Ele estava em casa jantando com a sua família, trocando mensagens. agradecendo os parabéns que ele faz.
Não, mas como eu disse pro senhor, o fato dele tá trocando mensagem, pedindo comida para entrega, ele pode fazer isso daqui, ele pode fazer isso da frente da casa do Alexandre de Moraes. Mas daí a estação rádio base vai mostrar que ele não estava. Ah, então você vai, então você vai me dizer que eu tenho que provar a inocência dele enquanto a acusação não prova culpa.
Que estado de direito é esse que você invoca? Não, mas o senhor Que estado de direito é esse que nós estamos? Olulpando.
Uma uma prova irrefutável. Troca de celular, de mensagem. Ele não tem uma foto.
O senhor assistiu, o senhor assistiu. Era aniversário dele. Ele tirou uma foto.
Você quer se habilitar com uma sente de acusação e auxiliar? Só quero entender por que é tão irrefutável assim. Eu tenho uma foto.
Tem foto dele em casa? Sim. Você tá muito precipitado.
Você tá muito ansioso. Calma. Você tá muito ansioso.
Não, você tá muito ansioso. Você tá muito, você é tendencioso. E eu vou te provar.
A Polícia Federal fala que no dia 14, no dia 14, tá? Já que você quer prova, tá? No dia 14, o meu cliente estava com o celular particular dele no quartel.
A Polícia Federal fala isso, que meu cliente estava com o celular dele no quartel e o celular dele não saiu mais do quartel até o dia 18. Pronto, é disso que se trata. Celular pessoal dele.
Celular pessoal dele. Chega no quartel. Calma, eu vou, deixa eu concluir, por favor.
Dia 14, o celular dele está no quartel. Até o dia 18, o celular dele está no quartel. É isso que a Polícia Federal fala.
Acontece que no dia 14 à noite eu tenho uma foto que ele fez uma selfie com o celular dele num sushi. A o que ficou no quartel não é o celular dele. A Polícia Federal fala que é o celular dele.
Ou seja, então essa é a inconsistência que o senhor tá apontando. Uma delas ele tira uma selfie. A Apple fala que aquela foto é do celular dele na localização do Sushial às 23 horas da noite, ou seja, já não bateu com a informação da PF.
A PEF fala que esse celular ficou até dia 18 no quartel. Dia 15 foi o aniversário dele. Ele pediu um rap em casa com esse celular.
O rap vem a nota fiscal dizendo onde foi pedido dois rps desse aparelho para jantar em casa com a família. E ele respondeu mensagens de aniversário. Bom, então isso se se tudo se tudo que o senhor tá falando tá correto, a gente tem que imaginar que alguém estava com esse celular nas imediações da casa do ministro Alexandre de Moraes, que era pessoa que seria o tal do Brasil nesse grupo Copa, né, Copa 22.
Meu cliente nunca esteve. Então tem alguém que ainda não foi pela Polícia Federal. Esse problema é da Polícia Federal e da PGR, não é meu.
O que eu não admito é que um inocente esteja preso, acusado de ser um Brasil, sendo que nós refutamos que ele não é o Brasil. Agora, a questão é no interrogatório na Polícia Federal, eu provei que meu cliente não é o Brasil. Na resposta acusação, eu provei que meu cliente não é o Brasil.
E até agora essas provas não foram analisadas. Por isso, bradamos hoje na tribuna para que analisem as provas que até hoje a acusação não trouxe diverso. Vocês têm que entender que a acusação traz falas e eu trago prova.
Tudo que a acusação fez até agora foi falar sem nenhum documento. Fala que tem herbe, me dê acesso. Faz seis meses que eu tô pedindo essa herbe e eu não tive acesso.
Agora, só para eu deixar claro aqui a questão da foto e do aniversário. No dia do aniversário, que seria o dia que ele teria monitorado o Alexandre de Morais, eh, as provas que você estende que ele não teria monitorado seriam as trocas de mensagem. Foto.
Não, foto. Ele diz que tem foto. Não, foto no dia 15.
Foto do dia 15 eu não tenho, eu tenho trocas de mensagem. Você tem uma foto do dia seguinte no sush? Não, no dia anterior, no dia 14.
