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E fique atento, porque no final vai rolar um link para você assinar o Descomplica com aquele desconto esperto. Então, vamos lá? A Inglaterra passou muito tempo governada pela Dinastia Tudor.
Principalmente com o Rei Henrique VIII e a filha dele, a Rainha Elizabeth I, que foram os dois principais monarcas Tudor. Nesse período, aconteceu a Revolução Anglicana, que iniciou um processo de conversão das antigas terras feudais, muitas das quais tinham pertencido à Igreja Católica, em propriedades privadas. Esse processo foi conhecido como Cercamento dos Campos, e possibilitou uma série de arrendamentos que, por sua vez, eram vendidos aos burgueses, que incorporaram essas propriedades ao sistema capitalista de produção e estimularam a criação de ovelhas, expulsando os camponeses e provocando um grande êxodo rural.
Nessa época, a burguesia era uma classe social em ascensão, e estava conseguindo consolidar o seu espaço político. Eles tinham adquirido alguma representatividade no Parlamento Inglês e na Câmara dos Comuns. Mas o período da Dinastia Tudor chegou ao fim e, em seu lugar, assumiram os Stuart, que foram o pontapé inicial para o nosso assunto desse mapa mental: as Revoluções Inglesas.
O primeiro rei da Dinastia Stuart foi Jaime I. Ele esteve no trono de 1603 até a sua morte, em 1625. Ao perceber que os burgueses estavam ampliando sua influência no campo político, a motivação do Rei Jaime passou a ser frear esse avanço.
Para isso, foram tomadas algumas medidas, entre elas o aumento dos impostos e as perseguições religiosas aos puritanos, que era a religião seguida pela maioria dos burgueses do parlamento. Em determinado momento, ele chegou a dissolver o parlamento, que ficou inativo por oito anos. O reinado de Jaime I foi sucedido pelo seu filho, Carlos I.
E Carlos I governou de 1625 até 1649. Esse novo rei tentou seguir exatamente a mesma política do pai, de perseguição dos burgueses, mas ele não tinha a mesma moral. Ele tentou aumentar novamente os impostos para arcar com os custos de uma guerra que tinha rolado contra a Escócia, mas o parlamento burguês não aceitou como vinha aceitando, e foi aí que começou a chamada Guerra Civil ou Revolução Puritana.
A guerra entre o parlamento burguês puritano e a coroa se estendeu de 1640 até 1649. Quase uma década de guerra civil. Ela ficou mais intensa em 1642, quando Oliver Cromwell - guarde esse nome, porque ele é muito importante -, um líder puritano, convocou a base da pequena burguesia e dos camponeses para formar o <i>New Model Army</i>, também conhecido como Exército de Novo Tipo, em português.
O exército também ficou conhecido como o Exército dos Cabeça Redonda, porque eles se recusavam a usar perucas, que era um tipo comum de adereço da nobreza. Nesse contexto, destacaram-se os <i>Diggers</i> e os <i>Levellers</i>, os "Cavadores" e os "Niveladores", que se caracterizavam por sua radicalidade política. No caso dos <i>Diggers</i>, os Cavadores, o ideal era a reforma agrária.
Já os <i>Levellers</i>, os niveladores, levantavam a bandeira de igualdade de direitos entre todos os cidadãos; o sufrágio universal. Com esse exército, a burguesia conseguiu esmagar as forças da coroa e a guerra civil terminou em 1649 com o Rei Carlos I decapitado, perdeu a cabeça, e proclamou-se a república nesse mesmo ano de 1649. O Cromwell, como grande líder da revolução puritana, assumiu o poder com o título de Lorde Protetor da República, em inglês, a <i>Commonwealth</i>, e iniciou seu governo com várias medidas que favoreciam a burguesia, como os chamados Atos de Navegação, aprovados em 1651, que restringia o transporte de produtos ingleses apenas a navios da própria Inglaterra, favorecendo a construção de um mercado interno no país.
