Caros Amigos bem-vindos a mais um episódio de hoje no mundo militar Neste vídeo responderei uma pergunta muito repetida aqui no canal nos últimos dias Afinal quem são os tais Rebeldes que estão avançando tanto contra as forças do ditador Sírio bachar Al Assad e se ainda não está inscrito no canal inscreva-se já e acione o sino das notificações para não perder nenhuma novidade para muitos a guerra na Síria parecia estar em um estado de estagnação com linhas de frente estabilizadas desde 2020 após um cessar fogo mediado pela Rússia e a Turquia no entanto essa calmaria foi
interrompida por uma ofensiva que coloca em cheque o controle do regime de bachar a Assad sobre todo o norte da Síria para entender o que está acontecendo em alepo precisamos voltar a 2011 quando protestos pacíficos pró democracia tomaram conta de várias cidades da Síria inspirados pela prima primavera árabe o regime ditatorial de bachar al-assad respondeu com uma repressão brutal transformando os protestos em uma Insurreição armada o que começou como uma demanda por democracia se fragmentou rapidamente em um conflito complexo com múltiplos atores regionais e internacionais grupos Rebeldes moderados Como o exército livre da Síria que
buscava a queda da ditadura de Assad perderam o espaço para organizações extremistas em incluindo o Isis e o jabat al-nusra uma afiliada da al-qaida que mais tarde se transformaria no hts em 2016 alepo foi palco de uma das batalhas mais sangrentas da Guerra após meses de bombardeios intensos por forças russas e sírias a cidade caiu nas mãos do regime de Assad uma vitória que marcou um ponto de inflexão no conflito consolidando Assad como líder dominante no país desde então o norte da Síria tornou-se um mosaico de zonas controladas por diferentes facções enquanto Assad recuperou o
controle de 70% do território nacional porções de idlib permaneceram nas mãos de grupos Rebeldes apoiados pela Turquia o hayat tarir achan ou hts é o grupo jihadista mais poderoso da Síria atualmente cujo foco de atuação é justamente a Província de idlib a sua história começa em 2011 com a fundação do jabat a nusha inicialmente um braço da alkaida na Síria sob a liderança de Abu Mohamed al julani o grupo cresceu rapidamente tornando-se conhecido por sua disciplina militar e táticas agressivas no entanto em 2016 o jabat a nusra rompeu oficialmente com al-qaida e rebatizou se como
hts em uma tentativa de ganhar legitimidade local e se distanciar da agenda Global jihadista apesar disso O hts continua a sendo listado como uma organização terrorista por vários países incluindo os Estados Unidos hoje o hts é mais do que uma força militar administrando grandes áreas da Província de dlib onde cerca de 4 milhões de pessoas vivem Muitas delas deslocadas de outras partes do país sob o seu controle a região funciona como um enclave quase autônomo com um sistema de governança que mistura leis islâmicas rígidas com uma tentativa de aparência de normalidade nos últimos anos o
hts passou por uma transformação estratégica evoluindo de um grupo insurgente caótico para uma força militar profissionalizada através da criação de uma academia militar e de treinamentos intensivos que fortaleceram as suas capacidades permitindo movimentos coordenados como a recente ofensiva em alepo mas é sempre importante lembrar que apesar de tentar se distanciar das suas origens istas o hts continua praticando atos bárbaros e brutais contra os seus inimigos e contra qualquer um que não aceite se submeter ao seu controle na última semana o hts surpreendeu o regime de Assad com o ataque relâmpago em alepo capturando uma base
militar e 15 vilarejos em um curto espaço de tempo essa ofensiva rapidamente cortou a principal rodovia que conecta Damasco a alepo desestabilizando uma rota logística Vital para o regime a ação foi planejada meticulosamente nas semanas anteriores relatos indicavam que o hts estava realizando exercícios militares intensivos claramente se preparando para uma grande operação além do hts o ataque a alepo contou com o apoio de outros grupos Rebeldes menores baseados na Província de idlib muitos desses grupos são afiliados a coalizões giradas ou unidades que foram deslocadas de outras da Síria dentre eles destacam-se facções dissidentes de antigos
grupos moderados que passaram a operar so a influência do hts devido à sua força dominante na região mas há também grupos giradas altamente extremistas e Perigosos muitos deles ainda diretamente ligados a grupos como alcaida e o Isis Mas por que decidiram realizar esse ataque justamente agora vários fatores convergiram com destaque para extração dos Aliados chave de Assad como a Rússia envolvida na guerra na Ucrânia e o enfraquecimento de forças iranianas como hbol devido à ofensiva de Israel no Líbano é importante destacar o papel do hbol na Síria com o grupo Libanês usando a guerra civil