Só que no dia 14 o celular dele era para estar no quartel. É esse é o ponto. A questão é que no dia 15 ele mora em Brasília h 3 horas daqui.
A casa do Alexandre de Moraes é em Brasília. Na hora que a Polícia Federal fala que ele, Rodrigo Bezerra de Azevedo, estava nas redondezas da casa do ministro Alexandre Moraes, nessa mesma hora ele estava 3 horas daqui em Goiânia respondendo mensagens e parabéns, pedindo o rap para jantar com a família no aniversário dele. Agora, você olhar isso de forma isolada, você pode até querer me duvidar das minhas informações.
A questão é, todo o período que a Polícia Federal fala de monitoramento dos FE à autoridade, o meu cliente estava na Espanha. Meu cliente não participou das datas de monitoramento. Todas as reuniões que disseram que os FE se encontraram, a própria Polícia Federal fala que o Rodrigo não estava nessas reuniões, tá?
Mas sobre esse ponto específico do dia que ele teria monitorado o Alexandre, que foi o aniversário dele, não tem nenhuma foto, nenhuma imagem dele comers. E acusação tem o que contra mim? E acusação tem o que contra mim?
Estranha acusação. Colocaria, pelo menos eu faria filme. Estranho.
É, é claro. Puxa uma foto tua do teu último aniversário aí. Puxa.
Acha fácil. Minha esposa faz um milhão de imagem. Não tem nenhuma nem como é fácil acusar, né?
Como é fácil acusar sem narrativa, né? Até agora, até agora em um estado de direito que eu eu presumo que o senhor defenda estado de direito, quem acusa é acusação. Claro, mas o senhor quem acusa é acusação.
Acusa não temutável seria uma irrefutável só uma troca de espero que o senhor nunca seja injustiçado, mas se eu for, tenha sorte, tenha sorte. É como eu lhe disse, cabe questionamento, cabe questionamento. Questão é da onde a Polícia Federal tirou a informação que ele estava lá no dia 15.
É isso que eu tô falando. Vocês têm que entender que no estado democrato direito a acusação não pode só falar. O que está acontecendo aqui é que a acusação fala que ele estava e não traz nenhum elemento a provar que lá ele estava.
Eu trouxe elementos. Então, essa é essa é a discussão que eu eu imagino que essa será a discussão num julgamento, porque aí no julgamento você tem que trazer uma prova, prova de um lado, prova de outro, mas o senhor espera que antes de entrar nessa fase de julgamento que ele consiga ter o caso dele rejeitado? A denúncia tem que ser rejeitada, porque essa fase de admissibilidade é indícios mínimos e prova da materialidade.
A acusação não trouxe indícios mínimos de que é ele no dia 15. Uma simples fala de um relatório final da Polícia Federal sem documento não é suficiente a superar e receber uma denúncia quando a defesa, por sua vez, no momento constitucional e processual penal que apresenta resposta à acusação, traz prova a rebater essa informação. Agora, cabe ao judiciário sopesar essa balança.
Esse é o papel do judiciário, você ter uma balança, uma fala sem prova e uma fala com prova. Agora, você querer valorar o quanto vale a minha prova de ser uma um rap mensagem solar, não cabe a nós. Cabe ao juiz valorar de um lado não ter nada e a defesa ter indícios mínimos de um acusado preso que a defesa ter que fazer prova diabólica com o celular aprendido para encontrar alguma coisa.
Você tem que entender que se o advogado, se o cliente está solto, com o seu celular em mãos, ele pode conseguir uma foto. Agora, até o presente momento, meu cliente preso com o celular apreendido, nós não tivemos acesso à extração de celular. Lá poderia ter a foto que você tanto me indaga, que ele poderia ter tirado o celular dele.
Eu não sei. O celular não está comigo. O celular tá tá com a polícia federal.
Periciári até agora não me deram. E se lá tem essa foto que tanto querem do dia 15 que ele diz que tirou, mas eu não tenho como saber porque a polícia federal não nos dá acesso. Vai ter que aparecer, né?
No processo. Não pode ir adiante sem isso. Mas você me ajuda a conseguir porque faz seis meses que eu tô pedindo.
Posso conseguir. Faz seis meses que eu tô pedindo e ninguém me dá. Uhum.