Mas não demorou muito para o poder lhe subir à cabeça, e ele começou a reproduzir justamente aquilo que ele tinha lutado contra o rei. O Cromwell se voltou contra o parlamento e, em 1653, dissolveu o próprio parlamento com a ajuda do exército burguês. Com isso, ele instituiu um governo autoritário que teve como característica principal a execução das lideranças que o ajudaram a formar aquele mesmo exército, os <i>Diggers</i> e os <i>Levellers</i>, justamente com aqueles setores que mais queriam transformações efetivas na sociedade inglesa.
Em 1658, o Oliver Cromwell morreu e foi substituído pelo seu filho, Richard Cromwell, que não tinha o mesmo prestígio. Parece até que já ouvimos essa história, não é? Então, novamente as classes mais radicais da burguesia se levantaram contra o governo do jovem Cromwell e, antes que fosse instaurado uma nova guerra civil, o parlamento fez uma manobra arriscada.
Convocou Carlos II, que era o filho do rei que tinha sido decapitado, Carlos I, para assumir o trono e restaurar a Dinastia dos Stuarts. Em 1660, Carlos II, um Stuart, assumiu o trono prometendo respeitar os interesses do parlamento. Mas logo começou a se articular com as antigas lideranças da nobreza e tentou instaurar o absolutismo novamente.
O parlamento, composto em sua maioria por burgueses puritanos, se viu novamente vítima do autoritarismo. O rei dissolveu o parlamento e reinou sozinho até 1685, no ano de sua morte. Com a morte de Carlos II, quem assumiu o trono foi seu irmão, Jaime II, que tentou dar seguimento às mesmas ações, principalmente no que diz respeito ao absolutismo.
Mas a história se repete e, de novo, o parlamento foi rápido em outra manobra política para tirar o monarca do poder, dessa vez evitando conflitos armados. E foi aqui que começou a Revolução Gloriosa, que recebeu esse nome por justamente não ter tido derramamento de sangue nem mortes. A estratégia do parlamento foi convocar a filha do então rei, Jaime II.
Sua filha, Maria II, era casada com Guilherme Orange, o governador dos países baixos, hoje a Holanda. A ideia é de que juntos, o casal pudesse assumir o trono da Inglaterra. E foi assim que, em 1688, Guilherme Orange invadiu a Inglaterra para depor Jaime II e apoiar o parlamento.
Jaime II, sem defesa alguma, fugiu para a França e Guilherme Orange assumiu o trono como Guilherme II. E essa foi a Revolução Gloriosa. O parlamento, então, estabeleceu uma série de novas diretrizes para os reis e ambos, Guilherme e Maria, tiveram que se comprometer com a chamada Declaração dos Direitos de 1689, a <i>Bill of Rights</i>.
Essa declaração limitava a ação dos reis de modo a impedir qualquer retorno ao absolutismo. Os reis passaram a ter o poder restrito, e o poder de decisão política se concentrou no parlamento, formando assim uma monarquia parlamentarista, que existe até hoje. Além disso, havia também o comprometimento com as liberdades individuais, principalmente no que diz respeito às liberdades religiosas.
Com a maioria no parlamento, a burguesia conseguiu conquistar definitivamente o poder político, o que explica, pouco tempo depois, o início da Revolução Industrial ter sido justamente na Inglaterra. Essa, talvez, seja a parte mais importante do nosso conteúdo, que foi o grande significado dessa revolução. Ela marca o fim do absolutismo na Inglaterra e a ascensão política da burguesia.
E a burguesia, agora com o poder político, vai levar a frente a Revolução Industrial na qual a Inglaterra foi a pioneira, justamente por ter sido o primeiro país do mundo a fazer uma revolução burguesa; o primeiro país do mundo no qual a burguesia assumiu o poder. Pronto. Isso é tudo por hoje.
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Até a próxima. Até o próximo "Quer que Desenhe? ".