Síria como um campo de teste e de Treinamento reforçando as suas próprias capacidades enquanto apoiava diretamente as forças de assads além disso O recente aumento de bombardeios russos e sírios em idlib pode ter pressionado o hts a agir antes que o regime consolidasse as suas forças Mas nenhum conflito em um território tão estratégico quanto a Síria acontece isoladamente os movimentos dos grupos Rebeldes e giradas em alepo não são apenas o reflexo das dinâmicas internas do país mas também o choque e a interação dos interesses geopolíticos de potências regionais como Turquia Rússia e o Irã desde
os primeiros anos da guerra civil a Turquia tem desempenhado um papel ambíguo oficialmente o governo turco afirma combater grupos terroristas incluindo o hts mas na prática a sua política é mais complexa como uma potência Regional a Turquia tem interesse em impedir que o regime de Assad recupere o controle total da Síria principalmente áreas junto à Fronteira turca como a Província de idlib o principal Bastião do hts uma região diretamente apoiada pela Turquia em termos de infraestrutura suprimentos e proteção contra avanços das forças sírias e russas desde 2020 a Turquia estabeleceu vários postos de observação na
região oficialmente para monitorar o cessar fogo mediado por ela mesma e pela Rússia no entanto esses postos também funcionam como uma barreira contra qualquer Tentativa do regime Sírio de avançar sobre idlib e de fato a recente ofensiva do hts em alepo não seria possível sem a complacência e apoio da Turquia relatos apontam que o hts tem usado corredores logísticos que atravessam a fronteira turca para abastecimento além disso a Turquia tem interesses estratégicos em enfraquecer tanto o regime de Assad quanto o papel do Irã na Síria consolidando a sua influência sobre os grupos jihadistas e o
território do Norte Sírio essa política reflete a ocupação turca com duas questões principais conter a influência curda especialmente do ypg que é apoiado pelos Estados Unidos e visto como uma ameaça à segurança nacional turca e garantir que qualquer solução política futura para Síria levará em conta os interesses estratégicos turcos do outro lado desse jogo de poder o Irã continua sendo o principal Pilar Regional de apoio ao regime de Assad desde o início do conflito Teerã investiu pesado em apoio militar financeiro e Logístico para garantir a sobrevivência do regime esse apoio incluiu o envio de Milícias
xiitas como rebolá e conselheiros militares da Guarda revolucionária islâmica no entanto como referi os recentes ataques is sailes no Líbano e na Síria enfraqueceram profundamente o rebolá criando uma lacuna na capacidade do regime Sírio de conter avanços de grupos como do hts apesar disso há relatos de que o Irã está mobilizando milícias adicionais para reforçar as defesas sírias em rama através principalmente de grupos iraquianos como kataib rebolá indicando que o Irã vê a ofensiva do hts como uma ameaça estratégica que deve ser neutralizada rapidamente a relação entre Turquia e Rússia é outro elemento crucial nessa
equação apesar de estarem em lados opostos do conflito Sírio os dois países têm cooperado estrategicamente principalmente para evitar uma escalada que comprometa os seus interesses mútuos no entanto a recente ofensiva Coloca essa frágil cooperação à prova já que a Rússia exige que a Turquia limite as ações do hts mas ankara continua protegendo única e exclusivamente os seus próprios interesses a reação do regime Sírio ao avanço dos grupos Rebeldes e giradas foi rápida mas cautelosa Assad retirou as suas tropas de alepo para reforçar a defesa na Província vizinha de rama sinalizando que pretende recuar e se
reorganizar um padrão recorrente na estratégia do regime e que revela que as forças sírias são limitadas em termos de força e capacidade operacional a resposta russa incluiu bombardeios intensos os primeiros em alepo desde 2016 mas o envolvimento limitado da Rússia ocupada com a guerra na Ucrânia levanta dúvidas sobre a sua capacidade de apoiar a sad de forma mais eficaz nesse momento crítico a ofensiva em alepo é mais do que uma batalha militar é um lembrete de que a guerra na Síria está longe de terminar uma guerra que envolve grupos extremistas capazes de desestabilizar ainda mais
o Oriente Médio e se ainda não está inscrito no canal inscreva-se já e acione o sino das no para não perder nenhuma novidade [Música]